A Justiça Restaurativa vem sendo usada como alternativa ao modelo processual
convencional como forma de solução de conflitos.
A justiça restaurativa tem o foco sobre a conscientização das motivações de violência e conflitos que geram danos, relacionados a condições sociais, relacionais e institucionais, indo além da penalidade, buscando um processo educativo para reparar o dano. Ela é estabelecida através de um agregado sistêmico e ordenado de atividades próprias, técnicas e princípios. Essa prática busca o diálogo orienta pela escuta criativa e sensível entre os envolvidos na situação conflitante, vendo o grau de importância entre cada um, seja a vítima ou o ofensor ou a própria comunidade, possibilitando uma prevenção ao crime, com uma reincidência menor, trazendo uma responsabilização maior com relação ao delito. A prática restaurativa não é realizada pelo juiz e sim o mediador, que tem que ter formação jurídica, podendo ser por exemplo um assistente social. Nesse ambiente busca-se uma solução que seja aceitável e o apoio do mediador está no nível de reparação de danos. Essa prática ajuda a: desafogar o poder judiciário; economiza custos processuais para as partes participantes; alcança pacificação das relações sociais; estimula o diálogo direto, possibilitando ambas as partes expressarem suas necessidade e sensações; construção de um consenso buscando um novo sentido dos fatos; repensando a reintrodução do ofensor; e no âmbito da juventude e adolescência é um significativo passo, visto que é excelente para o jovem reparar o dano, tendo suporte do estado para não voltar a cometer novamente o crime.