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TESTE DO OLHINHO
O que ele avalia?
Reflexo VERMELHO
A qualidade dos meios transparentes dos olhos
o Qualquer patologia ocular que determine obstrução no eixo visual ou opacidade dos meios
Glaucoma e catarata congênitos, opacidades congênitas da córnea, tumores intraoculares grandes,
inflamação intraoculares importantes ou hemorragias intravítreas
Quando e como fazer?
Primeiras 24 horas de vida
Oftalmoscópio 40 a 50 cm de distância, incidindo em ambos os olhos ao mesmo tempo
E se alterado?
Encaminhar ao oftalmologista
Seguimento
Deve ser repetido em toda a consulta de puericultura até os 2 anos e 1 vez ao ano entre 3 a 5 anos
de vida
TESTE DA ORELHINHA
O que ele avalia?
Detecção precoce de perda auditiva congênita
Como fazer?
EOAE (Emissões otoacústicas evocadas)
o Avalia apenas sistema pré-neural (Condução e cóclea)
o Primeiros dias de vida até 1 mês de vida
o Vérnix ou secreções no canal auditivo Falso positivo
o Se alterado Repetir antes dos 3 meses de vida
o Se novamente alterado PEATE
o Se novamente alterado Novo PEATE em 30 dias
PEATE ou BERA
o Avalia o anterior + perdas audivitivas retrococleares
o Em quem?
História família de surdez congênita
Anomalia craniofaciais
Síndromes genéticas
TORCHS, sepse/meningite neonatal
Hemorragia intraventricular
Convulsões ou doenças neurológicas no período neonatal
Permanência em UTI > 5 dias
Peso ao nascer < 1500 g
Uso de ventilação assistida
Exposição a drogas ototóxicas (Aminoglicosídeos e diuréticos de alça)
Hiperbilirrubinemia importante (RNT > 15 // RNPT > 12)
Anóxia perinatal grave (Apgar < 4 no 1 minuto / < 6 no 5 minuto)
o Se alterado Repetir em 30 dias
o Se novamente alterado Encaminhado para atendimento clínico e audiológico
o Falso positivo Imaturidade do sistema nervoso até 4 meses de vida
Se perda auditiva confirmada
o Atendimento antes dos 6 meses
TESTE DO PEZINHO
O que ele avalia?
Fase I – Fenilcetonúria + hipotireoidismo congênito
Fase II – Doença falciforme
Fase III – Fibrose cística
Fase IV – Hiperplasia adrenal congênita + deficiência de biotinidase
Quando e onde colher?
Punção na lateral do calcanhar, amostra de sangue em papel-filtro
> 48 horas até 28 dias de vida – Idealmente 3 a 5 dia de vida
Prematuros:
o Sangue venoso periférico
o 3 amostras:
1 ao nascimento ou logo a admissão em UTI neonatal
2 entre 48 a 72 horas de vida
3 aos 28 dias de vida ou a alta hospitalar
Em caso de RNs que receberam transfusão sanguínea repetir em 120 dias
Doença Janela ideal FALSO positivo FALSO negativo
Fenilcetonúria 48 h de Nutrição parenteral Coleta precoce
amamentação Hepatopatias Trans. sangue
Imaturidade hepática ECMO
Fenilcetonúria
Erro inato do metabolismo, autossômico recessivo
Incapaz de metabolizar fenilalanina (Proteínas – Carne, leite, ovos) pela ausência da fenilalanina
hidroxilase Acúmulo de fenilalanina no sangue e tecidos Lesões irreversíveis no SNC e odor
característico na urina
A triagem:
Dosagem quantitativa de fenilalanina no sangue (Essencial que a criança tenha ingerido proteína)
Crianças que não tiveram contato com o leite Podem colher desde que sob dieta parenteral com
aminoácidos essenciais
A confirmação:
Dosagem quantitativa da fenilalanina sanguínea
Genotipagem
Tratamento:
Dieta hipoproteica e suplementada com fórmula isenta de fenilalanina o mais precocemente
possível e mantida por toda a vida.
Hipotireoidismo congênito
Produção deficiente de hormônios da tireoide por defeito na formação da glândula ou problema
bioquímico na síntese dos hormônios tireoidianos Lesão grave e irreversível com retardo mental
Sinais clínicos sugestivos
Hipotonia
Dificuldade respiratória e cianose
Icterícia prolongada
Constipação
Bradicardia e sopro cardíaco
Anemia
Pele seca e sem elasticidade
Atraso DNPM
Sonolência excessiva
Livedo reticularis
Hérnia umbilical
Alargamento de fontanelas
Mixedema
Baixo ganho pondero-estatural
Retardo na maturação óssea, mental e na dentição
A triagem:
Dosagem de TSH e T4 livre no sangue seco
E se alterado?
Repetir TSH e T4 livre em sangue venoso até 2 a 6 semanas de vida
Acompanhamento:
USG ou cintilografia com captação de iodo radioativo
Se transitório pelo tratamento das mães durante gestação Monitorar TSH e T4 livre até que
tenham se normalizado
Fibrose cística
Doença genética autossômica recessiva
Funcionamento inadequado do transporte de Cl e Na Produzem muco espesso nos brônquios e
pulmões / Bloqueio dos ductos pancreáticos Infecções / Sd. Desabsortivas
A triagem:
Dosagem de tripsina imunorreativa (IRT)
E se alterado?
Dosagem de 2 amostra de IRT em até 2 a 4 semanas
E se alterado?
Teste do cloro no suor (Padrão-ouro)
!!! Todas as crianças com íleo meconial são submetidas ao teste do cloro no suor
Deficiência de biotinidase
Doença metabólica autossômica recessiva
Defeito no metabolismo da biotina necessária para o funcionamento de carboxilases mitocondriais
Sinais clínicos
A partir da 7 semana de vida
Distúrbios neurológicos e cutâneos
o Crises epilépticas, hipotonia, microcefalia a atraso DNPM
o Alopecia e dermatite eczematoide
Sequelas auditivas, visual e de função nervosa superior
A triagem:
Análise da biotina
O diagnóstico:
Dosagem quantitativa da atividade da biotinidase
Estudo genético-molecular
Tratamento:
Reposição de biotina diária
TESTE DO CORAÇÃOZINHO
Triagem para cardiopatias congênitas dependentes do canal arterial
Quais?
o Atresia pulmonar
o Síndrome de hipoplasia do coração esquerdo e coarctação de aorta crítica
o Transposição das grandes artérias
Quando?
Entre 24 e 48 horas de vida no RN saudável IG 34 semanas
Como?
Oximetria de pulso pré e pós-ductal
MSD e MI
Resultado anormal:
SatO2 < 95% em algum dos membros
Diferença entre os membros 3%
E se alterado?
1. Repetir em 1 hora
2. Ecocardiograma dentro de 24 horas se mantiver alterado