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Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Instituto de Ciências Exatas - ICEX


Matemática Licenciatura
Recursos Computacionais para o Ensino de Matemática

Teorema de Euclides:
A Infinidade de Números Primos

Aluno(a): Sávio Dias Viana

Professora: Aniura Milanes Barrientos

Belo Horizonte - MG
2021
Sumário
1 Teorema Fundamental da Aritmética - TFA: 2

2 Teorema de Euclides 2
2.1 Teorema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2.2 Demonstração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

1
1 Teorema Fundamental da Aritmética - TFA:
Primeiro, para compreendermos o Teorema de Euclides, é necessário conhecer o Teorema Fundamental
da Aritmética. Este Teorema não será demonstrado, pois não é a intenção desse artigo, ele será apenas
enunciado. Sendo assim, temos:
Dado um número composto Natural n ≥ 2, existem primos distintos p1 , p2 , ... , pk tais que

n = p1 α1 × p2 α2 × ... × pk αk , (1)

onde os expoentes αi ∈ N, tais que 1 ≤ i ≤ k .


Além disso, se n = q1 β1 × q2 β2 × ... × qt βt , onde qj são números primos distintos entre si, 1 ≤ j ≤ t,
então t = k e todo qj é igual a algum pi .

2 Teorema de Euclides
2.1 Teorema
Agora que já temos a nossa base para provar o Teorema de Euclides, vamos enunciá-lo:
Seja P = {p1 , p2 , p3 , ...} o conjunto dos números primos. Então, tal conjunto tem uma infinidade de
elementos.

2.2 Demonstração
Nossa demonstração será feita por contradição.
Logo, vamos supor que o conjunto dos números primos P = {p1 , p2 , ..., pn } seja finito e que pn é o
maior primo existente. Assim, podemos considerar o número P = p1 × p2 × ... × pn , tal que pn < P .
Dessa forma, temos um número não-primo que é divisı́vel por todos os primos existentes.
Porém, o número Q = P + 1 não é divisı́vel por nenhum dos primos do conjunto P, pois como pi | P ,
então pi | P + 1 se, e somente se, pi | 1, o que é impossı́vel. Assim temos duas situações possı́veis para
analisar:
• Caso 1:
O número Q é primo, logo pn não é o maior primo existente, o que é uma contradição, pois conside-
ramos pn como o último e maior primo do conjunto P.
• Caso 2:
O número Q é composto e, como vimos em 1, o número Q é da forma Q = q1 β1 × q2 β2 × ... × qt βt ,
onde qi são primos distintos, 1 ≤ j ≤ t, e todo qi > pn , pois eles não estão no conjunto P, anteriormente
definido. Logo, temos outra contradição, pois consideramos que em P estavam contidos todos os números
primos, porém todo qi é primo e não pertence a P.
Assim, fica provado, por contradição, que o conjunto dos números primos é infinito.

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