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ECONORMAS MERCOSUR

7c

Cooperação União Europeia - Mercosul


Convênio de Financiamento N° DCI – ALA/2009/19707

Programa de apoio ao aprofundamento do


processo de integração econômica e
desenvolvimento sustentável do MERCOSUL

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Título do Relatório: Relatório Final –


Campanha de capacitação e difusão do GHS
Autores: Dr. Pedro Guerra – Rivendell International
Seamus O’ Dowd - Rivendell International
Contrato ECONORMAS:
030/2012/Campanha de capacitação e difusão
do GHS
Data: 25 de Julho de 2013

É realizado
pelo
Este Projeto é
MERCOSUL
financiado pela
UNIÃO EUROPEIA Entidad de Gestión: Laboratorio Tecnológico del Uruguay  
Avda. Italia 6201, Montevideo 11500, Uruguay
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«O conteúdo deste relatório é de responsabilidade exclusiva de Rivendell


International e, em nenhum caso, deve-se considerar que reflita os pontos de
vista da União Europeia, do MERCOSUL ou de seus Estados-membros.»

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Relatório Final

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................. 4

2. DESENVOLVIMENTO DE CAMPANHAS DE CAPACITAÇÃO E DIFUSÃO DO GHS NO


MERCOSUL ...................................................................................................................................... 5

3. RESULTADO 1: .......................................................................................................................... 6

4. RESULTADO 2: ........................................................................................................................ 13

5. RESULTADO 3.......................................................................................................................... 17

6. RESULTADO 4: ........................................................................................................................ 21

7. RESULTADO 5: ........................................................................................................................ 24

ANEXOS - PROPOSTAS DE MATERIAIS/GUIAS/MANUAIS ......................................................... 26

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1. INTRODUÇÃO
Este relatório é apresentado no marco do contrato com número de
identificação 030/2012/Campanha de capacitação e difusão do GHS, para
contribuir com a implementação de uma estratégia de comunicação,
sensibilização com relação ao GHS e capacitação em GHS, nos quatro países
beneficiários (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), dirigida ao público em
geral, a atores governamentais e a setores vinculados às cadeias produtivas do
MERCOSUL com especial enfoque nas pequenas e médias empresas (PMEs) e nas
situações emergenciais associadas à gestão de produtos químicos.
O Sistema Globalmente Harmonizado (GHS) de classificação e rotulagem de
produtos químicos, adotado formalmente em julho de 2003 pelo Comitê
Econômico e Social das Nações Unidas, tem por objetivo harmonizar em todo o
mundo os critérios de classificação e rotulagem dos produtos químicos como
perigosos, promovendo assim sua manipulação responsável. Isto facilitará o
comércio mundial de produtos químicos, ao mesmo tempo em que protegerá a
saúde humana e o meio ambiente.
As atividades relativas a este contrato foram iniciadas por Rivendell
International em janeiro de 2013, com a realização de pesquisas preliminares e
com visitas de coordenação aos Estados-membros beneficiários por parte dos
Principais Peritos (PP) de Rivendell. Nas visitas, os Principais Peritos de
Rivendell se reuniram com representantes das Coordenações Nacionais do SGT
Nº 6 (Subgrupo de Trabalho) e dos Pontos Focais do Grupo Ad-Hoc de GHS dos
PP e, no caso do Uruguai, também com os integrantes da Entidade de Gestão.
Nestas reuniões foram discutidos os objetivos, a metodologia e o alcance dos
trabalhos previstos no marco do presente contrato. Assim como a estratégia
seguida para o acompanhamento e controle dos avanços dos trabalhos para a
consecução dos objetivos do contrato.
O presente relatório contém um resumo de todas as atuações e resultados
alcançados no marco deste contrato e, como Anexos, os documentos e produtos
que serão entregues à Direção do Projeto, vinculados à obtenção dos
Resultados 1 a 5.
O Relatório Final do projeto, incluindo os Anexos, será apresentado nos idiomas
espanhol e português.

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2. DESENVOLVIMENTO DE CAMPANHAS DE CAPACITAÇÃO E DIFUSÃO DO GHS


NO MERCOSUL
O Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos (GHS) engloba todos os produtos químicos perigosos. O modo de
comunicar os perigos pode variar conforme a categoria do produto ou a etapa
do ciclo de vida em que se encontra. O GHS não abrange os produtos
farmacêuticos, os aditivos alimentícios, os cosméticos e os resíduos de
praguicidas em alimentos, em termos de rotulagem, em caso de uma ingestão
intencional.
Mesmo sendo o GHS uma ferramenta que harmoniza a classificação e a
comunicação dos perigos dos produtos químicos em todo o mundo, a aplicação
do sistema pode impactar de maneira diferente no MERCOSUL e em seus
Estados-membros, dependendo de uma série de fatores, tais como as
capacidades e infraestrutura existentes, o marco jurídico e a capacidade de
aplicação do sistema.
A incorporação do GHS a normativas nacionais requer, dentre muitas etapas e
processos, a sensibilização e comunicação como uma parte fundamental do
sistema. Devem ser identificadas as necessidades de sensibilização e de
capacitação adequadas para os grupos destinatários do GHS, com om
compromisso de as informações dos rótulos e/ou das Fichas de Informação de
Segurança de Produtos Químicos estarem devidamente claras, visando a que
estes destinatários possam tomar as medidas apropriadas em resposta aos
riscos destes produtos. Os requisitos de comunicação e de sensibilização devem
ser adequados e proporcionais à natureza do público-alvo.
No público-alvo, com respeito à sensibilização e capacitação em GHS estão os
trabalhadores, serviços de emergência e aqueles que participam da preparação
dos rótulos, das Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos e da
comunicação de riscos. Também precisam de formação, em diversos graus,
aquelas pessoas envolvidas no transporte e fornecimento de produtos químicos
perigosos. Além disso, devem ser consideradas aquelas estratégias necessárias
para sensibilizar os consumidores com respeito à interpretação da informação
presente no rótulo dos produtos consumidos. Outras ferramentas, tais como
campanhas de conscientização, uso de cartazes, folhetos e a mídia em geral,
podem ajudar a garantir que o processo de comunicação dos perigos químicos
colabore na melhoria da segurança química.
O objetivo específico do presente contrato é contribuir para a implementação
de uma estratégia de comunicação e de sensibilização do GHS, e treinamento
para o Sistema, nos quatro países beneficiários (Argentina, Brasil, Paraguai e
Uruguai) dirigida ao público em geral, a atores governamentais e a setores

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vinculados às cadeias produtivas do MERCOSUL com especial enfoque nas PMEs


e nas situações emergenciais associadas à gestão de produtos químicos.
A contribuição será realizada por meio da planificação e do design de
campanhas de comunicação, de sensibilização e de treinamento específicas e
por meio da realização de instrumentos de comunicação para serem utilizados
nas campanhas mencionadas.
Neste sentido, e no marco das atividades previstas neste contrato, Rivendell
realizou uma série de reuniões (visitas) com Coordenações Nacionais do SGT Nº
6 (Subgrupo de Trabalho) e com os Pontos Focais Do Grupo Ad-Hoc de GHS dos
PP e, no caso do Uruguai, adicionalmente com os integrantes da Entidade de
Gestão. Nestas visitas foram discutidos os objetivos, metodologia e alcance dos
trabalhos previstos no marco do presente contrato. Assim como a estratégia a
ser adotada para o acompanhamento e controle dos avanços dos trabalhos para
a consecução dos objetivos do contrato.

3. RESULTADO 1:
Campanha de sensibilização e comunicação do GHS, planificada e projetada
contemplando material impresso de distribuição individual e de leitura
pessoal, destinada ao público em geral.
Nos Estados-membros do MERCOSUL, o público em geral desconhece ou tem um
limitado conhecimento da existência do GHS, já que, entre outras razões, se
trata de um sistema de classificação e rotulagem de produtos químicos
relativamente novo e em fases de implementação, em alguns casos muito
iniciais, nos Estados-membros. Daí a importância de uma sensibilização e
comunicação a este respeito.
A presente estratégia constitui o marco orientador geral para a campanha de
comunicação e de promoção do GHS orientada ao público em geral.

OBJETIVOS DA CAMPANHA DE COMUNICAÇÃO E DE SENSIBILIZAÇÃO


Contar com uma proposta de campanha de comunicação e de sensibilização
sobre o GHS dirigida ao público em geral, que permita cumprir com o principal
propósito de informar os setores-chave envolvidos no GHS (setor indústria,
agrícola, de produtos de consumo e de transporte), assim como os atores-chave
(governo, empresas e indústrias e sociedade civil) de cada Estado-Membro do
MERCOSUL sobre os princípios básicos do GHS.

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Outro objetivo desta campanha de comunicação é comprometer a participação


ativa dos setores interessados e fortalecer o diálogo entre as autoridades e a
indústria.

SEGMENTOS DE PÚBLICO-ALVO
Para fins comunicativos, levando em consideração os objetivos e resultados
esperados para a campanha, é necessário precisar quem dirigirá as ações de
comunicação. Para isso é importante a participação dos atores-chave de cada
Estado-Membro:

a) Os governos (Autoridades)
O governo costuma ser o encarregado de estabelecer e manter uma
infraestrutura jurídica e institucional eficaz que garanta a segurança química.
Isso supõe a promulgação de leis relativas a todos os aspectos do GHS, incluídas
a classificação, a comunicação de perigos (em rótulos e Fichas de Informação
de Segurança de Produtos Químicos- FISPQ), a capacitação e o cumprimento,
assim como a criação de uma infraestrutura administrativa e institucional para
aplicar e fazer cumprir tais leis ou regulamentos, incluído o estabelecimento
das funções de aduana e de inspeção (por exemplo, sobre segurança e saúde
dos trabalhadores, meio ambiente, transporte, consumidores, etc.).
Os governos, em princípio, serão os encarregados de informar o público através
de programas de educação ou de divulgação.
É frequente a participação de certos órgãos do governo na aplicação do GHS.
Entretanto, alguns ministérios têm um interesse especial por um setor em
particular (por exemplo, o Ministério de Transporte costuma encarregar-se da
comunicação dos perigos químicos no setor do transporte), outras entidades
governamentais podem se interessar por mais de um setor (por exemplo, o
Ministério da Indústria, o do Meio Ambiente, o de Assuntos Internacionais, a
Direção de Aduanas, etc.). Outros organismos, tais como a Guarda Costeira (se
existir), o Ministério de Pesca ou de Recursos Naturais, os Institutos de Pesquisa
ou os centros oficiais de segurança e saúde no trabalho também podem
contribuir consideravelmente.
Os governos constituem um segmento-chave desta campanha de comunicação e
sensibilização do GHS.
Deve-se considerar que já existem desenvolvimentos normativos nos diferentes
PP que adotam o GHS com diferentes enfoques:

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ƒ Argentina: O Instituto Argentino de Normalização e Certificação (IRAM)


publicou em 2006, a norma IRAM 41400 Produtos Químicos- Folha de
dados de Segurança. Esta norma voluntária está on line com os
requerimentos para as Fichas de Informação de Segurança de Produtos
Químicos do GHS, tendo sido revisada recentemente e a sua nova
publicação já está disponível em 2013. De qualquer forma, atualmente
está sendo processada a norma IRAM 41401- Produtos Químicos.
Rotulagem de acordo com o GHS.
ƒ Brasil: A Portaria SIT Nº 229 (NR 26), de 24 de maio de 2011, indica que
os produtos químicos utilizados no local de trabalho devem ser
classificados e rotulados como perigosos para a saúde e a segurança dos
trabalhadores de acordo com os critérios estabelecidos pelo GHS,
seguindo o especificado nas Normas Técnicas Brasileiras ABNT-NBR
14.725.
ƒ Uruguai: foi redigido um decreto (Decreto 307/09) que exige a presença
de rótulos e Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos de
acordo com o GHS nos setores industrial, agrícola e transporte.

b) As empresas e a indústria
As empresas e a indústria se encarregam de aplicar os requisitos de
classificação e de rotulagem dos produtos químicos no local de trabalho e em
toda a cadeia de abastecimento ou ciclo de vida. As empresas que fabricam
produtos químicos e/ou os colocam no mercado têm, portanto, que dispor de
conhecimentos especializados necessários para buscar e coletar informação
sobre os produtos químicos que comercializam, para aplicar os critérios de
classificação e elaborar os rótulos e as FISPQ correspondentes.
Entre os grupos de empresas e indústrias que podem intervir na aplicação do
sistema estão: as associações de fabricantes de produtos químicos industriais,
as associações de produtores de pesticidas, as associações de transportadoras
industriais, as associações de produtos de consumo, as grandes empresas,
incluídas as multinacionais, e as indústrias de consumo (por exemplo, pintura,
plásticos, detergentes, etc.).
As PMEs podem enfrentar desafios especiais na hora de aplicar o GHS, devido a
que seus recursos podem ser limitados para a adoção de um sistema novo.
Portanto, as PMEs são consideradas um segmento crucial para esta campanha
de comunicação e de sensibilização do GHS.

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c) A sociedade civil
De acordo com o solicitado nos Termos de Referência deste projeto e por
solicitação expressa dos PP, a campanha de sensibilização e de comunicação do
GHS é destinada ao público em geral (que inclui a sociedade civil) e de acordo
com o indicado no documento “Elaboração de uma Estratégia Nacional de
Aplicação do GHS” desenvolvido pelo Instituto das Nações Unidas para a
Formação Profissional e Pesquisas (UNITAR), a sociedade civil é considerada um
dos atores-chave na aplicação do GHS e, portanto, é ela o público-alvo direto
desta campanha.
Os grupos da sociedade civil representam os interesses de pessoas com um
objetivo em comum, bem como a proteção à saúde humana e/ou ao meio
ambiente.
No contexto do GHS, estes grupos representam pessoas que estão expostas a
produtos químicos e que se veem prejudicadas por uma comunicação ineficaz
dos perigos que estes produtos apresentam. Em consequência, a sociedade civil
deveria desempenhar um importante papel nesta campanha de comunicação e
de sensibilização com relação ao GHS.
Os diversos grupos da sociedade civil são de interesse para a campanha de
comunicação e de sensibilização com relação ao GHS; por exemplo, os
trabalhadores, as coletividades de consumidores, de ambientalistas, etc. Estas
pessoas e estas questões contam com a representação de ONGs dedicadas ao
meio ambiente, grupos de defesa de consumidores ou da saúde humana e
sindicatos. Há outros grupos, tais como os de mulheres e crianças; setores
acadêmicos universitários e Institutos tematicamente afins; assim como
organizações comunitárias, que também são de interesse para esta campanha
como meio para alcançar seus objetivos.
Os trabalhadores são especialmente importantes para esta campanha, já que
costumam ser os primeiros a sentir os efeitos adversos dos produtos químicos
perigosos. Até porque um dos objetivos do GHS é melhorar a segurança
química, os sindicatos cumprem uma importante função no processo de
conscientização sobre o sistema e sua aplicação. Estas organizações operam no
âmbito empresarial, industrial, nacional, regional e internacional, e interagem
com os interlocutores sociais-chave (o governo, as empresas e a indústria). Os
sindicatos formam um público-alvo desta campanha de comunicação.

Ao ter identificado os principais atores-chave do GHS em cada Estado-Membro,


é possível concluir que teremos três públicos-alvos principais nesta campanha,
um deles será o das autoridades competentes de cada Estado-Membro
envolvidas com o meio ambiente, transporte, indústria, comércio e gestão de

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produtos químicos (como audiência principal ou ponto mínimo) e nosso segundo


público-alvo será o das empresas, indústrias e a sociedade civil.
Portanto, considerando que temos um ponto mínimo, devemos escolher o ponto
máximo da campanha que pode ser o consumidor final já que, no final das
contas, será ele quem utilizará o produto químico.
É necessário então dirigir esta campanha de comunicação e sensibilização sobre
o GHS aos governos de cada Estado-Membro, aos grupos-chave de empresas
(com especial atenção às PMEs), às indústrias e à sociedade civil. Entre eles
estão:
ƒ As Autoridades competentes envolvidas na gestão de produtos químicos
(Ministérios ou instituições governamentais relacionadas com o Meio
Ambiente, Trabalho, Indústria ou Comércio, Promoção e
Desenvolvimento, Saúde, Agricultura, Transporte, etc.)
ƒ As associações ou câmaras industriais
ƒ Os sindicatos ou organizações operárias
ƒ As associações de consumidores
ƒ As universidades e instituições tecnológicas.
ƒ O consumidor final de produtos químicos especializados/profissionais.

MATERIAL DE COMUNICAÇÃO
A estratégia de comunicação desta campanha se baseará principalmente na
elaboração de um folheto impresso de distribuição individual e de leitura
pessoal que terá duas funções:
• Proporcionar às autoridades competentes um material que lhes permita
promover o novo sistema GHS.
• O material de comunicação será uniforme em termos visuais, isto permitirá
um melhor posicionamento da temática, e desta forma a elaboração do
material de comunicação ajudará a criar uma identidade específica.
De acordo com o solicitado nos Termos de Referência associados a este projeto
e considerando as diferentes estratégias de implementação do GHS nos países
do MERCOSUL, o material de comunicação projetado para esta campanha foi
elaborado a partir do “The Purple Book” (Livro Púrpura) do GHS, sendo
utilizada a 4ª versão revisada do referido documento.
Por ser muito amplo o público-alvo desta campanha e por pedidos expressos dos
PP, foram previstos dois materiais de comunicação (folhetos): um folheto que

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permite promover o GHS projetado para o público em geral e alvo desta


campanha, bem como um folheto sobre as Fichas de Informação de Segurança
de Produtos Químicos, especifico para os trabalhadores que
manipulam/utilizam produtos químicos perigosos no local de trabalho.
No Anexo I do presente relatório está a opção selecionada pelas Coordenações
Nacionais do SGT N°6 dos países beneficiários para o material impresso
(folhetos) para esta campanha, para ser impresso em tamanho A4.
O material de comunicação projetado para esta campanha será apresentado em
espanhol e em português, no Relatório Final deste projeto.

PLANO DE DISTRIBUIÇÃO
As atividades de comunicação serão feitas para reforçar todo o trabalho que
vem sendo realizado nestes últimos anos na região para a aplicação do GHS e o
desafio da comunicação está em conseguir que os atores envolvidos se
informem, compreendam e transmitam o GHS.
Alguns exemplos de atividades que podem ser implementadas para distribuir o
material de comunicação proposto para esta campanha:
1. Distribuição direta para os órgãos ou instituições governamentais
relacionadas com a temática do GHS: recomenda-se a impressão do material
em número adequado, considerando o tamanho/pessoal envolvido do órgão ou
instituição, e sua distribuição direta para as pessoas-chave de tais instituições
para sua distribuição interna.
2. Seminários ou conferências informativas: Em colaboração com instituições
públicas e privadas, é possível realizar seminários ou conferências informativas
para oferecer informação sobre a importância de conhecer e aplicar o GHS.
Nestas atividades pode-se distribuir o material de comunicação. Da mesma
forma, o material pode ser distribuído em qualquer seminário, curso,
conferência, cúpula, etc. relativo à gestão de produtos químicos nos quais
participe algum representante das autoridades competentes.
3. Mecanismos de informação virtual: Hoje em dia os mecanismos de
informação virtual são os mais utilizados para a comunicação de campanhas já
que são de fácil acesso para quase todo o público-alvo (Entidades
governamentais, empresas, estudantes, professores, etc.) e com baixo custo de
realização. Por essa razão, é importante criar ou modificar um capítulo dentro
das páginas existentes das instituições envolvidas com o GHS para inserir o
material de comunicação proposto para esta campanha com informação básica
sobre o GHS.

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4. Distribuição direta em comércios de produtos químicos especializados,


identificados previamente através das bases de dados das autoridades locais.
5. Distribuição eletrônica através do uso do correio eletrônico para os contatos-
chave dos segmentos do público-alvo. Utilizando bases de dados de contatos
que estejam disponíveis para as autoridades ou câmaras/associações
industriais, ONGs, Associações de consumidores, etc.
6. O folheto sobre as Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos
está dirigido aos trabalhadores que manipulam/utilizam substâncias químicas
no local de trabalho. A distribuição neste caso deve ser feita diretamente às
associações/câmaras industriais e aos sindicatos/organizações operárias.
Para esta campanha de comunicação e sensibilização devem ser consideradas
as diferenças existentes entre os Estados-membros com relação às capacidades
existentes para a realização desta campanha e principalmente sobre as
diferenças existentes em termos de extensão/população. No caso da Argentina
e do Brasil, a distribuição física do material pode ser mais complexa pela
extensão territorial. Nestes casos, é fundamental comprometer as autoridades
locais relevantes nesta campanha para facilitar a distribuição do material de
comunicação, seguindo, por exemplo, uma lógica tripartite, com a participação
a nível local de representantes do governo, trabalhadores (sindicatos) e
indústria (associações e câmaras industriais).

PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA
A previsão orçamentária é pensada em dólares americanos como referência
para cada um dos Estados-membros.
Para esta campanha de comunicação e sensibilização devem ser consideradas
as diferenças existentes entre os Estados-membros em termos de capacidades
existentes para a realização desta campanha e principalmente em termos das
diferenças existentes com relação à extensão/população. O tamanho do
segmento do público-alvo é diferente para cada Estado-Membro, o que incidirá
diretamente na previsão orçamentária.
O custo estimado para a produção do material impresso, com uma alta
qualidade, é a partir de uns US$100 por cada mil folhetos/material de
distribuição individual. Partindo desta cifra, e dependendo do orçamento
disponível em cada Estado-Membro, as Autoridades competentes podem decidir
a quantidade de elementos a produzir, também considerando o tamanho do
público-alvo. Estes custos podem ser reduzidos se for combinado com a
distribuição do material eletronicamente, usando o correio eletrônico.

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4. RESULTADO 2:
Campanha de sensibilização e capacitação planificada e projetada,
destinada a atores envolvidos na temática, sem serem especialistas na
matéria, para a introdução ao conhecimento dos elementos básicos do GHS.
O GHS é, junto com uma capacitação e ensino adequados, uma ferramenta
básica para transmitir informações de maneira eficaz sobre os produtos
químicos. Para poder conseguir a aplicação do GHS, assim como uma
comunicação racional dos perigos químicos, é necessário que os governos, o
comércio, a indústria, a cidadania em geral e as organizações trabalhistas
participem em iniciativas e no processo de desenvolvimento de atividades e
capacidades. Serão necessárias formação e educação apropriadas para garantir
o uso adequado das ferramentas GHS a nível regional e nos diferentes
contextos nacionais.
A presente campanha descreve a metodologia de um programa de capacitação
elaborado substancialmente para melhorar a compreensão e aplicação dos
elementos básicos do GHS e aprimorar o processo de sensibilização
fundamentados na importância da comunicação de risco em todos os níveis e
através de todos os setores relevantes.
Deve-se considerar que em cada um dos PP do MERCOSUL já há numerosas
experiências com relação à capacitação e informação sobre o GHS, em muitos
casos organizados pelo governo, pela indústria (associações e câmaras
industriais), pelos trabalhadores (sindicatos, organizações operárias) e pelas
universidades/instituições tecnológicas. Para esta campanha existe a ideia de
se continuar com esta lógica de participação dos atores anteriormente
mencionados, para garantir o êxito da campanha.

FORMAS DE CAPACITAÇÃO
Como mecanismo eficaz para chegar a grandes públicos, o que se propõe é a
organização de cursos ou de seminários de capacitação que durem um dia,
onde sejam abordadas especificamente as necessidades de grupos de atores
concretos, como os governos, os trabalhadores ou as empresas.
Em geral, o que se propõe é a modalidade presencial para esta campanha de
capacitação.
Para esta campanha de capacitação devem ser consideradas as diferenças
existentes entre os Estados-membros com relação às capacidades existentes
para a realização desta campanha e, principalmente, as diferenças existentes
com relação à extensão do país e de sua população. No caso da Argentina e do
Brasil, a organização da capacitação pode ser mais complexa por causa da

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extensão territorial. Nestes casos é preciso comprometer as autoridades locais


relevantes nesta campanha para a logística e realização das capacitações,
seguindo, por exemplo, uma lógica tripartite, com a participação a nível local
de representantes do governo, trabalhadores (sindicatos) e indústria
(associações e câmaras industriais).

Nos Estados-membros onde a modalidade presencial representar uma


problemática, é adicionalmente proposta a modalidade de e-Learning. Esta
modalidade de ensino combina atividades educativas de caráter presencial com
atividades à distância usando tecnologia, basicamente a Internet.
Propõe-se um grupo de participantes em modalidade presencial não superior a
60 pessoas.

SEGMENTOS DE PÚBLICO-ALVO
Como prioridade, propõe-se a realização de atividades de sensibilização e
formação para que os diversos grupos interessados, o governo, as empresas, a
indústria com especial atenção às PMEs, a sociedade civil e o público em geral
entendam melhor o GHS.
É necessário, portanto, dirigir esta campanha de comunicação e sensibilização
sobre o GHS aos governos de cada Estado-Membro, aos grupos-chave das
empresas (com especial atenção às PMEs), indústrias e à sociedade civil. Entre
eles estão:
ƒ As autoridades competentes envolvidas na gestão de produtos químicos
(Ministérios ou instituições governamentais relacionadas com o Meio
Ambiente, Trabalho, Indústria ou Comércio, Promoção e
Desenvolvimento, Saúde, Agricultura, Transporte, etc.)
ƒ As associações ou câmaras industriais
ƒ Os sindicatos ou organizações operárias
ƒ As associações de consumidores
ƒ As universidades e instituições tecnológicas.
ƒ O consumidor final de produtos químicos especializados/profissionais.

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PROPOSTA DE PLANO DE CAPACITAÇÃO

A proposta é a de realizar todos os seminários, conferências e oficinas


possíveis, utilizando dos recursos disponíveis para as autoridades competentes
de cada Estado-Parte trabalharem o conteúdo desta campanha
O conteúdo proposto para este módulo de capacitação introdutório estará
focado nos seguintes temas:
ƒ Introdução ao GHS
o O que é o GHS?
o Por que o GHS foi criado?
o Benefícios do GHS
o Implementação do GHS internacionalmente
o Como o GHS será mantido e atualizado?
o Aplicação do GHS
o Alcance do GHS
ƒ Classificação de produtos químicos
o Perigos físicos
o Perigos para a saúde
o Perigos para o meio ambiente
o Fontes de informação para a classificação
ƒ Comunicação de perigos
o Rotulagem
o Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ)
o Atualização das FISPQ e dos rótulos
ƒ Mesa redonda de intercâmbio de ideias.

Deve ser considerada a seguinte estrutura e elementos no desenvolvimento


deste módulo de capacitação:
• Introdução
• Objetivos da capacitação
• Termos e definições

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• Bases científicas, referências ao “The Purple Book” do GHS e a outros textos


legais relacionados
• Acessibilidade e Fontes de informação
• Casos práticos (exemplos)
• Perguntas e respostas

MATERIAL DE CAPACITAÇÃO
No Anexo II deste documento está o material de capacitação para esta
campanha que foi elaborado a partir do “The Purple Book” (Livro Púrpura) e
seguindo com o abordado por esta campanha.
O material é um manual destinado a todos os atores envolvidos na temática do
GHS, orientado a proporcionar elementos básicos para a introdução ao
conhecimento do GHS. Este documento foi projetado para ser impresso em
tamanho A4.
O material de capacitação projetado para esta campanha será apresentado em
espanhol e português no Relatório Final deste projeto.

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5. RESULTADO 3
Campanha de sensibilização e capacitação, planificada e projetada, focada
especificamente na prevenção e no atendimento de situações emergenciais
associadas à gestão de produtos químicos.
A finalidade desta campanha de sensibilização e capacitação é proporcionar
elementos básicos para a prevenção e atenção de situações emergenciais
associadas à gestão de produtos químicos, considerando a aplicação do Sistema
Globalmente Harmonizado de classificação e rotulagem de produtos químicos
(GHS) das Nações Unidas.
Durante qualquer etapa do ciclo de vida dos produtos químicos perigosos existe
a possibilidade de se ter que enfrentar situações emergenciais, tais como
incêndios, explosões, vazamentos ou derramamentos. Estas emergências
podem ser prevenidas aplicando-se normas legais e técnicas relacionadas com o
manuseio adequado dos tais produtos químicos, como por exemplo, aplicar o
GHS.
Os serviços de emergência precisam de informação sobre os produtos químicos
em vários níveis. Para darem respostas imediatas, precisarão dispor de
informações precisas, detalhadas e suficientemente claras. Isto se aplica aos
acidentes durante o transporte, no trabalho, ou nas instalações de
armazenamento.
Deve-se saber que em cada um dos PP do MERCOSUL já há experiências em
relação à capacitação e há informações sobre o GHS, bem como sobre a
prevenção e a atenção nas situações emergenciais, em muitos casos
organizados pelos governos. Estas experiências devem servir como base para a
estruturação das campanhas de capacitação orientadas às situações
emergenciais.

FORMAS DE CAPACITAÇÃO
Como mecanismo eficaz para chegar a grandes públicos, a proposta é a de se
organizar cursos e/ou seminários de capacitação que durem um dia, onde
sejam abordadas especificamente as necessidades de grupos de atores
específicos, como os governos, trabalhadores ou as empresas.
Em geral, a proposta é a da modalidade presencial para esta campanha de
capacitação.
Para esta campanha de capacitação há que considerar as diferenças existentes
entre os Estados-membros em termos de capacidades existentes para a
realização desta campanha e principalmente em termos de diferenças

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existentes sobre a extensão do país e de sua população. No caso da Argentina e


do Brasil, a organização da capacitação pode terminar sendo mais complexa
devido a sua extensão territorial. Nestes casos, é importante comprometer as
autoridades locais relevantes nesta campanha com a logística e a realização
das capacitações.

Nos Estados-membros, onde a modalidade presencial representar uma


problemática, sugere-se a modalidade de e-Learning, como mais uma opção.
Esta modalidade de ensino combina atividades educativas de caráter presencial
com atividades à distância usando tecnologia, basicamente Internet.
A ideia é de que o grupo de participantes em modalidade presencial não seja
superior a 60 pessoas.

SEGMENTOS DE PÚBLICO-ALVO

Como prioridade, a proposta é realizar atividades de sensibilização e formação


para os diferentes grupos interessados, o governo, os serviços de emergências,
as empresas e a indústria com especial atenção às PMEs.

Entre os segmentos de público-alvo desta campanha estão:

ƒ O serviços de emergência: bombeiros, centros de controle de venenos,


etc.
ƒ As autoridades competentes envolvidas na gestão de produtos químicos
(Ministérios ou instituições governamentais relacionadas com o Meio
Ambiente, Trabalho, Indústria ou Comércio, Promoção e
Desenvolvimento, Saúde, Agricultura, Transporte, etc.)
ƒ As associações ou câmaras industriais
ƒ Os sndicatos ou organizações operárias

PROPOSTA DE PLANO DE CAPACITAÇÃO

A proposta é a de realizar todos os seminários, conferências e oficinas


possíveis, utilizando dos recursos disponíveis para as autoridades competentes
de cada Estado-Parte trabalharem o conteúdo desta campanha
O conteúdo proposto para este módulo de capacitação introdutório estará
focado nos seguintes temas:

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ƒ Introdução
o O que é o GHS?
o Por que o GHS foi criado?
o Benefícios do GHS
o Implementação do GHS internacionalmente
o Como o GHS será mantido e atualizado?
o Aplicação do GHS
ƒ Comunicação de perigos e de situações emergenciais
o Rotulagem
o Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos
ƒ Prevenção e atenção de situações emergenciais
o Identificação e caracterização dos perigos e das ameaças
o Avaliação do risco
o Atenção e resposta para as situações emergenciais
o Protocolo MERCOSUL de cooperação e assistência diante de
situações emergenciais
ƒ Principais fontes de informação antes e durante uma emergência que
envolva produtos químicos perigosos
Devem ser consideradas as seguintes estruturas e elementos no
desenvolvimento deste módulo de capacitação:
• Introdução
• Objetivos da capacitação
• Termos e definições
• Bases científicas, referências ao “The Purple Book” do GHS e outros textos
legais relacionados
• Acessibilidade e Fontes de informação
• Casos práticos (exemplos)
• Perguntas e respostas

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MATERIAL DE CAPACITAÇÃO

No Anexo III deste documento encontra-se o material de capacitação para esta


campanha, elaborado a partir do “The Purple Book” (Livro Púrpura) e seguindo
a abordagem desta campanha.
O material é um manual destinado a todos os atores envolvidos na temática do
GHS, orientado a proporcionar elementos básicos para a prevenção e atenção
de situações emergenciais associadas à gestão de produtos químicos. O
material foi projetado para ser impresso em tamanho A4.

O material de capacitação previsto para esta campanha será apresentado em


espanhol e português no Relatório Final deste projeto.

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6. RESULTADO 4:
Campanha de sensibilização e capacitação planificada e projetada,
destinada às PMEs para a elaboração de fichas de segurança de produtos
químicos.
A Ficha de informação de Segurança (FISPQ) é um documento informativo
detalhado preparado pelo fabricante, importador ou fornecedor de um produto
químico perigoso. Este documento descreve, entre outras, as propriedades
físicas e químicas do produto. As FISPQ contêm informações úteis como ponto
de inflamabilidade, toxicidade, procedimentos em caso de derramamentos e
vazamentos, e as normas de armazenamento.
A informação incluída na FISPQ ajuda na seleção de produtos seguros, na
compreensão dos possíveis riscos para a saúde, bem como dos riscos físicos
existentes em um produto químico. Descreve também como agir com eficácia
diante das situações de exposição.
Seu objetivo é proporcionar aos trabalhadores e ao pessoal de emergência os
procedimentos de como manusear ou lidar com cada produto químico de forma
segura, e inclui informações como dados físicos (ponto de fusão, ponto de
ebulição, ponto de inflamação, etc.), toxicidade, efeitos sobre a saúde,
primeiros socorros, reatividade, armazenamento, disposição, equipamento de
proteção e procedimentos em caso de derramamentos.
Deve-se considerar que em cada um dos PP do MERCOSUL já há experiências
em capacitação, havendo também informações sobre as Fichas de Informação
de Segurança de Produtos Químicos, em muitos casos organizadas pelo governo,
pela indústria (associações e câmaras industriais) e pelos trabalhadores
(sindicatos, organizações operárias). Para esta campanha se prevê manter esta
mesma lógica de participação dos atores anteriormente mencionados, para
garantir o êxito da campanha.

FORMAS DE CAPACITAÇÃO
Como mecanismo eficaz para chegar a grandes públicos, aconselha-se organizar
cursos ou seminários de capacitação, com duração de meio dia (pelo menos 4
horas) onde sejam abordadas especificamente as necessidades de grupos de
atores concretos, como os governos, os trabalhadores ou as empresas.
Em geral, a proposta é pela modalidade presencial para esta campanha de
capacitação.
Para esta campanha de capacitação devem ser consideradas as diferenças
existentes entre os Estados-membros em suas capacidades existentes para a

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realização desta campanha e principalmente com relação às diferenças


existentes devido à extensão do país e sua população. No caso da Argentina e
do Brasil, a organização da capacitação pode ser mais complexa por causa da
extensão territorial. Nestes casos, é preciso comprometer as autoridades
locais relevantes nesta campanha para a logística e a realização das
capacitações, seguindo, por exemplo, uma lógica tripartite, com a participação
a nível local de representantes do governo, trabalhadores (sindicatos) e
indústria (associações e câmaras industriais).

Nos Estados-membros, onde a modalidade presencial representar uma


problemática, a proposta é de incluir também a modalidade de e-Learning.
Esta modalidade de ensino combina atividades educativas de caráter presencial
com atividades à distância usando tecnologia, basicamente Internet.
A proposta considera um grupo de participantes em modalidade presencial não
superior a 60 pessoas.

SEGMENTOS DE PÚBLICO-ALVO
Como prioridade, a ideia é realizar as atividades de sensibilização e de
capacitação mencionadas nesta campanha nos vários grupos interessados do
governo, das empresas e da indústria, com especial atenção às PMEs.
Entre os segmentos de público-alvo desta campanha estão:
ƒ As associações ou câmaras industriais
ƒ As PMEs do setor químico
ƒ O s sindicatos ou organizações operárias

PROPOSTA DE PLANO DE CAPACITAÇÃO


A proposta é a de realizar todos os seminários, conferências e oficinas
possíveis, utilizando dos recursos disponíveis para as autoridades competentes
de cada Estado-Parte trabalharem o conteúdo desta campanha. As
câmaras/associações industriais e os sindicatos também podem colaborar para
a realização destas capacitações.
O conteúdo proposto para este módulo de capacitação introdutório estará
focado nos seguintes temas:
ƒ Introdução ao GHS
ƒ O que é uma Ficha de informação de Segurança FISPQ?

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o Disponibilidade das FISPQ


o Alcance e aplicação
o Fornecimento da informação
ƒ O GHS e as Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos
o Formato e conteúdo das FISPQ
o Fontes de informação para elaborar as FISPQ
o Manual geral para atualizar as FISPQ
ƒ Exemplo de ficha de informação de segurança GHS
ƒ Mesa redonda de intercâmbio de ideias.

Devem ser consideradas as seguintes estruturas e elementos no


desenvolvimento deste módulo de capacitação:
• Introdução
• Objetivos da capacitação
• Termos e definições
• Bases científicas, referências ao “The Purple Book” (Livro Púrpura) do GHS e
outros textos legais relacionados
• Acessibilidade e Fontes de informação
• Casos práticos (exemplos)
• Perguntas e respostas

MATERIAL DE CAPACITAÇÃO
No Anexo IV deste documento está o material de capacitação para esta
campanha, elaborado a partir do “The Purple Book” e seguindo com a
abordagem desta campanha.
O material é um manual destinado às PMEs e elaborado a partir do “The Purple
Book”, onde se descreve de forma clara e didática a metodologia para a
elaboração e compreensão das fichas de segurança dos produtos químicos em
qualquer das etapas da cadeia de produção dos mesmos. O material está
pensado para ser impresso em tamanho A4.
O material de capacitação previsto para esta campanha será apresentado em
espanhol e em português no Relatório Final deste projeto.

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7. RESULTADO 5:
Campanha de comunicação em massa planificada e projetada, sobre o
significado do conjunto de pictogramas que representam os diversos perigos
identificados no GHS e associados à gestão de produtos químicos.
A seguir, é descrita a proposta de campanha de comunicação em massa
destinada ao público em geral e às PMEs, sobre o significado do conjunto de
pictogramas que representam os diversos perigos identificados no GHS e
associados à gestão de produtos químicos.

MATERIAL DE COMUNICAÇÃO
A estratégia de comunicação desta campanha estará baseada principalmente na
elaboração de peças gráficas, cartazes ou posters, elaborados a partir do “The
Purple Book” (Livro Púrpura) para seu uso em futuras campanhas de difusão dos
conjuntos de pictogramas do GHS.
As peças gráficas serão destinadas respectivamente ao público em geral e aos
trabalhadores das PMEs para serem publicadas em:
• Locais de trabalho (PMEs) de setores vinculados à cadeia de produção de
produtos químicos (da matéria prima ao consumidor final): PMEs onde são
utilizados e/ou produzidos produtos químicos, PMEs que os manipulam,
distribuem e os transportam, PMEs que os vendem.
• Instituições públicas vinculadas à temática do GHS
• Instituições técnicas educativas de níveis médio e superior.
No Anexo V do presente relatório encontra-se a opção selecionada para esta
campanha pelas Coordenações Nacionais do SGT N° 6 do material impresso
(poster/cartazes) em tamanho A2.
O material de comunicação previsto para esta campanha será apresentado em
espanhol e em português no Relatório Final deste projeto.

PLANO DE DISTRIBUIÇÃO
Alguns exemplos de atividades que podem ser implementadas para distribuir o
material de comunicação proposto para esta campanha:
1. Distribuição direta para os órgãos ou instituições governamentais
relacionadas com a temática do GHS:
2. Mecanismos de informação virtuais: criar ou modificar um capítulo dentro
dos sites existentes das instituições envolvidas com o GHS para publicar o

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material de comunicação proposto para esta campanha junto com informações


básicas sobre o GHS.
4. Distribuição direta para associações ou câmaras industriais, sindicatos, ou
diretamente às empresas.
5. Distribuição eletrônica através do uso do correio eletrônico para contatos-
chave dos segmentos de público-alvo. Utilizando as bases de dados dos
contatos que estiverem disponíveis para as autoridades ou câmaras/associações
industriais, ONGS, Associações de consumidores, etc.

Para esta campanha de comunicação e sensibilização devem ser consideradas


as diferenças existentes entre os Estados-membros com relação às capacidades
existentes para a realização desta campanha e, principalmente, sobre as
diferenças existentes em termos da extensão do país e de sua população. No
caso da Argentina e do Brasil, a distribuição física do material pode ser mais
complexa por causa da extensão territorial. Nestes casos é fundamental
comprometer as autoridades locais relevantes nesta campanha para facilitar a
distribuição do material de comunicação, seguindo, por exemplo, uma lógica
tripartite, com a participação local de representantes do governo,
trabalhadores (sindicatos), indústria (associações e câmaras industriais) e
universidades e instituições tecnológicas.

PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA
A previsão orçamentária é feita em dólares americanos como referência para
cada um dos Estados-membros.
Para esta campanha de comunicação e sensibilização devem ser consideradas
as diferenças existentes entre os Estados-membros em termos das capacidades
existentes para a realização desta campanha e principalmente em termos das
diferenças existentes com relação à extensão/população. O tamanho do
segmento de público-alvo é diferente para cada Estado-Membro o que incidirá
diretamente na previsão orçamentária.
O custo estimado para a produção do material impresso, com uma alta
qualidade, é aproximadamente US$ 200 por cada dez posters. A partir desta
cifra, e dependendo do orçamento disponível em cada Estado-Membro, as
Autoridades competentes podem decidir a quantidade de elementos a produzir,
considerando também o tamanho do segmento do público-alvo local. Estes
custos podem ser reduzidos se combinados à distribuição do material
eletronicamente por meio do uso do correio eletrônico.

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ANEXOS - PROPOSTAS DE MATERIAIS/GUIAS/MANUAIS

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ANEXO I – MATERIAL SELECIONADO PARA O RESULTADO 1
FOLHETO 1.1 – GHS
Perigos para o ambiente Empresa responsável
Rotulagem de Produtos
Endereço

Químicos
Telefone

Meio Ambiente: Líquido e vapores muito inflamáveis.


Tóxico em caso de inalação.
Tóxico em contato com a pele.
Tóxico em caso de ingestão.
Provoca danos nos órgãos. PERIGO
Manter distante de fontes de calor, faíscas,
chama aberta ou superfícies quentes. — Não fumar.
Manter o recipiente hermeticamente fechado.
Causar efeitos adversos para os organismos aquáticos Levar luvas/roupa/ óculos/máscara de proteção.
EM CASO DE CONTATO COM A PELE: Lavar com água e

Sistema Globalmente
sabão abundantes.
(peixes, crustáceos, algas, outras plantas aquáticas, etc.). Armazenar em um lugar bem ventilado. Manter em lugar
fresco.
Eliminar o conteúdo/ recipiente em.

Formatos de etiquetas Harmonizado


Os elementos que constam do rótulo GHS são:
• Símbolos ou pictogramas de perigo.
• Palavra de advertência: "PERIGO" ou
"CUIDADO".
• Identificação de produto:
deve corresponder à identificação da ficha de
informação de segurança. Espaço para a institucionalização
• Identificação do fornecedor: deve indicar
o endereço, nome e número de telefone do
fabricante ou fornecedor.
• Indicações de perigo: são declarações
designadas a uma classe e categoria para
descrever a característica do perigo.
• Declarações de precaução: frases que
descrevem as medidas recomendadas que
devam ser adotadas para minimizar ou prevenir
os efeitos adversos causados pela exposição a
um produto de risco.

Este folheto destina-se a informar os consumidores sobre as mudanças na rotulagem de produtos químicos
Sistema PICTOGRAMAS GHS
Globalmente Perigos à saúde
Armonizado
O Sistema Globalmente Harmonizado de classificação e
rotulagem de produtos químicos (GHS) é uma iniciativa
internacional das Nações Unidas que aborda a
classificação dos produtos químicos por tipos de perigos e
propõe elementos de comunicação de perigos
harmonizados internacionalmente, com rótulos e Fichas
de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ).

Objetivo do GHS
Seu objetivo principal é estabelecer uma base comum e
coerente para a classificação e comunicação de perigos
químicos com vistas a garantir que estas informações
estejam disponíveis em forma adequada, de modo a
melhorar a proteção da saúde humana e o meio ambiente
durante o manuseio, transporte e utilização dos produtos
químicos.

Vantagens do GHS
Está previsto que a aplicação do GHS permita:
• aumentar a proteção da saúde humana e do meio
ambiente ao disponibilizar um sistema internacionalmente
compreensível;
• proporcionar um conjunto de critérios de classifi-
cação de perigos a ser utilizado no âmbito da legislação e
para os usuários finais;
• facilitar o comércio internacional dos produtos
químicos cujos perigos tenham sido internacionalmente
reconhecidos, e
• reduzir a necessidade de testes e avaliações em
função dos múltiplos sistemas de classificação.
FOLHETO 1.2. FICHAS DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS
QUÍMICOS
Disponibilidade das FISPQ
O fornecedor de um produto químico perigoso deverá
Formato das FISPQ
De acordo com o estabelecido no documento do GHS,
disponibilizar para o receptor/usuário uma FISPQ completa,
onde sejam fornecidas informações as informações da FISPQ deverão ser apresentadas
relevantes sobre segurança, saúde e meio ambiente para o seguindo as 16 seções na ordem indicada:
uso seguro do referido produto.
1. Identificação do produto
O usuário das FISPQ é o responsável por escolher a melhor 2. Identificação do perigo ou perigos
forma de informar e capacitar os 3. Composição/informação sobre os componentes
trabalhadores, no mínimo, na identificação do produto, sua 4. Primeiros socorros
composição, identificação de riscos, medidas de primeiros 5. Medidas de combate a incêndios
socorros, medidas de combate a incêndios, medidas de 6. Medidas a serem adotadas para derramamentos acidentais
controle para derramamentos ou 7. Manipulação e armazenagem
vazamentos, instruções de manipulação e 8. Controles de exposição/proteção pessoal
armazenagem, medidas de controle da exposição e proteção 9. Propriedades físico-químicas
pessoal, informação sobre a estabilidade e reatividade, 10. Estabilidade e reatividade
informação toxicológica e considerações sobre a eliminação 11. Informação toxicológica
dos produtos químicos perigosos. 12. Informação ecotoxicológica
13. Informação relativa à eliminação dos produtos
Ao formular as instruções específicas para o local de 14. Informação relativa ao transporte
trabalho, o usuário deverá levar em consideração as reco- 15. Informação sobre a regulamentação
mendações pertinentes da FISPQ para cada produto 16. Outras informações.
químico.
!
Os usuários das FISPQ são os responsáveis por agir de
acordo com uma avaliação de riscos, levando em conta as
condições de uso do produto químico,
adotando as medidas de precaução necessárias em uma
situação de trabalho determinada e mantendo os trabalha-
dores informados sobre os riscos relevantes para seu local
de trabalho.
FICHAS DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA Escopo e aplicação
SISTEMA GLOBALMENTE DE PRODUTOS QUÍMICOS
As FISPQ devem ser elaboradas para todos os
As Fichas de Informação de Segurança de Produtos
HARMONIZADO Químicos (FISPQ) são documentos que constituem
produtos químicos que satisfizerem os critérios
harmonizados do GHS relativos aos perigos físicos, à
uma importante ferramenta de comunicação na saúde e ao meio ambiente e para todas as misturas
O Sistema Globalmente Harmonizado de classificação e
rotulagem de produtos químicos (GHS) é uma cadeia de fornecimento de produtos químicos, facili- contendo substâncias que satisfaçam os critérios do
iniciativa internacional das Nações Unidas que aborda a tando a todos os agentes que nela intervêm o cum- GHS relativos à carcinogenicidade, toxicidade para a
classificação dos produtos químicos por tipos de perigos e primento de suas responsabilidades com vistas à reprodução ou toxidade sistêmica específica de
propõe elementos de comunicação de perigos harmonizados gestão segura de riscos, derivados do uso dos referi-
órgãos alvo em concentrações que ultrapassem os
internacionalmente, com rótulos e Fichas de Informação de dos produtos. A FISPQ proporciona informações
Segurança de Produtos Químicos (FISPQ).
valores de corte estabelecidos pelo GHS.
completas para a gestão dos produtos químicos no
local de trabalho. A autoridade competente de cada país pode requerer,
Objetivo do GHS ainda, as FISPQ para produtos químicos que, apesar
Seu objetivo principal é estabelecer uma base comum e
coerente para a classificação e comunicação de perigos
Importância das FISPQ de não estarem classificados como perigosos,
químicos com vistas a garantir que estas informações A FISPQ constitui uma fonte de informação contenham substâncias perigosas em determinadas
estejam disponíveis em forma adequada, de forma a melho- fundamental para os trabalhadores e para as pessoas concentrações.
rar a proteção da saúde humana e o meio ambiente durante o responsáveis na empresa pela gestão dos riscos dos
manuseio, transporte e utilização dos produtos químicos. produtos químicos perigosos no local de trabalho. É
importante que os trabalhadores leiam a FISPQ
Vantagens do GHS cuidadosamente e compreendam seu conteúdo antes
Está previsto que a aplicação do GHS permita: de começar a trabalhar com um produto químico
• aumentar a proteção da saúde humana e do meio perigoso para que possa ser armazenado, manuseado
ambiente ao disponibilizar um sistema internacionalmente ou usado de forma segura.
compreensível;
• proporcionar um conjunto de critérios de classificação
de perigos a ser utilizado no âmbito da legislação e para os Nem toda as informações sobre os perigos de uma
usuários finais; substância química ou as instruções para armazena-
• facilitar o comércio internacional dos produtos químicos gem, manuseio e uso podem ser veiculadas nos
cujos perigos tenham sido internacional rótulos. Na maioria dos casos, a FISPQ contém muito
mente reconhecidos, e
• reduzir a necessidade de testes e avaliações em função
mais informações sobre um produto químico perigoso
dos múltiplos sistemas de classificação. da que aparece no rótulo.
OUTRAS MATERIAIS DESENVOLVIDOS PARA O RESULTADO 1
Fichas de Informação de
segurança Aplicação do GHS
As Fichas de Informação de Segurança de Produtos Os elementos de classificação e comunicação do GHS
Químicos (FISPQ) são documentos que constituem constituem a base dos programas para garantir o uso
uma importante ferramenta de comunicação na cadeia seguro dos produtos químicos. Os primeiros dois
de fornecimento, facilitando a todos os agentes que passos em qualquer programa com esse objetivo são a
nela intervêm, o cumprimento de suas identificação do ou dos perigos intrínsecos
responsabilidades com vistas à gestão segura de (classificação) e a comunicação dessas informações.
riscos, derivados do uso de substâncias e misturas. A
FDS fornece informação completa visando a garantir o
uso seguro de produtos químicos no local de trabalho.
O projeto dos elementos de comunicação do GHS
As informações das FISPQ deverão ser apresentadas reflete as diferentes necessidades do público alvo, tais
seguindo as 16 seções abaixo, na ordem em que estão como trabalhadores e consumidores.
relacionadas:

1. Identificação do produto

2. Identificação do perigo ou perigos

3. Composição/informação sobre os componentes

4. Primeiros socorros

5. Medidas de combate a incêndios


Sistema Globalmente
6. Medidas que devem ser adotadas para
derramamentos acidentais Harmonizado para a
7. Manuseio e armazenagem Classificação e
8. Controles de exposição/proteção pessoal
Espaço para a Rotulagem de
9. Propriedades físico-químicas institucionalização Produtos Químicos
10. Estabilidade e reatividade

11. Informação toxicológica

12. Informação ecotoxicológica

13. Considerações sobre disposição dos produtos

14. Informações sobre transporte Espacio para logo(s)


15. Informação sobre a regulamentação autoridade(s)
16. Outras informações. competente(s)
Rótulos GHS
O rótulo de um produto químico, define-se no GHS
como o conjunto de elementos de informação escritos,
impressos ou gráficos relativos a esse produto químico
O GHS tem entre seus principais objetivos perigoso, escolhidos em razão de sua pertinência para
identificar se um produto quí
químico apresenta o setor ou os setores de que se trate, que são aderidos
propriedades que o classifiquem como ou impressos no recipiente contendo o produto
perigoso. perigoso ou na sua embalagem externa.

