Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NOME:___________________________________
TURMA:__________________________________
JUSTIFICATIVA
Língua Portuguesa durado muito. São como as linhas, que partem do centro para
a circunferência, que tanto mais continuadas, tanto menos
unidas. Por isso os Antigos sabiamente pintaram o amor
2º Estudo / 2024 menino; porque não há amor tão robusto que chegue a ser
velho. De todos os instrumentos com que o armou a natureza,
8º) (D13) Leia os textos a seguir. o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco, com que já não atira;
Texto I embota-lhe as setas, com que já não fere; abre-lhe os olhos,
“Sou completamente a favor da flexibilização das relações com que vê o que não via; e faz-lhe crescer as asas, com que
trabalhistas, pois a velhíssima legislação brasileira, além de voa e foge. A razão natural de toda esta diferença, é porque o
anacrônica, vem comprometendo seriamente a nossa tempo tira a novidade às cousas, descobre-lhe defeitos,
competitividade em nível global.” enfastia-lhe o gosto, e basta que sejam usadas para não
Texto II serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais
“É uma falácia dizer que com a eliminação dos direitos amor? O mesmo amor é a causa de não amar, e o de ter
trabalhistas se criarão mais empregos. O trabalhador brasileiro amado muito, de amar menos.
já é por demais castigado para suportar mais essa VIEIRA, Antônio. Sermão do Mandato. In:
provocação.” Sermões.8.ed.Rio de Janeiro: Agir, 1980.
O Povo, 17 abr. 1997. Em “...para não serem as mesmas...” (l. 11-12), a expressão
destacada refere-se a
Os textos acima tratam do mesmo assunto, ou seja, da (A) afeições. (B) asas. (C) cousas. (D) linhas. (E) setas.
relação entre patrão e empregado. Os dois se diferenciam,
porém, pela abordagem temática. O texto II em relação ao 11º) (D11) Leia o texto a seguir.
texto I apresenta uma
(A) ironia. (B) semelhança. (C) oposição. O Mato
(D) aceitação. (E) confirmação.
Veio o vento frio, e depois o temporal noturno, e
9º) (D12) Leia os textos a seguir. depois da lenta chuva que passou toda a manhã caindo e
ainda voltou algumas vezes durante o dia, a cidade
Texto I entardeceu em brumas. Então o homem esqueceu o trabalho
Tio Pádua e as promissórias, esqueceu a condução e o telefone e o
Tio Pádua e tia Marina moravam em Brasília. Foram asfalto, e saiu andando lentamente por aquele morro certo de
um dos primeiros. Mudaram-se para lá no final dos anos 50. um mato viçoso, perto de sua casa. O capim cheio de água
Quando Dirani, a filha mais velha, fez dezoito anos, ele saiu molhava seu sapato e as pernas da calça; o mato escurecia
pelo Brasil afora atrás de um primo pra casar com ela. sem vaga-lumes nem grilos.
Encontrou Jairo, que morava em Marília. Estão juntos e felizes Pôs a mão no tronco de uma árvore pequena,
até hoje. Jairo e Dirani casaram-se em 1961. Fico pensando sacudiu um pouco, e recebeu nos cabelos e na cara as gotas
se os casamentos arranjados não têm mais chances de dar de água como se fosse uma bênção. Ali perto mesmo a
certo do que os desarranjados. cidade murmurava, estava com seus ruídos vespertinos,
Ivana Arruda Leite. Tio Pádua. Internet: ranger de bondes, buzinar impaciente de carros, vozes
http://www.doidivana.zip net. Acesso em 07/01/2007. indistintas; mas ele via apenas algumas árvores, um canto de
mato, uma pedra escura. Ali perto, dentro de uma casa
Texto II fechada, um telefone batia, silenciava, batia outra vez,
O casamento e o amor na Idade Média interminável, paciente, melancólico. Alguém, com certeza já
(fragmento) sem esperança, insistia em querer falar com alguém.
Nos séculos IX e X, as uniões matrimoniais eram Por um instante o homem voltou seu pensamento
constantemente combinadas sem o consentimento da mulher, para a cidade e sua vida. Aquele telefone tocando em vão era
que, na maioria das vezes, era muito jovem. Sua pouca idade um dos milhões de atos falhados da vida urbana. Pensou no
era um dos motivos da falta de importância que os pais davam desgaste nervoso dessa vida, nos desencontros, nas
a sua opinião. Diziam que estavam conseguindo o melhor incertezas, no jogo de ambições e vaidades, na procura de
para ela. Essa total falta de importância dada à opinião da amor e de importância, na caça ao dinheiro e aos prazeres.
mulher resultava muitas vezes em raptos. Como o Ainda bem que de todas as grandes cidades do mundo o rio é
consentimento da mulher não era exigido, o raptor garantia o a única a permitir a evasão fácil para o mar e a floresta. Ele
casamento e ela deveria permanecer ligada a ele, o que era estava ali num desses limites entre a cidade dos homens e a
bastante difícil, pois os homens não davam importância à natureza pura; ainda pensava em seus problemas urbanos –
fidelidade. Isso acontecia talvez principalmente pelo fato de a mas um camaleão correu de súbito, um passarinho piou triste
mulher não poder exigir nada do homem e de não haver uma em algum ramo, e o homem ficou atento àquela humilde vida
conduta moral que proibisse tal ato. animal e também à vida silenciosa e úmida das árvores, e à
Ingo Muniz Sabage. O casamento e o amor na Idade pedra escura, com sua pele de musgo e seu misterioso
Média. Internet: coração mineral.
http://www.milenio.com.br/ingo/ideias/hist/casament.htm. ARRIGUCCI, Jr. Os melhores contos de Rubem
Acesso em 07/01/2007 (com adaptações). Braga. São Paulo: Editora Global Ltda, 1985.
Sobre o “casamento arranjado”, o texto I e o texto II No texto, o elemento que gera a história narrada é
apresentam opiniões (A) a preocupação do homem com os problemas alheios.
(A) complementares. (B) duvidosas. (C) opostas. (B) a proximidade entre a casa do homem e o morro com mato
(D) preconceituosas. (E) semelhantes. viçoso.
(C) o desejo do homem de buscar alento próximo da natureza.
(D) o toque insistente do telefone em uma casa fechada e todas as maneiras aos olhos de seus súditos como uma
silenciosa. espécie de teatro. Nesse contexto surge a etiqueta, marcando
(E) os ruídos vespertinos da cidade, com seus murmúrios momento a momento o espetáculo da realeza: só para servir o
constantes. vinho ao monarca havia um ritual que durava até dez minutos.
Quando Luís XV, que reinou na França de 1715 a
12º) (D18) Leia o texto a seguir. 1774, passou a usar lenço não como simples peça de
vestuário, mas para limpar o nariz, ninguém mais na corte de
O Quiromante Versalhes ousou assoar-se com os dedos, como era costume.
