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Capítulo 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: Conceituação e histórico da brincadeira

O lúdico como caminho da aprendizagem é algo que já vêm desde os primórdios


da humanidade, segundo os historiadores é um comportamento que faz parte dos
homens criar formas de perpetuar o conhecimento, tal afirmação pode ser identificadas
em achados arqueológicos datados do Século IV a.C.
Já Grécia antiga é incentivada a aprendizagem por meio de brincadeiras e jogos.
As brincadeiras e os jogos acrescentam e muito nos aspectos formativos do ser humano,
mas foi a partir do século XVIII, que as ideias sobre a importância do lúdico na
aprendizagem ganharam força e começaram a ter uma conotação mais acadêmica, se
podemos falar nesses termos.
A brincadeira já faz parte da vida do ser humano logo no início das primeiras
civilizações, é nítido de se ver que seja qual for a cultura que ela esteja inserida seja ela
brincadeira individual ou coletiva. Outros filósofos já citavam a importância da
brincadeira na infância desde os tempos antigos. (Alexandre Santana, 2011, p. 20)
mencionou que:

Platão, já em meados de 367 a.c., apontou a importância da utilização dos


jogos para que o aprendizado das crianças pudesse ser desenvolvido afirmava
que em seus primeiros anos de vida os meninos e meninas deveriam praticar
juntos atividades educativas através dos Jogos, Rabelais, no Século XV d.C.,
já proclamava que o ensinamento deveria ser através dos jogos, dizendo a
todos que deveriam ensinar às crianças o gosto pela leitura, pelo desenho,
pelo jogo de cartas e fichas que serviam para ensinar a aritmética e até
mesmo a geometria.

A médica psiquiatra e pedagoga Maria Montessori (1907-1952) desenvolveu


recursos e métodos que até os dias de hoje são usados na sala de aula para auxiliar no
aprendizado, tais como a utilização de números e letras formatados em placas de
compensados, alfabeto móvel dente outros.
Montessori criou uma metodologia de estímulo de aprendizagem denominado
método lúdico da “linha ou aula rítmica” o qual se trabalha a consciência da criança em
sua realidade. O método é constituída em 5 fases, ou seja:
1ª fase atenção, buscar chamar atenção das crianças;
2ª fase concentração sem esforço, andar na linha naturalmente;
3ª fase concentração com esforço, trabalhar o domínio dos menores gestos;
4ª fase desconcentração, quando a criança se expande e usa a criatividade e a
espontaneidade;
5ª fase relaxamento sendo o momento em que as crianças são convidadas a
ficarem em silencio.
Kishimoto (1995), fala que a cultura vê a criança de um jeito diferente, porque
antigamente elas eram vistas como um ser sem valor, só no século XVIII, resolvem
valoriza-a fazendo valer os direitos que são inatos a criança, dando extrema ao amparo
infantil e elaborando um método educacional inovador, então a partir do renascimento a
brincadeira passa a ser uma forma de desenvolvimento da inteligência facilitando o
estudo.
Já para Vygotsky ( ? ), o ser humano se desenvolve no aprendizado com outro
com outro ser humano, é a aprendizagem através da vivencia social, que ele conceitua
como zona de desenvolvimento próxima (ZDP). Quando a criança vence os obstáculos
compreensão das coisas ela alcança a zona de desenvolvimento real (ZDR), que lhe
capacita realizar tarefas de forma independente.
É importante o “brincar” no desenvolvimento da criança para criar motivação,
autoestima e desempenho na escola e tem melhores favorecimento quando realizada
logo na infância, pois favorece aspectos cognitivos, afetivos e sociais, como podemos
constatar na leitura ao longo da história.
1.1 Brincadeira como fonte de sabedoria e história da civilização: Os jogos e
brincadeiras existentes hoje, no brasil são resultados dessa miscigenação, uma herança
deixada por nossos antepassados e devem ser preservados, valorizados e utilizados para
o ensino de nossos alunos.
Vygotsky diz que, “é no brinquedo que a acriança aprende a agir numa esfera
cognitiva, em vez de uma esfera visual externa, dependendo das motivações e
tendências internas”. Ainda de acordo com esse autor, antes de aprender a falar e
escrever. A criança sabe como fazer coisas sem perceber que sabe.
O planejamento de atividades lúdicas e o acompanhamento do brincar cabem ao
educador, para que toda criança consiga se desenvolver, objetivo este que tem
inicialmente a educação infantil, durante a qual deve ser parte integrante do
planejamento pedagógico, para poder proporcionar o crescimento da criança no
ambiente escolar, portanto é papel do professor de educação infantil estruturar, intervir,
favorecer o brincar da criança na escola.
1.2 Conceituação de brinquedo: O brinquedo não é apenas um instrumento
notório para criança, pois tem valor, sentimentos, emoções e comportamentos que
podem ser vistos quando a criança está brincado. O brinquedo favorece a autonomia,
aguça o cognitivo e a imaginação, como também propicia momentos de alegria e prazer.
No século XV, alguns autores e filósofos já sustentavam a ideia de que a
infância era uma fase da vida de nós seres humanos onde a brincadeira deveria ser
estimulada com jogos, brincadeira, brinquedos, entre outras formas de recursos
didáticos. A autora Oliveira (2012, p. 15) define que:

Nas palavras de Fröibel, o primeiro Educador a enfatizar a Importância do


lúdico na Educação Infantil, a brincadeira não é trivial, ela é atualmente séria
e de profunda significância. Alguns Filósofos garante que brincar é a base da
Cultura de um povo, Brincadeiras tradicionais vêm sendo transmitidas de
uma Geração à outra, de um país para o outro, há centenas, Milhares de anos.

