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MEDIAÇÃO JUCIAL –
CENTROMEDIAR
RELATÓRIO TEÓRICO
INTRODUÇÃO________________________________________________________3
2. DA LEGISLAÇÃO ATUAL................................................................................................5
5.1 SÍNTESE____________________________________________________________9
6.4 Escola de Mediação Circular Narrativa ou Mediação Sob viés Circular Narrativo_______10
8. CONFLITO_________________________________________________________13
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10. NEGOCIAÇÃO_____________________________________________________15
10.2 CONCLUSÃO_____________________________________________________18
17. O ACORDO_______________________________________________________26
CONCLUSÃO_________________________________________________________35
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS___________________________________________36
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INTRODUÇÃO
A mediação judicial emerge como uma ferramenta crucial na busca por soluções
consensuais, promovendo a agilidade e a humanização nos processos judiciais.
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1. DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
As políticas públicas são instrumentos utilizados pelo poder público para regular
e implementar a resolução de conflitos por vias alternativas, tais como a conciliação e a
mediação. No caso da justiça brasileira, foi entendido que a regulamentação desses
meios alternativos de resolução de disputas era necessária, uma vez que sua previsão
legal crescia desde a década de 1990 e que a sobrecarga processual no poder judiciário
continuava sendo agravada.
Optar por fórmulas diversas das não previstas exclusivamente na lei objetiva
alcançar resultados cuja justiça contenciosa resta incapaz de atingir. A implementação
de mecanismos processuais e pré-processuais no nosso ordenamento jurídico-
processual tem por finalidade complementar efetivamente o sistema instrumental.
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Ademais, o CNJ tem se empenhado em auxiliar os tribunais a treinar empresas
para que seus prepostos possam negociar de forma mais eficaz, contribuindo assim
para a disseminação da cultura de resolução alternativa de conflitos em nossa
sociedade.
2. DA LEGISLAÇÃO ATUAL
A Mediação e a Conciliação têm se tornado cada vez mais relevantes no cenário
jurídico do Brasil. O país tem avançado na regulamentação dessas práticas, tendo em
vista que podem oferecer resultados mais ágeis, econômicos e satisfatórios do que a
resolução de conflitos pelas vias judiciais tradicionais.
A principal norma que regulamenta os meios autocompositivos de resolução de
disputas é Lei 13.140/ 2015, promulgada pela então presidenta da república, Dilma
Roussef. A lei dispõe sobre a mediação como um meio de solução consensual de
controvérsias entre particulares e, sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da
administração pública.
A definição legal de mediação é "a atividade técnica exercida por terceiro
imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e
estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia". Desse
modo, se estabelece ainda que mediação deve ser um processo voluntário, realizado
de maneira imparcial por terceiro capacitado.
Outra norma essencial é Resolução nº 125/2010 do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), que dispõe sobre a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado
dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário. A resolução rege que os
tribunais devem implantar centros de conciliação e mediação, bem como criar núcleos
permanentes de métodos consensuais de solução de conflitos.
Além disso, na lei 13.105, ou Código de Processo Civil, há também a previsão
do uso de meios alternativos de resolução de disputas. Estabelece ainda o CPC, que o
juiz deve incentivar a utilização desses meios, podendo inclusive suspender o processo
por até 30 dias para que as partes possam buscar a solução consensual do conflito.
Ainda, em 2019, foi sancionada a Lei nº 13.994, que dispõe sobre a política
pública de resolução consensual de conflitos no âmbito da administração pública. A lei
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estabelece a obrigatoriedade de criação de setores de conciliação no âmbito dos órgãos
e entidades da administração pública federal, estadual, municipal e do Distrito Federal.
Observa-se diante disso um crescimento exponencial na importância dos meios
autocompositivos de solução de disputas e seu reconhecimento pelo ordenamento
jurídico brasileiro, que tem buscado estimular a mediação e conciliação como meio
alternativo e eficaz de resolução de conflitos. Cabe aos profissionais do direito e à
sociedade em geral conhecer e utilizar essas ferramentas para a promoção da justiça,
da pacificação social e, mesmo um avanço pessoal sobre como lidar com o conflito.