Uma vez que o produto tenha sido


classificado, os perigos detectados precisam
ser comunicados para os demais agentes da Os elementos que constam do rótulo GHS são:
cadeia de fornecimento, incluí
incluídos os
a) Símbolos ou pictogramas de perigo
consumidores.
b) Palavra de advertência: “PERIGO” ou “CUIDADO”.

c) Identificação do produto: deve corresponder com a


identificação da ficha de dados de segurança.

d) Identificação do fornecedor: deve indicar o


O que é o GHS? Vantagens do GHS endereço, nome e números de telefone.

O GHS representa o "Sistema Globalmente As vantagens da aplicação do GHS são as seguintes: e) Identificações de perigo: são declarações
Harmonizado de Classificação e Rotulagem de designadas a uma classe e categoria para descrever a
a) Melhora a proteção da saúde humana e do meio
Produtos Químicos". O GHS é um sistema que define e ambiente índole do perigo.
classifica os perigos dos produtos químicos, e
estabelece os elementos de comunicação desses b) reduz a necessidade de realizar testes e avaliações f) Declarações de precaução: frases que descrevem as
dos produtos químicos; e medidas recomendadas que deveriam ser adotadas
perigos na informação dos rótulos e das fichas de
dados de segurança. para minimizar ou prevenir os efeitos adversos
c) Facilita o comércio internacional dos produtos
químicos causados pela exposição a um produto de risco.
Uma equipe internacional de especialistas em
comunicação de riscos das Nações Unidas é
responsável pelo desenvolvimento e atualização deste
sistema.
Escopo do GHS
Objetivos do GHS
O objetivo é a adoção e utilização, no mundo inteiro, O GHS abrange todos os produtos químicos perigosos.
do mesmo conjunto de regras para a classificação dos Não há isenções completas, no âmbito do GHS, para
perigos dos produtos químicos, e o mesmo formato e tipo particular de substância ou de produto químico.
conteúdo nos rótulos e Fichas de Informação de Cabe destacar que o termo “produto químico” é usado
Segurança de Produtos Químicos (FISPQ). amplamente para designar substâncias puras, diluídas,
produtos, misturas, preparados ou quaisquer outros
termos usados nos sistemas existentes.
SISTEMA GLOBALMENTE HARMONIZADO
CLASSIFICAÇÃO E ROTULAGEM DE PRODUTOS QUIMICOS
GHS
O uso de produtos químicos para aumentar e melhorar a vida constitui uma prática generalizada
no mundo inteiro. Porém, juntamente com os benefícios destes produtos, existe também a
possibilidade de ocorrência de efeitos adversos para as pessoas ou para o meio ambiente.
Portanto, muitos países e organizações desenvolveram leis ou regulamentações específicas
para o setor ao longo dos anos. Esta legislação exige a preparação e transmissão de
informações sobre os perigos químicos para os diferentes grupos de pessoas que os utilizam,
através dos rótulos dos referidos produtos ou das Fichas de Informação de Segurança de
Produtos Químicos (FISPQ).

O Sistema Globalmente Harmonizado de classificação e rotulagem de produtos químicos (GHS)


é uma iniciativa internacional das Nações Unidas que aborda a classificação dos produtos
químicos por tipos de riscos e propõe elementos de comunicação de perigos harmonizados
globalmente, com rótulos e fichas de dados de segurança.

O texto oficial completo do Sistema (“Livro Púrpura” do GHS) pode ser consultado no sitio Web:
http://www.unece.org/trans/perigo/publi/ghs/ghs_welcome_e.html.

Por que o GHS foi desenvolvido?


Apesar de as leis e regulamentações de gestão de produtos químicos existentes em muitos
países industrializados serem similares, elas podem ser suficientemente diferentes para gerar a
necessidade de múltiplos rótulos e Fichas de Informação de Segurança para o mesmo produto,
tanto internamente como no comércio exterior. Vários países têm requisitos diferentes para
definições e critérios dos perigos dos produtos químicos bem como para as informações a serem
divulgadas nos rótulos ou fichas de dados de segurança. Por exemplo, um produto pode ser
considerado inflamável ou tóxico por um organismo ou país, mas não por outro país. No entanto,
as necessidades do comércio internacional exigem uma linguagem mais uniforme e coerente;
por isso, a organização das Nações Unidas, oferece a possibilidade de harmonizar a rotulagem
dos produtos químicos globalmente, através do GHS.

Objetivo do GHS
O objetivo principal é o de estabelecer uma base comum e coerente para a classificação e
comunicação de perigos químicos e garantir que as informações estejam disponíveis com vistas
a melhorar a proteção da saúde humana e o meio ambiente durante o manuseio, transporte e
utilização desses produtos químicos.

Portanto, o sistema inclui critérios de classificação para todos os produtos químicos, apontando
claramente os perigos físicos, para a saúde e o meio ambiente, considerando não apenas os
elementos próprios da comunicação, mas também o meio para veicular essa comunicação
através de rótulos e de Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos.

Vantagens do GHS
Está previsto que a aplicação do GHS permita:
ƒ melhorar a proteção da saúde humana e do meio ambiente ao disponibilizar um sistema
compreensível internacionalmente;
ƒ proporcionar uma base de trabalho reconhecida para o desenvolvimento de
regulamentos destinados aos países que ainda não tenham sistemas;
ƒ proporcionar um conjunto de critérios de classificação para serem utilizados no marco da
legislação para os usuários finais;
ƒ facilitar o comércio internacional dos produtos químicos cujos perigos tenham sido
internacionalmente reconhecidos, e
ƒ reduzir a necessidade de testes e avaliações em função dos múltiplos sistemas de
classificação.

As vantagens tangíveis para os governos são as seguintes:


ƒ menos acidentes e incidentes ocasionados pelos produtos químicos;
ƒ diminuição dos gastos com a saúde pública;
ƒ maior proteção aos trabalhadores e ao público em relação aos perigos dos produtos
químicos;
ƒ redução dos custos, sendo facilitada a coordenação para a legislação, a aplicação e a
supervisão;
ƒ melhoria da coordenação e cooperação interministerial e inter-organismos;
ƒ evitar esforços duplicados com a criação de sistemas nacionais;
ƒ redução dos custos de aplicação das regulamentações, e
ƒ melhoria da comunicação dos problemas sobre os produtos químicos, local e
internacionalmente.

As vantagens para as empresas incluem, entre outras, as seguintes:


ƒ o ambiente de trabalho e o transporte de produtos químicos serão mais seguros, e
melhoria nas relações com os funcionários;
ƒ melhoria da eficiência e redução dos custos em decorrência do cumprimento das
regulamentações de comunicação de perigos;
ƒ aplicação de sistemas desenvolvidos por especialistas resultando em maximização dos
recursos especializados e minimização de trabalho e de custos;
ƒ facilitação dos sistemas de transmissão eletrônica com escopo internacional;
ƒ expansão de programas de treinamento em saúde e segurança;
ƒ redução de custos em decorrência da diminuição do número de acidentes e doenças, e
ƒ melhoria da imagem e credibilidade das empresas.

As vantagens para os trabalhadores e para o público incluem, entre outras:


ƒ melhoria da segurança para os trabalhadores, consumidores e outros interessados
através da comunicação coerente e simplificada sobre os perigos dos produtos químicos
e práticas seguras a ser observadas para o uso e o manuseio dos produtos, e
ƒ aumento da consciência sobre os perigos, resultando no uso seguro de produtos
químicos no local de trabalho e no lar.

Escopo do GHS
O GHS abrange todos os produtos químicos que apresentam perigos. Não há isenções
completas, no âmbito do GHS, para tipo particular de substância ou de produto químico.
Cabe destacar que o termo “produto químico” é usado amplamente para designar substâncias
puras, diluídas, produtos, misturas, preparados ou quaisquer outros termos usados nos sistemas
existentes.

Em certas etapas do ciclo de vida dos produtos químicos, pode acontecer que não estejam
contemplados pelo GHS. Por exemplo, no ponto de consumo, durante a ingestão humana, a
aplicação intencional em animais, alguns produtos tais como produtos farmacêuticos humanos
ou veterinários geralmente não são rotulados de acordo com os sistemas de comunicação de
perigo atualmente existentes.

O objetivo do GHS é identificar os perigos intrínsecos dos produtos químicos, e propiciar as


informações sobre eles. O GHS não pretende harmonizar os procedimentos de avaliação de
riscos ou as decisões em matéria de gestão de riscos.

Os principais setores/públicos-alvo do GHS são o transporte, o local de trabalho, os


consumidores e a agricultura (pesticidas).

Comunicação de perigos
Um dos objetivos do GHS foi o de desenvolver um regime harmonizado de comunicação de
perigos, incluindo rótulos, Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos e símbolos
facilmente identificáveis baseados nos critérios de classificação estabelecidos para o GHS.
Estes meios de comunicação dos perigos dos produtos químicos contêm as informações sobre
os perigos sob a forma de pictogramas, palavras de advertência e outros elementos de
comunicação.

O objetivo destas ferramentas é apresentar as informações sobre os perigos de maneira


compreensível em relação a produtos químicos que possam constituir um perigo físico, para a
saúde ou para o meio ambiente durante seu manuseio ou uso normal.

Rotulagem GHS
O rótulo de um produto químico é definido no GHS como o conjunto de elementos de informação
escritos, impressos ou gráficos relativos a esse produto químico perigoso, escolhidos em razão
de sua pertinência para o setor ou os setores em questão, aderidos ou impressos no recipiente
contendo o produto perigoso ou na sua embalagem externa.

Os elementos que constam do rótulo GHS são:

ƒ Símbolos ou pictogramas: são indicações gráficas do perigo


Pictogramas e classes de perigo do GHS

Comburente • Inflamável
• Autorreativo Explosivos
• Pirofórico • Autorreativo
• Auto-aquecíveis • Peróxidos orgânicos
• Emite gás inflamável
• Peróxido orgânico

Gás sob pressão


• Toxicidade aguda (severa) • Corrosivo aos metais
• Corrosão da pele
• Danos sérios aos olhos

• Carcinogenicidade • Toxicidade aquática (aguda) • Toxicidade aguda (nociva)


• Sensibilização respiratória • Toxicidade aquática (crônica) • Irritação da pele
• Sensibilização dérmica
• Toxicidade à reprodução • Toxicidade específica de órgão alvo
• Toxicidade sistêmica em órgão alvo (exposição única)
(exposição múltipla) • Perigoso para a camada de ozônio
• Mutagenicidade em células
germinativas
• Perigoso por aspiração

ƒ Palavra de advertência: indica o nível relativo de severidade do perigo. Estas palavras


são apenas duas: “PERIGO” (utilizada para as categorias mais severas) ou “CUIDADO”.
ƒ Declarações de perigo: frases padrão designadas para uma classe e categoria para
descrever a índole do perigo e o grau do mesmo quando aplicável.
ƒ Declarações de precaução: frases que descrevem as medidas a ser adotadas para
minimizar ou prevenir a ocorrência de efeitos adversos causados pela exposição a um
produto de risco.
ƒ Identificação do produto: deve corresponder com a identificação da ficha de dados de
segurança. Deve incluir a identidade química e, se for aplicável, a designação oficial
para o transporte de acordo com a Regulamentação Modelo para o transporte de
mercadorias perigosas.
ƒ Identificação do fornecedor: deve indicar o endereço, nome e números telefônicos.
Exemplo de um rótulo GHS

Empresa responsável
METANOL
Endereço CAS Nº67-56-1
Telefone

Líquido e vapores muito inflamáveis.


Tóxico se inalado.
Tóxico em contato com a pele.
Tóxico se ingerido.
Provoca danos nos órgãos ...... PERIGO
Manter longe do calor, faíscas, chamas ou
superfícies quentes. — Não fumar.
Manter o recipiente fechado.
Usar luvas/roupas/ óculos/máscara de proteção.
EM CASO DE CONTATO COM A PELE: Lavar bem com
abundante água e sabão.
Armazenar em local com ventilação adequada. Manter
em local arejado.
Dispor conteúdo/ recipiente em …

200 LITROS UM 1230

Fichas de dados de segurança


As Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos(FISPQ) são documentos que
constituem uma importante ferramenta de comunicação na cadeia de fornecimento, facilitando a
todos os agentes que nela intervêm, o cumprimento de suas responsabilidades com vistas à
gestão segura de riscos, derivados do uso de produtos químicos. A FISPQ fornece informação
completa visando a garantir o uso seguro de produtos químicos no local de trabalho

As informações da FISPQ devem ser apresentadas seguindo as 16 seções abaixo, na ordem em


que estão relacionadas

1. Identificação do produto
2. Identificação do perigo ou perigos
3. Composição/informação sobre os componentes
4. Primeiros socorros
5. Medidas de combate a incêndios
6. Medidas que devem ser adotadas para derramamentos acidentais
7. Manuseio e armazenagem
8. Controles de exposição/proteção pessoal
9. Propriedades físico-químicas
10. Estabilidade e reatividade
11. Informação toxicológica
12. Informação ecotoxicológica
13. Considerações sobre disposição dos produtos
14. Informações sobre transporte
15. Informação sobre a regulamentação
16. Outras informações.
Informações mínimas que devem constar em uma FISPQ

1 Identificação do produto a) Identificação do produto no GHS;


b) Outros meios de identificação;
c) Uso recomendado do produto químico e restrições de uso;
d) Dados do fornecedor (nome, endereço, telefone, etc.);
e) Número de telefone para emergências;
2 Identificação do perigo ou perigos a) Classificação da substância/mistura no GHS e quaisquer
informações nacionais ou regionais;
b) Elementos do rótulo GHS, incluindo declarações de precaução.
(símbolos de perigo podem ser fornecidos como reprodução gráfica
em preto e branco ou através do nome do símbolo (por exemplo,
chama, caveira sobre ossos cruzados);
c) Outros perigos que não constem na classificação (por exemplo,
risco de explosão de poeira) ou que não são cobertos pelo GHS;
3 Composição/informações Substâncias
sobre os componentes a) Identidade química;
b) Nome comum, sinônimos, etc.;
c) Número CAS e outros identificadores únicos;
d) Impurezas e aditivos estabilizantes que sejam classificados e que
contribuam para a classificação da substância;
Misturas
A identidade química e concentração ou faixa de concentração de
todos os componentes considerados perigosos segundo os critérios
do GHS e que estejam presentes em níveis acima de seus níveis de
corte/limites de concentração.
4 Primeiros socorros a) Descrição das medidas necessárias, discriminadas de acordo com
as diferentes rotas de exposição, ou seja, inalação, contato com pele
e olhos e ingestão;
b) Sintomas/efeitos mais importantes, agudos e retardados;
c) Indicação da necessidade de receber atendimento médico
imediato e tratamentos especiais requeridos, se necessário;
5 Medidas de combate a a) Meios de extinção adequados (ou não adequados);
incêndios b) Riscos específicos dos produtos químicos, por exemplo, natureza
de qualquer produto combustível perigoso;
c) Equipamentos especiais de proteção para os bombeiros
6 Medidas para derramamentos a) Precauções individuais, equipamentos de proteção e
acidentais procedimentos de emergência;
b) Precauções ambientais;
c) Métodos e materiais para contenção e limpeza;
7 Manuseio e a) Precauções para manuseio seguro;
armazenagem b) Condições de armazenagem segura, incluindo incompatibilidades;
8 Controles de a) Parâmetros de controle: limites ou valores de corte de exposição,
exposição/proteção ocupacionais ou biológicos;
pessoal b) Controles de engenharia apropriados;
c) Medidas de proteção individual, como equipamentos de proteção
pessoal;
9 Propriedades físico-químicas a) Aparência (estado físico, cor, etc.);
b) Odor;
c) Limites de odor;
d) pH;
e) Ponto de fusão/ponto de congelamento;
f) Ponto de início e faixa de ebulição;
g) Ponto de fulgor;
h) Taxa de evaporação;
i) Flamabilidade (sólido/gases);
j) Limites superiores/inferiores de flamabilidade ou explosão;
k) Pressão de vapor;
l) Densidade de vapor;
m) Densidade relativa;
n) Solubilidade(s);
o) Coeficiente de partição em n-octanol/água;
p) Temperatura de auto-ignição;
q) Temperatura de decomposição;
r) Viscosidade;
10 Estabilidade e reatividade a) Reatividade;
b) Estabilidade química;
c) Possibilidade de reações perigosas;
d) Condições a serem evitadas (por exemplo, descargas estáticas,
choques ou vibrações);
e) Materiais incompatíveis;
f) Produtos perigosos de decomposição;
11 Informação toxicológica Descrição concisa e abrangente dos vários efeitos toxicológicos para
a saúde e dos dados disponíveis usados para identificar esses
efeitos, incluindo:
a) Informações sobre as possíveis rotas de exposição (inalação,
ingestão, contacto com a pele ou os olhos);
b) Sintomas relacionados com as características físicas, químicas e
toxicológicas;
c) Efeitos imediatos e retardados e também efeitos crônicos de
exposição curta e prolongada;
d) Medidas numéricas de toxicidade (como estimativas de toxicidade
aguda);
12 Informação ecotoxicológica a) Ecotoxicidade (aquática e terrestre, quando houver informações
disponíveis);
b) Persistência e degradabilidade;
c) Potencial de bioacumulação;
d) Mobilidade no solo;
e) Outros efeitos adversos;
13 Considerações sobre disposição Descrição dos resíduos e informações sobre métodos seguros de
dos produtos manuseio e disposição, incluindo disposição de embalagens
contaminadas.
14 Informações sobre a) Número da ONU;
transporte b) Designação oficial de transporte das Nações Unidas;
c) Classe(s) de risco no transporte;
d) Grupos de embalagens, se aplicável;
e) Riscos para o meio ambiente (por exemplo: Poluente marinho
(Sim/Não));
f) Transporte a granel (de acordo com o Anexo II da convenção
MARPOL 73/78 e com o Código IBC);
g) Precauções especiais que um usuário precisa conhecer ou adotar
durante o transporte ou traslado dentro ou fora de suas premissas;
15 informações sobre regulamentação Disposições específicas sobre segurança, saúde e ambientais para o
produto em questão.
16 Outras informações incluídas as relativas à preparação e atualização das FISPQ
ANEXO II –MATERIAL –RESULTADO 2
ECONORMAS MERCOSUR

Cooperação União Europeia - Mercosul

Convênio de Financiamento N° DCI – ALA/2009/19707

Programa de apoio ao aprofundamento do processo de


integração econômica e desenvolvimento sustentável do
MERCOSUL

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Documento de orientação básica sobre o GHS

Este Projeto é É realizado


financiado pela
pelo
UNIÃO EUROPEIA
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« O presente documento oferece informações de orientação sobre o Sistema


Globalmente Harmonizado de classificação e rotulagem de produtos químicos
(GHS). Entretanto, deve-se recordar aos usuários que o texto do “The Purple
Book” (Livro Púrpura) do GHS é a única referência válida e que a informação
contida no presente documento não tem caráter de assessoramento legal.

O conteúdo deste documento é de responsabilidade exclusiva de Rivendell


International e, em nenhum caso, se deve considerar que reflete os pontos de
vista da União Europeia, do MERCOSUL ou de seus Estados-membros.»

Entidad de Gestión: Laboratorio Tecnológico del Uruguay


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Conteúdo
1. Introdução ao GHS ....................................................................................................... 4

1.1. O que é o GHS?.........................................................................................5


1.2 Por que o GHS foi criado?...........................................................................7
1.3. Benefícios do GHS...................................................................................11
1.4. Implementação do GHS internacionalmente ............................................13
1.5 Como o GHS será mantido e atualizado? .................................................16
1.6 Aplicação do GHS ....................................................................................17
1.7. Alcance do GHS.......................................................................................18

2. Classificação de produtos químicos............................................................................ 20

2.1. Perigos físicos ..........................................................................................53


2.2. Perigos para a saúde ...............................................................................55
2.3. Perigos para o meio ambiente..................................................................57
2.3. Fontes de informação para a classificação ..............................................29

3. Comunicação de perigos ............................................................................................ 32

3.1. Rotulagem ................................................................................................32


3.2. Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos ...................46
3.3. Atualização das FISPQ e ds rótulos.........................................................52

Anexo I. Glossário........................................................................................................... 53

Anexo II. Abreviaturas..................................................................................................... 56

Anexo III. Exemplo de ficha de informação de segurança GHS ..................................... 57

Anexo IV. Classificação de misturas............................................................................... 59

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1. Introdução ao GHS

A finalidade do presente documento é servir de Manual para a introdução ao


conhecimento dos elementos básicos do Sistema Globalmente Harmonizado de
classificação e rotulagem de produtos químicos (GHS) das Nações Unidas,
destinado a atores envolvidos na temática e aos não-especialistas na matéria.

O uso de produtos químicos para aumentar e melhorar a vida é uma prática


generalizada em todo o mundo. Porém junto aos benefícios destes produtos,
também existe a possibilidade de efeitos adversos para as pessoas ou para o
meio ambiente. Como resultado, um número de países e organizações
desenvolveram leis ou regulações ao longo dos anos que exigem a preparação
e transmissão de informação sobre os perigos químicos, visando a quem utiliza
tais produtos químicos, através dos rótulos ou das Fichas de Informação de
Segurança de Produtos Químicos (FISPQ). Dado o grande número de produtos
químicos disponíveis, a regulação individual de todos não é possível, seja qual
for a entidade.

O GHS é uma iniciativa internacional das Nações Unidas que aborda a


classificação dos produtos químicos por tipos de risco e propõe elementos de
comunicação de perigos harmonizados internacionalmente, com rótulos e Fichas
de Informação de Segurança de Produtos Químicos. Seu objetivo é garantir que
a informação existente sobre os perigos físicos e a toxicidade dos produtos
químicos esteja disponível com o fim de melhorar a proteção da saúde humana
e do meio ambiente durante o manuseio, transporte e utilização destes produtos
químicos.

O GHS também proporciona uma base para a harmonização de normas e


regulamentos sobre os produtos químicos em nível nacional, regional e mundial
- um fator importante para facilitar o comércio.

O texto oficial completo do Sistema (“The Purple Book” (Livro Púrpura) GHS)
pode se consultado no seguinte link:

http://www.unece.org/trans/perigo/publi/GHS/GHS_welcome_e.html.

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1.1. O que é o GHS?

O GHS representa o "Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e


Rotulagem de Produtos Químicos". O GHS é um sistema que define e classifica
os perigos dos produtos químicos, e estabelece os elementos de comunicação
de tais perigos na informação dos rótulos e das Fichas de Informação de
Segurança de Produtos Químicos. O objetivo é que o mesmo conjunto de regras
para a classificação dos perigos dos produtos químicos, e o mesmo formato e
conteúdo dos rótulos e Fichas de Informação de Segurança de Produtos
Químicos (FISPQ) sejam adotados e utilizados em todo o mundo. Uma equipe
internacional de especialistas em comunicação de riscos das Nações Unidas
desenvolve e mantém atualizado este sistema.

O GHS tem entre seus principais objetivos determinar se um produto químico


apresenta propriedades intrínsecas que em sua classificação são vistas como
perigosas. Uma vez identificadas tais propriedades e classificado o produto, os
fabricantes, importadores, usuários e distribuidores do mencionado produto
químico perigoso, devem comunicar os perigos detectados aos outros agentes
da cadeia de fornecimento, incluídos os consumidores.

O perigo de um produto químico é seu potencial para causar danos,


dependendo das propriedades intrínsecas do produto. Neste sentido, a
avaliação do perigo é o processo pelo qual é valorizada a informação disponível
sobre as propriedades intrínsecas de um produto químico a fim de determinar
seu potencial para causar danos. Se a natureza e gravidade de um perigo
identificado se ajustarem aos critérios de classificação estabelecidos no GHS, a
classificação do perigo será a atribuição de uma descrição padronizada do
perigo ao que se faz referência, indicando se um produto químico causa danos à
saúde humana ou ao meio ambiente.

A classificação dos produtos químicos pretende refletir a natureza e gravidade


dos perigos intrínsecos de um produto químico. Não se deve confundir com a
avaliação de riscos, que relaciona um determinado perigo com a exposição
efetiva do ser humano ou do meio ambiente ao produto químico que apresenta

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perigo. Entretanto, o denominador comum da classificação e da avaliação de


riscos é identificar o perigo e sua avaliação.

O objetivo da rotulagem das embalagens e recipientes de produtos químicos é


permitir aos usuários conhecerem a identidade das substâncias químicas que
manipulam, os perigos presentes e as medidas preventivas a se tomar..

O GHS não constitui um regulamento nem uma norma. No documento do GHS


(denominado ““The Purple Book” (Livro Púrpura), como se indica na figura 1) se
estabelecem as disposições estipuladas para a comunicação e classificação de
perigos, com informação explicativa sobre como aplicar o Sistema. A primeira
edição do ““The Purple Book” (Livro Púrpura) do GHS estava destinada a servir
como base inicial para a implementação global do sistema, sendo adotada em
dezembro de 2002 e publicada em 2003. Desde então, este documento foi
atualizado, revisado e melhorado a cada dois anos, na medida em que surgem
as necessidades, e a experiência é adquirida em sua aplicação. A versão atual
do “The Purple Book” é a Revisão 4 do ano 2011. Espera-se que a Revisão 5 do
““The Purple Book” (Livro Púrpura) seja publicada em 2013. A Revisão 4 do
documento pode ser consultada no seguinte link:

http://www.unece.org/é/trans/danger/publi/GHS/GHS_rev04/04files_s.html

Figura 1. Documento do GHS “The Purple Book” (Livro Púrpura)

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Os elementos contidos no GHS proporcionam um mecanismo encaminhado a


reunir os requisitos básicos de todo sistema de comunicação de perigos, que
consiste em decidir se o produto químico obtido e/ou fornecido é perigoso e
elaborar um rótulo e/ou uma ficha de informação de segurança de produtos
químicos conforme for o caso. Por conseguinte, nos países onde foi aprovado o
GHS, as autoridades reguladoras devem adotar as disposições e os critérios
acordados, assim como aplicá-los através de seus próprios procedimentos e
processo de regulamentação, mais de que incorporar meramente o texto do
GHS em seus requisitos nacionais.

Em consequência, o documento sobre o GHS proporciona aos países,


elementos básicos de regulamentação para criar programas nacionais ou
modificar os já existentes em que se aborda a classificação dos perigos e a
difusão de informação sobre tais perigos, assim como medidas de proteção
conexas. Isto contribui a garantir o uso seguro dos produtos químicos ao longo
de todo o ciclo de vida dos mesmos.

1.2 Por que o GHS foi criado?

A elaboração e o uso de produtos químicos são fundamentais para todas as


economias no nível Mundial e têm um fator de importância no MERCOSUL.

Os produtos químicos incidem direta ou indiretamente em nossa vida e são


essenciais para nossa alimentação, nossa saúde e nosso estilo de vida. O uso
generalizado de produtos químicos criou a necessidade da elaboração de
regulamentos específicos por setor que podem diferir conforme os setores, tais
como o transporte, a produção, os lugares de trabalho, a agricultura, o comércio
e os produtos de consumo. O fato de dispor facilmente de informação sobre as
propriedades perigosas dos produtos químicos e sobre as medidas de controle
recomendadas permite administrar com segurança a produção, o transporte, o
uso e a eliminação dos produtos químicos. A gestão segura dos produtos
químicos acarreta na proteção da saúde humana e do meio ambiente.

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Embora as leis e os regulamentos vigentes em muitos países industrializados


sejam semelhantes, terminam por ser bastante diferentes como para solicitar
múltiplos rótulos para o produto em si e múltiplas Fichas de Informação de
Segurança de Produtos Químicos para o mesmo produto a escala nacional e
internacional. Vários países têm requisitos diferentes com relação às definições
e os critérios dos perigos e à informação que deve ser incluída nos rótulos ou
Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos. Por exemplo, um
produto pode ser considerado inflamável ou tóxico por um organismo ou país,
porém não por outro.

Ao comparar vários dos perigos, comprovamos o complexo que pode chegar a


ser cumprir todos os regulamentos nacionais e mundiais. A toxicidade aguda dos
produtos químicos por via oral (LD50) é um bom exemplo disso (Figura 2). Se
por um lado, a maioria dos sistemas em vigor cobre a toxicidade aguda, na
figura podemos comprovar que o que se considera perigoso varia
consideravelmente nos vários países ou sistemas. Estas diferenças fazem de
um mesmo produto perigoso em um país/sistema e não em outro. Sendo assim,
o mesmo produto poderá, por exemplo, ter diferentes rótulos e FISPQ.

Figura 2. Toxicidade Aguda por via oral (LD50)

Valor de toxicidade aguda LD50 (mg/kg)

Alto Perigoso Baixo


Organização/País/
Regulamento ou
< 500
Norma 0 ............ < 50 ............ < 5000 ............
............

> 500
< 50 > 50 < 500 <
ANSI/EUA/A 129.1
Altamente Tóxico Tóxico 2000
Nocivo

< 50 > 50 < 500


OSHA/EUA /HCS
Altamente Tóxico Tóxico

0 ≤ 50 > 50 ≤ 500 > 500 < > 5000


EPA/EUA /FIFRA
Toxicidade Categoria I Toxicidade 5000 Toxicidade

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Categoria II Toxicidade Categoria IV


Categoria
III

< 50 > 50 ≤ 500


CPSC/EUA/FHSA
Altamente Tóxico Tóxico

> 300
GHS ≤5 > 5 ≤ 50 > 50 ≤ 300 > 2000 ≤ 5000
≤ 2000

≤ 50 > 50 ≤ 500
Muito Tóxico Tóxico
WHMIS/Canadá WHMIS Classe D, Divisão WHMIS Classe
1, D, Divisão 1,
Subdivisão A Subdivisão B

< 25 > 25 < 200 > 200 < 2000


Austrália/NOHSC
Muito Tóxico Tóxico Nocivo

<1 >20 < 50 > 50 < 500


> 500 < 5000
México Extremadamente Altamente Moderadamente
Pouco tóxico
Tóxico Tóxico Tóxico

Estas diferenças nas definições de perigos são refletidas nos rótulos e nas
FISPQ, e impactam tanto na proteção da saúde humana e do meio ambiente
como no comércio. Parte-se de uma situação inicial, onde cada país dispõe ou
carece de um sistema de classificação e de comunicação de perigos de
produtos químicos próprios (Figura 3). No âmbito da proteção, os usuários
podem observar várias advertências nos rótulos ou informação nas Fichas de
Informação de Segurança de Produtos Químicos para um mesmo produto
químico. No âmbito do comércio, a necessidade de cumprir múltiplos
regulamentos em matéria de classificação e rotulagem de perigos resulta
onerosa e requer de muito tempo. Algumas empresas multinacionais calcularam
que seus produtos estão sujeitos a mais de 100 regulamentos vários sobre
comunicação de perigos em todo o mundo. No caso das pequenas e médias
empresas (PMEs), o cumprimento da regulamentação é complexo e
dispendioso.

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A harmonização da classificação e a rotulagem dos produtos químicos foi uma


das seis áreas de programas que recebeu o apoio da Assembleia Geral das
Nações Unidas com o fim de consolidar os esforços internacionais em relação à
gestão racional dos produtos químicos do ponto de vista meio ambiental. Ficou
reconhecido que a adoção de um enfoque internacionalmente harmonizado para
a classificação e a rotulagem (ver figura 4) seria o pilar para que todos os países
elaborassem programas nacionais de amplo alcance com o fim de garantir o uso
dos produtos químicos em condições de segurança.

Em geral, o acordo GHS da ONU espera a promoção da sustentabilidade em


escala global, em particular através da melhoria prevista na saúde humana e da
proteção ambiental e através de uma maior eficiência econômica, como
consequência do aumento do comércio mundial e da competitividade, por meio
da inclusão dos países em desenvolvimento no comércio mundial de produtos
químicos. Na figura 3 é representada a situação de partida prévia à
implementação do GHS em nível mundial, onde cada país dispõe ou em alguns
casos carece de legislação própria de classificação e rotulagem de produtos
químicos. Na figura 4, é apresentada a situação ideal buscada pelo GHS a nível
mundial, harmonizando os critérios de classificação e de rotulagem dos produtos
químicos.

Figura 3. Diferentes critérios de periculosidade para produtos químicos

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Figura 4. GHS – harmonização em nível internacional

1.3. Benefícios do GHS

O objetivo fundamental da comunicação de perigos é garantir que os


empregadores, os trabalhadores e a população disponham de informação
adequada, prática, fiável e compreensível sobre os perigos que apresentam os
produtos químicos, a fim de poderem tomar medidas preventivas e protetoras
eficazes para sua saúde e segurança. Portanto, a comunicação eficaz dos
perigos beneficia governos, empresas, trabalhadores e membros da população.

O GHS obtém seu máximo valor se aceito dentro dos principais sistemas
reguladores para a comunicação dos perigos dos produtos químicos. Se o GHS
for aplicado em escala mundial, será possível comunicar informação coerente
nos rótulos e nas FISPQ.

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Está previsto que a aplicação do GHS permitirá:

ƒ Melhorar a proteção da saúde humana e do meio ambiente ao facilitar um


sistema inteligível no plano internacional;
ƒ Proporcionar um marco reconhecido para elaborar regulamentos
destinados aos países que carecem de sistemas normativos;
ƒ Proporcionar um conjunto de critérios de classificação visando a sua
utilização no marco da legislação e para os usuários finais;
ƒ Facilitar o comércio internacional dos produtos químicos cujos perigos
tenham sido identificados em nível internacional, e
ƒ Reduzir a necessidade de efetuar ensaios e avaliações decorrentes da
existência de múltiplos sistemas de classificação.

As vantagens tangíveis para os governos são as seguintes:

ƒ Reduzir-se-á o número de acidentes e incidentes ocasionados pelos


produtos químicos;
ƒ Reduzir-se-ão os custos do atendimento à saúde;
ƒ Melhorar-se-á a proteção dos trabalhadores e da população em geral
diante dos perigos gerados pelos produtos químicos;
ƒ Reduzir-se-ão os custos e será facilitada a coordenação para a
legislação, bem como sua aplicação e supervisão;
ƒ Melhorar-se-á a coordenação e cooperação interministerial e
interorganismos;
ƒ Evitar-se-á a duplicação de esforços na criação de sistemas nacionais;
ƒ Reduzir-se-ão os custos para o seu cumprimento, e
ƒ Melhorar-se-á a comunicação dos problemas sobre os produtos químicos,
em escala nacional e internacional.

As vantagens para as empresas são, entre outras, as seguintes:

ƒ O ambiente de trabalho e o transporte de produtos químicos serão mais


seguros, e as relações com os funcionários melhorarão;
ƒ Aumentará a eficiência e serão reduzidos os custos como consequência
do cumprimento dos regulamentos em matéria de comunicação de
perigos;
ƒ A aplicação dos sistemas de Peritos permitirá maximizar os recursos dos
Peritos e minimizar o trabalho e os custos;
ƒ Facilitar-se-ão os sistemas de transmissão eletrônica com alcance
internacional;
ƒ Estender-se-á o uso dos programas de formação em saúde e segurança;

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ƒ Reduzir-se-ão os custos como consequência da redução do número de


acidentes e doenças, e
ƒ Serão melhoradas a imagem e credibilidade das empresas.

As vantagens para os trabalhadores e os membros da população são, entre


outras:

ƒ Uma melhor segurança para os trabalhadores, os consumidores e outros


interessados graças a uma comunicação coerente, clara e simples sobre
os riscos dos produtos químicos, bem como quais as práticas a ser
seguidas para manipulá-los e utilizá-los de maneira segura, e
ƒ Uma maior consciência dos perigos, exigindo-se o manuseio mais seguro
dos produtos químicos, não só no local de trabalho com também no lar.

1.4. Implementação do GHS internacionalmente


Vários organismos internacionais propuseram estabelecer metas na aplicação
do GHS. Na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável e no Fórum
Intergovernamental de Segurança Química (FISQ), os países foram incentivados
a aplicar o novo GHS o quanto antes, visando a conseguir naquele então que o
sistema ficasse totalmente operativo em 2008. Os ministros participantes no
Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) declararam na época
que para 2006 o GHS devia ser colocado em andamento, de forma voluntária,
no maior número possível de economias do APEC.

Houve avanços importantes na aplicação do GHS em todo o mundo. Na figura 5


é possível observar o status de implementação do GHS em nível internacional.

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Figura 5. Implementação do GHS internacionalmente.

ATIVIDADES 
PREPARAÇÃO 
IMPLEMENTAÇÃO 

14

A seguir, o resumo de alguns avanços importantes:

ƒ Argentina: O Instituto Argentino de Normalização e Certificação (IRAM)


publicou em 2006, a norma IRAM 41400 Produtos Químicos- Folha de
Informação de Segurança. Esta norma, que está on line, possui os
requerimentos para as Fichas de Informação de Segurança de Produtos
Químicos do GHS, tendo sido revisada recentemente, já se vislumbrando
uma nova publicação para 2013. De qualquer maneira, atualmente se
está trabalhando na norma IRAM 41401- Produtos Químicos. Rotulagem
de acordo com o GHS.
ƒ Austrália: em 2012 foi adotado o regulamento para a aplicação do GHS,
estabelecendo o dia 01 de janeiro de 2017 como data limite para a
aplicação do sistema.
ƒ Brasil: a Portaria SIT Nº 229, de 24 de maio de 2011 indica que os
produtos químicos utilizados no local de trabalho devem ser classificados
e rotulados como perigosos para a saúde e a segurança dos funcionários
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de acordo com os critérios estabelecidos pelo GHS, seguindo o


especificado nas Normas Técnicas brasileiras ABNT-NBR 14.725.
ƒ Canadá: Em dezembro de 2011, o Canadá se comprometeu à aplicação
do GHS para a classificação e rotulagem dos produtos químicos do local
de trabalho, até o dia 1 de junho de 2015.
ƒ China: O GHS está sendo aplicado desde 1 de dezembro de 2011.
ƒ União Europeia: O regulamento para a aplicação do GHS foi publicado no
dia 31 de dezembro de 2008 (Regulamento CE No. 1272/2008) A data
limite para a classificação de substâncias foi em 1° dezembro de 2010.
Para as misturas, a data limite para sua aplicação foi em 1° de junho de
2015.
ƒ Japão: Estabelecido o prazo de aplicação do GHS, de 31 de dezembro de
2010 para produtos que contiverem alguma das 640 substâncias
designadas em sua normativa.
ƒ Coreia do Sul: foi estabelecido o prazo de aplicação do GHS para 1° de
julho de 2013.
ƒ Estados Unidos: foi publicado o regulamento final de aplicação do GHS
no local de trabalho em 26 de março 2012. A regra final requer que os
fabricantes de produtos químicos adotem a norma até 1° de junho de
2015 e os distribuidores até 1° de dezembro de 2015. Os trabalhadores
devem ser capacitados em GHS antes de 1° de dezembro de 2013.
ƒ Uruguai: redigiu um decreto (Decreto 307/09) que exige fornecer rótulos
e Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos de acordo
com o GHS nos setores industrial, agrícola e transporte.
ƒ Singapura: A implementação do GHS em Singapura está bastante
avançada e já é obrigatória sua aplicação para as substâncias desde 1°
de janeiro de 2013. Para as misturas será a partir de 1° de junho de 2015.

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1.5 Como o GHS será mantido e atualizado?


Em outubro de 1999, o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas
decidiu (resolução 1999/65) ampliar o mandato do Comitê de Peritos em
Transporte de Mercadorias Perigosas transformando-o no Comité de Peritos em
Matéria de Transporte de Mercadorias Perigosas e no Sistema Globalmente
Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos
(CETMP/GHS).

Ao mesmo tempo, também foi criado um novo Subcomité dos Peritos do


Sistema Mundial Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos (Subcomitê GHS ou SCESGA-ONU). Cabe assinalar que com relação
ao setor do transporte, a aplicação do GHS está baseada nas Recomendações
das Nações Unidas relativas ao transporte de mercadorias perigosas.

O Subcomitê GHS das Nações Unidas adotou oficialmente o GHS em sua


primeira reunião, comemorada em dezembro de 2002. Posteriormente, foi
aprovado pelo CETMP/GHS. O Conselho Econômico e Social das Nações
Unidas apoiou o GHS em julho de 2003.

O SCESGA-ONU se encarregará das seguintes funções:

ƒ Atuar como custodiante do Sistema, administrando e guiando o processo


de harmonização;
ƒ Manter o Sistema atualizado, conforme necessário, considerando a
necessidade de introduzir mudanças ou atualizações, com o fim de
garantir sua constante idoneidade;
ƒ Promover a compreensão e o emprego do Sistema, e incentivar a
informação sobre os resultados;
ƒ Incentivar a acessibilidade do Sistema para que seja utilizado em todo o
mundo;
ƒ Proporcionar orientação para a aplicação do Sistema, interpretação e
emprego dos critérios técnicos para manter uma aplicação consistente, e
ƒ Preparar programas de trabalho e apresentar recomendações ao
CETMP/GHS.

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1.6 Aplicação do GHS


Os elementos de classificação e comunicação do GHS são a base dos
programas que têm por objeto garantir o uso sem riscos dos produtos químicos,
como é mostrado na figura 6. Os dois primeiros passos de qualquer programa
que tiver esse objetivo consistem em identificar o ou os perigos intrínsecos (isto
é, a classificação) e, a seguir, comunicar esta informação.

O design dos elementos de comunicação do GHS reflete as diferentes


necessidades do público-alvo, como os trabalhadores e os consumidores. Para
seguir avançando na pirâmide, alguns programas nacionais também incluem
sistemas de gestão de riscos no marco de um programa global de gestão
racional dos produtos químicos. O objetivo geral destes sistemas é minimizar a
exposição, o que permite reduzir o risco. Os sistemas variam conforme os
objetivos e abarcam atividades como estabelecer limites de exposição,
recomendar métodos de controle da exposição e criar controles de engenharia.
Entretanto, o público-alvo de tais sistemas costuma limitar-se aos lugares de
trabalho. Com ou sem sistemas oficiais de gestão de riscos, a finalidade do GHS
é promover o uso sem riscos dos produtos químicos.

Figura 6. O GHS e o uso seguro de produtos químicos

Uso seguro dos

produtos químicos

Sistemas de

gestão de riscos
Comunicação de perigos

(Rótulos e FISPQ - GHS)


Classificação GHS

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1.7. Alcance do GHS

O GHS abrange os seguintes elementos:

a) Critérios harmonizados para classificar produtos químicos visando os


seus perigos ambientais, físicos e para a saúde;

b) Elementos harmonizados de comunicação de perigos, com certos


requisitos sobre rótulos e Fichas de Informação de Segurança de
Produtos Químicos dos produtos químicos.

O GHS engloba todos os produtos químicos que apresentam perigos. Nenhuma


substância nem produto químico ficam completamente fora do campo de
aplicação do GHS. Cabe assinalar que a expressão “produto químico” é em
geral usada para referir-se a substâncias puras, diluídas, produtos, misturas,
preparados ou quaisquer outras denominações utilizadas nos sistemas atuais.

Em certas etapas do ciclo de vida dos produtos químicos, pode ocorrer que o
GHS não seja aplicável. Por exemplo, no consumo, durante a ingestão humana
ou na aplicação intencional em animais, alguns produtos tais como produtos
farmacêuticos humanos ou veterinários geralmente não estão sujeitos a
rotulagem de perigo nos sistemas atualmente existentes.

Os requisitos do GHS normalmente não se aplicam a estes produtos (cabe


assinalar que os riscos para os sujeitos associados com o uso médico dos
produtos farmacêuticos humanos ou veterinários em geral são abordados nos
prospectos e não formam parte deste processo de harmonização). Do mesmo
modo, os alimentos que possam ter pequenas quantidades de aditivos
alimentares ou pesticidas, não são rotulados para indicar a presença ou o risco
desses materiais.

O objetivo do GHS é identificar os perigos intrínsecos dos produtos químicos, e


dar informação sobre eles. O GHS não se propõe a harmonizar os
procedimentos de avaliação de riscos ou as decisões em matéria de gestão de
riscos.

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Prevê-se que a necessidade de rótulos e/ou Fichas de Informação de Segurança


de Produtos Químicos do GHS varie conforme a classe de produto químico ou a
fase de seu ciclo de vida, a saber, a pesquisa, a produção, o armazenamento ou
o uso final.

Os principais setores/público-alvo do GHS são o transporte, o local de trabalho,


os consumidores e a agricultura (pesticidas).

O GHS é um sistema internacional de caráter voluntário que não impõe aos


países obrigações vinculantes. Na medida em que os países adotam o GHS em
seus sistemas, as mudanças regulamentárias serão vinculantes para as
indústrias abarcadas. No caso dos países que têm sistemas em vigor, está
previsto que os elementos do GHS sejam aplicados dentro do marco ou da
infraestrutura dos sistemas normativos vigentes em matéria de comunicação de
perigos. Entretanto, os critérios específicos relativos aos perigos, os processos
de classificação, os elementos de rotulagem e os requisitos de FISPQ previstos
em qualquer regulamento vigente deverão modificar-se com o fim de se ajustar
aos elementos harmonizados do GHS. Está previsto que TODOS os sistemas de
comunicação de perigos se modifiquem com o objetivo de aplicar o GHS.

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2. Classificação de produtos químicos

A classificação é o ponto de partida para a comunicação de perigos. Para isso é


preciso identificar o perigo de um produto químico lhe atribuindo uma classe de
perigo mediante critérios definidos no GHS.

As classes de perigos estão delimitadas no GHS com maior precisão em


categorias de perigos que indicam o grau ou gravidade do perigo. O GHS está
pensado para ser coerente e transparente. Estabelece uma distinção clara entre
classes e categorias com o fim de o fabricante poder “classificar por si só” os
produtos químicos.

No GHS são descritos os critérios de classificação e também facilitado um


procedimento de decisão com o qual é descrito visualmente o processo de
classificação dos perigos. Os critérios de classificação dependem do tipo de
dados disponíveis obtidos em ensaios para caracterizar os efeitos perigosos. Em
alguns casos, estes dados proporcionam resultados numéricos que se traduzem
facilmente em uma classificação adequada. Com relação a outros perigos, os
critérios podem ser descritos como semiquantitativos ou qualitativos. Pode ser
preciso haver a apreciação de Peritos para a interpretação destes dados.

O termo “classificação de perigo” é usado para indicar que são consideradas


apenas as propriedades intrínsecas perigosas dos produtos químicos, e levando
aos 3 seguintes passos:

g) Identificação dos dados relevantes sobre os perigos de um produto


químico;
h) Exame ulterior desses dados para identificar os perigos associados ao
produto químico, e
i) Decisão sobre se o produto químico será classificado como perigoso e a
determinação de seu grau de periculosidade, caso necessário,
comparando os dados com critérios de classificação de perigo
estipulados.

Os dados utilizados para a classificação podem ser obtidos de ensaios, da


literatura e da experiência prática. Os critérios e as definições de perigo para o
meio ambiente e a saúde que aparecem no GHS são neutros com respeito aos

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métodos de ensaio. Por conseguinte, os ensaios que determinam as


propriedades perigosas e que são feitos de acordo com os princípios científicos
internacionalmente reconhecidos podem ser utilizados para fins de classificação
de perigo.

As Classes do GHS englobam os perigos físicos, para a saúde e para o meio


ambiente. Como já anteriormente mencionado, as definições de perigo do GHS
estão baseadas nos critérios de classificação.

A informação sobre as definições e os critérios de classificação do GHS estão


descritos no “The Purple Book” (Livro Púrpura) do GHS. Nas partes 2 a 4 do
documento estão indicados os critérios de classificação de produtos químicos,
onde cada capítulo se refere a uma classe específica de perigo ou a um grupo
de classes de perigo muito similares.

O procedimento de classificação de substâncias tem quatro passos essenciais,


como indicado na seguinte figura:

Figura 7. Passos essenciais para classificar substâncias

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Para a maioria das classes de perigo, o processo recomendado de classificação


de misturas se baseia na seguinte sequência:

a) Quando houver dados experimentais da própria mistura, a classificação


se baseará sempre nos dados obtidos.

b) Quando não houver dados, será necessário aplicar os princípios de


extrapolação que são explicados em cada capítulo específico, para ver se
permitem classificar a mistura.

Além disso, para os perigos à saúde e ao meio ambiente:

c) Quando não houver dados de ensaios realizados com a mistura e a


informação disponível não será permitido aplicar os princípios de
extrapolação antes assinalados. Na classificação da mistura será aplicado
o método ou os métodos estipulados e descritos em cada capítulo
correspondente do “The Purple Book” (Livro Púrpura) para fazer uma
estimativa dos perigos.

No Anexo IV do presente documento é descrito em detalhes o processo de


classificação de misturas utilizando os princípios de extrapolação (“bridging
principles”).

2.1. Perigos físicos

Os critérios relativos aos perigos físicos do GHS estão baseados em grande


medida nos critérios existentes utilizados nas Recomendações das Nações
Unidas relativas ao transporte de mercadorias perigosas. Portanto, muitos dos
critérios já estão sendo utilizados em todo o mundo. Entretanto, era necessário
incluir e mudar algumas coisas, já que o GHS é destinado a todo o público-alvo.

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Os perigos físicos e seus critérios de classificação estão descritos na Parte 2 do


“The Purple Book” (Livro Púrpura) do GHS.

