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17/02/2017 O 

diacono na igreja local biblica

O diaconato, o ofício de diácono como oficial servo da igreja e do pastor, qualificações exigidas, mulher não pode ser
diaconisa nem pastora, vinho é não alcoólico, sem álcool.

O   DIÁCONO    na Igreja Local (Bíblica)

 (Hélio de Menezes Silva, diácono na IBF de Campina Grande)

Estudo dedicado à

minha esposa, Valdenira, e à minha mãe, Maria do Carmo,

exemplos de mulheres preciosas como aquela de Prov. 31.

Nos  originais,  em  Grego,  “DIAKONOS” =  servo  (!),  escravo,  servidor,  aquele  que  tem  por  obrigação
servir.  (Surpreso?...). [1]

Servo,  não  dono  e  senhor.  Dirigido,  não  diretor.  Servo  de  Deus  e  da  igreja.  Levador  e  aliviador  das
cargas do pastor. Grande ajudador e auxiliador do pastor.  Servo!

(Não há nada mais antibíblico e destrutivo do que um corpo de diáconos no papel de manda­chuvas, de
donos  e  patrões  da  igreja  e  do  pastor,  a  quem  querem  tratar  como  reles  empregadinho  a  ser
manipulado... Deus nos livre disto, sempre!).

Servo é aquele que não tem direitos, não dispõe de sua pessoa, nem bens; tem prazer em servir zelosa e
diligentemente;  serve,  ajuda  seu  superior  na  execução  de  trabalhos.  O  servo  se  considera  mero
instrumento, dá toda a glória aos seus superiores e seu Senhor.

Lato  Sensu,  no  sentido  amplo  e  genérico,  vemos  no  Novo  Testamento  a  palavra  “diakonos”  e  suas
variantes serem,    mais  de  100  vezes,  aplicadas:  a  servos  domésticos;  a  Cristo;  a  todos  os salvos (que
devem  ser  servos  do  Senhor  e  servos  uns  dos  outros);  a  todos  os  pregadores  e  ensinadores;  a  todos
aqueles que servem na igreja local; a mulheres (vide Apêndice); a anjos de Deus; e a servos do Diabo.
Todo  o  salvo  foi  salvo  para  servir,  não  para  ser  servido.  Portanto,  no  sentido  amplo  e  genérico,  todo
crente  deve  ser  um  diácono  (servo)  de  Deus,  do  pastor,  da  sua  igreja  local,  e  de  cada  um  dos  seus
irmãos, individualmente.

Stricto Sensu, no sentido estrito e específico, porém, vemos no Novo Testamento a palavra “diakonos”
aplicada somente a 1 dos 2 grupos de oficiais da igreja local.

A Bíblia nos mostra que a igreja local tem 2 ofícios especiais, 2 cargos com posição especiais:

a) o ofício dos pastores [2]

b) o ofício dos diáconos.

Estudemos Atos 6 e 1 Tim 3, os dois principais textos sobre o segundo tipo de oficiais da igreja local, os
diáconos:

1. Deveres­Fim dos Diáconos

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Atos  6:1­4  (Embora  o  nome  “diácono”  não  apareça,  claramente  temos  a  instituição  destes  primeiros
oficiais):

Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os
hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. (2) E os doze, convocando a
multidão dos discípulos, disseram: “Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às
mesas (3) Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e
de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante [!] negócio. (4) Mas nós perseveraremos na
oração e no ministério da palavra.”

DEVERES­FIM DOS PASTORES
Atos 6:4 Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. Este é o ministério­fim
do pastor!

a) Oração: diariamente (em horas reservadas e também em incessante espírito de oração), assim
preparando a si próprio e intercedendo pelas ovelhas; e

b)  Ministério  da  Palavra:  diligentemente  estudando  e  meditando  a  Palavra  a  cada  dia,  para
entregá­la  tanto  diariamente  (em  “consultas”  no  escritório,  visitações  às  casas  e  hospitais,  em
evangelismo pessoal em todas as oportunidades, etc.), como nas pregações dos cultos da igreja.
DEVERES­FIM DOS DIÁCONOS
1.  Desembaraçar  os  pastores  da  execução  das  tarefas  materiais  [3]  da  igreja  local  (mesmo  as
tarefas tão importantes que os pastores já as faziam e pareciam só serem confiáveis a eles), para
que só então [4] estes pastores possam se concentrar na oração e no ministério da Palavra de Deus.
2.  Promover  a  paz  e  união  no  seio  da  igreja.  Os  diáconos  devem  lutar  contra  murmurações  e
partidarismos (ao invés de tolerá­los e até criá­los e encabeçá­los!).
3.  Promover  o  bem­estar  dos  crentes.  Os  diáconos  devem  subdividir  entre  si  o  cuidado  pelos
membros da igreja. O rol de membros pode ser dividido e atribuído aos diáconos por critérios tais
como proximidade física/etária/etc.[5]
4. Evangelismo pessoal. 6:8 E  Estevão,  cheio  de  fé  e  de  poder,  fazia  prodígios  e  grandes  sinais
entre o povo. (10) E não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava. 8:4­6,40 Mas
os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra. (5) E, descendo Felipe à
cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo. (6) E as multidões unanimamente prestavam atenção
ao que Felipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; ...(40) E [depois de ganhar o
eunuco  etíope  para  Cristo] Felipe  se  achou  em  Azoto  e,  indo  passando,  anunciava  o  evangelho
[em] todas as cidades, até que chegou a Cesaréia.

