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Sumário
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Pássaros Domésticos
Os pássaros são uma ótima companhia para muitas pessoas que os preferem
como animais de estimação. Antes de começar a sonhar com um belo pássaro
de estimação, no entanto, é necessário conhecer um pouco mais sobre as
espécies que você pode ter em casa. Saiba mais sobre esses pássaros e
escolha um para levar para o seu lar.
aproximadamente 1402.
Quando o canário selvagem (Serinus canarius) foi
descoberto era encontrado em cores de tons de
verde acinzentado. Contudo, com o passar do
tempo muitos criadores desenvolveram várias
criações desses pássaros com novas cores. Hoje
em dia os canários estão divididos em quatro
grupos principais que são: Canários de Cor;
Canários de Postura ou Porte; Canários Silvestres e
Canários de Canto.
Periquito Australiano
Conhecido popularmente como Periquito
Australiano (Melopsittacus undulatus) pelo fato de a
primeira vez que foi descrito ter sido no continente
australiano, esse pássaro, era bastante conhecido
pelos povos aborígenes. Pode ser chamado ainda
de Periquito Zebrado ou Periquito Ondulado.
Agapórnis
Esses pássaros são designados pelo termo “Love
Birds” em inglês que tem sua origem da expressão
grega ágape (amor) e ornis (pássaro ou ave). A
manutenção desses pássaros é bastante simples. Um
pássaro monogâmico que mantém o mesmo par por
toda a sua vida.
Calopsita
As aves calopsitas (Nymphicus
hollandicus) tem sua origem na Austrália e
se destacam dentre as espécies de aves
que mais fazem sucesso no mundo. Uma
ave dessas pode viver até 18 anos se
forem bem cuidadas. Vivendo na natureza
essas aves gostam de fazer a nidificação
em troncos de árvores mortas e costumam
viver perto de cachoeiras ou rios. Existem
diferentes colorações de calopsitas que
são resultantes de cruzamentos
planejados originando padrões diferentes como o arlequim, canela e o prata.
Os machos dessa espécie tem uma cor mais intensa na sua face diferente das
fêmeas. Quando um casal de calopsitas é formado fica junto para o resto da
vida. Observe que se você vai ter um casal de calopsitas é necessário ter uma
gaiola que esteja preparada para tal. A gaiola deverá ter um ninho que seja no
estilo caixa com mais ou menos uns 35 cm de altura e largura de 20 cm. Uma
ave dessas coloca em média 5 ovos. O choco dos ovos é feito pelo casal e a
eclosão acontece num período de mais ou menos 18 dias.
Pássaros Exóticos
Com a alta extinção das aves, mas precisamente de pássaros, que são
capturados ilegalmente nas florestas, o IBAMA instaurou uma lei que define
quais espécies de pássaros podem ser mantidos como domésticos, elevando a
preservação dos mesmos e colocando tudo dentro da devida lei.
Assim muitos pássaros são hoje considerados a nível doméstico, como os
calopsitas, os canários, alguns tipos de sabias, entre muitos outros.
Alimentação de Pássaros
A maioria das aves gostam de comer frutas, legumes e até mesmo certas
verduras. Mas você tem que tomar cuidado com os alimentos proibidos. Como 6
eles variam de ave para ave, podemos citar alguns que provavelmente não terá
problema nenhum em dar ao seu pássaro: Cenoura, milho, banana, maçã.
Nunca dê alimentos industrializados, eles são bastante sensíveis quanto a isso.
Não existe diferença na ração de filhotes para adultos. Dizem que se dá
papinha aos pássaros filhotes, mas não é extremamente necessário, a não ser
que seja um filhote recém separado da mãe ou mais novo que isso (nos casos
em que a mãe morre durante a postura dos ovos por certas complicações).
Mas existe diferença para cada tipo de pássaro.
SAÚDE E HIGIENE:
Como você deve saber, pássaros precisam de serragem se viverem em
gaiolas. O ideal é trocar uma vez por mês, mas isso depende do funcionamento
do intestino do animal. Também deve cuidar a ração que está dando a ele.
Quando fica muito velha, começa a criar bichinhos não muito adoráveis. Para
evitar isso ela deve ser guardada em locais secos (como armários altos), e ser
muito bem fachada.
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Reprodução de Pássaros
Como alguns criadores já devem saber, aves não tem cio. Cio é coisa de
mamífero. Para que as aves se reproduzam, basta ter comida e água de sobra,
além de um clima agradável. Se o macho e a fêmea não estiverem
acostumados, ou nunca tenham se visto, tem de se ter paciência na
aproximação das duas aves. Pode demorar alguns dias para que se possa
colocar os dois na mesma gaiola. Outra coisa que é essencial para que os
pássaros cruzem, é a presença de uma casa/suporte para ninho e materiais.
Os materiais podem ser papel higiênico, palha, tiras de papel EM BRANCO e
lã. Nunca dê jornal, pois a tinta pode intoxicar os filhotes. Também deve-se
evitar algodão, pois os filhotes podem prender as patinhas e até mesmo
enroscar a cabeça quando estiverem saindo do ovo ainda. Se você tiver
cruzado suas aves no inverno, o ideal é que se use uma casinha,
principalmente das de madeira. Depois que o ninho estiver pronto, não se deve
tocar mais nele. Ao contrário do que certas pessoas pensam, mesmo em
cativeiro, as fêmeas ou os casais não precisam de ajuda para cuidar dos
filhotes. A única ajuda que você pode dar e enriquecer a comida dos pais,
comprando uma ração mais cara, dando frutas, misturando a ração com
sementes que não estão na composição original. Enquanto os filhotes
estiverem sob cuidados da fêmea ou do casal, deve-se deixar comida a
vontade, por isso, talvez você precise repor a comida várias vezes ao dia. E por
fim, para evitar a reprodução de qualquer tipo de ave que viva em casal na
gaiola, basta não deixar comida a vontade e retirar o ninho.
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Brinquedos para distração de pássaros domésticos
Manter a gaiola limpa é a ordem principal para proporcionar à ave uma vida
saudável.
Os itens necessários para a limpeza são: escova, espátula, escovilhão (para
os bebedouros), esponja, luvas de borracha, detergente e desinfetante.
Limpe diariamente o fundo da gaiola e faça a troca de jornal.
Uma vez por semana faça uma limpeza mais completa, desinfetando desde
a armação aos recipientes.
Depois lave e desinfete os tabuleiros, o bebedouro e a própria gaiola. 11
No fim, passe tudo por água limpa e fresca para evitar que fiquem resíduos
dos detergentes (certifique-se também que estes não contêm elementos
nocivos para as aves).
Atenção: Durante a limpeza, mantenha a ave em outra gaiola.
Como pegar a ave
Durante alguns dias, mantenha a ave sozinha para que ela se habitue ao
novo ambiente.
Com calma e paciência, ofereça alimento através das grades.
No início, é provável que ela rejeite e até tente fugir.
Com cuidado, ponha a mão dentro da gaiola, tentando aos poucos fazer um
agrado no pescoço. Quando a ave se sentir confiante, poderá empoleirar-se
nos seus dedos.
Em algumas aves, como os papagaios, por exemplo, será possível tirá-las
da gaiola e passear, mas faça este treinamento em local totalmente fechado,
ou certamente ela tentará fugir.
Faça este treinamento todos os dias.
Atenção!
Exemplos:
• Ao derrubar um touro para corrigir um pequeno problema de casco, uma
corda passada sobre o prepúcio poderá dar origem a uma aderência, que o
inutiliza para a reprodução, pois não consegue expor o pênis;
• Uma vaca que vai ser inseminada, estando a quarenta centímetros do
técnico pode impossibilitar a tração da cervix até o aplicador, obrigando a se
jogar o sêmen no fundo da vagina. É o mesmo que jogar fora;
• Durante uma transferência, um movimento da receptora que obrigue o técnico
a retirar o aplicador para não quebrar pode provocar a perda do embrião;
• Um bovino muito estressado devido à contenção, não terá uma boa resposta
à vacina ou ao vermífugo;
• A vaca de leite a exemplo do touro poderá ficar inutilizada por uma corda 14
passada no vazio, que vai apertar o úbere, esmagando glândulas que
produzem leite, provocando fibrose.
