GNE245 - Tratamento de Águas

Residuárias I

Tratamento Preliminar
Desarenador e Caixa de Gordura

Aula 8
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Tratamento preliminar

DESARENADORES OU CAIXAS DE AREIA

a) Objetivos:

O desarenador deve ser projetado para remoção mínima de 95% em

massa das partículas com diâmetro igual ou superior a 0,2 mm
(densidade de 2,65 g cm-3) (NBR 12.209/1992).

 inorgânico  areia, pedrisco, cascalho, etc;

 orgânico  grãos, ração, restos de frutas e hortaliças, cascas de

ovos, pedaços de ossos, etc.
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b) Finalidade:

 minimizar impactos nos corpos receptores  assoreamento

 evitar abrasão nos equipamentos, bombas e tubulações;

 reduzir obstrução e avarias em tubulações, orifícios, sifões, etc.;

 evitar assoreamento em reatores e tubulações.

OBS. Pode ser a primeira e única etapa do tratamento  disposição no

solo.

c) Princípio:

alteração do regime hidráulico  decantação

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Classificação de desarenadores
a) De acordo com a forma:
** Prismática (seção retangular ou quadrada);
** Cilíndrica (seção circular).
b) De acordo com a forma de separação sólida-líquida:
** por gravidade (natural e aerada);
** Por centrifugação.
c) De acordo com a remoção dos sólidos:

** Manual;
** mecanizada (raspadores, bombas centrífugas, parafuso “sem fim”,
caçambas transportadoras, etc.).
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Critérios de projeto (NBR 12.209/1992)

 A vazão de dimensionamento do desarenador deve ser a vazão

máxima afluente à ETE;

Devem ser previstas pelo menos duas unidades instaladas, sendo

neste caso uma delas reserva, a qual pode ser unidade não
mecanizada;

 No caso de desarenador por gravidade, a taxa de escoamento

superficial deve estar compreendida entre 600 a 1.300 m3 m-2 d-1;
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Critérios de projeto (NBR 12.209/1992)

 No caso de desarenador tipo canal deve ser observado o seguinte:

a) a seção transversal deve ser tal que a velocidade de escoamento

para a vazão média seja igual a 0,30 m s-1, não sendo superior a 0,40
m s-1 para a vazão máxima;

b) no fundo e ao longo do canal, deve ser previsto espaço para a

acumulação do material sedimentado, com seção transversal mínima
de 0,20 m de profundidade por 0,20 m de largura; no caso de limpeza
manual, a largura mínima deve ser de 0,30 m.
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 Esquema de um desarenador prismático:

* princípios da sedimentação discreta
A

S
vh
vs
h

B
L
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OBS: Na sedimentação discreta o que importa é a área superficial.

h L
* tempo de sedimentação: TS  T
* tempo de detenção: d 
Vs Vh
Q Q
* velocidade horizontal: Vh  
S B h

h L Vh  h
como ts = td:  L
Vs Vh Vs

Como Vh = 0,30 m s-1 e Vs = 0,02 m s-1, temos:

0,30  h Como segurança, em

L L  15  h função da turbulência,
0,02
adotar fator de segurança
de até 50% (Jordão e
L  22,5  h Pessôa, 2011).
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3. Operação e manutenção do sistema

 medição periódica da camada de areia acumulada;

 desviar a vazão e executar a limpeza quando material acumulado

ocupar 2/3 do comprimento.

Destino do material removido:

 aterro sanitário;

 uso em construção civil.

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Desarenadores para tratamento de esgoto

doméstico
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Planta de desarenador convencional

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Decantador da água residuária de lavagem dos frutos do

cafeeiro de varrição
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Decantador para tratamento de água residuária do processamento da

cenoura
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Planta de desarenador para tratamento de águas residuárias ricas em

sólidos sedimentáveis
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REMOÇÃO DE GORDURAS E SÓLIDOS FLUTUANTES

a) Origem:

- resíduos: materiais de massa específica menor que a da água 

óleos, graxas, gorduras, ceras e outros;

- material de constituição da “escuma”.

- concentração encontrada em águas residuárias:

* esgoto doméstico: de 50 a 150 mg L-1 de gordura;

* águas residuárias da suinocultura: de 450 a 7.000 mg L-1 de gordura.
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Escuma da água residuária do

descascamento/despolpa dos
frutos do cafeeiro
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b) Finalidade:

- evitar obstruções dos coletores, rede hidráulica, poros de filtros,

capeamento de flocos biológicos em reatores biológicos, emissores
das águas e poros do solo.
- evitar aderência em peças especiais da rede hidráulica;

- evitar acúmulo nas unidades de tratamento  odores

desagradáveis, proliferação de moscas e perturbações no
funcionamento dos dispositivos de tratamento.
OBS.: a formação de crostas em lagoas de estabilização
anaeróbias, apesar de ser vantajosa sob o ponto de vista de manter
a anaerobiose, favorece a proliferação de moscas;

- efeitos anti-estéticos em corpos receptores.

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Efeito anti-estético em corpos hídricos receptores

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c) Princípio: separação sólido/líquido por flutuação (inverso da sedimentação)

Dimensionamento
Q
V  Q td AS 
VAS
As – área superficial da caixa de gordura (m2);
Q – vazão afluente (m3 h-1);
vas– velocidade mínima de ascensão (m h-1)  determinada experimentalmente;
V - volume do tanque (m3);
td – tempo de detenção da água residuária (h)  td entre 5-20 min.

muito pouca informação a respeito da velocidade de ascensão de óleos e

gorduras  vas entre 1-15 m h-1
* 95% de óleo de linhaça  14 m h-1

vh > 36 m h-1  evitar a deposição de material orgânico na caixa de gordura.

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Operação e manutenção da caixa de gordura

- limpeza periódica  remoção do óleo e gordura retidos, a fim de

evitar que o material seja arrastado com o efluente.

Detalhe do acesso à caixa

de gordura, para que possa
efetuar a limpeza periódica
do tanque
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Destino do material:

 aterro;

 reciclagem  gordura e graxas de matadouros, laticínios,

curtumes e indústrias alimentícias aproveitados nas indústrias
de sabão, glicerina e biodiesel.
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Planta de caixa de gordura de uma só câmara

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Planta de sistema de remoção de óleos e graxas

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Sistema de remoção de óleos e graxas residencial

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Calha Parshall