Mas todas essas regras, embora servissem para diferenciar a
Há muitos anos atrás, havia um rapaz cigano que, nobreza dos demais, não tinham a petulância que a etiqueta
nas horas vagas, ficava lendo as linhas das mãos das adquiriu depois. Os nobres usavam as boas maneiras com
pessoas. naturalidade, para marcar uma diferença política que já existia.
O pai dele, que era muito austero no que dizia E representavam esse teatro da mesma forma para todos.
respeito à tradição cigana de somente as mulheres lerem as Depois da Revolução Francesa, as pessoas começam a
mãos, dizia sempre para ele não fazer isso, que não era ofício aprender etiqueta para ascender socialmente. Daí por que ela
de homem, que fosse fazer tachos, tocar música, comerciar passou a ser usada de forma desigual – só na hora de lidar
cavalos. com os poderosos.
E o jovem cigano teimava em ser quiromante. Até Revista Superinteressante, junho 1988, nº 6 ano 2.
que um dia ele foi ler a sorte de uma pessoa e, quando ela se Nesse texto, o autor defende a tese de que
virou de frente, ele viu, assustado, que ela não tinha mãos. (A) a etiqueta mudou, mas continua associada aos interesses
A partir daí, abandonou a quiromancia. do poder.
PEREIRA, Cristina da Costa. Lendas e histórias (B) a etiqueta sempre foi um teatro apresentado pela realeza.
ciganas. Rio de Janeiro: Imago, 1991. (C) a etiqueta tinha uma finalidade democrática antigamente.
(D) as classes sociais se utilizam da etiqueta desde o século
O trecho “A partir daí, abandonou a quiromancia” (l.8) XV.
apresenta, com relação ao que foi dito no parágrafo anterior, o (E) as pessoas evoluíram a etiqueta para descomplicá-la.
sentido de
(A) comparação. (B) condição. (C) consequência. 15º) (D16) Leia o texto a seguir.
(D) finalidade. (E) oposição.
A língua está viva
13º) (D17) Leia o texto a seguir.
Ivana Traversim
Câncer Na gramática, como muitos sabem e outros nem
As novas frentes de ataque tanto, existe a exceção da exceção. Isso não quer dizer que
vale tudo na hora de falar ou escrever. Há normas sobre as
A ciência chega finalmente à fase de atacar o mal pela raiz quais não podemos passar, mas existem também as
sem efeito colateral. preferências de determinado autor – regras que não são
A luta contra o câncer teve grandes vitórias nas regras, apenas opções. De vez em quando aparece alguém
últimas décadas do século 20, mas deve-se admitir que houve querendo fazer dessas escolhas uma regra. Geralmente são
também muitas esperanças de cura não concretizadas. Após os que não estão bem inteirados da língua e buscam soluções
sucessivas promessas de terapias revolucionárias, o século rápidas nos guias práticos de redação. Nada contra. O
21 começou com a notícia de uma droga comprovadamente problema é julgar inquestionáveis as informações que esses
capaz de bloquear pela raiz a gênese de células tumorais. Ela manuais contêm, esquecendo-se de que eles estão, na
foi anunciada em maio deste ano, na cidade de San maioria dos casos, sendo práticos – deixando para as
Francisco, no EUA, em uma reunião com a presença de cerca gramáticas a explicação dos fundamentos da língua
de 26 mil médicos e pesquisadores. A genética, que já vinha portuguesa.
sendo usada contra o câncer em diagnósticos e avaliações de (...)
risco, conseguiu, pela primeira vez, realizar o sonho das Com informação, vocabulário e o auxílio da
drogas “inteligentes”: impedir a formação de tumores. Com gramática, você tem plenas condições de escrever um bom
essas drogas, será possível combater a doença sem debilitar texto. Mas, antes de se aventurar, considere quem vai ler o
o organismo, como ocorre na radioterapia e na quimioterapia que você escreveu. A galera da faculdade, o pessoal da
convencional. empresa ou a turma da balada? As linguagens são diferentes.
O próximo passo é assegurar que as células Afinal, a língua está viva, renovando-se sem parar,
cancerosas não se tornem resistentes à medicação. São, circulando em todos os lugares, em todos os momentos do
portanto, várias frentes de ataque. Além das mais de 400 seu dia. Estar antenado, ir no embalo, baixar um arquivo,
drogas em testes, aposta-se no que já vinha dando certo, clicar no ícone – mais que expressões – são maneiras de se
como a prevenção e o diagnóstico precoce. inserir num grupo, de socializar-se.
Revista Galileu. Julho de 2001, p. 41. (Você S/A, jun. 2003.)
O conectivo “portanto”, (l.12), estabelece com as ideias que o A tese da dinamicidade da língua comprova-se pelo fato de
antecedem uma relação de que
(A) adversidade. (B) conclusão. (C) causa. (A) as regras gramaticais podem transformar-se em exceção.
(D) comparação. (E) finalidade. (B) a gramática permite que as regras se tornem opções.
(C) a língua se manifesta em variados contextos e situações.
14º) (D15) Leia o texto a seguir. (D) os manuais de redação são práticos para criar ideias.
(E) é possível buscar soluções práticas na hora de escrever.
O teatro da etiqueta
E quero que você venha comigo. / Todo dia, todo dia. / Quero (D23) A fala do motorista (l.2) é exemplo de linguagem
que você venha comigo. (bis) (A) culta. (B) coloquial. (C) vulgar. (D) técnica. (E) regional.
Eu me sento / Eu fumo / Eu como / Eu não aguento 22º) (D18) No texto, o que gera a inquietação do narrador é o
fato de ele
Você está tão curtida / Eu quero tocar fogo nesse apartamento (A) constatar que não era um dia importante.
/ Mas você não acredita / Traz meu café com suíta / Eu tomo / (B) não se lembrar de algo muito importante.
E bota a sobremesa / Eu como, eu como, eu como, eu como, (C) saber que era dia de Santa Luzia.
eu como / Você / Tem que saber que eu quero é correr mundo (D) ver uma grande multidão na Esplanada.
/ Correr perigo / Eu quero é ir embora / Eu quero dar o fora. (E) verificar que a igreja estava cheia de fiéis.
42º) (D2) Nos versos 10, 11 e 12, o autor Grande parte das nossas vidas transcorre em locais
(A) intensifica a caracterização dos aspectos negativos da de trabalho. Gastamos horas desenvolvendo tarefas que,
cidade. aparentemente, não possuem um relacionamento estreito com
(B) utiliza repetições desnecessárias de palavras. a nossa pessoa.
(C) alude à dificuldade de adaptação em São Paulo, sofrida A maioria dos seres humanos é constrangida a
pelos novos baianos. trabalhar pelo simples fato de que trabalho significa
(D) trabalha um jogo sonoro sem sentido. especialmente sobrevivência. Esta ideia que é uma realidade
(E) não menciona aspectos negativos da cidade. nos está a indicar que o trabalho aparece como um elemento
constrangedor, se olhado na referência imediata de
43º) (D3) Observe o trecho extraído de Memórias Póstumas preenchedor das necessidades básicas.
de Brás Cubas, de Machado de Assis: “Obra de finado. Na cultura tecnológica, o trabalho adquiriu um
Escrevi-a com a pena da galhofa e a tinta de melancolia, e extraordinário relevo e parece que é muito difícil os seres
não é difícil antever o que poderá sair desse conúbio.” Aponte humanos poderem viver sem trabalhar. O caráter obrigatório
a alternativa que contém um sinônimo da palavra grifada do trabalho lhe dá um significado punitivo, e muitos indivíduos
(A) consenso. (D) epístola o encaram desta maneira.