• Derrubar uma vaca no pasto para colocar o bezerro mamar (vaca com teto
grosso), provavelmente provocará a rejeição do filho. São vários os exemplos
de erros de contenção que estão prejudicando o trabalho no campo.
Derrubamento de Bovinos
Deve-se tomar cuidado na derrubada
de bovinos para evitar traumas aos
chifres, costelas, ossatura pélvica
e/ou abortos. Dessa forma, o animal
deve ser lentamente derrubado em
local macio, segurando-se com
cuidado a sua cabeça e prestando-lhe
assistência. O auxiliar não só evita a
ocorrência de acidentes como
também posiciona o animal no local 15
em que se deseja, ou seja, o lado
mais adequado que o mesmo deve
permanecer para o procedimento.
O derrubamento perfeito é aquele em que o animal parece estar "caindo em
pé", em câmara lenta. Quedas rápidas ou abrup-tas para os lados devem ser
evitadas pelos riscos que proporcionam.
Quando não houver preferência para o lado do decúbito, deve-se optar pelo
lado esquerdo nos casos de vacas prenhes ou recém-paridas (deslocamento
do abomaso) ou direito em animais machos e em fêmeas sem as condições
reprodutivas anteriormente mencionadas e/ou que não tenham tido um jejum
alimentar prévio pois o rúmem, que está localizado do lado esquerdo, se sofrer
compressão por tempo prolongado, pode ter uma atonia (diminuição ou falta
dos movimentos ruminais), o que levará a um acúmulo de gases, e em casos
mais graves uma asfixia por timpanismo gasoso.
Método de Rueff
• Fixam-se ambas as extremidades dos chifres em suas bases ou no pescoço
por um laço com nó escorregadio.
• Com uma das mãos, segura-se a corda sobre o tórax, passando-se sua
extremidade por baixo da região ventral do tórax no sentido oposto ao corpo,
levando-a, em seguida, novamente por cima e por dentro da parte da corda
que está sendo segura.
• Repete-se a mesma operação ao nível dos flancos, saindo, a ponta da corda,
para trás.
• Faz-se tração firme, lenta e contínua sobre a corda, o que fará com que o
animal caia vagarosamente, acompanhado por um ajudante em sua cabeça.
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Método Italiano
• Passa-se metade de uma corda
comprida pelo pescoço, na frente da
cernelha.
• Cruzam-se ambas as
extremidades das cordas por baixo
do pescoço e, mais uma vez, por
sobre a região torácica, passando
as pontas das cordas por entre os
membros posteriores;
• Cada extremidade livre é puxada
por um homem enquanto um terceiro assistente segura à cabeça do animal.
Podem-se dar breves batidas com a palma da mão em toda a área muscular
comprometida para melhorar a irrigação local. Alguns animais, quando
auxiliados, conseguem se levantar e manter-se em posição quadrupedal. Para
tanto, pode-se utilizar choques elétricos, fortes batidas com as palmas das
duas mãos na região torácica e abdominal, simultaneamente, ou auxiliar o
animal a levantar-se e equilibrar-se. A permanência dos animais debilitados em
posição quadrupedal pode ser facilitada com a utilização de uma maca
suspensa por um guincho comum.
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Derrubamento de Equinos
O derrubamento de equinos pode ser
realizado utilizando-se caneleiras e
cordas, ou somente cordas. Vejamos
os métodos mais comumente
utilizados.
Método dos Travões
Podem ser usadas caneleiras ou
travões, argolas ou anéis, que são um
jogo de quatro correias de tamanho
pequeno (4 a 6 cm de largura),
geralmente feitas de couro cru, grossas e resistentes. Uma das extremidades
possui uma forte fivela fixa que prende a caneleira no membro. A corda a ser
puxada pelos auxiliares serve, também, para unir as caneleiras e desequilibrar
o animal, devendo ser, portanto, resistente e comprida (cerca de dez metros).
O animal deve ser conduzido para o local de derrubamento, obrigatoriamente
macio (grama, areia, maravalhas, serragem, etc.), livre de objetos
contundentes ou perfurantes. Colocam-se as peias nos quatro membros do
animal, em região acima do boleto.
Fixa-se a corda na caneleira-mestra e passa-se a corda por entre as argolas
das caneleiras traseiras, do membro anterior oposto e, por fim, pelo anel da
caneleira mestra. As argolas dos membros anteriores são colocadas para trás
e as dos membros posteriores para frente. Puxa-se a corda nessa direção. Os
ajudantes devem ser distribuídos na cabeça do animal segurando-se a
focinheira ou o cabresto (para evitar trauma e direcionar a queda do animal), na
escápula (para empurrar o animal e tirar-lhe o equilíbrio) e, um outro, na cauda,
para diminuir o impacto do corpo do animal contra a cama ou chão protegido. A
corda, uma vez tracionada, aproximará os membros do animal, fazendo com
que fique desequilibrado, caindo para o lado em que é impelido pelos ajudantes
colocados na cabeça, na escápula e na cauda. A derrubada deve ser
sincrônica, com os auxiliares amando conjuntamente e ao mesmo tempo.
Deve-se conduzir a queda contando alto: um, dois e... três, e,
coordenadamente, realiza-se o derrubamento. Uma vez o animal no chão,
trata-se logo de manter os travões reunidos e a cabeça pressionada contra a
cama, para evitar que o animal se levante.
Método Antigo
É um dos processos de derrubamento mais fáceis de execução. No meio de
uma corda bem comprida (10 metros), arma-se um anel que fica colocado na
base do pescoço; as duas extremidades, cruzando sobre o pescoço, passam
de volta por dentro do anel, dirigem-se para trás, contornam as quartelas
posteriores e são trazidas e puxadas diretamente para trás ou passam
novamente pelo anel do pescoço e são direcionadas para trás.
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Método Nacional
Esse método é também eficiente e, como o método antigo, apresenta a
vantagem de utilizar apenas uma corda para a sua realização. É feito
passando-se o meio de uma corda comprida por sobre o pescoço, bem em sua
base, de maneira que permaneça à frente da musculatura peitoral, deixando as
duas extremidades com o mesmo comprimento. Passam-se ambas as
extremidades das cordas por baixo do pescoço e por entre os membros
anteriores e, então, pela região do boleto de ambos os membros posteriores,
transpassando, cada ponta da corda, por entre a corda que envolve o pescoço,
do respectivo lado. As duas extremidades são direcionadas para a região
posterior do animal e, dessa forma, tracionadas ou puxadas por dois auxiliares.
A presença de um ajudante na cabeça do animal é importante e não deve ser
desprezada.
Diagnóstico
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Mascagnia(Coerania ou Cipo Prata):
Samambaia do Campo:
Fonte Agroline
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Abortos: dentre os danos malefícios causados pelas toxinas nos ruminantes, o
aborto causa maior impacto econômico, devido à capacidade de alterar os
índices de natalidade do rebanho, taxa de prenhez, retorno da vaca ao cio e
por final causar a morte do feto. As plantas que podem causar abortos são:
Cicuta, Timbó e cipó-preto.
Figura 06: Cicuta (A); Timbó (B)
Fonte: Andrea Moro - Altervista/Itália (A); Anita Stival - Inventário Florístico
Florestal de Santa Catarina – IFFSC (B)
Fonte: Clube Amigos do Campo
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Principais Doenças Bovinas
Acidose ruminal - causas e soluções
Acidose Ruminal: aguda e subaguda
O sistema intensivo de produção pecuária é caracterizado pelo confinamento
total dos animais com o oferecimento de dietas ricas em energia, geralmente
com os volumosos correspondendo de 40% a 60% da matéria seca total
ingerida. Porém, ultimamente, uma parte considerável dos criadores opta pela
utilização de dietas que contenham grandes quantidades de grãos e reduzidos
percentuais de volumosos, principalmente pela dificuldade de produção desses
componentes em larga escala, enquanto que os grãos são encontrados
facilmente, apresentam menor custo e maior facilidade de armazenagem e
oferecimento da ração.