O processo de classificação dos perigos físicos proporciona referências


específicas a métodos de ensaios e critérios de classificação aprovados.
Caberia assinalar que os critérios do GHS relativos aos perigos físicos se
aplicam às substâncias e às misturas. Assume-se que serão realizados ensaios
de perigos físicos com as misturas.

Em geral, os critérios do GHS relativos aos perigos físicos são quantitativos ou


semiquantitativos e contam com categorias de perigos múltiplos dentro de uma
classe de perigo.

A seguir, são indicados os perigos físicos mencionados no GHS. No caso de


muitos dos perigos físicos, o “The Purple Book” (Livro Púrpura) do GHS contém
seções guias complementares com informações práticas para ajudar a aplicar os
critérios:

ƒ Explosivos
ƒ Gases inflamáveis
ƒ Aerossóis
ƒ Gases oxidantes
ƒ Gases sob pressão
ƒ Líquidos inflamáveis
ƒ Sólidos inflamáveis
ƒ Substâncias e metais que reagem espontaneamente (autorreativos)
ƒ Líquidos pirofóricos
ƒ Sólidos pirofóricos
ƒ Substâncias e misturas que experimentam aquecimento espontâneo
ƒ Substâncias e misturas que, em contato com a água, desprendem gases
inflamáveis
ƒ Líquidos oxidantes
ƒ Sólidos oxidantes
ƒ Peróxidos orgânicos
ƒ Substâncias e misturas corrosivas para os metais

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Figura 8. Pictogramas para os perigos físicos

Figura 9. Líquidos oxidantes

CLASSIFICAÇÃO Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3

Pictograma

Palavra de
Perigo Perigo Cuidado
advertência

Pode provocar
Pode agravar Pode agravar
Indicação de um incêndio ou
um incêndio; um incêndio;
perigo uma explosão;
oxidante. oxidante.
muito oxidante.

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2.2. Perigos para a saúde

Os critérios de perigo para a saúde geralmente são mais difíceis de interpretar


que os critérios para os perigos físicos. Os critérios de perigos para a saúde
implicam a revisão da literatura científica e o exercício do julgamento
profissional, com o fim de conseguir a classificação.

Os perigos para a saúde, suas várias categorias e seus critérios de classificação


estão descritos na Parte 3 do “The Purple Book” (Livro Púrpura) do GHS. A
seguir são indicados os perigos para a saúde descritos no GHS:

ƒ Toxicidade aguda
ƒ Corrosão/irritação cutânea
ƒ Lesões oculares graves/irritação ocular
ƒ Sensibilização respiratória ou cutânea
ƒ Mutagenicidade em células germinativas
ƒ Carcinogenicidade
ƒ Toxicidade para a reprodução
ƒ Toxicidade sistêmica em órgão-alvo (exposição única)
ƒ Toxicidade sistêmica em órgão-alvo (exposições repetidas)
ƒ Perigo por aspiração

Figura 10. Pictogramas dos perigos para a saúde

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Figura 11. Toxicidade sistêmica em órgão-alvo (exposição única)

CLASSIFICAÇÃO Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3

Pictograma

Palavra de Perigo Cuidado Cuidado


advertência

Provoca danos nos Pode provocar danos


órgãos <indicar nos órgãos <indicar
todos os órgãos todos os órgãos
afetados, se forem afetados, se forem
conhecidos> conhecidos> <indicar
Indicação de <indicar a via de a via de exposição se Pode irritar as
perigo exposição se ficar ficar demonstrado vias respiratórias.
demonstrado concludentemente
concludentemente que o perigo não
que o perigo não ocorre por nenhuma
ocorre por nenhuma outra via>.
outra via>

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2.3. Perigos para o meio ambiente

Perigo para o meio ambiente é um termo genérico para qualquer situação ou


estado que represente uma ameaça para o meio ambiente circundante. Consiste
geralmente em um vazamento ou derramamento químico, emissões de
contaminantes ou lixiviação de pesticidas ou fertilizantes no meio ambiente
circundante.

Os perigos para o meio ambiente, suas várias categorias e seus critérios de


classificação estão descritos na Parte 4 do “The Purple Book” (Livro Púrpura) do
GHS. A seguir são indicados os perigos para o meio ambiente:

ƒ Perigos para o meio ambiente aquático


• Toxicidade aquática aguda
• Toxicidade aquática crônica
ƒ Perigos para a camada de ozônio

Pictogramas de perigo para o meio ambiente e de perigos para a camada


de ozônio

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Figura 13. Perigo (em longo prazo) para o meio ambiente aquático

CLASSIFICAÇÃO Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3 Categoria 4

Pictograma Sem pictograma Sem pictograma

Cuidado Não se usa Não se usa Não se usa palavra


Palavra de
palavra de palavra de de advertência
advertência advertência advertência

Pode ser nocivo


Muito tóxico para Tóxico para os Nocivo para os
para os
os organismos organismos organismos
organismos
Indicação de perigo aquáticos, com aquáticos, com aquáticos, com
aquáticos, com
efeitos nocivos efeitos nocivos efeitos nocivos
efeitos nocivos
duradouros. duradouros. duradouros.
duradouros.

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2.3. Fontes de informação para a classificação

O GHS requer que o responsável da classificação de uma substância ou mistura


recopile a informação pertinente e disponível sobre todas as propriedades
perigosas da substância ou mistura em si. Esta informação deve ser valorada de
forma rigorosa a fim de determinar se será preciso classificar a substância ou a
mistura.

Se o interessado precisar classificar um produto químico, possivelmente este já


tenha sido classificado e adaptado às normativas nacionais ou internacionais
aplicáveis. Nesse caso poderá comprovar que classe de informação ou dados já
está à sua disposição.

Muitos dos critérios do GHS (por classe de perigo), em especial os relativos a


perigos físicos, já foram aplicados através da regulamentação modelo das
Nações Unidas e seus correspondentes instrumentos legais (ADR, RID, ADN,
Código IMDG e OACI) que regulam o transporte de mercadorias perigosas. É
possível utilizar uma classificação de transporte como fonte de informação para
a classificação de um produto químico com certas limitações. Antes de utilizar
uma classificação de transporte há que considerar o seguinte:

ƒ As classificações de transporte não incluem todas as categorias do GHS


de perigos físicos, sanitários e ambientais, sendo que a inexistência de
uma classificação de transporte para um produto não significa que não se
deva classificar no âmbito do GHS. Em relação aos perigos físicos, isto
implica que pode ser preciso realizar ensaios que contribuam com os
dados necessários para uma classificação inequívoca no âmbito do GHS;
ƒ Na legislação do transporte existem às vezes disposições especiais
aplicáveis às entradas da lista de mercadorias perigosas que são
obrigatórias para poder haver a classificação na classe respectiva para o
transporte. Nestes casos, a classificação pode ser diferente para os fins
de fornecimento e utilização. Além disso, uma substância poderia
inclusive ter duas entradas diferentes com duas classificações diferentes
se uma das classificações estiver vinculada a alguma disposição especial;
e

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ƒ a classificação de transporte pode estar baseada em um conjunto de


dados diferente do requerido atualmente pelo GHS para gerar uma
classificação ao abrigo do mesmo.

A informação sobre as propriedades perigosas das substâncias pode ser obtida


adicionalmente a partir de bases de dados acessíveis através da Internet e de
revistas científicas. A seguir será oferecida uma pequena seleção de fontes de
informação. É importante deixar claro que nem todas as fontes disponíveis
devem ser consideradas, e que o fato uma fonte de informação ser mencionada
não garante a qualidade do seu conteúdo:

ƒ ESIS (Sistema de Informação Europeu das Substâncias Químicas) no site


da Unidade de Segurança e Qualidade dos Produtos de Consumo do
JRC (Joint Research Center): http://ecb.jrc.it/esis/;
ƒ EFSA (Autoridade Europeia de Segurança Alimentar, para as substâncias
ativas dos produtos fitossanitários):
http://www.efsa.europa.eu/EFSA/efsa_locale-1178620753812_home.htm
ƒ Portal ECHEM da OCDE: http://webnet3.oecd.org/echemportal/;
ƒ RTECS (Registro de Efeitos Tóxicos das Substâncias Químicas)
disponível no site do NIOSH (Instituto Nacional de Segurança e Saúde
Ocupacional dos Estados Unidos): http://www.cdc.gov/niosh/rtecs/;
ƒ Site da USEPA (Agência de Proteção do Meio Ambiente de Estados
Unidos): http://www.epa.gov/;
ƒ IRIS (Sistema Integrado de Informação sobre Riscos), disponível no site
da USEPA: http://cfpub.epa.gov/ncea/iris/index.cfm;
ƒ Site da OSHA (Segurança e Saúde Ocupacional de Estados Unidos):
http://www.osha.gov/;
ƒ Site do NICNAS (Sistema Nacional de Notificação e Avaliação dos
Produtos Químicos Industriais - Austrália): http://www.nicnas.gov.au/;
ƒ Site da rede TOXNET, que inclui bases de dados como Toxline e HSDB:
http://toxnet.nlm.nih.gov/;
ƒ Site INCHEM do IPCS (Programa Internacional de Segurança Química):
http://www.inchem.org/; e
ƒ Bibliografia científica: o portal PubMed da Biblioteca Nacional de Medicina
dos Estados Unidos permite realizar buscas e pesquisas em centenas de
revistas de relevância, muitas das quais são de acesso gratuito.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/.

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Uma vez revisadas as fontes de informação disponíveis, talvez seja preciso


realizar ensaios. Em geral, se novos dados forem gerados, devem ser cumpridas
determinadas condições de qualidade que garantam a fiabilidade da
classificação x.

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3. Comunicação de perigos
Na seção anterior, a classificação é explicada como sendo o ponto de partida do
GHS. Uma vez que um produto químico foi classificado, os perigos devem ser
comunicados ao público-alvo.

Um dos objetivos do GHS foi desenvolver um regime de comunicação de


perigos harmonizado, com rótulos, Fichas de Informação de Segurança de
Produtos Químicos e símbolos facilmente compreensíveis e baseados nos
critérios de classificação estabelecidos para o GHS. Estes meios de
comunicação dos perigos dos produtos químicos contêm a informação sobre os
perigos em forma de pictogramas, palavras de advertência e outros elementos
de comunicação.

O objetivo destas ferramentas é proporcionar informação sobre os perigos de


maneira compreensível em relação aos produtos químicos que possam constituir
um perigo físico para a saúde ou para o meio ambiente durante sua
manipulação ou uso normal.

Em várias seções do “The Purple Book” (Livro Púrpura) do GHS são


mencionados os elementos relativos aos rótulos e às Fichas de Informação de
Segurança de Produtos Químicos. Em particular, o capítulo 1.4 se refere à
comunicação de perigos por meio da rotulagem, e o capítulo 1.5 se refere à
comunicação de perigos por meio das Fichas de Informação de Segurança de
Produtos Químicos. Em vários anexos do GHS a informação complementar
sobre a comunicação de perigos é disponibilizada. No anexo 1 do “The Purple
Book”, por exemplo, são oferecidas pautas de orientação sobre a atribuição dos
elementos de rotulagem e no anexo 3 são descritos os conselhos de precaução
e os pictogramas de precaução.

3.1. Rotulagem
O rótulo de um produto químico é definido no GHS como sendo o conjunto de
elementos de informação escritos, impressos ou gráficos relacionados ao
produto químico perigoso, escolhidos em razão de sua pertinência para o setor
ou para os setores correspondentes, colados ou impressos no recipiente que

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contiver o produto perigoso ou fixados em sua embalagem/empacotamento


exterior.

O sistema harmonizado de comunicação de perigos compreende as ferramentas


apropriadas da rotulagem para transmitir informação sobre cada uma das
classes e categorias de perigo do GHS. O uso de símbolos, palavras de
advertência ou indicações de perigo, diferentes aos dos que foram atribuídos a
cada uma das classes e categorias de perigo do GHS, seria contrário à
harmonização.

Nos rótulos, os símbolos de perigo, as palavras de advertência e as indicações


de perigo foram normalizados e atribuídos a cada uma das categorias
correspondentes. Esses elementos normalizados não deveriam se modificar e
teriam que aparecer nos rótulos do GHS tal como indicado nos capítulos de
cada classe de perigo do ““The Purple Book” (Livro Púrpura) do GHS.

Os parágrafos seguintes descrevem os passos que devem ser seguidos para a


preparação de rótulos no contexto do GHS:

j) Atribuição dos elementos do rótulo;


k) Reprodução dos símbolos/pictogramas de perigo;
l) Palavras de advertência;
m) Indicações de perigo;
n) Conselhos de prudência e pictogramas;
o) Identificação do produto e do fornecedor;
p) Perigos múltiplos e ordem de prioridade da informação;
q) Localização dos elementos nos rótulos do GHS;
r) Disposições especiais de rotulagem.

a) Atribuição dos elementos do rótulo

Nas tabelas dos capítulos que tratam de cada uma das classes de perigo do
“The Purple Book” são detalhados os elementos dos rótulos (símbolo, palavra de
advertência, indicação de perigo) que foram atribuídos a cada uma das
categorias de perigo do GHS. Essas categorias refletem os critérios de
classificação harmonizados. No anexo 1 do “The Purple Book” (Livro Púrpura)
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figura um resumo de como são atribuídos tais elementos para cada categoria de
perigo.

b) Reprodução dos símbolos/pictogramas de perigo

Um pictograma é uma composição gráfica que consta de um símbolo e de


outros elementos gráficos, tais como uma borda, um desenho ou cor de fundo, e
que serve para comunicar uma informação específica. Todos os pictogramas de
perigo usados no GHS deveriam ter forma de losango apoiado em um vértice.

Figura 14 Pictogramas e classes de perigo do GHS

Oxidante • Inflamável
Explosivo
• Autorreativo
• Autorreativo
• Pirofórico
• Peróxido orgânico
• Experimenta aquecimento
espontâneo

• Emite gases inflamáveis

• Peróxido orgânico

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• Toxicidade aguda (grave) • Corrosivo para os metais Gás a pressão

• Corrosivo da pele

• Lesões oculares graves

• Carcinogenicidade • Toxicidade aquática (aguda) • Toxicidade aguda (nociva)

• Sensibilização respiratória • Toxicidade aquática • Irritação cutânea/ocular


(crônica)
• Toxicidade para a • Sensibilização cutânea
reprodução
• Toxicidade sistêmica em
• Toxicidade sistêmica em órgão-alvo (exposição única)
órgão-alvo (exposições
repetidas) • Perigos para a camada de
ozônio
• Mutagenicidade em células
germinativas

• Perigo por aspiração

c) Palavras de advertência

Uma palavra de advertência serve para indicar a maior ou menor gravidade do


perigo e alertar ao leitor do rótulo sobre um possível perigo. As palavras
empregadas no GHS são “Perigo” e “Cuidado”. A primeira é usada geralmente
para as categorias mais graves de perigo (quase sempre para categorias de
perigo 1 e 2), enquanto que a segunda se reserva geralmente para categorias
menos graves. Nas tabelas dos diferentes capítulos que tratam de cada uma das

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classes de perigo do “The Purple Book” são detalhadas as palavras de


advertência atribuídas para cada uma das categorias de perigo do GHS;

Em algumas categorias menos graves de perigo não são utilizadas palavras de


advertência. Em um rótulo deveria ser empregada apenas uma palavra de
advertência correspondente à classe mais grave de perigo (ver figura 15).

Figura 15. Uso da palavra de advertência

Severidade das categorias de perigo

Perigo (para as categorias mais graves de perigo)

Cuidado (para as categorias menos graves)

Sem palavra de advertência

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d) Indicações de perigo;

Estas indicações são frases atribuídas a uma classe e categoria de perigo que
descrevem a índole deste último para o produto perigoso em si, incluindo,
quando proceder, o grau de perigo. Nas tabelas dos elementos de rotulagem
dos diversos capítulos dedicados a cada classe de perigo são detalhadas as
indicações atribuídas a cada uma das categorias de perigo no GHS;

As indicações de perigo junto com seus códigos de identificação individuais,


aparecem na seção 1 do anexo 3 de “The Purple Book” (Livro Púrpura). Os
códigos das indicações de perigo serão utilizados como referência. Não formam
parte do texto das indicações de perigo e não devem ser utilizados em seu lugar.

Tabela 1. Exemplos de indicações de perigo

Código Indicação de perigo Classe de perigo (capítulo Categoria de


do GHS)
Perigo

H240 Pode explodir se exposto a Substâncias e misturas que Tipo A


fontes de calor reagem espontaneamente
(capítulo 2.8); e peróxidos
orgânicos (capítulo 2.15)

H270 Pode provocar ou agravar um Gases oxidantes (capítulo 1


incêndio; oxidante 2.4)

H300 Mortal em caso de ingestão Toxicidade aguda por 1,2


ingestão (capítulo 3.1)

H319 Provoca irritação ocular Lesões oculares 2A


grave graves/irritação ocular

(capítulo 3.3)

H400 Muito tóxico para os Perigo para o meio ambiente 1


organismos aquáticos aquático (perigo agudo)
(capítulo 4.1)

H420 Causa danos à saúde pública Perigos para a camada de 1


e o meio ambiente ao destruir ozônio (capítulo 4.2)
a camada de ozônio na
atmosfera superior

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e) Conselhos de prudência e pictogramas;

Um conselho de prudência é uma frase (ou um pictograma ou ambas as coisas


juntas) que descreve as medidas recomendadas que devam ser tomadas para
minimizar ou prevenir efeitos adversos causados pela exposição a um produto
de risco, ou por uma manipulação ou armazenamento inapropriados de um
produto perigoso.

A informação cautelar complementa a informação sobre o perigo, mencionando


brevemente aquelas medidas que podem ser tomadas para minimizar ou evitar
os efeitos adversos dos perigos físicos, para a saúde e para o meio ambiente.
Esta informação inclui conselhos sobre os primeiros socorros. Os rótulos do
GHS deveriam incluir a informação cautelar adequada. No anexo 3 do “The
Purple Book” sobre o GHS, são incluídos conselhos e pictogramas de precaução
que podem ser utilizados nos rótulos. Existem quatro tipos de conselhos de
precaução relativos a: prevenção, intervenção em caso de derramamento ou
exposição acidentais, armazenamento e eliminação. Os conselhos de precaução
foram associados a cada classe e categoria de perigo do GHS. O objetivo é
promover o uso coerente dos conselhos de precaução.

Tabela 2. Exemplos de Conselhos de prudência

Código Conselho de prudência Classe de perigo (capítulo Condições de


do GHS), categoria uso

P280 Usar luvas//roupa de Irritação cutânea (capítulo O fabricante/


proteção/equipamento de 3.2), 2. fornecedor ou a
proteção para os olhos/o autoridade
rosto. Sensibilização cutânea competente
(capítulo 3.4), 1, 1A, 1B. deverão
especificar o tipo
Lesões oculares graves
de equipamento.
(capítulo 3.3) ,1.

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Irritação ocular (capítulo 3.3),


2A.

Mutagenicidade em células
germinativas (capítulo 3.5),
1A, 1B e 2.

Carcinogenicidade (capítulo
3.6), 1A, 1B e 2.

Toxicidade para a reprodução


(capítulo 3.7), 1A, 1B e 2.

P331 NÃO provocar o vômito. Corrosão cutânea (capítulo


3.2), 1A, 1B, 1C.

Perigo de aspiração (capítulo


3.10), 1, 2

P402 Armazenar em um lugar Substâncias e misturas que,


seco. em contato com a água,
liberam gases inflamáveis
(capítulo 2.12), 1, 2

P502 Pedir informação ao Perigos para a camada de


ozônio (capítulo 4.2), 1
fabricante/fornecedor sobre a

recuperação/reciclagem

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Figura 16. Conselhos de prudência

P102 Manter fora do alcance das crianças


Número sequencial no grupo

1 geral
Grupo de Precaução
2 prevenção

3 resposta
Grupo de Precaução
4 armazenamento

5 eliminação

f) Identificação do produto e do fornecedor;

Em todo rótulo do GHS deveria aparecer uma identificação do produto, que deve
ser a mesma que a utilizada na FISPQ.

No rótulo de uma substância do GHS deveria aparecer a identidade química da


mesma (nome determinado pela IUPAC, ISO, CAS ou nome técnico). Em
misturas/ligas, devem ser indicadas as identidades químicas de cada
componente ou elemento da liga que possa produzir toxicidade aguda, corrosão
cutânea ou danos oculares graves, Mutagenicidade sobre as células
germinativas, carcinogenicidade, toxicidade para a reprodução, sensibilização
cutânea ou respiratória, ou toxicidade sistêmica no órgão-alvo, quando esses
perigos forem indicados no rótulo.

No rótulo deve aparecer o nome, o endereço e o número de telefone do


fabricante ou do fornecedor do produto.

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g) Perigos múltiplos e ordem de prioridade da informação;

Quando um produto químico apresentar mais de um perigo, o GHS prevê uma


ordem de prioridade na atribuição de pictogramas e palavras de advertência.

No caso dos produtos químicos englobados pelas Recomendações para


Transporte de Mercadorias Perigosas, Regulamentação Modelo, a ordem de
prioridade dos símbolos dos perigos físicos deve seguir as regras estabelecidas
por essa Regulamentação Modelo.

Nos perigos para a saúde serão aplicados os seguintes critérios de prioridade


com relação aos símbolos:

a) quando aparecer no rótulo o símbolo da caveira e ossos cruzados, não


haverá o signo de exclamação;

b) o signo de exclamação, quando utilizado para assinalar os perigos de irritação


cutânea ou ocular, não deverá aparecer no rótulo se aparecer o símbolo de
corrosão, e

c) se o símbolo de perigo para a saúde aparecer para indicar perigo de


sensibilização respiratória, o signo de exclamação não figurará quando
empregado para sensibilização da pele ou para irritação cutânea ou ocular.

Se for utilizada a palavra “Perigo” não deverá aparecer a palavra “Cuidado”. No


rótulo devem aparecer todas as indicações de perigo.

h) Localização dos elementos nos rótulos do GHS;

Os pictogramas de perigo do GHS, a palavra de advertência e as indicações de


perigo devem aparecer juntos no rótulo. A figura XX ilustra a localização dos
elementos do rótulo de um produto químico de acordo com o GHS.

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Figura 17. Localização dos elementos nos rótulos do GHS

Pictograma(s) de
perigo

Palavra de
Perigo advertência

Nome Identificação do
do produto
Produto

Nome da empresa:
Endereço:
Telefone de Informação do
emergência: fornecedor

Líquido e vapores extremadamente


Inflamáveis
Provoca irritação ocular grave Indicações de
Pode provocar sonolência ou perigo
Vertigem

Manter fora do alcance das crianças.


Manter distante do calor/de faíscas/de chamas abertas/de
superfícies quentes. Não fumar
Armazenar em um lugar bem ventilado. Conselhos de
Armazenar em um recipiente fechado. prudência
Usar equipamento de proteção para os olhos
EM CASO DE CONTATO COM OS OLHOS: Enxaguar
com água cuidadosamente durante vários minutos. Se
estiver usando lentes de contato, retirá-las se isso for
possível de ser feito com facilidade. Continuar a lavar.

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i) Disposições especiais de rotulagem.

A informação complementar é a informação que figura em uma


embalagem/recipiente de um produto perigoso que não está harmonizada, e
não está requerida nem especificada no GHS. Em alguns casos, pode ser
uma informação exigida por uma autoridade competente ou uma informação
complementar disponibilizada pelo fabricante/fornecedor. O GHS
disponibiliza pautas de orientação a fim de garantir que a informação
complementar não introduza uma excessiva e desnecessária variação nem
enfraqueça a que o GHS proporciona. A informação complementar pode ser
utilizada para fornecer mais detalhes que não contradigam nem coloquem
em dúvida a validez da informação normalizada sobre os perigos. Também
pode ser empregada para proporcionar informação sobre os perigos ainda
não incorporados no GHS. O responsável pela rotulagem deve poder facilitar
informação complementar sobre os perigos, como o estado físico ou a via de
exposição, mediante uma indicação de perigo.

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Figura 18. Exemplo de um rótulo GHS

Empresa responsável
METANOL
Endereço
Telefone CAS Nº67-56-1

Líquido e vapores muito inflamáveis.


Tóxico em caso de inalação.
Tóxico em contato com a pele.
Tóxico em caso de ingestão.
Provoca danos nos órgãos. PERIGO
Manter distante de fontes de calor, faíscas,
chama aberta ou superfícies quentes. — Não fumar.
Manter o recipiente hermeticamente fechado.
Levar luvas/roupa/ óculos/máscara de proteção.
EM CASO DE CONTATO COM A PELE: Lavar com água
e sabão abundantes.
Armazenar em um lugar bem ventilado. Manter em lugar
fresco.
Eliminar o conteúdo/ recipiente em ..
200 LITROS

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Figura 19. Exemplo de rotulagem de um recipiente GHS

Empresa responsável
METANOL
Endereço

CAS Nº67-56-1
Telefone

Líquido e vapores muito inflamáveis.


Tóxico em caso de inalação.
Tóxico em contato com a pele.
Tóxico em caso de ingestão.
Provoca danos nos órgãos.
Manter distante de fontes de calor, faíscas,
chama aberta ou superfícies quentes. — Não fumar.
Manter o recipiente hermeticamente fechado.
Levar luvas/roupa/ óculos/máscara de proteção.
EM CASO DE CONTATO COM A PELE: Lavar com água e sabão PERIGO
abundantemente.
Armazenar em um lugar bem ventilado. Manter em lugar fresco.
Eliminar o conteúdo/ recipiente em…

UM 1230
200

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3.2. Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos


As Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) são
documentos que constituem uma importante ferramenta de comunicação na
cadeia de fornecimento e facilitam o trabalho de todos os agentes envolvidos, no
que tange ao cumprimento de suas responsabilidades com relação à gestão de
perigos derivados do uso de produtos químicos. As FISPQ proporcionam
informação completa para serem utilizadas na gestão dos produtos químicos no
local de trabalho.

As FISPQ são documentos que proporcionam informação completa sobre um


produto químico para seu uso no local de trabalho dentro dos marcos
reguladores de controle de produtos químicos. A informação disponível nas
FISPQ atua como uma fonte de referência para a gestão de produtos químicos
perigosos no local de trabalho. A informação permite ao empregador
desenvolver um programa ativo de medidas de proteção dos trabalhadores,
incluída a formação, específico para cada local de trabalho, e considerar quais
medidas serão necessárias para proteger o meio ambiente e facilitar a
prevenção e o atendimento em situações emergenciais.

Além disso, as FISPQ supõem uma fonte importante de informação para outros
públicos-alvo que o GHS tem interesse em atingir. Assim, alguns de seus
elementos poderão ser utilizados por quem transporta mercadorias perigosas,
pelos serviços de emergência (incluídos os centros que tratam os casos de
envenenamento), pelos profissionais dos produtos fitossanitários e, finalmente,
pelos consumidores.

A elaboração de uma FISPQ é obrigatória para todos os produtos químicos que


cumprirem com os critérios harmonizados do GHS para os perigos físicos, para
a saúde ou para o meio ambiente e para todas as misturas que contiverem
componentes que satisfizerem os critérios de carcinogenicidade, toxicidade para
a reprodução ou Toxicidade sistêmica em órgão-alvo em concentrações que
superem os limites do valor de corte/limites de concentração para as FISPQ
especificadas nos critérios relativos às misturas (ver o ponto 1.5.3.1 no “The
Purple Book”). As autoridades competentes em suas normativas locais também
pode solicitar uma FISPQ para misturas que não cumprirem os critérios para
serem classificadas como perigosas, mas que contiverem componentes
perigosos em determinadas concentrações.

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O responsável por preparar uma FISPQ não deve esquecer que se trata de
indicar para o público-alvo os perigos apresentados por um produto químico e
como armazená-lo, manipulá-lo ou eliminá-lo em condições seguras. As FISPQ
contêm informação sobre os efeitos potenciais sobre a saúde decorrentes da
exposição a um produto químico e sobre como trabalhar com segurança.
Também oferece informação sobre os perigos derivados de suas propriedades
físico-químicas ou seus efeitos sobre o meio ambiente, e sobre o uso,
armazenamento, manipulação e medidas de intervenção em caso de
emergência.

A informação deverá aparecer na FISPQ de maneira clara e concisa. Deverá ser


preparada por uma pessoa competente que considerará tudo o que for possível
para satisfazer as necessidades específicas dos usuários.

A informação estará redigida de maneira coerente, clara e exaustiva, visando a


ser entendida pelo trabalhador/a. Não obstante, é fundamental considerar que a
totalidade ou partes da ficha de segurança poderão ser usadas como meio de
informação não só para os trabalhadores, mas também para os empregadores,
profissionais da saúde e da segurança, pessoal de serviços de emergência,
organismos governamentais pertinentes, ou membros da sociedade.

As FISPQ deverão proporcionar uma descrição clara dos dados utilizados para
identificar os perigos. Na figura 20 e no “The Purple Book” (Livro Púrpura) do
GHS é facilitada a informação mínima exigida em cada seção das FISPQ. No
anexo III do presente documento figura um exemplo uma FISPQ elaborada de
acordo com o GHS. O “The Purple Book” (Livro Púrpura) do GHS contém pautas
de orientação sobre a elaboração de FISPQ em conformidade com o GHS
(anexo 4).

A informação das FISPQ deverá ser apresentada acompanhando os 16


epígrafes seguintes na ordem indicada (ver também 1.5.3.2.1 do “The Purple
Book”):

1. Identificação do produto

2. Identificação do perigo ou dos perigos

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3. Composição/informação sobre os componentes

4. Primeiros socorros

5. Medidas de combate a incêndio

6. Medidas que devem ser tomadas em caso de derramamento acidental

7. Manipulação e armazenamento

8. Controles de exposição/proteção pessoal

9. Propriedades físicas e químicas

10. Estabilidade e reatividade

11. Informação toxicológica

12. Informação ecotoxicológica

13. Informação relativa à eliminação dos produtos

14. Informação relativa ao transporte

15. Informação sobre a regulamentação

16. Outras informações.

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Figura 20. Informação mínima que deve aparecer em uma FISPQ

1 Identificação do produto a) Identificador GHS do produto;

b) Outros meios de identificação;

c) Uso recomendado do produto químico e restrições


de uso;

d) Dados do fornecedor (nome, endereço, telefone,


etc.);

e) Número de telefone em caso de emergência;

2 Identificação do perigo ou a) Classificação GHS da substância/mistura e qualquer


dos perigos informação nacional ou regional;
b) Elementos do rótulo GHS, incluídos os conselhos de
precaução. (Os símbolos de perigo poderão ser
apresentados em forma de reprodução gráfica em
branco e preto ou mediante sua descrição por escrito
(por exemplo: chama, caveira e ossos cruzados);
c) Outros perigos que não aparecem na classificação
(por exemplo: perigo de explosão de pó) ou que não
estão cobertos pelo GHS;

3 Composição/informação Substâncias
a) Identidade química;
sobre os componentes b) Nome comum, sinônimos, etc.;
c) Número CAS e outros identificadores únicos;
d) Impurezas e aditivos estabilizadores que estejam
também classificados e que contribuam à classificação
da substância;
Misturas
A identidade química e a concentração ou faixas de
concentração de todos os componentes que forem
perigosos conforme os critérios do GHS e estiverem
presentes em níveis superiores aos seus valores de
corte/limites de concentração.

4 Primeiros socorros a) Descrição das medidas necessárias, separadas de


acordo com as diferentes vias de exposição, isto é,
inalação, contato cutâneo e ocular e ingestão;
b) Sintomas/efeitos mais importantes, agudos e tardios;
c) Indicação da necessidade de receber atenção
médica imediata e tratamento especial requerido em
caso necessário;

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5 Medidas de combate contra a) Meios adequados (ou não adequados) de extinção;


incêndios b) Perigos específicos dos produtos químicos, por
exemplo, natureza de quaisquer produtos combustíveis
perigosos;
c) Equipamento protetor especial e precauções
especiais para as equipes de combate a incêndio

6 Medidas que devem ser a) Precauções individuais, equipes de proteção e


tomadas em caso de procedimentos de emergência;
derramamento b) Precauções meio ambientais;
acidental c) Métodos e materiais de isolamento e limpeza;

7 Manipulação e a) Precauções para uma manipulação segura;


armazenamento b) Condições de armazenamento seguro, incluídas
quaisquer incompatibilidades;

8 Controles de a) Parâmetros de controle: limites ou valores de corte


exposição/proteção de exposição ocupacionais ou biológicos;
pessoal b) Controles de engenharia apropriados;
c) Medidas de proteção individual, como equipes de
proteção pessoal;

9 Propriedades físicas e a) Aparência (estado físico, cor, etc.);


químicas b) Odor;
c) Limiar olfativo;
d) pH;
e) Ponto de fusão/ponto de congelamento;
f) Ponto inicial e intervalo de ebulição;
g) Ponto de inflamação;
h) Taxa de evaporação;
i) Inflamabilidade (sólido/gás);
j) Limite superior/inferior de inflamabilidade ou de
possível explosão;
k) Pressão de vapor;
l) Densidade de vapor;
m) Densidade relativa;
n) Solubilidade(s);
o) Coeficiente de partição n-octanol/água;
p) Temperatura de ignição espontânea;
q) Temperatura de decomposição;
r) Viscosidade

10 Estabilidade e reatividade a) Reatividade;


b) Estabilidade química;
c) Possibilidade de reações perigosas;
d) Condições que devem ser evitadas (por exemplo,
descarga de eletricidade estática, choque ou vibração);
e) Materiais incompatíveis;
f) Produtos de decomposição perigosos;

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11 Informação toxicológica Descrição concisa, porém completa e compreensível,


dos diversos efeitos toxicológicos para a saúde e dos
dados disponíveis usados para identificar esses efeitos,
tais como:
a) Informação sobre as vias prováveis de exposição
(inalação, ingestão, contato com a pele e os olhos);
b) Sintomas relacionados com as características
físicas, químicas e toxicológicas;
b) Sintomas relacionados com as características
físicas, químicas e toxicológicas;
c) Efeitos imediatos e tardios e também efeitos
crônicos produzidos por uma exposição no curto e
longo prazo;
d) Medidas numéricas de toxicidade (tais como
estimativas de toxicidade aguda);

12 Informação ecotoxicológica a) Ecotoxicidade (aquática e terrestre, quando a


informação estiver disponível);
b) Persistência e degradabilidade;
c) Potencial de bioacumulação;
d) Mobilidade em solo;
e) Outros efeitos adversos;
13 Informação relativa à Descrição dos resíduos e informação sobre a maneira
eliminação dos produtos de manipulá-los sem perigo e seus métodos de
eliminação, incluída a eliminação dos recipientes
contaminados.

14 Informação relativa ao a) Número ONU;


transporte b) Designação oficial de transporte das Nações Unidas;
c) Classe(s) de perigos no transporte;
d) Grupo de embalagem/recipiente, se for o caso;
e) Perigos para o meio-ambiente (por exemplo:
Contaminante marinho (Sim/Não));
f) Transporte à granel (de acordo ao Anexo II da
convenção MARPOL 73/78 e ao Código IBC);
g) Precauções especiais para um usuário conhecer ou
adotar durante o transporte ou traslado dentro ou fora
de seus locais;

15 Informação sobre Disposições específicas sobre segurança, saúde e


regulamentação meio ambiente para o produto em questão.

16 Outras informações Incluídas as relativas à preparação e atualização das


FISPQ

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3.3. Atualização das FISPQ e os rótulos


Todos os sistemas de comunicação de perigos deveriam especificar o
procedimento por meio do qual são incorporados os novos dados para a
atualização de rótulos e FISPQ dos produtos em questão.

A atualização deveria ser feita com rapidez uma vez recebida a informação
necessária para a revisão. A autoridade competente pode fixar o lapso de tempo
em que a informação tem que ser revisada. Os fornecedores deveriam
incorporar a informação “nova e significativa” que receberem sobre os perigos
de um produto químico atualizando o rótulo e a ficha de informação de
segurança correspondente.

Entende-se por “informação nova e significativa” toda e qualquer informação que


modificar a classificação no GHS e der lugar a uma mudança na informação
contida no rótulo ou em qualquer informação nas FISPQ.

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Anexo I. Glossário

Entender-se-á por:

Aerossóis, recipientes não reutilizáveis fabricados em metal, vidro ou plástico e que contêm um
gás comprimido, liquefeito ou dissolvido à pressão, com ou sem líquido, pasta ou pó, e dotados
de um dispositivo de descarga que permite expulsar o conteúdo em forma de partículas sólidas
ou líquidas em suspensão em um gás, em forma de espuma, pasta ou pó, ou em estado líquido
ou gasoso. Os aerossóis incluem os geradores de aerossóis.
Agente Sensibilizador da pele, uma substância que provoca uma resposta alérgica por contato
com a pele. A definição de “agente sensibilizador da pele” equivale à de “agente sensibilizador
por contato”.
Agente sensibilizador por contato, uma substância que provoca uma resposta alérgica por
contato com a pele. A definição de “sensibilizador por contato” equivale à de “sensibilizador da
pele”.
Agente Sensibilizador respiratório, uma substância cuja inalação provoca hipersensibilidade
das vias respiratórias.
Aspiração, a entrada de um produto químico líquido ou sólido na traqueia ou nas vias
respiratórias inferiores diretamente por via oral ou nasal, ou indiretamente por regurgitação.
Autoridade competente, uma autoridade ou um órgão nacional designado ou reconhecido
como tal em relação com o Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos (GHS).
Carcinógeno ou cancerígeno, uma substância ou mistura de substâncias químicas que induz
câncer ou aumenta sua incidência.
Categoria de perigo, a classificação de critérios em cada classe de perigos; por exemplo,
existem cinco categorias de perigo na toxicidade aguda por via oral e quatro categorias nos
líquidos inflamáveis. Essas categorias permitem comparar a gravidade dos perigos dentro de
uma mesma classe e não deverão ser utilizados para comparar as categorias de perigos entre si
de um modo mais geral.
Classe de perigo, a natureza do perigo físico, do perigo para a saúde ou do perigo para o meio
ambiente, por exemplo, sólido inflamável, cancerígeno, toxicidade aguda por via oral.
Conselhos de precaução, uma frase (ou um pictograma ou ambas as coisas juntas) que
descreve as medidas recomendadas que convém adotar para reduzir ao mínimo ou prevenir os
efeitos nocivos da exposição a um produto perigoso, por causa da conservação ou
armazenamento incorreto desse produto.
Corrosão cutânea ou da pele: ver lesão cutânea;
Elemento complementar que figura no rótulo, todo tipo de informação complementar não
harmonizada que figure em uma embalagem/recipiente de um produto perigoso, que não esteja
requerido nem especificado no GHS. Pode ser informação exigida por outras autoridades
competentes ou informação complementar facilitada pelo fabricante ou pelo distribuidor.
Elemento do rótulo, um tipo de informação harmonizada destinado a ser utilizado em um rótulo,
por exemplo, um pictograma ou uma palavra de advertência.
Rótulo, um conjunto de elementos de informação escritos, impressos ou gráficos relativos a um
produto perigoso, escolhidos em razão de sua pertinência para o setor ou para os respectivos
setores, aderidos ou impressos no recipiente que contém o produto perigoso ou em sua
embalagem/recipiente exterior, ou que sejam fixados neles.

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Gás, uma substância ou uma mistura que: i) a 50 ºC, possui uma pressão de vapor (absoluta)
superior a 300 kPa (3 bar); ou ii) é completamente gasosa a 20ºC e a uma pressão de referência
de 101,3 kPa;
Gás oxidante, um gás que, geralmente liberando oxigênio, pode provocar ou facilitar a
combustão de outras substâncias em maior medida que o ar.
Gás comprimido, um gás que, quando embalado à pressão, é totalmente gasoso a -50 ºC;
neste grupo são incluídos todos os gases com uma temperatura crítica inferior ou igual a -50 ºC.
Gás dissolvido, um gás que, quando embalado à pressão, está dissolvido em um dissolvente
em fase líquida.
Gás inflamável, um gás inflamável com o ar a 20 ºC e a uma pressão de referência de 101,3
kPa.
Identidade química, o nome com o que um produto químico é designado de forma exclusiva.
Pode ser o nome que figure nos sistemas de nomenclatura da União Internacional de Química
Pura e Aplicada (IUPAC) ou o Chemical Abstracts Service (CAS), ou um nome técnico.
Identificador do produto, o nome ou o número que figura no rótulo ou na FISPQ de um produto
perigoso e que permite identificar uma substância ou uma mistura em seu ambiente de utilização
(por exemplo, no transporte, no consumo ou no local de trabalho).
Irritação cutânea, a formação de uma lesão reversível da pele como consequência da aplicação
de uma substância de ensaio durante um período de até 4 horas.
Irritação da pele: ver irritação cutânea.
Irritação ocular, a aparição de lesões oculares como consequência da aplicação de uma
substância de ensaio na superfície anterior do olho, e que são totalmente reversíveis nos 21 dias
seguintes à aplicação.
Lesão ocular grave, uma lesão dos tecidos oculares ou uma degradação severa da vista, como
consequência da aplicação de uma substância de ensaio na superfície anterior do olho, e que
não é totalmente reversível nos 21 dias seguintes à aplicação.
Liga, material metálico, homogêneo a simples vista, constituído de ao menos dois elementos
combinados de tal forma que não possam separar-se facilmente por meios mecânicos. As ligas
são consideradas misturas alinhadas à classificação no GHS.
Líquido, uma substância ou mistura que a 50ºC possui uma pressão de vapor de, como
máximo, 300 kPa (3 bar), que não é completamente gasosa a 20 ºC e a uma pressão de
referência de 101,3 kPa e cujo ponto de fusão ou ponto de fusão inicial é igual ou inferior a 20 ºC
e a uma pressão de referência de 101,3 kPa. As matérias viscosas cujo ponto de fusão não pode
ser determinado de forma precisa, deverão se submeter à prova ASTM D4359-90 ou ao ensaio
de determinação da fluidez (ou Prova do Penetrômetro) prescrito na seção 2.3.4 do Anexo A do
Acordo Europeu sobre Transporte Internacional de Mercadorias Perigosas por Rodovia (ADR).
Líquido oxidante, um líquido que, sem ser necessariamente combustível em si, pode, em geral
ao desprender oxigênio, provocar ou favorecer a combustão de outras substâncias.
Líquido inflamável, um líquido com um ponto de inflamação não superior a 93ºC.
Líquido pirofórico, um líquido que, mesmo que em pequenas quantidades, inflama-se após
cinco minutos de contato com o ar.
Mistura, mistura ou dissolução composta por duas ou mais substâncias que não reagem entre
si.
Mutágeno, um agente que aumenta a frequência de mutação nos tecidos celulares, nos
organismos ou em ambos.
Nome técnico, o nome, diferente do nome IUPAC ou CAS, geralmente usado no comércio, nos
regulamentos ou nos códigos para identificar uma substância, matéria ou mistura e que está
reconhecido pela comunidade científica. Os nomes de misturas complexas (frações do petróleo
ou produtos naturais), dos pesticidas (sistemas ISO ou ANSI), dos colorantes (Colour Index) e
dos minerais são exemplos de nomes técnicos.

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Objeto explosivo, um objeto que contenha uma ou várias substâncias ou misturas explosivas.
Palavra de advertência, um vocábulo que indique a gravidade ou o grau relativo do perigo que
figura no rótulo para assinalar ao leitor a existência de um perigo potencial. O GHS utiliza
palavras de advertência como “Perigo” e “Cuidado”.
Peróxido orgânico, uma substância ou uma mistura orgânica líquida ou sólida que contiver a
estrutura bivalente -0-0-, e que possa ser considerada um derivado do peróxido de hidrogênio no
que um ou ambos os átomos de hidrogênio forem substituídos por radicais orgânicos. O termo
também compreende os preparados de peróxidos orgânicos (misturas).
Pictograma, uma composição gráfica que contiver um símbolo, assim como outros elementos
gráficos, tais como uma borda, um motivo ou uma cor de fundo, e que serve para comunicar
informações específicas.
Ponto de inflamação, temperatura mínima (corrigida à pressão numa referência de 101,3 kPa)
na que os vapores de um líquido inflamam quando expostos a uma fonte de ignição em
condições determinadas de ensaio.
Recomendações para o Transporte de Mercadorias Perigosas, Regulamentação Modelo, a
última edição atualizada da publicação das Nações Unidas com este título e toda emenda nela
publicada.
Símbolo, um elemento gráfico que serve para proporcionar informação de maneira concisa.
Sólido oxidante, uma substância ou uma mistura sólida que, sem ser necessariamente
combustível em si, pode, em geral desprender oxigênio, provocar ou favorecer a combustão de
outras substâncias ou misturas.
Sólido inflamável, um sólido que se inflama com facilidade ou pode provocar ou ativar um
incêndio por fricção.
Sólido pirofórico, uma substância sólida que, mesmo em pequena quantidade, se inflama após
cinco minutos ao entrar em contato com o ar.
Substância corrosiva para os metais, uma substância ou uma mistura que por ação química
pode atacar ou destruir os metais.
Substância explosiva, uma substância sólida ou líquida (ou mistura de substâncias) que, por
reação química, pode desprender gases a uma temperatura, pressão e velocidade tais que
possam ocasionar danos ao seu ambiente. Nesta definição ficam compreendidas as substâncias
pirotécnicas ainda que não emitam gases.
Substância sólida, uma substância ou mistura que não corresponda às definições de líquido ou
de gás.
Substância, um elemento químico e seus compostos em estado natural ou obtidos mediante
qualquer processo de produção, incluídos os aditivos necessários para conservar a estabilidade
do produto e as impurezas decorrentes do processo utilizado, e excluídos os dissolventes que
possam ser separados sem afetar a estabilidade da substância nem modificar sua composição.

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Anexo II. Abreviaturas

ANSI, “Instituto Norte Americano de Normas Nacionais”.


APEC, “Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico”.
CETMP/GHS, o Comitê de Peritos das Nações Unidas em Transporte de Mercadorias Perigosas
e o Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos
Código IMDG, o Código Marítimo Internacional de Produtos Perigosos, atualizado.
EPA, Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (“Environmental Protection Agency
(USA)”).
FISPQ, Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químico
FIFRA, Lei Federal sobre inseticidas, fungicidas e raticidas dos EUA (“Federal Insecticide,
Fungicide and Rodenticide Act (USA)”).
FISQ, Fórum Intergovernamental de Segurança Química.
HCS, Norma de Comunicação de Perigos (“Hazard Communication Standard”).
Indicação de perigo, uma frase que, atribuída a uma classe ou categoria de perigo, descreve a
natureza do perigo de um determinado produto, bem como o seu grau de perigo, caso
necessário.
IATA, Associação Internacional de Transportes Aéreos.
ICAO, Organização da Aviação Civil Internacional.
IPCS, Programa Internacional de Segurança de Substâncias Químicas.
ISO, Organização Internacional de Normalização.
IUPAC, União Internacional de Química Pura e Aplicada.
MARPOL, Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição Causada por Navios.
mg/kg, “miligrama por quilograma”.
OCDE, “Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos”.
OSHA, Administração de Segurança e Saúde Ocupacionais dos Estados Unidos.
PMEs, Pequenas e Médias Empresas.
RID, o Regulamento sobre o transporte internacional de mercadorias perigosas por trem, Anexo
1 do apêndice B (Regras uniformes concernentes ao contrato de transporte ferroviário
internacional de mercadorias (CIM) do Convênio sobre o transporte internacional por trem) em
sua forma atualizada.
SCESGA-ONU, o Subcomitê de Peritos no Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação
e Rotulagem de Produtos Químicos.
GHS, o Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos.
WHMIS, “sistema de identificação de materiais perigosos nos lugares de trabalho”.

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Anexo III. Exemplo de ficha de informação de


segurança GHS

1. IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO

Identificação do produto
Nome do produto: Cola 2X

Usos recomendados para o produto e usos não recomendados para o produto


Uso recomendado: Adesivo geral.

Usos não recomendados: Não foram identificados usos não recomendados.

Dados do fornecedor da ficha de informação de segurança

Nome: Por favor, completar


Endereço: Por favor, completar
N° Telefone: Por favor, completar
N° Fax: Por favor, completar

Telefone de Emergência

Telefone de emergência da empresa: Por favor, completar


Disponível fora do horário de expediente: Sim Não

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2. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS

Classificação da substância ou da mistura

Líquido inflamável, Categoria 2

Irritação ocular, Categoria 2A

Perigos para o meio ambiente aquático, Categoria 3 aguda

Elementos do rótulo
Palavra de advertência: Perigo

Pictogramas de perigo:

Indicações de perigo:

Líquido e vapor altamente inflamáveis.

Provoca graves irritações oculares.

Nocivo para a vida aquática.

Conselhos de prudência:

Manter o recipiente firmemente fechado.

Manter distante de calor/faíscas/chamas abertas. – Não fumar.

Usar luvas e equipamento de proteção para os olhos e o rosto.

Aterramento/ligação equipotencial do recipiente e do equipamento receptor.

Utilizar um material elétrico/de ventilação/iluminação/ à prova de explosões.

Tomar medidas de precaução contra as descargas eletrostáticas.

Não utilizar ferramentas que produzam faíscas.

Armazenar em um lugar fresco/bem ventilado.

Não dispersar no meio ambiente

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3. COMPOSIÇÃO/INFORMAÇÃO SOBRE OS COMPONENTES

Nome N°. CAS Classificação GHS Concentração [%]


Líquido inflamável, Categoria 2
Dissolvente X 111-111-X 70 – 80
Irritação ocular, Categoria 2A

Perigos para o meio ambiente


Componente E 222-222-E 20 – 25
aquático, Categoria 3 aguda

Impurezas
Não há impurezas relevantes para a classificação e rotulagem.

4. PRIMEIROS SOCORROS

Descrição dos primeiros socorros


Inalação

Transportar a vítima para o ar livre. Em caso de irritação respiratória, enjoos, náuseas ou


inconsciência, pedir assistência médica imediata. Em caso de a vítima deixar de respirar,
realizar a respiração artificial.

Após contato com a pele

Lavar a pele com água. Obter atendimento médico se a dor ou vermelhidão persistirem.

Contato com os olhos

Mantendo as pálpebras abertas, enxaguar os olhos com abundante água durante pelo menos
15 minutos. Pedir assistência médica.

Ingestão

Em caso de ingestão, NÃO provocar o vômito. Pedir assistência médica imediata.

Principais sintomas e efeitos, agudos e tardios


Se ingerido em quantidades significativas pode provocar: Dor abdominal, Náusea, Enjoos

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5. MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIO

Meios de extinção adequados


Espuma, pó de extinção, dióxido de carbono, água pulverizada. Em caso de incêndio, refrescar
os recipientes perigosos com água pulverizada.

Meios de extinção não apropriados


Jato de água a grande pressão.

Perigos específicos em caso de incêndio


Nenhum conhecido.

Perigos específicos derivados da substância ou da mistura


Líquidos e vapores inflamáveis. Óxidos de carbono.