Notemos que todos os deveres­fim do diácono são auxílios ao pastor, estão dentro da esfera da liderança
pastoral, das funções pastorais!

2. O Processo de Eleição dos Diáconos
Atos  6:3,5­6  (3)  Escolhei  [6],  pois,  irmãos,  dentre  vós,  sete  homens  de  boa  reputação,  cheios  do
Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante  negócio.(5) E este parecer
contentou a toda[7] a multidão, e elegeram ... (6) E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando,
lhes impuseram as mãos.

O PROCESSO DE ELEIÇÃO DOS DIÁCONOS:
a. Quem pode ser “candidato” a diácono? Devem ser vasculhados todos os homens da igreja local,
para encontrarmos os que satisfazem todos os critérios bíblicos apresentados neste estudo;
b. Quem faz a escolha final dos diáconos? É toda a congregação que faz a escolha, controlada pelo
Espírito Santo;
c.  Quais  as  palavras  chave  que  devem  reinar  na  indicação  e  eleição?  Espírito  de  oração,
humildade,  responsabilidade,  união  fraternal,  e  dependência  total  e  somente  do  Espírito  Santo
(sem politicagem, reuniões de grupinhos,  campanhas de aliciamento e convencimento, etc.);
d. Qual o método para se fazer a [indicação e] escolha dos diáconos?
d.a.    Em  algumas  igrejas,  ou  só  os  diáconos,  ou  só  o  pastor,  ou  ambos,  se  e  quando  julgarem
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conveniente,  é  que  indicam  outros  diáconos,  a  serem  votados  pela  congregação.  Isto não parece
vir  do  N.T.  Há  perigo  de  “corporativismo”  (=  auto­acobertamento  e  defesa  até  dos  erros;
fisiologismo), “fechar a casta aos de fora” ...
d.b.  Em  outras  igrejas,  uma  comissão  especialmente  eleita,  representativa  de  todos  os  setores
maturos da igreja, em oração faz as sondagens e indicações, a serem ratificadas pela igreja, nome
a nome, exigindo­se 75% ou 90% dos votos para cada indicado ser eleito. Isto é o mais prático e
usual.
d.c. Em outras igrejas, não há indicações, os nomes são escolhidos diretamente pela congregação.
Atos 6:5 silencia, mas é mais provável que este tenha sido o procedimento. No entanto, uma igreja
imatura, através de infantilidade ou politicagem, pode eleger pessoa que não aceitará a indicação
ou dos quais a liderança ou outro membro, com muito amor e franqueza tenha que trazer objeções
quanto  às  suas  habilitações,  criando  constrangimentos.  Ademais,  a  necessidade  de  75%  ou  90%
dos votos pode exigir inúmeras repetições da votação, arrastando a eleição por horas a fio.
d.d. Outras igrejas têm as indicações feitas por comissão e complementadas na congregação.  Há
um  equilíbrio  entre  a  praticidade  de  (d.b)  e  o  silêncio  neotestamentário  de  (d.c),  pois:  a)  a
comissão,  com  muitas  orações  e  cuidados,  faz  uma  relação  dos  nomes  dos  irmãos  que  têm  os
prerrequisitos  bíblicos  de  Atos  6  e  1Tim  3,  e  têm  também  os  dons,  talentos  e  habilitações
necessárias,  parecendo  quase  certo  que  serão  eleitos;  b)  a  comissão  sonda  se  esses  irmãos
aceitarão  os  cargos,  caso  eleitos;  c)  e  publica  as  indicações  em  cartaz,  semanas  antes  da
assembléia  de  eleição;  d)  no  início  desta  assembléia,  sugestões  de  outros  nomes  poderão  ser
acrescentadas  às  cédulas  de  votação,  sendo  cada  sugestão  feita  por  pelo  menos  2  membros  da
igreja,  pronunciando­se  o  indicado  se  aceitará  o  cargo  se  vier  a  ser  eleito;  e)  se  a  liderança  ou
outro  membro  da  igreja  tiver  objeções  sérias  quanto  a  um  indicado  satisfazer  Atos  6  e  1Tim  3,
deve  apresentá­las  com  muita  franqueza,  mas  também  com  muito  amor;  f)  todos  os  nomes
indicados  e  acrescentados  podem  ser  votados,  cada  pessoa  votando  somente  num  razoável  (e
previamente sugerido) número de candidatos; g) só serão eleitos os que obtiverem 75% ou 90%
dos votos; h) se o número desejado de diáconos não for alcançado, o processo pode ser repetido,
para se complementar esse número.
e. Quantos diáconos devemos  ter?  1Tim  3  não  especifica  nada,  Atos  6  foi  só  um  exemplo  para
uma situação específica[8]. Achamos que a média das igrejas batistas de até uns 400 membros têm
cerca de 1 diácono por cada 5 a 15 homens adultos. Mas se esta conta disser que precisamos de 4
diáconos,  e  só  tivermos  2  com  as  condições  bíblicas,  fiquemos  só  com  estes  2.  Se  tivermos  5
crentes com plenas condições, nada proíbe tê­los todos como diáconos. Deixemos o Espírito guiar
nossas igrejas.
f. Por quanto tempo um diácono permanece [com o título de] diácono da sua igreja local? Toda a
sua vida, a não ser que a igreja, em assembléia, julgue que ele perdeu as condições necessárias.
g. Por quanto tempo o diácono permanece ativo no ofício de diácono na sua igreja local?

