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D.

José I

O Reformador pelas grandes reformas feitas durante o


seu reinado. Filho de D. João V e de D. Maria Ana de
Áustria. Nasceu em Lisboa a 6 de junho de 1714 e
morreu em Lisboa a 24 de fevereiro de 1777. Está
sepultado no Mosteiro de São Vicente de Fora, em
Lisboa.
Alguns acontecimentos do seu reinado:
1755 – Terramoto de Lisboa. O seu primeiro-ministro,
Sebastião José de Carvalho e Melo, foi responsável pela
reconstrução da “baixa” de Lisboa.

À morte de D. João V sucedeu-lhe o seu filho, D. José I.


Ao contrário de seu pai, D. José I não teve um reinado de riqueza e luxo,
devido à diminuição das remessas de ouro provenientes do Brasil.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

O rei D. José I nomeou para seu ministro Sebastião José de Carvalho e


Melo – Marquês de Pombal – personalidade que veio a revelar-se de
grande importância para Portugal.

O Marquês de Pombal viveu muitos anos no estrangeiro. Era um homem


muito culto, porque tinha mantido contacto com diferentes culturas e
formas de pensar. Quando chegou a Portugal, encontrou um país
culturalmente atrasado e a atravessar uma grave crise económica.

Marquês de Pombal.
O TERRAMOTO DE 1755
Logo no início do reinado de D. José I, em 1755, Lisboa sofreu um grande e
devastador terramoto, seguido de um maremoto que praticamente destruiu a
cidade.
Era o dia 1 de novembro, dia de “Todos os Santos”. As igrejas estavam cheias de
pessoas que rezavam pelos seus mortos.
Assim que se começaram a sentir os abalos sísmicos, as velas acesas nas igrejas
desencadearam incêndios que demoraram vários dias a ser controlados.
Após o terramoto, a zona baixa da cidade foi afetada por uma onda gigante que
deixou parte da cidade debaixo de água.

Ruínas da Ópera de Lisboa. Ruínas da Igreja de S. Paulo, Lisboa. Reconstituição do maremoto de Lisboa, em 1755.
AS HORAS APÓS O TERRAMOTO DE 1755
Conta-se que, no meio do caos que se instalou na cidade, o Marquês de Pombal
foi dos poucos que frequentavam a corte capaz de manter a calma e iniciar os
trabalhos de recuperação da cidade.
AS HORAS APÓS O TERRAMOTO DE 1755

Perante tal catástrofe, o Marquês de


Pombal ordenou de imediato:
• o socorro dos vivos e o enterramento
dos mortos;
• a vigilância dos locais mais importantes,
punindo quem se aproveitasse da
desgraça alheia;
• a limpeza do lixo/entulho;
• a elaboração de um plano de
reconstrução da cidade.
A RECONSTRUÇÃO DE LISBOA

Entre os conselheiros do Marquês


de Pombal encontravam-se os
engenheiros e arquitetos que viriam
a ser os responsáveis pela
reconstrução da cidade: Eugénio
dos Santos, Manuel da Maia e
Carlos Mardel.
A RECONSTRUÇÃO DE LISBOA
A reconstrução de Lisboa obedeceu a uma série de princípios.
• Ruas largas, perpendiculares umas às outras, com passeios e esgotos.
• Os edifícios obedeciam todos à mesma altura e tinham fachadas iguais.

Planta da baixa pombalina,


após o terramoto. Lisboa no início do século XIX.
A RECONSTRUÇÃO DE LISBOA
• Sistema de construção em gaiola, em madeira, para permitir uma maior
flexibilidade e resistência a sismos futuros.
• Reconstrução do Terreiro do Paço.

ANTES DO TERRAMOTO

APÓS A RECONSTRUÇÃO
A CRISE ECONÓMICA E AS REFORMAS DO MARQUÊS DE POMBAL
Na segunda metade do século XVIII, Portugal vivia uma grave crise
económica:
• importava-se quase tudo do estrangeiro;
• a agricultura e a indústria estavam pouco desenvolvidas, com uma
produção reduzida e sem qualidade;
• as exportações de açúcar, tabaco, vinho e sal tinham baixado.

