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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA DO BISPO

Português_ 8ºAno Adaptado Professora: Teresa Lopes

Nome: _______________________________ Classificação:____________________


Turma:______ Professora:_____________________
Nº:_________ Enc.de Educ.:_____________________

GRUPO I
PARTE A
Assinala com X o quadrado correspondente à alternativa correta, de acordo com o sentido
do texto.

1- Por todo o mundo

há quem se dedique a animais abandonados.


há quem se dedique ao trabalho social.
2- Uma cidadã chinesa, da província de Nanjing,

tratou com condições todos os animais sem deixar de trabalhar na sua empresa.
resgatou muitos cães e gatos, cuidando deles a tempo inteiro.
3- Ha WenJin

foi obrigada a adquirir novos bens para poder tratar dos animais resgatados.
vendeu as joias, o carro e a casa para fazer face às despesas com os animais.
4- As pessoas que ajudavam Ha WenJin

trabalhavam gratuitamente.
ganhavam um salário.
5- O centro de resgate dos animais abandonados

mereceu o reconhecimento das autoridades locais.


está com muitas dificuldades e corre o risco de fechar.

Parte B

Agora, agora mesmo quase à beirinha do sono da noite, dou comigo a colocar uma
cassete especial no vídeo da minha vida e a preparar-me para assistir a certas coisas que
me aconteceram por volta dos meus 5 anos de idade!
(…) Um dia, por alturas da Páscoa desse ano, a nossa mãe olhou para mim e para
as minhas duas irmãs, mais novas do que eu e, apontando apenas para mim, anunciou em
voz solene: «Amanhã vamos todos fazer uma visita à tua Madrinha!»
(…) A minha Madrinha era nossa tia-avó. Pequenina e delicada, não parecia muito
preparada para viver neste mundo. Digo isto porque andava muito devagarinho, como se

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tivesse medo de pisar o chão e de ele se queixar. E passava por entre os móveis e as
cadeiras, e de porta em porta, com muita cerimónia, assim como que a pedir licença para
passar. E o seu cabelo era só caracolinhos muito brancos à roda da cabeça. A Madrinha
morava no Porto, junto da Rua Sá da Bandeira, numa moradia muito bonita. Quando no dia
seguinte lá chegámos, a mãe e o pai, e nós três muito bem arranjadas, de luvas e chapéu,
com os ouvidos cheios de «Não façam isto, não façam aquilo»… «Portem-se bem»…
«Não batam os pés»… «Não mexam em nada»…, já sabíamos que a Madrinha estava à
nossa espera, pois esta visita anual era sempre anunciada com a devida antecedência.
Tocámos à campainha, alguém veio abrir a porta e pegar nos nossos casacos e chapéus e
luvas, que não vi onde penduraram. À nossa frente, num vasto chão imaculadamente
branco, uma passadeira de veludo vermelho parecia não ter fim. Lá muito ao fundo, numa
sala cheia de quadros e de esculturas, e de muitos, muitos livros, estavam a Madrinha e o
Padrinho, de braços abertos. O Padrinho, o nosso tio-avô Alberto Vilares, «era um sábio» -
dizia sempre o meu pai, «e que até era um cientista ilustre, tinha um Observatório de
Astronomia no telhado da casa, onde estudava os mistérios do céu, e que do Observatório
de Paris estavam sempre a pedir a opinião dele»…, e por tudo isto, embora ele fosse
muito delicado e muito simpático para nós, eu tinha imenso medo de dizer os meus
costumados disparates ao pé dele.
Ora, neste dia, ele quis saber se eu já sabia ler, e eu, sem querer, disse que sim,
mas a verdade é que ainda não sabia. Então, ele foi buscar um livrinho com desenhos. Em
cada página havia um lindo e colorido desenho muito grande, que tinha por baixo, escrita,
o que eu já percebia que era uma palavra. E foi assim: numa página vi uma grande maçã
e… apontando com um dedo a palavra que estava debaixo, fingi que, a muito custo, lia a
palavra MAÇÃ. Na página a seguir, vi um pato e fingi que lia, a custo, a palavra que estava
por baixo: PATO.
Como a vida me estava a correr bem, fiquei mais calma. Até que apareceu uma
página com um desenho que era mesmo, mesmo uma grande mão. Sem hesitar nem um
bocadinho, apontei para a palavra em baixo e, muito lampeira, quase gritei: MÃO! Foi uma
risota. Os meus pais e os padrinhos riam com gosto, e eu sem perceber porquê! Até que a
minha mãe, devagarinho e docemente, me disse: - «Não, filha, o que aqui está escrito não
é MÃO. O que está escrito é LUVA». Fiquei tão envergonhada que nunca mais me esqueci
daquele momento. A seguir, já nem o lanche me soube a nada, nem o bolo de chocolate,
nem os docinhos, nem as torradinhas com manteiga, nem os rebuçados de tantas cores. E
foi nesse momento que resolvi que tinha de aprender a ler de verdade. Mesmo que
ninguém tivesse paciência para me ensinar, havia de aprender a ler sozinha! E assim foi.
Sozinha e às escondidas, aprendi a ler à minha moda, pouco tempo depois, já nos campos
de um Ribatejo com extremas para o Alentejo, em terras da minha mãe, onde passámos a
viver. Só aos 9 anos fui pela primeira vez para um Colégio, em Lisboa. E nessa altura já eu
era tu cá-tu lá com todas as historinhas que apanhava à mão e com toda a experiência boa
que uma Natureza campestre e sábia tinha posto à minha disposição.

