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Apostila de Prevenção de Risco em

Bloqueio e Sinalização - RAC 4

Gerência de Segurança e Saúde Ocupacional

Diretoria de Pelotização
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ÍNDICE

1. Objetivo ...........................................................................................................3
2. Campo de Aplicação......................................................................................3
3. Referências.....................................................................................................3
4. Energia ............................................................................................................3
4.1. Tipos de energia ........................................................................................4
4.1.1 Exemplos de fontes de energia que devemos bloquear.....................4
5. Riscos Associados e conseqüências dos tipos de energias ...................5
5.1. Riscos associados à energia Elétrica........................................................5
5.2. Riscos associados à energia Mecânica ....................................................5
5.3. Riscos associados às energias Hidráulica / Pneumática..........................5
5.4. Riscos associados à energia Térmica.......................................................5
5.5. Riscos associados à energia Química ......................................................5
6. Formas de Bloqueio e Sinalização...............................................................6
6.1. Bloqueio Elétrico ........................................................................................6
6.2. Bloqueio Mecânico ....................................................................................6
6.3. Acessórios utilizados no Bloqueio .............................................................7
6.3.1 Dispositivo de Bloqueio..........................................................................7
6.3.2 Dispositivo de Bloqueio de Manobra ....................................................7
6.3.3 Sinalização do Equipamento Bloqueado ..............................................7
7. Procedimentos ...............................................................................................8
8. Etapas das Atividades de Bloqueio de Energia .......................................10

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1. Objetivo

Estabelecer práticas e instruções mínimas para o bloqueio de dispositivos de


manobras de equipamentos, instalações e/ou circuitos que liberem energia de origem
elétrica, mecânica, hidráulica, pneumática, química e térmica, e cuja ativação
inadequada ou indesejada possa resultar em acidentes.

2. Campo de Aplicação

Nas dependências e atividades da Vale e contratadas no Complexo de Tubarão.

3. Referências

 INS-0021DECG – Instrução para Requisitos de Atividades Críticas;


 Diretrizes para as ações de Capacitação Definidas pela Instrução de RAC;
 PRO – 0069 – GASTP – Bloquear e sinalizar energia em suas várias formas.

4. Energia

Qualquer tipo de energia que possa causar lesões ou perdas à propriedade, se


inesperadamente liberadas.
Nas instalações industriais existem energias que podem ser perigosas se liberadas de
forma descontrolada, e durante e execução de serviços, por vezes é preciso se expor
a estas energias.
Desta maneira, é necessário implementar medidas de controle destas energias
quando os equipamentos e instalações são tirados de sua operação normal.

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4.1. Tipos de energia

4.1.1 Exemplos de fontes de energia que devemos bloquear


Para executar tarefa no forno, temos as seguintes fontes de energia:

 Mecânica - Acionamento da grelha;


 Pneumática - Ventiladores;
 Térmica - Aquecedores;
 Química - Possíveis gases;

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Para executar tarefa no moinho, temos as seguintes fontes de energia:
 Hidráulica – Registro de admissão de
água;
 Elétrica – Para bloquear o acionamento
mecânico do moinho;
 Térmica – O interior do moinho com
temperatura elevada;
 Mecânica – Giro do moinho.

5. Riscos Associados e conseqüências dos tipos de energias

5.1. Riscos associados à energia Elétrica


Riscos de choques elétricos, podendo causar queimaduras e até a
morte.

5.2. Riscos associados à energia Mecânica


Os principais são os riscos de acidentes, com prensamento de partes do corpo.

5.3. Riscos associados às energias Hidráulica / Pneumática


Riscos de vazamentos dos fluidos, gerando condição de insegurança nas áreas
circunvizinhas.

5.4. Riscos associados à energia Térmica


A exposição ao calor elevado pode provocar desconforto, sudorese intensa,
desidratação e queimaduras.

5.5. Riscos associados à energia Química


Dependendo do produto químico, o seu vazamento pode provocar
queimaduras, asfixia, gerar condição de risco nas áreas circunvizinhas e
provocar danos ambientais.

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6. Formas de Bloqueio e Sinalização

As duas formas de bloqueio mais utilizadas são os bloqueios elétricos e mecânicos.

6.1. Bloqueio Elétrico


Normalmente realizado dentro da subestação que fornece a alimentação elétrica ao
equipamento, sistema ou processo a ser bloqueado. É feita a interrupção do
fornecimento de energia elétrica, resultando na desernegização do equipamento.

6.2. Bloqueio Mecânico


Realizado no próprio dispositivo de manobra do equipamento, de forma a fixá-lo em
uma determinada posição, impedindo sua movimentação acidental.

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6.3. Acessórios utilizados no Bloqueio

6.3.1 Dispositivo de Bloqueio


Cadeado utilizado para manter o bloqueio do dispositivo de manobra numa
determinada posição, impedindo uma operação não autorizada acidental ou
proposital. Utilizado para bloqueios elétricos (cadeado no painel do equipamento,
localizado na subestação correspondente) e mecânicos (cadeado no dispositivo de
bloqueio de manobra).
Os cadeados utilizados no processo de bloqueio ou interdição devem possuir uma
única chave.
As empresas contratadas devem utilizar cadeados próprios, conforme modelos
estabelecidos pela Vale.
Os cadeados devem atender aos seguintes requisitos:
 Durável no ambiente onde será utilizado;
 Padronizado em relação a cor, forma, tamanho, tipo de material e de fácil
identificação;
 Possuir resistência mecânica que não permita a sua violação
 Individualizado e possível de ser rastreado.