(B) junção. (E) conflito A situação do trabalhador adulto é bastante complexa
(C) epitalâmia. em nossa sociedade, já que os trabalhos estão indicados e
hierarquizados de acordo com os níveis de preparo e
44º) (D11) O narrador utiliza no fragmento: “(...) Até que meu especialização.
nariz tocou num pescocinho roliço. Então fui empurrando os Não adianta, pois, pensamentos no valor do trabalho
meus lábios, tinha uns bonitos lábios grossos, nem eram como livre escolha já que, cada vez mais, se impõe a
lábios, eram beiços, minha boca foi ficando encanudada até obrigatoriedade de ter um treinamento, muitas vezes
que encontrou o pescocinho roliço. Será que ela dorme de demorado, para assumir uma tarefa adequada na cultura
verdade? ... Me ajeitei muito sem-cerimônia, mulherzinha! E contemporânea.
então beijei. Quem falou que este mundo é ruim! Só (Juan Mosquera, As Ilusões e os Problemas da Vida).
recordar... Beijei Maria, rapazes! Eu nem sabia beijar, está (D2) Infere-se do 5º parágrafo que
claro, só beijava mamãe, boca fazendo bulha, contacto sem (A) Grande parte das pessoas trabalha em atividades
nenhum calor sensual.” incompatíveis com suas vocações.
(A) discurso direto. (B) O trabalho é a principal fonte de realização profissional dos
(B) discurso indireto. indivíduos.
(C) discurso indireto livre. (C) O caráter obrigatório do trabalho, na cultura tecnológica,
(D) discurso direto e indireto. transforma-o em principal forma de sobrevivência.
(E) discurso indireto livre e direto. (D) A especialização e o nível de preparo dos trabalhadores
garantem-lhes uma sobrevivência digna.
45º) (D2) Pode-se depreender do texto que (E) No mundo moderno, cada vez mais é necessária a
(A) Maria tinha os lábios grossos, verdadeiros beiços. qualificação do trabalhador.
(B) a mãe do autor lhe ensinara o que era a sensualidade do
beijo. 49º) (D7) A ideia principal do texto é que
(C) a expressão “veio a noite” representa, metaforicamente, o (A) é possível o homem viver sem trabalhar.
fechar dos olhos. (B) o preparo vem substituindo as atividades de escolha livre.
(D) o momento da ação é a noite, e o cenário, a casa da mãe (C) atualmente o trabalho assume mais caráter obrigatório do
do protagonista. que de livre escolha.
(E) o protagonista é um exímio beijador, pois fora treinado por (D) há, na sociedade atual, atividades hierarquizadas por
sua mãe. especializações.
(E) há trabalhos que são vistos com desagrado, como
46º) (D2) Infere-se do texto que castigos.
(A) para o autor o mundo era ruim, pois fazia-o ter
recordações da infância.
50º) (D3) A frase: “Gastamos horas desenvolvendo tarefas O navio negreiro
que, aparentemente, não possuem um relacionamento estreito
com a nossa pessoa.” (linhas 1 a 3) pode ser reescrita como [...] Stamos em pleno mar... abrindo as velas / Ao quente arfar
(A) Em locais de trabalho grande parte de nossas vidas das virações marinhas, / Veleiro brigue* corre à flor dos mares
transcorre. / Como roçam na vaga as andorinhas... // [...] Senhor Deus
(B) Horas são gastas por nós desenvolvendo tarefas que, dos desgraçados! / Dizei-me vós, Senhor deus! / Se é
aparentemente, não possuem um relacionamento estreito loucura... se é verdade / Tanto horror perante os céus... / Ó
conosco. mar! Por que não apagas / Co’a esponja de tuas vagas / De
(C) Esta ideia, uma realidade, indica para nós: o trabalho teu manto este borrão? [...]
aparece como um elemento constrangedor. CASTRO ALVES, Antônio de. Poesia. 4. ed. Rio de Janeiro:
(D) O caráter obrigatório do trabalho dá-nos um significado Agir, 1972.
punitivo, tanto que muitos indivíduos o encaram desta *brigue = tipo de embarcação.
maneira.
(E) A situação do trabalhador adulto é bastante complexa em Nesta parte do poema, o poeta Castro Alves, revoltado com as
nossa sociedade, uma vez que os trabalhos estão cenas terríveis que vê no navio negreiro, lança seu protesto,
hierarquizados e indicados de acordo com os níveis de dirigindo-se a Deus e à natureza e o faz metaforicamente. No
preparo e especialização. fragmento, “borrão”, em sentido metafórico, refere-se a
(A) mar. (B) andorinha. (C) flor. (D) navio negreiro. (E) vagas.
Questões bônus:
1ª) Todas as palavras estão corretamente grafadas e 53º) (D21) Leia o texto a seguir.
acentuadas na frase:
(A) A reminicência dos espelhos côncavos e convexos levou o
autor a expecular sobre a consistência da alma.
(B) A assepção da palavra ilusão era desconhecida pelas
crianças, o que não impedia que elas descriminassem entre o
que era fato e o que era impressão.
(C) Quando somos condecendentes com as imagens que os
outros têm de nós, tornamos-nos cumplices do equivoco
alheio.
(D) Acreditar na consistência da imagem que os outros fazem
de nós em nada contribui para o reconhecimento da nossa
personalidade íntegra e verdadeira.
(E) No ambito de uma pequena crônica, o autor trata de um
tema que bem poderia ser objeto de uma ampla pesquiza em
Psicologia.
TEXTO 2: A Onda
a onda anda
aonde anda
a onda?
a onda ainda
ainda onda Na tirinha há uma ironia em relação
ainda anda (A) à habilidade que tem Mafalda de jogar com as palavras.
aonde? (B) à distância existente entre o ensino e a realidade.
aonde? (C) à comparação do que é ensinado com a fala de um bebê.
a onda a onda (D) à repetição constante da mesma vogal em palavras
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: próximas, numa frase.
José Olimpio, 1998. (E) ao uso de um código especial para facilitar o entendimento
das frases.
Analisando-se os textos 1 e 2, pode-se concluir que:
(A) Camões já utilizava uma forma mais livre, destacando os 58º) (D17) Leia o texto a seguir.
recursos sonoros.
(B) os dois poetas, separados por mais de 400 anos, revelam O Brasil não deve fabricar a bomba atômica. A
características formais semelhantes. bomba atômica não é elemento efetivo de segurança nacional.