Neste cenário, a acidose ruminal vem se tornando cada vez mais importante,
sendo caracterizada por uma desordem metabólica do rúmen na qual os níveis
de pH diminuem rapidamente como resultado de uma alteração súbita de
dietas de forragem (feno e pasto) para as altamente concentradas (grãos).
Com o pH abaixo de 6,0 as bactérias produtoras de ácido lático são
beneficiadas e, como consequência, se acumulam no rúmen aumentando a
produção de ácidos.
Diferentes composições e formas de dietas (tamanho das partículas)
influenciam na capacidade do alimento em provocar a acidose no animal.
Grãos de trigo, cevada e aveia são fermentados mais rapidamente que milho e
sorgo, portanto possuem maior potencial de causar acidose ruminal nos
bovinos. O processamento dos grãos também influencia na taxa de
fermentação, ou seja, grãos finamente moídos aumentam o risco de provocar
acidose, devido a maior exposição dos grânulos de amido.
O rúmen é um ambiente anaeróbico, com pH variando entre 6,0 e 7,0, onde
diversos microrganismos coexistem num balanço delicado, digerindo os
carboidratos, proteínas e lipídeos ingeridos pelo animal. Normalmente é bem
tamponado devido a fatores como: presença dos ácidos graxos voláteis (AGV),
produzidos pela fermentação dos alimentos; capacidade tamponante de vários
alimentos; e ao intenso fluxo de saliva. Esses fatores, portanto, impedem que o
pH seja reduzido.
A produção de saliva ocorre nas glândulas salivares e é estimulada pela
ingestão de alimentos fibrosos, que estimulam a mastigação e a ruminação,
contribuindo para o tamponamento ruminal e neutralização de parte dos ácidos
produzidos durante a fermentação. A quantidade de saliva a ser produzida e
adicionada ao conteúdo ruminal depende do potencial da fonte de fibra em
estimular a ruminação, que está relacionada com o tamanho das partículas.
Quanto maior a partícula da fibra fornecida, maior será o estímulo à ruminação,
pois o alimento deverá voltar para a boca do animal para que seja realizada a
remastigação e diminuição do tamanho das partículas, produzindo, dessa
forma, mais saliva. 27
Para o fornecimento de volumosos, os alimentos normalmente são adicionados
à máquina misturadora de ração. Com isso, são finamente triturados, não
estimulando adequadamente a ruminação. Dessa forma, não impedem quedas
acentuadas do pH ruminal, o que pode levar ao surgimento de acidose. Na
tabela 1 estão descritos as
alterações que ocorrem com o
animal conforme a mudança na
sua alimentação.
Existem dois tipos de acidose que
podem acometer os animais, a
aguda e a subaguda. A acidose
aguda, também conhecida como
indigestão por ácido lático ou
acidose tóxica é a forma menos
comum da doença, porém, é
considerada uma emergência que
se não tratada a tempo pode resultar em óbito rapidamente. Aqueles animais
que não morrem ficam apáticos e muitas vezes letárgicos, andando sem rumo
ao redor do cercado ou simplesmente sem se levantar. Eles também
aparentam fraqueza, anoréxicos e desidratados. A acidose enfraquece o
sistema imunológico, o que pode reduzir a habilidade do animal em combater
infecções virais ou bacterianas.
O tratamento da acidose aguda pode ser feito com técnicas simples como
lavagem do conteúdo ruminal para casos menos graves e ruminotomia
(remoção manual do conteúdo ruminal), transfaunação (transfusão de líquido
ruminal de um animal saudável para o enfermo) e fluidoterapia intravenosa
(utilização de soluções para recomposição e a manutenção da homeostase),
nos casos mais graves. Contudo, esses procedimentos devem ser sempre
realizados por profissionais especializados. Em algumas situações, o melhor
tratamento pode ser inviável para o proprietário, principalmente se o caso
envolver mais de um animal. Dependendo da gravidade da acidose e do valor
econômico do animal, pode ser indicada a eutanásia.
A acidose ruminal subaguda, subclínica, ou ainda latente crônica é menos
intensa, porém mais frequente e pode ser crônica, causando maiores prejuízos
à bovinocultura. Em rebanhos de corte, os prejuízos ocorrem, principalmente,
devido à redução do consumo alimentar, desempenho do animal e rendimento
de carcaça. Já em rebanhos com aptidão leiteira, os prejuízos diretamente
relacionados à acidose subaguda decorrem de menor consumo alimentar,
menor produção de leite e redução no teor de gordura no leite.
Embora não provoque o aparecimento de sinais clínicos específicos, a acidose
subclínica tem consequências que são clinicamente detectáveis, mas são
diversas e complexas. Alguns sintomas incluem chutar a barriga por causa da
indigestão, salivação intensa, respiração ofegante, ingestão de terra e diarreia.
As fezes podem apresentar coloração acinzentada e se assemelhar a espuma, 28
especialmente nos animais com casos mais graves. Observando as fezes
também é possível identificar grãos pouco digeridos.
Apesar da alimentação rica em grãos e com menor quantidade de volumoso
levar a uma maior produção inicial, as suas consequências levam a uma perda
econômica não compensadora. As vacas que são alimentadas assim durante
toda a vida com intuito de aumentar a produção de leite, além de todos os
problemas já citados, tem uma vida útil menor, pois as papilas ruminais
começam a sofrer queratinização, diminuem a absorção de nutrientes, e
inevitavelmente a vaca começará a diminuir assim sua produção, tendo que ser
descartada e substituída.
Outras doenças como laminite e polioencefalomalácia são comumente
associadas à acidose e também podem levar a redução de desempenho,
descarte e óbito de animais. A laminite é um processo inflamatório agudo que
atinge as estruturas sensíveis da parede do casco do animal, resultando em
claudicação (manqueira) e deformidade permanente. A ingestão excessiva de
grãos ocasiona um aumento na produção de ácido lático no trato digestivo,
com destruição de grande número de bactérias e liberação de suas toxinas. A
acidose ruminal provoca lesões na mucosa do rúmen e aumento de sua
permeabilidade o que leva a uma endotoxemia e acidoses sistêmicas. Como
resultado ocorre uma vasoconstrição periférica e consequentemente a redução
do fluxo sanguíneo nas lâminas do casco. A polioencefalomalácia é um
diagnostico morfológico para necrose com amolecimento da substância
cinzenta do encéfalo, causada por deficiência de tiamina.
A acidose impede também que o
bovino libere os gases
produzidos no rúmen,
provocando o acúmulo. Com
isso, há a possibilidade de
inchaço do órgão a ponto de
esmagar os pulmões e asfixiar o
animal se não for tratado
imediatamente. Os danos
causados pelos ácidos orgânicos
à parede ruminal podem levar ao desenvolvimento de rumenite permitindo a
entrada de patógenos na corrente sanguínea, causando inflamações e
abscessos, que são inflamações em formato esférico com pus em seu interior.
Os abscessos no fígado provocam queda no consumo, na eficiência da ração,
no ganho de peso e no rendimento de carcaça. Muitas vezes não podem ser
visualizados até que o animal seja abatido. O fígado afetado pelos abcessos
deve ser descartado após o abate, pois não são considerados seguros para a
alimentação humana. A inflamação também ocorre no abomaso e nas paredes
intestinais, destruindo as vilosidades responsáveis pela absorção dos
nutrientes dos alimentos digeridos.
O tratamento dos animais com acidose ruminal subaguda deve ser realizado
substituindo a alimentação de concentrados por volumosos, na tentativa de
restabelecer o correto pH (6,0 – 7,0) e os microrganismos alterados pela
fermentação de carboidratos. No entanto, as lesões da parede ruminal muitas
vezes se tornam crônicas e impossíveis de serem revertidas, dificultando a 29
absorção adequada de nutrientes alimentares. Desta forma, não resta
alternativa a não ser o descarte dos animais, ainda mais se houver a presença
de complicações como laminite e infertilidade.
