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UNIVERSIDADE GRANDE RIO

CURSO DE DIREITO

MATHEUS LEAL, MARCOS VINICIUS, ANTONELLA SUDRE, JORGE


GALVÃO, CAMILY GONÇALVES, ANA CAROLINE

PROCESSOS QUASE RESTAURATIVOS

RIO DE JANEIRO
2023

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A justiça restaurativa representa uma abordagem inovadora na gestão
de conflitos e na administração da justiça, afastando-se do enfoque tradicional
na punição para se concentrar na reparação dos danos causados e na
reconstrução das relações entre as partes. Diferentemente das práticas
convencionais, a justiça restaurativa procura fomentar o diálogo, a
compreensão mútua e a responsabilização, visando à cura social e à
prevenção de futuros conflitos.

Os processos restaurativos buscam reunir as partes impactadas por


crimes ou conflitos, oferecendo um ambiente seguro para a expressão de
sentimentos, necessidades e preocupações. Esses processos são uma forma
de justiça restaurativa que se concentra em resolver conflitos e reparar danos
sem a necessidade de um encontro face a face entre as partes envolvidas.
Eles podem incluir a mediação, a conciliação, a reunião familiar ou comunitária
(conferencing) e círculos decisórios (sentencing cicles).

Embora o termo “Processos Restaurativos” não seja amplamente


reconhecido, pode indicar estratégias que incorporam elementos da justiça
restaurativa sem aderir totalmente aos seus princípios. Isso poderia ser
interpretado como uma tentativa de integrar aspectos restaurativos em
contextos nos quais a implementação completa da justiça restaurativa pode ser
impraticável por razões práticas ou institucionais.

Podemos tentar entender o processo restaurativo através do seguinte


exemplo: Imaginemos que um infrator e uma vítima de um crime se encontram
com um mediador para discutir o que aconteceu e como reparar o dano
causado . Durante a reunião, o infrator pode se desculpar e a vítima pode
expressar como se sentiu e o impacto que o crime teve em sua vida . O
objetivo é que ambas as partes possam se comunicar abertamente e trabalhar
juntas para encontrar uma solução que seja satisfatória para ambas . O
processo é VOLUNTÁRIO e não há garantia de que a vítima e o infrator
chegarão a um acordo . No entanto, muitas vezes, o processo restaurativo
pode ajudar a vítima a se sentir ouvida e ajudar o infrator a entender o impacto
de suas ações.
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Por fim, é crucial destacar que a eficácia desses processos está
intrinsecamente ligada à disposição das partes envolvidas em participar
ativamente e assumir responsabilidades, o que reforça ainda mais a ideia da
voluntariedade dos envolvidos para que assim sintam de maneira verossímil
pelo impacto de suas ações. Ao enfatizar a comunicação aberta, a empatia e a
busca por soluções construtivas, tanto a justiça restaurativa quanto os
processos quase restaurativos buscam transcender o modelo punitivo
tradicional, promovendo uma abordagem mais holística e centrada nas
necessidades das vítimas, dos infratores e da comunidade como um todo.

FONTES:

https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/noticias/2019/maio/justica-restaurativa-
entenda-os-conceitos-e-objetivos

https://jus.com.br/artigos/20775/justica-restaurativa

https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2021/09/manual-sobre-programas-de-
justica-restaurativa.pdf

CNJ. Manual sobre Programas de Justiça Restaurativa. 2021. Disponível em: . Acesso
em 16 de novembro de 2023

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