(C) M. Bandeira optou por novos recursos formais para Seu emprego como dissuasório, ainda que discutível, só vale
exprimir sua visão do mundo. no plano das duas grandes potências nucleares, que não são
(D) no texto de Camões, há o recurso da rima, elemento grandes porque têm a bomba atômica, mas têm a bomba
formal imprescindível em todo poema. atômica porque são grandes.
(E) a preocupação com a forma, no poema de Bandeira, Nas mãos de potências menores, a bomba atômica
prejudicou o desenvolvimento do tema. perde muito desse sentido e representa mais um risco de
guerra do que uma garantia de paz. Sua presença no arsenal
56º) (D2) Leia o texto a seguir. de países mal-organizados e, portanto, sem a infra-estrutura
não só militar, como civil, que dá o sentido pleno de segurança
Você é um número nacional, é uma tentação perigosa de querer compensar o
desequilíbrio efetivo por uma ação de surpresa. A bomba
[...] Vamos ser gente, por favor. Nossa sociedade atômica adquire nesse caso um sentido de ofensiva. Não vejo
está nos deixando secos como um número seco, como um como qualquer razão de segurança nacional poderia levar o
osso branco seco exposto ao sol. Meu número íntimo é 9. Só. Brasil de hoje a uma aventura cara e ao mesmo tempo inútil. A
8. Só. 7. Só. Sem somá-los nem transformá-los em bomba atômica também não é condição necessária para o
novecentos e oitenta e sete. Estou me classificando com um desenvolvimento nuclear de um país. [...]
número? Não, a intimidade não deixa. Vejam, tentei várias CUNHA, Almirante Otacílio. Revista Realidade.
vezes na vida não ter número e não escapei. O que faz com
que precisemos de muito carinho, de nome próprio, Que opção apresenta uma relação correta de causa e
genuinidade. [...] consequência entre os elementos do texto, segundo o autor?
LISPECTOR, Clarice. In: City News. (A) “bomba atômica” (linha 5); “garantia de paz” (linha 6).
O trecho ao lado revela (B) “são grandes [potências]” (linhas 3 e 4); “bomba atômica”
(A) necessidade de autenticidade e de sentimentos. (linhas 3 e 4).
(B) apelo veemente às ciências matemáticas. (C) “aventura cara” (linha 11); “bomba atômica” (linha 9).
(C) aceitação passiva a todas as regras impostas. (D) “bomba atômica” (linha 1); “segurança nacional” (linha 2).
(D) luta por uma sociedade mais individualista. (E) “bomba atômica” (linha 11); “condição de desenvolvimento
(E) total valorização quantitativa do homem. nuclear” (linhas 11-12).
59º) (D14) Leia o texto a seguir.
Leveza
Leve é o pássaro
e a sua sombra voante,
mais leve
E a cascata aérea
de sua garganta,
mais leve
E a fuga invisível
do amargo passante,
mais leve.
MEIRELES, Cecília. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, 1985.
Erro de português
A palavra “aí”, na 4º fala da personagem, pode ser substituída Quando o português chegou
por Debaixo duma bruta chuva
(A) também. (B) nunca. (C) contudo. (D) aliás. (E) então. Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
ESTUDO PARA O SPAECE O índio tinha despido
68º) (D3) A CONSTITUIÇÃO é cristalina ... A palavra cristalina 73º) (D5) Leia o texto a seguir.
significa
(A) perfeita (D) confusa Cuidados essenciais
(B)irreparável (E) claríssima A partir dos 45 anos, os homens devem visitar
(C) de cristal anualmente um urologista para diagnosticar precocemente
doenças como o câncer de próstata. O alerta é da Sociedade
69º) (D3) A palavra "princípio" presente no texto é o mesmo Brasileira de Urologia. O tumor é o segundo tipo de câncer
que mais comum no sexo masculino e, se for diagnosticado cedo,
(A) fundamento. (D) sentença pode ser tratado com sucesso.“É uma doença que pode ter
(B) começo (E) opinião cura se descoberta a tempo,” reforça o urologista Luis Rios.
(C) antecedente Isto É. Nº 1751. 23 de abril de 2003.
70º) (D2) Leia o trecho publicitário a seguir. Que opção pode sintetizar a ideia central do texto?
Fotografe os bons momentos agora, porque depois vem o (A) A ocorrência de doenças próprias do sexo masculino.
casamento. (B) A necessidade de informações sobre a saúde das
pessoas.
A interpretação sugerida é que (C) A cura do câncer em homens de 45 anos no Brasil.
(A) casamento não merece fotografias. (D) A possibilidade de cura do câncer de próstata.
(B) a felicidade após o casamento dispensa fotografias. (E) O poder de cura da medicina preventiva no mundo.
(C) compromissos assumidos no casamento limitam os
momentos dignos de fotografia.
(D) casamento é uma segunda etapa a vida que também ESTUDO PARA O SPAECE
merece ser fotografada.
(E) casamento é uma cerimônia que exige fotografias Língua Portuguesa
exclusivas.
8º Estudo / 2024
71º) (D11) Leia o texto a seguir.
74º) (D7) Leia o texto a seguir.
Os acontecimentos conduzem os homens
Pronominais (D) “diretamente” (linha 2) pois modifica o sentido de
“circunstâncias” (linha 2).
Dê-me um cigarro (E) “própria história” (linha 1) pois tem o mesmo gênero e
Diz a gramática número dela. (linha 1).
Do professor e do aluno
E do mulato sabido 78º) (D21) Leia o texto a seguir.
Dias, Gonçalves São Paulo. Abril Educação. 1982. ESTUDO PARA O SPAECE
Comparando os dois textos, verifica-se Língua Portuguesa
(A) a constatação da renovação da natureza.
(B) a beleza exuberante de todas as florestas. 9º Estudo / 2024
(C) uma visão racional da realidade brasileira.
(D) uma descrição subjetiva do que há no mundo. 83º) (D6) Leia o texto a seguir.
(E) a natureza como fortalecimento da identidade nacional.
Senhora (Fragmento)
81º) (D2 ) Leia o texto a seguir.
Aurélia passava agora as noites solitárias.
Canguru Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava uma
desculpa qualquer para justificar sua ausência. A menina que
Todo mundo sabe (será?) que canguru vem de uma não pensava em interrogá-lo, também não contestava esses
língua nativa australiana e quer dizer “Eu Não Sei”. Segundo a fúteis inventos. Ao contrário buscava afastar da conversa o
lenda, o Capitão Cook, explorador da Austrália, ao ver aquele tema desagradável.
estranho animal dando saltos de mais de dois metros de Conhecia a moça que Seixas retirava-lhe seu amor;
altura, perguntou a um nativo como se chamava o dito. O mas a altivez de coração não lhe consentia queixar-se. Além
nativo respondeu guugu yimidhirr, em língua local, Gan-guruu, de que, ela tinha sobre o amor idéias singulares, talvez
“Eu não sei”. Desconfiado que sou dessas divertidas origens, inspiradas pela posição especial em que se achara ao fazer-
pesquisei em alguns dicionários etimológicos. Em nenhum se moça.
dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa pequena Bíblia – Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser
numa outra versão. Definição precisa encontrei, como quase amada por Seixas; e pois toda a afeição que lhe tivesse, muita
sempre, em Partridge: ou pouca, era graça que dele recebia. Quando se lembrava
Kangarroo; wallaby. que esse amor a poupara à degradação de um casamento de
As palavras kanga e walla, significando saltar e pular, conveniência, nome com que se decora o mercado
são acompanhadas pelos sufixos rôo e by, dois sons matrimonial, tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu
aborígines da Austrália, significando quadrúpedes. Deus e redentor.
