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Apostila de Física 35 – Reflexão da Luz –

Espelhos Esféricos
1.0 Definições
Um plano, ao cortar uma superfície esférica, divide-a em 2 partes calotas de
calotas esféricas.
Espelho esférico – Uma calota esférica, sendo sua superfície refletora.
Superfície refletora interna – Espelho côncavo.
Superfície refletora externa – Espelho convexo.

Centro da curvatura do espelho – Centro da superfície esférica da calota.


Raio da curvatura do espelho – Raio da superfície esférica da calota.
Vértice do espelho – Pólo da calota esférica.
Eixo principal do espelho – Reta que passa no centro da curvatura e no vértice
do espelho.
Eixo secundário do espelho – Reta que passa no centro da curvatura, mas não
pelo vértice do espelho.
Abertura do espelho – ângulo plano determinado pelos eixos secundários que
passam pelos pontos diametralmente opostos do contorno do espelho.
Plano frontal – Qualquer plano perpendicular ao eixo principal.
Plano meridiano – Qualquer plano que contém o eixo principal.

Os raios de luz estão situados no mesmo plano meridiano.


Todo raio de luz que incide sobre o espelho, numa direção que passa pelo centro
da curvatura, reflete sobre si mesmo.
Ponto autoconjugado – Ponto que é ao mesmo tempo objeto e imagem.
Espelhos esféricos convexos apresentam um campo visual maior do que os
espelhos planos, em condições iguais.
Espelhos côncavos são usados como lente de aumento.
2.0 Espelhos Esféricos de Gauss
Espelhos esféricos apresentam imagens sem nitidez e deformadas.
Condições de Gauss para a obtenção de imagens com maior nitidez e menores
deformações – Os raios incidentes sobre o espelho devem ser paralelos ou pouco
inclinados em relação ao eixo principal e próximos dele.
Espelhos esféricos de Gauss – Espelhos esféricos que obedecem a condições de
nitidez de Gauss.

3.0 Focos de Espelhos Esféricos de Gauss


Foco principal do espelho esférico:
Situado no eixo principal.
Situado no ponto médio do segmento entre o centro da curvatura e pelo
vértice do espelho.
Foco secundário – Situado no eixo secundário.
Os focos principal e secundário pertencem a um plano frontal chamado de plano
focal.

3.1 Espelhos Côncavos

Um feixe de raios paralelos, ao incidir paralelamente ao eixo principal no


espelho esférico, origina um feixe refletido convergente.
Um feixe de raios paralelos, ao incidir paralelamente ao eixo secundário no
espelho esférico, origina um feixe refletido convergente.
Foco principal – Real.
Interseção efetiva.

3.2 Espelho Convexo

Um feixe de raios paralelos, ao incidir paralelamente ao eixo principal no


espelho esférico, origina um feixe refletido divergente.
Um feixe de raios paralelos, ao incidir paralelamente ao eixo secundário no
espelho esférico, origina um feixe refletido divergente.
Foco principal – Virtual.
Interseção de prolongamento.
4.0 Propriedades dos Espelhos Esféricos de Gauss
Todo raio de luz que incide paralelamente ao eixo principal é refletido numa
direção que passa pelo foco principal.

Todo raio de luz que incide numa direção que passa pelo foco principal é
refletido paralelamente ao eixo principal.

Todo raio de luz que incide numa direção que passa pelo centro da curvatura é
refletido sobre si mesmo.

Todo raio de luz que incide sobre o vértice do espelho é refletido simetricamente
em relação ao eixo principal.

5.0 Construção Geométrica de Imagens


Real – Imagem na frente do espelho.
Virtual – Imagem atrás do espelho.
Direita – Ambos estão no mesmo semiplano determinado pelo eixo principal.
Invertida – As imagens estão em semiplanos opostos.
5.1 Espelho Côncavo

A imagem geométrica do espelho depende da distância entre o objeto e o


espelho.
Objeto além do centro de curvatura:

Real, Invertida, Menor

Objeto no centro de curvatura:

Real, Invertida, Mesmo tamanho

Objeto entre centro de curvatura e o foco:

Real, Invertida, Maior

Objeto no plano focal – Imagem ao infinito:

Imprópria
Objeto entre o foco e o vértice do espelho:

Virtual, Direita, Maior

Conclusões:
Imagem real de um objeto real – Invertida.
Imagem virtual de um objeto real – Direita.
O elemento que estiver mais próximo do espelho será menor.

5.2 Espelho Convexo

A imagem geométrica do espelho independe da distância entre o objeto e o


espelho.

Virtual, Direita Menor

6.0 Estudo Analítico dos Espelhos Esféricos


6.1 Referencial de Gauss

Sistema que constitui o referencial de Gauss:


Origem – Vértice do espelho.
Eixo das abscissas – Eixo principal, com sentido contrário ao da luz
incidente.
Eixo das coordenadas – Direção perpendicular ao eixo principal com
sentido ascendente.
Objetos e imagens reais – Abscissas positivas.
Imagens virtuais – Abscissas negativas.
Foco principal dos espelhos côncavos – Positivo.
Foco principal dos espelhos convexos – Negativo.
A abscissa ‘f’ é denominada distância total do espelho:

O extremo A do objeto e o extremo A’ da imagem são representados por


coordenadas:
A = (p, o)
A’ = (p’, i)
Se i e o possuem o mesmo sinal – Imagem direita em relação ao objeto.
Se i e o possuem sinais contrários – Imagem invertida e reação ao objeto.

6.2 Equação de Gauss

Equação dos pontos conjugados:

O raio da curvatura é o dobro da distância focal do espelho:

6.3 Aumento Linear Transversal

Por definição, o extremo A do objeto é a relação entre i e o, que também pode


relaciona-se com as abscissas p e p’:

A > 0:
i e o possuem o mesmo sinal.
p e p’ possuem sinais opostos.
Imagem direita e virtual.
A < 0:
i e o possuem sinais opostos.
p e p’ possuem o mesmo sinal.
Imagem invertida e real.
O aumento linear transversal também pode ser expresso pela expressão:

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