Recomendações para o pessoal de combate a incêndio


Em caso de incêndio em áreas fechadas, utilizar equipamento de respiração autônomo. Não
inalar os gases de combustão.

6. MEDIDAS EM CASO DE DERRAMAMENTO ACIDENTAL

Precauções pessoais, equipamento de proteção e procedimentos de emergência


Para pessoal não emergencial

Eliminar todas as fontes de ignição.

Usar roupa protetora adequada.

Evite respirar os vapores.

Mantenha-se ventilado, a salvo e fora de áreas baixas onde o vapor pode se acumular e
incendiar.

Dependendo da magnitude do derramamento, considerar a necessidade de contar com


bombeiros/pessoal de serviços de emergência com equipamento de proteção pessoal
adequado para realizar a limpeza.

Para pessoal de resposta emergencial

Considerar a necessidade de evacuação.

Usar roupa protetora adequada.

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Mantenha as pessoas afastadas, isolar a área perigosa e negar a entrada.

Deter a fuga se isto puder ser feito sem risco.

Eliminar todas as fontes de ignição.

Para derramamentos pequenos usar materiais absorventes não combustíveis.

Para derramamentos grandes, fazer um dique ou uma represa para uma posterior eliminação.

Não comer, beber nem fumar enquanto for feita a limpeza. Usar equipamentos autônomos de
respiração, máscaras com filtro (tipo A classe 3) ou máscaras filtrantes (por exemplo, EN 405).
Levar roupa de proteção, óculos de segurança e luvas impermeáveis (por exemplo, luvas de
neopreno). Garantir uma ventilação adequada. Evitar todas as fontes de ignição, superfícies
quentes e chamas abertas (ver também a seção 7).

Precauções relativas ao meio ambiente


Evitar que os derramamentos escoem para os bueiros ou drenagens, e que entrem em contato
com o solo.

Métodos e material de contenção e de limpeza


Eliminar todas as fontes de ignição. Os derramamentos podem provocar perigos de incêndio ou
explosão na rede de esgotos. Absorver com retardadores de chama (ignífugos) e materiais que
absorvem líquidos (serragem tratada, terra de diatomáceas, areia). Recolher e destruir em uma
instalação de eliminação de resíduos adequada, de acordo com as leis e os regulamentos
atualmente aplicáveis, e as características do produto no momento da eliminação.

7. MANIPULAÇÃO E ARMAZENAMENTO

Precauções para uma manipulação segura


Conselhos para uma manipulação segura

Evitar o contato com os olhos. Evitar o contato repetido e prolongado com a pele e a inalação
de fumaças/vapores.

Usar em áreas bem ventiladas longe de qualquer fonte de ignição. Apagar todos os dispositivos
elétricos, como aquecedores parabólicos, fogões, placas acumuladoras, etc., com suficiente
antecipação para terem esfriado antes de começar o trabalho. Não fumar, não soldar. Não
jogar os resíduos no ralo dos banheiros. Tomar medidas para evitar o acúmulo de cargas
eletrostáticas.

Condições de armazenamento seguro, incluídas possíveis incompatibilidades


Exigências técnicas para armazéns e recipientes

Os recipientes de armazenamento devem estar conectados a terra e entre si. Armazenar longe
de fontes de ignição e em lugares frescos e com um sistema de aspersão automática. Garantir
uma ventilação adequada. Armazenar a temperaturas entre +5 e +50°C. Armazenar apenas no
recipiente original.

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Indicações para o armazenamento conjunto

Mantenha-se separado de alimentos, bebidas e rações.

8. CONTROLES DE EXPOSIÇÃO/PROTEÇÃO PESSOAL

Limites de exposição

Componentes TWA Referência

ppm mg/m3

Dissolvente X 500 1200 OEL britânico

Componente Z 200 950 MAK alemão

Proteção respiratória

Devem ser utilizados equipamentos de proteção respiratória aprovados quando as


concentrações no ar forem desconhecidas ou superarem os limites de exposição. Em caso de
processar grandes quantidades, usar um aparelho respiratório de ar comprimido leve para a
construção (por exemplo, de acordo com EN1835), uma máscara com filtro (tipo A classe 3, de
cor marrom) ou meia máscara filtrante (por exemplo, de acordo com a norma EM 405) quando
a ventilação for insuficiente.

Proteção das mãos

Em caso de provável contato prolongado ou repetido com a pele, é necessário usar luvas de
neopreno. As boas práticas de higiene pessoal devem ser sempre mantidas.

Proteção dos olhos

Devem ser usados óculos de segurança com proteção lateral ou óculos de proteção química.

9. PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS


Estado físico: Líquido
Cor: Incolor, transparente
Odor: Dissolvente, parecido ao éster
Ponto de fusão: Não disponível
Ponto de congelamento: Não disponível
Ponto inicial de ebulição: 56°C
Ponto de inflamação: - 22°C (DIN 51755)
Taxa de evaporação: Não disponível

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Inflamabilidade (sólido, gás): Não se aplica


Limites de explosão: limite inferior = 1,4 Vol.%; limite superior 13,0 Vol.%
Pressão de vapor: 240 mbar (máxima pressão de vapor parcial) a 20°C
Densidade de vapor: Não disponível
Densidade relativa: 0,89 g/cm3 a 20°C
Solubilidade: solúvel em água a 20°C
Coeficiente de partição: Log Kow = 3.3
Temperatura de ignição espontânea: Não disponível
Temperatura de decomposição Não disponível

10. ESTABILIDADE E REATIVIDADE

Reatividade
Estável em condições normais.

Estabilidade química
Não existe decomposição se usado de acordo com as especificações.

Possibilidade de reações perigosas


Não se conhece nenhuma.

Condições que devem ser evitadas


Calor, faíscas, chamas e acumulação de eletricidade estática.

Materiais incompatíveis
Halógenos, ácidos fortes, álcalis e oxidantes.

Produtos de decomposição perigosos:


Não se conhece nenhum.

11. INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA

Toxicidade aguda:
Toxicidade oral: Não classificado.

Toxicidade cutânea: Não classificado.

Toxicidade por Inalação: Não classificado.

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Irritação / corrosão
Irritação ocular (coelhos): Irritante ocular Categoria 2A (Baseado em ensaios realizados nos
componentes da mistura).

Irritação cutânea (coelhos): Não classificados. Dados obtidos em ensaios do produto.

Sensibilização dérmica (cobaias)

Não classificado: resposta negativa em Bueller. Ensaio em cobaias. 0% de animais


considerados positivos. Dados obtidos em ensaios do produto.

Mutagenicidade
Não há evidencia significativa de que a Cola 2X apresente um risco genotóxico de acordo com
os critérios aplicados normalmente para a sua classificação e rotulagem.

Carcinogenicidade
Cola 2X não é considerada como cancerígeno.

Em geral, não há provas convincentes para justificar uma classificação de Cola 2X como
carcinogênico no contexto do GHS.

Toxicidade para a reprodução


A classificação de toxicidade para a reprodução de acordo com o GHS não é necessária.

12. INFORMAÇÃO ECOLÓGICA

Toxicidade aguada para peixes


CL50 (96 hr) para peixes de água doce: 65 mg/L (Dados obtidos em ensaios do produto).

Toxicidade crônica para organismos aquáticos


O estudo da toxicidade aquática em longo prazo sobre os invertebrados aquáticos será
considerado se a substância for pouco solúvel em água e a Cola 2X é solúvel em água.

Persistência e degradabilidade
Todos os componentes orgânicos contidos no produto não estão classificados como
"facilmente biodegradáveis" (OECD-301 A-F). Entretanto, espera-se que este produto seja
inerentemente biodegradável.

Potencial de bioacumulação
Não existem provas de que ocorra bioacumulação.

Mobilidade no solo
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Os derramamentos acidentais podem penetrar no solo e nas águas subterrâneas. Entretanto,


não existem provas de que isto possa causar efeitos ecológicos adversos.

13. CONSIDERAÇÕES RELATIVAS À ELIMINAÇÃO


Métodos para o tratamento de resíduos

O produto pode ser queimado em um queimador fechado, controlado por valor do combustível,
ou eliminado por incineração supervisionada. A queima poderá ser delimitada conforme a
regulamentação local. O produto pode ser processado em uma instalação pública adequada de
eliminação apropriada de resíduos.

O uso destes métodos está condicionado a que o usuário cumpra com as leis e os
regulamentos aplicáveis, e à informação relativa às características do produto no momento de
sua eliminação.

14. INFORMAÇÃO RELATIVA AO TRANSPORTE


A Cola 2X está classificada como perigosa para transportar (ADR (Rodovia), RID (Ferrovia),
IMDG / dados adicionais (Mar).

Número ONU: 1133

Designação oficial de transporte das Nações Unidas: ADESIVOS

Classe de perigo no transporte: 3

Grupo de embalagem/recipiente: II

Contaminante marinho: Não

15. INFORMAÇÃO REGULAMENTAR

Regulamentação e legislação em matéria de segurança, saúde e meio ambiente


específicas para a substância
Restrições de uso: Nenhuma
Normativas nacionais: --

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16. OUTRAS INFORMAÇÕES


Os dados utilizados nesta ficha de informação de segurança estão baseados em nossos
conhecimentos, porém não constituem garantia alguma sobre as propriedades do produto e
não estabelecem uma relação jurídica contratual.

Abreviaturas
CL50: concentração letal media

German MAK = Germany Maximum Allowable Concentration (concentração máxima


permissível na Alemanha)

Log Kow: logaritmo do coeficiente de partição octanol/água

TWA: Média Ponderada Cronológica

UK OES = United Kingdom Occupational Exposure Standards (normas sobre a exposição do


trabalho do Reino Unido)

Data de preparação da FISPQ: 20 de julho de 2013.

Revisão
Na última atualização desta ficha de informação de segurança foram introduzidas modificações
em todos os capítulos com respeito à ficha anterior, de acordo com a nova informação
disponível.

Aviso de isenção

Na presente ficha de informação de segurança são proporcionadas informações de boa fé,


porém não há nenhuma representação em termos de integridade ou exatidão. Este documento
foi planejado só como um manual para o manuseio apropriado precatório do material por uma
pessoa devidamente capacitada que usa este produto. As pessoas que recebem as
informações devem exercer um juízo de valor independente considerando o que determina a
sua idoneidade.

Final da ficha de informação de segurança

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Anexo IV. Classificação de misturas

O GHS recomenda o seguinte processo para classificar uma mistura:

1. Quando os dados experimentais para a mistura completa estiverem


disponíveis, a classificação deverá sempre estar baseada nesses dados;

2. Quando esses dados não estiverem disponíveis, haverá que aplicar


princípios de extrapolação que se explicam em cada capítulo específico do
GHS de acordo com o tipo de perigo, para ver se permitem classificar a
mistura;

Além disso, para os perigos à saúde e ao meio ambiente:

3. Quando não houver dados de ensaios com a mistura, e as informações


disponíveis não permitirem aplicar o método de extrapolação antes assinalado
na classificação da mistura, será aplicado o método ou os métodos estipulados
descritos em cada capítulo do GHS para fazer a estimativa dos perigos.

Na figura a seguir é mostrado o processo recomendado para a classificação de


misturas:

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Mistura a classificar

Coletar todas as informações


disponíveis

Há dados experimentais da mistura


suficientes para sua classificação? (para Classificar a mistura
perigos físicos: considerar a para os perigos
possibilidade de realizar novos ensaios. Sim correspondentes
Consultar os critérios)

Sim
Não

Existem dados de ensaios realizados É possível aplicar


Sim
sobre misturas similares e sobre os princípios de
ingredientes que forem perigosos? extrapolação?

Não Não

Existem dados de riscos disponíveis para


todos ou algum dos ingredientes?

Não Sim

Utilizar os dados conhecidos


Não é possível classificar a mistura – ou derivados dos ingredientes
entrar em contato com os individuais para classificar a
fornecedores dos ingredientes para mistura para o correspondente
obter informações adicionais. risco, utilizando os outros
métodos especificados para
cada categoria de perigo do
GHS.

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Classificação de perigos físicos para misturas

A maioria dos perigos físicos das misturas deve ser determinada através de
ensaios de laboratório. Em alguns casos, como a classe de perigo "Líquidos
inflamáveis", a classificação das misturas também pode ser obtida através de
um cálculo, ver o Capitulo 2.6, 2.6.4.2.3 da 4ª versão revisada do GHS.

Os métodos de ensaios para perigos físicos podem ser encontrados, por


exemplo, no Manual de Ensaios e Critérios das Nações Unidas, ver o link:
http://www.unece.org/trans/danger/publi/manual/manual_e.html

Estes métodos são normalmente utilizados para classificar as substâncias e


misturas para o transporte. Nos casos onde houver ensaios de laboratório,
baseados em outros métodos ou normas, estes dados podem ser utilizados
para a classificação, sempre que forem adequados para os fins da
determinação de perigos físicos.

Classificação de perigos para a saúde e para o meio ambiente

Quando não houver dados de ensaios de laboratório sobre uma mistura a ser
classificada, haverá que considerar as informações disponíveis de cada um dos
ingredientes da mistura ou aplicar os princípios de extrapolação explicados em
cada capítulo específico do GHS de acordo com o tipo de perigo, para ver se
permitem classificar a mistura.

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Princípios de extrapolação (“bridging principles”)

Um princípio de extrapolação ou alternativo é um mecanismo para a


extrapolação de dados visando determinar os perigos da mistura que não foi
ensaiada como um todo, para todos os efeitos sobre os seus componentes.

A aplicação dos princípios de extrapolação permite um uso mais amplo dos


dados disponíveis para completar uma classificação de perigos. Em cada
classe de perigo para a saúde, assim como na toxicidade aquática, é
especificada a forma como são aplicados os princípios de extrapolação em
suas respectivas seções do “The Purple Book” (Livro Púrpura) de GHS.

Quando uma mistura não foi ensaiada, porém há dados suficientes sobre
ambos os ingredientes e as misturas similares ensaiadas, estes dados podem
ser utilizados de acordo com os seguintes princípios de extrapolação:

• Diluição: Se uma mistura submetida a ensaio se diluir com um diluente


classificado em uma categoria de toxicidade igual ou inferior à do componente
original menos tóxico, não sendo esperada a sua influência sobre a toxicidade
do resto dos componentes, a nova mistura diluída será considerada, em termos
de classificação, como equivalente à mistura original submetida a ensaio.

• Variação entre lotes: A toxicidade de um lote de uma mistura submetido a


ensaio será considerada equivalente à de outro lote não submetido a ensaio do
mesmo produto comercial quando for fabricado pelo mesmo fabricante ou sob
o seu controle, a menos que haja motivos para acreditar que a composição da
mistura tenha sofrido mudanças e que tais mudanças possam provocar
modificações nos valores da toxicidade do lote não submetido a ensaio.
Quando isto ocorrer haverá a necessidade de uma nova classificação.

• Concentração de misturas muito tóxicas: Se uma mistura concentrada


submetida a ensaio for classificada na categoria e/ou subcategoria mais alta,
uma mistura não ensaiada, mais concentrada, será classificada na categoria
e/ou subcategoria mais alta.

• Interpolação dentro de uma mesma categoria tóxica: no caso de três misturas


(A, B e C) com componentes idênticos, em que as Misturas A e B tenham sido
submetidas a ensaio e classificadas na mesma categoria de toxicidade e a
Mistura C, não submetida a ensaio, tenha os mesmos componentes
toxicologicamente equivalentes aos das Misturas A e B, porém sendo as
concentrações desses componentes intermédias entre as das Misturas A e B,
considerar-se-á que a Mistura C pertence à mesma categoria que a das
Misturas A e B.

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• Misturas substancialmente similares: Não se espera que pequenas mudanças


nas concentrações dos componentes de uma mistura alterem os perigos da
mistura em si; e não se espera que as substituições de componentes de uma
mistura por outros toxicologicamente similares alterem os perigos da mistura
em si.

Aerossóis: Uma mistura em forma de aerossol poderá ser classificada na


mesma categoria de perigo de toxicidade por ingestão e de toxicidade cutânea
que a mistura não aerossolizada submetida a ensaio se o propulsor
incorporado não afetar a toxicidade da mistura na vaporização. A classificação
da toxicidade das misturas por inalação na forma de aerossóis deveria se feita
por separado.

Aviso importante: Nem todos os princípios de extrapolação se aplicam a todos


os riscos para a saúde e o meio ambiente. Deve-se consultar a seção
específica de cada classe de perigo para determinar os princípios de
extrapolação aplicáveis a cada caso.

Na tabela a seguir, são resumidos os critérios para classificar misturas em


relação aos riscos para a saúde e o meio ambiente:

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Classificação de misturas

Perigo Critérios de Princípios de extrapolação


classificação

Toxicidade aguda Toxicidade Aguda Todos


Estimada (ETA): 2
fórmulas

Lesões oculares Normalmente aditiva, Todos


graves/irritação algumas vezes por
ocular limites de corte.

Corrosão cutânea Normalmente aditiva, Todos


& irritação cutânea algumas vezes por
limites de corte.

Sensibilização Limites de corte Diluição, Lotes, misturas


cutâneas substancialmente similares,
aerossóis

Sensibilização Limites de corte Diluição, Lotes, misturas


respiratória substancialmente similares,
aerossóis

Mutagenicidade Limites de corte Diluição, Lotes, misturas


em células substancialmente similares
germinativas

Carcinogenicidade Limites de corte Diluição, Lotes, misturas


substancialmente similares

Toxicidade para a Limites de corte Diluição, Lotes, misturas


reprodução substancialmente similares

Toxicidade Limites de corte Aplicam todos


sistêmica em
órgão-alvo

Perigo por Limites de corte Diluição, Lotes, concentração de


aspiração misturas muito tóxicas,
Interpolação dentro de uma
mesma categoria de toxicidade,
Misturas substancialmente

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similares

Perigos para o Fórmula de aditividade Diluição, Lotes, concentração de


meio ambiente (apenas toxicidade misturas muito tóxicas,
aquático aguda), fórmula de Interpolação dentro de uma
adição (aguda ou mesma categoria de toxicidade,
crônica), combinação Misturas substancialmente
de fórmula de similares
aditividade e método de
adição.

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Exemplo de classificação de uma mistura

Se desejar classificar de acordo ao GHS uma mistura que será diluída em 50%
utilizando um diluente, estão disponíveis os resultados de ensaios de
laboratório da mistura antes de ser diluída. Para a classificação da mistura
diluída será utilizado o princípio de extrapolação de (diluição) e os métodos de
cálculo de acordo à classe de perigo, a partir da seguinte informação:

Classificação da mistura original (antes da diluição):

Classificação de Toxicidade Aguada e Dados de Ensaios

Oral Cutânea Inalação Vapores

Categoria 4 Categoria 4 Categoria 2

(DL50: 310 mg/kg) (DL50: 1,250 mg/kg) (CL50: 1.97 mg/l

Informação dos ingredientes na mistura original ensaiada

Ingrediente Peso Classificação de Toxicidade Aguda e Dados de


Ensaios
%
Oral Cutânea Inalação
Vapores

Ingrediente 26 Categoria 5 Categoria 4 Categoria 4


1
(DL50: (DL50: (LC50: 11mg/l)
2,737mg/kg) 1,500mg/kg)

Ingrediente 40 Categoria 3 Categoria 4 Categoria 3


2
(DL50: 118mg/kg) (DL50: (LC50: 4mg/l)
1,250mg/kg)

Ingrediente 34 Categoria 4 Categoria 4 Categoria 2


3
(DL50: (DL50: (LC50: 1.5mg/l)
1,950mg/kg) 1,100mg/kg)

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Informação do Diluente:

Ingrediente Dados de ensaios de toxicidade aguda

Oral Cutânea Inalação


Vapores

Diluente Categoria 5 Categoria 3 Categoria 5

(DL50: 2.500mg/kg) (DL50: 950mg/kg) (CL50: 19 mg/l)

A mistura ensaiada se dilui em 50% com um ingrediente que não se espera


que afete a toxicidade dos outros ingredientes.

A composição da mistura diluída é a seguinte

Ingrediente Peso %

Ingrediente 13
1

Ingrediente 20
2

Ingrediente 17
3

Diluente 50

Considerações para a classificação

1. Como não foram fornecidos os dados de toxicidade aguda para a


mistura diluída, não é possível a classificação através da aplicação dos
critérios de substâncias;

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2. Pode-se considerar a classificação através da aplicação dos princípios


de extrapolação, já que há dados suficientes tanto sobre uma mistura
original já ensaiada como sobre os componentes individuais;
3. Pode-se considerar a classificação da mistura de acordo com a
informação dos ingredientes, caso quem classifica considera não optar
por aplicar o princípio de extrapolação, ou não há disponibilidade de
dados suficientes para aplicar o princípio de extrapolação;

Toxicidade aguda por ingestão

Pode-se aplicar o princípio de diluição. A classificação do diluente (isto é,


Categoria 5) é uma classificação de toxicidade equivalente ao ingrediente
original menos tóxico (ou seja: o Ingrediente 1 também é da Categoria 5).

Ingrediente Dados de ensaios de toxicidade


aguda

Oral

Diluente Categoria 5

(DL50: 2500 mg/kg)

Ingrediente Peso % Classificação de


Toxicidade

aguda e dados de
ensaio

Oral

Ingrediente 26 Categoria 5
1
(DL50: 2,737mg/kg)

Ingrediente 40 Categoria 3
2
(DL50: 118mg/kg)

Ingrediente 34 Categoria 4
3
(DL50: 1,950mg/kg)

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A classificação resultante ao aplicar o princípio de extrapolação (diluição) neste


caso é: Toxicidade Aguda por ingestão; Categoria 4. (Classificação original da
mistura antes de diluir).

Toxicidade aguda por via cutânea

Neste caso para a toxicidade aguda por via cutânea, o princípio de diluição não
pode ser aplicado. A classificação do diluente (Categoria 3) é uma classificação
de toxicidade maior que o ingrediente original menos tóxico (ou seja: os
Ingredientes 1, 2, e 3 são todos da categoria 4);

Deve-se considerar então, a classificação da mistura de acordo com os dados


dos ingredientes;

Ingrediente Dados de ensaios de toxicidade


aguda

Cutânea

Diluente Categoria 3

(DL50: 950 mg/kg)

Ingrediente Peso % Classificação de


Toxicidade

aguda e dados de
ensaio

Cutânea

Ingrediente 26 Categoria 4
1
(DL50: 1,500mg/kg)

Ingrediente 40 Categoria 4
2
(DL50: 1,250mg/kg)

Ingrediente 34 Categoria 4
3
(DL50: 1,100mg/kg)

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Para a classificação de toxicidade aguda por via cutânea, deve-se considerar


então, a classificação da mistura baseada nos dados dos ingredientes;

Para esta classe de perigo, em específico o GHS estável, que ao dispor de


dados para cada um dos componentes individuais da mistura, permite a
utilização da seguinte equação para calcular a Estimativa da Toxicidade Aguda
da Mistura (ETAm) que permita a classificação:

100 Ci
= Σ
ETAm ATEi

Onde:

Ci = concentração do componente;

ETAi = Estimativa de Toxicidade Aguda do componente i;

Aplicando a equação antes indicada, e utilizando a informação disponível para


cada um dos componentes da mistura, obtém-se:

100 13 20 17 50
= + + +
ETAm 1500 1250 1100 950

100
= 0.0928
ETAm

ETAm = 1078 mg/kg

O resultado da ETAm permite classificar a mistura como Toxicidade aguda por


via cutânea, Categoria 3 de acordo com as faixas de referência estabelecidas
no GHS.

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Toxicidade aguda por inalação

Neste caso, para a toxicidade aguda por inalação, é possível aplicar o princípio
de diluição. A classificação do diluente (ex., Categoria 5) é uma classificação
de toxicidade inferior ao ingrediente original menos tóxico (ex., o ingrediente 1
é Categoria 4).

Ingrediente Dados de ensaios de toxicidade


aguda

Inalação Vapores

Diluente Categoria 5

(DL50: 19mg/l)

Ingrediente Peso % Classificação de


Toxicidade aguda e
dados de ensaio

Inalação Vapores

Ingrediente 26 Categoria 4
1
(DL50: 11mg/l)

Ingrediente 40 Categoria 3
2
(DL50: 4mg/l)

Ingrediente 34 Categoria 2
3
(DL50: 1.5mg/l)

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A classificação resultante ao aplicar o princípio de extrapolação (diluição) neste


caso é a Classificação: Toxicidade Aguda por inalação; Categoria 2.
(classificação original da mistura antes de diluir).

Resultado da classificação

1. Via Oral – Classificação: Toxicidade Aguda por ingestão; Categoria 4

2. Via Cutânea – O princípio de diluição não pode ser aplicado. Toxicidade


Aguda por via cutânea; Categoria 3

3. Via Inalação – Classificação: Toxicidade Aguda por Inalação; Categoria 2

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ANEXO III –MATERIAL –RESULTADO 3
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Cooperação União Europeia - Mercosul

Convênio de Financiamento N° DCI – ALA/2009/19707

Programa de apoio ao aprofundamento do processo de


integração econômica e desenvolvimento sustentável do
MERCOSUL

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O GHS na prevenção e atenção de situações


emergenciais associadas à gestão de produtos
químicos
Este Projeto é É realizado pelo
financiado pela
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« O presente documento oferece informações de orientação sobre o Sistema


Globalmente Harmonizado de classificação e rotulagem de produtos químicos
(GHS). Entretanto, deve-se recordar aos usuários que o texto do “The Purple
Book” (Livro Púrpura) do GHS é a única referência válida e que a informação
contida no presente documento não tem caráter de assessoramento lega.

O conteúdo deste relatório é de responsabilidade exclusiva de Rivendell


International e, em nenhum caso, deve-se considerar que reflita os pontos de
vista da União Europeia, do MERCOSUL ou de seus Estados-membros.»

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Conteúdo
1. Introdução ..................................................................................................................... 4

1.1. O que é o GHS?..................................................................................................... 6


1.2 Por que o GHS foi criado? ...................................................................................... 8
1.3. Benefícios do GHS............................................................................................... 12
1.4. Implementação do GHS internacionalmente ....................................................... 14
1.5 Como o GHS será mantido e atualizado?............................................................. 17
1.6 Aplicação do GHS................................................................................................ 18

2. Comunicação de perigos e de situações emergenciais.............................................. 19

2.1. Rotulagem............................................................................................................ 20
2.2. Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos.............................. 33
2.3. Atualização das FISPQ e dos rótulos .................................................................. 39

3. Prevenção e atendimento em situações emergenciais............................................... 40

3.1. Identificação e caracterização dos perigos e das ameaças................................. 41


3.3. Avaliação do risco ................................................................................................ 49
3.4. Atendimento e Resposta para as situações emergenciais .................................. 53
3.5. Protocolo MERCOSUL de cooperação e assistência diante de emergências..... 62
3.6. Principais fontes de informação antes e durante uma emergência que envolva
produtos químicos perigosos ..................................................................................... 64

Anexo I. Glossário........................................................................................................... 66

Anexo II. Abreviaturas..................................................................................................... 69

Anexo III. Exemplo de Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos GHS


........................................................................................................................................ 70

Anexo IV. Exemplo de procedimento de resposta emergencial ..................................... 81

Anexo IV. Exemplo de atuação em situações emergenciais para empresas ................. 85

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1. Introdução

A finalidade do presente documento é servir de manual, orientado a proporcionar


elementos básicos para a prevenção e atenção de situações emergenciais
associadas ao manuseio de produtos químicos, considerando a aplicação do
Sistema Globalmente Harmonizado de classificação e rotulagem de produtos
químicos (GHS) das Nações Unidas.

O uso de produtos químicos para aumentar e melhorar a vida é uma prática


generalizada em todo o mundo. Porém junto aos benefícios destes produtos,
também existe a possibilidade de efeitos adversos para as pessoas ou o meio
ambiente.

A definição usual de Segurança Química enfoca “o uso correto de produtos


químicos, buscando a prevenção de efeitos adversos, no curto e longo prazo, no
que tange à saúde humana e ao meio ambiente, derivados da produção,
armazenamento, transporte, uso, reciclagem e disposição de substâncias
químicas”.

As situações emergenciais provocadas por produtos químicos perigosos


provocam, deste modo, efeitos adversos no curto prazo, com possíveis
implicações no longo prazo. O conceito de “emergência” abrange a noção de
impacto ambiental, definida como “qualquer alteração das propriedades físicas,
químicas e biológicas do meio ambiente causada por qualquer forma de matéria
ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente,
afetem: (1) a saúde, a segurança e o bem estar da população; (II) as atividades
sociais e econômicas; (III) a biota; (IV) as condições estéticas e sanitárias do
meio ambiente; (V) a qualidade dos recursos ambientais”.

Durante qualquer etapa do ciclo de vida dos produtos químicos perigosos existe
a possibilidade de surgirem situações emergenciais, tais como incêndios,
explosões, vazamentos ou derramamentos. Estas situações emergenciais
podem ser prevenidas aplicando normas legais e técnicas relacionadas com o
manuseio adequado de tais produtos químicos, como por exemplo, o GHS.

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Os serviços de emergência precisam de informação sobre os produtos químicos


em vários níveis. Para dar respostas imediatas, é necessário dispor de
informação precisa, detalhada e suficientemente clara. Isto se aplica aos
acidentes durante o transporte, nas instalações de armazenamento ou no
trabalho. Os bombeiros e/ou todo aquele que chegar primeiro ao lugar de um
acidente, por exemplo, precisarão de informação fácil de ser percebida e
interpretada à distância. Este pessoal está muito bem treinado para usar
informação gráfica e codificada. Entretanto, os serviços de emergência também
precisam de informação mais detalhada sobre os perigos e as técnicas de
resposta, que podem ser obtidas de muitas fontes. As necessidades de
informação do pessoal médico que se ocupa das vítimas de um acidente ou de
uma emergência podem diferir das do pessoal que combate os incêndios.

O GHS é uma iniciativa internacional das Nações Unidas que aborda a


classificação dos produtos químicos por tipos de risco e propõe elementos de
comunicação de perigos harmonizados em nível internacional, com rótulos e
Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos. Seu objetivo é
garantir que a informação existente sobre os perigos físicos e a informação
sobre a toxicidade dos produtos químicos estejam disponíveis, com o fim de
melhorar a proteção da saúde humana e do meio ambiente durante o manuseio,
transporte e utilização destes produtos químicos.

O GHS também proporciona uma base para a harmonização de normas e


regulamentos sobre os produtos químicos a nível nacional, regional e mundial -
um fator importante para facilitar o comércio.

O texto oficial completo do Sistema (“The Purple Book” (Livro Púrpura) GHS)
está disponível no link:

http://www.unece.org/trans/perigo/publi/GHS/GHS_welcome_e.html.

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1.1. O que é o GHS?

O GHS representa o "Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e


Rotulagem de Produtos Químicos". O GHS é um sistema que define e classifica
os perigos dos produtos químicos, e estabelece os elementos de comunicação
de tais perigos na informação dos rótulos e das Fichas de Informação de
Segurança de Produtos Químicos. O objetivo é que o mesmo conjunto de regras
para a classificação dos perigos dos produtos químicos, e o mesmo formato e
conteúdo dos rótulos e das Fichas de Informação de Segurança de Produtos
Químicos (FISPQ) sejam adotados e utilizados em todo o mundo. Uma equipe
internacional de peritos em comunicação de riscos das Nações Unidas
desenvolve e mantém atualizado este sistema.

O GHS tem entre seus principais objetivos determinar se um produto químico


apresenta propriedades intrínsecas que em sua classificação são vistas como
perigosas. Uma vez identificadas tais propriedades e classificado o produto, os
fabricantes, importadores, usuários e distribuidores do produto químico perigoso,
devem comunicar os perigos detectados aos outros agentes da cadeia de
fornecimento, incluídos os consumidores.

O perigo de um produto químico é seu potencial para causar danos,


dependendo das propriedades intrínsecas do produto. Neste sentido, a
avaliação do perigo é o processo pelo qual é valorizada a informação disponível
sobre as propriedades intrínsecas de um produto químico a fim de determinar
seu potencial para causar danos. Se a natureza e gravidade de um perigo
identificado se ajustarem aos critérios de classificação estabelecidos pelo GHS,
a classificação do perigo será a atribuição de uma descrição padronizada do
perigo em si, indicando se tal produto químico causa danos à saúde humana ou
ao meio ambiente.

A classificação dos produtos químicos pretende refletir a natureza e gravidade


dos perigos intrínsecos de um produto químico. Não deve ser confundida com a
avaliação de riscos, que relaciona um determinado perigo com a exposição real
do ser humano ou do meio ambiente ao produto químico que apresenta perigo.
Entretanto, o denominador comum para a classificação e a avaliação de riscos é
identificar o perigo e sua avaliação.

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O objetivo da rotulagem das embalagens e recipientes de produtos químicos é


permitir aos usuários conhecerem a identidade das substâncias químicas que
manipulam, os perigos presentes e as medidas preventivas a serem tomadas.

O GHS não constitui um regulamento nem uma norma. No documento do GHS


(denominado ““The Purple Book” (Livro Púrpura), como indicado na figura 1) são
estabelecidas as disposições estipuladas para a comunicação e classificação de
perigos, com informação explicativa sobre como aplicar o Sistema. A primeira
edição do ““The Purple Book” do GHS estava destinada a servir como base
inicial para a implementação global do sistema, sendo adotada em dezembro de
2002 e publicada em 2003. Desde então, este documento foi atualizado,
revisado e melhorado a cada dois anos, na medida em que surgem as
necessidades, e a experiência é adquirida com a sua aplicação. A versão atual
do “The Purple Book” é a Revisão 4 do ano 2011. Espera-se que a Revisão 5 do
““The Purple Book” seja publicada em 2013. A Revisão 4 do documento pode
ser consultada no seguinte link:

http://www.unece.org/é/trans/danger/publi/GHS/GHS_rev04/04files_s.html

Figura 1. Documento do GHS “The Purple Book” (Livro Púrpura)

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Os elementos presentes no GHS proporcionam um mecanismo visando a reunir


os requisitos básicos de todo sistema de comunicação de perigos, que consiste
em decidir se o produto químico obtido e/ou fornecido é perigoso e elaborar um
rótulo e/ou uma ficha de informação de segurança de produtos químicos
conforme corresponda. Por conseguinte, nos países onde o GHS tenha sido
aprovado, as autoridades reguladoras deverão adotar as disposições e os
critérios acordados, assim como aplicá-los através de seus próprios
procedimentos e processos de regulamentação, indo além da mera incorporação
do texto do GHS em seus requisitos nacionais.

Consequentemente, o documento GHS proporciona aos países os elementos


básicos de regulamentação para a criação de programas nacionais ou para a
modificação dos já existentes, obtendo dessa maneira a classificação e a
difusão de informação sobre os perigos e, portanto, medidas de proteção
conexas. Isto levará ao uso seguro dos produtos químicos durante todo o ciclo
de vida dos mesmos.

1.2 Por que o GHS foi criado?

A elaboração e o uso de produtos químicos são fundamentais para todas as


economias no nível Mundial e têm um fator primordial para o MERCOSUL.

Os produtos químicos incidem direta ou indiretamente em nossa vida e são


essenciais para nossa alimentação, nossa saúde e nosso estilo de vida. O uso
generalizado de produtos químicos criou a necessidade da elaboração de
regulamentos específicos por setor que podem diferir conforme os setores, tais
como o transporte, a produção, os lugares de trabalho, a agricultura, o comércio
e os produtos de consumo. O fato de dispor facilmente de informação sobre as
propriedades perigosas dos produtos químicos e sobre as medidas de controle
recomendadas permite administrar com segurança a produção, o transporte, o
uso e a eliminação dos produtos químicos. A gestão segura dos produtos
químicos deriva na proteção da saúde humana e do meio ambiente.

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Embora as leis e os regulamentos vigentes em muitos países industrializados


sejam semelhantes, terminam por ser bastante diferentes como para solicitar
múltiplos rótulos para o produto em si e múltiplas Fichas de Informação de
Segurança de Produtos Químicos para o mesmo produto a escala nacional e
internacional. Vários países consideram requisitos diferentes na hora de definir
os perigos, de gerar critérios para eles e de selecionar qual informação será
incluída nos rótulos ou nas Fichas de Informação de Segurança de Produtos
Químicos. Por exemplo, um produto pode ser considerado inflamável ou tóxico
por um organismo ou país, porém não por outro.

Ao comparar vários dos perigos, comprovamos como pode ser complexo


cumprir todos os regulamentos nacionais e mundiais. A toxicidade aguda dos
produtos químicos por via oral (LD50) é um bom exemplo disso (Figura 2). Se
por um lado, a maioria dos sistemas em vigor cobre a toxicidade aguda, na
figura podemos comprovar que o que se considera perigoso varia
consideravelmente nos vários países ou sistemas. Estas diferenças fazem com
que um mesmo produto seja perigoso em um país/sistema e não em outro.
Sendo assim, o mesmo produto poderá, por exemplo, ter diferentes rótulos e
FISPQ.

Figura 2. Toxicidade Aguda por via oral (LD50)

Valor de toxicidade aguda LD50 (mg/kg)

Alto Perigoso Baixo


Organização/País/
Regulamento ou
< 500
Norma 0 ............ < 50 ............ < 5000 ............
............

> 500
< 50 > 50 < 500 <
ANSI/EUA/A 129.1
Altamente Tóxico Tóxico 2000
Nocivo

< 50 > 50 < 500


OSHA/EUA /HCS
Altamente Tóxico Tóxico

EPA/EUA /FIFRA 0 ≤ 50 > 50 ≤ 500 > 500 < > 5000

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Toxicidade Categoria I Toxicidade 5000 Toxicidade


Categoria II Toxicidade Categoria IV
Categoria
III

< 50 > 50 ≤ 500


CPSC/EUA/FHSA
Altamente Tóxico Tóxico

> 300
GHS ≤5 > 5 ≤ 50 > 50 ≤ 300 > 2000 ≤ 5000
≤ 2000

≤ 50 > 50 ≤ 500
Muito Tóxico Tóxico
WHMIS/Canadá WHMIS Classe D, Divisão WHMIS Classe
1, D, Divisão 1,
Subdivisão A Subdivisão B

< 25 > 25 < 200 > 200 < 2000


Austrália/NOHSC
Muito Tóxico Tóxico Nocivo

<1 >20 < 50 > 50 < 500


> 500 < 5000
México Extremadamente Altamente Moderadamente
Pouco tóxico
Tóxico Tóxico Tóxico

Estas diferenças nas definições de perigos são refletidas nos rótulos e nas
FISPQ, e impactam tanto na proteção da saúde humana e do meio ambiente
como no comércio. Parte-se de uma situação inicial, onde cada país dispõe ou
carece de um sistema de classificação e de comunicação de perigos de
produtos químicos próprios (Figura 3). No âmbito da proteção, os usuários
podem observar várias advertências nos rótulos ou informação nas Fichas de
Informação de Segurança de Produtos Químicos para um mesmo produto
químico. No âmbito do comércio, a necessidade de cumprir múltiplos
regulamentos em matéria de classificação e rotulagem de perigos resulta
onerosa e requer de muito tempo. Algumas empresas multinacionais calcularam
que seus produtos estão sujeitos a mais de 100 regulamentos vários sobre
comunicação de perigos em todo o mundo. No caso das pequenas e médias

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empresas (PMEs), o cumprimento da regulamentação é complexo e


dispendioso.

A harmonização da classificação e a rotulagem dos produtos químicos foi uma


das seis áreas de programas que recebeu o apoio da Assembleia Geral das
Nações Unidas com o fim de consolidar os esforços internacionais em relação à
gestão racional dos produtos químicos do ponto de vista meio ambiental. Ficou
reconhecido que a adoção de um enfoque internacionalmente harmonizado para
a classificação e a rotulagem (ver figura 4) seria o pilar para que todos os países
elaborassem programas nacionais de amplo alcance com o fim de garantir o uso
dos produtos químicos em condições de segurança.

Em geral, com o acordo GHS da ONU espera-se a promoção da


sustentabilidade em escala global, principalmente através da melhoria prevista
na saúde humana e na proteção ambiental, e de uma maior eficiência
econômica, tendo visto o aumento do comércio mundial e da competitividade,
decorrente da inclusão dos países em desenvolvimento no comércio mundial
também de produtos químicos. Na figura 3 é representada a situação prévia à
implementação do GHS em nível mundial, onde cada país dispõe, ou em alguns
casos carece, de legislação própria para fazer uma classificação e rotulagem
dos seus produtos químicos. Na figura 4, é apresentada a situação ideal
buscada pelo GHS a nível mundial, harmonizando os critérios de classificação e
de rotulagem dos produtos químicos.

Figura 3. Diferentes critérios de periculosidade para produtos químicos

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Figura 4. GHS – harmonização em nível internacional

1.3. Benefícios do GHS

O objetivo fundamental da comunicação de perigos é garantir que os


empregadores, os trabalhadores e a população disponham de informação
adequada, prática, fiável e compreensível sobre os perigos que apresentam os
produtos químicos, a fim de poderem tomar medidas preventivas e protetoras
eficazes para sua saúde e segurança. Portanto, a comunicação eficaz dos
perigos beneficia governos, empresas, trabalhadores e membros da população.

O GHS obtém seu máximo valor se aceito dentro dos principais sistemas
reguladores para a comunicação dos perigos dos produtos químicos. Se o GHS
for aplicado em escala mundial, será possível comunicar informação coerente
nos rótulos e nas FISPQ.

Está previsto que a aplicação do GHS permitirá:

ƒ Melhorar a proteção da saúde humana e do meio ambiente ao facilitar um


sistema inteligível no plano internacional;

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ƒ Proporcionar um marco reconhecido para elaborar regulamentos


destinados aos países que carecem de sistemas normativos;
ƒ Proporcionar um conjunto de critérios de classificação visando a sua
utilização no marco da legislação e para os usuários finais;
ƒ Facilitar o comércio internacional dos produtos químicos cujos perigos
tenham sido identificados em nível internacional, e
ƒ Reduzir a necessidade de efetuar ensaios e avaliações decorrentes da
existência de múltiplos sistemas de classificação.

As vantagens tangíveis para os governos são as seguintes:

ƒ Reduzir-se-á o número de acidentes e incidentes ocasionados pelos


produtos químicos;
ƒ Reduzir-se-ão os custos do atendimento à saúde;
ƒ Melhorar-se-á a proteção dos trabalhadores e da população em geral
diante dos perigos gerados pelos produtos químicos;
ƒ Reduzir-se-ão os custos e será facilitada a coordenação para a
legislação, bem como sua aplicação e supervisão;
ƒ Melhorar-se-á a coordenação e cooperação interministerial e
interorganismos;
ƒ Evitar-se-á a duplicação de esforços na criação de sistemas nacionais;
ƒ Reduzir-se-ão os custos para o seu cumprimento, e
ƒ Melhorar-se-á a comunicação dos problemas sobre os produtos químicos,
em escala nacional e internacional.

As vantagens para as empresas são, entre outras, as seguintes:

ƒ O ambiente de trabalho e o transporte de produtos químicos serão mais


seguros, e as relações com os funcionários melhorarão;
ƒ Aumentará a eficiência e serão reduzidos os custos como consequência
do cumprimento dos regulamentos em matéria de comunicação de
perigos;
ƒ A aplicação dos sistemas de Peritos permitirá maximizar os recursos dos
Peritos e minimizar o trabalho e os custos;
ƒ Facilitar-se-ão os sistemas de transmissão eletrônica com alcance
internacional;
ƒ Estender-se-á o uso dos programas de formação em saúde e segurança;
ƒ Reduzir-se-ão os custos como consequência da redução do número de
acidentes e doenças, e
ƒ Serão melhoradas a imagem e credibilidade das empresas.

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As vantagens para os trabalhadores e os membros da população são, entre


outras:

ƒ Uma melhor segurança para os trabalhadores, os consumidores e outros


interessados graças a uma comunicação coerente, clara e simples sobre
os riscos dos produtos químicos, bem como quais as práticas a ser
seguidas para manipulá-los e utilizá-los de maneira segura, e
ƒ Uma maior consciência dos perigos, exigindo-se o manuseio mais seguro
dos produtos químicos, não só no local de trabalho com também no lar.

1.4. Implementação do GHS internacionalmente

Vários organismos internacionais propuseram estabelecer metas na aplicação


do GHS. Na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável e no Fórum
Intergovernamental de Segurança Química (FISQ), os países foram incentivados
a aplicar o novo GHS o quanto antes, visando a conseguir naquele então que o
sistema ficasse totalmente operativo em 2008. Os ministros participantes no
Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) declararam na época
que para 2006 o GHS devia ser colocado em andamento, de forma voluntária,
no maior número possível de economias do APEC.

Houve avanços importantes na aplicação do GHS em todo o mundo. Na figura 5


é possível observar o status de implementação do GHS em nível internacional.

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Figura 5. Implementação do GHS internacionalmente.

ATIVIDADES 
PREPARAÇÃO 
IMPLEMENTAÇÃO 

15

A seguir, o resumo de alguns avanços importantes:

ƒ Argentina: O Instituto Argentino de Normalização e Certificação (IRAM)


publicou em 2006, a norma IRAM 41400 Produtos Químicos- Folha de
Informação de Segurança. Esta norma, que está on line, possui os
requerimentos para as Fichas de Informação de Segurança de Produtos
Químicos do GHS, tendo sido revisada recentemente, já se vislumbrando
uma nova publicação para 2013. De qualquer maneira, atualmente se
está trabalhando na norma IRAM 41401- Produtos Químicos. Rotulagem
de acordo com o GHS.
ƒ Austrália: em 2012 foi adotado o regulamento para a aplicação do GHS,
estabelecendo o dia 01 de janeiro de 2017 como data limite para a
aplicação do sistema.

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ƒ Brasil: a Portaria SIT Nº 229, de 24 de maio de 2011 indica que os


produtos químicos utilizados no local de trabalho devem ser classificados
e rotulados como perigosos para a saúde e a segurança dos funcionários
de acordo com os critérios estabelecidos pelo GHS, seguindo o
especificado nas Normas Técnicas brasileiras ABNT-NBR 14.725.
ƒ Canadá: Em dezembro de 2011, o Canadá se comprometeu à aplicação
do GHS para a classificação e rotulagem dos produtos químicos do local
de trabalho, até o dia 1 de junho de 2015.
ƒ China: O GHS está sendo aplicado desde 1 de dezembro de 2011.
ƒ União Europeia: O regulamento para a aplicação do GHS foi publicado no
dia 31 de dezembro de 2008 (Regulamento CE No. 1272/2008) A data
limite para a classificação de substâncias foi em 1° dezembro de 2010.
Para as misturas, a data limite para sua aplicação foi em 1° de junho de
2015.
ƒ Japão: Estabelecido o prazo de aplicação do GHS, de 31 de dezembro de
2010 para produtos que contiverem alguma das 640 substâncias
designadas em sua normativa.
ƒ Coreia do Sul: foi estabelecido o prazo de aplicação do GHS para 1° de
julho de 2013.
ƒ Estados Unidos: foi publicado o regulamento final de aplicação do GHS
no local de trabalho em 26 de março 2012. A regra final requer que os
fabricantes de produtos químicos adotem a norma até 1° de junho de
2015 e os distribuidores até 1° de dezembro de 2015. Os trabalhadores
devem ser capacitados em GHS antes de 1° de dezembro de 2013.
ƒ Uruguai: redigiu um decreto (Decreto 307/09) que exige fornecer rótulos
e Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos de acordo
com o GHS nos setores industrial, agrícola e transporte.
ƒ Singapura: A implementação do GHS em Singapura está bastante
avançada e já é obrigatória sua aplicação para as substâncias desde 1°
de janeiro de 2013. Para as misturas será a partir de 1° de junho de 2015.

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1.5 Como o GHS será mantido e atualizado?

Em outubro de 1999, o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas


decidiu (resolução 1999/65) ampliar o mandato do Comitê de Peritos em
Transporte de Mercadorias Perigosas transformando-o no Comité de Peritos em
Matéria de Transporte de Mercadorias Perigosas e no Sistema Globalmente
Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos
(CETMP/GHS).

Ao mesmo tempo, também foi criado um novo Subcomité dos Peritos do


Sistema Mundial Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos (Subcomitê GHS ou SCESGA-ONU). Cabe assinalar que com relação
ao setor do transporte, a aplicação do GHS está baseada nas Recomendações
das Nações Unidas relativas ao transporte de mercadorias perigosas.

O Subcomitê GHS das Nações Unidas adotou oficialmente o GHS em sua


primeira reunião, comemorada em dezembro de 2002. Posteriormente, foi
aprovado pelo CETMP/GHS. O Conselho Econômico e Social das Nações
Unidas apoiou o GHS em julho de 2003.

O SCESGA-ONU se encarregará das seguintes funções:

ƒ Atuar como custodiante do Sistema, administrando e guiando o processo


de harmonização;
ƒ Manter o Sistema atualizado, conforme necessário, considerando a
necessidade de introduzir mudanças ou atualizações, com o fim de
garantir sua constante idoneidade;
ƒ Promover a compreensão e o emprego do Sistema, e incentivar a
informação sobre os resultados;
ƒ Incentivar a acessibilidade do Sistema para que seja utilizado em todo o
mundo;
ƒ Proporcionar orientação para a aplicação do Sistema, interpretação e
emprego dos critérios técnicos para manter uma aplicação consistente, e
ƒ Preparar programas de trabalho e apresentar recomendações ao
CETMP/GHS.

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1.6 Aplicação do GHS


Os elementos de classificação e comunicação do GHS são a base dos
programas que têm por objeto garantir o uso sem riscos dos produtos químicos,
como é mostrado na figura 6. Os dois primeiros passos de qualquer programa
que tiver esse objetivo consistem em identificar o ou os perigos intrínsecos (isto
é, a classificação) e, a seguir, comunicar esta informação.

O design dos elementos de comunicação do GHS reflete as diferentes


necessidades do público-alvo, como por exemplo, se são trabalhadores ou
consumidores. Para seguir avançando na pirâmide, alguns programas nacionais
também incluem sistemas de gestão de riscos no marco de um programa global
de gestão racional dos produtos químicos. O objetivo geral destes sistemas é
minimizar a exposição, o que permite reduzir o risco. Os sistemas variam
conforme os objetivos e abarcam atividades como estabelecer limites de
exposição, recomendar métodos de controle da exposição e criar controles de
engenharia. Entretanto, o público-alvo de tais sistemas costuma limitar-se aos
lugares de trabalho. Com ou sem sistemas oficiais de gestão de riscos, a
finalidade do GHS é promover o uso sem riscos dos produtos químicos.

Figura 6. O GHS e o uso seguro de produtos químicos

Uso seguro dos

produtos químicos

Sistemas de

gestão de riscos
Comunicação de perigos

(Rótulos e FISPQ - GHS)


Classificação GHS

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2. Comunicação de perigos e situações emergenciais.


