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Introdução

O aríete é um antigo instrumento bélico usado até o


século XV, consistindo de um tronco de madeira, atrelado
ou não a um pórtico, sendo que este tronco era arremetido
seguidas vezes contra portas e muralhas a serem
arrombadas.
A palavra “Ariete” tem origem nos vocabulários latinos e
significa carneiro.
O termo Golpe de Ariete foi forjado pelos pesquisadores
franceses, que assimilaram o som rítmico produzido pelas
sucessivas ondas de pressão que atingiam um registro de
gaveta ao som das batidas de um aríete ao arrombar portas
e muralhas de fortificações.
O Golpe de aríete é um fenômeno comum em situações
onde há escoamento transitório no interior de um conduto
forçado, que é caracterizado pela dependência de suas
variáveis (pressão e velocidade, ou carga e vazão), em
relação ao tempo;
Portanto, esse fenômeno por:

Variação brusca de pressão, acima ou abaixo


do valor normal de funcionamento, devido a
mudanças “bruscas” da velocidade da água.
Os efeitos danosos:
 Rompimento de tubulações por excesso de pressão,
 Implosão de tubulações por diminuição de pressão,
 Rotação reversa de bomba com risco de queima de motor elétrico,
 Disparo de turbina,
 Danos gerais em tubulações.
Aplicação:
CARNEIRO HIDRAÚLICO
O carneiro hidráulico, também conhecido como
bomba de aríete hidráulico, balão de ar, burrinho... Foi
inventado em 1796 pelo cientista francês Jacques E.
Montgolfier.
Nada mais é que um aparelho muito simples e de
grande utilidade para o abastecimento de água nas
fazendas, podendo ser definido como uma máquina
de elevação de água com energia própria.
SUAS VANTAGENS:
É uma máquina simples, robusta e barata;
Funciona ao mesmo tempo aproveitando a
queda d’água e elevando uma fração desta;
Apresenta um rendimento relativamente
elevado;
Os gastos com manutenção são praticamente
desprezíveis;
Trabalha noite e dia, sem energia externa,
exceto a da própria queda d’água.
INSTALAÇÃO:

Fonte ou manancial de água;


Tubulação de adução ou alimentação;
Carneiro Hidráulico,
Tubulação de saída;
Reservatório.
PARAMETROS PARA ESCOLHA:
 A vazão fornecida pelo carneiro hidráulico depende da vazão de
acionamento e da altura de queda,
 A capacidade do carneiro hidráulico, isto é, a vazão de descarga é calculada
pela equação:

𝑅𝑥𝑄𝑥ℎ
𝑞=
𝐻
Sendo:
 q : vazão de descarga
 R : rendimento (valor tabelado)
 Q: vazão de alimentação
 h: altura de queda
 H : altura total de recalque (Desnível + perda de carga)
O rendimento hidráulico do carneiro varia segundo a
relação de h (altura de queda)/H (altura total de
recalque) e é um valor tabelado.
 A escolha do CARNERIO deve ser feita em função
da vazão de alimentação e altura de queda.
Para a determinação da altura total de recalque
(Desnível + Perda de carga), a PERDA DE CARGA
é calculada pela Equação de Flamant.
TABELA

1:2 previsto perder 20% da água que chega!