O manejo alimentar é um importante fator de risco no desenvolvimento da
acidose. Nas vacas leiteiras adultas os períodos considerados críticos para
desenvolvimento da acidose são logo após o parto, quando ocorre a mudança
da dieta do período sem lactação, rica em volumoso, para a dieta de lactação,
rica em concentrado, visando atender às demandas da lactação. Em bovinos
de corte, o período de maior risco acontece na entrada dos animais no
confinamento, quando são alimentados com dietas muito ricas em concentrado,
sendo que em algumas situações mais de 90% são sem a adaptação
adequada.
Considerando todos os efeitos provocados pela acidose e principalmente o
tratamento, que na maioria das vezes não apresenta eficácia, o ideal é
estabelecer estratégias de prevenção da doença, que deve ser baseada
principalmente no manejo alimentar adequado. Os animais confinados devem
passar por um período de adaptação, aumentando a porcentagem de ingestão
de carboidratos de forma gradual para que haja a multiplicação das bactérias
utilizadoras de ácido lático. Com isso, o ácido lático produzido pela digestão
dos carboidratos será mais bem utilizado, evitando as quedas no pH.
O índice correto da relação entre volumoso e concentrado é de 60% de
volumoso e 40% de concentrado ao fim da adaptação. Essas proporções
podem ser atingidas de 3 a 4 semanas após a entrada dos animais no
confinamento, reduzindo a porcentagem de volumosos em 10% a cada 3 ou 4
dias e fazendo a substituição por concentrado na mesma proporção. Após o fim
do período de adaptação, maiores taxas de concentrados podem ser
fornecidas, pois os microrganismos presentes no rúmen já estarão preparados
para a degradação eficiente de carboidratos, diminuindo as perdas e os efeitos
da acidose.
A utilização de aditivos na formulação das rações tem como efeito primário a
melhoria da conversão alimentar e do ganho de peso, mas podem reduzir a
incidência de acidose. Entre os aditivos destaca-se a utilização dos antibióticos
ionóforos como a monensina que, seletivamente, deprimem ou inibem o
crescimento de microrganismos ruminais. Outra opção são os tampões,
utilizados para reduzir a incidência de acidose em dietas ricas em grãos, com a
finalidade de aumentar o pH do rúmen. Os tampões mais utilizados são o
bicarbonato de sódio, carbonato de cálcio e óxido de magnésio, que têm sido
de utilidade na adaptação a dietas com altos teores de grãos.
Além do manejo alimentar adequado, é essencial que o pecuarista tenha
bicarbonato de sódio e injeções de vitamina B (especialmente tiamina) em sua
propriedade ao criar bovinos com uma dieta baseada em grãos para que possa
realizar a remediação imediata caso seja identificada a acidose aguda. Os
custos com a prevenção serão sempre menores do que com o tratamento, e o
descarte de animais não será necessário.
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Timpanismo
O timpanismo é uma doença metabólica de animais ruminantes também
conhecida por meteorismo ruminal, caracterizada pela distensão acentuada do
rúmen e retículo, devido à incapacidade do animal em expulsar os gases
produzidos através dos mecanismos
fisiológicos normais, que acarreta um
quadro de dificuldade respiratória e
circulatória, com asfixia e morte do
animal.
Está associada a fatores que impedem
o animal de eliminar gases produzidos
durante a fermentação ruminal. O
timpanismo pode ser classificado em
primário ou secundário. O primário é
caracterizado pelo aumento na tensão superficial do líquido ruminal ou de sua
viscosidade, que faz com que as bolhas de gases presentes na espuma,
persistam por longos períodos, dispersas na ingesta e, apesar dos movimentos
contínuos do conteúdo ruminal, não se desfazem, impossibilitando sua
eliminação.
Um dos fatores que identificam este aumento de viscosidade, principalmente, a
campo, é aquele relacionado a certas proteínas presentes nas plantas
(saponinas e pectinas), particularmente, nas leguminosas (alfafa, trevo etc).
Plantas ricas em proteína e com maior digestibilidade tendem a causar
timpanismo.
Alterações na quantidade e qualidade da saliva produzida podem também
influenciar na formação de bolhas e no desenvolvimento dessa doença. Pode
ser devido à ação da saliva sobre o pH do conteúdo ruminal, que tem
importante papel na estabilidade da espuma, ou devido ao conteúdo de
mucoproteínas da mesma. Animais que
produzem menos saliva são mais susceptíveis.
Acredita-se que a origem da espuma em
animais confinados esteja relacionada ao
aumento da população de certas bactérias
produtoras de muco ou à retenção de gases
produzidos pelos alimentos finamente moídos,
o que produz uma secreção viscosa,
prendendo o gás produzido durante o
metabolismo normal destes microrganismos,
causando o timpanismo.
O secundário ocorre quando há dificuldade física à eructação. Isto pode ser
determinado por uma obstrução do esôfago, por corpo estranho, como
complicação de doenças que podem levar a enfartamento ganglionar (leucose,
tuberculose, actinobacilose, pneumonia etc.) ou por lesão nas vias nervosas
responsáveis pelos processos de eructação (indigestão vagal, reticulites etc.). 31
Essa doença afeta bovinos de ambos os sexos e de todas as raças e idades,
havendo variações no grau de susceptibilidade, que pode ser hereditária (Blood
& Henderson, 1978). A incidência tem se mostrado alta em bovinos confinados
com rações contendo altas proporções de concentrados, especialmente cevada
ou soja, ou em pastagens de leguminosas em alto grau de crescimento
(Jensen & Mackey, 1974).
Sintomas
No timpanismo agudo há uma rápida evolução do quadro clínico decorrente do
aumento do volume ruminal. A excessiva pressão intra-ruminal leva a uma
distensão do flanco esquerdo e causa uma situação de desconforto para o
animal; faz com que ele pare de se alimentar e apresente sintomas de dor
abdominal, escoiceando e o ventre e emitindo grunhidos. A frequência
respiratória aumenta e é acompanhada de respiração oral, protrusão
(exteriorização) da língua, salivação, extensão do pescoço e distensão dos
membros. Os movimentos ruminais estão aumentados nas fases iniciais,
diminuindo então de intensidade, chegando até a atonia, em função da
distensão acentuada do rúmen. O quadro evolui para a queda do animal, com a
cabeça distendida, boca aberta, língua protrusa e olhos dilatados. A morte
ocorre após algumas horas do início dos sintomas. No entanto, o timpanismo
nem sempre ocorre de forma aguda. Existem animais que tem a evolução mais
lenta ou até mesmo um timpanismo crônico, onde será observado apenas uma
distensão abdominal recidivante, e o animal apresentará uma menor
capacidade digestiva, além do desconforto abdominal causado pela distensão
Achados de Necropsia
Animais necropsiados, em até uma hora após a morte, apresentam alterações
relacionadas à excessiva distensão ruminal. A língua apresenta-se congesta e
protrusa e os linfonodos da região da cabeça e pescoço estão congestos e
hemorrágicos. O esôfago apresenta sua porção cervical hemorrágica e
congesta, e sua porção torácica pálida. O fígado e o baço também ficam
pálidos, devido à compressão, e os rins estão friáveis. Em geral, a congestão é
mais acentuada nos quartos anteriores e menos acentuada ou ausente nos
quartos traseiros (Blood & Henderson, 1978).
Animais nos quais a morte tenha ocorrido já há algum tempo, podem
apresentar enfisema subcutâneo e ruptura da parede do rúmen. Nestas
condições, o diagnóstico é muito difícil, visto que há muitas outras condições
que podem estar associadas como possíveis causas da morte, principalmente,
em regiões de clima quente, nos quais a carcaça distende-se rapidamente com
o gás (Jensen & Mackey, 1974).
Diagnóstico
Deve ser baseado nos sintomas apresentados pelo animal e no histórico de
alimentação com dietas precursoras de timpanismo. Em alguns animais
superalimentados, a distensão de fossa paralombar pode não ser tão evidente,
fazendo com que a verdadeira causa da morte do animal seja negligenciada.
Diagnóstico Diferencial
Deve ser feito em casos de intoxicação e enterotoxemia aguda, que
determinam quadros de morte súbita.
Tratamento 32
Varia de acordo com o tipo de timpanismo e o grau de severidade do caso.