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A conciliação pode ocorrer dentro ou fora do processo judicial. Quando realizada
no âmbito judicial, pode ser incentivada em qualquer etapa do processo, podendo ser
conduzida por tribunais de segunda ou terceira instância.
Além disso, mister destacar que a conciliação, como a mediação, é regida por
princípios que estão disposto no artigo 166 do CPC e, são eles: independência,
imparcialidade, autonomia da vontade, confidencialidade, oralidade, informalidade e, a
decisão informada.
Esses métodos integram uma linha de pensamento que preza pelo bem-estar e
pacificação social; trata-se da linha da justiça restaurativa, cujo objetivo não se resume
a encerrar uma disputa judicial, mas sim preservar as relações entre as partes, restaurar
a paz e harmonia entre os integrantes da lide e prevenir novas desavenças. Se
apresenta como uma solução mais eficaz e permanente para o conflito.
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Os métodos de resolução de conflitos de maneira autocompositiva são
verificáveis em diversas culturas da antiguidade, como hebraica, chinesa, japonesa,
indiana, islâmica, cristã.
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entretanto, um instituto ainda órfão de regulamentação e uma efetiva e ostensiva
implementação.
5.1 SÍNTESE
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década de 1970, quando um grupo de professores da Harvard Law School começou a
estudar a resolução de conflitos. (FALECK, Diego. TARTUCE, Fernanda. Introdução
histórica e modelos de mediação. Disponível em
www.fernandatartuce.com.br/artigosdaprofessora)
Esse modelo apresenta uma importante inovação em relação aos anteriores pois,
com enfoque prospectivo, visa a modificação, ou evolução dos envolvidos para que
apreendam e possam futuramente empregar uma melhor comunicação, gestão
emocional e outras ferramentas de resolução de conflitos sem a necessidade de
interferência do poder judiciário. Essa abordagem prioriza e enfatiza a autonomia,
empoderamento além de reconhecer a existência de uma desigualdade de poder entre
as partes de uma disputa.
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que antecedem ou geram e retroalimentam a situação conflituosa. A partir da
compreensão de pontos de vista por todos os envolvidos é possível o entendimento
mútuo e a construção de uma solução colaborativa.
O estudo dos jogos – ou dinâmicas- considera para análise jogos como por
exemplo o poker, entre alguns dos elementos essenciais das dinâmicas entre indivíduos
o blefe e as inferências, ou seja, nas suposições de um indivíduo sobre o pensamento
e posicionamento de seu “adversário” ou parceiro de jogo na forma: “eu penso que você
pensa que eu penso que você pensa...” (Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Manual
de Mediação Judicial. Pág 62, Brasília, DF: CNJ, 2016)
Outro grande nome para a consolidação da teoria dos Jogos abordada pelo
curso foi John von Neumann, Professor de John Nash que com o advento do livro
"Theory of Games and Economic Behavior", publicado em 1944, de autoria de John von
Neumann e Oskar Morgenstern, desempenhou um papel fundamental ao sistematizar e
formular de maneira profunda os principais fundamentos teóricos nos quais a teoria dos
jogos foi construída. Sua publicação foi considerada pela American Mathematical
Society como responsável por estabelecer a própria afirmação da economia como uma
ciência exata. Antes desse trabalho, não havia sido encontrada uma base matemática
suficientemente coerente para fundamentar uma teoria econômica de forma consistente.
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perda de seu “adversário”, seria possível uma situação de vantagem mútua,
entendimento e satisfação entre os envolvidos na disputa. Essa combinação de
estratégias entre os participantes dos jogos tende a encontrar o melhor ponto de
satisfação entre os envolvidos, conforme:
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O dilema surge porque, embora a escolha racional para cada prisioneiro seja
trair o outro, já que isso pode levar a uma sentença mais leve, a melhor solução para o
conjunto deles seria a cooperação mútua, ou seja, permanecerem em silêncio. No
entanto, como eles não podem se comunicar, cada um teme que o outro o traia, levando-
o a enfrentar uma pena mais severa se escolher permanecer em silêncio.
