Você está na página 1de 14

VOLUME 1

SPECIAL EDIT
UPDATE

O uso de
CLORIDRATO DE
METILFENIDATO

METILFENIDATO

METILFENIDATO
COMO DROGA DE ABUSO
Esta obra tem intuito principal difundir
FIRST VOLUME

METILFENIDATO
informações relacionadas a um dos
principais fármacos utilizados pelo
público jovem do país:
COMO DROGA DE ABUSO
O Cloridrato de Metilfenidato
Abordaremos nessa cartilha os perigos encontrados
ao utilizar tal substância de forma indiscriminada

ESCRITO POR :
Bianca Salles/Cecilia Santiago
Cecillia Lopes/Gabrielli Viana
Sarah Elisa/Raul Carneiro

Melissa Rangel/Bianca Lavínia


Ana Júlia Guimarães
Mariana Vaz/Rafaela Almada
Rayssa Melo/Júlia Aguiar
FIRST VOLUME

METILFENIDATO
COMO DROGA DE ABUSO

sumário
Cloridrato de Metilfenidato
10mg
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 6 ANOS

O QUE É METILFENIDATO - 3
ESTRUTURAS QUÍMICAS DA DROGA EM QUESTÃO - 4/6
QUAIS OS EFEITOS PROVOCADOS - 7
MECANISMO DE AÇÃO - 8
RISCOS OFERECIDOS PELO USO - 9/10
DEPENDÊNCIA - 11/12
REFERÊNCIAS - 13

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA


ATENÇÃO: PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA
FÍSICA OU PSIQUIÁTRICA

2
CLORIDRATO DE

METILFENIDATO COMO DROGA DE ABUSO

O que é metilfenidato
O Cloridrato de Metilfenidato, popularmente conhecido pelo nome do seu
fármaco de referência Ritalina® (Novartis) – 10mg, é uma anfetamina
estimulante leve do Sistema Nervoso Central que possui como função principal
inibir a recaptação de Dopamina e Noradrenalina.

Usada sobretudo para o tratamento de TDAH, Narcolepsia e Hipersonia


idiopática do Sistema Nervoso Central, outros nomes de referência de tal
fármaco incluem:
Concerta® (Janssen) – disponível em 18, 36 e 54 mg
Ritalina LA® (Novartis) – disponível em 20, 30 e 40 mg

3
- ANÁLISE DETALHADA DA -
ESTRUTURA QUÍMICA

O Cloridrato de Metilfenidato é um
composto racêmico que consiste
de uma mistura 1:1 de
d-metilfenidato e l- metilfenidato

Tal fármaco consiste em um fraco


estimulante do sistema nervoso
central, com efeitos mais
evidentes sobre as atividades
mentais do que nas ações motoras.

O grupo fenetilamina da estrutura do MPH é comum à dopamina e à


noradrenalina, podendo ligar-se aos transportadores (farmacóforo),
competindo com a dopamina e noradrenalina

4
FIRST VOLUME

METILFENIDATO

C14H19NO2
COMO DROGA DE ABUSO

Suas propriedades são provinientes de benzilpiperizina e fenetilamina, fórmula


química é C14H19N02, nomendatura é metil 2 - fenil- 2-(2-piperidil) acetato.

Indica um tempo de meia vida entre as duas e três horas, é


insolúvel em água, solúvel em etanol, acetato de etilo e em éter.
Possui característica como: pó cristalino de cor branca
PONTO DE EBULIÇÃO: 135-137°C
DENSIDADE: 1,1 G/CM3
MASSA MOLAR: 233,311 G/MOL
PKA:8,77
PONTO DE FUSÃO: 74-75°C

5
ESTRUTURA QUÍMICA

Fig. 1.1 Metilfenidato

AO OBSERVARMOS A ESTRUTURA DO
METILFENIDATO E DE ANFETAMINAS,
PODEMOS VER QUE PARTILHAM O MESMO
FARMACÓFORO (FENILETILAMINA)

COMPETINDO COM ESTAS PARA A


LIGAÇÃO AOS RECEPTORES.

Fig. 1.2 Anfetamina


Fig. 2. Structure of the most active d,l-MPH and amphetamine isomers.
The common phenethylamine pharmacophore (in bold) impairs the dopamine transporter.