g.a.  Em  algumas  igrejas, por  toda  a  vida,  a  não  ser  que  a  igreja,  em  assembléia,  julgue  que  ele
perdeu  as  condições  necessárias.  Isto  parece  ser  a  prática  encontrada  no N.T. [9]  Mas  apresenta
alguns  problemas  na  prática  das  nossas  igrejas,  que  preferem  mais  não  reelegerem  um  diácono
desinteressado do que o “cassarem”...

g.b.  Em  outras  igrejas,  por  1  ou  2  anos,  podendo  ser  reeleitos.  Algumas  igrejas  [com  muitos
homens  qualificados]  adotam  “pausa”  de  1  ano  após  cada  máximo  de  4  anos,  visando  dar
oportunidades a outros irmãos. 
h. Qual o significado e  importância  da  imposição  de  mãos  quando  do  1o.  empossamento  de  um
diácono? Impor as mãos não confere benção e poder, apenas os reconhece. Este reconhecimento
deve  se  público,  solene  e  festivo,  com  a  imposição  de  mãos  significando  plena  aceitação  pela
igreja do fato que estes crentes satisfazem  todas  as  condições  bíblicas,    já  foram  escolhidos  por
Deus, e que os que impõem as mãos e toda a igreja se identificam plenamente com eles. [10]

3. Os 16 Prerrequisitos para os Diáconos
OS 16 PRERREQUISITOS PARA OS DIÁCONOS
At  6:3 1. Realmente salvos.
Escolhei,  pois,
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irmãos,
de entre vós, 2. Membros em perfeita comunhão, da igreja local.
sete homens 3. Homens, não mulheres.

ANDROS  =  homens  =  adultos  do  sexo  masculino;  derivado  de  “aner”,  significa
homem,  não  no  sentido  geral  de  ANTROPOS  (ser  humano),  mas  no  sentido  de
enfatizar  que  Deus  aqui  se  referiu  só  ao  sexo  masculino,  não  ao  feminino  [11].
(Vide Apêndice).
de  boa 4. De boa reputação e bons relatórios por todos.
reputação
MARTUREÔ  [12]  =  tendo  um  bom  testemunho/relatório  das  pessoas  a  respeito
deles; de boa reputação; provados e aprovados; dignos de todo crédito.
cheios  do5. Transbordantes do Espírito Santo e de sabedoria (prática e espiritual). Como para
Espírito  Santo pastores,  nenhuma  importância  foi  dada  a  diplomas,  posição  social,  posição
e de sabedoria, econômico­financeira!!! Procuremos caráter e não diploma, chamado e não desejo,
dedicação total e não profissionalismo.

­ PLÊRÊS  =  cheios,  transbordantes,  cobertos  inteiramente,  permeados  totalmente,


completos, não faltando em nada.

­ “Cheios do Espírito Santo” = constantemente esvaziando­se das inclinações e da
auto­suficiência dos seus “eu”, e constantemente deixando­se encher e transbordar
do  Espírito  Santo  de  Deus,  totalmente  entregues  e  dependentes  do  Seu  controle,
direção e poder.

­ SOPHIA = sabedoria; pelo contexto, a sabedoria espiritual tem que se refletir nas
coisas  práticas,  do  dia  a  dia!  Deus  não  quer  “nobres”&intelectuais,  quer
trabalhadores&espirituais.
aos quais constituamos sobre este importante (!) negócio.
1Tim  3:8­136. Impressionantemente reverenciáveis quanto aos propósitos e conduta.
Da  mesma
sorte  os SEMNOS  =  inspiradores  de  reverência  e  assombro  de  admiração;  augustos,
diáconos sejam honoráveis, veneráveis, reverenciáveis pelo caráter; graves&dignos [13]; sérios de
honestos, propósito e respeitáveis na conduta; honestos  em tudo.
não  de  língua 7.  Não de 2 conversas.
dobre,
DILOGOS  =  que  diz  uma  coisa  a  uma  pessoa/auditório,  e  outra  coisa  a  outra
pessoa/auditório [de outra posição­interesse]; de duas conversas; de língua dobre.
não  dados  a8. Não dados a excessos em alimentos e sucos (e abstêmios, claro).
muito vinho,
OINOS  =  designação  genérica  para  todo  líquido  direta  ou  indiretamente
proveniente da uva. Pode designar: suco fresco de uva; suco de uva preservado (por
processos similares à pasteurização, etc.); vinho alcoólico (fermentação etílica); ou
vinagre  (fermentação  acética).  O  entorno  do  texto  e  o  estudo  de  toda  a  Bíblia
exigem  que  entendamos  que  o  diácono,  além  de  ser  totalmente  abstêmio,  não
ingerindo uma gota de bebida alcoólica, também não seja homem dado a excessos
no comer e no beber, gastando muito dinheiro para se dar ao luxo de ter o que de
melhor  e  mais  saboroso  existe,  deixando­se  dominar  pela  glutonaria.  (vide
Apêndice).
não  cobiçosos 9. Não desejosos/aceitadores de ganhos indignos.
de  torpe
ganância; AISCHROKERDÊS =AISCHROS (baixo, vil, torpe, indigno, desonesto) + KERDOS
(lucro, ganho, vantagem). O diácono deve nunca se ter dado (ao menos depois de
regenerado)  ao  lucro  desonesto  e  à  exploração.  Não  deve  amar,  anelar
profundamente por dinheiro. Deve ser muito cuidadoso e limpo nos seus negócios,
e ser constante e não avarento nas suas contribuições para a obra do Senhor.
(9)  guardando 10. Firmes no guardar e batalhar pelas doutrinas de uma vez para sempre reveladas
o  mistério  dana Bíblia.