A classificação de perigos dos produtos químicos é o ponto de partida do GHS.
Uma vez que um produto químico for classificado, os perigos devem ser
comunicados ao público-alvo. Os serviços de emergência precisam de
informação em vários níveis. Para dar respostas imediatas, devem dispor de
informação precisa, detalhada e suficientemente clara. Isto se aplica aos
acidentes durante o transporte, nas instalações de armazenamento ou no
trabalho. Os bombeiros e quem chegar primeiro ao lugar de um acidente, por
exemplo, precisam que a informação seja fácil de ser percebida e interpretada à
distância. Este pessoal está muito bem treinado para usar informação gráfica e
codificada. Entretanto, os serviços de emergência também precisam de
informação mais detalhada sobre os perigos e as técnicas de resposta, que
podem ser obtidas de muitas fontes. As necessidades de informação do pessoal
médico que se ocupa das vítimas de um acidente ou de uma emergência podem
diferir das do pessoal que estiver combatendo contra os incêndios

Um dos objetivos do GHS foi o de desenvolver um regime de comunicação de


perigos harmonizado, com rótulos, Fichas de Informação de Segurança de
Produtos Químicos e símbolos facilmente compreensíveis e baseados nos
critérios de classificação estabelecidos para o GHS. Estes meios de
comunicação dos perigos dos produtos químicos contêm a informação sobre os
perigos na forma de pictogramas, palavras de advertência e outros elementos de
comunicação.

O objetivo destas ferramentas é proporcionar informação sobre os perigos de


maneira compreensível com relação aos produtos químicos que possam
constituir um perigo físico, para a saúde ou para o meio ambiente durante sua
manipulação ou uso normal e desta maneira facilitar a prevenção e o
atendimento em situações emergenciais.

Em várias seções do “The Purple Book” (Livro Púrpura) do GHS são abordados
os elementos relativos aos rótulos e às Fichas de Informação de Segurança de
Produtos Químicos. Em particular, o capítulo 1.4 refere-se à comunicação de
perigos por meio da rotulagem, e o capítulo 1.5, à comunicação de perigos por
meio das Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos. Em vários
anexos, facilita-se a informação complementar sobre a comunicação de perigos.
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No anexo 1 do “The Purple Book”, por exemplo, são oferecidas pautas de


orientação sobre a atribuição dos elementos de rotulagem e no anexo 3 do
mesmo documento são descritos os conselhos de precaução e os pictogramas
de precaução.

2.1. Rotulagem
O rótulo de um produto químico se define no GHS como o conjunto de
elementos de informação escritos, impressos ou gráficos relativos ao próprio
produto químico perigoso, escolhidos em razão de sua pertinência para o setor
ou setores envolvidos, colado ou impresso no recipiente que contém o produto
perigoso ou fixado em sua embalagem/recipiente exterior.

O sistema harmonizado de comunicação de perigos compreende as ferramentas


apropriadas da rotulagem para transmitir informação sobre cada uma das
classes e categorias de perigo do GHS. O uso de símbolos, palavras de
advertência ou indicações de perigo, diferentes aos dos que foram atribuídos a
cada uma das classes e categorias de perigo do GHS, seria contrário à
harmonização.

Nos rótulos, os símbolos de perigo, as palavras de advertência e as indicações


de perigo foram sendo normalizados e atribuídos a cada uma das categorias
correspondentes. Esses elementos normalizados não deveriam modificar-se e
teriam que aparecer nos rótulos do GHS tal como se indica nos capítulos de
cada classe de perigo do ““The Purple Book” do GHS.

Os parágrafos seguintes descrevem os passos que devem ser seguidos para a


preparação de rótulos no contexto do GHS:

a) Atribuição dos elementos do rótulo;


b) Reprodução dos símbolos/pictogramas de perigo;
c) Palavras de advertência;
d) Indicações de perigo;
e) Conselhos de prudência e pictogramas;
f) Identificação do produto e do fornecedor;
g) Perigos múltiplos e ordem de prioridade da informação;
h) Localização dos elementos nos rótulos do GHS;
i) Disposições especiais de rotulagem.

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a) Atribuição dos elementos do rótulo

Nas tabelas dos capítulos onde são abordadas cada uma das classes de perigo
do “The Purple Book” detalham-se os elementos dos rótulos (símbolo, palavra
de advertência, indicação de perigo) que foram atribuídos a cada uma das
categorias de perigo do GHS. Essas categorias refletem os critérios de
classificação harmonizados. No anexo 1 do “The Purple Book” figura um resumo
de como são designados tais elementos para cada categoria de perigo.

b) Reprodução dos símbolos/pictogramas de perigo

Um pictograma é uma composição gráfica que consta de um símbolo e de


outros elementos gráficos, tais como uma borda, um desenho ou cor de fundo, e
que serve para comunicar uma informação específica. Todos os pictogramas de
perigo usados no GHS deveriam ter forma de losango apoiado em um vértice
(ver figura 7).

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Figura 7 Pictogramas e classes de perigo do GHS

Oxidante • Inflamável
Explosivo
• Autorreativo
• Autorreativo
• Pirofórico
• Peróxido orgânico
• Experimenta aquecimento
espontâneo

• Emite gases inflamáveis

• Peróxido orgânico

Gás à pressão
• Toxicidade aguda (grave) • Corrosivo para os metais

• Corrosivo cutâneo

• Lesões oculares graves

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• Carcinogenicidade • Toxicidade aquática (aguda) • Toxicidade aguda (nociva)

• Sensibilização respiratória • Toxicidade aquática • Irritação cutânea/ocular


(crônica)
• Toxicidade para a • Sensibilização cutânea
reprodução
• Toxicidade sistêmica em
• Toxicidade sistêmica em órgão-alvo (exposição única)
órgão-alvo (exposições
repetidas) • Perigos para a camada de
ozônio
• Mutagenicidade em células
germinativas

• Perigo por aspiração

c) Palavras de advertência

Uma palavra de advertência serve para indicar a maior ou menor gravidade do


perigo e alertar ao leitor do rótulo sobre um possível perigo. As palavras
empregadas no GHS são “Perigo” e “Cuidado”. A primeira é usada geralmente
para as categorias mais graves de perigo (quase sempre para categorias de
perigo 1 e 2), enquanto que a segunda se reserva geralmente para categorias
menos graves. Nas tabelas dos diferentes capítulos que tratam de cada uma das
classes de perigo do “The Purple Book” são detalhadas as palavras de
advertência atribuídas para cada uma das categorias de perigo do GHS;

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Em algumas categorias menos graves de perigo não são utilizadas palavras de


advertência. Em um rótulo deveria ser empregada apenas uma palavra de
advertência correspondente à classe mais grave de perigo (ver figura 8).

Figura 8. Uso da palavra de advertência

Severidade das categorias de perigo

Perigo (para as categorias mais graves de


perigo)

Cuidado (para as categorias menos graves.)

Sem palavra de advertência

d) Indicações de perigo;

Estas indicações são frases atribuídas a uma classe e categoria de perigo que
descrevem a índole deste último para o produto perigoso em si, incluindo,
quando proceder, o grau de perigo. Nas tabelas dos elementos de rotulagem
dos diversos capítulos dedicados a cada classe de perigo são detalhadas as
indicações atribuídas a cada uma das categorias de perigo no GHS;

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As indicações de perigo junto com seus códigos de identificação individuais,


aparecem na seção 1 do anexo 3 de “The Purple Book” (Livro Púrpura). Os
códigos das indicações de perigo serão utilizados como referência. Não formam
parte do texto das indicações de perigo e não devem ser utilizados em seu lugar.

Tabela 1. Exemplos de indicações de perigo

Código Indicação de perigo Classe de perigo (capítulo Categoria de


do GHS)
Perigo

H240 Pode explodir se exposto a Substâncias e misturas que Tipo A


fontes de calor reagem espontaneamente
(capítulo 2.8); e peróxidos
orgânicos (capítulo 2.15)

H270 Pode provocar ou agravar um Gases oxidantes (capítulo 1


incêndio; oxidante 2.4)

H300 Mortal em caso de ingestão Toxicidade aguda por 1,2


ingestão (capítulo 3.1)

H319 Provoca irritação ocular Lesões oculares 2ª


grave graves/irritação ocular

(capítulo 3.3)

H400 Muito tóxico para os Perigo para o meio ambiente 1


organismos aquáticos aquático (perigo agudo)
(capítulo 4.1)

H420 Causa danos à saúde pública Perigos para a camada de 1


e ao meio ambiente ao ozônio (capítulo 4.2)
destruir a camada de ozônio
na atmosfera superior

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e) Conselhos de prudência e pictogramas;

Um conselho de prudência é uma frase (ou um pictograma ou ambas as coisas


juntas) que descreve as medidas recomendadas que devam ser tomadas para
minimizar ou prevenir efeitos adversos causados pela exposição a um produto
de risco, ou por uma manipulação ou armazenamento inapropriados de um
produto perigoso.

A informação cautelar complementa a informação sobre o perigo, mencionando


brevemente aquelas medidas que podem ser tomadas para minimizar ou evitar
os efeitos adversos dos perigos físicos, para a saúde e para o meio ambiente.
Esta informação inclui conselhos sobre os primeiros socorros. Os rótulos do
GHS deveriam incluir a informação cautelar adequada. No anexo 3 do “The
Purple Book” sobre o GHS, são incluídos conselhos e pictogramas de precaução
que podem ser utilizados nos rótulos. Existem quatro tipos de conselhos de
precaução relativos a: prevenção, intervenção em caso de derramamento ou
exposição acidentais, armazenamento e eliminação. Os conselhos de precaução
foram associados a cada classe e categoria de perigo do GHS. O objetivo é
promover o uso coerente dos conselhos de precaução.

Tabela 2. Exemplos de Conselhos de prudência

Código Conselho de prudência Classe de perigo (capítulo Condições de


do GHS), categoria uso

P280 Usar luvas//roupa de Irritação cutânea (capítulo O fabricante/


proteção/equipamento de 3.2), 2. fornecedor ou a
proteção para os olhos/o autoridade
rosto. Sensibilização cutânea competente
(capítulo 3.4), 1, 1A, 1B. deverão
especificar o tipo
Lesões oculares graves
de equipamento.
(capítulo 3.3) ,1.

Irritação ocular (capítulo 3.3),


2A.

Mutagenicidade em células
germinativas (capítulo 3.5),

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1A, 1B e 2.

Carcinogenicidade (capítulo
3.6), 1A, 1B e 2.

Toxicidade para a reprodução


(capítulo 3.7), 1A, 1B e 2.

P331 NÃO provocar o vômito. Corrosão cutânea (capítulo


3.2), 1A, 1B, 1C.

Perigo de aspiração (capítulo


3.10), 1, 2

P402 Armazenar em um lugar Substâncias e misturas que,


seco. em contato com a água,
liberam gases inflamáveis
(capítulo 2.12), 1, 2

P502 Pedir informação ao Perigos para a camada de


fabricante/fornecedor sobre a ozônio (capítulo 4.2), 1
recuperação/reciclagem

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Figura 9. Conselhos de prudência

P102 Manter fora do alcance das crianças


Número sequencial no grupo

1 geral
Grupo de Precaução
2 prevenção

3 resposta
Grupo de Precaução
4 armazenamento

5 eliminação

f) Identificação do produto e do fornecedor;

Em todo rótulo do GHS deveria aparecer uma identificação do produto, que deve
ser a mesma que a utilizada na FISPQ.

No rótulo de uma substância do GHS deveria aparecer a identidade química da


mesma (nome determinado pela IUPAC, ISO, CAS ou nome técnico). Em
misturas/ligas, devem ser indicadas as identidades químicas de cada
componente ou elemento da liga que possa produzir toxicidade aguda, corrosão
cutânea ou danos oculares graves, Mutagenicidade sobre as células
germinativas, carcinogenicidade, toxicidade para a reprodução, sensibilização
cutânea ou respiratória, ou toxicidade sistêmica no órgão-alvo, quando esses
perigos forem indicados no rótulo.

No rótulo deve aparecer o nome, o endereço e o número de telefone do


fabricante ou do fornecedor do produto.

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g) Perigos múltiplos e ordem de prioridade da informação;

Quando um produto químico apresentar mais de um perigo, o GHS prevê uma


ordem de prioridade na atribuição de pictogramas e palavras de advertência.

No caso dos produtos químicos englobados pelas Recomendações para


Transporte de Mercadorias Perigosas, Regulamentação Modelo, a ordem de
prioridade dos símbolos dos perigos físicos deve seguir as regras estabelecidas
por essa Regulamentação Modelo.

Nos perigos para a saúde serão aplicados os seguintes critérios de prioridade


com relação aos símbolos:

a) quando aparecer no rótulo o símbolo da caveira e ossos cruzados, não


haverá o signo de exclamação;

b) o signo de exclamação, quando utilizado para assinalar os perigos de irritação


cutânea ou ocular, não deverá aparecer no rótulo se aparecer o símbolo de
corrosão, e

c) se o símbolo de perigo para a saúde aparecer para indicar perigo de


sensibilização respiratória, o signo de exclamação não figurará quando
empregado para sensibilização da pele ou para irritação cutânea ou ocular.

Se for utilizada a palavra “Perigo” não deverá aparecer a palavra “Cuidado”. No


rótulo devem aparecer todas as indicações de perigo.

h) Localização dos elementos nos rótulos do GHS;

Os pictogramas de perigo do GHS, a palavra de advertência e as indicações de


perigo devem aparecer juntos no rótulo. A figura XX ilustra a localização dos
elementos do rótulo de um produto químico de acordo com o GHS.

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Figura 10. Localização dos elementos nos rótulos do GHS

Pictograma(s) de
perigo

Perigo Palavra de
advertência

Nome Identificação do
do produto
Produto

Nome da empresa:
Endereço: Informação do
Telefone de fornecedor
emergência:

Líquido e vapores extremadamente


Inflamáveis
Provoca irritação ocular grave Indicações de
Pode provocar sonolência ou perigo
Vertigem

Manter fora do alcance das crianças.


Manter distante do calor/de faíscas/de chamas
abertas/de superfícies quentes. Não fumar
Armazenar em um lugar bem ventilado. Conselhos de
Armazenar em um recipiente fechado. prudência
Usar equipamento de proteção para os olhos
EM CASO DE CONTATO COM OS OLHOS: Enxaguar
com água cuidadosamente durante vários minutos. Se
estiver usando lentes de contato, retirá-las se isso for
possível de ser feito com facilidade. Continuar a lavar.

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i) Disposições especiais de rotulagem.

A informação complementar é a informação que figura em uma


embalagem/recipiente de um produto perigoso que não está harmonizada, e
não está requerida nem especificada no GHS. Em alguns casos, pode ser
uma informação exigida por uma autoridade competente ou uma informação
complementar disponibilizada pelo fabricante/fornecedor. O GHS
disponibiliza pautas de orientação a fim de garantir que a informação
complementar não introduza uma excessiva e desnecessária variação nem
enfraqueça a que o GHS proporciona. A informação complementar pode ser
utilizada para fornecer mais detalhes que não contradigam nem coloquem
em dúvida a validez da informação normalizada sobre os perigos. Também
pode ser empregada para proporcionar informação sobre os perigos ainda
não incorporados no GHS. O responsável pela rotulagem deve poder facilitar
informação complementar sobre os perigos, como o estado físico ou a via de
exposição, mediante uma indicação de perigo.

Figura 11. Exemplo de um rótulo GHS

Empresa responsável
METANOL
Endereço
Telefone CAS Nº67-56-1

Líquido e vapores muito inflamáveis.


Tóxico em caso de inalação.
Tóxico em contato com a pele.
Tóxico em caso de ingestão.
Provoca danos nos órgãos. PERIGO
Manter distante de fontes de calor, faíscas,
chama aberta ou superfícies quentes. — Não fumar.
Manter o recipiente hermeticamente fechado.
Levar luvas/roupa/ óculos/máscara de proteção.
EM CASO DE CONTATO COM A PELE: Lavar com água
e sabão abundantemente.
Armazenar em um lugar bem ventilado. Manter em lugar
fresco.
Eliminar o conteúdo/ recipiente em… 200 LITROS

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Figura 12. Exemplo de rotulagem de um recipiente GHS

Empresa responsável

METANOL
Endereço

CAS Nº67-56-1
Telefone

Líquido e vapores muito inflamáveis.


Tóxico em caso de inalação.
Tóxico em contato com a pele.
Tóxico em caso de ingestão.
Provoca danos nos órgãos.
Manter distante de fontes de calor, faíscas,
chama aberta ou superfícies quentes. — Não fumar.
Manter o recipiente hermeticamente fechado.
Levar luvas/roupa/ óculos/máscara de proteção.
EM CASO DE CONTATO COM A PELE: Lavar com água e sabão
abundantemente.
Armazenar em um lugar bem ventilado. Manter em lugar fresco.
PERIGO
Eliminar o conteúdo/ recipiente em…

UM 1230
200

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2.2. Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos


As Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) são
documentos que constituem uma importante ferramenta de comunicação na
cadeia de fornecimento e facilitam o trabalho de todos os agentes envolvidos, no
que tange ao cumprimento de suas responsabilidades com relação à gestão de
perigos derivados do uso de produtos químicos. As FISPQ proporcionam
informação completa para serem utilizadas na gestão dos produtos químicos no
local de trabalho.

As FISPQ são documentos que proporcionam informação completa sobre um


produto químico para seu uso no local de trabalho dentro dos marcos
reguladores de controle de produtos químicos. A informação disponível nas
FISPQ atua como uma fonte de referência para a gestão de produtos químicos
perigosos no local de trabalho. A informação permite ao empregador
desenvolver um programa ativo de medidas de proteção dos trabalhadores,
incluída a formação, específico para cada local de trabalho, e considerar quais
medidas serão necessárias para proteger o meio ambiente e facilitar a
prevenção e o atendimento em situações emergenciais.

Além disso, as FISPQ supõem uma fonte importante de informação para outros
públicos-alvo que o GHS tem interesse em atingir. Assim, alguns de seus
elementos poderão ser utilizados por quem transporta mercadorias perigosas,
pelos serviços de emergência (incluídos os centros que tratam os casos de
envenenamento), pelos profissionais dos produtos fitossanitários e, finalmente,
pelos consumidores.

A elaboração de uma FISPQ é obrigatória para todos os produtos químicos que


cumprirem com os critérios harmonizados do GHS para os perigos físicos, para
a saúde ou para o meio ambiente e para todas as misturas que contiverem
componentes que satisfizerem os critérios de carcinogenicidade, toxicidade para
a reprodução ou Toxicidade sistêmica em órgão-alvo em concentrações que
superem os limites do valor de corte/limites de concentração para as FISPQ
especificadas nos critérios relativos às misturas (ver o ponto 1.5.3.1 no “The
Purple Book”). As autoridades competentes em suas normativas locais também
pode solicitar uma FISPQ para misturas que não cumprirem os critérios para
serem classificadas como perigosas, mas que contiverem componentes
perigosos em determinadas concentrações.

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O responsável por preparar uma FISPQ não deve esquecer que se trata de
indicar para o público-alvo os perigos apresentados por um produto químico e
como armazená-lo, manipulá-lo ou eliminá-lo em condições seguras. As FISPQ
contêm informação sobre os efeitos potenciais sobre a saúde decorrentes da
exposição a um produto químico e sobre como trabalhar com segurança.
Também oferece informação sobre os perigos derivados de suas propriedades
físico-químicas ou seus efeitos sobre o meio ambiente, e sobre o uso,
armazenamento, manipulação e medidas de intervenção em caso de
emergência.

A informação deverá aparecer na FISPQ de maneira clara e concisa. Deverá ser


preparada por uma pessoa competente que considerará tudo o que for possível
para satisfazer as necessidades específicas dos usuários.

A informação estará redigida de maneira coerente, clara e exaustiva, visando a


ser entendida pelo trabalhador/a. Não obstante, é fundamental considerar que a
totalidade ou partes da ficha de segurança poderão ser usadas como meio de
informação não só para os trabalhadores, mas também para os empregadores,
profissionais da saúde e da segurança, pessoal de serviços de emergência,
organismos governamentais pertinentes, ou membros da sociedade.

As FISPQ deverão proporcionar uma descrição clara dos dados utilizados para
identificar os perigos. Na figura 13 e no “The Purple Book” (Livro Púrpura) do
GHS facilita-se a informação mínima exigida em cada seção das FISPQ. No
anexo III do presente documento há um exemplo de uma FISPQ elaborada de
acordo com o GHS. O “The Purple Book” do GHS em seu Anexo 4 contém
pautas de orientação sobre a elaboração das FISPQ em conformidade com o
GHS.

A informação das FISPQ deverá ser apresentada acompanhando os 16


epígrafes seguintes na ordem indicada (ver também 1.5.3.2.1 do “The Purple
Book”):

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1. Identificação do produto

2. Identificação do perigo ou dos perigos

3. Composição/informação sobre os componentes

4. Primeiros socorros

5. Medidas de combate a incêndio

6. Medidas que devem ser tomadas em caso de derramamento acidental

7. Manipulação e armazenamento

8. Controles de exposição/proteção pessoal

9. Propriedades físicas e químicas

10. Estabilidade e reatividade

11. Informação toxicológica

12. Informação ecotoxicológica

13. Informação relativa à eliminação dos produtos

14. Informação relativa ao transporte

15. Informação sobre a regulamentação

16. Outras informações.

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Figura 13. Informação mínima que deve aparecer em uma FISPQ

1 Identificação do produto a) Identificador GHS do produto;

b) Outros meios de identificação;

c) Uso recomendado do produto químico e restrições


de uso;

d) Dados do fornecedor (nome, endereço, telefone,


etc.);

e) Número de telefone em caso de emergência;

2 Identificação do perigo ou a) Classificação GHS da substância/mistura e qualquer


dos perigos informação nacional ou regional;
b) Elementos do rótulo GHS, incluídos os conselhos de
precaução. (Os símbolos de perigo poderão ser
apresentados em forma de reprodução gráfica em
branco e preto ou mediante sua descrição por escrito
(por exemplo: chama, caveira e ossos cruzados);
c) Outros perigos que não aparecem na classificação
(por exemplo: perigo de explosão de pó) ou que não
estão cobertos pelo GHS;

3 Composição/informação Substâncias
a) Identidade química;
sobre os componentes b) Nome comum, sinônimos, etc.;
c) Número CAS e outros identificadores únicos;
d) Impurezas e aditivos estabilizadores que estejam
também classificados e que contribuam à classificação
da substância;
Misturas
A identidade química e a concentração ou faixas de
concentração de todos os componentes que forem
perigosos conforme os critérios do GHS e estiverem
presentes em níveis superiores aos seus valores de
corte/limites de concentração.

4 Primeiros socorros a) Descrição das medidas necessárias, separadas de


acordo com as diferentes vias de exposição, isto é,
inalação, contato cutâneo e ocular e ingestão;
b) Sintomas/efeitos mais importantes, agudos e tardios;
c) Indicação da necessidade de receber atendimento
médico imediato e tratamento especial requerido caso
necessário;

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5 Medidas de combate a a) Meios adequados (ou não adequados) de extinção;


incêndio b) Perigos específicos dos produtos químicos, por
exemplo, natureza de quaisquer produtos combustíveis
perigosos;
c) Equipamento protetor especial e precauções
especiais para as equipes de combate a incêndio

6 Medidas que devem ser a) Precauções individuais, equipes de proteção e


tomadas em caso de procedimentos de emergência;
derramamento b) Precauções meio ambientais;
acidental c) Métodos e materiais de isolamento e limpeza;

7 Manipulação e a) Precauções para uma manipulação segura;


armazenamento b) Condições de armazenamento seguro, incluídas
quaisquer incompatibilidades;

8 Controles de a) Parâmetros de controle: limites ou valores de corte


exposição/proteção de exposição ocupacionais ou biológicos;
pessoal b) Controles de engenharia apropriados;
c) Medidas de proteção individual, como equipes de
proteção pessoal;

9 Propriedades físicas e a) Aparência (estado físico, cor, etc.);


químicas b) Odor;
c) Limiar olfativo;
d) pH;
e) Ponto de fusão/ponto de congelamento;
f) Ponto inicial e intervalo de ebulição;
g) Ponto de inflamação;
h) Taxa de evaporação;
i) Inflamabilidade (sólido/gás);
j) Limite superior/inferior de inflamabilidade ou de
possível explosão;
k) Pressão de vapor;
l) Densidade de vapor;
m) Densidade relativa;
n) Solubilidade(s);
o) Coeficiente de partição n-octanol/água;
p) Temperatura de ignição espontânea;
q) Temperatura de decomposição;
r) Viscosidade;

10 Estabilidade e reatividade a) Reatividade;


b) Estabilidade química;
c) Possibilidade de reações perigosas;
d) Condições que devem ser evitadas (por exemplo,
descarga de eletricidade estática, choque ou vibração);
e) Materiais incompatíveis;
f) Produtos de decomposição perigosos;

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11 Informação toxicológica Descrição concisa, porém completa e compreensível,


dos diversos efeitos toxicológicos para a saúde e dos
dados disponíveis usados para identificar esses efeitos,
tais como:
a) Informação sobre as vias prováveis de exposição
(inalação, ingestão, contato com a pele e os olhos);
b) Sintomas relacionados com as características
físicas, químicas e toxicológicas;
c) Efeitos imediatos e tardios e também efeitos
crônicos produzidos por uma exposição no curto e
longo prazo;
d) Medidas numéricas de toxicidade (tais como
estimativas de toxicidade aguda);

12 Informação ecotoxicológica a) Ecotoxicidade (aquática e terrestre, quando a


informação estiver disponível);
b) Persistência e degradabilidade;
c) Potencial de bioacumulação;
d) Mobilidade em solo;
e) Outros efeitos adversos;
13 Informação relativa à Descrição dos resíduos e informação sobre a maneira
eliminação dos produtos de manipulá-los sem perigo e seus métodos de
eliminação, incluída a eliminação dos recipientes
contaminados.

14 Informação relativa ao a) Número ONU;


transporte b) Designação oficial de transporte das Nações Unidas;
c) Classe(s) de perigos no transporte;
d) Grupo de embalagem/recipiente, se for o caso;
e) Perigos para o meio-ambiente (por exemplo:
Contaminante marinho (Sim/Não));
f) Transporte a granel (de acordo ao Anexo II da
convenção MARPOL 73/78 e ao Código IBC);
g) Precauções especiais para um usuário conhecer ou
adotar durante o transporte ou movimentação dentro
ou fora de seus locais;

15 Informação sobre Disposições específicas sobre segurança, saúde e


regulamentação meio ambiente para o produto em questão.

16 Outras informações Incluídas as relativas à preparação e atualização das


FISPQ

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2.3. Atualização das FISPQ e dos rótulos


Todos os sistemas de comunicação de perigos deveriam especificar o
procedimento por meio do qual são incorporados os novos dados para a
atualização de rótulos e FISPQ dos produtos em questão.

A atualização deveria ser feita com rapidez uma vez recebida a informação
necessária para a revisão. A autoridade competente pode fixar o lapso de tempo
em que a informação tem que ser revisada. Os fornecedores deveriam
incorporar a informação “nova e significativa” que receberem sobre os perigos
de um produto químico atualizando o rótulo e a ficha de informação de
segurança correspondente.

Entende-se por “informação nova e significativa” toda e qualquer informação que


modificar a classificação no GHS e der lugar a uma mudança na informação
contida no rótulo ou em qualquer informação nas FISPQ.

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3. Prevenção e atenção de situações emergenciais


O uso de produtos químicos para aumentar e melhorar a vida é uma prática
generalizada em todo o mundo. Porém junto aos benefícios destes produtos,
também existe a possibilidade de efeitos adversos para as pessoas ou para o
meio ambiente.

A definição usual de Segurança Química enfoca “o uso correto de produtos


químicos, buscando a prevenção de efeitos adversos, no curto e longo prazo,
sobre a saúde humana e o meio ambiente, derivados da produção,
armazenamento, transporte, uso, reciclagem e disposição de substâncias
químicas”.

As emergências ambientais provocadas por produtos químicos perigosos


provocam, deste modo, efeitos adversos no curto prazo, com possíveis impactos
no longo prazo. Considera-se, na caracterização da “emergência” a noção de
impacto ambiental, definida como “qualquer alteração das propriedades físicas,
químicas e biológicas do meio ambiente causada por qualquer forma de matéria
ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente,
afetarem: (1) a saúde, a segurança e o bem estar da população; (II) as
atividades sociais e econômicas; (III) a biota; (IV) as condições estéticas e
sanitárias do meio ambiente; (V) a qualidade dos recursos ambientais”.

Nas situações emergenciais que envolvam produtos químicos perigosos devem


ser cobertos dois enfoques: preventivo e atuação. Estes dois enfoques são
específicos, coerentes e comprometidos com a prevenção, preparação e
resposta rápida aos acidentes envolvendo produtos químicos perigosos.

Enfoque Preventivo:

• prevenir, coibir, inibir e/ou desmotivar práticas que levem à ocorrência de


acidentes com produtos químicos perigosos.

Enfoque de atuação e resposta

• preparar, capacitar, integrar e otimizar os sistemas de atendimento


emergencial com produtos químicos perigosos, nos organismos públicos e

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privados, para responder rápida e eficazmente aos acidentes envolvendo


produtos químicos perigosos.

3.1. Identificação e caracterização dos perigos e das ameaças

Entendendo perigo como uma fonte ou situação com potencial para provocar
danos ou termos de lesão ou doença, danos à propriedade, ao ambiente de
trabalho, ao meio ambiente ou uma combinação destes, e ameaça como a
probabilidade de que um fenômeno de origem natural ou humano,
potencialmente capaz de causar danos e gerar perdas, seja produzido em um
determinado tempo e lugar.

A classificação é o ponto de partida para a identificação e caracterização de


perigos dos produtos químicos. É preciso identificar o perigo de um produto
químico lhe atribuindo uma classe de perigo mediante critérios definidos no
GHS.

As classes de perigos estão delimitadas no GHS com maior precisão em


categorias de perigos que indicam o seu grau ou gravidade.

No GHS são descritos os critérios de classificação de perigos de produtos da


mesma forma como é facilitado um procedimento de decisão descrevendo
visualmente o processo de classificação dos perigos. Os critérios de
classificação dependem do tipo de dados disponíveis obtidos em ensaios para
caracterizar os efeitos perigosos. Em alguns casos, estes dados proporcionam
resultados numéricos que se traduzem facilmente em uma classificação
adequada. Com relação a outros perigos, os critérios podem ser descritos como
semiquantitativos ou qualitativos. Pode surgir a apreciação de Peritos para
interpretar tais dados.

O termo “classificação de perigo” é empregado para indicar que são


consideradas apenas as propriedades intrínsecas perigosas dos produtos
químicos, levando aos 3 seguintes passos:

d) Identificação dos dados relevantes sobre os perigos de um produto


químico;

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e) Exame ulterior desses dados para identificar os perigos associados ao


produto químico, e
f) Decisão sobre se o produto químico será classificado como perigoso e a
determinação de seu grau de periculosidade, em caso necessário,
comparando os dados com critérios já estipulados de classificação de
perigo.

Na identificação de perigos para a prevenção de situações emergenciais, é


necessário realizar, adicionalmente, uma observação e estudo detalhado dos
processos, as atividades que são realizadas durante o uso ou manipulação de
produtos químicos e o ambiente, indicando quais são aquelas situações que
podem gerar uma emergência. Uma vez identificados os perigos, estes devem
ser analisados conforme sua probabilidade de ocorrência, em termos de
ameaça.

A probabilidade de ocorrência das ameaças relacionadas com substâncias


químicas, tais como a fuga de um gás tóxico ou o derramamento de um
combustível, podem ser potenciadas pela probabilidade de ameaças de tipo
natural ou social como, por exemplo, o transbordamento de um rio, uma erupção
vulcânica ou um atentado terrorista.

Os produtos químicos puros ou em diferente concentração, ou quando


misturados com outras substâncias químicas, podem causar lesões, doenças ou
inclusive a morte. Seu mau uso também pode provocar incêndios e explosões. É
imperativo que todas as pessoas que potencialmente entrarem em contato com
produtos químicos conheçam e entendam os perigos e os métodos disponíveis
para reduzi-los.

A seguir e brevemente, são apresentadas as classes e categorias de perigos


para os produtos químicos descritos no GHS:

3.1.1. Perigos físicos

Os critérios relativos aos perigos físicos do GHS se baseiam em grande medida


nos critérios existentes utilizados nas Recomendações das Nações Unidas

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relativas ao transporte de mercadorias perigosas. Portanto, muitos dos critérios


já estão sendo utilizados em todo o mundo. Entretanto, era necessário fazer
inclusões e mudanças, já que o GHS está destinado a todo o público-alvo. Os
perigos físicos e seus critérios de classificação estão descritos na Parte 2 do
“The Purple Book” do GHS.

Em geral, os critérios do GHS relativos aos perigos físicos são quantitativos ou


semiquantitativos e contam com categorias de perigos múltiplas dentro de uma
classe de perigo.

A seguir, são indicados os perigos físicos mencionados no GHS. No caso de


muitos dos perigos físicos, o “The Purple Book” do GHS contém seções
complementares com informação prática para ajudar a aplicar os critérios:

ƒ Explosivos
ƒ Gases inflamáveis
ƒ Aerossóis
ƒ Gases oxidantes
ƒ Gases à pressão
ƒ Líquidos inflamáveis
ƒ Sólidos inflamáveis
ƒ Substâncias e metais que reagem espontaneamente (autorreativas)
ƒ Líquidos pirofóricos
ƒ Sólidos pirofóricos
ƒ Substâncias e misturas que experimentam aquecimento espontâneo
ƒ Substâncias e misturas que, em contato com a água, desprendem gases
inflamáveis
ƒ Líquidos oxidantes
ƒ Sólidos oxidantes
ƒ Peróxidos orgânicos
ƒ Substâncias e misturas corrosivas para os metais

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Figura 14. Pictogramas para os perigos físicos

Figura 15. Líquidos oxidantes

CLASSIFICAÇÃO Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3

Pictograma

Palavra de Perigo Perigo Cuidado


advertência

Pode provocar Pode agravar Pode agravar


Indicação de um incêndio ou um incêndio; um incêndio;
perigo uma explosão; oxidante. oxidante.
muito oxidante.

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3.1.2. Perigos para a saúde

Os critérios de perigos para a saúde do GHS, em geral são menos simples de


interpretar que os critérios de perigos físicos. Os critérios de perigos para a
saúde implicam a revisão da literatura científica e o exercício de julgamento
profissional, com o fim de obter a classificação.

Os perigos para a saúde, suas várias categorias e seus critérios de classificação


estão descritos na Parte 3 do “The Purple Book” (Livro Púrpura) do GHS. A
seguir são indicados os perigos para a saúde descritos no GHS:

ƒ Toxidade aguda
ƒ Corrosão/irritação cutâneas
ƒ Lesões oculares graves/irritação ocular
ƒ Sensibilização respiratória ou cutânea
ƒ Mutagenicidade em células germinativas
ƒ Carcinogenicidade
ƒ Toxidade para a reprodução
ƒ Toxidade sistêmica em órgão-alvo (exposição única)
ƒ Toxidade sistêmica em órgão-alvo (exposições repetidas)
ƒ Perigo por aspiração

Figura 16. Pictogramas dos perigos para a saúde

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Figura 17. Toxidade sistêmica em órgão-alvo (exposição única)

CLASSIFICAÇÃO Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3

Pictograma

Palavra de Perigo Cuidado Cuidado


advertência

Provoca danos nos Pode provocar danos


órgãos <indicar nos órgãos <indicar
todos os órgãos todos os órgãos
afetados, se forem afetados, se forem
conhecidos> conhecidos> <indicar
Indicação de <indicar a via de a via de exposição se Pode irritar as
perigo exposição se for for demonstrado vias respiratórias.
demonstrado concludentemente
concludentemente que o perigo não é
que o perigo não é produzido por
produzido por nenhuma outra via>.
nenhuma outra via>.

3.1.3. Perigos para o meio ambiente

Perigo para o meio ambiente é um termo genérico para qualquer situação ou


estado dos eventos que represente uma ameaça para o meio ambiente
circundante. Como tal, um perigo consiste geralmente de um derramamento

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acidental ou não, além das diversas emissões de contaminantes ou da lixiviação


de pesticidas e de fertilizantes no meio ambiente circundante.

Os perigos para o meio ambiente, suas várias categorias e seus critérios de


classificação estão descritos na Parte 4 do “The Purple Book” (Livro Púrpura) do
GHS. A seguir, são indicados os perigos para o meio ambiente:

ƒ Perigos para o meio ambiente aquático


• Toxidade aquática aguda
• Toxidade aquática crônica
ƒ Perigos para a camada de ozônio

Figura 18. Pictogramas de perigo para o meio ambiente e para perigos


para a camada de ozônio

Figura 19. Perigo (no longo prazo) para o meio ambiente aquático

CLASSIFICAÇÃO Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3 Categoria 4

Pictograma Sem pictograma Sem pictograma

Cuidado Não se usa Não se usa Não se usa palavra


Palavra de
palavra de palavra de de advertência
advertência advertência advertência

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Pode ser nocivo


Muito tóxico para Tóxico para os Nocivo para os
para os
os organismos organismos organismos
organismos
Indicação de perigo aquáticos, com aquáticos, com aquáticos, com
aquáticos, com
efeitos nocivos efeitos nocivos efeitos nocivos
efeitos nocivos
duradouros. duradouros. duradouros.
duradouros.

No local de trabalho, empresários e trabalhadores precisam conhecer os perigos


específicos dos produtos químicos que utilizam ou manipulam, assim como
possuir informação sobre as medidas protetoras específicas requeridas para
evitar os efeitos adversos que tais produtos podem ocasionar. No caso do
armazenamento de produtos químicos, os possíveis riscos são reduzidos ao
estarem esses produtos contidos em um recipiente ou embalagem, porém em
caso de acidente, trabalhadores e serviços de emergência têm que conhecer as
medidas a serem tomadas. Por isso pode ser importante para eles que a
informação possa ser lida à distância. O rótulo não é a única fonte de informação
já que esta também está disponível nas Fichas de Informação de Segurança de
Produtos Químicos (FISPQ) ou por meio de um sistema de gestão de riscos no
trabalho.

Estes sistemas de gestão deveriam garantir a formação sobre a identificação e


prevenção de riscos. O tipo de formação disponível assim como o nível de
precisão, compressibilidade e exaustividade da informação presente nas FISPQ
pode variar. Contudo, os trabalhadores, em comparação com os consumidores,
por exemplo, podem conseguir uma melhor compreensão dos símbolos e outros
tipos de informação relativa aos perigos.

3.2. Análise de vulnerabilidade por ameaça


É o processo pelo qual se determina o nível de exposição e predisposição à
perda de um elemento ou grupo de elementos diante de uma ameaça
específica. O grau de vulnerabilidade que se tem diante de uma ameaça
específica está diretamente relacionado com a organização interna existente

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para prevenir ou controlar aqueles fatores que originam o perigo, bem como sua
preparação para minimizar as consequências uma vez expostos a uma ameaça.

Algumas das características do lugar onde são manipulados ou utilizados os


produtos químicos que devem ser avaliadas para determinar a vulnerabilidade
são:

1. A localização
2. A facilidade de acesso a e evacuação das instalações.
3. Recursos externos para controle de emergências.
4. As características das instalações.
5. As atividades que se desenvolvem.
6. Descrição da ocupação. Número de pessoas que trabalham, horários,
visitantes, etc.
7. Recursos físicos com os quais a empresa conta para a prevenção e
atendimento emergencial.

Existem metodologias de análise de vulnerabilidade diante de uma ameaça


específica, que levam em consideração as características enunciadas
anteriormente com o fim de valorizar e de ponderar o nível de vulnerabilidade da
totalidade ou de parte de uma organização.

3.3. Avaliação do risco


O risco é definido como a probabilidade de ocorrência de consequências
econômicas, sociais ou ambientais em um local particular e durante um tempo
de exposição determinado. Surge de relacionar a ameaça com a vulnerabilidade
dos elementos expostos.

A seguinte matriz indica a priorização dos riscos do uso ou a manipulação de


produtos químicos mediante a análise das ameaças e a sua vulnerabilidade.

Esta matriz pode ser ampliada para conseguir um maior nível de detalhe.

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Tabela 3. Valoração das ameaças para a avaliação do risco

3.3.1. Definição dos cenários de risco

Considerando-os como a descrição de um futuro possível e da trajetória


associada a ele. O cenário de risco é a interação dos diferentes fatores de risco
(ameaça e vulnerabilidade) em um território e em um momento dado. É
importante descrever e permitir identificar o tipo de danos e perdas que podem
ser gerados em caso de surgir um evento perigoso em certas condições dadas
de vulnerabilidade.

3.3.2. Organização do Plano de Emergências

A análise de riscos é um requisito p do Plano de Emergência já que permite


identificar os cenários de risco. Desta maneira é facilitada a projeção adequada
das seguintes ações:

ƒ Isolamento.
ƒ Sinalização.
ƒ Definição de pontos de encontro e vias de escape.
ƒ Determinação da quantidade e localização estratégica de equipamentos
de segurança e proteção individual.
ƒ Definição de procedimentos contra derramamentos, vazamentos e
incêndios.

É importante ressaltar que por cada cenário de risco é preciso estabelecer um


procedimento para uma resposta imediata em caso de surgir uma emergência
associada a este cenário específico. Isto implica que o número de
procedimentos deveria ser igual ao número de cenários de risco identificados na
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etapa de análise de riscos. A estes procedimentos usualmente é dado o nome


de Planos de Contingência, que fazem integralmente parte de um Plano de
Emergência.

Em geral, um Plano de Emergências para o atendimento a eventos provocados


por produtos químicos perigosos deve seguir a seguinte estrutura:

1. Introdução.

2. Características das instalações e atividades.

3. Objetivo.

4. Área de abrangência.

5. Estrutura organizacional.

6. Funcionamento.

7. Procedimentos de luta contra emergências:

ƒ Avaliação.
ƒ Isolamento e evacuação.
ƒ Luta contra incêndios.
ƒ Controle de vazamentos.
ƒ Controle de derramamentos.
ƒ Reparações de emergência.
ƒ Ações para evitar o reavivamento de incêndios (depois da emergência).
8. Anexos:

ƒ Formulário de registro de emergências


ƒ Lista de ações.
ƒ Recursos materiais.
ƒ Fichas de informação sobre substâncias químicas.

Na seção 3.4 deste documento, são descritos os procedimentos gerais de


resposta diante de emergências, que devem ser estabelecidos durante a
estrutura do Plano de Emergência. Incluem-se as atividades básicas de

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resposta, exemplos de resposta para alguns eventos específicos, procedimentos


de descontaminação de equipamentos, manuseio ambiental, e pesquisa de
acidentes.

3.3.3. Implementação e Manutenção do Plano de Emergências

O êxito de uma operação de atendimento a emergências que envolvem perigos


químicos depende das ações de resposta previstas e desenvolvidas no Plano de
Emergências. Desta maneira, para conseguir os resultados esperados através
das ações previstas no plano durante a ocorrência de situações emergenciais, é
necessária uma devida divulgação e integração aos outros planos locais e
regionais, assim como às outras entidades que deverão atuar conjuntamente na
resposta aos acidentes.

Além da divulgação, a implementação do plano está relacionada com a


disponibilidade dos recursos humanos, além dos materiais necessários e
compatíveis com a gravidade dos possíveis eventos que serão atendidos.

O plano também deve considerar a implementação e manutenção de um


programa de capacitação em diferentes níveis de dificuldade, incluídos:

ƒ Capacitação teórica.
ƒ Capacitação individual.
ƒ Exercícios em campo.
ƒ Operações simuladas de coordenação.

Depois da etapa de implementação, o plano de emergências deve ser atualizado


e revisado periodicamente, com base na experiência adquirida ao longo do
tempo, tanto durante os acontecimentos reais como durante a capacitação e as
simulações. A manutenção do plano deve abranger as seguintes atividades:

ƒ Sistema de atualização da informação.


ƒ Registro dos casos atendidos.
ƒ Reavaliação periódica dos procedimentos.
ƒ Substituição e renovação dos recursos.

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3.4. Atendimento e Resposta para as situações emergenciais


Para ter êxito nas operações durante as situações emergenciais, é preciso atuar
de maneira coordenada, com a participação de todas as pessoas e organismos
envolvidos.

Ao ocorrer uma emergência, é preciso iniciar o mais rápido possível o Plano de


Emergência planejado, seguindo os procedimentos ali estabelecidos. Todo o
pessoal deve estar capacitado para reagir rapidamente e ativar o Plano

Resposta aos incidentes

Existem atividades básicas para o sistema de resposta ao incidente que podem


ser divididos em cinco segmentos amplos que interagem entre si:

a) Reconhecimento

Em geral, um dos primeiros passos que devemos dar no atendimento a uma


emergência envolvendo substâncias químicas perigosas é o reconhecimento do
tipo e do grau de risco presentes no incidente. É necessário identificar as
substâncias implicadas e determinar suas propriedades químicas e físicas.
Como um passo preliminar, é preciso revisar as FISPQ que oferecem
informação sobre as propriedades, os riscos e a forma adequada de tratar as
substâncias.

O reconhecimento implica o uso de toda a informação disponível, resultados de


amostras, dados históricos, observação visual, análise instrumental, rótulos,
bulas, documentos de transporte e outras fontes para identificar as substâncias
implicadas.

b) Avaliação

O reconhecimento facilita a informação básica referente às substâncias


envolvidas na emergência. A avaliação implica a determinação de seus efeitos
ou potencial impacto na saúde pública, nas propriedades e no ambiente. Seu

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potencial de impacto real depende da localização do incidente, do tempo e de


outras condições específicas do lugar.

Para avaliar completamente os efeitos de uma emergência com produtos


perigosos, devem ser identificadas as substâncias, estabelecidos os seus
padrões de dispersão e determinadas as concentrações dos produtos tóxicos. O
risco é avaliado com base na exposição do público e outros receptores críticos.

c) Controle

O controle é feito usando métodos destinados à prevenção ou redução do


impacto do incidente. Em geral, são estabelecidas ações preliminares de
controle o mais rápido possível. Ao obter informação adicional por meio do
reconhecimento e da avaliação, são modificadas as ações iniciais de controle e
estabelecidas outras. Os vazamentos que não exigem uma ação imediata
permitem mais tempo para planificar e implementar as medidas corretivas. As
medidas de controle incluem tratamentos químicos, físicos e biológicos, assim
como técnicas de descontaminação, com o objetivo de reestabelecer as
condições normais. Também são incluídas medidas sobre a saúde pública, por
exemplo, o abandono ou corte do fornecimento de água potável para prevenir a
contaminação causada pela substância nas pessoas.

d) Informação

A informação é um componente importante do Plano de Emergências. Todas as


atividades que compõem o plano de emergências se baseiam no processo de
receber e transmitir informação. Este é um elemento de apoio ao
reconhecimento, avaliação e controle. Além disso, é um elemento de suporte
para os elementos de ação que oferece dados para a tomada de decisões.
Sendo este o resultado do balance dos elementos restantes.

A amostra de um determinado produto pode oferecer informação para


determinar as opções de tratamento do incidente. A informação provém de três
fontes:

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• Inteligência: informação obtida por meio dos registros ou documentos


existentes, FISPQ, letreiros, rótulos, etiquetas, bulas, configuração dos
recipientes, observação visual, relatórios técnicos e outros.
• Instrumentos de leitura direta: informação obtida com relativa rapidez
através de instrumentos.
• Amostragem: informação obtida através da coleta de porções
representativas do meio ou substâncias/misturas para sua posterior
análise nos laboratórios de campo ou fixos.

A aquisição de informação, a análise e a tomada de decisões, são processos


interativos que definem a extensão do problema e a seleção de possíveis ações
de resposta ao incidente. Para que o atendimento ao incidente seja efetivo, é
necessário estabelecer uma base de informação precisa, válida e oportuna.
Durante o desenvolvimento do incidente, é reunido, processado e aplicado um
fluxo intenso de informação.

e) Segurança

Todas as intervenções para atender emergências que envolvem produtos


químicos perigosos apresentam diversos riscos para quem as atende. Para
estabelecer um programa de proteção contra tais riscos, é preciso analisar as
características físico-químicas dos produtos e relacioná-las com cada operação
de resposta considerando os critérios de perigos do GHS.

As considerações de segurança contribuem à execução de cada atividade que


se inicia, sendo também produto de cada intervenção realizada. Toda
organização de atendimento de emergências químicas deve contar com um
programa efetivo de segurança, incluídos os exames médicos, equipamentos de
segurança apropriados, procedimentos operacionais padronizados e um ativo
programa de capacitação.

Os elementos anteriormente mencionados não são necessariamente passos


sequenciais para o processo de atendimento.

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Em algumas situações, é possível começar pela adoção das medidas de


controle antes de identificar todos os produtos químicos. Em outros, deve-se
realizar uma avaliação mais completa da dispersão dos materiais, antes de
determinar as ações corretivas de controle.

3.4.2. Resposta específica para os acontecimentos

A seguir, são descritos os exemplos de procedimentos de atendimento às


principais emergências com substâncias químicas. Esta informação é de
carácter básico e deve ser complementada a partir de informação específica das
substâncias químicas e das condições de infraestrutura e ambientais envolvidas.

a) Derramamentos

Para minimizar os perigos, todos os derramamentos, descargas ou vazamentos


de materiais perigosos devem ser imediatamente atendidos, com prévia consulta
à ficha de informação de segurança do produto químico.

Na seção 6 da FISPQ de acordo ao GHS, são recomendadas as medidas que


devem ser tomadas em caso de descargas, vazamentos ou derramamentos com
o fim de prevenir ou reduzir ao máximo os efeitos adversos sobre as pessoas, os
bens e o meio ambiente. Serão consideradas por separado as medidas de
intervenção em função do volume do derramamento (grande ou pequeno)
quando este tiver influência de maneira apreciável na magnitude do perigo
existente. Os procedimentos de isolamento e recuperação podem considerar
práticas diferentes.

Para o pessoal que não forma parte dos serviços de emergência na seção 6 da
FISPQ, estão os conselhos sobre as medidas que devem ser tomadas no caso
de que sejam produzidos derramamentos e vazamentos acidentais da
substância ou da mistura, tais como:

a) utilizar um equipamento de proteção adequado (incluído equipamento de


proteção pessoal,) para impedir qualquer contaminação da pele, dos olhos e da
roupa;

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b) eliminar as fontes de combustão e proporcionar uma ventilação suficiente; e

c) seguir os procedimentos recomendados em caso de emergência, tais como a


evacuação da zona de risco e/ou a necessidade de consultar um perito.