D. José I acreditou que o Marquês poderia ter novamente um papel


fundamental, empreendendo reformas para melhorar a situação do Reino,
pelo que o nomeou Secretário de Estado do Reino (cargo equivalente a
Primeiro-Ministro).
A CRISE ECONÓMICA E AS REFORMAS DO MARQUÊS DE POMBAL

Como Secretário de Estado do Reino, afirmo: Portugal


depende muito das importações!
Temos que reduzir as despesas com as importações e criar
condições para aumentar a produção do Reino.
Só existe uma solução:

• Promover a introdução e o desenvolvimento de


novas manufaturas.
• Proteger a agricultura, a pesca e a atividade
comercial, criando, para isso, várias companhias
comerciais controladas pelo Estado.

Indústrias fundadas e desenvolvidas por Pombal.


A CRISE ECONÓMICA E AS REFORMAS DO MARQUÊS DE POMBAL
As companhias comerciais, controladas pelo Estado, tinham o direito exclusivo de
explorar o comércio de um determinado produto numa determinada região (isto
é, estas companhias tinham o monopólio do comércio desse produto).
Em Portugal, Pombal...
Com o Brasil, Pombal…
• em 1756, fundou a Companhia Geral de
• em 1755, fundou a Companhia
Agricultura das Vinhas do Alto Douro,
Geral de Comércio do Grão-Pará
que passou a estabelecer regras para a
e Maranhão, com o objetivo de
produção e comercialização do vinho do
comercializar escravos e
Porto, que se encontrava nas mãos dos
desenvolver a agricultura e o
ingleses.
comércio.
• Em 1773, fundou a Companhia Geral
• Em 1756, fundou a Companhia
das Reais Pescarias do Reino do Algarve,
Geral de Comércio de
destinada a controlar e fomentar a
Pernambuco e Paraíba, para
atividade piscatória na região Sul do
controlar e fomentar o comércio.
Reino.

Sabias que…?
A região demarcada do
Douro foi a primeira do
Mundo a ser demarcada?
E que…?
Essa região foi criada pelo
Marquês de Pombal?

Marco de demarcação da zona


de produção de vinhos do Douro.
A CRISE ECONÓMICA E AS REFORMAS DO MARQUÊS DE POMBAL
O Marquês de Pombal tomou medidas no sentido de reforçar o poder
do rei, o que implicou…
ENFRAQUECER OS PRIVILEGIADOS ao mesmo tempo que concedeu
BENEFÍCIOS AOS BURGUESES.
Alguns membros do clero foram
expulsos do Reino (Companhia de
Jesus); redução do poder da
Esta medida não agradou aos Inquisição; fim da distinção entre Os burgueses receberam cargos de confiança,
grupos sociais privilegiados e “cristãos-novos” e “cristãos-velhos”. incentivos ao investimento e prestígio nas suas
algumas famílias nobres Pombal responsabilizava este grupo atividades comerciais, que foram declaradas nobres.
reagiram, o que lhes custou ficar social pelo atraso cultural em que
sem grande parte dos seus bens se encontrava o Reino e, por isso,
ou, em alguns casos, a morte retirou ao clero a responsabilidade
(caso da família dos Távora). sobre o ensino.

Execução dos Távora. Expulsão dos Jesuítas.


A REFORMA DO ENSINO
• Criou o ensino público (anteriormente entregue ao clero), que passa a
ser realizado em escola públicas.
• Reformou o ensino universitário.
• Fundou o Colégio dos Nobres, que tinha como principal objetivo
preparar os jovens da nobreza para cargos do Estado).

Real Colégio dos Nobres.


ATIVIDADES DE CONSOLIDAÇÃO DO POWERPOINT
Na resposta a cada um dos itens, assinala com um X as opções
corretas.
1. Ao rei D. João V sucedeu-lhe o seu filho...
 D. Sebastião.
 D. José I.
 D. Pedro IV.

2. O novo monarca vai reinar num período de…


 abundância e luxo.
 crise económica.
 crescimento económico.
3. A situação económica portuguesa devia-se ao facto do País
possuir uma agricultura e indústria pouco desenvolvidas, importar
muitos bens e de...
 as exportações de açúcar, tabaco, vinho e sal terem baixado.
 as exportações de açúcar, tabaco, vinho e sal terem subido.
 ter emigrado muitos portugueses.