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­ ECHO              = firmemente possuir e agarrar­se­aderir­se

­ TO                     = a   o

­  MISTERION      =  aquilo  que  não  pode  ser  descoberto  pelo  homem,  mas  foi
revelado por Deus, através dos escritores da Bíblia.

­ TÊS                   = de   [a].

­ PISTIS              = fé, o corpo de ensinos que são cridas, que são o conteúdo da
nossa  fé[14].  Judas  3b  ...  tive  por  necessidade  escrever­vos  e  exortar­vos  a
batalhar pela fé que [de] uma vez [para sempre] foi dada aos santos. Heb  13:9a
Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas... Efe  4:14  Para
que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por  todo o vento de
doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.
numa 11. Numa consciência purificada e sem culpa.
consciência
pura. ­ SUNEIDÊSIS     = consciência, o ouvido espiritual que ouve a vontade e o padrão
de Deus!

­ KATHAROS      = pura (por ter sido purificada). Portanto, sem culpa.
(1)  E  também12. Tendo sido intensamente provados e aprovados, antes mesmo de tudo o mais.
estes  sejam
primeiro ­  DOKIMAZE              =  testado,  examinado,  experimentado  (com  a  expectativa  de
provados, aprovar).

­ PRÔTOS             = primeiro, antes de, e como prerrequisito para tudo o mais! [15]
depois  sirvam, 13. Irrepreensíveis e inacusáveis.
se  forem
irrepreensíveis ANENKLÊTOS  =  “sem”  +  “ser_chamável_a_pagar_conta”.  Irrepreensível.
Inculpável. Não ter nada de que possa ser acusável como resultado de investigação
pública. Mais do que ter sido absolvido, anistiado, ou já ter pago a pena, significa
ausência  de  sequer  uma  acusação  fundamentada  contra  a  pessoa  [desde  depois da
sua conversão].
(12)  Os 14. Serem maridos (nos corações intensos e individidos) de UMA só mulher.
diáconos sejam
maridos  de­ Cremos que solteiros são aquí impedidos. (Se não, devem ser raridade, não o ideal
uma  sónem usual).
mulher,
­ Um diácono pode perfeitamente ter recasado depois de ter ficado viúvo.

­ Deus sempre odeia o divórcio, o tolerando, com muito desgosto, somente no caso
do homem ser totalmente inocente (nunca vimos um caso destes!) e ter encontrado
na mulher gravíssimo e irresolvível pecado sexual, não tendo o coração amolecido a
ponto  de  perdoá­la  ou  esperar.  Somente  neste  caso  (nunca  vimos  um!)  talvez  um
diácono  abandonado  ou  que  se  divorciou  possa  ser  recasado.  Mas  achamos  mais
sábio que sirva de outro modo e não mais como diácono.

­ Muito mais do que só ter uma esposa viva, o crente deve ser homem cujo coração
só  vê  uma  mulher  no  mundo!  Evitemos  demorar  os  olhos  noutras  mulheres,
vivermos de conversinhas, de confidências com elas, pois arriscaríamos chegar pelo
menos  a  “adultério  espiritual”,  o  que  já  seria  demasiadamente  trágico...  e começo
de terríveis males.
[e]  governem15. Liderando, guiando, dando exemplo e orientando seus filhos.
bem  a  seus
filhos PROISTÊMI = estar em pé na frente (como em fileira), assim mostrando o caminho
pelo exemplo, liderando, cuidando, atendendo, supervisionando, orientando.

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17/02/2017 O diacono na igreja local biblica

­  Além  de  amarmos  profundamente,  devemos  ser  líderes  e  exemplos  espirituais


para nossas esposas  e  filhos, a  cada  dia  tanto  fazendo  o  “cultinho  doméstico”  em
hora  certa  e  reservada,  como  falando  de  Deus  nos  momentos  de  descanso,  de
camaradagem, andando no carro, em ocasiões não planejadas, etc. Amor, cuidado e
Deus devem fluir de nós natural e constantemente, para nossa família.

­ Não devemos tirar do seu ofício um homem de Deus que sempre governou bem
seus filhos e família, mesmo nas suas crises, só porque um seu filho, já adulto, não
mais ouve seus santos conselhos. O Pai perfeito governou perfeitamente 2 filhos, no
Éden perfeito, mas eles caíram...
e suas próprias 16. E a todos das suas próprias famílias.
casas
O homem governa bem sua casa ao desejar e dedicar­se, acima de tudo no mundo,
ao bem da sua esposa e filhos, separando­lhes bastante tempo da melhor qualidade,
esforçando­se para cultivar o companheirismo e o amor, a cada dia o expressando
repetidamente  por  palavras,  carinhos,  gestos    e  ações  práticas,  compartilhando
alegrias  e  tristezas.  As  regalias  espirituais  gozadas  pelo  homem  de  Deus  se
refletirão  no  seu  lar,  em  relações  cada  vez  mais  profundas  e  gratificantes.  Os
benefícios espirituais e o bom governo do crente devem estender­se a todos os que
trabalham para ou com ele, ou moram na sua casa.