Portanto quadrúpedes puladores e quadrúpedes Parecerá estranha essa paixão veemente, rica de
saltadores. heróica dedicação, que entretanto assiste calma, quase
Quando comuniquei a descoberta a Paulo Rónai, impassível, ao declínio do afeto com que lhe retribuía o
notável linguista e grande amigo de Aurélio Buarque de homem amado, e se deixa abandonar, sem proferir um
Holanda, Paulo gostou de saber da origem “real” do nome queixume, nem fazer um esforço para reter a ventura que
canguru. Mas acrescentou: “Que pena. A outra versão é muito foge.
mais bonitinha”. Também acho. Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, de
Millôr Fernandes, 26/02/1999. Internet cuja investigação nos abstemos; porque o coração, e ainda
<http://www.gravata.com/millor>. mais o da mulher que é toda ela, representa o caos do mundo
moral. Ninguém sabe que maravilhas ou que monstros vão
Pode-se inferir do texto que surgir nesses limbos.
(A) as descobertas científicas têm de ser comunicadas aos ALENCAR, José de. Capítulo VI. In: __. Senhora. São
linguistas. Paulo: FTD, 1993. p. 107-8.
(B) os dicionários etimológicos guardam a origem das
palavras. O narrador revela uma opinião no trecho
(C) os cangurus são quadrúpedes de dois tipos: puladores e (A) “Aurélia passava agora as noites solitárias.” (ℓ. 1)
saltadores. (B) “...buscava afastar da conversa o tema desagradável.”(ℓ. 4)
(C) “...tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus...” (ℓ. interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está
11) relacionado entre si. O que fere a terra fere também os filhos
(D) “...e se deixa abandonar, sem proferir um queixume,...” (ℓ. da terra. Não foi o homem que teceu a trama da vida: ele é
15) meramente um fio da mesma. Tudo que ele fizer à trama, a si
(E) “Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica,...” (ℓ. 17) próprio fará.
Carta do cacique Seattle ao presidente dos EUA em 1855.
84º) (D4) Leia a tirinha a seguir. Texto de domínio público distribuído pela ONU.
Texto II
Dicionário de Geografia (fragmento)
Segundo o geógrafo Milton Santos: “o espaço
geográfico é a natureza modificada pelo homem através do
seu trabalho”. E “o espaço se define como um conjunto de
formas representativas de relações sociais do passado e do
presente e por uma estrutura representada por relações
sociais que estão acontecendo diante dos nossos olhos e que
se manifestam através de processos e funções”.
O comportamento da personagem Pina no terceiro quadrinho GIOVANNETTI, G. Dicionário de Geografia.
sugere Melhoramentos, 1996.
(A) caridade. (D) interesse. Os dois textos diferem, essencialmente, quanto
(B) entusiasmo. (E) satisfação. (A) à abordagem mais objetiva do texto I.
(C) gratidão. (B) ao público a que se destina cada texto.
(C) ao rigor científico presente no texto II.
85º) Leia o texto a seguir. (D) ao sentimentalismo presente no texto I.
(E) ao tema geral abordado por cada autor.
A sombra do meio-dia
88º) (D1) Leia o texto a seguir.
A Sombra do Meio-Dia é o belo título de um romance Quando a separação não é um trauma
lançado recentemente, de autoria do diplomata Sérgio A Socióloga Constance Ahrons, de Wisconsin,
Danese. O livro trata da glória (efêmera) e da desgraça acompanhou por 20 anos um grupo de 173 filhos de
(duradoura) de um ghost-writer, ou redator-fantasma – aquele divorciados. Ao atingir a idade adulta, o índice de problemas
que escreve discursos para outros. A glória do ghost-writer de emocionais nesse grupo era equivalente ao dos filhos de pais
Danese adveio do dinheiro e da ascensão profissional e social casados. Mas Ahrons observou que eles "emergiam mais
que lhe proporcionaram os serviços prestados ao patrão – um fortes e mais amadurecidos que a média, apesar ou talvez por
ricaço feito senador e ministro, ilimitado nas ambições e causa dos divórcios e recasamentos de seus pais". (...) Outros
limitado nos escrúpulos como soem ser as figuras de sua laia. trabalhos apontaram para conclusões semelhantes. Dave
A desgraça, da sufocação de seu talento literário, ou daquilo Riley, professor da universidade de Madison, dividiu os grupos
que gostaria que fosse talento literário, posto a serviço de de divorciados em dois: os que se tratavam civilizadamente e
outrem, e ainda mais um outrem como aquele. As exigências os que viviam em conflito. Os filhos dos primeiros iam bem na
do patrão, aos poucos, tornam-se acachapantes. Não são escola e eram tão saudáveis emocionalmente quanto os filhos
apenas discursos que ele encomenda. É uma carta de amor a de casais "estáveis". (...)
uma bela que deseja como amante. Ou um conto, com que Uma família unida é o ideal para uma criança, mas é
acrescentar, às delícias do dinheiro e do poder, a glória possível apontar pontos positivos para os filhos de separados.
literária. Nosso escritor de aluguel vai se exaurindo. É a "Eles amadurecem mais cedo, o que de certa forma é bom,
própria personalidade que lhe vai sendo sugada pelo num mundo que nos empurra para uma eterna dependência.”
insaciável senhorio. Na forma de palavras, frases e REVISTA ÉPOCA, 24/1/2005, p. 61-62. Fragmento.
parágrafos, é a alma que põe em continuada venda. A socióloga observou que
Roberto Pompeu de Toledo, Revista VEJA, ed.1843, (A) (...) outros trabalhos apontaram para conclusões
3 de março de 2004. Ensaio p. 110. semelhantes.
(B) Dave Riley, professor da universidade de Madison, dividiu
(D10) O texto foi escrito com o objetivo de os grupos de divorciados em dois.
(A) conscientizar o leitor. (C) eles “emergiam mais fortes e mais amadurecidos que a
(B) apresentar sumário de uma obra. média, apesar ou talvez por causa dos divórcios e
(C) opinar sobre um livro. recasamentos de seus pais”.
(D) dar informações sobre o autor. (D) os filhos os primeiros iam bem na escola e eram tão
(E) narrar um fato científico. saudáveis emocionalmente quanto os filhos de casais
“estáveis”.
86º) (D7) O fragmento que contém a informação principal do (E) “Eles amadurecem mais cedo, o que de certa forma é
texto é bom, num mundo que nos empurra para uma eterna
(A) “A Sombra do Meio-Dia [...] diplomata Sério Danese.” dependência”.
