Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Recurso interposto contra sentença definitiva ou com Pedir reexame ao Tribunal de sentença
força de definitiva (decisões interlocutória mistas definitiva ou com força de definitiva
terminativas não impugnáveis por ReSE), possui caráter
residual – ex.: restituição de coisa apreendida - da
decisão que conceder ou não a restituição da coisa.
Ø Hipóteses: art. 593, inciso I (Juiz Vara Criminal), inciso II (desde que não seja
caso de RSE) e inciso III (Tribunal do Júri) e art. 82 da lei 9099/95 (outras
características)
Ø Prazo: 5 dias para interposição e 8 dias para razões (arts. 600, caput e 600
parágrafo 4°);
Ø Julgamento: TJ, TRF, Turma Recursal;
Ø Art. 593, III, a/d: anula o julgamento anterior, marca novo julgamento.
Cabimento:
a) - inclui absolvição sumária (art. 416 e art. 398, do CPP, esta no procedimento ordinário);
b) - decisões definitivas que julgam o mérito de determinada questão, sem absolver ou condenar (do
pedido especifico, por exemplo, no pedido de restituição, se cabe ou não restituição; decisão que
indefere pedido de justificação etc.)
c) - decisões com força de definitiva ou interlocutória, no caso de não cabimento de recurso em sentido
estrito. Não julgam o mérito, mas encerra a relação processual (interlocutória mista terminativa) que
remete ao juízo cível as partes, que autorizam ou não o levantamento do sequestro, decisão de
impronúncia (alteração dada pela Lei 11.689/08, art. 416, CPP);
Decisões do Tribunal do Júri:
Hipótese de cabimento:
• Nas três primeiras hipóteses, se o Tribunal der provimento ao recurso, rescinde a decisão,
isto é, o acórdão substitui a decisão.
• Na quarta e última hipótese, se o Tribunal der provimento ao recurso, ele cassa a decisão
anterior e determina novo julgamento.
• O Tribunal não pode substituir a decisão dos jurados. Se no segundo julgamento os jurados
mantiverem a decisão, respeita-se a soberania dos veredictos.
Prazo para a vítima apelar:
a) O recurso ministerial em favor do réu, contudo, não deve ser conhecido se este apelou
tempestivamente, pois seria inócuo dois recursos em relação ao mesmo acusado, visando a
idêntica finalidade.
b) O Ministério Público não pode apelar nas ações penais de iniciativa privada em que o
querelante foi absolvido, o mesmo não ocorre em se tratando de ação penal privada subsidiária
da pública
Réu e o defensor - O réu poderá apelar, desde que seja parte sucumbente, tendo contra
si uma decisão desfavorável, mesmo nos caso em que for revel, atendidos os
pressupostos.
a) Em caso de sentença absolutória , há também interesse, desde que esta lhe traga
reflexos civis negativos.
a)- Ampla: pois devolve ao tribunal toda a matéria já decidida pelo juiz a quo;
b)- Residual: cabe quando não for possível o RESE;
c)- Delimitativa: no ato da interposição, de acordo com a Súmula 713 do STF “O efeito devolutivo
da apelação contra as decisões do júri é adstrito aos fundamentos da sua interposição”.
Prazo: o prazo é de 5 dias, se tratar do JECrim o prazo para interposição é de 10 dias;
Início do prazo: intimação da sentença;
a) principal - nos crimes de ação pública, a parte principal é o Ministério Público, razão pela qual
tem ele a preferência para apresentar apelação, denominada principal, em caso de sucumbência nos
processos do juiz singular ou do júri.
b) secundária ou supletiva - quando interposta pelo ofendido ou por qualquer das pessoa
enumeradas no art. 31, CPP
Assistente: há dois posicionamentos, a primeira corrente sustenta que o prazo varia, conforme
esteja ou não habilitado.
Se habilitado: em 5 dias;
Se não habilitado: 15 DIAS, após o termino do prazo do Ministério Público.
