Disciplina: Meios Consensuais de

Resolução de Conflitos

Profa: Mônica Mattos

Instagram: monica_mattos_mm_adv
E-mail: monica.mattos@ftc.edu.br
 O que é a Justiça Restaurativa?

É um novo modelo de justiça, diferente do convencional, que amplia o acesso à Justiça criminal, pautado no
equilíbrio de atendimento às necessidades das vítimas e da comunidade, bem como com a necessidade de
reintegração do agressor à sociedade.

ENVOLVIDOS/ STAKEHOLDERS: VÍTIMA / OFENSOR/ QQ INDIVÍDUO OU COMUNIDADE

AFETADA E A EQUIPE DE FACILITADORES

OBS: A anuência das partes se constitui em elemento essencial para a instauração do procedimento.
Objetivos da Justiça Restaurativa?

Restabelecer os laços rompidos pelo delito, promovendo a participação social, o respeito e a dignidade
entre as partes, com a mútua compreensão dos sentimentos, tornando a vida das pessoas envolvidas mais
tranquila e compensada pelos sofrimentos decorrentes do conflito. A resolução dos conflitos é percebida de
forma democrática, com ações construtivas que beneficiem a todos, resgatando a convivência pacífica no
ambiente afetado pelo conflito.

Instauração da Justiça Restaurativa

1. Os casos são identificados pelos Atendentes Judiciários, quando da queixa ou da recepção do Termo
Circunstanciado;
2. Análise de uma equipe interdisciplinar – emissão relatório a ser analisado pelo MP e pelo Juíz;
2. As pessoas envolvidas são consultadas pela equipe interdisciplinar e convidadas à participação no
procedimento restaurativo.
Aplicação da Justiça Restaurativa TJ/BA

O TJBA consolidou parcerias com o Governo do Estado, o MP, a DP e a Secretaria Ministério da Justiça,
celebrando Termos de Cooperação Técnica que objetivam a adoção de ações de implementação e ampliação
da Justiça Restaurativa.

O Núcleo Modelo de Justiça Restaurativa - Largo da Tanque - localizado na região da periferia de Salvador,
que abrange a jurisdição da 5ª e 6ª Varas do Sistema dos Juizados Especiais, incluindo os bairros do Bonfim,
Ribeira, Uruguai, Mares, Calçada, Liberdade, Retiro, San Martin, São Caetano, Fazenda Grande, Região
Suburbana, atingindo os subúrbios de Lobato, Coutos, Escada, Plataforma, Cabrito, Pirajá, Mal. Rondon,
Periperi, Paripe e Madre de Deus.
Aplicação da Justiça Restaurativa TJ/BA

O JECRIM (LEI 9099/95) é campo favorável para funcionamento deste novo paradigma da Justiça. No
âmbito das 5ª e 6ª Varas do Sistema dos Juizados Especiais, que contemplam delitos de menor potencial
ofensivo, a exemplos de:

- brigas entre vizinhos, lesões corporais, perturbações do sossego e da tranquilidade alheios, acidentes de
veículos, ameaças, constrangimentos ilegais, crimes contra a honra (difamação, injúria e calúnia), nem todos
os processos em tramitação são apropriados para a aplicação das práticas restaurativas, mas aqueles que
envolvam conflitos que traumatizam as partes a nível de suas relações pessoais e existenciais.
MISSÃO DA JUSTIÇA RESTAURATIVA

• Utilizar uma metodologia pluridisciplinar que possibilite vias adequadas de resolução do conflito
gerador do delito;

• Agir por meio da escuta compassiva, da mediação vítima – ofensor e dos círculos restaurativos de
consenso;

• Facilitar o entendimento entre os envolvidos;

• Prestar apoio à vítima;

• Promover a restauração e reparação da vítima, assim como a inclusão social do ofensor;

• Responsabilizar o ofensor pelos seus atos em relação à vítima e à própria comunidade.

 O Ideal Restaurativo como proposta de Justiça
Justiça Retributiva Justiça Restaurativa
DELITO Infração da Norma Conflito entre Pessoas
RESPONSABILIDADE Individual Individual e Social
Sistema Penal/
CONTROLE Sistema Penal
Comunidade
PROTAGONISTAS Infrator e o Estado Vítima e a Comunidade
PROCEDIMENTO Adversarial Diálogo
Resolver Conflitos; Assumir
Provar Delitos; Estabelecer
FINALIDADE responsabilidades; Reparar
culpas; Aplicar Castigos
o dano
TEMPO Baseado no passado Baseado no futuro

Fonte: Higy
 “A proposta da Justiça Conciliativa é transformar a
cultura da sentença em uma cultura do consenso, “da
paz”. Para isso, as partes, os seus respectivos
advogados, os operadores do Direito, em geral,
precisam acreditar, efetivar e dar vida aos ditames
legais que regulamentam a matéria.” (Mônica Mattos)

OBRIGADA !
Mônica Mattos
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