8. CONFLITO
Conforme apreendido nas aulas e segundo a melhor doutrina, conflito pode ser
compreendido da seguinte forma resumida: uma dissonância entre interesses, condutas,
afetos de duas ou mais partes envolvidas que se manifesta de maneira agressiva.
(BOARDMAN, Susan; HOROTITZ, Sandra. Constructive conflict management and
social problems: an introduction Journal of Social Issues, v 30, p 1-12, 1994.)
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Parte essencial em relação a tratativa de conflitos é sua normalização,
reconhecendo sua inerência e inseparabilidade de relações humanas. O conflito nada
mais é do que um sintoma de desajustes em uma relação, podendo também vir a ser a
cura para a situação problemática original e ressignificação das relações e dos
obstáculos a partir de métodos eficazes de comunicação, como escuta ativa,
comunicação não violenta, e a transformação de aspectos negativos em positivos para
a construção prospectiva de uma relação melhor.
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O mapeamento do conflito e a identificação dos interesses desempenham um
papel crucial no processo de mediação. Por meio de perguntas estruturadas e uma
escuta ativa, o terceiro facilitador pode obter um entendimento mais profundo do conflito,
permitindo que as partes percebam as perspectivas e necessidades uns dos outros.
Com uma comunicação mais eficaz e a abertura para a construção conjunta de soluções,
há maiores chances de se alcançar um acordo satisfatório para todas as partes
envolvidas.
Apesar dos benefícios e avanços que essa sistemática oferece para orientação
de mediadores, o risco maior decorre da função Avaliadora atribuída a um terceiro
neutro, sendo que essa atividade seria mais bem atribuída a um terceiro julgador, como
seria o caso do próprio juiz ou de um arbitro constituído.
10. NEGOCIAÇÃO
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convívio social. Consiste, de maneira resumida, entre o encontro de pontos de vista,
posições ou interesses, a princípio, diametralmente opostos, mas, que por meio do
diálogo, concessões e reivindicações se pode estabelecer um ponto de interesse em
comum, ou, no mínimo, uma proposta exequível e menos prejudicial a ambas as partes.
Em um cenário ideal de negociação, ambas as partes saem com o maior benefício
possível e o menor prejuízo possível.
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um. É importante discutir as percepções de cada
parte. Esse é o caminho para tornar as propostas
compatíveis com os valores do outro. Uma vez que a outra
parte identifica em uma proposta o seu próprio ponto de
vista, o êxito é iminente. Por fim, outro conselho
fundamental é permitir que o outro lado participe da
formação do resultado. É importante que ambos se sintam
donos da ideia. Assim será mais fácil que ambos aceitem
eventuais concessões e considerem que não houve perda
significativa para ninguém.” (KAUFMANN, Marlonn.
Negociação: separe as pessoas do problema. São Paulo,
23 de julho de 2012. Disponível em: Negociação: Separe
as pessoas do problema | Marlon Kaufmann
(wordpress.com)/. Acesso em: 19 de maio de 2023.)
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O estilo apoiador é guiado pela associação com pessoas e grupos, e se destaca
pela cordialidade, ponderação e paciência. Porém, pode ser dissimulado,
excessivamente complacente e apresentar resistência passiva.
Por fim, o estilo analítico é guiado pela segurança e se caracteriza pela precisão,
organização e busca pela perfeição. No entanto, pode ser teimoso, detalhista, maçante
e evasivo, dificultando a tomada de decisões.
10.2 CONCLUSÃO
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forma a não ficarem tão separadas a ponto de se criar uma
divisória entre eles.
12.PARTES NA CONCILIAÇÃO
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muitas vezes diferem das posições adotadas pelas partes. Além disso, deve-se ressaltar
o dever de confidencialidade a qual o conciliador está obrigado e, que o objetivo principal
é o diálogo, não havendo a obrigatoriedade de se atingir um acordo.
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A mediação incorpora várias técnicas fundamentais em seu processo, cada uma
desempenhando um papel essencial na facilitação do diálogo entre as partes envolvidas.
