Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Você deve estar cansado de escutar coisas como ―Ah, fulano fez aquilo só como
estratégia de marketing‖ ou ―É tudo jogada de marketing.‖. Ou ler em algum canto que
a empresa tal gastou milhões de reais em marketing, mas nunca explicando o conceito
de marketing.
A verdade é que há muita confusão sobre o que seja marketing, sua real utilidade e,
até, em relação ao seu caráter.
Para começar uma boa defesa, pode-se dizer: marketing não é ―algo‖ bom ou ruim,
não tem personalidade nem vontade própria, e por isso não deveria ser acusado tão
frequentemente pelo mau uso que fazem dele.
A verdade é que, algumas vezes, certos profissionais fazem uso indevido do marketing
e a culpa é transferida para ele.
É como se, por exemplo, numa eleição, determinado candidato fosse ―vendido‖ pelos
seus assessores como algo maravilhoso, honesto e competente, e logo depois das
eleições o sujeito mostrasse que nada daquilo que falaram dele é verdade. De quem é
a culpa, do candidato ou de seus assessores, que em busca da eleição prometeram e
mentiram (ou omitiram) as verdades sobre o sujeito?
Para reforçar esse raciocínio, acompanhe ainda a seguinte analogia: uma espingarda
pode ter várias utilidades, como servir para caçar — e com isso matar a fome de
várias pessoas, para proteção de uma propriedade, ou para a prática de esportes.
Se alguém faz uso da arma para o crime, a culpa não pode ser transferida para a
espingarda, mas sim para quem fez mau uso dela.
Então, expiadas as culpas do marketing, vamos entender como ele pode ser definido.
Segundo Kotler (1994, p. 25), um dos mais respeitados autores da área,
Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que
necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com
outros.
A American Marketing Association, de acordo com Kotler e Keller (2013, p. 3), oferece
a seguinte definição: ―o marketing é a atividade, o conjunto de conhecimentos e os
processos de criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para
consumidores, clientes, parceiros e sociedade como um todo‖.
Agora, se ao invés de comer arroz com feijão e carne, eu desejasse algo mais
sofisticado, mais elaborado? E ao invés de água para beber, eu preferisse alguma
coisa com ―mais sabor‖, como um refrigerante, um suco, um espumante ou uma
cerveja importada? E para vestir? Não seria bom poder usar roupas de uma grife tal,
reconhecida pelas belas roupas que produz? Se você entendeu o que quero dizer,
saiba que se está tratando da realização de desejos, ou seja, algo mais elaborado que
as necessidades. E é aí que as ações e estratégias de Marketing podem entrar e atuar
junto aos consumidores. Necessidade de comunicação, por exemplo, todo mundo tem,
mas se será via sinal de fumaça, telégrafo, carta, e-mail ou smartphone de última
geração, aí é o consumidor que vai decidir e o profissional de marketing influenciar.
Não nos esqueçamos que vivemos numa sociedade de consumo exacerbado, somos
ensinados, desde pequenos, a consumir mais e mais sempre. Muitas vezes, pessoas
são julgadas pelo que elas têm e não pelo que elas são. Assim, alguns bens que até
pouco tempo eram tratados como supérfluos, hoje fazem parte do dia a dia de todos
nós.
Quer um exemplo? Vivemos anos e anos bem sem o celular, não é verdade? Hoje,
porém, a maioria de nós ―incorporou‖ de tal forma o celular que, quando esquece em
casa ou o celular fica sem bateria, sentimo-nos perdidos, sem rumo, sem saber como
entrar em contato com o ―mundo‖.
Faça a atividade no caderno, iremos corrigir e verificar quem a fez na próxima aula.
Esta atividade vale dois pontos.