4m

2m

Exemplo anterior 1:2


Estando aberta a válvula E, a água conduzida de um ponto mais alto
pelo tubo de alimentação AB, escapa por ela até que a pressão, em
virtude da velocidade crescente do líquido, torna-se capaz de erguê-
la, fechando-a bruscamente. A coluna de água desce pelo tubo AB
com velocidade progressiva, ficando num dado instante sem saída,
produzindo o choque denominado “golpe de ariete”, o qual abre a
válvula de recalque F, permitindo a entrada de água na câmara de
ar G. Como decorrência, o ar existente na parte superior da
campânula é comprimido e oferece uma resistência crescente à
entrada do líquido, chegando a tal ponto de fazê-lo cessar,
fechando-se, neste instante, a válvula F. Há produção de uma onda
de pressão negativa em virtude do efeito da compressibilidade da
água e da elasticidade da tubulação que atua na válvula E,
fazendo-se abrir novamente. Estando E aberta, há um novo ciclo e,
com ciclos sucessivos, a água que penetra na câmara de ar G,
adquire pressão para subir no tubo de elevação CD, fazendo com
que flua para o reservatório superior quando a pressão na
campânula corresponder à altura manométrica de recalque.
O número de ciclos por minuto é bastante variável,
podendo ir de 20 a 100 ciclos por minuto. Esta variação
é resultado dos parâmetros envolvidos no sistema
(altura da coluna d`’agua, altura do recalque,
diâmetro das tubulações, características geométricas
internas do carneiro hidráulico, etc.)
Outros dispositivos de
proteção
Volante de Inércia:
Atuam no aumento do tempo
de parada da bomba,
reduzindo a intensidade do
golpe. Seu inconveniente é que
quanto mais seu peso aumenta,
mais potente deverá ser o
motor para vencer a inércia do
volante na partida e maior será
a intensidade de corrente
elétrica, elevando os custos de
investimentos e operação.
Portanto, este tipo de proteção
fica bastante limitado na
prática.
Válvulas de Alívio:
Controlam o excesso de pressão,
mantendo a pressão estabilizada
através da liberação de uma certa
quantidade de água.
Em seu uso é de se esperar que
para estabilizar pressão, a
quantidade de água extravazada
não seja importante. A utilização
destas válvulas requer uma
manutenção cuidadosa e contínua.
Válvulas de retenção:
São dispositivos que por
servirem para impedir a
inversão do fluxo num
conduto, atuam na proteção
contra as sobrepressões. A
utilização destas válvulas
também requer uma
manutenção cuidadosa e
contínua.
Redução do diâmetro da tubulação:
O golpe de aríete é sempre
proporcional à variação da
velocidade, a qual varia com o
inverso do quadrado do
diâmetro. Desta forma,
aumentamos no diâmetro da
tubulação trazem significativas
reduções no golpe de aríete,
porém poderá encarecer o
sistema.
Softstarters
A situação de contrapressão do líquido no
sistema de tubulação pode ser evitada se
em lugar de interromper bruscamente a
tensão nos terminais do motor através de
uma parada livre, se continue controlando a
tensão/torque de forma que a potência
requerida pela bomba vá diminuindo
gradativamente.
A relação de torques entre bomba e motor
pode ser muito diferentes em diversos casos.
Com isto, ao utilizarmos a função específica
de parada de bombas (pump stop) o
softstarter reconhece esta relação de
torque, e controla de melhor forma possível
a tensão enviada ao motor, até que se
ajuste de forma adequada a parada.
REFERÊNCIAS
 http://professor.ufabc.edu.br/~leigui/disciplinas/grad/fenomenosondulatorios/apres/noturn
o/rafael.pdf
 http://www.youtube.com/watch?v=_II8img-Nas
 http://www.deg.ufla.br/site/_adm/upload/file/9_aula%20pratica%209.PDF
 http://www.feiradeciencias.com.br/sala07/07_57.asp
 http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-rural/v/bomba-de-agua-de-facil-execucao-
promete-ajudar-o-produtor-rural/2662497/
 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-43662007000400001
 http://pt.scribd.com/doc/97556148/DDS-Golpe-Ariete
 https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&cad=rja&ved=
0CDcQFjAC&url=http%3A%2F%2Fwww.siemens.com.br%2Ftemplates%2Fv2%2Ftempl
ates%2FgetDownload.axd%3Fid%3D3497%26type%3DFILES&ei=GNgtUpCsG4W08QS
25YCoAQ&usg=AFQjCNFxhPZdzvjSJqJa8S8LUthRLsv92Q&bvm=bv.51773540,d.dmg
 http://www.youtube.com/watch?v=VFXXwnd4JRsCANAL RURAL - Jovem Inovador -
Carneiro Hidráulico (27-09-2008) Parte 2
 Referencial do componente curricular Instalações Hidrosanitárias – UNOESC 2020-2.

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