(ℓ. 1-2)
(B) “O livro trata da glória (efêmera) e da desgraça 89º) (D14) Leia o texto a seguir.
(duradoura) de um ghost-writer.” (ℓ. 2-3).
(C) “Não são apenas discursos que ele encomenda.” (ℓ. 9-10) A Ciência é Masculina?
(D) “Nosso escritor de aluguel vai se exaurindo.” (ℓ. 11-12) Attico Chassot
(E) “Na forma de palavras [...] é a alma que põe em Editora Unisinos, RS (51) 590-8239. 104 págs. R$ 12.
continuada venda.” (ℓ. 13)
O autor procura mostrar que a ciência não é feminina.
87º) (D13) Leia os textos a seguir. Um dos maiores exemplos que se pode dar dessa situação é
o prêmio Nobel, em que apenas 11 mulheres de ciências
Texto I foram laureadas em 202 anos de premiação. O livro apresenta
Carta (fragmento) duas hipóteses, uma histórica e outra biológica, para a
A terra não pertence ao homem; é o homem que possível superação do machismo em frase como a de
pertence à terra. Disso temos certeza. Todas as coisas estão Hipócrates (460-400 a.C.) considerado o pai da medicina, que
escreveu: “A língua é a última coisa que morre em uma Regina Pakelmann Markus e Miguel Trefault Rodrigues. Revista
mulher”. Ciência & Cultura. Julho/agosto/setembro 2003. p. 20.
Revista GALILEU, Fevereiro de 2004 O trecho “evoluir para pesadelos...” (ℓ. 12) é um argumento para
sustentar a ideia de que
(A) a biodiversidade do Brasil é imensa e incontrolável.
A expressão “dessa situação” (l. 2) refere-se ao fato de (B) a má utilização das riquezas naturais causa graves problemas.
(A) a ciência não ser feminina. (C) a reprodução ostensiva da galinha dos ovos de ouro é
(B) a premiação possuir 202 anos. problemática.
(C) a língua ser a última coisa que morre em uma mulher. (D) o maior conhecimento da natureza causa-lhe mais riscos.
(D) o pai da medicina ser Hipócrates. (E) o sonho alto das pessoas faz com que sofram muito.
(E) o Prêmio Nobel foi concedido a 11 mulheres.
Boa parte da população ocidental acredita que o 97º) (D23) Leia o texto a seguir.
mundo islâmico é aquela porção de países do Oriente Médio
que têm como idioma oficial o árabe. Por isso, são Luz sob a porta
indevidamente considerados árabes alguns países de maioria
islâmica, mas que têm outros idiomas, como Turquia (línguas — E sabem que que o cara fez? Imaginem só: me
turca e curda), Irã (persa), Afeganistão (pashtu e dari) e deu a maior cantada! Lá, gente, na porta de minha casa! Não
Paquistão (urdu e punjabi). é ousadia demais?
— E você?
— Eu? Dei telogo e bença pra ele; engraçadinho,
quem ele pensou que eu era?
ESTUDO PARA O SPAECE
— Que eu fosse.
— Quem tá de copo vazio aí?
Língua Portuguesa
— Vê se baixa um pouco essa eletrola, quer pôr a 11º Estudo / 2024
gente surdo?
(VILELA, Luiz. Tarde da noite. São Paulo: Ática, 100º) (D22) Leia o texto a seguir.
1998. p. 62.)
Piada
O padrão de linguagem usado no texto sugere que se trata de Um homem chega à agência dos correios e compra
um falante um selo. Ele lambe o selo, mas este não gruda no
(A) escrupuloso em ambiente de trabalho. envelope, por isso volta ao guichê para reclamar.
(B) ajustado às situações informais. A funcionária então responde:
(C) rigoroso na precisão vocabular. - Que engraçado. O senhor é a décima pessoa hoje
(D) exato quanto à pronúncia das palavras. que reclama desse mesmo selo...
(E) contrário ao uso de expressões populares. (Revista Seleções. Dezembro 2007)
98º) (D3) Leia a tirinha a seguir. O humor do texto está no fato de o homem ter
(A) ido à agência dos correios.
(B) comprado um selo para usar.
(C) lambido o selo já lambido.
(D) reclamado com a funcionária.
(E) pego o envelope sem selo.
No início do ano, o Painel Intergovernamental sobre 106º) (D17) Leia o texto a seguir.
Mudanças Climáticas - um organismo da ONU que congrega
cerca de 2.500 cientistas de 130 países - informou que já A letra e a música
vivemos os efeitos do aquecimento global do planeta.
Nossa casa comum poderá, desde já, ficar muito Quando nos encontramos
mais quente, oscilando entre 1,4 e 6 graus Celsius. Esses Dizemos-nos sempre as mesmas palavras que todos os
números, apesar de aparentemente inofensivos, são capazes amantes dizem...
de desencadear grandes transtornos climáticos e uma Mas que importa que as nossas palavras sejam as mesmas
devastação inimaginável de seres vivos. Muitos lugares de sempre?
ficarão inabitáveis. Haverá grande emigrarão para regiões de A música é outra!
temperaturas mais amenas. Mário Quintana
Anualmente, são lançados 27 bilhões de toneladas No primeiro verso “quando nos encontramos”, a expressão
de dióxido de carbono no ar. Isso equivale, se condensado, a destacada estabelece uma relação de
uma montanha de 1,5 quilômetro de altura com uma
circunferência de base de 19 quilômetros. Como a Terra pode (A) causalidade. (D) temporalidade.
assimilar esses resíduos invisíveis e mortais? (B) finalidade. (E) musicalidade.
O receio, o medo, ate o pavor que esta tomando (C) proporcionalidade.
conta de muitos cientistas, economistas e políticos
ecologicamente despertos como Gorbatchev e AI Gore, entre
outros, é que estamos nos aproximando de um momento
crítico. Se as coisas seguirem como estão, fatalmente iremos
ao encontro do pior.
107º) (D4) Leia a tirinha a seguir. (E) violência escolar.
Poeminha do Contra
O destaque dado à palavra “formal”, associado à expressão facial de O uso do substantivo “passarinho” como se fosse verbo
Helga, sugere sugere
(A) histeria. (B) julgamento. (C) ódio. (D) reprovação. (E) sofrimento. (A) lamento. (D) tristeza.
(B) orgulho. (E) dúvida.
108º) (D19) Leia o texto a seguir. (C) permanência.
O cavalo e o burro 112º) (D6) Leia o texto abaixo
O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo
contente da vida, folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, No mundo dos sinais
e o burro — coitado! gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o
burro parou e disse: Sob o sol de fogo, os mandacarus se erguem, cheios
— Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o de espinhos. Mulungus e aroeiras expõem seus galhos
remédio é repartirmos o peso irmanamente, seis arrobas para cada queimados e retorcidos, sem folhas, sem flores, sem frutos.
um. Sinais de seca brava, terrível!