A PRESENÇA DE CARBONOS ASSIMÉTRICOS


NA MOLÉCULA REPRESENTA 4 ISÔMEROS,
ATRAVÉS DO PROCESSO DE “SÍNTESE DE
METILFENIDATO”, ASSIM PODENDO SER
UTILIZADO PARA A OBTENÇÃO
DOS ISÔMEROS TREO E ERITRO

ENTRETANTO, HÁ UMA MISTURA DE 50% DO


ENANTIÔMERO LEVOGIRO E 50% DO
DEXTROGIRO, OU SEJA, UMA MISTURA
RACÊMICA ONDE OS
ISÔMEROS D E L-TRO,
EM UM ÂMBITO FARMACOLÓGICO, SE
TORNAM MAIS EFICAZES QUE OS DEMAIS
ISÔMEROS.
Fig. 3. Isómeros do metilfenidato

6
EFEITOS
Hoje em dia, a sua aplicação terapêutica no tratamento da PHDA é atrelada a sua
capacidade de diminuir a inquietação motora, o aumento de concentração,
atenção e memória. Na narcolepsia, ele produz estimulação do SNC, aumento da
vigília, diminuição da sensação de fadiga e elevação do estado de ânimo.

Seus efeitos são voltados principalmente para aumento dos seguintes


aspectos do funcionamento mental:
ATENÇÃO, CLAREZA, FOCO, DISPOSIÇÃO E AUTOCONTROLE

7
MECANISMO DE ACÃO

~
Drogas psicoestimulantes são utilizadas no A eficácia do MPH no PHDA traduz-se pela
tratamento de crianças e adolescentes desde a manutenção de níveis adequados das
década de 1930. Seu mecanismo de ação é o catecolaminas no CPF (que conforme
estímulo de receptores alfa e beta-adrenérgicos anteriormente mencionado é a parte do cérebro
diretamente, ou a liberação de dopamina e responsável pelo controle da atenção,
noradrenalina dos terminais sinápticos, comportamento e emoções). Uma concentração
indiretamente. Seu início de ação dá-se em 30 insuficiente de catecolaminas provoca uma
minutos, com pico em 1h a 2:30h ou de 2 a 3 horas. resposta de letargia ao passo que uma
quantidade excessiva, uma resposta de stress.
À semelhança de outras anfetaminas, o mecanismo
de ação do MPH passa a inibir os transportadores Na narcolepsia, a administração de MPH prende-
de dopamina e noradrenalina presentes na se com o facto de contrariar a sonolência
membrana plasmática neuronal levando assim a excessiva durante o dia, principal sintoma que
uma maior concentração destes neurotransmissores caracteriza a patologia. Tal deve-se também ao
na fenda sináptica. No entanto, ao contrário das aumento de catecolaminas na fenda sináptica,
AMPH, o MPH não se comporta como substrato dos principalmente, a dopamina.
transportadores, ou seja, não entra pelos terminais
nervosos para facilitar a libertação de
noradrenalina e dopamina das vesículas sinápticas.

O seu mecanismo de ação passa por inibir a


recaptação de dopamina e noradrenalina
provocando um aumento extracelular das
catecolaminas na fenda sináptica, o que eleva o
nível de alerta do SNC, incrementa os níveis
excitatórios do cérebro, resultando numa melhor
concentração, coordenação motora e controle dos
impulsos.

Fig. 1. Mecanismo de ação do metilfenidato (retirado de Sousa et al, 2015)

8
ATENÇÃO ATEN
ÇÃO ATENÇÃO
ATENÇÃO ATEN
ÇÃO ATENÇÃO
ATENÇÃO ATEN
ÇÃO ATENÇÃO
AT

Metilfenidato e seus
RISCOS ENVOLVIDOS
Embora o uso do MPH promova concentração, atenção, disposição e
energia, seu uso indiscriminado também ocasiona modificações no
estado de vigília e humor de seus usuários.