4. Os 4 Prerrequisitos para as Esposas dos Diáconos [e Pastores]
OS 4 PRERREQUISITOS PARA AS ESPOSAS [16] [17]  DOS DIÁCONOS E PASTORES
1 Tim 3:11 Da 1. Muito admiráveis quanto aos propósitos e conduta..
mesma sorte as
esposas  sejam SEMNOS  =  inspiradoras  de  reverência  e  assombro  de  admiração;  augustas,
honestas honoráveis, veneráveis, reverenciáveis pelo caráter; graves&dignas [18]; sérias de
propósito e respeitáveis na conduta; honestas em tudo.
não 2. Nem um pouco acusadoras ou mexeriqueiras.
maldizentes,
DIABOLOS  =  acusadora.  Inclui  a  pessoa  que  faz  acusações  falsas,  que  calunia;
inclui  também  a  pessoa  que  faz  acusações  com  um  bom  fundo  de  verdade,  mas
feitas  com  propósito  e  atitude  não  bíblicos;  a  pessoa  que  vive  espreitando
procurando e achando falhas nas atitudes e comportamento dos outros, para depois
espalhar veneno, mexericos, críticas, indiretas e insinuações.

A língua do diácono não pode ser dobre, a da sua esposa não pode ser solta.
sóbrias 3. De mentes sóbrias (alertas e vigilantes).

NÊPHALIOS  =  vigilante,  sóbria,  comedida,  temperante,  de  mente  alerta  e


vigilante.
e fiéis em tudo 4. Em tudo fiéis e confiáveis.

  PISTOS  =  fiel,  confiável,  merecendo  que  nela  creiamos,  confiemos  e  nos


apoiemos. Em tudo!

5. A Alta Recompensa Assegurada ao Diácono
1Tim 3:13 ­ Porque os que  servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita
confiança na fé que há em Cristo Jesus.

Que recompensa!

6. Alguns dos Outros Deveres do Diácono
 [alguns dos] OUTROS DEVERES DO DIÁCONO
Não faltar nem atrasar­se para as reuniões do corpo diaconal (presididas pelo pastor; deve haver ao
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menos 1 reunião/mês).
Visitar os membros da igreja que ficaram sob sua responsabilidade, particularmente os que caírem
em doença (mas, nestas visitas, não lancem sutilmente o povo contra o pastor “Ah, o pastor ainda
não  veio  lhe  visitar?  Puxa,  que  injustiça...”,  antes  protejam­no  “Ele  está  muito  ocupado  com  ...,
certamente  NÃO  soube  que  o  irmão  está  tão  doente,  tenho  certeza  que,  quando  o  irmão  avisar­
LHE por telefone, ele vai ficar orando pelo irmão e vai marcar uma visita, talvez aqui mesmo”).
Discipular, instruir e treinar os novos convertidos. (Importantíssimo!).
Preparar e examinar os candidatos ao batismo e à membresia da igreja.
Participar da bíblica aplicação de disciplina na igreja. Mat 18:15­17; 2Tes 3:6; Gal 6:1.
Auxiliar o pastor e ajudar os candidatos, na ordenança do batismo.
Auxiliar o pastor a servir a ceia do Senhor.
Coletar os dízimos e ofertas. (As coletas são usuais e eficientes, mas a ida ao gazofilácio é mais
bíblica).
Contar os dízimos e ofertas. (Pelo menos 2 pessoas, mas nunca durante o culto).
Não faltar nem atrasar­se para nenhum dos cultos da igreja.
Calorosamente recepcionar os visitantes e ajudá­los.
Interessar­se pelos cuidados com as finanças, móveis, utensílios, edificações e outros patrimônios
da igreja.
Orar  e  interessar­se  profundamente  pelo  púlpito  (a  pregação,  os  pregadores  e  professores)  da
igreja.
Assumir  ativamente  vários  outros  cargos  da  igreja,  para  os  quais  tenha  o  chamamento:  ser
professor de escola dominical, dirigente musical, dirigente de grupo de evangelização, membro do
conselho  administrativo,  da  comissão  de  finanças,  da  união  de  treinamento,  da  sociedade  dos
homens, do departamento de missões, das variadas comissões, etc.

7. Apêndice
7.1. Mulheres não podem ter o ofício de diácono [19]

a. Elas não o têm explicitamente, no N.T.:  A  palavra  diakonos  só  aparece  associada  a  mulheres  em


Rom  16:1  ­  Recomendo­vos  pois  Febe,  nossa  irmã,  a  qual  serve  [diakonos]  na  igreja  que  está  em
Cencréia. Mas é verbo e não substantivo, e tem apenas o sentido amplo, no qual todos os  crentes  são
servos [diakonos] do Senhor, da igreja local e uns dos outros. Não tem o sentido estrito, no qual somente
uns poucos homens têm o ofício de diácono na igreja.

b. O mais natural é ver 1Tim 3:11 como uma das qualificações para o diácono (sua esposa tem que
ser: 1 ­ honesta, 2 ­ não maldizente, 3 ­ sóbria e 4 ­ fiel em tudo): seria muito estranho que versos 1 – 7
especifiquem  os  pre­requisitos  indispensáveis  para  o  1o.  tipo  de  oficial  (pastor),  8  –  10  para  o  2o.
(diácono), 11 para um 3o. (diaconisa? diaconisa ou pastora?), 12 – 13 voltassem ao 2o. (diácono)!!!... É
muito mais natural ver 1­7 referirem­se ao pastor, 8­13 ao diácono!

c.  Se 1Tim 3:11 permitisse  diaconisas,  também  permitiria  pastoras:    se  GUNÊ  deve  ser  traduzida
por “mulheres” e não por “esposas” [de pastores ou de diáconos], e se o texto deve ser entendido como
especificando os requisitos que uma mulher (solteira ou casada) deve satisfazer para ser uma oficial da
igreja, claramente (compare inícios dos versos 8 e 11) o texto leva a crer que esta mulher poderá exercer
os dois tipos de ofícios: diaconato e pastorado.

d. O N.T. não permite mulher pregar, ensinar (!), nem pastorear a igreja. ...