Essas técnicas incluem:
Escuta Ativa: A escuta ativa é uma técnica que incentiva as partes a ouvirem
atentamente uma à outra, permitindo a expressão genuína de emoções. Valoriza a
necessidade de expressão e compreensão mútua, em contrapartida à imposição de
conselhos, que muitas vezes é percebida como uma tentativa de domínio.
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criação de um ambiente propício para a comunicação aberta e na identificação de
soluções mutuamente aceitáveis.
1. Fase de Preparação
2. Sessão de Abertura
4. Resumos
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Os resumos são ferramentas importantes usadas para acompanhar o progresso
da mediação. São realizados em diferentes momentos ao longo da sessão, geralmente
após cada intervenção das partes. Os resumos permitem verificar o que já foi discutido,
identificar as principais questões em pauta e os interesses subjacentes. Eles contribuem
para manter o foco e a organização do processo de mediação.
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com um pedido de desculpas sincero é capaz de apaziguar esse ânimo pelo
enfrentamento.
3. Afago. O afago é particularmente útil pois ele reconhece o “valor”
atribuído a pessoa e a seu posicionamento, bem como estimula um comportamento que
venha a ser adequado para a boa gestão da sessão de mediação. É uma das
ferramentas mais importantes para a aceitação pois, não apenas estimula um
comportamento “adequado” como também serve de convite para a colaboração com a
mediação. Um exemplo de uma boa aplicação de afago seria o reconhecimento da
inteligência da parte ajustada com a sugestão de que a solução mais “inteligente”,
prática e menos dolorosa da situação conflituosa se daria por meio do diálogo e não
pela disputa.
4. Silêncio. Essa ferramenta é muito valiosa pois permite tanto a
observação do mediador quanto propicia o estímulo para que uma ou ambas as partes
falem e se abram, sem a necessidade de que seja feita uma pressão verbal. O silencio
possui o efeito psicológico de que as pessoas falem mais; que desejem preenchê-lo.
5. Sessões privadas. São o momento destinado a expressão individual de
sentimentos, situações e dores que não se sintam à vontade falando com a parte oposta.
Muitas vezes existe até mesmo o medo de que o que possam falar desencadeie nova
discussão, atrito ou agressão e, essas sessões privadas permitem ao mediador ou
conciliador compreender melhor os dois lados e saber como tratar melhor cada um.
Lembrando que a comunicação e conteúdo de uma sessão privada a outra parte deve
ser dado expressamente pelo mediando.
6. Inversão de Papéis. Essa ferramenta visa o estabelecimento de um
olhar empático. Levanta a questão: “se você estivesse no lugar da outra pessoa, como
se sentiria?”. É uma ferramenta particularmente eficaz para ajudar a ultrapassar
barreiras e bloqueios emocionais, quando as posições adotadas são notadamente
“autocentradas”.
7. Geração de Opções. Essa ferramenta, mais restrita a conciliação, não
deve induzir ou coagir as partes a um acordo, mas viabiliza o oferecimento de sugestões
de como resolver a questão, mais com o intuito de inspirar as partes sobre formas de
resolução do que decidir o melhor método.
8. Normalização. Essa ferramenta visa diminuir o estranhamento sobre as
posições, opiniões e sentimentos das partes pois o intuito é aproximá-las do diálogo ao
invés de repelir, recriminar e julgar condutas como certas ou erradas.
9. Organizações de Questões e Interesses. Essencial a utilização dessa
ferramenta para que se tenha a clareza do que está sendo discutido, negociado, qual o
direito envolvido e qual a vontade de cada uma das partes, mesmo as implícitas.
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10. Enfoque prospectivo. Trata-se de uma abordagem direcionada ao
futuro. Reconhecendo o passado como imutável, o ideal é apostar no presente e no
futuro para a possibilidade de reparação ou obtenção de soluções. O passado deve ser
usado a título de esclarecimento, mas é “de aqui para a frente” que serão alcançadas
soluções para o problema.
11. Teste de Realidade. Essa ferramenta de maneira simplificada significa
que o mediador deve buscar uma reflexão realista das partes sobre as sugestões
criadas para verificar a exequibilidade do acordo.