Forma: petição ou termo
Razões: No crime - oito dias;
Obs.: a apelação por termo é aquela desprovida de rigor formal, bastando que o
apelante revele o seu inconformismo com a decisão, demonstrando o desejo do
recurso. O próprio réu pode apelar por termo, não se exigindo capacidade postulatória
para esse procedimento, o que será necessário para a apresentação das razões.
b)- intimação do apelante: para oferecer razões ou, se preferir, pode arrazoar em 2ª instância, nos termos
do art. 600, § 4º, do CPP (o que deve ser mencionado na interposição), no tribunal ad quem será aberto
vista para as razões e contrarrazões);
a) O recurso é dirigido ao Tribunal, mas o juízo a quo faz o juízo de admissibilidade. Se o juiz não
receber a apelação cabe recurso em sentido estrito. Se o juiz também não receber o recurso em
sentido estrito, cabe carta testemunhável.
a) Apelação sumária: quando a pena aplicada for pena de detenção: vista ao procurador de Justiça para
parecer em cinco dias; para o relator cinco dias que pede dia para julgamento; anúncio do julgamento
pelo Presidente – pregão; exposição do relatório pelo relator; sustentação oral por 10 minutos,
julgamento por maioria de votos, com publicação do respectivo acórdão.
b) Apelação ordinária: se pena de reclusão: vista ao procurador de justiça para parecer em dez dias,
relator em dez dias para relatório; revisor em dez dias faz revisão e pede dia para o julgamento;
anúncio do julgamento pelo presidente da câmara; exposição do relatório pelo relator sustentação oral
por 15 minutos; julgamento por maioria de votos, com publicação do acórdão;
Normas complementares sobre julgamento de apelação serão estabelecidas nos regimentos internos
dos tribunais de cada estado. Se houver empate de votos no julgamento dos recursos, o presidente dará o
voto de desempate, se já proferiu, prevalecerá à decisão mais favorável ao réu.
Necessidade de prisão para apelar:
O art. 594 do CPP foi revogado, não mais necessita do réu recolher-se a prisão para apelar ou, então,
prestar fiança. Pode o juiz ordenar a sua prisão, mas não pode condicionar a apelação á prisão.
Deserção da apelação: é a chamada extinção anormal da apelação (art. 595 do CPP).
Devolutivo: devolve a matéria já decidida para reexame pelo Tribunal. Cabe ao recorrente
delimitar na interposição o limite da impugnação, sob pena de a apelação ser considerada plena.
Suspensivo: sentença condenatória tem efeito suspensivo, caso o réu esteja preso e a sentença
seja absolutória deve ser posta em liberdade imediatamente, pois não existe efeito suspensivo
para Sentença absolutória.
Extensivo: quando o corréu apelar, pode a apelação beneficiar os demais, desde que não
fundado em circunstâncias pessoais.
REFORMATIO IN PEJUS
• A vedação da Reformatio In Pejus - Art. 617, CPP - quando a apelação é exclusiva do réu,
o Tribunal não pode agravar a sua situação.
• Reformatio in pejus indireta - anulada uma sentença condenatória em recurso exclusivo do
réu, pode o juiz fixar pena maior ?
• Não, não pode. Se pudesse o réu estaria sendo prejudicado por um recurso dele.
• Indo o réu a novo Júri, pode o juiz fixar pena maior ?
• Resp.: Há polêmica. A melhor posição diz que se o Ministério Público concordou com a pena
anterior, o juiz não pode aplicar pena maior, mas desde que o julgamento seja o mesmo.
REFORMATIO IN MELIUS
Quando o apelo advém exclusivamente da acusação, em tese , Tribunal pode de ofício melhorar
a situação do réu, uma vez que não há qualquer restrição imposta pelo art. 617, CPP. O STF diz
que não. Os demais Tribunais dizem sim. Para o concurso devemos dizer que sim, em duas
hipóteses:
1. o Tribunal pode conceder ao réu algo mais favorável do que ele pediu;