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FICHA DE REVISÕES

9.º ANO
I
1- Lê o texto com atenção.
A CASA NOVA
“Quando Bruno viu a casa pela primeira vez, os seus olhos arregalaram-se, a boca
abriu-se de espanto e os braços afastaram-se do corpo mais uma vez. Tudo nesta casa parecia
ser o oposto da antiga e ele não queria acreditar que iam realmente viver ali.
A casa de Berlim ficava numa rua sossegada numa fiada de outras casas como a dele e
era sempre agradável olhar para elas, porque eram quase todas iguais, mas não exatamente
iguais, e nelas viviam outros rapazes com quem ele costumava brincar (se eram seus amigos)
ou de quem se afastava (se eram brigões). A casa nova, no entanto, erguia-se sozinha num
lugar vazio e desolado, e não se viam outras casas por perto, o que significava que não havia
outras famílias nem rapazes para brincar, fossem eles amigos ou brigões.
A casa de Berlim era enorme e, apesar de ele já lá viver há nove anos, ainda conseguia
encontrar recantos e buracos ainda não totalmente explorados. Havia até compartimentos
inteiros, como o escritório do pai, que eram de “Acesso Interdito A Todas as Horas Sem
Exceção”, e nos quais ainda mal tinha entrado. No entanto, a casa nova tinha apenas três
andares: o andar de cima, onde ficavam todos os quartos e apenas com uma casa de banho; o
rés-do-chão, com a cozinha, a sala de jantar e o escritório do pai (o qual, pensava ele, devia
estar sujeito às mesmas restrições que o antigo); e uma cave onde dormiam os criados.
À volta da casa de Berlim havia outras ruas também com grandes casas e as ruas que
iam dar ao centro da cidade estavam sempre cheias de pessoas a passearem que paravam
para conversar umas com as outras, ou de pessoas a correrem, cheias de pressa, a dizerem
que não tinham tempo para parar porque tinham mil coisas para fazer. Havia lojas com
montras resplandecentes e bancas com frutas e vegetais dispostos em pilhas muito altas em
grandes tabuleiros, com couves, cenouras, couve-flor e milho. Alguns estavam a abarrotar de
alho-francês, cogumelos, nabos e grelos, outros de alfaces e feijão-verde, courgettes e
cherivias. Às vezes ele gostava de parar à frente destas bancas, fechar os olhos e inspirar
fundo, sentindo a cabeça tonta com a mistura doce dos aromas e da vida. Mas não havia
outras ruas perto da casa nova, ninguém a deambular ou a correr apressado, e nem sombra de
lojas nem de bancas com frutas e vegetais. Quando fechava os olhos, tudo em redor era frio e
vazio, como se estivesse no lugar mais solitário do mundo. No meio do nada.”
John Boyne, “O rapaz do pijama às riscas”, Edições ASA, Alfragide, 2006
2- Indica o modo de apresentação do discurso. __________________________________
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3- Qual é o objetivo do autor ao utilizar esse modo de apresentação? ________________


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4- Identifica os recursos expressivos das seguintes frases.


a) “Tudo nesta casa parecia ser o oposto da antiga” ______________________________
b) “A casa nova, no entanto, erguia-se sozinha num lugar vazio” ____________________
c) “num lugar vazio e desolado” ______________________________________________
d) “Alguns estavam a abarrotar de alho-francês, cogumelos, nabos e grelos, outros de
alfaces e feijão-verde, courgettes e cherivias.” _________________________________
e) “Quando fechava os olhos, tudo em redor era frio e vazio, como se estivesse no lugar
mais solitário do mundo.” _________________________________________________

5- Quais são as sensações presentes no texto. Justifica com elementos do texto. _______
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II
1- Passa o excerto para o discurso indireto.
“– Tenho outra frase para ti – disse ela. – Temos de aprender, a tirar melhor partido
das más situações-
– Não sei se temos – retorquiu Bruno. – Eu acho que devias dizer ao pai que mudaste
de ideias, e pronto. Se tivermos de passar aqui o resto do dia, jantar e dormir aqui por
estarmos cansados, tudo bem, mas talvez fosse melhor levantarmo-nos amanhã de manhã
cedinho se quisermos estar em Berlim à hora do lanche.”
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2- Agora, passa o excerto para o discurso direto.
A mãe insistiu para que ele não discutisse com ela e que fosse para o seu quarto.
Porém, antes de o fazer, ainda ouviu a mãe dizer ao criado que, se o Comandante
perguntasse, diriam ter sido ela a tratar de Bruno.
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3- Analisa sintaticamente as seguintes frases.