12. Apresentar perguntas orientadas para soluções. Essencial na
mediação, pois, reitera o caráter prospectivo da mediação distanciando dos problemas
originários do litígio, das preocupações e perspectivas das pessoas em disputa, traz os
envolvidos a uma busca conjunta para a solução do conflito.
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Competência: O mediador deve possuir as habilidades, conhecimentos e
experiência necessários para conduzir eficazmente o processo de mediação,
assegurando um ambiente profissional e eficiente.
17. O ACORDO
O acordo, tido muitas vezes como o cerne da resolução de conflitos é
considerado o indicador principal de se uma mediação foi ou não frutífera, mas sua
inexistência de forma alguma representa fracasso da mediação, cujo principal objetivo
e metodologia é reestabelecer o diálogo, diferente da conciliação, cujo objetivo principal
é o próprio acordo
Ainda assim, o acordo é e costumar ser a maneira mais ágil e eficaz de resolução
do conflito, dando início ao fim das disputas.
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A mediação é, por natureza, um processo orientado para o acordo. Contrapondo-
se aos métodos judiciais, ela enfatiza a colaboração e a autonomia das partes na
construção de soluções personalizadas.
O acordo, uma vez elaborado com a presença de todos e com o auxílio dos
advogados, visando pela legalidade do documento, não é apenas uma solução imediata,
mas um instrumento para a resolução duradoura de conflitos. Estratégias são
exploradas para manter a sustentabilidade do acordo ao longo do tempo.
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uma relevante função em nossa sociedade, conforme, inclusive, estabelece o artigo 2º,
Parágrafo primeiro do estatuto da advocacia.” (REVISTA BRASILEIRA DE
ARBITRAGEM, edição nº 62, link de acesso: https://cursomediacao.com.br/wp-
content/uploads/2021/01/A-NECESSIDADE-DE-PREPARACAO-DO-ADVOGADO-
PARA-O-AVANCO-DA-MEDIACAO-NO-BRASIL-1.pdf)
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19. DADOS ESTATISTICOS DO CNJ
O presente capítulo mergulha nas estatísticas fornecidas pelo Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) para proporcionar uma compreensão profunda do estado
atual da mediação no sistema judiciário brasileiro. Analisaremos os dados mais recentes,
extraindo insights sobre a eficácia, a abrangência e o impacto da mediação como um
método alternativo de resolução de conflitos.
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brasileira/#:~:text=Os%20dados%20entre%20novembro%20de,ficou%20em%202%2C
9%25\>. Acesso em: 10, janeiro de 2024.)
No âmbito do artigo 334 do CPC, 8.912 audiências foram designadas, das quais
6.307 foram realizadas. Desse total, 1.309 acordos foram homologados, representando
um valor de R$ 33.096.888,65.
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éticos como por exemplo a confidenciabilidade, sendo a mediação um processo restrito
as partes envolvidas salvo as exceções de cometimento de crime ao longo da sessão.
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20.1 EXEMPLO PRÁTICO DE DECLARAÇÃO DE ABERTURA
Bom dia, meu nome é Diogo Henrique Lemos. Os senhores podem me chamar
pelo primeiro nome. Quero dar as boas-vindas a vocês a essa sessão de mediação.
acompanharei vocês como mediador dessa sessão. Sou advogado, mas afirmo a vocês
que minha profissão não vai interferir em nossa conversa. Estou aqui como um
facilitador do diálogo entre vocês, minha função não é julgar, mas sim, ajudar para que
tenhamos uma sessão produtiva para ambos os lados. Confirmando os nomes, Senhora
Maria da Silva e Senhor José da Silva, estou certo? Como os senhores preferem ser
chamados?
É a primeira vez de vocês em uma mediação? Muito bem, vou explicar a vocês
o nosso modo de trabalho. Primeiramente, quero informar a vocês que tenho formação
e experiencia na área da mediação e estou aqui por livre e espontânea vontade porque
acredito na mediação como a melhor forma de solucionar falhas na comunicação e
resolver as diferenças de maneira pacífica.