Devem ser previstos locais para aplicação dos dispositivos de bloqueio nas máquinas
e equipamentos existentes e nos projetos dos novos equipamentos.

6.3.2 Dispositivo de Bloqueio de Manobra


Acessório (fixo ou móvel) existente em equipamentos, instalações e/ou circuito, que
possibilita o bloqueio de um dispositivo de manobra numa determinada posição,
impedindo uma operação não autorizada acidental ou proposital.
O dispositivo de bloqueio de manobra deve atender aos seguintes requisitos:

6.3.3 Sinalização do Equipamento Bloqueado


A sinalização de bloqueio deve estar de acordo com, no mínimo, os seguintes itens:
 Indicar o nome do executante, matrícula, área, telefone/ramal e empresa;
 Indicar a data, a hora e a razão do bloqueio;
 Durável no ambiente onde será utilizada;

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 Padronizada em relação à cor, forma, tamanho, tipo de material e de fácil
identificação.

A sinalização do equipamento, sistema operacional ou processo operacional


bloqueado deve estar de acordo com os seguintes itens:
 Durabilidade no ambiente onde será utilizada;
 Padronização em relação à cor, forma, tamanho, tipo de material e de fácil
identificação;
 Indicar a razão para o bloqueio.

7. Procedimentos

Deve existir procedimento operacional de bloqueio relativo às seguintes etapas:


preparação, comunicação inicial, desligamento, isolamento, bloqueio, sinalização,
liberação de energia residual, teste de verificação do bloqueio, retirada da sinalização,
comunicação final e retorno à operação.
Da mesma forma, deve existir procedimento operacional específico de bloqueio para
cada equipamento, sistema operacional ou processo operacional. Esse procedimento
deve identificar claramente todas as fontes de energia, todos os pontos de bloqueio,
bem como o circuito ou sistema operacional sobre os quais tais pontos de bloqueio
têm controle direto, os passos específicos para alcançar o estado de energia zero e os
métodos para executar teste de verificação do bloqueio.
Os procedimentos devem contemplar os seguintes aspectos:
 Caso haja a necessidade de intervenção em um equipamento, sistema operacional
ou processo operacional que tenha alguma fonte de energia não identificada. A
atividade somente deve ser realizada após elaboração da análise de risco da tarefa
(ART). A análise de riscos da atividade e o procedimento operacional específico
devem ser revisados, incluindo os respectivos bloqueios.
 Todas as fontes de energia devem ser bloqueadas por pessoa autorizada.
 Antes da realização do serviço deve ser realizado teste de verificação de liberação
de energia residual.
 Cada executante da atividade deve instalar o seu dispositivo de bloqueio. Somente
o executante é o responsável pela remoção do seu respectivo dispositivo de
bloqueio.

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 Em caso de travamento em grupo todos os bloqueios individuais dos envolvidos
devem ser instalados em dispositivo inviolável que contem a(s) chave(s) do(s)
bloqueio(s) de energia.
 Em eventuais situações onde se torne necessária a realização de atividades de
operação e/ou manutenção com equipamentos parcial ou totalmente energizados
(qualquer fonte de energia) deve ser realizada análise de risco da tarefa e
permissão de trabalho.
 Para as atividades de manutenção, abertura de linha de processo ou equipamento,
trabalho em superfícies energizadas, inspeções em máquinas, equipamentos e
linhas de processo deve ser emitida permissão de trabalho (PT) antes da execução
do serviço, onde serão verificados os bloqueios de energia.
 Durante mudança de turno/equipe de trabalho, os equipamentos que precisam ser
mantidos sem energia devem ficar bloqueados. O executante que está encerrando
sua participação deve aguardar o companheiro aplicar seus dispositivos de
bloqueio, sinalização e identificação para então retirar os seus. Deve ser
estabelecido procedimento caso não seja possível aguardar a substituição dos
dispositivos, objetivando garantir a efetividade do bloqueio.
 Na mudança de turno/equipe de trabalho, deve-se dar baixa nas permissões de
trabalho (PT) relativas às atividades de todas as equipes/executantes que estão
encerrando sua participação e emitir novas PT para a continuidade dos serviços.
 Os dispositivos de bloqueio somente podem ser destruídos mediante autorização
formal e escrita, definida por um procedimento local que estabeleça os critérios
para autorização da destruição nos casos de: perda de chave de algum dispositivo
de bloqueio, formalizada pelo executante; ou ausência de algum dos executantes
no momento da substituição do bloqueio.

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8. Etapas das Atividades de Bloqueio de Energia

As etapas para realização do Bloqueio estão descritas abaixo:


 Preparação;
 Comunicação inicial;
 Desligamento;
 Isolamento;
 Bloqueio e sinalização;
 Liberação da energia residual;
 Teste de verificação do bloqueio (que para a DIPE, substitui a Permissão de
Trabalho – PT);
 Retirada da sinalização;
 Comunicação final e retorno à operação.

Estas etapas estão detalhadas no Fluxograma de Bloqueio, que corresponde ao


Anexo 7 do PRO-0069-GASTP.
A retirada do bloqueio está detalhada no Fluxograma de Bloqueio, que corresponde
ao Anexo 9 do PRO-0069-GASTP.
Ambos serão entregues separadamente, de forma que as etapas e seus responsáveis
possam ser melhor visualizadas e entendidas.

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