De modo que o indivíduo passa a apresentar efeitos adversos como


alterações na frequência cardíaca, surtos de insônia e psicose.
AT
NÇÃO ATENÇÃO
ATE
NÇÃO ATENÇÃO
ATE
NÇÃO ATENÇÃO
ATE
NÇÃO ATENÇÃO
ATE
ATENÇÃO

Em longo prazo, são três os efeitos Os efeitos cardiovasculares do


colaterais de maior importância do metilfenidato são pontuais e transitórios.
metilfenidato: Logo após o uso da medicação, pode-se
observar pequena elevação da pressão
Dependência arterial, frequência cardíaca e
Efeitos cardiovasculares respiratória, porém tais alterações não se
Possível redução da estatura sustentam ao longo do tempo.

TENÇÃO ATENÇ
ÃO ATENÇÃO
ATENÇÃO ATEN
ÇÃO ATENÇÃO
ATENÇÃO ATEN
ÇÃO ATENÇÃO
ATE

9
ATENÇÃO ATEN
ÇÃO ATENÇÃO
ATENÇÃO ATEN
ÇÃO ATENÇÃO
ATENÇÃO ATEN
ÇÃO ATENÇÃO
AT

Metilfenidato e seus
RISCOS ENVOLVIDOS
eu casos de overdose

AT
NÇÃO ATENÇÃO
ATE
NÇÃO ATENÇÃO
ATE
NÇÃO ATENÇÃO
ATE
NÇÃO ATENÇÃO
ATE
ATENÇÃO
As principais manifestações clínicas causadas pela overdose de metilfenidato
são: agitação, crise convulsiva, alucinações, psicose, letargia, tonteira,
taquicardia, hipertensão e hipertermia.

• PROCESSO DE RECUPERAÇÃO •
Agitação, delírio e crise convulsiva podem ser tratados com benzodiazepínicos.

Antipsicóticos são utilizados nos casos de alucinações.

Bloqueadores do canal de cálcio e antagonistas alfa-adrenérgicos são


recomendados para o controle da hipertensão.

Lavagem gástrica é preconizada nos casos de ingestão oral maciça.

TENÇÃO ATENÇ
ÃO ATENÇÃO
ATENÇÃO ATEN
ÇÃO ATENÇÃO
ATENÇÃO ATEN
ÇÃO ATENÇÃO
ATE
1 0
DEPENDÊNCIA
Seu uso não terapêutico na atualidade faz-se, em
grande parte, por estudantes e trabalhadores, como
forma de potenciar os seus desempenhos escolares e
laborais, conseguindo assim alcançar elevados níveis
de produtividade, e não para fins recreativos ou por
simples curiosidade, como acontece com outras
substâncias psicoativas.

O uso de substâncias psicoestimulantes como o MPH obtido de outras


formas que não por prescrição médica e sem monitorização é um motivo
de preocupação e um risco para a saúde, o que por sua vez influencia
drasticamente nos índices de dependência relacionados a tal fármaco.

1 1
FIRST VOLUME

METILFENIDATO
COMO DROGA DE ABUSO

DEPENDÊNCIA
Se utilizado de maneira desregrada e sem
orientação profissional, há grandes chances
do metilfenidato gerar uma dependência
química em quem o usa.

Tal quadro fica evidente na caixa do


metilfenidato que é envolvida com uma tarja
preta, a qual representa o potencial de
dependência do fármaco.

Por isso, o metilfenidato não pode ser


prescrito em receita médica comum, mas
sim na receita amarela, reservada para os
remédios estimulantes.

A fim de evitar o fenômeno da tolerância


(necessitar cada vez de doses maiores para
os mesmos efeitos), é imprescindível seguir
as doses prescritas pelo médico, não
aumentando por conta própria.

Dentre os possíveis sintomas de abstinência


do metilfenidato estão:

DORES DE CABEÇA FREQUENTES


NÁUSEAS
VÔMITOS
OSCILAÇÃO DO HUMOR

1 2
FIRST VOLUME

METILFENIDATO
COMO DROGA DE ABUSO

REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ABRIL. Metilfenidato: o que você precisa saber sobre esse medicamento.
Disponível em: <https://zenklub.com.br/blog/medicamentos/metilfenidato/>.
Acesso em: 4 dez. 2023.

PASTURA, G.; MATTOS, P. Efeitos colaterais do metilfenidato. Revista de


psiquiatria clinica, v. 31, n. 2, p. 100–104, 2004.

Disponível em:
<https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/5979/1/PPG_25865.pdf>. Acesso em:
4 dez. 2023.

1 3

Você também pode gostar