Quero frisar com os senhores de que não houve nenhuma reunião prévia entre
mim e algum de vocês anterior a esse nosso encontro. Sei muito pouco sobre o que os
trouxe aqui, li brevemente os autos, mas, quero ouvir de cada um dos envolvidos o que
os trouxe aqui, o conflito e os interesses que buscam. Vou permanecer imparcial ao
longo de todo o processo e tudo que aqui tratarmos é de natureza confidencial, desse
modo, não comentarei com ninguém o que for dito entre as partes, portanto sintam-se
à vontade para falar abertamente e com sinceridade.
O nosso trabalho aqui não é decidir quem está certo, quem está errado, mas sim,
entender as motivações e o conflito que os trouxe aqui hoje. Não sou juiz, nem estou
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aqui para obrigar vocês a tomarem uma decisão, decidir por vocês ou pressionar para
que cheguem a algum acordo.
Cada um de vocês vai ter o momento para explicar sua posição sem interrupções
e depois disso, vamos trabalhar de modo a construir juntos uma solução e alternativas
para as questões enfrentadas nessa sessão.
Quero deixar claro a vocês que o resultado desse nosso encontro depende da
vontade de vocês e não temos a obrigação de chegarmos a um acordo.
Nosso primeiro passo para iniciar essa conversa da melhor maneira é ouvir cada
um de vocês sobre a situação que os trouxe aqui. Vou fazer perguntas para que
possamos melhor entender suas preocupações e seu ponto de vista. A partir desse
momento, vamos então orientar que se concentrem no futuro para resolver a situação
pendente e encontrarmos maneiras de prevenir a repetição desse problema no futuro,
garantindo uma melhor interação entre vocês daqui para a frente.
Para que possamos trabalhar de maneira efetiva, tem algumas diretrizes que
vamos utilizar.
Cada um de vocês terá um momento para falar. Peço que enquanto uma parte
fale, a outra escute atentamente e que o tempo de fala seja respeitado, de modo que
cada um de vocês consiga expor tudo que precisa sem ser interrompido ou interrompida.
Vocês concordam em evitar interromper quando a outra parte estiver falando? Vou
fornecer a vocês papel e caneta para que possam tomar nota enquanto ouvem a outra
parte, seja de um fato que antes era desconhecido a vocês, seja de algum ponto que
acreditam que a outra parte precisa de esclarecimento.
Reitero com vocês nossa diretriz de confidencialidade. Tudo que aqui for
conversado diz respeito somente aos envolvidos e assumo aqui o compromisso de não
falar sobre os assuntos tratados ao longo da mediação com terceiros.
Durante o processo, pode ser que seja interessante uma conversa individual com
uma ou outra parte. A isso chamamos de sessão privada ou individual. Caso surja essa
necessidade, fiquem certos de que tudo que for confiado ao mediador será mantido em
sigilo.
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Alguma dúvida sobre o processo? José, você deu entrada no processo certo?
Pode nos contar o que o trouxe aqui hoje? Peço a Maria que por gentileza escute o que
José tem a dizer e em seguida você terá também a oportunidade de falar, certo?
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CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA:
https://www.migalhas.com.br/depeso/327739/mediacao--a-ferramenta-
salvadora-do-seculo-xxi--vinte-e-um
https://www.mediacaonline.com/blog/o-que-e-mediacao-entenda-
mediacao-em-5-
passos/#:~:text=As%20partes%20s%C3%A3o%20as%20protagonistas,media%C
3%A7%C3%A3o%20e%20o%20seu%20resultado. Acesso em:13 de outubro de
2023
https://direitoreal.com.br/artigos/a-sessao-de-mediacao-organizacao-do-
ambiente Acessado em 13 de outubro, 2023
http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12368
https://www.cnj.jus.br/estudos-apresentam-dados-sobre-eficiencia-do-
uso-mediacao-e-conciliacao-na-justica-
brasileira/#:~:text=Os%20dados%20entre%20novembro%20de,ficou%20em%202
%2C9%25\>. Acesso em: 10, janeiro de 2024.
PÁGINA 36
https://www.tjsp.jus.br/Download/Conciliacao/SemanaNacionalConciliaca
o_2022.pdf?d=1704905582936
PÁGINA 37