O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada. Clareia o dia. O boiadeiro toca o berrante, chamando
— Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando
os companheiros e o gado.
posso tão bem continuar com as quatro? Tenho cara de tolo?
O burro gemeu: Toque de saída. Toque de estrada.
— Egoísta, Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir Lá vão eles, deixando no estradão as marcas de sua
com a carga de quatro arrobas e mais a minha. passagem.
O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso. Logo (TV Cultura, Jornal do Telecurso)
adiante, porém, o burro tropica, vem ao chão e rebenta.
Chegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora arrumam A opinião do autor está em
com as oito arrobas do burro sobre as quatro do cavalo egoísta. E (A) “os mandacarus se erguem”
como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem
(B) “aroeiras expõem seus galhos”
piedade.
— Bem feito! Exclamou o papagaio. Quem mandou ser mais (C) “Sinais de seca brava, terrível!”
burro que o pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo (D) “Toque de saída. Toque de estrada.”
era aliviá-lo da carga em excesso? Tome! Gema dobrado agora… (E) “...o sol de fogo, os mandacarus se erguem...”
(Monteiro Lobato)
113º) (D4) Leia a tirinha a seguir.
O trecho que apresenta a mesma relação estabelecida pela expressão
destacada em “em certo ponto, o burro parou...” é
(A) “...o remédio é repartirmos o peso irmanamente...”.
(B) “O cavalo pilherou de novo...”
(C) “Logo adiante, porém, o burro tropica...”
(D) “...sem demora arrumam as oito arrobas...”
(E) “...dão-lhe de chicote, sem dó nem piedade.”
162º) (D22) Leia o texto a seguir. Fonte: O Estado de S. Paulo, Caderno Esportes, sexta-feira, 1
de maio de 2009 (com cortes)
19 de abril
DIA DO ÍNDIO Comparando as informações das duas notícias sobre o
o dia dos que têm ocorrido com o jogador Neymar, pode-se afirmar que
os seus dias contados. (A) é dado enfoque totalmente diferente ao fato, pois o
FONTE: PAES, José Paulo. Poesia completa. São Paulo: Companhia primeiro texto reforça a dor e estimula a dúvida sobre a
das Letras, 2008, p. 261
participação de Neymar na decisão; já o segundo dá menos
importância à contusão e confirma o jogador na final.
No poema, a menção a uma data comemorativa do calendário
(B) são apresentadas as mesmas informações, pois ambos os
oficial torna-se irônica graças à opinião crítica do poeta sobre
textos afirmam que a contusão foi uma estratégia do técnico
o fato de que os homenageados
santista para confundir Mano Menezes, técnico do adversário.
(A) não sabem contar. (D) não aparecem nas estatísticas.
(C) o enfoque dado ao fato é o mesmo, pois, apesar de as
(B) estão sendo extintos. (E) recebem atenção especial.
duas notícias darem detalhes diferentes sobre o incidente,
(C) usam outro calendário.
ambas confirmam a presença do atacante na final do
campeonato.
(D) estimula-se a dúvida sobre a presença do jogador na O traçado geométrico em uma pintura ou desenho funciona
decisão do campeonato, o que pode despertar nos leitores como um elemento de construção que expressa uma vontade
maior curiosidade em ler as próximas notícias para saber se explícita do artista. O quadrado ou retângulo deitado sugere
Neymar participará ou não do jogo. força, firmeza, dureza e solidez. O círculo sugere ação,
(E) valoriza-se a postura do jogador, que, mesmo com a movimento, velocidade e rapidez. O triângulo e a forma
contusão, participou normalmente dos treinos, contrariando as piramidal sugerem equilíbrio e harmonia.
expectativas médicas sobre a evolução de seu caso.
Observe a pintura A Caridade. Qual a forma geométrica que
164º) (D4) Leia o texto a seguir. se pode perceber como de uso intencional do artista em seu
projeto e na execução de sua obra?
(A) Quadrado. (D) Triângulo.
(B) Retângulo deitado. (E) Retângulo em pé.
(C) Círculo.
LAMENTO, MAS
ESTA É A
De acordo com o texto, vai ficar mais fácil e seguro para o
LEI DA SELVA! morador da Baixada subir a Serra de Petrópolis graças
(A) à criação de uma área ecoturística entre Caxias e a cidade
serrana.
(B) à construção do maior túnel do Brasil e à ampliação de
estrada.
(C) à remoção da praça do pedágio.
(D) à construção de uma nova pista de subida da Serra.
(E) à redução do tempo de viagem em 15 minutos.
LAMENTO, MAS
ESTA É A
LEI DA GRAVIDADE!
http://www.niquel.com.br
cuidar. Deus me livre de ainda inventar uma amolação dessas
ESTUDO PARA O SPAECE (...)
Língua Portuguesa Fonte: Adaptado de Sabino, Fernando. Apud BENDER, Flora,
org. Fernando Sabino: Literatura comentada. São Paulo.
18º Estudo / 2024 Observe a frase: “Onde você arranjou isso?” A palavra em
destaque mostra que a mãe
177º) (D5) Leia o texto a seguir. (A) não sabe que se trata de um cachorro.
O quanto antes (B) mostra- se surpresa ao ver o cachorro
(C) mostra desdém em relação ao animal.
A primeira vitória do Pan-Americano de 2007, no Rio, (D) mostra-se irritada com o filho.
já pode ser detectada: a parceria entre Estado e Prefeitura no (E) mostra-se decepcionada com o filho.
anúncio do pacote de obras para melhorar o transporte da
capital. A governadora Rosinha Garotinho e o prefeito César 179º) (D6) Leia o texto a seguir.
Maia pretendem pedir audiência ao Governo Federal e
conseguir financiamento para projetos que incluem a Acho que tou
construção da Linha 6 do metrô, ligando a Barra da Tijuca a
Duque de Caxias. - Acho que tou - disse a Vanessa.
O metrô é um sistema de transporte moderno e - Ai, ai, ai - disse o Cidão.
inteligente que, eficientemente ampliado, poderia evitar as No entusiasmo do momento, os dois a fim e sem um
mazelas que o Rio enfrenta hoje: caos nas ruas, poluição, preservativo à mão, a Vanessa tinha dito “Acho que dá”. E
ônibus superlotados, escassez de vagas, flanelinhas, agora aquilo. Ela podia estar grávida.
transporte ilegal, acidentes. Do “Acho que dá” ao “Acho que tou”. A história de
As grandes capitais do mundo souberam investir uma besteira.
nisso. O metrô de Nova Iorque tem 25 linhas que percorrem Mais do que uma besteira. Se ela estivesse mesmo
471 quilômetros. Paris tem 15 linhas e 212 quilômetros. grávida, uma tragédia. Tudo teria que mudar na vida dos dois.