4. Para ajudar a resolver a crise, D. José I nomeou para seu


ministro…
 Marquês de Pombal.
 Bartolomeu de Gusmão.
 Luís de Camões.
5. Identifica o acontecimento trágico ocorrido no ano de 1755.
 Incêndio na Ericeira.
 Naufrágio da nau S. Bento.
 Terramoto em Lisboa.

6. A rápida ação do Marquês de Pombal permitiu socorrer os


vivos, enterrar os mortos e…
 mandar os militares para os quartéis.
 castigar quem fosse apanhado a roubar.
 construir pontes e viadutos.
7. Identifica as opções corretas.
As características mais inovadoras da reconstrução de Lisboa
foram...
 ruas largas, perpendiculares umas às outras com passeios e
esgotos;
 edifícios iguais entre si com seis pisos;
 sistema de construção em “casota” para permitir maior
resistência aos sismos;
 reconstrução da Torre de Belém;
 sistema de construção em gaiola, em madeira, para maior
resistência aos sismos;
 reconstrução do Terreiro do Paço.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

A REVOLUÇÃO FRANCESA - 1789


Em 1789 dá-se uma revolução em Paris, que vai pôr fim ao regime absolutista
em França.

Revolução Francesa

Tomada da Bastilha pelos revolucionários, em 14 de julho de


1789.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

A REVOLUÇÃO FRANCESA - 1789


Quem fez esta revolução?
• Burguesia;
• Povo.
Que ideais ou princípios eram defendidos nesta revolução?
• Liberdade;
• Igualdade;
• Fraternidade.

Liberdade, Igualdade, Fraternidade.


A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

A REVOLUÇÃO FRANCESA - 1789


Que impacto teve esta revolução para o poder do rei?
Na defesa da igualdade, os revolucionários exigiam o fim do regime
absolutista.

FIM DA MONARQUIA ABSOLUTA

O rei Luís XVI e a rainha Maria Antonieta foram condenados


à morte na guilhotina.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

A REVOLUÇÃO FRANCESA - 1789


Quais as consequências da revolução para a sociedade?
• A nobreza e o clero perderam privilégios – deixaram, por exemplo, de
ter o direito de cobrar impostos ao povo, o que lhes reduziu a fonte de
rendimento.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

Os ideais defendidos pela Revolução Francesa chegaram a todo o Mundo


e foram responsáveis por outras revoluções.

Algumas revoluções liberais inspiradas nas Revoluções Americana e Francesa.


A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

Os ideais defendidos pela Revolução Francesa chegaram a todo o Mundo


e foram responsáveis por outras revoluções.
Alguns reis absolutistas europeus,
com receio que as novas ideias
revolucionárias influenciassem os seus
povos, declararam guerra à França.
Foi neste período que, em França,
surgiu a figura de Napoleão Bonaparte.

Napoleão Bonaparte.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

OS EFEITOS DA REVOLUÇÃO FRANCESA


Napoleão comandou as tropas francesas e foi o responsável por muitas
vitórias, tendo invadido diversos territórios e construído um vasto império
na Europa.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

OS EFEITOS DA REVOLUÇÃO FRANCESA


Napoleão comandou as tropas francesas e foi o responsável por muitas
vitórias, tendo invadido diversos territórios e construído um vasto império
na Europa.
Apenas uma região continuava a resistir aos ataques de Napoleão - a
Inglaterra!
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

OS EFEITOS DA REVOLUÇÃO FRANCESA


Napoleão comandou as tropas francesas e foi o responsável por muitas
vitórias, tendo invadido diversos territórios e construído um vasto império
na Europa.
Apenas uma região continuava a resistir aos ataques de Napoleão - a
Inglaterra!
Em novembro de 1806,
Napoleão ordenou o
encerramento de todos os
portos europeus aos navios
britânicos. Essa ordem
ficou conhecida por
Bloqueio Continental.

O Império de Napoleão.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

OS EFEITOS DA REVOLUÇÃO FRANCESA


Em que consistia o Bloqueio Continental?