1Cor 14:34­35,37 [20] As  vossas  mulheres  estejam  caladas  nas  igrejas;  porque  não  lhes  é  permitido
falar;  mas  estejam  sujeitas,  como  também  ordena  a  lei.  (35)  E,  se  querem  aprender  alguma  [coisa],
interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja...

1Tim 2:11­12 [21] A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. (12) Não permito, porém, que a
mulher ensine, nem use de autoridade sobre homem [ANDROS], mas que esteja em silêncio.

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[22]

e. Portanto, o N.T. não permite mulher ter o ofício de diaconisa (pode poderosa e alegremente servir
e ajudar , como todo crente, mas sem ter o ofício, o cargo, o título). Isto é conseqüência inescapável de
(c)  e  (d).  Ademais,  por  que  Deus  indicaria  os  requisitos  dos  pastores  separadamente  daqueles  dos
diáconos,  mas  juntaria  os  para  pastoras  e  diaconisas???  Por  que  indicaria,  para  diáconos,  os  16
prerrequisitos já vistos, e, para pastores, 18 prerrequisitos em 1Tim 3 mais 19 prerrequisitos em Tito 1,
mas, para pastoras e diaconisas, somente 4 prerrequisitos, conjuntamente, faltando alguns prerrequisitos
absolutamente essenciais  para  esses  ofícios??? Que  absurda  a  posição  das  feministas  e  dos  pastores  e
igrejas  moderninhas  revoltadas  contra  Deus  e  querendo  ter  pastoras  e  diaconisas!  Deus  nos  livre  de
jamais cairmos neste desvio­desvario...

7.2. Crentes não podem beber álcool, oficiais nem sequer se exceder em sucos e iguarias.

a. É ponto pacífico que a Bíblia veementemente condena ao menos a embriaguês, o excesso do vinho
alcoólico (vide c.a). E que os vinhos da época podiam ter muitos nutrientes e baixíssimo teor alcóolico.
Mas a Bíblia proíbe até 1 gota desse vinho? Ou permite uma quantidade limitada (digamos, ½ copo de
vinho tinto de baixo teor alcoólico?), em ocasiões super especiais?...

b. Pelo menos hoje e na nossa cultura, Rm 14 incontrovertidamente não deixa 1mm de espaço para um
crente  (que  realmente  queira  servir  e  obedecer  a  DEUS  o  melhor que puder!)  beber  sequer  1  gota  de
qualquer  bebida  que  contenha  álcool  na  menor  das  proporções.  Caso  encerrado!  Daqui  em  diante,
veremos  que  os  crentes  de  um  país  e  época  hipotéticos,  onde  toda  a  sociedade  visse  o  álcool  como
elogiável e necessário e a abstnência total como vergonhosa e má, também não poderiam beber 1 gota
de álcool.

b.  A  fermentação  alcoólica  nunca  é  expontânea  (como  a  acética)  na  natureza,  mas  sim  forçada  pelo
homem, em condições artificiais. Resulta de degeneração e simboliza o pecado. Josephus e a História
mostram que os povos antigos sabiam conservar sucos por dezenas de anos, através de 5 métodos [23] .
Até  os  anos  1600  (!),  quase  toda  a  uva  da  Palestina  era  transformada  em  suco  não  alcoólico  e
conservado por esses métodos!

c.  ­  OINOS  (Grego)  =  YAYIN  (Hebraico)  =  designação  genérica  para  todo  líquido  direta  ou
indiretamente proveniente da uva. Pode designar: suco fresco de uva (semelhante a Gen 40:11); suco de
uva, conservado e sem álcool; vinho alcoólico (fermentação etílica); ou vinagre (fermentação acética).

c.a. ­ Há muitos textos mostrando OINOS e YAYIN como tremendamente maus: Prov. 4:17; 23:29­30; //
Isa 56:12; 28:7; Hab 2:5; // Deut 32:24,33; Prov. 23:31­33; Sal 58:4; 115:3; Jó 6:4; Ose 7:5; Hab 2:15; //
Isa 5:22; 1Cor 6:10; // Sal 60:3; 75:8; Isa 51:17,22; Jer 25:15; Apo 14:10; 16:19.

c.b  ­  Há  outros  textos  onde  OINOS  e  YAYIN  são  imensamente  bons:  Num  18:11­13;  Nee  10:37,39;
13:5,12; Lev 2:11 + Exo 23:18 implicam que fermento era proibido como oferta; Gen 27:28,37; Deut
7:13; 11:14; Prov. 3:10; Isa 24:7; 65:8; Juiz 9:13; Joel 3:18; Sal 104:14,15; Zac 4:7 + Sal 4:7;// Isa 55:1;
Sal 104:15; Jui 9:13; Cant 7:9; Prov. 9:2­4; // Mat 26:26­28; Mar 14:22­24; 1Cor 10:16.

c.c ­ Conclusão de (c.a) e (c.b): Ou a Bíblia é totalmente inconsistente, ou as 1as. passagens se referem
ao venenoso vinho alcóolico, e as 2as. só ao abençoado suco não fermentado da uva!!! [24]

d. Um sacerdote não bebia vinho quando ia ao santuário (Lev 10:8­11); Somos sacerdócio santo (1Ped
2:5­12), o próprio templo do Espírito Santo de Deus (1Cor 3:16­17), não podemos beber!

e. Um rei não bebia (Pro 31:4­7); Somos reis e príncipes­juízes (Apo 1:4­6; 1Cor 2:14­16), não podemos
beber!

f. Ver estudos sobre “Assuntos cinzentos”.

