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morfologia do português

Feliciano Wessling Margotti e Rita de cássia Mello Ferreira Margotti(2011)


Tradicionalmente, as gramáticas abordam com certa superficialidade a questão de
gênero, limitando-se a afirmar que, em português,
há dois gêneros (masculino e feminino) e fazendo certa confusão entre
gênero e sexo (citação direta).
Os autores trazem a abordagem gramatical sobre a definição do gênero com as
limitações que foram impostas tradicionalmente e superficialmente, que os gêneros
em português são definidos apenas como: masculino e feminino, no entanto eles são
bem mais que definições de sexo segundo os autores:

(...) trata-se de uma noção gramatical que se


atribui a todos os substantivos, que são ou
masculinos ou femininos, independente de se
referirem a seres sexuados ou não. Assim é que
lápis, computador, relógio, cabelo, assoalho
são masculinos mesmo não tendo sexo; e, ao
contrario nas condições, caneta, cebola, viola,
maré, água são femininas. (2011, P.69)

A questão do gênero masculino ou feminino no português é uma imposição gramatical


que não interfere no seu significado nas maiorias dos nomes, usar o gênero masculino
para se referir a um grupo de pessoas, homens e mulheres, não é uma forma de
preconceito. A origem desse uso estaria no latim que lançou as bases da língua
portuguesa e de outras línguas latinas.
Os autores dão continuidade a teoria sendo uma verdade pelo fato de ao longo do
tempo, certos substantivos mudarem de gênero sendo em latim ser feminino e passar
a ser masculino, explicando de uma forma compreensível que os neutros latinos ora
passam ao português como femininos ou masculinos.
Os autores nos transmitem a informação de que houve muitas transformações de
palavras latinas para o português, muitas palavras neutras do singular passaram
automaticamente para nossa língua como masculina pela transformação gramatical,
não sendo uma definição por sexo.
A forma que o gênero neutro no latim neutro sofre uma transformação ao passar para
o português, é apenas por questões de noções gramaticais como os autores retratam
como é o caso de carvalho que, em latim, era feminino, e de cor e honra que, em
latim, eram masculinos. (Feliciano Wessling Margotti e Rita de cássia Mello Ferreira
Margotti 2011, P.69).

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