Todos os países europeus deverão deixar de fazer comércio com a


Inglaterra! Os portos desses países não poderão receber produtos
ingleses.
A Inglaterra ficará mais fraca e eu conseguirei derrubá-la e integrá-la
no meu Império.

Portugal não aceitou a ordem de Napoleão.


Por isso, em 1807, as tropas napoleónicas,
comandadas por Junot, entraram em
Portugal e iniciaram a primeira de três
Napoleão Bonaparte. invasões.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL
OS ANTECEDENTES DAS INVASÕES
NAPOLEÓNICAS
Com as tropas francesas já no território português, o Príncipe Regente,
D. João, e a família real partiram para o Brasil acompanhados de muitos
nobres, pessoas ligadas à administração, juízes e comerciantes.
A quem ficou entregue o governo do Reino?

O que será de nós!


Quem governará o Reino?

O governo de Portugal
ficou entregue a uma
Junta de Regência!

A partida da família real para o Brasil.


A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

A PRIMEIRA INVASÃO FRANCESA – 1807/1808


A primeira invasão francesa ocorreu em novembro de 1807 e foi
comandada pelo general Junot.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

A PRIMEIRA INVASÃO FRANCESA – 1807/1808


A primeira invasão francesa ocorreu em novembro de 1807 e foi
comandada pelo general Junot.

Já em Portugal, Junot tomou uma série de medidas que revoltaram a


população portuguesa, tais como:
• passou a governar em nome de Napoleão;
• dissolveu a Junta de Regência nomeada
pelo Príncipe Regente, D. João;
• substituiu a bandeira portuguesa pela
francesa no Castelo de S. Jorge, em Lisboa;
• ordenou às suas tropas que ocupassem
todo o Reino. Os soldados
Os franceses franceses aespalhavam
substituíram bandeira no
Castelo de S.oJorge,
terror.em Lisboa.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

A PRIMEIRA INVASÃO FRANCESA – 1807/1808


Por onde passavam, as tropas francesas
deixavam um rasto de terror. As populações
defendiam-se com as armas de que dispunham.
Muitos tiveram de abandonar os seus bens e
partir à procura de segurança.

À medida que as tropas francesas foram


avançando no terreno, casas, palácios e igrejas
foram assaltados e incendiados.

A passagem das tropas francesas deixava


marcas nas populações locais.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

A PRIMEIRA INVASÃO FRANCESA – 1807/1808


Sem meios para se defender face ao avanço dos soldados franceses,
Portugal pediu ajuda à Inglaterra que enviou um exército, que lutou ao
lado de Portugal contra os invasores.
A partir desse momento,
portugueses e ingleses vão
combater os franceses, vencendo-os
nas batalhas de Roliça e do Vimeiro.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

A SEGUNDA INVASÃO FRANCESA – 1809


A segunda invasão francesa ocorreu em março de 1809 e foi comandada
pelo marechal Soult.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

A SEGUNDA INVASÃO FRANCESA – 1809


A segunda invasão francesa ocorreu em março de 1809 e foi comandada
pelo marechal Soult.

Soult vai encontrar resistência junto


ao Porto, pelo que se retira para a
Galiza - Espanha.

Marechal Soult.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

A SEGUNDA INVASÃO FRANCESA – 1809


A passagem do exército francês na cidade do Porto.
Sabias que …?
A Igreja de S. Francisco, no Porto,
esteve ocupada pelo exército francês
que, durante essa ocupação, arrancou
parte da talha dourada que decorava as
paredes para conseguir fazer fogueiras
para os soldados se aquecerem?

E que …?
Quando os portuenses perceberam a
presença dos franceses, fugiram e, ao
atravessar a ponte, para tentarem chegar
a Vila Nova de Gaia, a ponte, que era
construída com barcas amarradas, cedeu
e, por isso, morreram cerca de quatro mil
pessoas?
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

A TERCEIRA INVASÃO FRANCESA - 1810


A terceira invasão francesa ocorreu no ano de 1810, desta vez comandada
pelo general Massena.
Mas, portugueses e ingleses estavam
preparados e derrotaram os franceses
na batalha do Buçaco.