Muitas vezes, os sintomas só são observados em condições avançadas,
quando se torna necessário o uso de medidas de emergência para que se
consiga salvar o animal.O tratamento dos casos de timpanismo gasoso baseia-
se no alívio do animal,com auxílio de sonda, que pode apresentar alguma
dificuldade nos casos de obstrução ou diminuição da luz do esôfago, e na
tentativa de solução da doença ou lesão precursora do problema. A sonda
sempre deve ser utilizada, pois é importante tanto para o tratamento e alívio do
animal, quanto para o diagnóstico, no entanto o tratamento é de
responsabilidade única do Médico Veterinário.
Prevenção
A maneira mais indicada de se prevenir o problema é evitar a adoção de dietas
com excesso de grãos e deficiente em fibras, assim como a excessiva moagem
dos grãos. O cuidado no uso de feno de leguminosas, embora de pouco uso
em confinamentos em nosso País, também vale a pena ser comentado, para o
caso de animais estabulados. Outras medidas de prevenção têm se mostrado
pouco eficazes, além do que contribuem para encarecer o custo de produção.
A utilização de antibióticos com o objetivo de controlar a atividade bacteriana e
a produção de gás no rúmen, tem se mostrado pouco praticável, em função da
necessidade de um longo período de proteção. A inclusão de óleos na ração
pode apresentar algum efeito profilático, embora apresente algumas
desvantagens, tais como dificuldade de administração e curto período de
proteção. O uso de ionóforos (monensina, lasalocida) na ração de bovinos
confinados tem auxiliado na diminuição da incidência de timpanismo (Machado
& Madeira, 1990).
Fonte: Embrapa Adaptação: Revista Veterinária
A maior parte das lesões podais ocorre nos membros posteriores (80 a 85%) e
em torno de 85% das lesões ocorrem nas unhas externas. Isso se deve a uma
junção de fatores, sendo o principal deles a maior pressão nas patas traseiras
devido à diferença na distribuição do peso do animal e ao maior crescimento da
unha externa.
A estimativa da incidência de claudicação clínica em rebanhos leiteiros
americanos é de 15 a 50% e o custo estimado é de 210 a 346 dólares por caso
tratado. Alguns levantamentos feitos no Brasil também mostraram a
prevalência em torno de 30% em rebanhos em Minas Gerais, São Paulo, 33
Paraná e Mato Grosso do Sul.
Os problemas
infecciosos estão
relacionados com ambientes contaminados com umidade alta, barro e acúmulo
de fezes, junto à falta ou um programa pouco eficaz de uso do pedilúvio.
Diarreia em Bezerros
A diarreia em bezerros pode ser determinada por vários agentes infecciosos de
etiologia bacteriana, viral, infecção por protozoários, ou ainda, pelo conjunto ou
associação de agentes que se utilizam de alguma condição de susceptibilidade
intensificando o quadro clínico da doença em bezerros de diferentes faixas
etárias (meses de idade). As principais causas de diarreias em bovinos jovens
devem ser conhecidas, pois essa enfermidade é responsável por perdas
econômicas importantes, e dependendo do agente causador da diarreia, do
animal e do custo/benefício do tratamento, a implementação de medidas de
controle pós-infecção tem um custo bem superior ao da aplicação de um bom
manejo sanitário que visa a introdução de doenças no rebanho.
Dermatocomicose
É uma dermatite localizada, de caráter
crônico, causada pela invasão da pele
e pêlos por fungos conhecidos como
dermatófitos, que é caracterizada por
descamação e perda de pêlos. É
também conhecida pelo nome de
dermatofitose ou tricofitose. As perdas
econômicas devidas à dermatomicose
são baixas, uma vez que a infecção é
superficial e restrita à pele, mas a inquietação decorrente do prurido pode
resultar em diminuição nas taxas de ganho.
Etiologia
Tratamento
Tratamento muitos tipos de tratamentos tópicos podem ser usados, mas para
uma maior eficácia, todos devem ser precedidos da retirada das crostas, com
auxílio de escova de cerdas e água morna. As soluções devem ser esfregadas
com intensidade nas lesões, sobretudo nas regiões periféricas. Aplicações de
soluções fracas de iodo (1-2%), a cada 1-2 dias, têm alcançado bons
resultados.
Prevenção e Controle
Mastite Bovina
Mastites são inflamações agudas ou crônicas
das mamas, mais frequentes em ruminantes,
sendo que o agente predominante nestes
são bacterianos, predominando
s estreptococos, estafilococos e a E. coli,
causando entre 80% a 90% das mastites
infecciosas.
Esta infecção pode aparecer em todas as
fêmeas de mamíferos, mas ela só tem
importância econômica e sanitária
em bovinos, caprinos e ovinos. Ocorrem durante o ano todo em todos os
países, quase que exclusivamente durante a lactação, sendo que a incidência
varia de acordo com o tipo de criação, higiene, fatores predisponentes como: a
elevada produção leiteira juntamente com as rações ricas em proteínas,
traumas na mama e o tipo de ordenha que é realizado.
Causas
A ordenha manual, realizada corretamente predispõe menos ao aparecimento
de mastites que a ordenha mecânica, mas as mãos contaminadas podem ser
um fator de difusão do agente. Ambos os tipos de ordenha podem não esgotar
o leite presente nas tetas, podendo causar mastites assépticas, ou até mesmo 42
sépticas, devido à baixa da resistência, caso haja a presença do agente.
Os agentes presentes na mama multiplicam-se rapidamente, ou mesmo,
aproveitar a baixa resistência e alcançar os adenômeros mamários por via
ascendente. Neste local, alteram o ambiente celular através da ação de suas
enzimas, catabólitos e até mesmo devido à acidificação do meio causada pela
fermentação da lactose. A soma destes fatores resulta em uma inflamação com
aumento da exsudação do líquido tissular e o pH torna-se alcalino. Há também
a migração de neutrófilos e linfócitos para o local inflamado. Em casos muito
agudos a mama apresenta-se aumentada de volume e congesta, já em casos
mais brandos as alterações visíveis são mínimas, ou até inexistentes.
Sintomas
Os sinais clínicos apresentados em casos agudos são: mama ou quarto
afetados apresentam-se inflamados, quentes, doloridos, às vezes com
notável hiperemia, conferindo à mama uma coloração rosada intensa até
vermelha. Existem casos, como nas mastites estafilocóccicas, que o animal
pode apresentar febre, taquicardia, dispnéia, às vezes, apatia com rápida
evolução e morte dentro de poucos dias.
O leite, nos casos de mastites aguda, apresenta pus, flocos
de caseína (proteína encontrada no leite) coagulada e, em algumas vezes,
estrias de sangue. Nas subagudas com tendência à cronicidade, o animal pode
apresentar-se assintomático ou pode apresentar uma discreta inflamação
inicial, aumento de consistência mamária ou aumento de volume. Já o leite
pode apresentar-se normal, aparentemente, com poucas alterações como:
pequenos grumos, filamentos ou flocos. Outras alterações que podem ser
observadas são aumento de volume por abscessos ou granulomas, fístulas e
atrofia de quartos afetados.
Tipos de Mastites
As perdas econômicas devido à mastite clínica são totais, pois o leite tem mau
aspecto, não sendo aproveitado. No entanto, é comum haver mastites
subclínicas que ocorrem em um ou mais quartos leiteiros e que causam perdas
consideráveis. Consideram que hoje, seguindo as recomendações da
Federação Internacional do Leite, as mastites são de três tipos:
Mastites clínicas: leite com pus, flocos e outros sinais de alteração.
Mastites subclínicas: leite aparentemente normal, mas com uma contagem
maior que 500.00 de leucócitos/ml e provas químico-clínicas positivas.
Infecção latente: leite normal, sem aumento de células nem provas positivas,
mas com a presença de agentes patogênicos.
Diagnósticos
Sendo assim, o diagnóstico deve visar os três
aspectos da doença. No caso de mastite aguda, o
diagnóstico é clínico. Quando a mastite for
subclínica ou crônica, ela não diagnosticada pelos
métodos convencionais de exame clínico, como
inspeção do animal, do leite e palpação. A elevação
do número de células somáticas é a principal
evidência de uma mastite subclínica. Existem testes
que avaliam a quantidade destas células presentes
no leite, como o Califórnia Mastitis Test (CMT), , 43
provas com indicadores de pH, entre outros.