A história da brincadeira começou com os nosso antepassados e nos faz entender


a forma que o brincar ajuda a criança com seu desenvolvimento tanto social, físico,
motor e psicológico.
Quando se fala da história do brinquedo se referimos aos tempos antigo onde os
adultos construíam os mesmos e brincavam com as crianças, as brincadeiras, jogos e
brinquedos fazia parte da cultura e da sociedade onde moravam. Na leitura Zatz (2006,
p.18-19) define bem com as palavras ao dizer que:

A história do brinquedo e tão antiga quanto a história do homem. Estudiosos


do assunto dizem até que os brinquedos podem contar A história do próprio
homem e sua evolução social, cultural e até política. Muitos brinquedos que
conhecemos hoje tem suas origens nas mais antigas civilizações. É o caso das
bonecas, por exemplo: As primeiras bonecas que foram construídas,
possivelmente há Quarenta anos, na Ásia, e na África, eram usadas em
rituais. Outros exemplos são piões, que, por volta do ano 3000 a.c, Na
Babilônia, era feitos de argilas e tinham as bordas decoradas com desenhos
ou relevos representando formas humanas ou Animais.

O trabalho faz parte da vida dos adultos na sociedade antiga e com isso os pais
não tinha tanto tempo de ficar com seus filhos mais os mesmo sempre arrumava um
jeito de estreitar os laços com as crianças para que pudessem compartilhar momentos
bons através das brincadeiras, então depois que terminavam seus horários de trabalho os
pais caiam na brincadeira com seus filhos.
Aries (1981 p.79) relata isso muito bem ao dizer:
Por outro lado, os jogos e os divertimentos estendiam-se muito além dos
momentos furtivos que lhes dedicamos: formavam um dos principais meios
de que dispunha uma sociedade para estreita seus laços coletivos, para se
sentir unidos. Isso se aplicava a quase todos os jogos, mas esse papel social
aparecia melhor nas grandes festas sazonais e tradicionais.

No contexto do cenário brasileiro os índios, os portugueses e os negros foram os


precursores dos modelos e maneiras de desenvolvimento do lúdico preconizados no
ambiente escolar até os dias de hoje, expressado na riqueza e manifestado na
miscigenação cultural dos povos. Assim, o Brasil se tornou um país rico do ponto de
vista cultural e educacional, devido a uma grande mistura de raças e povos, cada um
com suas culturas e crenças, surgindo expressões linguísticas, folclóricas, danças e
expressões cênicas que contribuíram e contribuem no imaginário da criança que é,
didaticamente, apropriados como recursos de aprendizagem mediando o visão do
mundo como o imaginário da criança e a construção do conhecimento formal.
No Brasil, mesmo com a riqueza da miscigenação cultural, o lúdico como
recurso didático surge de forma lenta, mas a partir da independência do país podemos
registrar as primeiras discussões sobre os direitos da criança e do adolescente incluso no
código criminal de 1830, primeira lei imperial penal, nesse período da história, crianças
e adolescentes passaram a ter seus crimes atenuados, o que era um avanço, já que a
criança não era tida como um ser ainda em desenvolvimento e que não tinha consciência
dos seus atos.
Por que enfatizamos a questão do reconhecimento da criança como um ser em
desenvolvimento? Porque para se tratar métodos ou recursos didáticos que foque a
criança como o centro primordial do processo de aprendizagem é imprescindível que
seja reconhecido a sua condição especial de aprendizagem. Fato, aliás, que pode se
constatado ao longo da história com a impressão de vários teóricos que contribuíram
para na definição de conceitos e métodos a serem utilizados no processo de ensino-
aprendizagem com as crianças.
Mas vejamos os outros aspectos conceituais sobre essa questão no início do
Século XX quando surgiram três leis essenciais que buscavam atender a realidade da
criança na sociedade brasileira, quais sejam: o Código de Menores de 1927, que
judicializou a concepção de infância e passou a responsabilizar o estado pelo
atendimento as crianças abandonadas, institucionalizadas e delinquentes; o Código de
Menores de 1979, que alterou pouco o anterior; e, o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) de 1990, que foi o grande passo em relação aos direitos da criança
e do adolescente.
Em 1999 surgiu no brasil por meio de iniciativas da secretaria de educação
básica (SEB) e da secretaria de educação a distância, o programa RIVED (rede
interativa virtual de educação), cujo objetivo é estimular o raciocínio e pensamento
crítico dos alunos, utilizando a informática para a aprendizagem de novas abordagens
pedagógicas.

Capítulo 2 O LÚDICO COMO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

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