Contudo, os franceses não desistiram e


travou-se uma nova batalha, desta vez
nas Linhas de Torres Vedras, onde
tinham sido construídas fortificações
para defender Lisboa.

Nestas batalhas, os franceses foram


derrotados e iniciaram a sua retirada
do território português.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

ATIVIDADES DE CONSOLIDAÇÃO DO POWERPOINT


Nas questões que se seguem assinala a(s) opção(ões) correta(s).
1. Os ideais defendidos pela Revolução Francesa eram a...
 Liberdade, Igualdade, Fraternidade.
 Liberdade, Igualdade, Justiça.
 Liberdade, Igualdade, Responsabilidade.

2. Um dos objetivos da Revolução Francesa de 1789 foi o de


abolir…
 a monarquia.
 o regime absolutista.
 o regime republicano.
A AÇÃO GOVERNATIVA DO MARQUÊS DE POMBAL

3. Na sequência desta revolução, foi condenado à morte o


monarca…
 Luís XIV.
 Carlos X.
 Luís XVI.

4. Alguns monarcas europeus não aceitaram bem as novas ideias


revolucionárias e declararam guerra à França que, para se
defender, colocou em marcha um exército comandado por…
 Napoleão Bonaparte.
 Junot.
 Wellesley.
OS ANTECEDENTES DA REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820
Terminadas as invasões francesas, o descontentamento da população
portuguesa continuava a fazer-se sentir.
General Beresford.

O país estava mais pobre e destruído.


O comércio e a indústria estavam
estagnados. Beresford chefiava o exército
e influenciava todos os atos governativos,
transformando o País numa espécie de
“colónia” inglesa.

A Corte continuava no Brasil e os Portugueses


sentiam-se abandonados por D. João, o Príncipe
Regente.
Para agravar a situação, em 1808, D. João decretou
a abertura dos portos brasileiros ao comércio
internacional, afetando os lucros da burguesia
portuguesa.
OS ANTECEDENTES DA REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820
Entretanto, já os ideais da Revolução Francesa ganhavam apoiantes em
Portugal!

Sou um burguês, vivo em Lisboa e sinto-me


prejudicado pela abertura dos portos brasileiros a
outras nações! Vou unir-me com outros burgueses e
tomar as rédeas deste país!
Vamos juntar-nos ao Gomes Freire de Andrade e
preparar um golpe.
A monarquia absoluta vai ser derrubada! Queremos
uma Constituição que reconheça a igualdade de
todos os cidadãos perante a lei!
OS ANTECEDENTES DA REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820
Gomes Freire de Andrade, em 1817, tentou pôr fim ao regime absolutista,
mas a conspiração foi descoberta e o general acabou enforcado,
juntamente com os seus apoiantes.

General Gomes Freire


de Andrade.
Execução do General Gomes Freire de
Andrade.
OS ANTECEDENTES DA REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820
No ano seguinte, em 1818, Manuel Fernandes Tomás, um conhecido juiz
do Porto, formou uma sociedade secreta – o Sinédrio – com o objetivo de
preparar uma revolução.

Manuel Fernandes Tomás.


A REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820
Aproveitando a ausência de Beresford, os revolucionários iniciaram o golpe.
Assim, no dia 24 de agosto de 1820, na cidade do Porto, os revolucionários,
apoiados pela população, deram início à Revolução Liberal Portuguesa, que
acabaria com o regime absolutista em Portugal.

24 de agosto de 1820 – a população portuense adere à


revolução.
A REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820
Na cidade do Porto, o general Sepúlveda falava aos soldados…

Soldados! Acabou-se o sofrimento (…). Soldados, o


momento é este (…).
Vamos com os nossos irmãos de armas protagonizar
um governo provisório, que chame as Cortes a fazer
uma Constituição cuja falta é a origem dos nossos
males (…). É em nome do nosso soberano, o senhor
D. João VI, que há de governar-se.
Viva el-rei o senhor D. João VI! Viva as Cortes e por
elas a Constituição!

A revolução alastrou-se rapidamente a outras zonas do País e, um mês


depois, a Regência de Beresford foi destituída.
OS DIAS SEGUINTES À REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820

Foi nomeada uma Junta Provisional do


Governo Supremo do Reino, que
governará até haver eleições.

