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Primeiro Céu: 1
– Vilon, Shamaim ou Yeriot – (Cortina ou Tenda)
Lá se encontra a Arca do Pacto celestial que ilumina o mundo. Ao amanhecer, como uma
cortina que se abre, permite que a luz do dia comece a brilhar, e a noite, ela se fecha
impedindo a luz do sol de chegar a terra. Desta maneira, este Céu renova a cada dia o
trabalho da Criação.
Temos: “(…) a Arca de D-us mora entre cortinas (Yeriot)” 2 Shmuel (II Sm) 7:2 ou “Ele, que
estende os Céus como uma cortina e os molda como uma tenda” Yeshaiáuhu – Is 40:22.
Em Vilon, podemos aperfeiçoar a nossa experiência de D-us na contínua recriação de tudo
o que existe.
Segundo Céu: 2 – Rakiá – (Firmamento ou Expansão)
Em Rakiá o sol, a lua, as estrelas e as constelações estão suspensos. Temos “Haja um
firmamento (Rakiá) no meio das águas”; “E D-us chamou ao firmamento (Rakiá) Céus”;
“(…) sobre a face do firmamento (Rakiá) dos Céus” – Bereshit – Gn 1:6, 8 e 20.
Neste Céu encontramos a Academia de Estudos Celestiais (Yeshivah shel Ma’alah).
Existe uma passagem no Tanach que diz: “Também ao se ouvir uma voz no firmamento
(Rakiá), acima de suas cabeças, paravam e baixavam suas asas” – Iehezkel (Ez 1:25).
Isto alude a afirmação Talmúdica – Chaguigá 11b – de que, tal qual os segredos místicos
da Criação não devem ser expostos em público, assim também o ensino referente aos
Segredos da Carruagem Divina (Merkavá), apresentada no primeiro capítulo de Ezequiel,
também deve ser restringido.
Da mesma forma como Ezequiel observou a Carruagem Divina (Merkavá), Ia´aqov
(Yaacov Avinu) também a viu em seu sonho com a escada que subia aos Céus (Rakiá)
– Bereshit – Gn 28:12.
Aqui a nossa experiência com as letras do alfabeto hebraico, pode ser usada como canal
para a energia criativa de D-us.
Neste momento, o bondoso senhor fez uma pausa. Pegou uma moringa de barro e
ofereceu-me um pouco de água dizendo:
– por favor, beba esta água que é do riacho ao nosso lado, cuja fonte é do manancial de
sabedoria. Sem hesitar, a bebi lentamente.
Nunca havia bebido algo tão especial. A cada gole sentia a minha força mental e física
revigorada.
Após este evento, o sábio continuou a me relatar a respeito dos demais Céus.
A nossa experiência de Jerusalém e do Templo Sagrado neste Céu, tal como existe no
reino espiritual, está pronta a materializar-se no reino físico.
Olhou fixamente para mim. Por um instante fiquei paralisado. Por fim, percebi uma luz de
compaixão em seus olhos. Após alguns segundos voltou a me explicar a respeito dos
demais Céus:
Temos: “Ele está envolvido por densas e escuras nuvens, e justiça e direito formam as
fundações (Machon) de Seu trono” – Tehilim – Sl) 97:2 ou “De Sua habitação (Machon), a
todos os habitantes da terra dirige Seu olhar” – Tehilim – Sl) 33:13-14.
Lemos no versículo “Ve’Atah tishma ha’Shamaim, Machon leShivtecho” – “É ali, onde D-
us habita, que as nossas preces são ouvidas e aceitas” – 1 Melachim – I Rs 8:39.
A experiência com o Nome inefável de D-us (Havayeh), neste Céu, faz Sua onipotência e
onipresença, refletirem em cada aspecto da nossa realidade.
Sétimo Céu: 7 – Aravot – (Salgueiros ou Janelas).
É o mais elevado de todos os Céus. Encontram-se nele os tesouros da vida, da paz e da
bênção, além do Bem da Justiça e a Caridade. Em Aravot habitam as almas de todos os
justos e as almas dos que estão destinados a nascer além do sopro de vida com que D-us
vai ressuscitar os mortos. Temos: “(…) as vistas dos que das janelas (Aravot) estendem
seus olhares” – Kohelet – Ec 12:3, ou “Ainda que o Eterno fizesse janelas (Aravot) nos
Céus, (…)” – 2 Melachim – II Rs) 7:2.
Em Aravot, a alma (Neshamá) transporta nossas lembranças e o registro de nossas ações
perante D-us.
Aqui atingimos o derradeiro estado de Bitul, ou seja, da verdadeira auto-anulação com
relação a D-us, tornando-nos uma “carruagem” Divina, um veículo de D-us, para cumprir
Sua vontade na Criação.