Para o pessoal dos serviços de emergência, nas FISPQ (seção 6) estão os


conselhos sobre o material adequado para a roupa de proteção pessoal (por
exemplo: material adequado: butileno; não adequado: PVC)

Para a resposta aos derramamentos ou descargas as FISPQ também contêm


informação sobre os métodos e materiais para a contenção e limpeza de
derramamentos: conselhos sobre como conter e limpar um derramamento. Entre
as técnicas apropriadas podem aparecer as seguintes:

a) muro de proteção, fechamento dos tubos de drenagem; e

b) instalação de um revestimento.

Entre os procedimentos apropriados de limpeza podem aparecer:

a) técnicas de neutralização;

b) técnicas de descontaminação;

c) utilização de materiais absorventes;

d) técnicas de limpeza;

e) limpeza por aspiração; e

f) utilização do equipamento necessário para a contenção ou a limpeza


(incluídos nesse caso ferramentas e equipamento que não produzam faíscas).

b) Incêndios

A seção 5 das FISPQ conforme o GHS faz referência às medidas que precisam
ser tomadas para lutar contra um incêndio causado pelo produto químico, ou
que é produzido em seu ambiente.

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Proporciona-se informação sobre o tipo apropriado de meios de extinção.


Indicando, além disso, se não convém usar meios de extinção em determinadas
situações em que o próprio produto intervém.

São incluídos conselhos sobre os perigos específicos que o produto químico


pode apresentar, tais como os produtos de combustão perigosos que se formam
quando ardem. Indicam por exemplo:

a) “pode produzir fumaça tóxica de monóxido de carbono em caso de incêndio”;


ou

b) “produz óxidos de enxofre e de nitrogênio em caso de combustão”.

Nesta seção das FISPQ, também são indicadas todas as medidas de proteção
que devem ser tomadas no combate a um incêndio, por exemplo, “pulverizar
com água os recipientes para mantê-los frios”.

A seguir, são apresentados os diferentes meios de extinção de incêndios e suas


condições de uso:

Água: a água atua como um meio de resfriamento, isto é, reduz a temperatura


do produto que se queima até um ponto abaixo do ponto de fulgor e, portanto
extingue o fogo. A água deve ser usada preferentemente em forma de
pulverização fina ou de neblina em vez de jato. Isto permite aumentar o potencial
de esfriamento e prevenir a extensão do fogo. Além do uso como elemento de
extinção, a água atua como elemento de minimização da extensão do fogo ao
ser usado no esfriamento de materiais, estanques, equipamentos, tubulações,
etc.

Deve-se ter o cuidado, entretanto, ao usar grandes quantidades de água para


atacar incêndios com produtos tóxicos já que podem ocorrer reações violentas
com a água, ou esta pode alcançar corpos de água através das drenagens
internas. A água nunca deve ser utilizada com reativos tais como carburo de
cálcio, isocianatos, óxido de cálcio (cal), certos compostos de halógenos tais
como cloreto de acetila, cloreto de alumínio, e metais como sódio e cálcio.
Quando este tipo de materiais é armazenado, é necessário discutir os riscos
especiais com os corpos de bombeiros. O uso de água com extintores deve se
dirigir diretamente à base do fogo.

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Pó químico seco: é efetivo geralmente sobre solventes inflamáveis, aerossóis,


produtos que reagem violentamente com água e em incêndios ocasionados por
equipamentos elétricos. O pó químico seco é utilizado normalmente em
extintores portáteis para tratar de pequenos incêndios e, portanto, mesmo
considerado de grande importância, é utilizado basicamente na primeira etapa
de extinção.

Dióxido de carbono: os extintores de dióxido de carbono são geralmente efetivos


para extinguir incêndios em que estejam envolvidos solventes inflamáveis,
produtos que reagem com água e equipamentos elétricos.

Entretanto, da mesma forma que o pó químico, só são usados como ajuda


primária.

Espumas: um número de diferentes tipos de espumas existe de forma comercial


e são recomendáveis para certas classes de produtos químicos, porém se
requer uma destreza especial para sua aplicação, sendo preferível na maioria
dos casos utilizar pós químicos. Em incêndios em que intervenham substâncias
imiscíveis com a água, tais como petróleo, querosene, gasolina, benzeno,
estireno e hidrocarbonetos em geral, é possível utilizar eficientemente espuma
de fluoroproteínas ou de película aquosa.

c) Primeiros socorros

Para assessoria detalhada sobre primeiros socorros em relação a produtos


determinados, é preciso consultar a FISPQ.

Na seção 4 das FISPQ dos produtos químicos de acordo ao GHS, são descritos
os primeiros socorros que uma pessoa não formada pode oferecer sem utilizar
equipamento aperfeiçoado e sem dispor de uma ampla seleção de
medicamentos. Se houver necessidade de atendimento médico, estará indicado
nas instruções e explicado em que medida é urgente.

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Na FISPQ dos produtos químicos são dadas instruções sobre os primeiros


socorros que há que dispensar em função das vias de exposição pertinentes.
Utilizam-se diferentes capítulos para indicar o procedimento para cada via de
exposição (por exemplo, inalação, via cutânea, via ocular e ingestão).
Descrevem-se os sintomas imediatos e retardados previsíveis. Também são
indicados no caso de:

a) o atendimento médico ser imediato e, havendo a necessidade, aguardar os


possíveis efeitos tardios posteriores à exposição;

b) recomenda-se levar a pessoa exposta a um lugar onde possa respirar ar não


contaminado;

c) é recomendável que a pessoa exposta retire a roupa e o calçado;

d) recomenda-se dispensar os primeiros socorros usando equipamentos de


proteção pessoal.

d) Manuseio ambiental em caso de um incidente

Todos os resíduos, produtos de um derramamento tais como materiais de


embalagem, paletes quebrados, material absorvente, resíduos aquosos, ou o
solo afetado, etc., devem estar dispostos de forma segura e responsável. Se
estes elementos estiverem contaminados com substâncias perigosas devem ser
considerados como resíduos perigosos. Não se deve permitir que os
contaminantes derramados escoem até o sistema de esgoto interno, a não ser
que seu destino seja uma planta de tratamento apropriada, ou que possua um
tanque de armazenamento para sua coleta e posterior tratamento e disposição.

De qualquer forma, para haver uma disposição segura destes elementos pode
se fazer necessária uma assessoria especializada.

A empresa responsável por elaborar a FISPQ poderia indicar o método de


disposição mais adequado de acordo com as características das substâncias
envolvidas. Com relação aos recipientes que serão reutilizados, estes devem ser
totalmente descontaminados; se não forem mais usados, deverão ser destruídos
ou eliminados de forma responsável.

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Na seção 13 da FISPQ é proporcionada Informação relativa à eliminação dos


produtos, informação sobre a eliminação, reciclagem ou recuperação adequadas
para o produto químico e/ou seu recipiente, para determinar as melhores opções
de gestão dos resíduos com relação à segurança e ao meio ambiente, de acordo
com o estipulado pela autoridade nacional competente. Quando for apropriado,
serão definidas nesta seção das FISPQ as precauções especiais para a
incineração ou o enterro dos desperdícios.

Em todos os casos, depois de resolvida a emergência, o responsável deve


elaborar um estudo para identificar os impactos gerados, e definir e executar as
medidas de mitigação e compensação apropriadas ao impacto ambiental
encontrado.

e) Pesquisa de acidentes

Quando as ações posteriores ao acidente são feitas de maneira correta,


permitem determinar as causas e sugerir a tempo medidas adequadas para
reduzi-las ou eliminá-las e, portanto, contribuir a evitar acidentes futuros. Uma
pesquisa a fundo pode identificar áreas-problema e contribuir para reduzir os
respectivos riscos.

As ações de acompanhamento dos acidentes visam a:

ƒ Reunir dados e evidências a esse respeito.


ƒ Analisá-los objetivamente.
ƒ Obter conclusões.
ƒ Fazer recomendações para evitar a repetição do acidente.

Nos anexos deste documento se encontram exemplos de atuações em caso de


emergência para as equipes de resposta emergencial envolvendo produtos
químicos.

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3.5. Protocolo MERCOSUL de cooperação e assistência diante


emergências

Em se tratando de MERCOSUL, os Estados-membros, através de seus Pontos


Focais, farão cooperação recíproca e assistência quando for produzida uma
emergência que tenha consequências efetivas ou potenciais no meio ambiente
ou na população de seu próprio território ou de outro Estado-Membro, conforme
as disposições gerais e particulares do Protocolo adicional ao acordo marco
sobre meio ambiente do MERCOSUL em matéria de cooperação e assistência
diante de emergências ambientais.

Os Estados-membros desenvolverão ações tendentes a harmonizar


procedimentos compatíveis para atuar em caso de emergências ambientais.
Para isso, a cooperação nessa matéria será implementada por meio de:

a) o intercâmbio de informação prévia de situações que requeiram medidas


comuns de prevenção e daquelas que possam derivar em uma emergência
ambiental;

b) o intercâmbio de informação e experiências em matéria de prevenção,


mitigação, alerta, resposta, reconstrução e recuperação;

c) intercâmbio de informação em matéria de tecnologias aplicáveis;

d) a planificação conjunta para redução de riscos;

e) a elaboração de planos, programas e projetos de contingência para atuação


conjunta;

f) a incorporação de estadísticas sobre situações emergenciais ambientais


produzidas na região para o Sistema de Informação Ambiental do MERCOSUL
(SIAM);

g) a criação de um banco de Peritos em emergências ambientais para sua

inclusão ao SIAM;

h) a utilização de pessoal e de meios de um Estado-Membro por solicitação de


outro

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i) o fornecimento de apoio técnico e logístico para atender as emergências


ambientais solicitadas pelos Estados-membros; e

j) a capacitação de recursos humanos.

Diante da ocorrência efetiva ou potencial de um evento, será transmitida a


informação, empregando um formulário que consta como Anexo do Protocolo.

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3.6 Principais fontes de informação antes e durante uma


emergência que envolva produtos químicos perigosos

A informação antes e durante uma emergência que envolva produtos químicos


perigosos e sobre as propriedades perigosas das substâncias pode ser obtida
de diversas fontes e bases de dados acessíveis por meio da Internet e de
revistas científicas. A seguir será oferecida uma pequena seleção de fontes de
informação. É importante deixar claro que nem todas as fontes disponíveis
devem ser consideradas, e que o fato uma fonte de informação ser mencionada
não garante a qualidade do seu conteúdo:

ƒ CISTEMA: Centro Regional de Informação sobre Desastres (CRID). É um


centro da Organização Pan-americana da Saúde, que tem sua sede na
Costa Rica. Este centro gera muita informação relacionada com desastres
naturais e tecnológicos de utilidade para os encarregados de tomar
decisões, conta com uma Biblioteca Virtual de Desastres.
www.crid.desastres.net/crid/index.htm
ƒ OCDE. Acidentes químicos: Neste site as monografias da OCDE
relacionadas com esta temática podem ser encontradas na íntegra.
www.oecd.org/ehs/accident.htm
ƒ O Programa de Nações Unidas para o Meio Ambiente conta com vários
sites de interesse: Uma página dedicada apenas ao tema de desastres
que permite pesquisar documentos relacionados com a questão. Já a
página APELL. Awareness and Preparedness for Emergencies at Local
Level: Process for responding to technological accidents: oferece
informação sobre as publicações, estudos de casos e registro de
acidentes selecionados em todo o mundo desde 1970.
www.uneptie.org/apell/home.html
ƒ ESIS (Sistema Europeu de Informação de Substâncias Químicas), site da
Unidade de Segurança e Qualidade dos Produtos de Consumo do JRC
(Joint Research Center): http://ecb.jrc.it/esis/;
ƒ EFSA (Autoridade Europeia de Segurança Alimentar, para as substâncias
ativas dos produtos fitossanitários):
http://www.efsa.europa.eu/EFSA/efsa_locale-1178620753812_home.htm
ƒ Portal ECHEM da OCDE: http://webnet3.oecd.org/echemportal/;
ƒ RTECS (Registro de Efeitos Tóxicos das Substâncias Químicas)
disponível no site do NIOSH (Instituto Nacional de Segurança e Saúde
Ocupacional dos Estados Unidos): http://www.cdc.gov/niosh/rtecs/;

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ƒ Site da USEPA (Agência de Proteção do Meio Ambiente dos Estados


Unidos): http://www.epa.gov/;
ƒ IRIS (Sistema Integrado de Informação sobre Riscos), disponível no site
da USEPA: http://cfpub.epa.gov/ncea/iris/index.cfm;
ƒ Site da OSHA (Administração de Segurança e Saúde Ocupacional dos
Estados Unidos): http://www.osha.gov/;
ƒ Site do NICNAS (Sistema Nacional de Notificação e Valoração de
Produtos Químicos Industriais - Austrália): http://www.nicnas.gov.au/;
ƒ Site da rede TOXNET, que inclui bases de dados como Toxline e HSDB:
http://toxnet.nlm.nih.gov/;
ƒ Site INCHEM do IPCS (Programa Internacional de Segurança das
Substâncias Químicas): http://www.inchem.org/; e
ƒ Bibliografia científica: o portal PubMed da Biblioteca Nacional de Medicina
dos
ƒ Os Estados Unidos permitem realizar pesquisas e buscas em centenas
de revistas de relevância, muitas das quais são de acesso gratuito.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/.

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Anexo I. Glossário

Entender-se-á por:

Aerossóis, recipientes não reutilizáveis fabricados em metal, vidro ou plástico e que contêm um
gás comprimido, liquefeito ou dissolvido à pressão, com ou sem líquido, pasta ou pó, e dotados
de um dispositivo de descarga que permite expulsar o conteúdo em forma de partículas sólidas
ou líquidas em suspensão em um gás, em forma de espuma, pasta ou pó, ou em estado líquido
ou gasoso. Os aerossóis incluem os geradores de aerossóis.
Agente Sensibilizador da pele, uma substância que provoca uma resposta alérgica por contato
com a pele. A definição de “agente sensibilizador da pele” equivale à de “agente sensibilizador
por contato”.
Agente sensibilizador por contato, uma substância que provoca uma resposta alérgica por
contato com a pele. A definição de “sensibilizador por contato” equivale à de “sensibilizador da
pele”.
Agente Sensibilizador respiratório, uma substância cuja inalação provoca hipersensibilidade
das vias respiratórias.
Aspiração, a entrada de um produto químico líquido ou sólido na traqueia ou nas vias
respiratórias inferiores diretamente por via oral ou nasal, ou indiretamente por regurgitação.
Autoridade competente, uma autoridade ou um órgão nacional designado ou reconhecido
como tal em relação com o Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos (GHS).
Carcinógeno ou cancerígeno, uma substância ou mistura de substâncias químicas que induz
câncer ou aumenta sua incidência.
Categoria de perigo, a classificação de critérios em cada classe de perigos; por exemplo,
existem cinco categorias de perigo na toxicidade aguda por via oral e quatro categorias nos
líquidos inflamáveis. Essas categorias permitem comparar a gravidade dos perigos dentro de
uma mesma classe e não deverão ser utilizados para comparar as categorias de perigos entre si
de um modo mais geral.
Classe de perigo, a natureza do perigo físico, do perigo para a saúde ou do perigo para o meio
ambiente, por exemplo, sólido inflamável, cancerígeno, toxicidade aguda por via oral.
Conselhos de precaução, uma frase (ou um pictograma ou ambas as coisas juntas) que
descreve as medidas recomendadas que convém adotar para reduzir ao mínimo ou prevenir os
efeitos nocivos da exposição a um produto perigoso, por causa da conservação ou
armazenamento incorreto desse produto.
Corrosão cutânea ou da pele: ver lesão cutânea;
Elemento complementar que figura no rótulo, todo tipo de informação complementar não
harmonizada que figure em uma embalagem/recipiente de um produto perigoso, que não esteja
requerido nem especificado no GHS. Pode ser informação exigida por outras autoridades
competentes ou informação complementar facilitada pelo fabricante ou pelo distribuidor.
Elemento do rótulo, um tipo de informação harmonizada destinado a ser utilizado em um rótulo,
por exemplo, um pictograma ou uma palavra de advertência.
Rótulo, um conjunto de elementos de informação escritos, impressos ou gráficos relativos a um
produto perigoso, escolhidos em razão de sua pertinência para o setor ou para os respectivos
setores, aderidos ou impressos no recipiente que contém o produto perigoso ou em sua
embalagem/recipiente exterior, ou que sejam fixados neles.

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Gás, uma substância ou uma mistura que: i) a 50 ºC, possui uma pressão de vapor (absoluta)
superior a 300 kPa (3 bar); ou ii) é completamente gasosa a 20ºC e a uma pressão de referência
de 101,3 kPa;
Gás oxidante, um gás que, geralmente liberando oxigênio, pode provocar ou facilitar a
combustão de outras substâncias em maior medida que o ar.
Gás comprimido, um gás que, quando embalado à pressão, é totalmente gasoso a -50 ºC;
neste grupo são incluídos todos os gases com uma temperatura crítica inferior ou igual a -50 ºC.
Gás dissolvido, um gás que, quando embalado à pressão, está dissolvido em um dissolvente
em fase líquida.
Gás inflamável, um gás inflamável com o ar a 20 ºC e a uma pressão de referência de 101,3
kPa.
Identidade química, o nome com o que um produto químico é designado de forma exclusiva.
Pode ser o nome que figure nos sistemas de nomenclatura da União Internacional de Química
Pura e Aplicada (IUPAC) ou o Chemical Abstracts Service (CAS), ou um nome técnico.
Identificador do produto, o nome ou o número que figura no rótulo ou na FISPQ de um produto
perigoso e que permite identificar uma substância ou uma mistura em seu ambiente de utilização
(por exemplo, no transporte, no consumo ou no local de trabalho).
Irritação cutânea, a formação de uma lesão reversível da pele como consequência da aplicação
de uma substância de ensaio durante um período de até 4 horas.
Irritação da pele: ver irritação cutânea.
Irritação ocular, a aparição de lesões oculares como consequência da aplicação de uma
substância de ensaio na superfície anterior do olho, e que são totalmente reversíveis nos 21 dias
seguintes à aplicação.
Lesão ocular grave, uma lesão dos tecidos oculares ou uma degradação severa da vista, como
consequência da aplicação de uma substância de ensaio na superfície anterior do olho, e que
não é totalmente reversível nos 21 dias seguintes à aplicação.
Liga, material metálico, homogêneo a simples vista, constituído de ao menos dois elementos
combinados de tal forma que não possam separar-se facilmente por meios mecânicos. As ligas
são consideradas misturas alinhadas à classificação no GHS.
Líquido, uma substância ou mistura que a 50ºC possui uma pressão de vapor de, como
máximo, 300 kPa (3 bar), que não é completamente gasosa a 20 ºC e a uma pressão de
referência de 101,3 kPa e cujo ponto de fusão ou ponto de fusão inicial é igual ou inferior a 20 ºC
e a uma pressão de referência de 101,3 kPa. As matérias viscosas cujo ponto de fusão não pode
ser determinado de forma precisa, deverão se submeter à prova ASTM D4359-90 ou ao ensaio
de determinação da fluidez (ou Prova do Penetrômetro) prescrito na seção 2.3.4 do Anexo A do
Acordo Europeu sobre Transporte Internacional de Mercadorias Perigosas por Rodovia (ADR).
Líquido oxidante, um líquido que, sem ser necessariamente combustível em si, pode, em geral
ao desprender oxigênio, provocar ou favorecer a combustão de outras substâncias.
Líquido inflamável, um líquido com um ponto de inflamação não superior a 93ºC.
Líquido pirofórico, um líquido que, mesmo que em pequenas quantidades, inflama-se após
cinco minutos de contato com o ar.
Mistura, mistura ou dissolução composta por duas ou mais substâncias que não reagem entre
si.
Mutágeno, um agente que aumenta a frequência de mutação nos tecidos celulares, nos
organismos ou em ambos.
Nome técnico, o nome, diferente do nome IUPAC ou CAS, geralmente usado no comércio, nos
regulamentos ou nos códigos para identificar uma substância, matéria ou mistura e que está
reconhecido pela comunidade científica. Os nomes de misturas complexas (frações do petróleo
ou produtos naturais), dos pesticidas (sistemas ISO ou ANSI), dos colorantes (Colour Index) e
dos minerais são exemplos de nomes técnicos.
Objeto explosivo, um objeto que contenha uma ou várias substâncias ou misturas explosivas.

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Palavra de advertência, um vocábulo que indique a gravidade ou o grau relativo do perigo que
figura no rótulo para assinalar ao leitor a existência de um perigo potencial. O GHS utiliza
palavras de advertência como “Perigo” e “Cuidado”.
Peróxido orgânico, uma substância ou uma mistura orgânica líquida ou sólida que contiver a
estrutura bivalente -0-0-, e que possa ser considerada um derivado do peróxido de hidrogênio no
que um ou ambos os átomos de hidrogênio forem substituídos por radicais orgânicos. O termo
também compreende os preparados de peróxidos orgânicos (misturas).
Pictograma, uma composição gráfica que contiver um símbolo, assim como outros elementos
gráficos, tais como uma borda, um motivo ou uma cor de fundo, e que serve para comunicar
informações específicas.
Ponto de inflamação, temperatura mínima (corrigida à pressão numa referência de 101,3 kPa)
na que os vapores de um líquido inflamam quando expostos a uma fonte de ignição em
condições determinadas de ensaio.
Recomendações para o Transporte de Mercadorias Perigosas, Regulamentação Modelo, a
última edição atualizada da publicação das Nações Unidas com este título e toda emenda nela
publicada.
Símbolo, um elemento gráfico que serve para proporcionar informação de maneira concisa.
Sólido oxidante, uma substância ou uma mistura sólida que, sem ser necessariamente
combustível em si, pode, em geral desprender oxigênio, provocar ou favorecer a combustão de
outras substâncias ou misturas.
Sólido inflamável, um sólido que se inflama com facilidade ou pode provocar ou ativar um
incêndio por fricção.
Sólido pirofórico, uma substância sólida que, mesmo em pequena quantidade, se inflama após
cinco minutos ao entrar em contato com o ar.
Substância corrosiva para os metais, uma substância ou uma mistura que por ação química
pode atacar ou destruir os metais.
Substância explosiva, uma substância sólida ou líquida (ou mistura de substâncias) que, por
reação química, pode desprender gases a uma temperatura, pressão e velocidade tais que
possam ocasionar danos ao seu ambiente. Nesta definição ficam compreendidas as substâncias
pirotécnicas ainda que não emitam gases.
Substância sólida, uma substância ou mistura que não corresponda às definições de líquido ou
de gás.
Substância, um elemento químico e seus compostos em estado natural ou obtidos mediante
qualquer processo de produção, incluídos os aditivos necessários para conservar a estabilidade
do produto e as impurezas decorrentes do processo utilizado, e excluídos os dissolventes que
possam ser separados sem afetar a estabilidade da substância nem modificar sua composição.

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Anexo II. Abreviaturas

ANSI, “Instituto Norte Americano de Normas Nacionais”.


APEC, “Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico”.
CETMP/GHS, o Comitê de Peritos das Nações Unidas em Transporte de Mercadorias Perigosas
e o Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos
Código IMDG, o Código Marítimo Internacional de Produtos Perigosos, atualizado.
EPA, Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (“Environmental Protection Agency
(USA)”).
FISPQ, Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químico
FIFRA, Lei Federal sobre inseticidas, fungicidas e raticidas dos EUA (“Federal Insecticide,
Fungicide and Rodenticide Act (USA)”).
FISQ, Fórum Intergovernamental de Segurança Química.
HCS, Norma de Comunicação de Perigos (“Hazard Communication Standard”).
Indicação de perigo, uma frase que, atribuída a uma classe ou categoria de perigo, descreve a
natureza do perigo de um determinado produto, bem como o seu grau de perigo, caso
necessário.
IATA, Associação Internacional de Transportes Aéreos.
ICAO, Organização da Aviação Civil Internacional.
IPCS, Programa Internacional de Segurança de Substâncias Químicas.
ISO, Organização Internacional de Normalização.
IUPAC, União Internacional de Química Pura e Aplicada.
MARPOL, Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição Causada por Navios.
mg/kg, “miligrama por quilograma”.
OCDE, “Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos”.
OSHA, Administração de Segurança e Saúde Ocupacionais dos Estados Unidos.
PMEs, Pequenas e Médias Empresas.
RID, o Regulamento sobre o transporte internacional de mercadorias perigosas por trem, Anexo
1 do apêndice B (Regras uniformes concernentes ao contrato de transporte ferroviário
internacional de mercadorias (CIM) do Convênio sobre o transporte internacional por trem) em
sua forma atualizada.
SCESGA-ONU, o Subcomitê de Peritos no Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação
e Rotulagem de Produtos Químicos.
GHS, o Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos.
WHMIS, “sistema de identificação de materiais perigosos nos lugares de trabalho”.

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Anexo III. Exemplo de ficha de informação de


segurança GHS

1. IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO

Identificação do produto
Nome do produto: Cola 2X

Usos recomendados para o produto e usos não recomendados para o produto


Uso recomendado: Adesivo geral.

Usos não recomendados: Não foram identificados usos não recomendados.

Dados do fornecedor da ficha de informação de segurança

Nome: Por favor, completar


Endereço: Por favor, completar
N° Telefone: Por favor, completar
N° Fax: Por favor, completar

Telefone de Emergência

Telefone de emergência da empresa: Por favor, completar


Disponível fora do horário de expediente: Sim Não

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2. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS

Classificação da substância ou da mistura


Líquido inflamável, Categoria 2

Irritação ocular, Categoria 2A

Perigos para o meio ambiente aquático, Categoria 3 aguda

Elementos do rótulo
Palavra de advertência: Perigo

Pictogramas de perigo:

Indicações de perigo:

Líquido e vapor altamente inflamáveis.

Provoca graves irritações oculares.

Nocivo para a vida aquática.

Conselhos de prudência:

Manter o recipiente firmemente fechado.

Manter distante de calor/faíscas/chamas abertas. – Não fumar.

Usar luvas e equipamento de proteção para os olhos e o rosto.

Aterramento/ligação equipotencial do recipiente e do equipamento receptor.

Utilizar um material elétrico/de ventilação/iluminação/ à prova de explosões.

Tomar medidas de precaução contra as descargas eletrostáticas.

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Não utilizar ferramentas que produzam faíscas.

Armazenar em um lugar fresco/bem ventilado.

Não dispersar no meio ambiente

3. COMPOSIÇÃO/INFORMAÇÃO SOBRE OS COMPONENTES

Nome N°. CAS Classificação GHS Concentração [%]


Líquido inflamável, Categoria 2
Dissolvente X 111-111-X 70 – 80
Irritação ocular, Categoria 2A

Perigos para o meio ambiente


Componente E 222-222-E 20 – 25
aquático, Categoria 3 aguda

Impurezas
Não há impurezas relevantes para a classificação e rotulagem.

4. PRIMEIROS SOCORROS

Descrição dos primeiros socorros


Inalação

Transportar a vítima para o ar livre. Em caso de irritação respiratória, enjoos, náuseas ou


inconsciência, pedir assistência médica imediata. Em caso de a vítima deixar de respirar, realizar
respiração artificial.

Após contato com a pele

Lavar a pele com água. Obter atendimento médico se a dor ou vermelhidão persistirem.

Contato com os olhos

Mantendo as pálpebras abertas, enxaguar os olhos com abundante água durante pelo menos 15
minutos. Pedir assistência médica.

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Ingestão

Em caso de ingestão, NÃO provocar o vômito. Pedir assistência médica imediata.

Principais sintomas e efeitos agudos e tardios


Se ingerido em quantidades significativas pode provocar: Dor abdominal, Náusea, Enjoos

5. MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIO

Meios de extinção adequados


Espuma, pó de extinção, dióxido de carbono, água pulverizada. Em caso de incêndio, refrescar
os recipientes perigosos com água pulverizada.

Meios de extinção não apropriados


Jato de água a grande pressão.

Perigos específicos em caso de incêndio


Nenhum conhecido.

Perigos específicos derivados da substância ou da mistura


Líquidos e vapores inflamáveis. Óxidos de carbono.

Recomendações para o pessoal de combate a incêndio


Em caso de incêndio em áreas fechadas, utilizar equipamento de respiração autônomo. Não
inalar os gases de combustão.

6. MEDIDAS EM CASO DE DERRAMAMENTO ACIDENTAL

Precauções pessoais, equipamento de proteção e procedimentos de emergência


Para pessoal não emergencial

Eliminar todas as fontes de ignição.

Usar roupa protetora adequada.

Evite respirar os vapores.

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Mantenha-se ventilado, a salvo e fora de áreas baixas onde o vapor pode se acumular e
incendiar.

Dependendo da magnitude do derramamento, considerar a necessidade de contar com


bombeiros/pessoal de serviços de emergência com equipamento de proteção pessoal adequado
para realizar a limpeza.

Para pessoal de resposta emergencial

Considerar a necessidade de evacuação.

Usar roupa protetora adequada.

Mantenha as pessoas afastadas, isolar a área perigosa e negar a entrada.

Deter a fuga se isto puder ser feito sem risco.

Eliminar todas as fontes de ignição.

Para derramamentos pequenos usar materiais absorventes não combustíveis.

Para derramamentos grandes, fazer um dique ou uma represa para uma posterior eliminação.

Não comer, beber nem fumar enquanto for feita a limpeza. Usar equipamentos autônomos de
respiração, máscaras com filtro (tipo A classe 3) ou máscaras filtrantes (por exemplo, EN 405).
Levar roupa de proteção, óculos de segurança e luvas impermeáveis (por exemplo, luvas de
neopreno). Garantir uma ventilação adequada. Evitar todas as fontes de ignição, superfícies
quentes e chamas abertas (ver também a seção 7).

Precauções relativas ao meio ambiente


Evitar que os derramamentos escoem para os bueiros ou drenagens, e que entrem em contato
com o solo.

Métodos e material de contenção e de limpeza


Eliminar todas as fontes de ignição. Os derramamentos podem provocar perigos de incêndio ou
explosão na rede de esgotos. Absorver com retardadores de chama (ignífugos) e materiais que
absorvem líquidos (serragem tratada, terra de diatomáceas, areia). Recolher e destruir em uma
instalação de eliminação de resíduos adequada, de acordo com as leis e os regulamentos
atualmente aplicáveis, e as características do produto no momento da eliminação.

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7. MANIPULAÇÃO E ARMAZENAMENTO

Precauções para uma manipulação segura


Conselhos para uma manipulação segura

Evitar o contato com os olhos. Evitar o contato repetido e prolongado com a pele e a inalação de
fumaças/vapores.

Usar em áreas bem ventiladas longe de qualquer fonte de ignição. Apagar todos os dispositivos
elétricos, como aquecedores parabólicos, fogões, placas acumuladoras, etc., com suficiente
antecipação para terem esfriado antes de começar o trabalho. Não fumar, não soldar. Não jogar
os resíduos no ralo dos banheiros. Tomar medidas para evitar o acúmulo de cargas
eletrostáticas.

Condições de armazenamento seguro, incluídas possíveis incompatibilidades

Exigências técnicas para armazéns e recipientes

Os recipientes de armazenamento devem estar conectados a terra e entre si. Armazenar longe
de fontes de ignição e em lugares frescos e com um sistema de aspersão automática. Garantir
uma ventilação adequada. Armazenar a temperaturas entre +5 e +50°C. Armazenar apenas no
recipiente original.

Indicações para o armazenamento conjunto

Mantenha-se separado de alimentos, bebidas e rações.

8. CONTROLES DE EXPOSIÇÃO/PROTEÇÃO PESSOAL

Limites de exposição

Componentes TWA Referência

ppm mg/m3

Dissolvente X 500 1200 OEL britânico

Componente Z 200 950 MAK alemão

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Proteção respiratória

Devem ser utilizados equipamentos de proteção respiratória aprovados quando as


concentrações no ar forem desconhecidas ou superarem os limites de exposição. Em caso de
processar grandes quantidades, usar um aparelho respiratório de ar comprimido leve para a
construção (por exemplo, de acordo com EN1835), uma máscara com filtro (tipo A classe 3, de
cor marrom) ou meia máscara filtrante (por exemplo, de acordo com a norma EM 405) quando a
ventilação for insuficiente.

Proteção das mãos

Em caso de provável contato prolongado ou repetido com a pele, é necessário usar luvas de
neopreno. As boas práticas de higiene pessoal devem ser sempre mantidas.

Proteção dos olhos

Devem ser usados óculos de segurança com proteção lateral ou óculos de proteção química.

9. PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS


Estado físico: Líquido
Cor: Incolor, transparente
Odor: Dissolvente, parecido ao éster
Ponto de fusão: Não disponível
Ponto de congelamento: Não disponível
Ponto inicial de ebulição: 56°C
Ponto de inflamação: - 22°C (DIN 51755)
Taxa de evaporação: Não disponível
Inflamabilidade (sólido, gás): Não se aplica
Limites de explosão: limite inferior = 1,4 Vol.%; limite superior 13,0 Vol.%
Pressão de vapor: 240 mbar (máxima pressão de vapor parcial) a 20°C
Densidade de vapor: Não disponível
Densidade relativa: 0,89 g/cm3 a 20°C
Solubilidade: solúvel em água a 20°C
Coeficiente de partição: Log Kow = 3.3
Temperatura de ignição espontânea: Não disponível
Temperatura de decomposição Não disponível

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10. ESTABILIDADE E REATIVIDADE

Reatividade
Estável em condições normais.

Estabilidade química
Não existe decomposição se usado de acordo com as especificações.

Possibilidade de reações perigosas


Não se conhece nenhuma.

Condições que devem ser evitadas


Calor, faíscas, chamas e acumulação de eletricidade estática.

Materiais incompatíveis
Halógenos, ácidos fortes, álcalis e oxidantes.

Produtos de decomposição perigosos:


Não se conhece nenhum.

11. INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA

Toxicidade aguda:
Toxicidade oral: Não classificado.

Toxicidade cutânea: Não classificado.

Toxicidade por Inalação: Não classificado.

Irritação / corrosão
Irritação ocular (coelhos): Irritante ocular Categoria 2A (Baseado em ensaios realizados nos
componentes da mistura).

Irritação cutânea (coelhos): Não classificados. Dados obtidos em ensaios do produto.

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Sensibilização dérmica (cobaias)

Não classificado: resposta negativa em Bueller. Ensaio em cobaias. 0% de animais considerados


positivos. Dados obtidos em ensaios do produto.

Mutagenicidade
Não há evidencia significativa de que a Cola 2X apresente um risco genotóxico de acordo com
os critérios aplicados normalmente para a sua classificação e rotulagem.

Carcinogenicidade
A Cola 2X não é considerada como cancerígena.

Em geral, não há provas convincentes para justificar uma classificação da Cola 2X como
carcinogênica no contexto do GHS.

Toxicidade para a reprodução


A classificação de toxicidade para a reprodução de acordo com o GHS não é necessária.

12. INFORMAÇÃO ECOLÓGICA

Toxicidade aguada para peixes


CL50 (96 hr) para peixes de água doce: 65 mg/L (Dados obtidos em ensaios do produto).

Toxicidade crônica para organismos aquáticos


O estudo da toxicidade aquática no longo prazo sobre os invertebrados aquáticos considerará se
a substância é pouco solúvel em água e se a Cola 2X é solúvel em água.

Persistência e degradabilidade
Todos os componentes orgânicos contidos no produto não estão classificados como "facilmente
biodegradáveis" (OECD-301 A-F). Entretanto, espera-se que este produto seja inerentemente
biodegradável.

Potencial de bioacumulação
Não existem provas de que se produza bioacumulação.

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Mobilidade no solo
Os derramamentos acidentais podem penetrar no solo e nas águas subterrâneas. Entretanto,
não existem provas de que isto possa causar efeitos ecológicos adversos.

13. CONSIDERAÇÕES RELATIVAS À ELIMINAÇÃO


Métodos para o tratamento de resíduos

O produto pode ser queimado em um queimador fechado, controlado pelo valor-limite de


combustão, ou sendo eliminado por incineração supervisada. A queima poderá ser limitada
conforme a regulamentação local. O produto pode ser processado em uma instalação pública
adequada de eliminação apropriada de resíduos.

O uso destes métodos está condicionado a que o usuário cumpra com as leis e os regulamentos
aplicáveis, e à informação relativa às características do produto no momento de sua eliminação.

14. INFORMAÇÃO RELATIVA AO TRANSPORTE


A Cola 2X está classificada como perigosa para transportar (ADR (Rodovia), RID (Ferrovia),
IMDG / dados adicionais (Mar).

Número ONU: 1133

Designação oficial de transporte das Nações Unidas: ADESIVOS

Classe de perigo no transporte: 3

Grupo de embalagem/recipiente: II

Contaminante marinho: Não

15. INFORMAÇÃO REGULAMENTAR

Regulamentação e legislação em matéria de segurança, saúde e meio ambiente


específicas para a substância
Restrições de uso: Nenhuma
Normativas nacionais: --

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16. OUTRAS INFORMAÇÕES

Os dados utilizados nesta ficha de informação de segurança se baseiam em nossos


conhecimentos, porém não constituem garantia alguma das propriedades do produto e não
estabelecem uma relação jurídica contratual.

Abreviaturas
CL50: concentração letal média

German MAK = Germany Maximum Allowable Concentration (concentração máxima permissível


na Alemanha)

Log Kow: logaritmo do coeficiente de partição octanol/água

TWA: Média Ponderada Cronológica

UK OES = United Kingdom Occupational Exposure Standards (normas sobre a exposição do


trabalho do Reino Unido)

Data de preparação da FISPQ: 20 de julho de 2013.

Revisão
Na última atualização desta ficha de informação de segurança foram introduzidas modificações
em todos os capítulos com respeito à ficha anterior, de acordo à nova informação disponível.

Aviso de isenção

Na presente ficha de informação de segurança são proporcionadas informações de boa fé,


porém não há nenhuma representação em termos de integridade ou exatidão. Este documento
foi planejado só como um manual para o manuseio apropriado precatório do material por uma
pessoa devidamente capacitada que usa este produto. As pessoas que recebem as informações
devem exercer um juízo de valor independente considerando o que determina a sua idoneidade.

Final da ficha de informação de segurança

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Anexo IV. Exemplo de procedimento de resposta de


emergência

Controle de derramamentos químicos

O objetivo geral deste procedimento é ajudar as equipes de resposta


emergencial no controle de derramamentos de produtos químicos de maneira
segura, e proteger as pessoas e o meio ambiente nas proximidades do
derramamento de substâncias químicas.

Os procedimentos de emergência devem considerar os possíveis fatores de


complicação que poderiam estar associados com acidentes que envolvem
produtos químicos, tais como as condições climáticas extremas, desastres
naturais, a perda dos fornecimentos de energia ou água, etc., assim como os
fatores que podem fazer com que a resposta seja mais difícil, como problemas
com os sistemas de comunicação e transporte.

Para o controle de derramamentos de produtos químicos, é recomendável seguir


com este procedimento:

1. Proteger o cenário

ƒ Durante um procedimento de evacuação de emergência deverão ser


estabelecidas zonas de evacuação, em caso de incêndio ou de emissão de
gases tóxicos.
ƒ Isolar a área e proteger as pessoas.

2. Identificar os perigos dos produtos químicos

Utilizando qualquer dos seguintes elementos:

ƒ Cartazes.
ƒ Rótulos dos recipientes (pictogramas, indicações de perigo e conselhos de
prudência).
ƒ Documentos de embarque.
ƒ Gráficos de identificação em vagões e reboques rodoviários.
ƒ Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ).
ƒ Estar ciente das pessoas que se encontram no local.

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3. Avaliar a situação

ƒ Há fogo, derramamento ou vazamento?


ƒ Quais são as condições climáticas?
ƒ Como é o terreno?
ƒ Quem / o que está em risco: as pessoas, os bens ou o meio ambiente?
ƒ Que ações devem ser tomar: evacuação, refúgio no próprio lugar?
ƒ Que recursos (humanos e materiais) são necessários?
ƒ O que pode ser feito de imediato?

4. Solicitar ajuda adicional

Sendo necessário, uma vez avaliada a situação:

ƒ Notificar as agências relevantes e pedir ajuda ao pessoal qualificado


adicional, se for necessário.

5. Combate a incêndio

Uma estratégia de combate a incêndio deve considerar:

ƒ Nomear vigilantes de incêndios, com a correspondente formação.


ƒ Planos de localização das mangueiras contra incêndios, extintores e fontes
de água.
ƒ Acesso aos serviços de emergência.
ƒ Consultar as FISPQ dos produtos químicos para informação sobre os meios
recomendados para extinção de incêndios.

6. Resposta

ƒ Utilizar equipamento de proteção adequado, indicado nas FISPQ.


ƒ Calcular as tentativas de resgate e a proteção da propriedade.
ƒ Estabelecer linhas de comunicação.
ƒ Reavaliar a situação continuamente e modificar a resposta de acordo com
isso.
ƒ Considerar primeiramente a segurança das pessoas na área imediata,
incluindo sua própria segurança.

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7. Eliminação do produto

O procedimento de controle de derramamentos de emergência deve incluir os


seguintes pontos principais:

ƒ Os derramamentos com materiais perigosos devem estar inicialmente


isolados para evitar a propagação do material até outras áreas. Isto pode
implicar o uso de diques por determinado tempo, sacos de areia, areia seca,
terra ou barreiras de propriedade / almofadas absorventes. Consultar o
indicado nas FISPQ.
ƒ Sempre que for possível, o material deverá ser seguro quando se trata com
os produtos químicos apropriados (consultar estabilização / diluição em
condições seguras). Consultar o que está indicado nas FISPQ.
ƒ Os materiais perigosos em forma de pó fino não devem ser clareados
mediante escovação a seco. Devem ser utilizados preferentemente
aspiradores, e para os materiais tóxicos, devem ser utilizados aspiradores
especiais, consultar o aspirador indicado nas FISPQ.
ƒ O material tratado deve ser absorvido no material de suporte inerte para,
desta maneira, permitir que o material seja clareado e seja removido para
um lugar seguro visando a sua eliminação ou tratamento adicional, conforme
corresponda.
ƒ Não se deve permitir que os resíduos se acumulem. Deve-se adotar um
procedimento regular e frequente de eliminação de resíduos.

8. Estabilização / diluição em condição segura

Uma vez que o produto químico perigoso foi controlado, para evitar que o
material se propague até outras áreas, deve ser tratado sempre que isto for
possível. Os ácidos e álcalis podem ser tratados com agentes neutralizantes
apropriados. Devido às diferentes propriedades dos vários grupos de produtos
químicos, devem estabelecer em cada caso uma estratégia de tratamento com
produtos químicos adequados. Por exemplo, o ácido clorídrico altamente
concentrado gera fumaça quando derramado, portanto antes da neutralização
do derramamento, deve ser diluído com um pulverizador de água. Uma vez que
o material tenha sido tratado, a região deve ser lavada com grande quantidade
de água.

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Referências utilizadas para o desenvolvimento deste exemplo:

- Resposta a derramamentos - Orientação Controle de Emergências, Saúde e


Segurança do Reino Unido.

- Guias de Resposta de Emergências (2012). Departamento de Transporte de


EUA.

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Anexo IV. Exemplo de atuação em situações


emergenciais para empresas

FICHA DE ATUAÇÃO DIANTE DE INCIDENTES,


ACIDENTES E SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA COM
CÓDIGO POSSÍVEL REPERCUSSÃO AMBIENTAL

EMPRESA: Departamento: Ficha N°:

Revisão:

Realizada por:

Data:

DESCRIÇÃO DO RISCO (inclui aspectos ambientais potenciais):

- Derramamento por rachadura ou perda de depósitos de produtos


químicos

Aspectos meio ambientais:

- Alteração dos parâmetros de derramamento em águas residuais


(pH)

LOCALIZAÇÃO:

Depósito de HCI: < 0,5m3 armazenamento de produtos perigosos

Depósito de NaOH: 0,5m3 armazenamento de produtos perigosos

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MEDIDAS DE PREVENÇÃO E DE PROTEÇÃO ADOTADAS:

- Os depósitos de ácido clorídrico e os de hidróxido sódico terão dique,


portanto é muito improvável ocorrer uma rachadura que provocasse a
saída do produto químico até o exterior.
- Zona circundante aos depósitos está totalmente pavimentada.
- A balsa de homogeneização dispõe de um sistema de medição de pH
conectado a um depósito de ácido clorídrico para manter um pH
aproximado de 7. No caso de o derramamento ser de soda cáustica,
quando chegar à balsa automaticamente o ácido clorídrico necessário
para neutralizar o pH será adicionado. E no caso de o derramamento
produzido ser de ácido clorídrico e estiver sendo adicionado ácido
clorídrico, a bomba será automaticamente parada.
- Dispõe-se de uma mangueira de água ao alcance para atuar
imediatamente.
- Semestralmente é feita uma revisão das instalações.
AVALIAÇÃO Severidade: Leve Sério Grave

DO RISCO Probabilidade: Baixa Média alta

Ações: urgentes Necessárias De

aprimoramento
Contínuo

MEIOS DE PROTEÇÃO A SEREM UTILIZADOS:

De acordo às Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos de


ambos os produtos.

Situados em armazenamento:

- Luvas de proteção contra produtos químicos


- Viseira de segurança
- peitoral de segurança
- Calçado e roupa de segurança para produtos químicos
- - Lavatório ocular e ducha de emergência
PLANO DE ATUAÇÃO (procedimentos de resposta e o responsável):

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A) Se diante de uma situação incidental o operário considerar que


pode atuar porque a magnitude do derramamento é muito
limitada:

O operário joga água com a mangueira sobre o resto de ácido ou soda que
permanece no solo de maneira que seu destino seja o bueiro mais próximo e
que tenha como destino a balsa de homogeneização.

No caso de que o incidente ocorra durante uma descarga, o operário


presente alerta o carregador para parar a descarga e proceder da mesma
maneira que no caso anterior.

No caso de ocorrer o incidente no depósito de soda e ficar retido no dique,


avisa-se ao departamento de manutenção para que seja recolhido com uma
bomba.

B) Se diante da situação incidental de derramamento o operário


considerar que o conteúdo fica fora de seu alcance:

O operário que supervisa a descarga avisa a portaria para que cative o plano
de emergência. Posteriormente, avisa ao Chefe do Departamento.

O condutor do caminhão apaga a bomba de descarga.

O vigilante avisa ao Chefe de Emergência (CE) e lhe informa da emergência


e localização.

O CE reúne as equipes de desempenho em situações emergenciais (ESI),


informando-lhes que preparem e utilizem os equipamentos de proteção
individual para risco químico.

O CE corta o acesso de tráfico à zona da emergência.

A ESI fecha as válvulas de descarga da cisterna, para que não verta mais
produto.

Mediante o uso do hidrante mais próximo as ESI efetuam a diluição e

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lavagem da região do derramamento, dirigindo a água ao embornal mais


próximo.

Uma vez concluída a emergência o CE reestabelece o tráfico de veículos.

O CE informa o acontecimento ao chefe de Meio Ambiente.

Meio Ambiente comprova o pH da balsa. Se for inferior a 6 se neutralizará


com hidróxido sódico.

O CE entrará em contato com o responsável do armazenamento para que


abram o armazenamento de produtos químicos da empresa e aproximem um
contêiner de hidróxido sódico à balsa. Se o pessoal de armazenamento não
puder atuar nesse momento os membros da ESI abrirão o armazenamento e
aproximará o contêiner à balsa. Um membro da ESI trará a bomba e jogará
soda cáustica à balsa para neutralizar o pH. Se o derramamento for de soda
cáustica, se adicionará HCI, manualmente, desde o tanque para neutralizar.

Meio Ambiente comprova o pH e finaliza a neutralização quando seu valor se


encontrar entre 6 e 10 unidades.

No caso de as medidas aplicadas não terem sido suficientes para neutralizar


o derramamento, avisar-se-á as autoridades competentes.

O chefe de Departamento e o Chefe de Meio Ambiente determinam a


necessidade de realizar a investigação das causas.

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ANEXO IV –MATERIAL –RESULTADO 4
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Cooperação União Europeia - Mercosul

Convênio de Financiamento N° DCI – ALA/2009/19707

Programa de apoio ao aprofundamento do processo de


integração econômica e desenvolvimento sustentável do
MERCOSUL

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Documento de orientação sobre a


elaboração de Fichas de Informação de
Segurança de Produtos Químicos GHS

Este Projeto é É realizado pelo


financiado pela
MERCOSUL
UNIÃO
EUROPEIA  
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« O presente documento oferece informações de orientação sobre o Sistema


Globalmente Harmonizado de classificação e rotulagem de produtos químicos
(GHS). Entretanto, deve-se recordar aos usuários que o texto do “The Purple
Book” (Livro Púrpura) do GHS é a única referência válida e que a informação
contida no presente documento não tem caráter de assessoramento legal.

O conteúdo deste relatório é de responsabilidade exclusiva de Rivendell


International e, em nenhum caso, deve-se considerar que reflita os pontos de
vista da União Europeia, do MERCOSUL ou de seus Estados-membros.»

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Conteúdo

1. Introdução ..................................................................................................................... 4

2. O que é uma Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos FISPQ? .... 6

2.1. Disponibilidade das FISPQ 7


2.2. Alcance e aplicação 8
2.3. Fornecimento da informação 8

3. O GHS e as Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos ................. 10

3.1. Formato e conteúdo das FISPQ 14


3.2. Fontes de informação para elaborar as FISPQ 35
3.3. Manual geral para atualizar as FISPQ 38

4. Exemplo de ficha de informação de segurança GHS ................................................. 41

Anexo I. Tipos e classes de perigo do GHS ................................................................... 53

Anexo II. Classificação das misturas .............................................................................. 59

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1. Introdução

A finalidade do presente documento é servir de Manual dirigido especialmente


às pequenas e médias empresas (PMEs) dos Estados-membros do MERCOSUL
para a elaboração e compreensão das fichas de segurança dos produtos
químicos em qualquer das etapas da cadeia de produção dos mesmos, de
acordo com o Sistema Globalmente Harmonizado de classificação e rotulagem
de produtos químicos (GHS) das Nações Unidas.

O uso de produtos químicos para aumentar e melhorar a vida é uma prática


generalizada em todo o mundo. Porém, junto aos benefícios destes produtos,
também existe a possibilidade de efeitos adversos para as pessoas ou para o
meio ambiente. Como resultado, um número de países e organizações vem
desenvolvendo leis ou regulamentações ao longo dos anos que exigem a
preparação e transmissão de informações sobre os perigos químicos, para
aqueles que utilizam os mencionados produtos químicos, através dos rótulos ou
das Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ). Devido
ao grande número de produtos químicos disponíveis, a regulação individual de
todos não é possível qualquer que seja a entidade.

O GHS é uma iniciativa internacional das Nações Unidas que aborda a


classificação dos produtos químicos por tipos de risco e propõe elementos de
comunicação de perigos harmonizados internacionalmente, com rótulos e Fichas
de Informação de Segurança de Produtos Químicos. Seu objetivo é garantir que
a informação existente sobre os perigos físicos e a toxicidade dos produtos
químicos esteja disponível com o fim de melhorar a proteção da saúde humana
e do meio ambiente durante o manuseio, transporte e utilização destes produtos
químicos.