O Rei deve regressar a Portugal!


Quem nos governará?

A Junta Provisional do Governo do Reino é recebida em Lisboa, em ambiente de


festa, no dia 1 de outubro de 1820.
AS REAÇÕES NO BRASIL À REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1822
As notícias sobre a revolução rapidamente chegam ao Brasil e, em 1821,
D. João VI regressa a Portugal.

A principal exigência (das Cortes portuguesas) era a


volta do rei a Portugal. (…) D. João VI enfrentava um
dilema (…) que dizia respeito ao futuro do próprio
império português. Se voltasse a Portugal, poderia
perder o Brasil (que se tornaria independente) se, ao
contrário, permanecesse no Rio de Janeiro, perderia
Portugal, (…) Depois de muitas discussões, D. João
surpreendeu os seus auxiliares com a seguinte
frase: “Pois bem, se o meu filho (D. Pedro) não quer
ir, irei eu”. Era uma atitude inesperadamente
corajosa para um rei que sempre dera mostras de
insegurança, medo e indecisão.(…)

Laurentino Gomes, 1808, S. Paulo, Planeta Brasil,


2006 (adaptado).
OS DIAS SEGUINTES À REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820
Triunfou a Revolução
Liberal
Fim do absolutismo

Os ingleses foram afastados


do governo com a destituição
da Junta de Regência.

Criação da Junta Provisional do A Constituição é um documento no


Governo Supremo do Reino qual se encontram reunidas as leis
Funções: que servem de base a todas as
• preparar eleições para formar as outras leis que regem um País.
Cortes Constituintes;
• elaborar o texto da primeira
Constituição Portuguesa.
A CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA 1822
Que mudanças trazia a Constituição de 1822?
Na Monarquia Absoluta

D. João VI.

O rei concentra em si todos os poderes:


• faz e aprova as leis (poder legislativo);
• governa sem convocar as Cortes (poder executivo);
• é o juiz do reino (poder judicial).
A CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA 1822
Quais os princípios defendidos na Constituição de 1822?
SEPARAÇÃO DOS PODERES

 IGUALDADE E LIBERDADE PERANTE A * Sabias que…?


A Constituição de 1822 não foi
LEI *
tão perfeita quanto se pretendia,
(foram abolidos os privilégios do clero e da nobreza)
pois só os homens com mais de
25 anos, que soubessem ler e
escrever, podiam exercer o
direito de voto.

D. João VI jura a Constituição de 1822.


AS REAÇÕES NO BRASIL
Quando D. João VI regressou a Portugal, nomeou D. Pedro, seu filho mais
velho, como regente do Brasil.

As Cortes (constituídas, sobretudo, por


burgueses, que tinham sido
prejudicados pela abertura dos portos
brasileiros ao comércio estrangeiro)
D. João VI. decidiram fechar novamente os portos
da colónia, impedindo que o comércio
se realizasse com outros países,
excetuando Portugal.

A decisão das Cortes foi mal recebida no


Brasil que, com o apoio do Príncipe
Regente, D. Pedro, proclamou a
independência da colónia a 7 de D. Pedro.
setembro de 1822.
A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

D. Pedro proclamou a independência do Brasil em 1822.


Esta proclamação ficou conhecida por o Grito do Ipiranga.

(…) Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro fazer a
liberdade do Brasil! Independência ou morte! Seja a nossa divisa; o verde
e o amarelo as nossas cores nacionais.
Brado de D. Pedro junto ao rio Ipiranga, segundo a tradição,
7 de setembro de 1822.
D. PEDRO I IMPERADOR DO BRASIL
A COROAÇÃO DE D. PEDRO NO BRASIL

