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Maringá
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
uma organização é formada por seres humanos que têm vida própria e que agem de acordo
com uma série de fatores, tendo não só motivações, como capacidade de liderança e poder de
decisão.
A Teoria Geral de Sistemas surgiu e foi popularizada após o fim da Segunda Guerra
Mundial (MOTTA e VASCONCELOS, 2006), e se desenvolveu a partir de trabalhos do
biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy. O autor faz crítica à visão de mundo fragmentada,
buscando um estudo dos sistemas globalmente, envolvendo todas as interdependências de
suas partes. Para Bertalanffy (1968), a teoria de sistemas pode ser compreendida como “uma
nova visão da realidade que transcende os problemas tecnológicos, exige um reorientação das
ciências, atinge uma ampla gama de ciências desde a física até as ciências sociais e é
operativa com vários graus de sucesso” (apud LODI, 1977, p. 199).
A Teoria Geral de Sistemas fundamenta-se sobre três premissas básicas: a primeira é
que os sistemas existem dentro de sistemas, ou seja, são constituídos de subsistemas e fazem
parte de um macro-sistema. A segunda é que os sistemas são abertos, caracterizados por um
processo infinito de intercâmbio com seu ambiente para trocar energia e informação. E a
terceira é que a função de um sistema depende de sua estrutura (CHIAVENATO, 2003).
Essa teoria apresenta noções importantes para a administração como totalidade,
crescimento, diferenciação, controle, entropia, sistema, equifinalidade, homeostase,
competição e feedback (LODI, 1977).
Segundo Bertalanffly (1968 apud LODI, 1977), “um sistema pode ser definido como
um complexo de elementos em interação” (p.84), onde a expressão “o todo é maior que a
soma das partes” consiste, de acordo com o autor, “que as características construtivas não são
explicáveis a partir das características das partes isoladas” (p.83).
Dentro dessa teoria, os sistemas são trabalhados como sistemas abertos, que nas
palavras de Gillin e Gillin (1942), “todos os organismos vivos reagem aos estímulos
ambientais aos quais são sensíveis, e essas reações são consideradas adaptativas se têm o
efeito de continuar a sobrevivência do indivíduo, ou da espécie ou de ambos” (apud MOTTA
e VASCONCELOS, 2006, p. 163), assim sendo as organizações também são vistas como
sistemas abertos.
Para Katz e Kahn (1970), os sistemas são ciclos que se repetem (apud
CHIAVENATO, 2003). E ainda, a organização é considerada eficaz quando ela é capaz de
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O autor Chandler (1962 apud CHIAVENATO, 2003) realizou uma pesquisa sobre
mudanças estruturais nas organizações e as suas relações com a estratégia de negócios
utilizada em quatro empresas americanas e chegou à conclusão de que a estrutura
organizacional, ou o desenho da organização das empresas foi sendo continuamente adaptado
para que ela pudesse sobreviver. Sendo que a organização atravessa quatro fases durante seu
ciclo de vida: (a) acumulação de recursos através de um rápido crescimento; (b) uso de
recursos com foco no planejamento, na organização e na coordenação; (c) crescimento através
da diversificação e da busca de novos mercados; (d) Uso de recursos em expansões através da
departamentalização.
Já a pesquisa de Burns e Stalker (1961 apud CHIAVENATO, 2003) foi realizada em
vinte indústrias inglesas com o objetivo de conhecer a relação entre as práticas administrativas
e o ambiente externo, e concluíram que existem dois tipos de organizações: (1) Organizações
mecanísticas, que são mais apropriadas sob condições ambientais estáveis e possuem ênfase
nos princípios da Teoria Clássica e; (2) Organizações orgânicas, que são mais apropriadas
para condições ambientais de mudança e inovação, com ênfase nos princípios da Teoria das
Relações Humanas.
(...) o modelo mecânico é mais freqüente em um contexto setorial estável
(pouca inovação tecnológica, demanda regular e previsível). O modelo
orgânico seria uma opção mais freqüente em um meio ambiente ‘turbulento’,
ou seja, com uma alta taxa de inovação e um mercado caracterizado por uma
forte concorrência (MOTTA e VASCONCELOS, 2005, p.214).
3 METODOLOGIA
individual nem seu, nem de seu funcionário. A causa fundamental desse foco é a busca pela
estabilidade financeira primeiramente, como afirmado pelo proprietário.
Apresenta-se estruturada apenas com os departamentos de produção e vendas, que
ficam subordinadas ao poder de decisão da gerência. A organização pode ser caracterizada
como uma empresa centralizada, ou seja, “enfatiza reações escalares, isto é, cadeia comando”
(CHIAVENATO, 2003, p. 162). Ressalta-se que cadeia de comando (ou cadeias escalares) é
conceituada como linha de autoridade que interliga as posições da organização e especifica
quem domina a quem.
Vendas Produção
aviamentos e desenhos (do bordado e dos modelos das peças) e o processo de transformação
como a modelagem, o corte, a costura, o bordado, a estamparia, o controle de qualidade, ou
seja, todo o processo de produção. Os outputs podem ser definidos como as peças prontas e
entregues de acordo com o pedido, ou dispostas na loja para comercialização. Por fim, têm-se
a resposta do meio, que nada mais é que um feedback, ou seja, o que o consumidores acharam
das peças, da qualidade, dos modelos, a quantidade de vendas, pode ser uma maneira, embora
apenas quantitativa, de obter algumas dessas informações, além de algumas pesquisas, mesmo
que informais, com os clientes. Com isso, a empresa tem informações para realizar algumas
modificações em seus processos de transformação dos inputs.
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Como resultado dessa análise, pode-se concluir que nenhuma teoria predomina sobre
uma organização, mas sim uma sinergia de todas as teorias. Observa-se que a empresa
absorve alguns princípios de Taylor, assim como alguns conceitos das teorias mais modernas,
como a Contingencial.
Devido a isso, a caracterização da empresa é sempre resultado de um estudo das
teorias, o que possibilita a identificação do desenvolvimento dos princípios aplicados na
organização.
Quando ao caráter gerencial, percebe-se a necessidade de se trabalhar com o marketing
da empresa. A comunicação desta se encontra muito fraca quando a questão é divulgação de
produto e também do nome da própria empresa.
Além disso, o departamento de vendas também deve ser repensado, quando se trata de
funcionários. Isso porque a vendedora deve ser treinada para passar todas as características da
peça, além de que, como é uma empresa que trabalha principalmente com pedidos, a
funcionária tem que saber realizá-los.
Observou-se também que a produção é lenta, pois são 25 dias para entrega de
moletons e 10 dias para entrega de camisetas, o que acaba afastando os consumidores. A
produção é terceirizada, porém o corte é feito na empresa, e como só tem um funcionário e
uma mesa pequena, acaba sendo demorada. Formar parcerias com as facções com as quais ele
trabalha também é interessante, até porque assim pode-se exigir melhor qualidade em troca de
fidelidade.
A criação de um departamento de finanças para controlar os gastos, prever
investimentos e realizar uma análise econômica da empresa torna-se importante também,
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porque se percebe que esse controle financeiro não existe, o que pode causar surpresas
indesejáveis ao proprietário.
REFERÊNCIAS
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Ed. Atlas. 2002.