O GHS não se constitui em um regulamento, nem mesmo em uma norma. No


documento sobre o GHS (denominado “The Purple Book” (Livro Púrpura)) ficam
estabelecidas as disposições decididas para a classificação de perigos, com
informações explicativas sobre como aplicar o Sistema para a comunicação de
perigos através das Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos
e dos rótulos dos produtos químicos. A primeira edição do “The Purple Book”
(Livro Púrpura) do GHS, estava destinada a servir como base inicial para a
implementação global do sistema, sendo adotado em dezembro de 2002 e
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publicado em 2003. Desde então, este documento tem sido atualizado, revisado
e melhorado a cada dois anos, na medida em que surgem as necessidades e a
experiência é adquirida em sua aplicação. A versão atual do “The Purple Book”
(Livro Púrpura) é a Revisão 4 do ano 2011, podendo ser consultada no seguinte
link:

http://www.unece.org/é/trans/danger/publi/GHS/GHS_rev04/04files_s.html

A Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) é um


documento informativo detalhado preparado pelo fabricante, importador ou
fornecedor de um produto químico perigoso. Este documento descreve, entre
outras coisas, as propriedades físicas e químicas do produto. As FISPQ contêm
informações úteis como ponto de inflamabilidade, toxicidade, procedimentos em
caso de derramamentos e vazamentos, e as normas de armazenamento.

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2. O que é uma Ficha de informação de Segurança de


Produtos Químicos - FISPQ?

A Ficha de informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) é um


documento informativo detalhado preparado pelo fabricante, importador ou
fornecedor de um produto químico perigoso. Este documento descreve, entre
outras coisas, as propriedades físicas e químicas do produto. As FISPQ contêm
informações úteis sobre um produto químico, como ponto de inflamabilidade,
toxicidade, procedimentos em caso de derramamentos e vazamentos, e as
normas de armazenamento.

A informação incluída na FISPQ ajuda na seleção de produtos seguros, na


compreensão dos possíveis riscos para a saúde e dos riscos físicos de um
produto químico, bem como descreve a forma de agir com eficácia em situações
de exposição aos perigos.

Seu objetivo é proporcionar aos trabalhadores e ao pessoal de emergência os


procedimentos de como manusear ou lidar com essa substância de forma
segura, e inclui informações como dados físicos (ponto de fusão, ponto de
ebulição, ponto de inflamação, etc.), toxicidade, efeitos sobre a saúde, primeiros
socorros, reatividade, armazenamento, disposição, equipamento de proteção e
procedimentos em caso de derramamentos.

As FISPQ são um sistema amplamente utilizado para a catalogação de


informações sobre produtos, compostos e misturas químicas. Estas fichas
podem ser encontradas em qualquer lugar onde os produtos químicos forem
utilizados.

A FISPQ é um ponto de partida essencial para o desenvolvimento de um


programa de segurança e de saúde completo. As FISPQ contêm muito mais
informações sobre o produto químico que o rótulo. As FISPQ são preparadas
pelo fornecedor ou pelo fabricante do produto químico.

É importante sempre estar familiarizado com os perigos de um produto antes de


começar a usá-lo. A primeira coisa a se fazer é comprovar que o nome do
produto químico coincida tanto na FISPQ quanto no recipiente. É importante

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também conhecer os riscos, entender o manuseio e as instruções de


armazenamento, e saber como agir em caso de emergência.

O formato básico para a FISPQ está descrito no “The Purple Book” (Livro
Púrpura) do GHS, sendo explicado detalhadamente neste manual, um pouco
mais adiante.

2.1. Disponibilidade das FISPQ

Em muitos países, os empregadores são obrigados por norma a manter as


FISPQ à disposição de seus trabalhadores. Além disso, alguns produtos
destinados aos usuários industriais ou profissionais são vendidos com as FISPQ
em anexo.

Os Departamentos de Química da maioria dos centros universitários


proporcionam as FISPQ de muitos produtos químicos utilizados em seus
laboratórios.

Atualmente, muitas empresas têm as FISPQ para seus produtos disponíveis em


seus sites, na Internet. As FISPQ estão amplamente disponíveis porque do
ponto de vista dos direitos de autor não se costuma restringir a sua distribuição,
e do ponto de vista das FISPQ, é importante fazer com que as informações
sobre os riscos estejam acessíveis aos usuários.

Localização das FISPQ:

ƒ No local de trabalho: todos os trabalhadores devem ter fácil acesso a


elas.
ƒ O empregador deverá solicitar as FISPQ ao fornecedor que lhe vende os
produtos. Os trabalhadores também podem solicitá-las.
ƒ Internet é fonte de informação das FISPQ.
ƒ Os sindicatos/câmaras industriais devem também dispor das bases de
dados das FISPQ.

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2.2. Alcance e aplicação


As Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) devem
ser pensadas para todos os produtos químicos que satisfizerem os critérios
harmonizados do GHS relativos aos perigos físicos, para a saúde ou para o
meio ambiente e para todas as misturas que contiverem substâncias que
possuírem os critérios do GHS relativos à carcinogenicidade, toxicidade que
afeta a reprodução ou toxicidade sistêmica para órgãos-alvo específicos em
concentrações que superem os valores-limite relativos aos critérios para as
misturas (ver a tabela 1.5.1 no capítulo 1.5 do “The Purple Book”).

A autoridade competente de cada país ou região também pode solicitar FISPQ


para misturas que não cumprirem os critérios de classificação que as
catalogariam como perigosas, mas que mesmo assim contiverem substâncias
perigosas em determinadas concentrações [ver o capítulo 3.2 do “The Purple
Book” (Livro Púrpura)]. Ela também pode solicitar essas FISPQ para substâncias
ou misturas que satisfizerem os critérios de classificação como substâncias
perigosas para classes que não aparecem no GHS. Uma FISPQ é um modo
eficaz e bem aceito de proporcionar informações, cuja utilização serve para
proporcionar informações relativas aos produtos químicos que não cumprirem os
critérios de classificação do GHS ou que não aparecerem nele.

2.3. Fornecimento das informações


O fornecedor de produtos químicos perigosos deverá proporcionar ao
empregador as informações essenciais relativas aos produtos fornecidos, por
meio das Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos preparadas
para esse fim.

As informações deverão estar redigidas na língua oficial do país sede do


empregador.

O empregador deverá verificar, com base nas informações contidas nas FISPQ,
se há alguma disposição legal, norma ou prática nacional aplicável ao produto
químico fornecido, e cuidar para que seja cumprida. O empregador deverá

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incorporar, nas informações proporcionadas pelo fornecedor, outros dados


importantes para sua empresa.

Enquanto o empregador não obtiver as informações adequadas sobre um


determinado produto químico perigoso, e não houver transmitido estas
informações aos trabalhadores numa forma e linguagem facilmente
compreensíveis, deverá se abster de usar o produto. Com exceção de alguns
casos em que as informações verbais possam ser adequadas, mas em geral
será preciso de uma formação complementar, sustentada em instruções escritas
sobre os métodos de trabalho, sobre as medidas de precaução e sobre as
medidas que devem ser colocadas em prática em uma situação de emergência.

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3. O GHS e as Fichas de Informação de Segurança de


Produtos Químicos

O GHS representa o "Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e


Rotulagem de Produtos Químicos". O GHS é um sistema que define e classifica
os riscos dos produtos químicos, e divulga as informações sobre saúde e
segurança nos rótulos e Fichas de Informação de Segurança de Produtos
Químicos de materiais (chamados Fichas de Informação de Segurança de
Produtos Químicos, ou FISPQ em GHS). O objetivo é que o mesmo conjunto de
regras para a classificação dos perigos, e o mesmo formato e conteúdo dos
rótulos e Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ)
sejam adotados e utilizados no mundo inteiro. O GHS é elaborado por uma
equipe internacional das Nações Unidas, Peritos em comunicação de riscos.

Este novo sistema está transformando o sistema de classificação para a


identificação e descrição dos riscos químicos no MERCOSUL, bem como a
forma em que estas informações sobre os perigos dos produtos químicos são
difundidas através de rótulos, Fichas de Informação de Segurança de Produtos
Químicos e outros documentos.

O GHS ao ser aplicado:

• Melhora a proteção da saúde humana e do meio ambiente,


proporcionando um sistema internacionalmente conhecido para a
comunicação de riscos;
• Proporciona um marco reconhecido para aqueles países que carecem de
sistema;
• Reduz a necessidade de provas e de avaliação de produtos químicos, e
• Facilita o comércio internacional de produtos químicos cujos perigos
foram avaliados e identificados internacionalmente.

Os dois principais elementos do GHS são:

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1. Classificação dos riscos dos produtos químicos de acordo com as normas do


GHS. O GHS proporciona um manual de classificação de substâncias químicas
e misturas de acordo com seus critérios.

2. A comunicação dos riscos e as informações de precaução, utilizando rótulos e


Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos:

Com o sistema GHS, aparecerá certa informação no rótulo. Por exemplo, pode
ser solicitada a identidade química. Indicações de perigo normalizadas, palavras
de advertência e símbolos que aparecem no rótulo de acordo com a
classificação desse produto químico. Também podem ser necessários conselhos
de prudência, se assim considerar a autoridade reguladora.

As Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), de


acordo com o GHS, têm 16 seções em uma ordem estabelecida e com um
conteúdo harmonizado.

O GHS abrange todos os produtos químicos perigosos. O modo de aplicação


dos elementos de comunicação de perigos do GHS (por exemplo, rótulos,
Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos) pode variar
conforme a categoria do produto ou da etapa do ciclo de vida. Os destinatários
do GHS incluem os consumidores, trabalhadoras/es, trabalhadores do transporte
e os serviços de emergência.

Dado que todos os produtos químicos no comércio são fabricados em um local


de trabalho (incluídos os produtos de consumo), sendo manipulados durante seu
envio e transporte por parte dos trabalhadores e, amiúde utilizados diretamente
pelos trabalhadores, não há isenções completas para a aplicação do GHS a
nenhum tipo de produto químico.

As FISPQ deveriam proporcionar informações completas sobre um produto


químico para seu uso no local de trabalho. Tanto os empregadores como os
trabalhadores as utilizam como fonte de informação sobre os riscos, incluídos os
riscos ambientais, e para obter aconselhamento sobre as precauções de
segurança. A informação atua como uma fonte de referência para a gestão de
produtos químicos perigosos no local de trabalho.

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As FISPQ se relacionam com os produtos e, em geral, não são capazes de


proporcionar informações específicas relevantes para qualquer local de trabalho
onde o produto vai ser finalmente usado, apesar de os produtos terem usos
finais especializados. As informações da FISPQ precisam ser bem específicas.
Portanto, a informação permite que o empregador: a) desenvolva um programa
ativo de medidas de proteção para os trabalhadores, incluída a formação, que é
específica para cada local de trabalho, e b) considere as medidas necessárias
para proteger o meio ambiente.

Além disso, as FISPQ proporcionam uma importante fonte de informação para


outros públicos-alvo do GHS. Logo, certos elementos de informação podem ser
utilizados pelas pessoas envolvidas no transporte de mercadorias perigosas,
serviços de emergência (incluídos os centros de toxicologia), no uso profissional
de pesticidas e no uso por consumidores. Entretanto, estes públicos recebem
informações de uma variedade de outras fontes, como as Recomendações
relativas ao Transporte de Mercadorias Perigosas, Regulamentação Modelo, os
prospectos para os consumidores, informações estas que continuarão sendo
recebidas. A introdução de um sistema de rotulagem harmonizado, portanto, não
pretende afetar a função principal das FISPQ, que é a de informar os
trabalhadores.

As FISPQ devem ser elaboradas para todos os produtos químicos que


cumprirem os critérios harmonizados para os perigos físicos, sanitários ou
ambientais no marco do GHS e para todas as misturas que contiverem
ingredientes que cumprirem com os critérios para substâncias cancerígenas,
tóxicas para a reprodução ou com toxicidade sistêmica para órgãos-alvo
específicos em concentrações que excedem os limites de corte especificados
pelos critérios para as misturas.

O autor das FISPQ deve levar em consideração que uma FISPQ deverá
informar o seu público sobre os perigos de um produto químico e proporcionar
informações sobre o armazenamento, manipulação e eliminação do referido
produto. Uma FISPQ contém informações sobre os efeitos potenciais para a
saúde da exposição, bem como sobre a maneira segura de trabalhar com um
produto químico. Também contém informações sobre os perigos derivados das
propriedades físico-químicas ou sobre os efeitos para o meio ambiente, bem
como sobre seu uso, armazenamento, manipulação e medidas emergenciais em

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relação ao produto químico. As informações das FISPQ serão redigidas de


forma clara e concisa.

As FISPQ devem ser preparadas por uma pessoa competente, que considere as
necessidades específicas do público usuário, na medida do possível. As
pessoas físicas ou jurídicas que comercializam produtos químicos garantirão
que as pessoas competentes façam cursos de atualização e de capacitação na
preparação das FISPQ. Quem comercializar produtos químicos perigosos terá a
certeza de que essas pessoas competentes fazem cursos de reciclagem e
formação sobre a preparação de FISPQ.

O “The Purple Book” do GHS não contém uma definição específica de “pessoa
competente”. Entretanto, uma definição útil do termo, nesse contexto, pode se
referir àquela pessoa (ou conjunto de pessoas) — ou coordenador de um grupo
de pessoas— que tenha (ou tenham), graças a sua formação e experiência
(incluída a formação contínua), conhecimentos suficientes para elaborar as
seções correspondentes de uma FISPQ ou da FISPQ completa.

O fornecedor da FISPQ poderá delegar esta função ao seu próprio pessoal ou a


terceiros. Não é necessário que os conhecimentos especializados sejam
proporcionados apenas por uma única pessoa competente.

Sabe-se que uma só pessoa raramente possuirá amplos conhecimentos em


todos os campos que uma FISPQ abranger. Portanto, é necessário que a
pessoa competente recorra a competências adicionais, internas ou externas. A
pessoa competente deve garantir que a FISPQ seja coerente, especialmente se
atuar como coordenador/a de um grupo de pessoas.

Ao escrever as FISPQ, as informações devem ser apresentadas de forma


coerente e completa. Entretanto, deve-se considerar que a totalidade ou parte
das FISPQ será utilizada para informar os profissionais, os trabalhadores, os
empregadores, pessoal da segurança, da saúde e da emergência, os
organismos governamentais pertinentes, assim como os membros da
comunidade.

As FISPQ oferecem informação sobre diferentes aspectos da saúde e da


segurança no trabalho, da segurança no transporte e da proteção do meio

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ambiente. Por não ser habitual que as FISPQ sejam elaboradas por uma única
pessoa, mas sim por várias, deve-se considerar a possibilidade de haver
deficiências ou duplicações não desejadas. Portanto, convém submeter as
fichas de informação de segurança a um exame de coerência e plausibilidade
antes de enviá-las a seus destinatários. Pode ser aconselhável que a revisão
final seja realizada por uma única pessoa competente e não por várias pessoas,
com o fim de obter uma visão de conjunto do documento.

Deverá ser indicada, de maneira bem visível, a data de emissão da FISPQ. Essa
data é aquela onde a versão da FISPQ se torna pública. Isto ocorre em geral
pouco depois de finalizada a redação e o processo de publicação. No caso das
FISPQ revisadas, dever-se-á indicar claramente a data de emissão assim como
o número da versão e o da revisão, a data da nova versão ou alguma outra
indicação de qual versão substituirá a anterior.

3.1. Formato e conteúdo das FISPQ

A informação da FISPQ deverá ser apresentada segundo as 16 epígrafes


seguintes na ordem indicada:

1. Identificação do produto

2. Identificação do perigo ou perigos

3. Composição/informações sobre os componentes

4. Primeiros socorros

5. Medidas de combate a incêndios

6. Medidas que devem ser tomadas em caso de derramamento acidental

7. Manipulação e armazenamento

8. Controles de exposição/proteção pessoal

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9. Propriedades físicas e químicas

10. Estabilidade e reatividade

11. Informações toxicológicas

12. Informações ecotoxicológicas

13. Informações relativas à eliminação dos produtos

14. Informações relativas ao transporte

15. Informações sobre a regulamentação

16. Outras informações.

Uma FISPQ não tem uma extensão fixada de antemão. Esta extensão deveria
ser proporcional ao perigo do produto e à informação disponível.

Todas as páginas de uma FISPQ deverão estar numeradas e é conveniente


indicar de algum modo que a FISPQ chegou ao seu fim. Por exemplo, “Página
um de três”. Outra solução seria numerar cada página e indicar se o texto
continua (por exemplo, “Continua na página seguinte” ou “final da FISPQ”).

Os 16 cabeçalhos da FISPQ, de acordo com a GHS, são descritos a seguir:

SEÇÃO 1: Identificação do produto

Nesta seção é preciso identificar a substância ou a mistura e proporcionar o


nome do fornecedor, os usos recomendados e o detalhe das informações de
contato do fornecedor, incluído um contato de emergência.

1.1. Identificador GHS do produto: A identidade da substância ou mistura deverá


ser idêntica à que figura no rótulo. Se for usada uma FISPQ genérica para
englobar várias variantes menores de uma substância ou mistura, deverão ser
enumerados todos os nomes e variantes na ficha, que deverá indicar claramente
a gama de substâncias incluídas.

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1.2. Outros meios de identificação: Além do identificador GHS do produto, a


substância ou a mistura podem ser identificadas com outros nomes, números,
códigos de produto de uma empresa ou outros identificadores únicos. Devem se
indicados, quando proceder, outros nomes ou sinônimos com os quais a
substância ou mistura são designadas nos rótulos ou com os quais são
comumente conhecidas.

1.3. Uso recomendado do produto químico e restrições: Indicar o uso previsto ou


recomendado para a substância ou mistura, incluída uma breve descrição de
suas funções como, por exemplo, produto ignífugo, antioxidante, etc. Devem-se
destacar, ao máximo possível, as restrições de utilização, com recomendações
não obrigatórias do fornecedor.

1.4. Dados do fornecedor: nome, endereço, número de telefone, etc.

1.5. Número de telefone de emergência: Em todas as FISPQ deve aparecer uma


referência aos serviços de informação para casos de emergência. Se houver
limitações nas horas de funcionamento (por exemplo, de segunda a sexta de
8:00 às 18:00 horas, ou nas 24 horas) ou nos tipos específicos de informação
(por exemplo, urgências médicas ou transporte de emergência), isso deve ser
claramente indicado.

SEÇÃO 2: Identificação do perigo ou dos perigos

Esta seção descreve os perigos da substância ou mistura e a informação


cautelar apropriada [palavras de advertência, indicações de perigo (s) e
conselhos de prudência (s)] associada a esses perigos.

2. 1. Classificação GHS da substância/mistura

A classificação é o ponto de partida para a comunicação de perigos. Para isso, é


preciso identificar o perigo de um produto químico atribuindo a ele uma classe
de perigo mediante critérios definidos no GHS.

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Os tipos de perigos são delimitados no GHS com maior precisão nas respectivas
categorias de perigos, indicando o grau ou a gravidade do perigo. O GHS está
projetado para ser coerente e transparente. Estabelece uma distinção clara entre
classes e categorias com a finalidade de que o fabricante possa “classificar ele
mesmo” os produtos químicos.

No GHS são descritos os critérios de classificação, ao mesmo tempo em que se


facilita um procedimento de decisão que descreve visualmente o processo de
classificação dos perigos. Os critérios de classificação dependem do tipo de
dados disponíveis obtidos em ensaios para caracterizar os efeitos perigosos. Em
alguns casos, estes dados proporcionam resultados numéricos que se traduzem
facilmente em uma classificação adequada. Com relação a outros perigos, os
critérios podem ser descritos como semiquantitativos ou qualitativos. Pode ser
preciso um parecer de Peritos para interpretar estes dados.

O termo “classificação de riscos” é empregado para indicar que só são


consideradas as propriedades intrínsecas perigosas dos produtos químicos, e
leva aos 3 seguintes passos:

a) identificação dos dados relevantes sobre os perigos de um produto


químico;
b) exame posterior desses dados para identificar os perigos associados ao
produto químico, e
c) decisão sobre se o produto químico será classificado como perigoso e a
determinação de seu grau de periculosidade, caso necessário,
comparando os dados com critérios de classificação de perigo definidos.

Os dados utilizados para a classificação podem ser obtidos por ensaios,


literatura e pela experiência prática. Os critérios e as definições de perigo para o
meio ambiente e a saúde, que aparecem no GHS, são neutrais com respeito aos
métodos de ensaio. Por conseguinte, os ensaios que determinam as
propriedades perigosas, e que são feitos de acordo a princípios científicos
internacionalmente reconhecidos, podem ser utilizados para fins de classificação
de perigo.

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As classes do GHS abrangem os perigos físicos, para a saúde e para o meio


ambiente. Como já foi mencionado, as definições de perigo do GHS se baseiam
nos critérios de classificação.

As informações sobre as definições e os critérios de classificação do GHS são


descritas no “The Purple Book” (Livro Púrpura) do GHS. Nas partes 2 a 4 do
“The Purple Book” são indicados os critérios de classificação de produtos
químicos, onde cada capítulo se refere a uma classe especifica de perigo ou a
um grupo de classes de perigo muito similares.

No Anexo I deste documento são descritos os vários tipos e classes de perigos


estabelecidos no GHS.

Esta subsecção indica a classificação de perigo da substância ou mistura. Se a


substância ou mistura for classificada de acordo com as partes 2, 3 e/ou 4 do
“The Purple Book” do GHS, em geral a classificação indica a classe e/ou
categoria/subcategoria de perigo aplicáveis. Por exemplo, líquido inflamável,
Categoria 1 e corrosivo para a pele, Categoria 1A. Entretanto, quando em uma
mesma classe de perigo ocorrer classificações diferentes, com a mesma
indicação de perigo, a classificação deverá refletir essa diferenciação. Por
exemplo, no caso da toxicidade aguda, a classificação varia em função da via de
exposição da seguinte maneira: toxicidade aguda por ingestão, Categoria 1;
toxicidade aguda por contato cutâneo, Categoria 1; e toxicidade aguda por
inalação, Categoria 1. Se uma substância ou mistura pertence a mais de uma
categoria dentro de uma mesma classe de perigo para a qual existe algum tipo
de diferenciação, deverão ser comunicadas todas as classificações.

2.2. Elementos do rótulo GHS, incluídos os conselhos de prudência: Com base


na classificação, será necessário assinalar os elementos apropriados do rótulo:
palavra ou palavras de advertência, indicação ou indicações de perigo e
conselho ou conselhos de prudência.

É possível incluir pictogramas (ou símbolos de perigo) como uma representação


gráfica dos símbolos em branco e preto ou indicando o nome do símbolo, como
por exemplo, “chamas”, “caveira e ossos cruzados”.

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2.3 Outros perigos que não conduzem a uma classificação: de ser necessário,
nesta subsecção é possível informar sobre outros perigos que não levam a uma
classificação, porém podem contribuir à periculosidade global do produto, como
por exemplo, "perigo de explosão de pó" ou outros perigos que não estão
cobertos pelo GHS.

No Anexo II do presente documento descreve-se mais detalhadamente o


processo de classificação de misturas e os princípios de extrapolação (“bridging
principles”).

SEÇÃO 3: Composição/informação sobre os componentes

Nesta seção, deve ser identificada a substância ou os ingrediente(s) do produto.


Isto inclui a identificação de impurezas e aditivos estabilizadores que são
também classificados e que contribuam para a classificação da substância. Esta
seção também pode ser usada para proporcionar informações sobre substâncias
complexas.

Se o produto for uma substância, é necessário indicar:

• Identidade química: O “nome químico comum” pode ser, por exemplo,


o nome CAS ou o nome IUPAC, conforme convenha.
• Nome comum, sinônimos, etc.;
• Número CAS e outros identificadores únicos;
• Impurezas e aditivos estabilizadores que são também classificados e
que contribuam para a classificação da substância.

Se o produto for uma mistura, é preciso indicar:

Nas misturas, indiquem-se o nome químico, o número de identificação e a


concentração ou gama de concentrações de todos os componentes perigosos
para a saúde ou o meio ambiente, conforme os critérios do GHS, que estiverem
presentes em quantidades superiores ao seu valor-limite.

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Fabricantes ou fornecedores podem optar por enumerar todos os ingredientes,


incluídos os não-perigosos.

As concentrações dos componentes de uma mistura deverão ser escritos


através de:

a) porcentagens exatas em ordem decrescente por massa ou volumes; ou

b) faixa de porcentagens em ordem decrescente por massa ou volume se a faixa


for aceitável para a autoridade nacional competente apropriada.

Quando for usada uma faixa de proporções, os efeitos perigosos para a saúde e
o meio ambiente indicados deverão ser os que correspondam à concentração
mais elevada de cada componente, sempre e quando não forem conhecidos os
efeitos da mistura em seu conjunto.

SEÇÃO 4: Primeiros socorros

Nesta seção são descritos os primeiros socorros que uma pessoa não formada,
sem o uso de equipamentos sofisticados e sem uma ampla seleção de
medicamentos pode prestar. Se for preciso assistência médica, as instruções
devem indicar isto, incluindo sua urgência. Pode ser útil para proporcionar
informações sobre os efeitos imediatos, por via de exposição, e indicar o
tratamento imediato, assim como os possíveis efeitos tardios e a vigilância
médica específica necessária.

Dever-se-á descrever:

• As medidas necessárias, separadas conforme as mais variadas vias


de exposição, isto é, inalação, contato com pele e olhos, ou ingestão;
• Sintomas / efeitos mais importantes, agudos e tardios.
• Indicação de toda a assistência médica e dos tratamentos especiais
que devam ser aplicados, se for o caso.

Dar-se-ão conselhos indicando:

(a) ser necessária a atenção médica imediata e cabe esperar efeitos tardios
após a exposição;

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(b) ser recomendável deslocar a pessoa afetada da zona de exposição para o


exterior;

(c) ser recomendável despojar a pessoa de roupa e de calçado, se isto não


trouxer risco de nova contaminação;

(d) ser recomendável, às pessoas que realizam/proporcionam os primeiros


socorros, o uso de equipamentos de proteção individual.

SEÇÃO 5: Medidas de combate a incêndios

Esta seção abrange as normas de combate a um incêndio provocado pela


substância ou mistura, ou que tenha surgido nas proximidades.

Dever-se-ão dar indicações sobre:

• Meios de extinção adequados (e inadequados).


• Perigos específicos derivados da substância (por exemplo, a natureza
dos produtos de combustão perigosos).
• Equipamento de proteção especial e precauções para bombeiros.

SEÇÃO 6: Medidas que devem ser tomadas em caso de derramamento


acidental

Nesta seção são recomendadas as medidas que devem ser tomadas em caso
de derramamentos, vazamentos ou perdas, com o fim de prevenir ou reduzir ao
máximo os efeitos adversos sobre as pessoas, os bens e o meio ambiente.
Serão consideradas separadamente as medidas de intervenção em função do
volume do derramamento (grande ou pequeno) quando este influenciar de
maneira apreciável na magnitude do perigo apresentado. Os procedimentos de
isolamento e de recuperação podem recomendar práticas diferentes.

6.1. Precauções pessoais, equipamento protetor e procedimento de emergência

Para o pessoal que não faz parte dos serviços de emergência será necessário
dar conselhos sobre as medidas que devem ser tomadas no caso de que

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ocorram derramamentos e vazamentos acidentais da substância ou mistura, tais


como:

a) utilizar um equipamento de proteção adequado (incluído equipamento de


proteção pessoal) para impedir qualquer contaminação da pele, dos olhos e da
roupa;

b) eliminar as fontes de combustão e proporcionar uma ventilação suficiente; e

c) procedimentos em caso de emergência tais como a evacuação da zona de


risco ou a conveniência de consultar um especialista.

6.2. Para o pessoal dos serviços de emergência:

Dar conselhos sobre o material adequado para a roupa de proteção pessoal (por
exemplo: material adequado: butileno; não adequado: PVC).

6.3. Precauções relativas ao meio ambiente

Dar conselhos sobre quaisquer precauções destinadas a proteger o meio


ambiente em caso de que ocorram derramamentos e vazamentos acidentais da
substância ou mistura como, por exemplo, “manter distante de desaguadouros,
águas superficiais e subterrâneas”.

6.4 Métodos e materiais para a contenção e limpeza de derramamentos

Dar conselhos sobre como conter e limpar um derramamento. Entre as técnicas


apropriadas podem aparecer as seguintes:

a) muro de proteção, fechamento dos condutos de desaguadouro; e

b) instalação de um revestimento.

Entre os procedimentos apropriados de limpeza podem aparecer:

a) técnicas de neutralização;

b) técnicas de descontaminação

c) utilização de materiais absorventes;

d) técnicas de limpeza;

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e) limpeza por aspiração; e

f) utilização do equipamento necessário para a contenção.

SEÇÃO 7: Manipulação e armazenamento

Nesta seção, haverá indicações sobre práticas seguras de manipulação que


reduzam ao mínimo os perigos potenciais que a substância ou a mistura
apresentam para as pessoas, os bens e o meio ambiente. Frisar nas precauções
que devem ser tomadas em função do uso previsto e das propriedades
específicas da substância ou da mistura.

7.1 Precauções que devem ser tomadas para garantir uma manipulação segura

Indicar conselhos para:

a) permitir a manipulação segura da substância ou da mistura;

b) impedir a manipulação de substâncias ou de misturas incompatíveis; e

c) minimizar os derramamentos da substância ou da mistura no meio ambiente.

Convém dar conselhos sobre higiene em geral. Por exemplo:

a) “proibido comer, beber ou fumar nas áreas de trabalho”;

b) “lavar as mãos depois de manipular os produtos”; e

c) “tirar a roupa e o equipamento protetor contaminados antes de entrar nos


refeitórios”.

7.2 Condições de armazenamento seguro, incluídas quaisquer


incompatibilidades

Garantir a adequação dos conselhos às propriedades físicas e químicas vistas


na Seção 9 – Propriedades físicas e químicas das FISPQ. Se for apropriado, dar
conselhos sobre os requisitos de armazenamento específicos e, em particular,
sobre:

a) Como evitar:

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i) atmosferas explosivas;

ii) condições corrosivas;

iii) perigos relacionados com a inflamabilidade;

iv) armazenamento de substâncias ou misturas incompatíveis;

v) condições de evaporação; e

vi) fontes potenciais de inflamação (incluído o material elétrico).

b) Como controlar os efeitos de:

i) as condições climáticas;

ii) a pressão atmosférica;

iii) a temperatura;

iv) a luz solar;

v) a umidade;

vi) as vibrações;

c) Como manter a integridade da substância ou mistura mediante o emprego de:

i) estabilizadores; e

ii) antioxidantes;

d) Outros conselhos sobre:

i) inflamabilidade em matéria de ventilação;

ii) design específico de locais de depósito e armazenamento

iii) limitação das quantidades que podem ser armazenadas (quando for o
caso);

iv) compatibilidade com a embalagem/recipiente.

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SEÇÃO 8: Controles de exposição/proteção pessoal

Neste manual, o termo "limite(s) de exposição ocupacional" se refere aos limites


no ar do local de trabalho ou os valores-limite biológicos. Além disso, para a
finalidade deste documento, para "Controle de exposição" se entende a
totalidade das medidas de prevenção que devem ser tomadas durante a
utilização, para reduzir ao mínimo a exposição ambiental, e assim proteger e
conservar o meio ambiente. Devem ser incluídas nesta seção as medidas
técnicas de controle necessárias para minimizar a exposição à substância ou à
mistura, como também os riscos associados com os perigos.

8.1. Parâmetros de controle, por exemplo, os valores-limite de exposição


profissional ou valores-limite biológicos.

8.2. Controles técnicos apropriados. (por exemplo, usar ventilação mecânica


local ou utilizar somente em um sistema fechado).

8.3. Recomendações para medidas de proteção pessoal para a prevenção de


doenças ou de lesões motivadas pela exposição a produtos químicos, tais como
os equipamento de proteção individual (EPI) (por exemplo, os tipos adequados
de proteção para os olhos, o rosto, a pele ou respiratória necessária com base
nos riscos e na exposição potencial).

Qualquer requisito especial para o EPI, roupas ou máscaras de proteção (por


exemplo, o tipo de material das luvas, como luvas de PVC ou nitrila, e tempo de
penetração do material das luvas).

SEÇÃO 9 – Propriedades físicas e químicas

Nesta seção, devem ser apresentados os dados empíricos da substância ou da


mistura (se for possível) relativos às propriedades físico-químicas do produto.

Devem ser identificadas claramente as seguintes propriedades e especificadas


as unidades de medida apropriadas e/ou as condições de referência quando
proceder. Quando convier para interpretar o valor numérico, também deverá ser
colocado o método de determinação (por exemplo, no caso da determinação do
ponto de inflamação, vaso aberto/vaso fechado):

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• Aparência (estado físico, cor, etc.);


• Odor;
• Limiar olfativo;
• pH;
• Ponto de fusão / ponto de congelamento;
• Ponto de ebulição inicial e intervalo de ebulição;
• Ponto de inflamação;
• Taxa de evaporação;
• Inflamabilidade (sólido, gás);
• Limites superior / inferior de inflamabilidade ou explosão;
• Pressão de vapor;
• Densidade do vapor;
• Densidade relativa;
• Solubilidade (é);
• Coeficiente de partição n-octanol/água;
• A temperatura de ignição espontânea;
• Temperatura de decomposição;
• Viscosidade

Se não houver informações disponíveis sobre as características específicas ou


se elas não forem aplicáveis, deverão, no entanto, ser listadas na FISPQ com
uma indicação de que não se aplicam ou que não estão disponíveis.

Podem ser incluídos nesta seção outros parâmetros físicos ou químicos, além
dos enumerados mais adiante.

SEÇÃO 10 – Estabilidade e reatividade

Esta seção descreve os perigos dos químicos e da reatividade das informações


sobre a estabilidade química. Esta seção se divide em três partes: reatividade,
estabilidade química e outros.

As informações requeridas se compõem de:

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10.1. Reatividade

Descrição dos perigos da reatividade da substância ou mistura. Há necessidade


de serem facilitados os dados dos ensaios específicos da substância ou da
mistura em seu conjunto, quando existirem. Entretanto, a informação também
pode se basear em dados genéricos sobre a classe ou família à qual pertence a
substância ou mistura se esses dados representarem adequadamente o seu
perigo previsto.

Se não se dispuser de dados para as misturas, deverão ser indicados os que se


referirem aos seus componentes. Para determinar incompatibilidades, há que
considerar as substâncias, a embalagem/recipiente usados e os contaminantes
aos quais a substância ou mistura poderá estar exposta durante o transporte,
armazenamento e utilização.

10.2. Estabilidade química

Indicação de o produto químico ser estável ou instável em temperatura ambiente


normal e quais as suas condições durante o armazenamento e quando forem
manipuladas.

Descrição dos estabilizadores que podem ser necessários para manter a


estabilidade química.

Indicação de todos os problemas de segurança que podem surgir se o produto


sofrer alterações em seu aspecto físico.

10.3. Possibilidade de reações perigosas

Indicação da possibilidade de reações perigosas, incluindo uma declaração se o


produto químico irá reagir ou polimerizar, o que poderia liberar o excesso de
pressão ou calor, ou criar outras condições perigosas. Além disso, uma
descrição das condições onde as reações perigosas poderiam acontecer.

10.4. Condições que devem ser evitadas

Listagem de todas as condições que devem ser evitadas (por exemplo, descarga
estática, choque, vibrações ou condições ambientais) que podem gerar
condições perigosas.

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10.5. Materiais incompatíveis

Nesta subseção devem ser enumeradas as classes de produtos químicos ou de


substâncias específicas com as quais a substância ou mistura pode reagir para
produzir uma situação perigosa (por exemplo, explosão, liberação de materiais
tóxicos ou inflamáveis, bem como liberação de um calor excessivo).

10.6. Produtos de decomposição perigosos

Enumerar os produtos de decomposição perigosos, conhecidos ou aqueles que


se espera sejam produzidos devido a sua utilização, armazenamento e
aquecimento. Os produtos perigosos sujeitos a combustão deverão ser
indicados na Seção 5 das FISPQ – Medidas de combate a incêndios.

SEÇÃO 11: Informação toxicológica

Esta seção é utilizada, principalmente, pelos profissionais médicos, profissionais


de segurança e saúde e toxicólogos. Oferece uma descrição concisa, porém
completa e compreensível, dos diferentes efeitos tóxicos para a saúde e os
dados disponíveis para identificar esses efeitos.

Em consonância com a classificação do GHS, os perigos pertinentes para os


quais deverão ser facilitados dados são os seguintes:

a) Toxicidade aguda;

b) Corrosão/irritação cutâneas;

c) Lesões oculares graves/irritação ocular;

d) Sensibilização respiratória ou cutânea;

e) Mutagenicidade em células germinativas;

f) Carcinogenicidade;

g) Toxicidade para a reprodução;


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h) Toxicidade sistêmica para órgãos-alvo específicos – Exposição única;

i) Toxicidade sistêmica para órgãos-alvo específicos – Exposições repetidas;

j) Risco de aspiração.

Se os dados sobre quaisquer desses perigos não estiverem à disposição,


deverão, então, estar presentes na FISPQ com uma indicação neste sentido.

Os dados que aparecem nessa seção deverão ser aplicados à substância ou


mistura na forma em que é utilizada. Os dados toxicológicos deverão descrever
a mistura. Se essa informação não estiver disponível, deverá ser facilitada a
classificação em concordância com o GHS e com as propriedades toxicológicas
dos componentes perigosos da mistura.

Os efeitos sobre a saúde, que aparecem na FISPQ, deverão coincidir com os


descritos nos estudos utilizados para a classificação da substância ou mistura.

Indicações gerais tais como “Tóxico” sem dados de apoio ou “Seguro se usado
corretamente” não são aceitáveis, já que podem induzir a erro e não descrevem
os efeitos sobre a saúde. Frases como “não aplicável”, “não pertinente”, ou
serem deixados espaços em branco na seção de efeitos sobre a saúde podem
induzir a confusão e equívocos e não deverão ser usados. Quando não se
dispuser de informações sobre esses efeitos, isso deve ser dito com total
clareza. Os efeitos sobre a saúde deverão ser descritos com precisão e feitas as
distinções pertinentes. Por exemplo, há que distinguir a dermatite de contato
alérgico da dermatite de contato irritante.

11.1. Informações sobre as possíveis vias de exposição

Facilitar informações sobre as possíveis vias de exposição (inalação, contato,


ingestão, pele e olhos) e os efeitos da substância ou mistura para cada uma
delas, isto é, por ingestão, inalação ou exposição cutânea/ocular. Se não forem
conhecidos os efeitos sobre a saúde, isso deverá estar indicado.

Nesta seção será preciso realizar uma descrição dos efeitos tardios, imediatos
ou crônicos produzidos por uma exposição no curto e longo prazo.

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SEÇÃO 12: Informação ecotoxicológica

Proporcionar informação para avaliar o impacto no meio ambiente, causado pela


substância ou mistura, se liberada no meio ambiente. Essa informação pode
ajudar nas situações de derramamentos e na avaliação do tratamento de
desperdícios e deverá indicar claramente espécies, meios, unidades, duração e
condições dos ensaios. No caso de não haver informações, isto deve ser
avisado.

Algumas propriedades ecotoxicológicas são específicas de uma substância,


como por exemplo, a bioacumulação, a persistência e a degradabilidade.
Deverá, portanto, ser proporcionada esta informação quando estiver disponível e
for pertinente para cada substância da mistura.

12.1. Toxicidade

A informação sobre toxicidade pode ser facilitada com os dados dos ensaios
feitos com organismos aquáticos e/ou terrestres. Deverão ser incluídos os dados
disponíveis pertinentes sobre a toxicidade aquática tanto aguda como crônica
para peixes, crustáceos, algas e outras plantas aquáticas. Além disso, os dados
de toxicidade sobre outros organismos (incluídos microrganismos e
macrorganismos terrestres), tais como pássaros, abelhas e plantas, deverão
aparecer nas fichas quando estiverem disponíveis. Se a substância ou mistura
tiver efeitos inibitórios sobre a atividade dos microrganismos, deverá ser
mencionado o possível impacto sobre as plantas no tratamento de resíduos.

12.2. Persistência e degradabilidade

Por persistência e degradabilidade se entende o potencial da substância ou dos


componentes apropriados da mistura para deteriorar o meio ambiente, seja por
biodegradação, seja por outros processos como oxidação ou hidrólise. Quando
disponíveis, os resultados dos ensaios pertinentes para avaliar esse potencial,
deverão ser apresentados. Caso seja citada a vida média de degradação,
indicar-se-á se esta se refere à mineralização ou à degradação primária. O
potencial da substância ou de certos componentes de uma mistura que se

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degradará em estações de tratamento de águas residuais também deverá ser


mencionado.

12.3. Potencial de bioacumulação

A bioacumulação é o potencial da substância ou de certos componentes de uma


mistura de acumulação na biota e, possivelmente, passar através da cadeia
trófica. Deverão ser entregues os resultados dos ensaios pertinentes de
avaliação do potencial de bioacumulação. Há que fazer referência ao coeficiente
de partição octanol/água (Kow) e ao fator de bioconcentração (FBC), se forem
conhecidos.

12.4. Mobilidade no solo

A mobilidade no solo é o potencial de uma substância, ou dos componentes de


uma mistura, para se mover devido ao efeito de forças naturais, quando são
liberadas no meio ambiente, nas águas subterrâneas ou a certa distância do
lugar do derramamento. Quando este dado estiver disponível, deverá ser
indicado o potencial de mobilidade no solo. A informação a esse respeito pode
ser determinada com os dados pertinentes de mobilidade, tais como estudos de
absorção ou de lavagem. Por exemplo, os valores de Kow podem ser previstos
por meio dos coeficientes de partição octanol/água. O lixiviado e a mobilidade
podem ser previstos por meio dos modelos.

NOTA: Quando os dados reais sobre a substância ou mistura estiverem


disponíveis, esses dados terão a preferência sobre modelos e previsões.

12.5. Outros efeitos adversos

Quando a substância for usada, é importante haver informações sobre qualquer


outro efeito adverso ao meio ambiente, tal como evolução ambiental
(exposição), potencial de redução do ozônio, potencial de criação de ozônio
fotoquímico, potencial de perturbação do sistema endócrino e/ou potencial de
aquecimento global.

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SEÇÃO 13: Informações relativas à eliminação dos produtos

13.1. Métodos de eliminação

Devem ser proporcionadas informações sobre a eliminação, a reciclagem ou a


recuperação adequadas da substância ou mistura e/ou seu recipiente, para
determinar as melhores opções de gestão dos resíduos em termos da
segurança e do meio ambiente, de acordo com o disposto pela autoridade
nacional competente. Com respeito à segurança das pessoas encarregadas da
eliminação, da reciclagem e da recuperação, há que se referir à informação que
figura na Seção 8 – Controle da exposição/proteção pessoal das FISPQ.

Especificar os recipientes e métodos utilizados para a eliminação.

Examinar as propriedades físicas e químicas que podem influenciar nas


possibilidades de eliminação.

Recomendações para evitar o derramamento de águas usadas no meio


ambiente.

Quando for procedente, definir as precauções especiais para a incineração ou o


enterramento dos rejeitos.

SEÇÃO 14: Informação relativa ao transporte

Nesta seção da ficha de informação de segurança serão facilitadas informações


básicas sobre a classificação para o transporte ou a expedição rodoviária,
ferroviária, marítima, lacustre/fluvial ou aérea das substâncias ou das misturas
mencionadas na seção 1. Quando não houver informações ou não for
pertinente, isso precisa ser indicado.

Quando corresponder, a seguinte informação sobre a classificação do transporte


para cada um dos Regulamentos tipo das Nações Unidas deverá ser
proporcionada: Acordo europeu relativo ao transporte internacional de
mercadorias perigosas por estrada (ADR); Regulamento relativo ao transporte
internacional de mercadorias perigosas por trem (RID)96 e Acordo europeu
relativo ao transporte internacional de mercadorias perigosas por hidrovias

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interiores (ADN), o Código Marítimo Internacional de Mercadorias Perigosas


(IMDG) (mar), e as instruções técnicas para a segurança do transporte aéreo de
mercadorias perigosas (OACI) (ar).

• Número ONU, (isto é, o número de identificação de quatro dígitos


da substância)
• Denominação ONU da carga;
• Classe de perigo para o transporte(s);
• Grupo de embalagem, sendo o caso, do grau de perigo;
• Riscos ambientais (por exemplo, identificar se é um contaminante
marinho de acordo com o Código Marítimo Internacional de
Mercadorias Perigosas (Código IMDG), contaminante marinho, Sim
/ Não);
• Orientação sobre o transporte a granel (de acordo com o anexo II
do Convênio Marpol 73/783 e com o Código internacional para a
construção e equipamento de navios que transportem produtos
químicos perigosos a granel (Código Internacional de Produtos
Químicos a Granel(Código IBC)).
• Qualquer precaução especial que um funcionário deve considerar
ou deva cumprir com relação ao transporte dentro e fora de suas
instalações (indicar quando a informação não estiver disponível).

SEÇÃO 15: Informações sobre a regulamentação

Facilitar qualquer outra informação regulamentar sobre a substância ou mistura


que não aparecer em nenhuma outra parte da FISPQ (por exemplo, se a
substância ou mistura estiver submetida ao Protocolo de Montreal, ao Convênio
de Estocolmo ou ao Convênio de Rotterdam).

Disposições específicas sobre segurança, saúde e meio ambiente para o


produto: Dar informações nacionais e/ou regionais pertinentes sobre a situação
da substância ou mistura (incluídos seus ingredientes) em termos de
regulamentação sobre segurança, saúde e meio ambiente. Sobre este ponto,
dever-se-á indicar se a substância é objeto de qualquer proibição ou restrição no
país ou na região para a qual a substância será destinada.

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SEÇÃO 16: Outras informações

Proporcionar nesta seção qualquer informação pertinente para a preparação das


FISPQ. Trata-se de incorporar outras informações que não figurem nas seções 1
a 15 das FISPQ, incluída as informações sobre a preparação e a revisão das
fichas, tal como:

a) a data de preparação da última revisão da FISPQ. Quando uma FISPQ for


revisada, a menos que se indique outra coisa, é para indicar claramente onde
foram feitas mudanças na versão anterior da ficha. Os fornecedores deverão
conservar as explicações para as mudanças e estar dispostos a facilitá-las
quando forem pedidas;

b) uma explicação para as abreviaturas e acrônimos usados nas FISPQ;

c) referências dos documentos básicos e das fontes de dados utilizadas para


preparar as FISPQ.

NOTA: Em que pese as referências não serem necessárias nas FISPQ, podem
ser incluídas, se assim desejarem, nesta seção.

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3.2. Fontes de informação para elaborar as FISPQ


Na figura 1 é proposto um processo, passo a passo, para elaborar uma FISPQ
garantindo a sua coerência interna (os números fazem referência às seções da
FISPQ):

Esta figura apresenta o processo de forma linear com o fim de ressaltar, por
exemplo, que não é muito provável que seja possível identificar os perigos na
seção 2 da FISPQ de forma definitiva sem considerar a informação introduzida
em outras seções. Na realidade, o processo pode ser de tipo iterativo e
considerar alguns aspectos em uma ordem diferente à indicada ou inclusive em
paralelo.

Figura 1.

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O fornecedor de um produto químico poderá dispor de boa parte das


informações necessárias para elaborar a FISPQ, se, em algum momento,
necessitou obtê-la, a fim de atender outras legislações de controle de
substâncias químicas, em particular para determinar, por exemplo, os requisitos
de classificação, rotulagem de acordo com o GHS e com a legislação
internacional de transporte, entre outras possíveis legislações aplicáveis.

Para os formuladores de misturas, a principal fonte de informação é a que o


fornecedor encaminha à FISPQ para as substâncias (componentes) ou misturas
concretas.

Se a pessoa que prepara a FISPQ observar que faltam alguns dados, pode
recorrer às bases de dados públicas que contiverem informações pertinentes
(podendo ser consultadas para a busca daqueles dados que, de outro modo,
não poderia conseguir ou para comprovar dados que lhe foram facilitados nas
etapas anteriores da cadeia de fornecimento e que parecem incoerentes ou
pouco plausíveis), por exemplo:

1. A base de dados de substâncias registradas da Agência Europeia de


Substâncias Químicas (ECHA):

(http://apps.echa.europa.eu/registered/registered-sub.aspx)

Essa base de dados disponibiliza informações sobre as substâncias que as


empresas europeias fabricam ou importam: suas propriedades perigosas, sua
classificação e rotulagem e como utilizar as substâncias de forma segura, por
exemplo. As informações contidas na base de dados foram facilitadas pelas
empresas em seus expedientes de registro.

2. O inventário de classificação e rotulagem da ECHA:

O inventário de classificação e rotulagem é uma base de dados que conterá


informações básicas de classificação e rotulagem sobre substâncias notificadas
e registradas, entregues pelos fabricantes e importadores europeus. Este
inventário será estabelecido e mantido pela ECHA. Ver:
http://echa.europa.eu/GHS/c_l_inventory_é.asp

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3. A plataforma ESIS (Sistema Europeu de Informação de Substâncias


Químicas) (http://esis.jrc.ec.europa.eu) oferece acesso a várias bases de dados,
que permitem buscar por nº CAS, por nº EINECS (nº CE) e pela denominação
da substância em inglês.

4. GESTIS (http://www.dguv.de/bgia/em/gestis/stoffdb/index.jsp)

Esta base de dados do Berufsgenossenschaften alemão compreende mais de


7.000 substâncias perigosas em ordem alfabética, com sua classificação,
rotulagem, valores-limite, métodos de medição, informação sobre equipamentos
de proteção individual, valores-limite no local de trabalho e medicina do trabalho.

5. Fichas Internacionais de Segurança Química (ICSC)

(http://www.ilo.org/safework/info/databases/lang--em/WCMS_113134/index.htm)

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) dispõe de uma base de dados de


fichas internacionais de segurança química em seu site. O objetivo principal
destas fichas é promover a segurança de uso das substâncias químicas no local
de trabalho e, portanto, seus principais usuários são os trabalhadores e as
pessoas responsáveis pela saúde e pela segurança no trabalho.

6. eChemPortal

(http://www.echemportal.org/echemportal/index?pageID=0&request_locale=em)

eChemPortal é uma iniciativa da Organização para a Cooperação e o


Desenvolvimento Econômicos (OCDE) em colaboração com a Comissão
Europeia, a Agência Europeia de Substâncias e Preparados Químicos (ECHA),
os governos dos Estados Unidos, Canadá e Japão, o Conselho Internacional de
Associações Químicas (ICCA), o Comitê oficial de consulta da OCDE em
matéria empresarial e industrial (BIAC), a Organização Mundial da Saúde
(OMS), o Programa Internacional sobre a Segurança Química (IPCS), o
Programa das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (PNUMA) e várias
organizações não governamentais ecologistas.

eChemPortal oferece ao público acesso livre às informações sobre as


propriedades das substâncias químicas, incluídas suas propriedades físicas e
químicas, destino e comportamento no meio ambiente, ecotoxicidade e
toxicidade mediante uma busca simultânea em relatórios e conjuntos de dados.

