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EXPRESSÃO PLÁSTICA

TRIDIMENSIONAL
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Lara Pires
Evolução das técnicas de expressão plástica na
evolução do desenho
As técnicas mais apropriadas (desenho, pintura, modelagem, etc.) e os materiais mais
convenientes (lápis, carvões, papel, tintas, pincéis, telas, etc.), constituem uma das
principais preocupações pedagógicas, pois que é através deles que a criança se
poderá expressar e criar. Tal como a linguagem e as palavras são importantes para a
expressão verbal, assim o são as técnicas e os materiais para a expressão plástica.

As técnicas escolhidas e o material utilizado estão estreitamente associados ao


desenvolvimento emocional, sentimental e cognitivo da criança. À medida que as suas
experiências se enriquecem, ela vai tendo uma cada vez maior necessidade de
variedade de técnicas e de materiais para se expressar convenientemente.

28-10-2021
Evolução das técnicas de expressão plástica na
evolução do desenho
A arte serve para expressar as emoções e os sentimentos da criança. 
"Concentrar as atenções apenas nos materiais que se usa, ou no desenvolvimento de
técnicas especiais das artes plásticas, significa ignorar o facto de que a arte provém do
ser humano e não dos materiais" (Lowenfeld, 1980).

Deverão ser colocadas ao serviço da satisfação das necessidades da criança, nunca


constituindo áreas de ensino de "como se faz", de "como se deve fazer". São áreas de
completa liberdade de exploração criativo-expressiva e não de aprendizagem de
execução técnica.
Evolução das técnicas de expressão plástica na
evolução do desenho
Lowenfeld estabelece um paralelismo entre as várias etapas do desenvolvimento da
criança e os materiais que por ela são escolhidos para exploração, concluindo que
existe uma variedade praticamente ilimitada de materiais que se podem usar para
levar a cabo as atividades de expressão plástica.
A criança considera os materiais que lhe proporcionam como algo inseparável do ato
de criar. Um lápis é para desenhar; plasticina para modelar; tinta para pintar.

Cada material contribui de modo específico para a expressividade e a criatividade da


criança em determinadas condições específicas. Compete ao adulto procurar o
material mais adequado para cada situação particular.
Lowenfeld (1980) dá algumas sugestões sobre os materiais
mais usuais no decorrer do desenvolvimento da expressão
plástica da criança:
Lowenfeld (1980) dá algumas sugestões sobre os materiais mais usuais no decorrer do
desenvolvimento da expressão plástica da criança:
Etapa da Garatuja (2 - 4 anos):
◦ Nos seus primeiros anos de idade, a criança serve-se de tudo o que encontra à mão (lápis,
canetas, marcadores, giz, etc.) para se expressar e criar.
◦ Durante a fase da garatuja, a criança necessita de efetuar experiências sensoriais, sobretudo
visuais e táteis, bem como exercitações das suas capacidades motoras, pelo que os
materiais empregues deverão oferecer estas possibilidades sem apresentar quaisquer
dificuldades técnicas.
◦ O lápis vulgar, por exemplo, parece não ser muito conveniente nesta fase pois que a sua ponta
afiada não desliza com muita facilidade no papel, podendo-o rasgar e partindo-se com
facilidade. Giz, lápis de cera ou de pastel são, por exemplo, mais aconselháveis.
◦ "Quanto mais pequena é a criança maior deverá ser o pincel e o formato
do papel, pois só assim ela poderá expandir-se livremente, ao registar o
movimento impulsivo do braço, do antebraço e da mão. Além de grande
formato, o papel deverá ser semi-absorvente para evitar que a tinta
escorra ao desenhar ou ao pintar com o pincel. O papel cavalinho, o
papel de cenário ou o papel manteiga, são os mais indicados. Conforme
lhe der mais jeito, a criança tanto pode colocar a folha de papel no chão,
na parede ou em cima da mesa, orientá-la no sentido da largura ou da
altura. Em geral, a criança orienta a folha de papel no sentido da largura,
sem que isso constitua uma regra; depende do tema ou da ideia que
pretende desenhar" (Gonçalves, 1977).
A criança pode desenhar com um pau, com as pontas
dos dedos, mão e até com todo o antebraço.
Um tabuleiro para a digitinta, para lamas ou para areia
húmida é muito apreciada nesta idade para a
expressão dos conteúdos psíquicos da fase anal.
Presta-se a toda uma série de manuseamentos e
relevos que se liga à perceção tátil dos materiais. Mais
do que desenhar, trata-se de experiências de apalpar,
sentir, tocar, agarrar e tatear formas e texturas.
O barro é um material muito importante nesta idade. As
teorias freudianas colocam os materiais relacionados
com as urinas e fezes (líquidos, sabonárias, areia
molhada, terra húmida, lama, barro, etc.) como
extremamente importantes para a expressão das mais
profundas tensões das crianças da fase anal. Para
além desta situação, os materiais argilosos permitem
ainda à criança o manuseamento de material
tridimensional, usando a motricidade dos dedos de
modo diferente.
Manusear um pedaço de barro, sem nenhum propósito
definido aparente, é um processo paralelo à garatuja
do desenho. Socar o barro, bater com ele na mesa, ou
bater-lhe com um objeto, são ações de catarse de
tensões agressivas que muito contribuem para o seu
alívio.
 
A argila não deverá, por isso, ser tão dura ao ponto de
ser difícil de modelar, nem tão mole que fique colada
aos dedos. Como a criança desta idade ainda não
possui uma boa destreza da motricidade fina, o bloco
de argila com o qual vai trabalhar deverá ser
suficientemente grande para que possa agarrá-lo com
ambas as mãos.
◦ Etapa Pré-Esquemática (4 - 7 anos):

◦ É a fase em que a criança está entusiasmada com a sua habilidade para representar aquilo
que para si tem significado. Trocar frequentemente de materiais, ou introduzir novos, ajuda
na descoberta e exploração de novas formas de expressão e criação.
◦ Lowenfeld (1980) cita a têmpera (na forma de tinta plástica ou de água) como um excelente
material para desenvolver a liberdade criativa, nesta idade, preparada com uma espessura
como a do mel e aplicada com um pincel de cerda sobre grandes folhas de papel absorvente
(com aproximadamente 45x60 cm), que evitem o escorrer da tinta.
◦  
◦ O lápis de cera (ou de pastel) é também bastante apropriado para esta idade.
BIDIMENSÃO
Uma pintura ou desenho é
considerado bidimensional
porque ocupa duas
dimensões no espaço, isto é,
altura e largura.

TRIDIMENSÃO
As esculturas, modelagens e
construções apresentam três
dimensões: altura, largura e
profundidade.

28-10-2021
28-10-2021
28-10-2021
I try to apply colors like words that shape poems, like
notes that shape music.
- joan miró

28-10-2021
28-10-2021
28-10-2021

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