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COLÉGIO DOM FELIPE

“Aqui se aprende a vencer”

Verificação Parcial de Português

Aluno(a): No Turno:

Série: 7o ANO Turma: Professor(a): Etapa:

Total de Escores: 25 Escores Obtidos: Data: _____/_____/____ NOTA:

O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa;
Não examinava nem cheirava: 4. Leia a tira abaixo
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Manuel Bandeira. Rio, 27 de dezembro de 1947

1. Assinale o item que contém o significado da expressão


“Meu Deus” utilizada pelo autor: (01 esc.)

a) alegrou-se com a cena.


b) ficou indiferente.
c) solucionou um problema social.
d) ficou chocado com o espetáculo.

2. A causa principal da nossa admiração pela poesia é


porque: (01 esc.)
a) o autor retratou a cena que humilha a condição Na tira, Calvin conversa com as flores. No 1º, no 2º e no 3º
humana. quadrinhos:
b) o autor procurou comparar o homem com cães e gatos.
c) o homem já não vive mais nesse ambiente de miséria. a) Quais palavras das falas de Calvin se referem a ele
d) é falsa a notícia de que a humanidade passa fome. mesmo, isto é, à 1ª pessoa do discurso, aquela que
fala? (02 esc.)

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3. Substantivos abstratos são aqueles utilizados para nomear
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sensações e sentimentos expressos por uma pessoa. Sabendo
disso, assinale o item em que aparecem somente b) Quais palavras das falas de Calvin se referem às
substantivos abstratos. (02 esc.) flores, isto é, à 2ª pessoa do discurso, aquela com
quem se fala? (02 esc.)
a) tempo, angústia, saudade, ausência, esperança, imagem __________________________________________
b) angústia, sorriso, luz, ausência, esperança, inimizade __________________________________________
c) inimigo, luto, luz, esperança, espaço, tempo
d) angústia, saudade, ausência, esperança, inimizade
5. Diversas palavras que conhecemos são formadas - Mas, por quê?
a partir de outras já existentes. Como pode ser - Por que não?
observado a IMÓVEL (in + móvel) tem essa Dormiu logo. A mulher passou a metade da noite
característica. O processo de formação de palavra olhando para o nariz de borracha. De madrugada
utilizado nessa palavra pode ser classificado como: começou a chorar baixinho. Ele enlouquecera. Era
(02 esc.) isto. Tudo estava acabado. Uma carreira brilhante,
a) composição por aglutinação. uma reputação, um nome, uma família perfeita, tudo
b) composição por justaposição. trocado por um nariz postiço.
c) derivação prefixal. - Papai...
d) derivação sufixal. - Sim, minha filha.
- Podemos conversar?
- Claro.
O nariz - É sobre esse seu nariz...
Luís Fernando Verissimo - O meu nariz, outra vez? Mas vocês só pensam
nisso?
Era um dentista respeitadíssimo. Com seus quarenta - Papai, como é que nós não vamos pensar? De uma
e poucos anos, uma filha quase na faculdade. Um hora para outra, um homem como você resolve
homem sério, sóbrio, sem opiniões surpreendentes, andar de nariz postiço e não quer que ninguém
mas de uma sólida reputação como profissional e note?
cidadão. Um dia, apareceu em casa com um nariz - O nariz é meu e vou continuar a usar.
postiço. Passado o susto, a mulher e a filha sorriram - Mas por que, papai? Você não se dá conta de que
com fingida tolerância. Era um daqueles narizes de se transformou no palhaço do prédio? Eu não posso
borracha com óculos de aros pretos, sobrancelhas e mais encarar os vizinhos, de vergonha. A mamãe
bigodes. Sentou-se à mesa de almoço – sempre não tem mais vida social.
almoçava em casa – com a retidão costumeira, - Não tem porque não quer...
quieto e algo distraído. Mas com um nariz postiço. - Como é que ela vai sair na rua com um homem de
- O que é isso? – perguntou a mulher, sorrindo nariz postiço?
