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Fala turma!

Não há como expandir os conhecimentos sobre anfetaminas e seus derivados sem


antes conhecermos a pequena FEA ou 2-feniletilamina (nome IUPAC), simplesmente a
estrutura mais básica e precursora da anfetamina e de seus derivados (MDMA, MDA,
metanfetamina...)!

Em particular, a adição de um grupo metil no carbono alfa (vizinho) ao grupo amino (NH 2) dá
origem à anfetamina, e a partir dela químicos clandestinos iniciam a sua derivatização para a
formação das diversas anfetaminas de abuso.

Ela está presente em nosso organismo no grupo das “aminas traço”, ou seja, sua concentração
intra e extracelular é muito mais baixa do que as aminas biogênicas e neurotransmissores
quimicamente e funcionalmente relacionados (epinefrina, norepinefrina, serotonina,
dopamina e histamina).

Ela é também um neurotransmissor com impacto em transtornos psicológicos humanos, por


exemplo, o déficit de atenção e hiperatividade (comum em 4-9% das crianças). Com isso, a
determinação dos níveis de FEA na urina é utilizada como um biomarcador para o diagnóstico
da doença. Após isso, o médico comumente inicia o tratamento com o polêmico metilfenidato
(Ritalina), mas esse é um assunto para um outro momento. Além disso, a FEA gera impacto em
outros transtornos psicológicos, como a esquizofrenia e depressão.

LEMBRE-SE = ELA EXISTE EM CONCENTRAÇÕES “TRAÇO” E SUA REGULAÇÃO GERA IMPACTOS


NA SAÚDE MENTAL.

Ela pode ser encontrada também em alimentos como resultado de dois processos
fundamentalmente diferentes: (1) atividade metabólica de bactérias e (2) processamento
térmico de alimentos. Então fique ligado, se você toma algum fármaco inibidor da monoamina
oxidase ou enteógenos como a Ayahuasca, o grande acúmulo dessas aminas pode gerar
respostas fisiológicas indesejadas, como uma crise hipertensiva.

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