Análise  de  1Tim  3:2­3  (Convém  ,  pois,  que  o  bispo  seja  irrepreensível,  marido  de  uma  [só]  mulher,
vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; (3) não dado ao vinho):

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­  “Vigilante”  (NEPHO)  realmente  significa  ser  abstêmio,  ser  [sempre]  livre  da  influência  de
intoxicantes, ser [sempre] de mente alerta e vigilante, ser sóbrio, comedido, temperante.

­ “Sóbrio” (SOPHRONA) realmente significa ser [sempre] de mente sã, prudente, em controle próprio.

­ “Não dado ao vinho”:

­­  O  caráter  do  vinho  não  é  mencionado,  nem  dito  único,  nem  condenado!...    Porque  não  entendê­lo
como não alcoólico, como emblema de bênção, de conforto e de abastança? Que motivos secretos você
tem? Por que querer que este vinho seja o venenoso, o intoxicante, o contendo droga animalizante, o que
altera o controle dos sentidos, mente, carne, e alma?...

­­  A  Bíblia  uniformemente  condena  o  excesso  sensual  [25]  (mesmo  com  o  que  é  de  natureza
absolutamente  benéfica,  como  o  bom  alimento)  e  condena  o  gasto  excessivo,  acima  das  posses,  com
coisas caras e evitáveis (idem).

­­ Podemos perfeitamente entender “não dado ao vinho” como Deus ordenando que o pastor, o exemplo
para o rebanho, não deve ser dado, não seja obsecado e dominado pelos prazeres sensuais do bom comer
coroado  com  o  puro  e  caríssimo  suco  de  uva,  Deus  tolerando  com  tristeza  que nem todo outro crente
seja um exemplo nesta área. Mas como nem de longe entender que este vinho é o alcoólico, que o pastor
não deve ser dado a ele, mas que aos demais crentes  é tolerado que sejam dados ao vinho alcóolico???
Se o vinho daqui fosse mau e os crentes não pastores pudessem se intoxicar embriagando­se com ele, a
ordem de Deus seria em tudo análoga a Deus dizer que o pastor tinha que ser homem de uma só mulher,
mas  os  outros  crentes  podiam  ter  muitas  mulheres!...  O  vinho  ao  qual  os  pastores  de  1Tim  3:3  não
devem ser dados, é o puro suco de uva, fresco ou preservado, não fermentado.

Análise de 1Tim 3:8 (Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a
muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância;): Além das 3 explicações, logo acima, para “Não dado
ao vinho” (releia­as), temos:

­ A ênfase pode ser posta na palavra muito, de “não dado a muito  vinho”.  Isto  posto,  podemos  muito


bem entender que “vinho” se refira ao puro suco de uva, Deus ordenando que o diácono não se exceda
neste  líquido  benéfico  e  delicioso,  pois  isto  seria  gula,  seria  mau  exemplo  para  o  rebanho,  e,  sendo
bastante caro, poderia desequilibrar e comprometer seu salário e sua família. Deus toleraria com tristeza 
que os demais crentes não sejam um exemplo perfeito nesta área. Mas como poderíamos nem de longe
entender que “vinho” se refira ao vinho alcoólico, Deus ordenando que o diácono não se embriague e se
intoxique muito com a terrível droga do álcool (só poderia se etilizar “um pouco”...), deixando margem
aos demais crentes muito se  embriagarem  e  intoxicarem  com  tal  veneno  que,  direta  ou  indiretamente,
relaciona­se com 1/3 de todas as mortes [e outras terríveis tragédias]???!!!... Se o proibido foi a grande
quantidade  (“muito”)  do  que  é  mau  (se  o  vinho  em  pauta  foi  o  alcoólico),  então  poderíamos  ser
cobiçosos  de  ganância  não  exatamente  torpe,  poderíamos  ser  dissolutos  desde  que  não  muito,
poderíamos adulterar  desde  que  não muito,  etc!  Não,  álcool  está  fora  de  questão.  O  vinho  do  qual  os
diáconos de 1Tim 3:8 podem usar mas não se excederem, é o puro suco de uva, fresco ou preservado,
não fermentado.

Em  resumo:  Um  resgatado  pelo  Senhor  não  deve  se  drogar  com  sequer  1  gota  de  vinho  ou  outra
qualquer bebida alcoólica. De todos os crentes Deus deseja, e dos pastores e diáconos exige, que não se
excedam no desejar e no comer e beber mesmo dos mais puros e totalmente benéficos alimentos, sucos,
etc., pois isto lhes faria sensuais glutões, seria mau exemplo e mau testemunho, e poderia desequilibrar e
comprometer seus salários e suas famílias. Também se deseja de todos os crentes e se exige dos pastores
e diáconos não terem relação alguma com o comércio dessas bebidas.

“Wines  in  the  Bible,  or  the  Fermentation  Laws”,  de  William  Patton,  apresenta  excelente  análise
científica,  histórica,  gramatical  e  exegética  do  assunto,  analisando  todos  os  versos  onde  aparecem
palavras relacionadas com vinho.

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[1]  Provavelmente  a  palavra  grega  derivou­se  de  “DIÔKÔ”  =  “correr  seguindo”,  “correr  atrás”,  que
pode  se  referir  a  um  corredor  (um  corredor  levando  ordens,  fazendo  mandados,  prestando  serviços,  e
correndo atrás do seu senhor, para guardá­lo, para levar sua bagagem, para ajudá­lo, para guardar suas
costas, etc.).