Londres, a pioneira nos trilhos subterrâneos, tem 12 linhas O casamento estava fora de questão, mas não era só isso. A
com 415 quilômetros. Aqui no Rio, o metrô foi inaugurado em relação dos dois passaria a ser outra. A relação dela com os
1979 e até hoje tem apenas duas linhas, num total de 34 pais. Os planos de um e de outro. O vestibular dela, nem
quilômetros. Privilégio para poucos. pensar. O estágio dele no exterior, nem pensar. Ele não iria
Que o Pan 2007 tire pelo menos a Linha 6 do papel, abandoná-la com o bebê, mas a vida dele teria que dar uma
e o quanto antes. Iniciadas as obras, restará à população guinada, e ele sempre culparia ela por isto. Ela não saberia
fiscalizar para que tudo saia a contento e o investimento não como cuidar de um bebê, sua vida também mudaria
perca nos túneis do desvio de dinheiro público. radicalmente. E se livrarem do bebê também era impensável.
Jornal O DIA – 08.08.2003 Uma tragédia.
O texto acima apresenta como tema - Quando é que você vai saber ao certo?
(A) A construção da Linha 6 do metrô. - Daqui a dois dias.
(B) Os meios de transporte de Nova Iorque. Durante duas noites, nenhum dos dois dormiu. No
(C) A parceria entre Estado e Prefeitura para melhoria do terceiro dia ela chegou correndo na casa dele, agitando um
transporte no Rio. papel no ar. Ele estava no seu quarto, adivinhou pela alegria
(D) A ineficiência dos meios de transporte do Rio. no rosto dela qual era a grande notícia.
(E) A modernização do transporte público. -Não tou! Não tou!
Abraçaram-se, aliviados, beijaram-se com ardor,
178º) (D3) Leia o texto a seguir. amaram-se na cama do Cidão, e ela engravidou.
VERÍSSIMO, Luís Fernando. “Acho que tou” In: Mais
O melhor amigo Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.
p. 65-66.
A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a
porta da rua, meio ressabiado, arriscou um passo para dentro Encontramos registro de um fato, no seguinte texto, em:
e mediu cautelosamente a distância. Como a mãe não se (A) “No entusiasmo do momento, os dois a fim e sem um
voltasse para vê-lo, deu uma corridinha em direção de seu preservativo à mão, (...)”
quarto. (B) “Mais do que uma besteira. Se ela estivesse mesmo
- Meu filho? – gritou ela. grávida, uma tragédia.”
- O que é – respondeu, com o ar mais natural que lhe (C) “A relação dos dois passaria a ser outra.”
foi possível. (D) “O casamento estava fora de questão, mas não era só
- Que é que você está carregando aí? isso.”
Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara (E) “Ela não saberia como cuidar de um bebê, (...)”
a cabeça? Sentindo-se perdido, tentou ainda ganhar tempo.
- Eu? Nada... 180º) (D3) Leia o texto a seguir.
- Está sim. Você entrou carregando uma coisa.
Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar – o O almirante negro
jeito era procurar comovê-la. (João Bosco-Aldir Blanc)
Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à
mãe o que estava carregando: Há muito tempo nas águas da Guanabara
- Olha aí, mamãe: é um filhote... O Dragão do Mar reapareceu
Seus olhos súplices aguardavam a decisão. Na figura de um bravo marinheiro
- Um filhote? Onde é que você arranjou isso? A quem a história não esqueceu
- Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe? Conhecido como o Almirante Negro
Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de Tinha a dignidade de um mestre-sala
isso. Insistiu ainda:
- Deve estar com fome, olha só a carinha que ele faz. E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
- Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo! Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
- Ah, mamãe ...- já compondo uma cara de choro. Jovens polacas e por batalhões de mulatas
- Tem dez minutos para botar esse bicho na rua. Já Rubras cascatas jorravam das costas dos negros
disse que não quero animais aqui em casa. Tanta coisa para Pelas pontas das chibatas
Inundando o coração de toda tripulação 183º) (D2) Leia o texto a seguir.
Que a exemplo do marinheiro gritava então
Quadrilha
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias João amava Teresa que amava Raimundo
Glória a todas as lutas inglórias que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
Que através da nossa história que não amava ninguém.
Não esquecemos jamais João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,
Salve o almirante negro Raimundo morreu de desastre, Maria ficou pra tia,
Que tem por monumento Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
As pedras pisadas do cais que não tinha entrado na história.
Mas faz muito tempo... (ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. 12ª ed. Rio de
Fonte: Jornal O Dia, 21.11.2010. Janeiro, J. Olympio, 1978. p. 136.)
A flor da paixão
Do texto acima, deduz-se que É que em cada experiência se aprende uma lição
(A) os testes propostos por sites da Internet são confiáveis. Eu já sofri por amar assim
(B) os testes propostos por sites da Internet apresentam Me dediquei mas foi tudo em vão
resultados generalizantes. Pra que se lamentar
(C) os resultados dos testes não correspondem às Se em sua vida pode encontrar
perspectivas das pessoas. Quem te ame com toda força e ardor
(D) os resultados dos testes da Internet afirmam que os Assim sucumbirá a dor (tem que lutar)
indivíduos são seres únicos.
(E) os resultados dos testes da internet dependem da forma Tem que lutar
como são respondidos. Não se abater
Só se entregar
187º) (D6) Leia o texto a seguir. A quem te merecer
PRETA, Stanislaw Ponte. O Índio. In: Tia Zulmira e Eu. Rio de (Caulos, Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 1978, in
http://www.inep.gov.br/download/enem/2001/prova/amarela_2001.pdf)
Janeiro: Civilização Brasileira. 8 ed. 1994. p. 178-179.
Os quadrinhos do texto anterior falam de
Que trecho do texto traduz uma opinião do narrador acerca do
(A) desmatamento. (B) seca. (C) enchente.
fato narrado?
(D) descaso das autoridades. (E) futebol.
(A) ” (...) resolveu se fantasiar, coisa que não fazia há anos.”
190º) (D10) Leia o texto a seguir.
ESTUDO PARA O SPAECE
Dormir fora de casa pode ser tormento
Mirna Feitosa
Língua Portuguesa
20º Estudo / 2024
A euforia de dormir na casa do amigo é tão comum
entre algumas crianças quanto o pavor de outras de passar 192º) (D4) Leia o texto a seguir.
uma noite longe dos pais. E, ao contrário do que as famílias
costumam imaginar, ter medo de dormir fora de casa não tem
nada a ver com a idade. Assim como há crianças de três anos
que tiram essas situações de letra, há pré-adolescentes que
chegam a passar mal só de pensar na ideia de dormir fora,
embora tenham vontade.
Os especialistas dizem que esse medo é comum. A
diferença é que algumas crianças têm mais dificuldade para
lidar com ele. “Para o adulto, dormir fora de casa pode parecer
algo muito simples, mas, para a criança, não é,porque ela tem
muitos rituais, sua vida é toda organizada, ela precisa sentir
que tem controle da situação”, explica o psicanalista infantil
Bernardo Tanis, do Instituto Sedes Sapientiae. Dormir em
outra casa significa deparar com outra realidade, outros
costumes. “É um desafio para a criança, e novas situações
geram ansiedade e angústia” , afirma. (...)
(Folha de S. Paulo, 30/8/2001)