O CMT é o teste mais utilizado para o diagnóstico
de mastites subclínicas. Seu princípio é baseado na
estimativa de contagem de células somáticas do leite. É misturada ao leite uma
substância que em contato com o leite produz o desenvolvimento de uma
gelificação e modificação da cor do indicador, em casos positivos para mastite.
Os resultados são expressos em cindo escores: negativo, traços, um, dois e
três sinais positivos. A contagem de células somáticas pode ser ainda realizada
por meio de contagem eletrônica em laboratórios especializados, através do
envio de amostras de leite, que deve ser feito periodicamente para o
acompanhamento das mastites subclínicas do rebanho, que são as maiores
causadoras de prejuízo. A contagem de células pode ainda ser feita através da
contagem microscópica em lâminas, sendo este mais utlizado para fins de
pesquisa.
Tratamento
O tratamento é feito, de modo geral, via mamária com preparados especiais,
conhecidos como antimastíticos. As tetas devem ser esgotadas pelo
ordenhador, em seguida, é introduzida a cânula da embalagem na teta e
depositar todo o conteúdo para dentro do quarto afetado, massageando
durante um minuto. Uma semana após o término do tratamento, deve ser feito
testes para verificar se a inflamação cedeu. No entanto, a utilização de
antibióticos deve ser feita apenas nas vacas com mastite clínica. As vacas com
mastite subclínica devem ser manejadas de modo que haja a diminuição da
infecção e consequente diminuição de células somáticas. Importante após o
tratamento, observar o período de carência de cada antibiótico, sendo feito o
descarte do leite durante esse período, para que não haja resíduos de
antibióticos no leite.
Quando possível, a escolha do antibióticos deve ser feito a partir do isolamento
e identificação do agente, e antibiograma, através de envio de amostras de
leite para o laboratório, afim de não se ter resistência e se ter uma maior
eficácia no tratamento.
Prevenção
O segredo para o controle das mastites está na prevenção. É necessário que
seja feito um manejo adequado na ordenha, realizando-se uma higienização
dos tetos, utilizando equipamentos adequados e realizando os procedimentos
corretamente. Existem pontos que devem ser levados em consideração:
Imersão dos tetos pré e pós-ordenha, com desinfetante germicida;
Descartar os animais que apresentem mastite crônica ou mais de três casos
clínicos no mesmo período de lactação;
Deve ser realizado um tratamento imediato e adequado;
Utilização da terapia da vaca seca para todas as fêmeas do rebanho;
Correta manutenção dos equipamentos de ordenha.
Além desses fatores de prevenção, o esclarecimento do retireiro que estará
atuando na ordenha é muito importante. Ele tem papel fundamental na
prevenção, devendo ser esclarecida a importância da higienização das suas
mãos e esgotamento completo do leite.
A ordem das vacas para ordenha também tem papel muito importante na
prevenção. Vacas novilhas e que nunca tiveram mastite, devem ser as 44
primeiras, seguidas de vacas com mastite subclínica e apenas ao final vacas
com mastite clínica, que devem ter o leite descartado. Assim é evitada a
contaminação através da ordenhadeira.
As ordenhadeiras devem ser higienizadas corretamente e devem sofrer
manutenção regular, pois ordenhadeiras mal reguladas, levam a uma pressão
errada do teto, predispondo assim a mastite.
Após a ordenha, o esfíncter do teto permanece aberto durante um período de
tempo, sendo assim, é recomendável que as vacas sejam servidas de
alimentação após a ordenha, para assim permanecerem em pé e não haver
contato do teto com o chão. Além disso a solução pós ordenha, deve haver em
sua composição, glicerina, que servirá como um selante, evitando a entrada de
bactérias através esfíncter do teto.
Fontes:
http://www.intervet.com.br/Doencas/Mastites/010_Introdu__o. aspx
http://periodicos.ufersa.edu.br/index.php/acta/article/viewFile/255/95
48
Doenças em Cavalos
Doenças do aparelho respiratório
Pulmoeira
Doença comum provocada por alergia
ao pó ou esporos de fungos.
O cavalo pode tossir, tanto no
estábulo, como a trabalhar. Poderá
haver algum corrimento nasal, em
especial depois do trabalho. O ritmo
respiratório poderá aumentar e a
respiração passa a ser mais
precipitada. A temperatura corporal
mantém-se normal.
Dictiocaulose
A Dictiocaulose é uma pneumonia causada pelo Dictyocaulus arnfieldi em
equinos e asininos, principalmente jovens e leva a sintomas como tosse,
descarga de muco pelas narinas e olhos e em casos mais graves pode haver
óbito por falta de ar e sufocação.
Dictyocaulus é um nematóide, que é ingerido pelos animais junto com o
pasto.
Clinicamente a doença não pode ser diagnosticada, por ter sintomas
semelhantes a muitas outras pneumonias. No entanto, a partir do histórico dos
animais pode-se supor o diagnóstico. A necrópsia é ainda um método de
diagnóstico conclusivo para os animais que vem a óbito. E o exame de fezes
com presença do parasita pode ser indicativo para o diagnóstico de
Dictiocaulose.
Para tratamento deve ser feita a utilização de anti-helmínticos. Já existe
vacina disponível no mercado para essa afecção.
49
Gurma
Enjoo de movimento
É provocado pelas viagens longas e os sintomas são semelhantes aos da
gripe: febre alta, palidez, pouco apetite e aumento do ritmo respiratório.
Poderá ser agravado por pneumonia ou pleurisia. Se o cavalo ficar descolorado
após uma viagem longa e tiver febre, há que chamar o veterinário sem mais
demoras. O cavalo deve manter-se quente e em repouso total.
Cornage
Hemiplegia laríngea tem distribuição mundial, acomete animais de todas as
raças e ambos os sexos. É resultante de degeneração parcial do nervo
laríngeo recorrente, e pode ocorrer por causas diversas, dentre as quais
traumatismos por injeções de substâncias irritantes, inflamação e abscessos de
bolsa gutural, infecções virais e bacterianas, dentre outras.
Produz ruídos caracteristicamente agudos, vibratórios, semelhantes a um
assobio e produzidos somente durante a inspiração, conhecidos popularmente
como chiados.
Ao exercício o cavalo tende a apresentar os sintomas, retornando ao normal a
medida que se reestabelece os parâmetros fisiológicos.
O tratamento é complexo, para tal deve ser chamado o Médico Veterinário,
assim como para o diagnóstico.
Epistaxe
É uma perda de sangue pelo nariz. A hemorragia, associada ao exercício, não
e comum, podendo ser resultado de um problema grave nas vias respiratórias
aéreas superiores da cabeça, em especial, ou de um crescimento anormal 50
(hematoma etmóide) ou, ainda, uma infecção fungicida (micose da bolsa
gutural).
Uma hemorragia nasal após o exercício é comum e pode ter origem nos
pulmões, após o galope. O sangue costuma ser engolido e não aparece nas
narinas.
Este tipo de hemorragias não é um problema, no entanto, uma hemorragia dos
pulmões que seja forte pode comprometer a performance e poderá refletir
outras doenças pulmonares.
Diarreia
A diarréia por si só, não é uma doença, e sim um sinal clínico, que pode ser
causada por diversos fatores. Como agentes bacterianos, virais, mudanças
repentinas de alimentação e parasitas.
O animal que apresenta esse problema deve ser separado dos demais, até que
se tenha um diagnóstico preciso, e um tratamento efetivo, afim de evitar a
contaminação em casos infecciosos.
A diarréia se caracteriza pelo aumento na quantidade e/ou fluidez das fezes.
O tratamento deve ser realizado com base nas recomendações do Médico
Veterinário. Importante manter o animal sempre bem hidratado, pois a
desidratação pode rapidamente levar a morte do animal.
A prevenção da diarréia está baseada no controle sanitário, observação de
animais recém introduzidos, dieta balanceada, desverminação, isolamento e
tratamento de animais doentes conforme recomendação do veterinário.
