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Semana 1

Reações de eliminação
Há dois tipos de reações de eliminação que são as reações eliminação unimolecular e a
bimolecular. As reações de eliminação ocorrem devido à presença de bases carregadas, ou
elementos ricos em elétrons, no meio reacional. Na qual a presença desses elementos “força”
a saída do grupo abandonador, a fim de se formar um alceno.

As reações de eliminação unimolecular (E1) ocorrem em duas etapas, sendo elas uma
lenta e outra rápida. Na primeira etapa, a mais lenta e é a que determina a velocidade da
reação, ocorre quando o grupo abandonador deixa o alcano; já na segunda etapa, a mais
rápida, ocorre a partir do momento em que o grupo abandonador (ou haletos) deixa o alcano,
assim formando um alceno. Os grupos abandonadores são os elementos da família 7A, ou seja,
F, N, Cl, Br e I.

As reações de eliminação bimolecular (E2) ocorrem nas duas etapas ao mesmo tempo,
tanto a rápida quando a lenta. Essa reação ocorre devido à base forte carregada que se alinha
ao plano de 180° entre o β-carbono (carbono ao lado do carbono do grupo abandonador que é
chamado de α-carbono) e o grupo abandonador. Assim, a base com os reagentes forma-se o
ácido conjugado nos produtos, o grupo abandonar leva o par de elétrons da ligação com o
alcano e se torna um alceno entre os carbonos β e α.

Obs.:

I. Para uma reação ser unimolecular (E1) tem que haver a formação de carbocations
(RC+) que só acontece após a etapa lenta, que é à saída do grupo abandonador.
II. No meio reacional pode ocorrer à reação de substituição (SN) na qual consiste em uma
troca de elementos. Ou seja, o grupo alcano não se transforma em alceno a partir do
ataque ao carbono ligado ao grupo abandonador, assim o grupo abandonador é
substituído pela base carregada, ou elemento carregado, presentes no meio reacional.
III. Nas reações de eliminação bimoleculares é obrigatório que a base carregada, o β-
carbono, o α-carbono e o grupo abandonador estejam em um plano:

A produção dos produtos da reação depende do tamanho da base carregada, ou de


elementos ricos em elétrons, que mostrar qual alceno produzido será mais substituído, no qual
terá maior produção. Quanto mais substituído o alceno for, mais estável ele será. Ou seja,
menos energia ele usará para se formar, deste modo ele será o mais produzido na reação. Um
grupo substituído é aquele que possibilita a substituição de um hidrogênio por uma base.

Ao contrário da eliminação bimolecular (E2), a reatividade da substituição (SN2) segue


a regra de quando menos substituído for o α-carbono maior será a velocidade da reação, assim
facilitando a formação de um elemento substituído. O que difere as E1 da SN1 é a
temperatura, logo alta temperatura favorece a E1 e baixa temperatura favorece a SN1.

Desidratação de alcoóis
A desidratação de alcoóis se dá pela a eliminação de alcoóis.

Desidratação de alcoóis tem dois detalhes importantes:

1. É promovida por ácidos fortes.


2. A reatividade relativa dos alcoóis aumenta na ordem primária, secundária e
terciária.

Mecanismo

Obs.: na etapa 2, na qual o íon terc-butiloxônio se dissocia em (CH3)3C+ e água, é a etapa


determinante da velocidade da reação. Como a etapa determinante da velocidade é a etapa 2
o processo global de desidratação é chamado de eliminação unimolecular e recebe o símbolo
E1.

Já as reações de desidratação de alcoóis primários, por não poderem formar


carbocátions, acabam ocorrendo por um mecanismo E2. Exemplo:

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