D. Pedro foi coroado e aclamado Imperador do Brasil em 1822.


Portugal só reconheceu a independência deste território em 1825.
ATIVIDADE DE CONSOLIDAÇÃO
Assinala, nas questões que se seguem, a(s) opção(ões) correta(s).
1. Após o fim das invasões francesas, o território português estava…
 enriquecido pelas riquezas trazidas pelos franceses.
 destruído e empobrecido devido ao período de guerra.
 com uma indústria modernizada e uma economia muito forte.
2. Depois da saída do exército francês do território nacional, os
Portugueses mantinham-se muito insatisfeitos. Identifica os motivos
desse descontentamento.
 O exército inglês mantinha-se em Portugal e controlava os
principais cargos da administração e do exército.
 Os franceses, que tinham ajudado a expulsar os ingleses,
mantinham-se à frente do exército português.
 Os Portugueses ficaram sozinhos e não foram capazes de
reorganizar o País.
 A família real continuava no Brasil.
 O rei tinha ordenado o encerramento dos portos portugueses ao
comércio com o Brasil.
 O rei tinha decretado a abertura dos portos brasileiros ao comércio
internacional, prejudicando a burguesia portuguesa.
 A burguesia desejava instaurar um governo liberal.
3. Em Portugal, os ideais da Revolução Francesa eram apoiados…
pela nobreza e pelo povo.
só pelo povo.
pela burguesia e pelo povo.
4. Identifica a cidade portuguesa onde ocorreu a Revolução Liberal
Portuguesa de 1820.
Lisboa.
Porto.
Braga.
5. Entre os revoltosos da Revolução de 1820, encontram-se nomes
como…
Gomes Freire de Andrade e Mouzinho da Silveira.
Gomes Freire de Andrade e Manuel Fernandes Tomás.
Manuel Fernandes Tomás.
6. Com o fim da Revolução, foram retirados os poderes à Junta de
Regência e o poder foi entregue à Junta Provisional do Governo
Supremo do Reino, que tomou medidas, tais como:
preparar as eleições e convidar ingleses para virem a integrar um
novo governo;
afastar os ingleses e preparar eleições;
afastar os ingleses, pedir ao rei que regressasse do Brasil e
preparar as eleições.
7. Seleciona as afirmações verdadeiras.
A Constituição de 1822 defendia a concentração dos
poderes (legislativo, executivo e judicial) na mesma pessoa.
A Constituição de 1822 defendia a divisão dos poderes (legislativo,
executivo e judicial), entregues a órgãos diferentes.
A Constituição de 1822 aboliu a Monarquia Absoluta e instaurou a
Monarquia Constitucional.
8. Faz a ligação entre os elementos das duas colunas.

1. O poder judicial pertence aos


Monarquia
Tribunais.
Absoluta
2. O rei concentra todos os poderes.
Monarquia
3. O poder executivo pertence às
Constitucion
Cortes
al
e ao Rei.

4. O poder legislativo pertence às


Cortes.

5. A vontade do rei é a lei máxima.


Nas questões que se seguem assinala a(s) opção(ões) corretas.
9. Identifica quem substituiu D. João VI, no Brasil, quando este
regressou a Portugal.
O seu filho, D. Pedro.
O seu filho, D. Miguel.
A sua mulher, D. Carlota Joaquina.
10. A que acontecimento está associado o Grito do Ipiranga.
À autoridade que o rei tinha no Brasil.
À descoberta do Brasil.
À independência do Brasil.
11. Após a morte de D. João VI, quem ocupou o trono de Portugal
como regente e, mais tarde, como rei absoluto?
D. Pedro IV. D. Miguel.
D. Maria da Glória.
12. Assim que assumiu o poder, D. Miguel dissolveu as Cortes e
aclamou-se rei absoluto, provocando uma divisão da sociedade
entre:
liberais e absolutistas.
absolutistas e republicanos.
monárquicos e republicanos.
13. Assim que soube da atitude de D. Miguel, D. Pedro organizou
um exército na ilha…
S. Miguel.
Terceira.
Madeira.
14. Relaciona os elementos da coluna A com os da coluna da B.

Coluna A Coluna B

D. Pedro Defensor do absolutismo em


Portugal.

D. Miguel
Defensor do liberalismo em Portugal.
Nas questões que se seguem assinala a(s) opção(ões) corretas.
15. Ao conflito que opôs liberais a absolutistas deu-se o nome
de…
Revolução.
Guerra Civil.
Golpe de Estado.
16. A guerra civil terminou com a vitória dos…
republicanos.
liberais.
absolutistas.

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