Encefalite equina
Essa doença é também conhecida como falsa raiva, peste de cegar e doença
de Aujesky. É causada por vírus que atacam o sistema nervoso central dos
equinos e causam perturbações diversas. Os animais doentes portam o vírus
no sangue, nas vísceras e na medula óssea. Ela é transmitida por morcegos,
carrapatos, hematófagos. Suas vias de contágio são as fossas nasais e as vias
digestivas.
Os principais sintomas dessa doença são perturbações na locomoção; febre;
hipersensibilidade ao ruído e tato; sonolência, apatia, quedas frequentes; a
visão fica comprometida; emagrecimento rápido; pálpebras caídas; apatia e
apoio da cabeça nos obstáculos. Para o tratamento, os animais doentes devem
ser retirados do trabalho e colocados em um lugar tranquilo e escuro, sob boas
condições higiênicas.
Cólica equina
Essas cólicas são resultado de doenças do aparelho digestivo ou mesmo de
outros órgãos, sendo classificadas como verdadeiras ou falsas. As verdadeiras
são causadas por doenças dolorosas do estômago e do intestino, com
defecação anormal. Já as falsas são resultado de enfermidades do peritônio,
baço, rins e órgãos internos. Para o tratamento dessa cólica, o animal deve ser
colocado em uma baia e sem fornecimento de comida, para em seguida 51
receber o medicamento prescrito pelo médico veterinário. As cólicas são sinais
clínicos muito comuns nos cavalos e tem uma grande variedade de causas. Os
animais devem ser acompanhados imediatamente pelo médico veterinário,
devido ao grande risco de uma evolução crítica para o animal.
Não é recomendada em hipótese nenhuma administração de medicamentos ou
outros métodos de tratamento sem acompanhamento do veterinário, pois o
quadro pode ser agravado, levando o animal a óbito.
Parasitas
Os parasitas são ingeridos no prado. As
larvas maturam na parede do intestino
e as adultas põem ovos que passam
para as fezes.
Um grau alto de infecção pode matar o
animal.
Causas:
Ingestão de larvas de parasitas
no prado;
Sintomas:
Perda de peso;
Diarreia;
Cólicas;
Má condição física.
Tratamento:
Fazer a gestão do prado, que consiste em apanhar às vezes pelo menos duas
vezes por dia, do prado, de forma a evitar a contaminação e quebrar o
crescimento larval; 52
Desparasitar o animal. Na desparasitação, é importante mudar o
desparasitante todos os anos, para evitar que os parasitas se tornem imunes
ao mesmo;
Combinar estas duas técnicas é bastante frutífero.
Fonte: Portal Agropecuário / Saúde dos Animais
Inseminação em Bovinos
A inseminação artificial (IA)
consiste no conjunto de
eventos que acontecem desde
a colheita do sêmen, sua
análise e processamento em
laboratório, a manutenção por
períodos variáveis em
condições extracorpóreas, até
a sua introdução no trato
genital de uma fêmea. O uso da IA é uma ferramenta essencial para
o melhoramento genético e aumento da eficiência produtiva dos rebanhos. De
todas as biotécnicas existentes que são aplicadas à reprodução animal, a IA é
a mais antiga e também, a mais eficiente. Inicialmente, o objetivo era a
erradicação de doenças infecciosas transmitidas pelo touro durante a monta
natural, difundindo-se em seguida, como um instrumento eficaz e econômico
para o melhoramento genético dos rebanhos.
A partir do momento que passaram a congelar o sêmen, a IA tornou-se mais
rápida e mais controlada, viabilizando o uso de sêmen de um certo animal em
épocas futuras.
Esta técnica possui vantagens em relação à monta natural, mas também
possui algumas limitações:
Vantagens Limitações
Controle da transmissão de doenças Falta de mão de obra
infectocontagiosas da esfera reprodutiva especializada
Incremento do melhoramento genético e Utilização da técnica
da produção animal incorretamente
Aprimoramento do controle zootécnico
Racionalização do manejo reprodutivo
Redução dos problemas de partos em
novilhas, usando-se touros com
facilidade de parto.
Possibilidade do nascimento de crias
após a morte do pai
Para a realização desta técnica são utilizados os seguintes materiais:
Botijão com nitrogênio líquido 53
Sêmen
Luvas descartáveis
Bainhas descartáveis
Aplicador
Termômetro
Cortador de palhetas
Pinça
Tesoura
Papel toalha
Garrafa térmica
Recipiente para descongelação do sêmen
SEQUÊNCIA DA INSEMINAÇÃO:
54
7.Pressione levemente o êmbolo plástico da bainha com uma das mãos e
encaixe nele a extremidade cortada da palheta até que esta se firme. Este
procedimento evitará que o sêmen possa refluir entre a bainha e a palheta no
momento da aplicação;
8.Introduza o aplicador na bainha, empurrando a palheta até a ponta. Fixe a
bainha no aplicador através de pressão no anel plástico. Observar que o
aplicador universal possui extremidades de diâmetros diferentes. A
extremidade com diâmetro menor deve ser usada para encaixe da palheta fina
e a extremidade de diâmetro maior para encaixe da palheta média;
55
56
Inseminação Artificial em Equinos
O conceito de inseminação
artificial refere-se ao processo de
deposição do sêmen no sistema
genital feminino, através de
manipulação artificial, e no
momento adequado, visando à
fertilização do óvulo. Este
sêmen, colhido artificialmente,
por diferentes métodos, segundo
a espécie é diluído ou mesmo
utilizado "in natura", preservando suas características fecundantes, de modo
que seja possível inseminar um número máximo de animais com um só
ejaculado.
Vagina Artificial
A vagina artificial é um artefato que simula as condições anatômicas normais
da vagina de uma égua, para a colheita de sêmen dos garanhões, havendo
diversos modelos disponíveis.
59
Água Aquecida: Introduzida no interior da vagina artificial através da válvula.
Utilizam-se aproximadamente 2,5 litros de água à 60oC, que deve manter a
parte interna da vagina em aproximadamente 45oC, que é a temperatura
preferida pela maioria dos garanhões. Deve-se ressaltar que existem
garanhões que preferem outras temperaturas, assim o técnico deve procurar
observar suas reações no intuito de obter um estímulo mais eficiente.
A limpeza deve ser feita com o membro ereto, que facilita acesso às partes
mais internas.
Como manequim, podemos utilizar uma égua no cio ou um manequim artificial,
conhecido como “phanton”.
O manequim pode ser uma fêmea sadia, dócil, de preferência no cio, a qual
deve ter a vulva e adjacências cuidadosamente limpas e desinfetadas. A cauda
deve receber bandagem, evitando acidentes com a crina na hora da colheita.
Para evitar penetrações acidentais, a cauda da égua manequim deve ser
amarrada a uma corda que passa por entre as pernas da égua, forçando a
cauda contra as pernas, evitando a penetração.
A fêmea deve ser contida, com o auxílio de “travões” e “pito”, de modo a
oferecer segurança ao operador da vagina artificial e ao reprodutor.
Garanhões que apresentam o hábito de morder a égua no momento da
cobertura deverão utilizar uma focinheira de couro para evitar esta prática e
garanhões que se distraem facilmente, poderão utilizar viseira, evitando a
distração do animal.
Colheita: 60
Fonte
Luciana Ferraz Monte Bochio - CRMV 15.501
61
Inseminação Artificial em Suínos
(Uso da Inseminação Artificial)
Histórico da Inseminação
Artificial
O uso da Inseminação Artificial
em animais iniciou-se com os
árabes, que utilizavam coletar
sêmen de seus melhores
garanhões, para inseminar as
éguas de suas tropas. Nos
tempos modernos, foi um
monge Italiano,
SPALLANZANI, que usou a
inseminação artificial em cães,
em 1779. Os Japoneses
também entraram cedo na era
da inseminação artificial, quando ITO et al., usaram em suínos em 1948.
Depois dos Japoneses, os ingleses POLDGE, SMITH E PARKER, também
tiveram sucesso com a inseminação em suínos, em 1949. Mas somente após
descobrirem que o sêmen se conservava em temperaturas mais baixas, na
década de 50, é que seu uso tornou-se popular, principalmente na Europa, em
países como Noruega, Holanda e Alemanha.