Maria Alberta Meneres, Contos da Cidade das Pontes, Porto, Editorial Âmbar, 2001

Após leitura atenta do texto, responde cuidadosamente a todas as perguntas,


de acordo com o sentido do excerto e as instruções apresentadas.

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1. Localiza a ação narrada no espaço. Comprova a tua resposta através de expressões
do texto.

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2. Relê a seguinte passagem: “Ora, neste dia, ele quis saber se eu já sabia ler, e eu,
sem querer, disse que sim, mas a verdade é que ainda não sabia.”

2.1. Por que razão deu a menina esta resposta?


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3. Faz a caracterização física da madrinha.


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4. Identifica o processo de caracterização presente no texto, assinalando a resposta


correta com um X.

a) Caracterização direta b) Caracterização indireta

5. Classifica o narrador quanto à sua presença. Justifica a tua resposta recorrendo a


expressões do texto.
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6. Transcreve do texto um exemplo de:


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a) dupla adjetivação_______________________________________________________

GRUPO II
1. Indica a classe das palavras apresentadas na coluna que se segue: (nome, adjetivo,
pronome, verbo, preposição).

Classe de Palavras

Madrinha

Com

Olhou

Minha

Feliz

2. Reescreve as frases, substituindo as palavras / expressões destacadas pela


respetiva forma pronominal.

a) Ela tinha os cabelos muito brancos.

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b) Não visites a Madrinha.

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c) Ela ofereceu um livro.

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3. Indica as funções sintáticas dos segmentos sublinhados nas frases da coluna A
associando-os às funções sintáticas apresentadas na coluna B.

Coluna A Coluna B

a) Ela ofereceu um livro à Madrinha. 1. Sujeito composto.

b) O pai e a mãe fizeram muitos avisos . 2. Vocativo.

c) Nós fomos ao Porto. 3. Complemento direto.

d) Ele mostrou o livro à menina. 4. Complemento oblíquo.

e) Madrinha, posso entrar? 5. Complemento indireto.

Coluna A a) b) c) d) e)

Coluna B

GRUPO III

Como a personagem do texto, também tu tens certamente guardado na tua memória


um momento que ainda hoje te faz sorrir.

Num texto cuidado, de 100 a 140 palavras, faz o relato de uma lembrança que
tenhas da tua infância. Deves apresentar um momento de diálogo e um momento de
descrição no texto.

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BOM TRABALHO!

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