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7. IPCS INCHEM

(http://www.inchem.org/)

O site INCHE do Programa Internacional sobre a Segurança Química (IPCS)


oferece um acesso rápido às informações revisadas por homólogos
internacionais sobre substâncias químicas habitualmente utilizadas em todo o
mundo, que também podem aparecer como contaminantes do meio ambiente e
dos alimentos. Consolida a informação de várias organizações
intergovernamentais cujo objetivo é colaborar para uma gestão racional das
substâncias químicas.

8. TOXNET

(http://toxnet.nlm.nih.gov/index.html)

Toxnet é a rede de dados toxicológicos da Biblioteca Nacional de Medicina dos


Estados Unidos. Permite ter acesso a bases de dados sobre toxicologia,
substâncias químicas perigosas, saúde ambiental e emissões tóxicas.

Há que prestar atenção aos vários graus de confiabilidade que podem


apresentar as informações destas fontes.

Há que assinalar que, em todos os casos (também quando a informação sobre


as substâncias componentes provêm das FISPQ facilitadas pelos fornecedores
destas), o fornecedor da FISPQ é sempre o responsável pela exatidão do
conteúdo.

3.3. Manual geral para atualizar as FISPQ


Os fornecedores devem responder a qualquer informação "nova e significativa"
que recebam sobre um perigo químico mediante a atualização do rótulo e da
ficha de informação de segurança desse produto químico.

Informação nova e significativa é qualquer informação que altera a classificação


GHS da substância ou da mistura e leva a uma mudança resultante nas
informações proporcionadas no rótulo ou em qualquer informação relativa às

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medidas de controle químico apropriadas e que podem afetar às FISPQ. Isto


poderia incluir, por exemplo, a nova informação sobre os possíveis efeitos
adversos de carácter crônico sobre a saúde como resultado de documentação
publicada recentemente, ou resultados de provas, mesmo se não for produzida
uma mudança na classificação.

A atualização das FISPQ, sempre que for recebida uma informação que exija
revisão. A autoridade competente poderá optar por especificar o prazo dentro do
qual tal informação deverá ser revisada. Isto se aplica apenas aos rótulos e às
FISPQ dos produtos que não estiverem sujeitos a um mecanismo de aprovação,
como os pesticidas.

Os fornecedores também devem revisar periodicamente as informações nas


quais o rótulo e a ficha de informação de segurança de uma substância ou
mistura se baseiam, mesmo que não tenham sido fornecidas informações novas
e importantes em relação a essa substância ou mistura. Isto requererá, por
exemplo, uma busca nas bases de dados de perigos químicos. A autoridade
competente poderá optar por fixar um prazo (geralmente 3-5 anos) a contar da
data de preparação inicial, na qual os fornecedores deverão revisar os rótulos e
as informações das FISPQ

Pontos chave para as Empresas

Os empregadores devem garantir que as FISPQ dos produtos químicos


perigosos estejam facilmente acessíveis aos funcionários no local de trabalho.
Isto pode ser feito de muitas maneiras. Por exemplo, os empregadores podem
manter as FISPQ em uma pasta ou em computadores, sempre e quando os
funcionários tiverem acesso imediato às informações sem saírem de sua área de
trabalho quando for preciso e que haja uma cópia de segurança disponível para
o acesso rápido às FISPQ no caso de um corte de luz ou outra emergência.
Além disso, os empregadores podem querer designar uma(s) pessoa(s) como
responsável(is) pela obtenção e manutenção das FISPQ. Se o empregador não
tiver uma FISPQ, ele ou a pessoa(s) designada(s) deve(m) entrar em contato
com o fabricante para obtê-la.

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Em geral, os fornecedores e usuários industriais e profissionais de produtos


químicos, deverão:

ƒ Estar atentos aos novos rótulos e Fichas de Informação de Segurança de


Produtos Químicos dos produtos químicos que comercializam e utilizam.
ƒ Capacitar os funcionários a entender e reconhecer as novas informações
do rótulo e das FISPQ.
ƒ Comprovar que o uso da substância ou da mistura está coberto pela
FISPQ e que este uso não estará desaconselhado.
ƒ Seguir o assessoramento sobre os novos rótulos e as Fichas de
Informação de Segurança de Produtos Químicos.
ƒ Comprovar se a classificação de perigos mudou ou se foi atualizada
dentro de certos períodos.
ƒ Avaliar os riscos para os trabalhadores e atualizar as avaliações de riscos
do local de trabalho, se for necessário.
ƒ Para o caso do empregador, comunicar estas mudanças aos seus
funcionários.
ƒ Diante de qualquer pergunta sobre o novo rótulo ou sobre a ficha de
informação de segurança, entrar em contato com seu fornecedor.

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4. Exemplo de ficha de informação de segurança GHS

1. IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO

Identificação do produto
Nome do produto: Cola 2X

Usos pertinentes identificados para o produto e usos desaconselháveis


Uso recomendado: Adesivo geral.

Usos não recomendados: Não foram identificados usos não recomendados.

Dados do fornecedor da ficha de informação de segurança

Nome: Por favor, completar


Endereço: Por favor, completar
N° Telefone: Por favor, completar
N° Fax: Por favor, completar

Telefone de Emergência

Telefone de emergência da empresa: Por favor, completar


Disponível fora do horário do expediente: Sim Não

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2. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS

Classificação da substância ou da mistura

Líquido inflamável, Categoria 2

Irritação ocular, Categoria 2A

Perigos para o meio ambiente aquático, Categoria 3 aguda

Elementos do rótulo
Palavra de advertência: Perigo

Pictogramas de perigo:

Indicações de perigo:

Líquido e vapor altamente inflamáveis.

Provoca graves irritações oculares.

Nocivo para a vida aquática.

Conselhos de prudência:

Manter o recipiente bem fechado.

Manter distante de calor/faíscas/chamas vivas. – Não fumar.

Usar luvas e equipamento de proteção para os olhos e rosto.

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Aterramento/Ligação à terra equipotencial do recipiente e do equipamento receptor.

Utilizar um material elétrico/de ventilação/iluminação/antiexaustão.

Tomar medidas de precaução contra as descargas eletrostáticas.

Não utilizar ferramentas que produzam faíscas.

Armazenar em um lugar fresco/bem ventilado.

Não dispersar no meio ambiente

3. COMPOSIÇÃO/INFORMAÇÕES SOBRE OS COMPONENTES

Nome Não. CAS Classificação GHS Concentração [%]


Líquido inflamável, Categoria 2
Dissolvente X 111-111-X 70 – 80
Irritação ocular, Categoria 2A

Perigos para o meio ambiente


Componente E 222-222-E 20 – 25
aquático, Categoria 3 aguda

Impurezas
Não há impurezas relevantes para a classificação e rotulagem.

4. PRIMEIROS SOCORROS

Descrição dos primeiros socorros


Inalação

Transportar a vítima até um lugar ao ar livre. Em caso de irritação respiratória, enjoos, náuseas
ou inconsciência, pedir assistência médica imediata. Em caso de que a vítima deixe de respirar,
realizar a respiração artificial.

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Após contato com a pele

Lavar a pele com água. Obtenha assistência médica se a dor ou vermelhidão persistirem.

Contato com os olhos

Manter as pálpebras abertas, enxaguar os olhos com abundante água durante ao menos 15
minutos. Pedir assistência médica.

Ingestão

Em caso de ingestão, NÃO provocar o vômito. Pedir assistência médica imediata.

Principais sintomas e efeitos, agudos e tardios


Se for ingerido em quantidades significativas pode provocar: Dor abdominal, Náusea, Enjoos.

5. MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIOS

Meios de extinção adequados


Espuma, pó extintor, dióxido de carbono, água pulverizada. Em caso de incêndio, refrescar os
recipientes perigosos com água pulverizada.

Meios de extinção não apropriados


Jato de água a grande pressão.

Perigos específicos em caso de incêndio


Não se conhecem.

Perigos específicos derivados da substância ou da mistura


Líquidos e vapores inflamáveis. Óxidos de carbono.

Recomendações para o pessoal de combate a incêndios


Em caso de incêndio em áreas fechadas, utilizar equipamentos de respiração autônomos. Não
inalar os gases de combustão.

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6. MEDIDAS EM CASO DE DERRAMAMENTO ACIDENTAL

Precauções pessoais, equipamento de proteção e procedimentos de emergência


Para pessoal não emergencial

Eliminar todas as fontes de ignição.

Usar roupa protetora adequada.

Evite respirar os vapores.

Manter-se a salvo e distante de zonas baixas onde o vapor pode se acumular e se incendiar.

Dependendo da magnitude do derramamento, considerar a necessidade de contar com


bombeiros/pessoal de serviços de emergência e com equipamento de proteção pessoal
(Individual –EPI) adequados para realizar a limpeza.

Para pessoal de resposta emergencial

Considerar a necessidade de evacuação.

Usar roupa protetora adequada.

Manter as pessoas longe do perigo, isolar a área perigosa e negar a entrada.

Deter a fuga se isto puder ser feito sem risco.

Eliminar todas as fontes de ignição.

Para derramamentos pequenos, conter e recolher o derramamento com materiais absorventes


não combustíveis.

Para derramamentos grandes, conter com dique ou com represa para sua posterior eliminação.

Não comer, beber, nem fumar enquanto é feita a limpeza. Usar equipamentos de respiração
autônomos, uma máscara com filtro (tipo A classe 3) ou uma máscara filtrante (por exemplo, EM
405). Usar roupa de proteção, óculos de segurança e luvas impermeáveis (por exemplo, luvas de
neopreno). Garantir uma ventilação adequada. Evitar todas as fontes de ignição, superfícies
quentes e chamas abertas (ver também a seção 7).

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Precauções relativas ao meio ambiente


Evitar que os derramamentos escorram para os desaguadouros pluviais ou drenagens, e entrem
em contato com o solo.

Métodos e material de contenção e de limpeza


Eliminar todas as fontes de ignição. Os derramamentos podem provocar perigos de incêndio ou
explosão no sistema de esgotos. Absorver com retardadores de chama e materiais que
absorvem líquidos (serragem tratada, terra de diatomáceas, areia). Recolher e destruir em uma
instalação de eliminação de resíduos adequada, de acordo com as leis e os regulamentos
atualmente aplicáveis, e as características do produto no momento da eliminação.

7. MANIPULAÇÃO E ARMAZENAMENTO

Precauções para uma manipulação segura


Conselhos para uma manipulação segura

Evitar o contato com os olhos. Evitar o contato repetido e prolongado com a pele e a respiração
de fumaças/vapores.

Usar em zonas bem ventiladas longe de qualquer fonte de ignição. Apagar todos os dispositivos
elétricos, como aquecedores parabólicos, fogões, placas acumuladoras, etc., com suficiente
antecipação para que tenha esfriado antes de começar o trabalho. Não fumar, não soldar. Não
depositar os resíduos no esgoto sanitário. Tomar medidas para evitar a acumulação de cargas
eletrostáticas.

Condições de armazenamento seguro, incluídas possíveis incompatibilidades


Exigências técnicas para armazéns e recipientes

Os recipientes de armazenamento devem estar presos à terra e entre si. Armazenar longe de
fontes de ignição e em lugares frescos providos de um sistema de aspersão automática. Garantir
uma ventilação adequada. Armazenar a temperaturas entre +5 e +50°C. Armazenar só no
recipiente original.

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Indicações para o armazenamento conjunto

Mantenha separado de alimentos, bebidas e rações.

8. CONTROLES DE EXPOSIÇÃO/PROTEÇÃO PESSOAL

Limites de exposição

Componentes TWA Referência

ppm mg/m3

Dissolvente X 500 1200 OEL britânico

Componente Z 200 950 MAK alemão

Proteção respiratória

Devem ser utilizados equipamentos de proteção respiratória aprovados quando as


concentrações no ar não forem conhecidas ou superarem os limites de exposição. Em caso de
processar grandes quantidades, usar um aparelho respiratório de ar comprimido ligeiro para a
construção (por exemplo, de acordo com EN1835), uma máscara com filtro (tipo A classe 3, de
cor marrom) ou meia máscara filtrante (por exemplo, de acordo com a norma EM 405) quando a
ventilação for insuficiente.

Proteção das mãos

Em caso de provável contato prolongado ou repetido com a pele, devem usar luvas de neopreno.
Devem sempre usar das boas práticas de higiene pessoal.

Proteção dos olhos

Devem usar óculos de segurança com protetores laterais ou óculos químicos.

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9. PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS


Estado físico: Liquido
Cor: Incolor, transparente
Odor: Dissolvente, parecido ao éster
Ponto de fusão: Não disponível
Ponto de congelamento: Não disponível
Ponto inicial de ebulição: 56°C
Ponto de inflamação: - 22°C (DIN 51755)
Taxa de evaporação: Não disponível
Inflamabilidade (sólido, gás): Não se aplica
Limites de explosão: limite inferior = 1,4 Vol.%; limite superior 13,0 Vol.%
Pressão de vapor: 240 mbar (máxima pressão de vapor parcial) a 20°C
Densidade de vapor: Não disponível
Densidade relativa: 0,89 g/cm3 a 20°C
Solubilidade: solúvel em água a 20°C
Coeficiente de partição: Log Kow = 3.3
Temperatura de ignição espontânea: Não disponível
Temperatura de decomposição Não disponível

10. ESTABILIDADE E REATIVIDADE

Reatividade
Estável em condições normais.

Estabilidade química
Sem decomposição, é utilizada de acordo com as especificações.

Possibilidade de reações perigosas


Não há conhecimento.

Condições que devem ser evitadas


Calor, faíscas, chamas e acumulação de eletricidade estática.

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Materiais incompatíveis
Halogênios, ácidos fortes, álcalis e oxidantes.

Produtos de decomposição perigosos:


Não há conhecimento.

11. INFORMAÇÃO TOXICOLOGICA

Toxicidade aguda:
Toxicidade oral: Não classificado.

Toxicidade cutânea: Não classificado.

Toxicidade por Inalação: Não classificado.

Irritação / corrosão
Irritação ocular (coelhos): Irritante ocular Categoria 2A (Baseado em ensaios realizados nos
componentes da mistura).

Irritação cutânea (coelhos): Não classificados. Dados obtidos em ensaios do produto.

Sensibilização dérmica (cobaias)

Não classificado: resposta negativa em Bueller ensaio em cobaias, 0% de animais considerados


positivos. Dados obtidos em ensaios do produto.

Mutagenicidade
Não há evidencia significativa de que a Cola 2X apresente um risco genotóxico de acordo com
os critérios aplicados normalmente para efeitos de classificação e rotulagem.

Carcinogenicidade
Cola 2X não é considerada como cancerígena.

Em geral, não há provas convincentes para justificar uma classificação de Cola 2X como
carcinogênico no contexto do GHS.

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Toxicidade para a reprodução


A classificação de toxicidade para a reprodução de acordo com o GHS não é necessária.

12. INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS

Toxicidade aguda para peixes


CL50 (96 hr) para peixes de água doce: 65 mg/L (Dados obtidos em ensaios do produto).

Toxicidade crônica para organismos aquáticos


O estudo da toxicidade aquática em longo prazo sobre os invertebrados aquáticos será
considerado se a substância for pouco solúvel em água e a Cola 2X é solúvel em água.

Persistência e degradabilidade
Todos os componentes orgânicos contidos no produto não estão classificados como "facilmente
biodegradáveis" (OECD-301 A-F). Entretanto, espera-se que este produto seja inerentemente
biodegradável.

Potencial de bioacumulação
Não existem provas de que ocorra bioacumulação.

Mobilidade no solo
Os derramamentos acidentais podem penetrar no solo e nas águas subterrâneas. Entretanto,
não existem provas de que isto possa causar efeitos ecológicos adversos.

13. CONSIDERAÇÕES RELATIVAS À ELIMINAÇÃO


Métodos para o tratamento de resíduos

O produto pode ser queimado em um queimador fechado, controlado por valor do combustível,
ou eliminado por incineração supervisionada. A queima poderá ser delimitada conforme a
regulamentação local. O produto pode ser processado em uma instalação pública adequada de
eliminação apropriada de resíduos.

O uso destes métodos está condicionado a que o usuário cumpra com as leis e os regulamentos
aplicáveis, e à informação relativa às características do produto no momento de sua eliminação.

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14. INFORMAÇÃO RELATIVA AO TRANSPORTE


A Cola 2X está classificada como perigosa para transportar (ADR (Rodovia), RID (Ferrovia),
IMDG / dados adicionais (Mar).

Número ONU: 1133

Designação oficial de transporte das Nações Unidas: ADESIVOS

Classe de perigo no transporte: 3

Grupo de embalagem/recipiente: II

Contaminante marinho: Não

15. INFORMAÇÃO REGULAMENTAR

Regulamentação e legislação em matéria de segurança, saúde e meio ambiente


específicas para a substância
Restrições de uso: Nenhuma
Normativas nacionais: --

16. OUTRAS INFORMAÇÕES


Os dados utilizados nesta ficha de informação de segurança estão baseados em nossos
conhecimentos, porém não constituem garantia alguma sobre as propriedades do produto e não
estabelecem uma relação jurídica contratual.

Abreviaturas
CL50: concentração letal média

German MAK = Germany Maximum Allowable Concentration (concentração máxima permissível


na Alemanha)

Log Kow: logaritmo do coeficiente de partição octanol/água

TWA: Média Ponderada Cronológica

UK OES = United Kingdom Occupational Exposure Standards (normas sobre a exposição do


trabalho do Reino Unido)

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Data de preparação da FISPQ: 20 de julho de 2013.

Revisão
Na última atualização desta ficha de informação de segurança foram introduzidas modificações
em todos os capítulos com respeito à ficha anterior, de acordo com a nova informação
disponível.

Aviso de isenção

Na presente ficha de informação de segurança são proporcionadas informações de boa fé,


porém não há nenhuma representação em termos de integridade ou exatidão. Este documento
foi planejado só como um manual para o manuseio apropriado precatório do material por uma
pessoa devidamente capacitada que usa este produto. As pessoas que recebem as informações
devem exercer um juízo de valor independente considerando o que determina a sua idoneidade.

Final da ficha de informação de segurança

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Anexo I. Tipos e classes de perigo do GHS

Perigos físicos
Os critérios relativos aos perigos físicos do GHS estão baseados em grande
medida nos critérios existentes utilizados nas Recomendações das Nações
Unidas relativas ao transporte de mercadorias perigosas. Portanto, muitos dos
critérios já estão sendo utilizados em todo o mundo. Entretanto, era necessário
incluir e mudar algumas coisas, já que o GHS é destinado a todo o público-alvo.
Os perigos físicos e seus critérios de classificação estão descritos na Parte 2 do
“The Purple Book” (Livro Púrpura) do GHS.

O processo de classificação dos perigos físicos proporciona referências


específicas a métodos de ensaios e critérios de classificação aprovados.
Caberia assinalar que os critérios do GHS relativos aos perigos físicos se
aplicam às substâncias e às misturas. Assume-se que serão realizados ensaios
de perigos físicos com as misturas.

Em geral, os critérios do GHS relativos aos perigos físicos são quantitativos ou


semiquantitativos e contam com categorias de perigos múltiplos dentro de uma
classe de perigo.

A seguir, são indicados os perigos físicos mencionados no GHS. No caso de


muitos dos perigos físicos, o “The Purple Book” (Livro Púrpura) do GHS contém
seções guias complementares com informações práticas para ajudar a aplicar os
critérios:

ƒ Explosivos
ƒ Gases inflamáveis
ƒ Aerossóis
ƒ Gases oxidantes
ƒ Gases sob pressão
ƒ Líquidos inflamáveis
ƒ Sólidos inflamáveis
ƒ Substâncias e metais que reagem espontaneamente (autorreativos)
ƒ Líquidos pirofóricos
ƒ Sólidos pirofóricos
ƒ Substâncias e misturas que experimentam aquecimento espontâneo

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ƒ Substâncias e misturas que, em contato com a água, desprendem gases


inflamáveis
ƒ Líquidos oxidantes
ƒ Sólidos oxidantes
ƒ Peróxidos orgânicos
ƒ Substâncias e misturas corrosivas para os metais

Pictogramas para os perigos físicos

Líquidos oxidantes

CLASSIFICAÇÃO Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3

Pictograma

Palavra de
Perigo Perigo Cuidado
advertência

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Pode provocar
Pode agravar Pode agravar
Indicação de um incêndio ou
um incêndio; um incêndio;
perigo uma explosão;
oxidante. oxidante.
muito oxidante.

Perigos para a saúde

Os critérios de perigo para a saúde geralmente são mais difíceis de interpretar


que os critérios para os perigos físicos. Os critérios de perigos para a saúde
implicam a revisão da literatura científica e o exercício do julgamento
profissional, com o fim de conseguir a classificação.

Os perigos para a saúde, suas várias categorias e seus critérios de classificação


estão descritos na Parte 3 do “The Purple Book” (Livro Púrpura) do GHS. A
seguir são indicados os perigos para a saúde descritos no GHS:

ƒ Toxicidade aguda
ƒ Corrosão/irritação cutânea
ƒ Lesões oculares graves/irritação ocular
ƒ Sensibilização respiratória ou cutânea
ƒ Mutagenicidade em células germinativas
ƒ Carcinogenicidade
ƒ Toxicidade para a reprodução
ƒ Toxicidade sistêmica em órgão-alvo (exposição única)
ƒ Toxicidade sistêmica em órgão-alvo (exposições repetidas)
ƒ Perigo por aspiração

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Pictogramas dos perigos para a saúde

Toxicidade sistêmica em órgão-alvo (exposição única)

CLASSIFICAÇÃO Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3

Pictograma

Palavra de Perigo Cuidado Cuidado


advertência

Provoca danos nos Pode provocar danos


órgãos <indicar nos órgãos <indicar
todos os órgãos todos os órgãos
afetados, se forem afetados, se forem
conhecidos> conhecidos> <indicar
Indicação de <indicar a via de a via de exposição se Pode irritar as
perigo exposição se ficar ficar demonstrado vias respiratórias.
demonstrado concludentemente
concludentemente que o perigo não
que o perigo não ocorre por nenhuma
ocorre por nenhuma outra via>.
outra via>.

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Perigos para o meio ambiente

Perigo para o meio ambiente é um termo genérico para qualquer situação ou


estado que represente uma ameaça para o meio ambiente circundante. Consiste
geralmente em um vazamento ou derramamento químico, emissões de
contaminantes ou lixiviação de pesticidas ou fertilizantes no meio ambiente
circundante.

Os perigos para o meio ambiente, suas várias categorias e seus critérios de


classificação estão descritos na Parte 4 do “The Purple Book” (Livro Púrpura) do
GHS. A seguir são indicados os perigos para o meio ambiente:

ƒ Perigos para o meio ambiente aquático


• Toxicidade aquática aguda
• Toxicidade aquática crônica
ƒ Perigos para a camada de ozônio

Pictogramas de perigo para o meio ambiente e de perigos para a camada


de ozônio

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Perigo (no longo prazo) para o meio ambiente aquático

CLASSIFICAÇÃO Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3 Categoria 4

Pictograma Sem pictograma Sem pictograma

Cuidado Não se usa Não se usa Não se usa palavra


Palavra de
palavra de palavra de de advertência
advertência advertência advertência

Pode ser nocivo


Muito tóxico para Tóxico para os Nocivo para os
para os
os organismos organismos organismos
organismos
Indicação de perigo aquáticos, com aquáticos, com aquáticos, com
aquáticos, com
efeitos nocivos efeitos nocivos efeitos nocivos
efeitos nocivos
duradouros. duradouros. duradouros.
duradouros.

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Anexo II. Classificação de misturas

O GHS recomenda o seguinte processo para classificar uma mistura:

1. Quando os dados experimentais para a mistura completa estiverem


disponíveis, a classificação deverá sempre estar baseada nesses dados;

2. Quando esses dados não estiverem disponíveis, haverá que aplicar princípios
de extrapolação que se explicam em cada capítulo específico do GHS de acordo
com o tipo de perigo, para ver se permitem classificar a mistura;

Além disso, para os perigos à saúde e ao meio ambiente:

3. Quando não houver dados de ensaios com a mistura, e as informações


disponíveis não permitirem aplicar o método de extrapolação antes assinalado
na classificação da mistura, será aplicado o método ou os métodos estipulados
descritos em cada capítulo do GHS para fazer a estimativa dos perigos.

Na figura a seguir é mostrado o processo recomendado para a classificação de


misturas:

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Mistura a classificar

Coletar todas as informações


disponíveis

Há dados experimentais da mistura


suficientes para sua classificação? (para Classificar a mistura
perigos físicos: considerar a Sim para os perigos
possibilidade de realizar novos ensaios. correspondentes
Consultar os critérios)

Sim
Não

Existem dados de ensaios realizados É possível aplicar


sobre misturas similares e sobre os Sim princípios de
ingredientes que forem perigosos? extrapolação?

Não Não

Existem dados de riscos disponíveis para


todos ou algum dos ingredientes?

Não Sim

Utilizar os dados conhecidos


Não é possível classificar a mistura – ou derivados dos ingredientes
entrar em contato com os individuais para classificar a
fornecedores dos ingredientes para mistura para o correspondente
obter informações adicionais. risco, utilizando os outros
E n t i d a d d e G e s t i ó n : L a b o r a t o r i o T emétodos
c n o l ó g i c oespecificados
d e l U r u g u a y para
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cada categoria de perigo do
GHS.
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Classificação de perigos físicos para misturas

A maioria dos perigos físicos das misturas deve ser determinada através de
ensaios de laboratório. Em alguns casos, como a classe de perigo "Líquidos
inflamáveis", a classificação das misturas também pode ser obtida através de
um cálculo, ver o Capitulo 2.6, 2.6.4.2.3 da 4ª versão revisada do GHS.

Os métodos de ensaios para perigos físicos podem ser encontrados, por


exemplo, no Manual de Ensaios e Critérios das Nações Unidas, ver o link:

http://www.unece.org/trans/danger/publi/manual/manual_e.html

Estes métodos são normalmente utilizados para classificar as substâncias e


misturas para o transporte. Nos casos onde houver ensaios de laboratório,
baseados em outros métodos ou normas, estes dados podem ser utilizados para
a classificação, sempre que forem adequados para os fins da determinação de
perigos físicos.

Classificação de perigos para a saúde e para o meio ambiente

Quando não houver dados de ensaios de laboratório sobre uma mistura a ser
classificada, haverá que considerar as informações disponíveis de cada um dos
ingredientes da mistura ou aplicar os princípios de extrapolação explicados em
cada capítulo específico do GHS de acordo com o tipo de perigo, para ver se
permitem classificar a mistura.

Princípio de “extrapolação” ou “alternativo” (“bridging principles”)

Um princípio de extrapolação ou alternativo é um mecanismo para a


extrapolação de dados visando determinar os perigos da mistura que não foi
ensaiada como um todo, para todos os efeitos sobre os seus componentes.

A aplicação dos princípios de extrapolação permite um uso mais amplo dos


dados disponíveis para completar uma classificação de perigos. Em cada classe
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de perigo para a saúde, assim como na toxicidade aquática, é especificada a


forma como são aplicados os princípios de extrapolação em suas respectivas
seções do “The Purple Book” (Livro Púrpura) de GHS.

Quando uma mistura não foi ensaiada, porém há dados suficientes sobre ambos
os ingredientes e as misturas similares ensaiadas, estes dados podem ser
utilizados de acordo com os seguintes princípios de extrapolação:

• Diluição: Se uma mistura submetida a ensaio se diluir com um diluente


classificado em uma categoria de toxicidade igual ou inferior à do componente
original menos tóxico, não sendo esperada a sua influência sobre a toxicidade
do resto dos componentes, a nova mistura diluída será considerada, em termos
de classificação, como equivalente à mistura original submetida a ensaio.

• Variação entre lotes: A toxicidade de um lote de uma mistura submetido a


ensaio será considerada equivalente à de outro lote não submetido a ensaio do
mesmo produto comercial quando for fabricado pelo mesmo fabricante ou sob o
seu controle, a menos que haja motivos para acreditar que a composição da
mistura tenha sofrido mudanças e que tais mudanças possam provocar
modificações nos valores da toxicidade do lote não submetido a ensaio. Quando
isto ocorrer haverá a necessidade de uma nova classificação.

• Concentração de misturas muito tóxicas: Se uma mistura concentrada


submetida a ensaio for classificada na categoria e/ou subcategoria mais alta,
uma mistura não ensaiada, mais concentrada, será classificada na categoria
e/ou subcategoria mais alta.

• Interpolação dentro de uma mesma categoria tóxica: no caso de três misturas


(A, B e C) com componentes idênticos, em que as Misturas A e B tenham sido
submetidas a ensaio e classificadas na mesma categoria de toxicidade e a
Mistura C, não submetida a ensaio, tenha os mesmos componentes
toxicologicamente equivalentes aos das Misturas A e B, porém sendo as

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concentrações desses componentes intermédias entre as das Misturas A e B,


considerar-se-á que a Mistura C pertence à mesma categoria que a das Misturas
A e B.

• Misturas substancialmente similares: Não se espera que pequenas mudanças


nas concentrações dos componentes de uma mistura alterem os perigos da
mistura em si; e não se espera que as substituições de componentes de uma
mistura por outros toxicologicamente similares alterem os perigos da mistura em
si.

• Aerossóis: Uma mistura em forma de aerossol poderá ser classificada na


mesma categoria de perigo de toxicidade por ingestão e de toxicidade cutânea
que a mistura não aerossolizada submetida a ensaio se o propulsor incorporado
não afetar a toxicidade da mistura na vaporização. A classificação da toxicidade
das misturas por inalação na forma de aerossóis deveria se feita por separado.

Aviso importante: Nem todos os princípios de extrapolação se aplicam a todos


os riscos para a saúde e o meio ambiente. Deve-se consultar a seção específica
de cada classe de perigo para determinar os princípios de extrapolação
aplicáveis a cada caso.

Na tabela a seguir, são resumidos os critérios para classificar misturas em


relação aos riscos para a saúde e o meio ambiente:

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Classificação de misturas

Perigo Critérios de Princípios de extrapolação


classificação

Toxicidade aguda Toxicidade Aguda Todos


Estimada (ETA): 2
fórmulas

Lesões oculares Normalmente aditiva, Todos


graves/irritação algumas vezes por
ocular limites de corte.

Corrosão cutânea Normalmente aditiva, Todos


& irritação cutânea algumas vezes por
limites de corte.

Sensibilização Limites de corte Diluição, Lotes, misturas


cutâneas substancialmente similares,
aerossóis

Sensibilização Limites de corte Diluição, Lotes, misturas


respiratória substancialmente similares,
aerossóis

Mutagenicidade Limites de corte Diluição, Lotes, misturas


em células substancialmente similares
germinativas

Carcinogenicidade Limites de corte Diluição, Lotes, misturas


substancialmente similares

Toxicidade para a Limites de corte Diluição, Lotes, misturas


reprodução substancialmente similares

Toxicidade Limites de corte Aplicam todos


sistêmica em
órgão-alvo

Perigo por Limites de corte Diluição, Lotes, concentração de

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aspiração misturas muito tóxicas,


Interpolação dentro de uma
mesma categoria de toxicidade,
Misturas substancialmente
similares

Perigos para o Fórmula de aditividade Diluição, Lotes, concentração de


meio ambiente (apenas toxicidade misturas muito tóxicas,
aquático aguda), fórmula de Interpolação dentro de uma
adição (aguda ou mesma categoria de toxicidade,
crônica), combinação Misturas substancialmente
de fórmula de similares
aditividade e método de
adição.

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Exemplo de classificação de uma mistura

Se desejar classificar de acordo ao GHS uma mistura que será diluída em 50%
utilizando um diluente, estão disponíveis os resultados de ensaios de laboratório
da mistura antes de ser diluída. Para a classificação da mistura diluída será
utilizado o princípio de extrapolação de (diluição) e os métodos de cálculo de
acordo à classe de perigo, a partir da seguinte informação:

Classificação da mistura original (antes da diluição):

Classificação de Toxicidade Aguda e Dados de Ensaios

Oral Cutânea Inalação Vapores

Categoria 4 Categoria 4 Categoria 2

(DL50: 310 mg/kg) (DL50: 1,250 mg/kg) (CL50: 1.97 mg/l

Informação dos ingredientes na mistura original ensaiada

Ingrediente Peso Classificação de Toxicidade Aguda e Dados de


Ensaios
%
Oral Cutânea Inalação
Vapores

Ingrediente 26 Categoria 5 Categoria 4 Categoria 4


1
(DL50: (DL50: (LC50: 11mg/l)
2,737mg/kg) 1,500mg/kg)

Ingrediente 40 Categoria 3 Categoria 4 Categoria 3


2
(DL50: 118mg/kg) (DL50: (LC50: 4mg/l)
1,250mg/kg)

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Ingrediente 34 Categoria 4 Categoria 4 Categoria 2


3
(DL50: (DL50: (LC50: 1.5mg/l)
1,950mg/kg) 1,100mg/kg)

Informação do Diluente:

Ingrediente Dados de ensaios de toxicidade aguda

Oral Cutânea Inalação


Vapores

Diluente Categoria 5 Categoria 3 Categoria 5

(DL50: 2.500mg/kg) (DL50: 950mg/kg) (CL50: 19 mg/l)

A mistura ensaiada se dilui em 50% com um ingrediente que não se espera que
afete a toxicidade dos outros ingredientes.

A composição da mistura diluída é a seguinte:

Ingrediente Peso %

Ingrediente 13
1

Ingrediente 20
2

Ingrediente 17

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Diluente 50

Considerações para a classificação

1. Como não foram fornecidos os dados de toxicidade aguda para a mistura


diluída, não é possível a classificação através da aplicação dos critérios
de substâncias;
2. Pode-se considerar a classificação através da aplicação dos princípios de
extrapolação, já que há dados suficientes tanto sobre uma mistura original
já ensaiada como sobre os componentes individuais;
3. Pode-se considerar a classificação da mistura de acordo com a
informação dos ingredientes, caso quem classifica considera não optar
por aplicar o princípio de extrapolação, ou não há disponibilidade de
dados suficientes para aplicar o princípio de extrapolação;

Toxicidade aguda por ingestão

Pode-se aplicar o princípio de diluição. A classificação do diluente (isto é,


Categoria 5) é uma classificação de toxicidade equivalente ao ingrediente
original menos tóxico (ou seja: o Ingrediente 1 também é da Categoria 5).

Ingrediente Dados de ensaios de toxicidade


aguda

Oral

Diluente Categoria 5

(DL50: 2500 mg/kg)

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Ingrediente Peso % Classificação de


Toxicidade

aguda e dados de
ensaio

Oral

Ingrediente 26 Categoria 5
1
(DL50: 2,737mg/kg)

Ingrediente 40 Categoria 3
2
(DL50: 118mg/kg)

Ingrediente 34 Categoria 4
3
(DL50: 1,950mg/kg)

A classificação resultante ao aplicar o princípio de extrapolação (diluição) neste


caso é: Toxicidade Aguda por ingestão; Categoria 4. (Classificação original da
mistura antes de diluir).

Toxicidade aguda por via cutânea

Neste caso para a toxicidade aguda por via cutânea, o princípio de diluição não
pode ser aplicado. A classificação do diluente (Categoria 3) é uma classificação
de toxicidade maior que o ingrediente original menos tóxico (ou seja: os
Ingredientes 1, 2, e 3 são todos da categoria 4);

Deve-se considerar então, a classificação da mistura de acordo com os dados


dos ingredientes;

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Ingrediente Dados de ensaios de toxicidade


aguda

Cutânea

Diluente Categoria 3

(DL50: 950 mg/kg)

Ingrediente Peso % Classificação de


Toxicidade aguda e
dados de ensaio

Cutânea

Ingrediente 26 Categoria 4
1
(DL50: 1,500mg/kg)

Ingrediente 40 Categoria 4
2

(DL50: 1,250mg/kg)

Ingrediente 34 Categoria 4
3

(DL50: 1,100mg/kg)

Para a classificação de toxicidade aguda por via cutânea, deve-se considerar


então, a classificação da mistura baseada nos dados dos ingredientes;

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Para esta classe de perigo, em específico o GHS estável, que ao dispor de


dados para cada um dos componentes individuais da mistura, permite a
utilização da seguinte equação para calcular a Estimativa da Toxicidade Aguda
da Mistura (ETAm) que permita a classificação:

100 Ci
= Σ
ETAm ETAi

Onde:

Ci = concentração do componente;

ETAi = Estimativa de Toxicidade Aguda do componente i;

Aplicando a equação antes indicada, e utilizando a informação disponível para


cada um dos componentes da mistura, obtém-se:

100 13 20 17 50
= + + +
ETAm 1500 1250 1100 950

100
= 0.0928
ETAm

ETAm = 1078 mg/kg

O resultado da ETAm permite classificar a mistura como Toxicidade aguda por


via cutânea, Categoria 3 de acordo com as faixas de referência estabelecidas no
GHS.

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Toxicidade aguda por inalação

Neste caso, para a toxicidade aguda por inalação, é possível aplicar o princípio
de diluição. A classificação do diluente (ex., Categoria 5) é uma classificação de
toxicidade inferior ao ingrediente original menos tóxico (ex., o ingrediente 1 é
Categoria 4).

Ingrediente Dados de ensaios de toxicidade


aguda

Inalação Vapores

Diluente Categoria 5

(DL50: 19mg/l)

Ingrediente Peso % Classificação de


Toxicidade aguda e
dados de ensaio

Inalação Vapores

Ingrediente 26 Categoria 4
1

(DL50: 11mg/l)

Ingrediente 40 Categoria 3
2
(DL50: 4mg/l)

Ingrediente 34 Categoria 2
3
(DL50: 1.5mg/l)

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A classificação resultante ao aplicar o princípio de extrapolação (diluição) neste


caso é a Classificação: Toxicidade Aguda por inalação; Categoria 2.
(classificação original da mistura antes de diluir).

Resultado da classificação

1. Via Oral – Classificação: Toxicidade Aguda por ingestão; Categoria 4

2. Via Cutânea – O princípio de diluição não pode ser aplicado. Toxicidade


Aguda por via cutânea; Categoria 3

3. Via Inalação – Classificação: Toxicidade Aguda por Inalação; Categoria 2

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ANEXO V – MATERIAL SELECIONADO PARA O RESULTADO 5
poster 2.pdf 1 17/09/2013 15:45

Pictogramas GHS
Manusear com cuidado. Manter afastado
Gases, líquidos e sólidos oxidantes. Pode provocar ou agravar incêndios; comburente. de roupas e materiais combustíveis.
Manusear com cuidado.
Extremamente inflamável (gás / líquido / vapor / spray).
Evite fontes de ignição.
Altamente inflamável (líquido / vapor). Inflamável (gás / líquido / vapor / sólido / spray). Manter afastado de roupas e materiais combustíveis.
Produtos de auto-aquecimento, pirofóricos, peróxidos orgânicos (Tipo B) e autoreactive (Tipo B). Utilize apenas ao ar livre ou em áreas bem ventiladas.
Explosivos, autoreactive (tipos A e B). Manusear com cuidado. Evite fontes de ignição.
Peróxidos orgânicos (tipos A e B). Manter afastado de roupas e materiais combustíveis.
Perigoso quando aquecido. Mantenha no recipiente original.
C

M
Manusear com cuidado e evitar o contato.
Sério risco à saúde. Obter instruções específicas antes da utilização.
Y

CM

MY

CY

CMY Lavar bem após o manuseio


Manusear com cuidado e evitar o contato.
K

Tóxico por inalação, ingestão ou contato com a pele.


Pode ser mortal. Obter instruções específicas antes da utilização.
Lavar bem após o manuseio.
Perigoso para os organismos aquáticos. Evitar a libertação para o ambiente.

Manter ao abrigo da luz solar.


Gás sob pressão; risco de explosão sob a acção do calor. Armazenar em local bem ventilado.

Nocivo por inalação e irritante para os olhos ou com a pele ou perigosos Evite o contato.
para a camada de ozono. Utilizar em áreas bem ventiladas.

Pode ser corrosivo para os metais, piel u ojos. Manusear com cuidado e evitar o contato

Sempre leia os rótulos e fichas de segurança. Em todos os casos,


você deve usar o equipamento de proteção pessoal apropriado.
OUTRAS MATERIAIS DESENVOLVIDOS PARA O RESULTADO 5
GHS
A classificação e rotulagem de substâncias e produtos químicos
foram harmonizadas no mundo inteiro sob uma
iniciativa das Nações Unidas denominada
Sistema Globalmente Harmonizado

Inflamável Oxidante Gás sob pressão


Evitar fontes de ignição. Manusear com cuidado. Armazenar protegido da luz
Manter afastado de Manter afastado de materiais solar em local com
materiais combustíveis. combustíveis. ventilação adequada. Utilizar
Utilizar em locais com proteção pessoal adequada.
ventilação adequada.

Corrosivo Nocivo ou Perigo severo


Irritante para a saúde
Manusear com cuidado. Evitar o contato. Utilizar em Manusear com cuidado e
Evitar o contato. locais com ventilação evitar o contato. Antes de
adequada. usar, ler atentamente as
instruções. Lavar bem as
mãos após o uso.

Perigoso para o Tóxico / Mortal Explosivo


meio ambiente
Evitar liberar no meio Manusear com cuidado, Evitar fontes de ignição.
ambiente. evitando o contato. Antes de Manter afastado de material
usar, ler atentamente as combustível. Manter no
instruções. Lavar bem as recipiente original.
mãos após o uso.

Espaço reservado para informação da autoridade local e logotipo


Pictogramas GHS
Perigos à saúde Peligros físicos
Caveira e ossos cruzados: Efeitos adversos à saúde,
Bomba Explodindo: Pode explodir se exposto a choque,
mesmo em pequenas doses. Podem causar náuseas,
fricção e a fontes de calor como, por exemplo, chamas,
vômitos, dores de cabeça, perda de consciência e até
faíscas, eletricidade estática, etc.
mesmo a morte.
Corrosão: Em caso de contato com a pele e os olhos,
pode causar danos irreversíveis, inclusive cegueira. Corrosão: Produtos químicos que são corrosivos e
podem atacar ou destruir metais.

Ponto de exclamação: Em doses elevadas pode produzir


Chama sobre círculo: Comburentes, podem provocar ou
danos. Também podem irritar os olhos, garganta, nariz e
agravar um incêndio ou uma explosão em presença de
pele. Causam alergias na pele, sonolência, tonturas e
produtos combustíveis.
efeitos narcóticos.
Perigoso à saúde: Cancerígenas, mutagênicas, toxicidade Chama: Inflamam quando expostos a uma fonte de
que afeta a reprodução, podendo prejudicar o ignição (chama, faíscas, eletricidade estática, etc.), a uma
funcionamento de determinados órgãos (toxicidade fonte de calor ou à fricção, bem como em contato com o ar
sistêmica para órgãos-alvo). Possíveis efeitos graves sobre ou a água, ou se desprendem gases inflamáveis
os pulmões e alergias respiratórias.
Cilindro de gás: Gás sob pressão em um recipiente.

Perigos para o ambiente


Alguns tipos de gases podem explodir quando aquecidos:
Gases comprimidos, liquefeitos ou dissolvidos sob
pressão.
Medio Ambiente: provocan efectos adversos para los
organismos del medio acuático (peces, crustáceos, Algas,
otras plantas acuáticas, etc.).
Espaço para a institucionalização

Semprelas
Lea siempre leiaetiquetas
os rótulos e fichas
y fichas dede segurança.
datos Em todos
de seguridad. os casos,
En todos você deve
los casos usar
deberá o equipamento
usarse deprotección
el equipo de proteção individual adequado.
personal adecuado
Detalhes de informação e de contacto da autoridade competente
GHS
Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e
Rotulagem de Produtos Químicos
Pictograma Categoria Frases H
1A / 1B / 1C H314 Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves.
Corrosivo cutâneo

Lesões oculares graves 1 H318 Provoca lesões oculares graves.

Oral 1 / 2 H300 Mortal por ingestão.


Dérmico 1 / 2 H310 Mortal em contacto com a pele.
Inhalación 1 / 2 H330 Mortal por inalação.
Toxicidade aguda Oral 3 H301 Tóxico por ingestão
Dérmico 3 H311 Tóxico em contacto com a pele.

Inhalación 3 H331 Tóxico por inalação.

Oral 4 H302 Nocivo por ingestão.


Toxicidade aguda Dérmico 4 H312 Nocivo em contacto com a pele.
Inhalación 4 H332 Nocivo por inalação.
Irritação cutânea 2 H315 Provoca irritação cutânea.
Irritação ocular 2 H319 Provoca irritação ocular grave.
Sensibilização cutânea 1 H317 Pode provocar uma reacção alérgica cutânea.
H335 /
Toxicidade específica de órgãos alvo 3 Pode provocar irritação das vias respiratórias / Pode provocar sonolência ou vertigens
H336
Perigos para a camada de ozônio 1 H420 Perigoso para a camada de ozono.
Quando inalado, pode provocar sintomas de alergia ou de asma ou dificuldades
Sensibilização respiratória 1 H334
respiratórias.
1A / 1B H340 Pode provocar anomalias genéticas
Mutagenicidade em células germinativas
2 H341 Suspeito de provocar anomalias genéticas
1A / 1B H350 Pode provocar cancro
Carcinogenicidade
2 H351 Suspeito de provocar cancro
1A / 1B H360 Pode afectar a fertilidade ou o nascituro
Toxicidade à reprodução
2 H361 Suspeito de afectar a fertilidade ou o nascituro
Toxicidade sistêmica em órgão- alvo 1 H370 Afecta os órgãos
(exposição única) 2 H371 Pode afectar os órgãos
Toxicidade sistêmica em órgão- alvo 1 H372 Afecta os órgãos após exposição prolongada ou repetida
(exposição múltipla) 2 H373 Pode afectar os órgãos após exposição prolongada ou repetida
Perigo por aspiração 1 H304 Pode ser mortal por ingestão e penetração nas vias respiratórias.
- H200 Explosivo instável.
1.1 H201 Explosivo; perigo de explosão em massa.
1.2 H202 Explosivo, perigo grave de projecções.
Substâncias / misturas e objetos explosivos
1.3 H203 Explosivo; perigo de incêndio, sopro ou projecções
1.4 H204 Perigo de incêndio ou projecções.
1.5 H205 Perigo de explosão em massa em caso de incêndio.
A H240 Risco de explosão sob a acção do calor.
Autorreativo
B H241 Risco de explosão ou de incêndio sob a acção do calor.
A H240 Risco de explosão sob a acção do calor.
Peróxido orgânico
B H241 Risco de explosão ou de incêndio sob a acção do calor.
1 H220 Gás extremamente inflamável.
Gases inflamáveis
2 H221 Gás inflamável.
1 H222 Aerossol extremamente inflamável.
Aerossóis inflamáveis
2 H223 Aerossol inflamável.
1 H224 Líquido e vapor extremamente inflamáveis.
Líquidos inflamáveis 2 H225 Líquido e vapor facilmente inflamáveis.
3 H226 Líquido e vapor inflamáveis.
Sólidos inflamáveis 1/2 H228 Sólido inflamável.
As substâncias e misturas que reagem B H241 Risco de explosão ou de incêndio sob a acção do calor.
espontaneamente C/D/E/F H242 Risco de incêndio sob a acção do calor.
Líquidos pirofóricos 1 H250 Risco de inflamação espontânea em contacto com o ar.
Sólidos pirofóricos 1 H250 Risco de inflamação espontânea em contacto com o ar.
Substâncias e misturas propensas a sofrer 1 H251 Susceptível de auto-aquecimento: risco de inflamação.
auto-aquecimento 2 H252 Susceptível de auto-aquecimento em grandes quantidades: risco de inflamação.
Substâncias e misturas que, em contato com 1 H260 Em contacto com a água liberta gases que se podem inflamar espontaneamente.
a água, emitem gases inflamáveis 2/3 H261 Em contacto com a água liberta gases inflamáveis.
B H241 Risco de explosão ou de incêndio sob a acção do calor.
Peróxidos orgânicos, tipo
C/D/E/F H242 Risco de incêndio sob a acção do calor.
Gases comburentes 1 H270 Pode provocar ou agravar incêndios; comburente.
1 H271 Risco de incêndio ou de explosão; muito comburente.
Líquidos comburentes
2/3 H272 Pode agravar incêndios; comburente.
1 H271 Risco de incêndio ou de explosão; muito comburente.
Sólidos comburentes
2 /3 H272 Pode agravar incêndios; comburente.

Gás sob pressão H280 Contém gás sob pressão; risco de explosão sob a acção do calor.
Gás liquefeito H280 Contém gás sob pressão; risco de explosão sob a acção do calor.
Gás liquefeito refrigerado H281 Contém gás refrigerado; pode provocar queimaduras ou lesões criogénicas.

Gás dissolvido H280 Contém gás sob pressão; risco de explosão sob a acção do calor.

Substâncias corrosivas aos metais 1 H290 Pode ser corrosivo para os metais.

Toxicidade aquática (aguda) 1 H400 Muito tóxico para os organismos aquáticos.


1 H410 Muito tóxico para os organismos aquáticos com efeitos duradouros.
2 H411 Tóxico para os organismos aquáticos com efeitos duradouros.
Toxicidade aquática (crônica)
3 H412 Nocivo para os organismos aquáticos com efeitos duradouros.
4 H413 Pode provocar efeitos nocivos duradouros nos organismos aquáticos.

Espaço reservado para informações das


autoridades locais e logotipo
GHS
Sistema Globalmente Harmonizado para a classificação e
rotulagem de produtos químicos

Pictogramas e classes de perigo do GHS

• Comburentes • Inflamáveis • Explosivos


• Autorreativos • Reativos
• Pirofóricos • Peróxidos orgânicos
• Auto-aquecíveis
• Emite gás inflamável
• Peróxidos orgânicos

• Toxicidade aguda (severa) • Corrosivos para os metais • Gases sob pressão


• Corrosivo cutâneo
• Lesões oculares severas

• Carcinogênico • Toxicidade aquática (aguda) • Toxicidade aguda (perigoso)


• Sensibilizante à respiração • Toxicidade aquática (crônica) • Irritação cutânea/ocular
• Toxicidade à reprodução • Sensibilização cutânea
• Toxicidad específica em órgão • Toxicidade específica em órgão
alvo (exposições repetidas) alvo (exposição única)
• Mutagenicidade em células • Perigos para a camada de
germinais ozônio
• Perigo por inalação

Espaço reservado para informação da


autoridade local e logotipo

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