menos. - Mas não sou “um homem”. Sou eu. O marido dela.
- Isto o quê? O seu pai. Continuo o mesmo homem. Um nariz de
- Esse nariz. borracha não faz nenhuma diferença.
- Ah, vi numa vitrina, entrei e comprei. - Se não faz nenhuma diferença, então por que
- Logo você, papai... usar?
Depois do almoço ele foi recostar-se no sofá da sala - Mas, mas...
como fazia todos os dias. A mulher impacientou-se. - Minha filha...
- Tire esse negócio. - Chega! Não quero mais conversar. Você não é mais
- Por quê? meu pai.
- Brincadeira tem hora. A mulher e a filha saíram de casa. Ele perdeu todos
- Mas isto não é brincadeira. os clientes. A recepcionista pediu demissão, pois não
Sesteou com o nariz de borracha para o alto. Depois sabia o que esperar de um homem que usava nariz
de meia hora, levantou-se e dirigiu-se para a porta. postiço. Evitava aproximar-se dele. Seu pedido de
A mulher interpelou: demissão foi mandado pelo correio. Os amigos mais
- Aonde é que você vai? chegados, numa última tentativa de salvar sua
- Como, aonde é que eu vou? Vou voltar para o reputação, o convenceram a consultar um psiquiatra.
consultório. - Você vai concordar – disse o psiquiatra depois de
- Mas com esse nariz? concluir que não havia nada de errado com ele –
- Eu não compreendo você – disse ele, olhando-a que seu comportamento é um pouco estranho...
com censura através dos aros sem lentes. – Se fosse - Estranho é o comportamento dos outros! – disse
uma gravata nova, você não diria nada. Só porque é ele. – Eu continuo o mesmo. Noventa e dois por
um nariz... cento do meu corpo continua o que era antes. Não
- Pense nos vizinhos, pense nos clientes. mudei a maneira de vestir, nem de pensar, nem de
Os clientes, realmente, não compreenderam o nariz me comportar. Continuo sendo um ótimo dentista,
de borracha. Deram risada, fizeram perguntas, mas um bom marido, dom pai, contribuinte, sócio do
terminaram a consulta intrigados e saíram do Fluminense, tudo como antes. Mas as pessoas me
consultório com dúvidas. repudiam todo o resto por casa deste nariz. Um
- Ele enlouqueceu? simples nariz de borracha. Quer dizer que eu não
- Não sei – respondia a recepcionista, que trabalhava sou eu, eu sou o meu nariz?
com ele há 15 anos. – Nunca vi ele assim. - É... – disse o psiquiatra. – talvez você tenha
Naquela noite, ele tomou seu banho, como fazia razão...
sempre antes de dormir. Depois vestiu o pijama e o O que é que você acha, leitor? Ele tem razão? Seja
nariz postiço e foi deitar. como for, não se entregou. Continua a usar nariz
- Você vai usar este nariz na cama? – perguntou a postiço. Porque agora não á mais uma questão de
mulher. nariz. Agora é uma questão de princípios.
- Vou. Aliás, não vou mais tirar esse nariz.
6. O texto discute vários aspectos da vida social
moderna; contudo, um deles se destaca. Das
palavras seguintes, qual traduz o assunto central do
texto?
(01 esc.)

a) a moda
b) o comportamento
c) o casamento
d) beleza

7. De acordo com o texto, o que é mais importante


para a sociedade: o que o indivíduo realmente é ou
o que ele parece ser?
(03 esc.)
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8. Que argumentos contrários o dentista apresenta


diante da opinião do psiquiatra sobre seu
comportamento?
(03 esc.)
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9. No final da crônica, o narrador afirma que o


dentista continua a usar o nariz: “Porque agora não
é mais uma questão de nariz. Agora é uma questão
de princípios”. Qual a diferença entre uma questão
de nariz e uma questão de princípios?
(03 esc.)
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10. Relacione os radicais gregos a seus significados:


(05 esc.)
1 - vento a) ( ) anti
2 - homem b) ( ) anemo
3 - cor c) ( ) bio
4 - vida d) ( ) cromo
5 - oposição e) ( ) antropo

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