NO BRASIL, a inseminação em suínos, teve seu destaque a partir de 1975, a
nível comercial, principalmente na região sul, onde nasceram as primeiras
centrais de inseminação artificial. Hoje o Brasil está em primeiro lugar na
América Latina , em número de fêmeas inseminadas, porém, em porcentagem
de rebanho, o CHILE é o primeiro.
O uso da Inseminação Artificial está em constante aumento em todo o mundo,
pois após um certo receio inicialmente, grandes empresas como a Agroceres-
PIC, a PIC (Inglaterra), e outras, estão investindo nesta tecnologia.
CUIDADOS NA COLETA
CUIDADOS AO INSEMINAR
1 – Colocar as doses diretamente no Banho Maria e ligá-lo aquecendo-o ate 37
º C. Deixar por 10 minutos após estabilizar a temperatura a 37 º C. Colocar o
número de doses de acordo com o número de inseminadores para evitar que o
sêmen permaneça em atividade por muito tempo. Observar se a temperatura
do Banho Maria chega aos 37 º C dentro de 15 minutos no máximo, caso
contrário, se demorar para aquecer, ligá-lo um pouco antes de colocar o
sêmen.
2 – Quando houver mais de 2 fêmeas/inseminador, retirar da geladeira as
doses de sêmen seguintes quando o Banho Maria chegar a 37 º C e colocá-las
no mesmo, quando sair para a aplicação das doses já aquecidas.
Ex.: temos 4 fêmeas para inseminar e 1 inseminador: -Retiramos 2 doses e
colocamos diretamente no Banho Maria, ligamos e deixamos a temperatura
chegar ao 37 º C. -Quando a temperatura chegar aos 37 º C, retiramos da
geladeira as outras doses. Aguardamos 10 minutos para igualar a temperatura
interna da bisnaga e colocando-as em caixa de isopor com água aquecida a
37º C. Colocamos as doses retiradas anteriormente da geladeira no Banho
Maria e vamos fazer as aplicações com as doses já aquecidas. Terminada a 1ª
etapa, apanhamos as doses restantes e procedemos o mesmo esquema
anterior.
Diagnóstico de Cio
Frequência e Qualidade da IA
É muito comum verificarmos uma taxação fixa de número de inseminações a
ser realizadas por fêmea por ciclo, desrespeitando totalmente a fisiologia do
animal. Desta maneira quando mede-se o número de doses de sêmen
utilizados em uma granja em um período específico, imediatamente faz se a
conta multiplicando-se o número de fêmeas cobertas por este número afixado
de inseminações por ciclo. Em países como a Holanda, que já possui uma
tradição em inseminação artificial, não se faz este tipo de conta, pois o número 66
de aplicações de sêmen é determinado pela aceitação da fêmea.
Teoricamente seria necessário somente uma inseminação, e em algumas
regiões, como o Norte da Holanda, já é realidade isto, porém, isto é conseguido
através de detectores de ovulação, que são caros para nós aqui no Brasil,
quando comparado com o custo de mão de obra disponível para a realização
de inseminações. Outro fator que implica em um maior número de
inseminações / porca é as enormes falhas no manejo reprodutivo nas granjas,
inviabilizando o uso de uma IA diária, partindo do pressuposto que a população
de espermatozoides é viável In vivo por 12 a 16 horas. Somente com o
treinamento e experiência na correta detecção do cio seria possível promover
uma redução na frequência das IAs.
O problema mais grave é no que se refere a IA tardias, geralmente impostas
pela determinação fixa do número de aplicações por porca, que além de
representar um aumento dos custos, predispõe as fêmeas a apresentarem
endometrites.
Uso de Infusões Uterinas com Plasma Seminal e outros artifícios para melhorar
os índices de IA
Recentes trabalhos apresentados no VIII Congresso da ABRAVES, pela equipe
do Dr. Ivo Wentz, mostrou claramente que qualquer técnica visando um
incremento dos resultados da IA, não são tão eficazes quanto a uma correta e
eficiente metodologia de diagnóstico de cio. Então se queremos melhorar os
resultados pela IA, devemos investir em treinamento e capacitação do pessoal
ligado à realização desta técnica dentro da granja. Promovendo uma
conscientização da responsabilidade que cada um ligado ao processo da IA
tem, desde o tratador dos machos, passando pelo laboratório, onde é analisado
e preparado a dose seminal, principalmente junto ao encarregado pelo
diagnóstico de cio, com toda certeza teremos o mesmo sucesso nesta técnica
que os holandeses têm atualmente com seus aparelhos.
Fonte:
Médico Veterinário Antonio Rodrigues de Oliveira Jr
Gerente do Departamento Técnico da COPERPASSOS
67
Castração em Bovinos
A castração de bovinos é uma prática
rotineira nas propriedades rurais que se
dedicam à pecuária de corte. A
castração de bovinos machos é
adotada nos sistemas de produção por
apresentar vantagens quanto ao
manejo e quanto à qualidade da
carcaça.
O termo castração pode ser definido
como uma operação que consiste na
ablação testicular ou supressão
funcional dos órgãos reprodutores. As técnicas de castração de bovinos podem
ser cirúrgicas ou não.
Exemplos de técnicas cirúrgicas são:
* Orquiepididectomia bilateral, ou seja, retirada dos testículos por meio
cirúrgico, podendo ou não ter a ligadura do cordão com fio de sutura, também
conhecido como método da “faca”. Apesar de bastante comum, é uma técnica
cruenta, onde o animal fica susceptível a infecções e miíases (bicheiras), e o
tempo de recuperação do animal é maior.
* Castração parcial, também conhecida como castração “Russa”, onde apenas
o parênquima espermático é removido.
Outras técnicas foram desenvolvidas para evitar a necessidade de abordagens
cirúrgicas, que além de facilitar o manejo e a recuperação do animal, são mais
rápidas. Algumas das técnicas não cirúrgicas são:
* a técnica da angiotripsia, mais conhecida como do Burdizzo. É uma técnica
menos cruenta, onde a circulação para o testículo é interrompida com auxílio
de um “alicate”, causando a degeneração do mesmo. O inconveniente é que,
quando mal feita, há necessidade de se refazer a castração.
* Castração química, que consiste na aplicação de solução de aldeído-fórmico
+ cloreto de cádmio, causando atrofia dos testículos. É uma técnica menos
invasiva e de simples execução.
* Vacina anti-GnRH, que consiste em vacinar os animais com anti-GnRH,
prejudicando o desenvolvimento normal dos testículos. Ainda são poucos os
dados científicos deste processo, mas parece ser uma estratégia promissora.
Na tabela 1 são apresentados alguns dados de Luchiari et al. (1984), onde
foram comparados os efeitos da castração química e cirúrgica com faca, em
relação aos animais não castrados, para algumas características produtivas.
Os autores relatam tendências favoráveis para animais não castrados. A
castração química propiciou recuperação rápida dos animais, propiciando
maior ganho de peso do que a castração cirúrgica tradicional.
Tabela 1: Desempenho comparativo de bovinos cruzados holandeses em 68
confinamento
Na tabela 2, adaptada de Galbraith e Topps (1981), são apresentadas as
principais diferenças entre animais inteiros e castrados, observadas em
trabalhos disponíveis na época.
Tabela 2: Diferenças entre bovinos inteiros e castrados
Bibliografia Consultada:
Luchiari Filho, A., Leme, P. R.; Gorni, M., Alleoni, G. F.; Boin, C. Efeitos de
diferentes métodos de castração no desempenho e características de carcaça
de bovinos em confinamento. Zootecnia, Nova Odessa. V.22, n.1, p.5. 1984.
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Castração de leitões
Manual Pet
Aniamais - Cultura Mix
Pet Love
CPT
Agroline
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Clube Amigos do Campo
Embrapa Adaptação: Revista Veterinária
Vallee
Intervet
Embrapa
Portal Agropecuário / Saúde dos Animais
Luciana Ferraz Monte Bochio - CRMV 15.501
CRV - Lagoa
Antonio Rodrigues de Oliveira Jr
Felipe Rodrigues - Aves e Suínos
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