a) “Em Berlim, havia mesas postas na rua.” _____________________________________
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b) “Pousou os copos em cima da mesa com cuidado.” _____________________________
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c) As malas foram desfeitas por Bruno. _________________________________________
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d) Bruno, muito determinado, encheu o armário com roupa. _______________________
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e) Bruno e a irmã leram um livro maravilhoso. ___________________________________
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f) “Ouviu-se um estalido no corredor.” _________________________________________
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4- Coloca na frase ativa ou passiva (conforme os casos) as seguintes frases:
a) Uma dor de estômago foi sentida por Bruno. __________________________________
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b) Bruno e Maria não cometerão um erro. ______________________________________
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c) Bruno encontrara o soldado, seu amigo. _____________________________________
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d) Os soldados são respeitados por Bruno. ______________________________________
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5- Conjuga os verbos de acordo com a informação entre parêntesis.


Bruno não _______________ (verbo perceber, no Pretérito Perfeito do Indicativo) o que ela
_______________ (verbo querer, no Pretérito Imperfeito do Indicativo) dizer e, por isso,
_______________ (verbo fazer, no Pretérito Perfeito do Indicativo) de conta que nem
_______________ (verbo ouvir, no Pretérito Mais-Que-Perfeito Composto do Indicativo) .
– Eu _______________ (verbo continuar, no Presente do Indicativo) a achar que foi muito má
ideia – repetiu. – Acho que o melhor a _______________ (verbo fazer, no Infinitivo Impessoal) é nós
______________ (verbo esquecer, no Futuro do Conjuntivo) tudo isto e _______________ (verbo voltar,
no Futuro do Conjuntivo) para casa. É a errar que se aprende – acrescentou, _______________
(verbo usar, no Gerúndio) uma frase que _______________ (verbo aprender, no Pretérito Mais-Que-
Perfeito Composto do Indicativo) há pouco tempo e que estava decidido a usar tantas vezes quantas
_______________ (verbo ser, no Pretérito Imperfeito do Conjuntivo) possível.
A mãe _______________ (verbo evitar, no Pretérito Perfeito Composto do Indicativo) falar com
Bruno sobre esse assunto e o rapaz não _______________ (verbo perceber, no Pretérito Mais-Que-
Perfeito Simples do Indicativo) por que razão.

6- Divide e classifica as orações.


a) “Quando Bruno viu a casa pela primeira vez, os seus olhos arregalaram-se”. _________
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b) “a boca abriu-se de espanto e os braços afastaram-se do corpo”. _________________
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c) Eles não queriam acreditar que iam realmente viver ali. _________________________
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d) Era sempre agradável olhar para elas, porque eram quase todas iguais. ____________
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e) As ruas que iam dar ao centro da cidade estavam sempre cheias de pessoas. ________
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f) “Ninguém a deambular ou a correr apressado”. ________________________________
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g) “Tudo em redor era frio e vazio, como se estivesse no lugar mais solitário do mundo.”
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h) “Ela podia interrompê-lo, mas ele não.” ______________________________________
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i) Ele decidiu fazer as malas para regressar a casa. _______________________________
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7- Substitui os complementos sublinhados pelo pronome pessoal correspondente e


reescreve as frases.
a) “Abriu o saco.” __________________________________________________________
b) “Não achas que cometemos um grande erro?” ________________________________
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c) Bruno sorriu ao soldado. __________________________________________________
d) O rapaz encostará a cara ao vidro. __________________________________________
e) Ele viu o que se passava lá fora. ____________________________________________
f) Gretel arranjaria problemas. _______________________________________________
g) Ele conhecerá Shmuel. ____________________________________________________
h) Bruno e o seu amigo iniciarão uma verdadeira aventura. ________________________
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i) O jovem rapaz não compreenderia o sarilho em que se iriam meter. _______________
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j) Os jovens teriam um pijama às riscas. ________________________________________

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