[2] Há 3 palavras relacionadas com este mesmo ofício de pastor:

                anciões (PRESBUTEROS,                os crentes escolhidos por serem espiritualmente mais
maduros,)

=             bispos    (EPISCOPOI,                        que assim cuidam espiritualmente das igrejas, as
supervisionam,)

=           pastores (POIMÊN,                                              assim defendendo, alimentando e guiando as
ovelhas, seja por doce voz, seja por amorosa mas dolorosa vara corretora).

(Os anciões = bispos = pastores que ministram a palavra são dignos de duplicada honra e salários 1Tim
5:17).

[3] Mas notemos que os diáconos também eram homens de extraordinários frutos espirituais:

Estevão: At 6: 8 “E Estevão,  cheio  de  fé  e  de  poder,  fazia  prodígios  e  grandes  sinais  entre  o  povo.”;
enfureceu o Diabo e os inimigos do Evangelho; 6:10 “E não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito
com que falava.”; cap. 7 Que poder, que ousadia!

Felipe: At 8. Felipe evangeliza a Samaria e faz grandes sinais e maravilhas; evangeliza o eunuco etíope;
evangeliza em muitas cidades.

[4] Tristemente, é muitíssimo freqüente que pastores, de todos os tamanhos de igrejas, esterelizem seus
ministérios espirituais, por não terem auxílio disponível, ou não se aproveitarem bem deste auxílio, ou
por não se policiarem e se orientarem no muito trabalhar, assim facilmente resvalando para praticamente
gastarem todo seu tempo e energia em atividades puramente administrativas e extraministeriais.

[5] Os diáconos e outros crentes maduros dividirem o cuidado do rebanho entre si, sob a supervisão do
pastor,  auxiliando­o,  é  bíblico.  Substituir,  em  termos  práticos,  igrejas  locais  pelas  células  de  Choo,  é
antibíblico.

[6] EPISKEPTOMAI  =  cuidadosa  e  diligentemente  olhai,  reparai,  examinai,  inspecionai para escolher,


selecionai.

[7]  Uma  igreja  que  é  dirigida  pelo  Espírito  de  Deus  mostra  união  em  tudo,  suas  decisões  são
praticamente unânimes.

[8]  12 apóstolos, uns 5000 membros, uns 7 diáconos, não sabemos quantos anciões como Lucas, todos
membros tinham bom conhecimento de toda a Bíblia então disponível (só o V.T.) e haviam presenciado
todo o ministério terreno de Cristo; a igreja passava perseguições e não tinha templos nem propriedades.
Tudo muito diferente das condições de todas as igrejas locais atuais.

[9]  Em  Atos  21:8,  vinte  anos  depois  de  escolhido,  Felipe  ainda  é  “o  evangelista  e  diácono”.  Que
exemplo!

[10] Porque os diáconos devem ser guardiões da fé (1Tim 3:9), a imposição de mãos que ocorre no seu
primeiro empossamento no cargo tem que ser precedida por exame doutrinário de nível adequado, feito
por pastores e diáconos da própria igreja e/ou de igrejas irmãs, de mesma fé e prática. Talvez isto possa
ser dispensado (embora não vejamos vantagens nisto) no caso de diáconos que já pregaram e ensinaram
aos adultos da igreja por muitos anos.

[11]    (ver  Vine  e  Thayer).  Nunca  esqueçamos  que,  para  diáconos,  foi  Deus  quem  escolheu  a  palavra
ANDROS  (=  homens  =  adultos  do  sexo  masculino),  não  ANTROPOS  (ser  humano  sem  distinção  do
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17/02/2017 O diacono na igreja local biblica

sexo)!  Quem  quiser  questionar  e  se  revoltar  contra  Deus  que  o  faça,  nós,  batistas  regulares  e
fundamentalistas, nunca tivemos este costume... (vide Apêndice).

[12] É daí que veio a nossa palavra “mártir”. Alguém que dá bom  testemunho até morrer; tão dedicado,
fiel e consagrado a ponto de morrer pelo Senhor! Estevão, diácono, deixou­nos o exemplo...

[13] Ser grave e sério é assunto do espírito, não fingimento (da face, da expressão corporal, das palavras
e do tom de voz)! Nosso exterior (resultado do interior) deve ser tranqüilo, alegre e feliz, mas sem nunca
deixarmos de ser graves e sérios para sermos frívolos e superficiais de propósitos e indignos de conduta.

[14]  Porque  o  diácono  deve  ser  guardião  da  fé  (1Tim  3:9),  a  imposição  de  mãos  que  ocorre  no  seu
primeiro empossamento no cargo tem que ser precedida por exame doutrinário de nível adequado, feito
por pastores e diáconos da própria igreja e/ou de igrejas irmãs, de mesma fé e prática. Talvez isto possa
ser dispensado (embora não vejamos vantagens nisto) no caso de diáconos que já pregaram e ensinaram
aos adultos da igreja por muitos anos.

[15]  Muitas  igrejas  erram  em  escolher  para  diáconos  crentes  novos  ou  recém  transferidos  de  outras
igrejas, muito zelosos, frutíferos, entusiasmados, personalidades brilhantes e dinâmicas, mas que ainda
não foram provados... Isto tem prejudicado tanto as igrejas como estes crentes... Nunca caiamos neste
grave erro, obedeçamos à Bíblia!

[16]  Grego  GUNÊ  =  mulher  =  (frequentemente)  esposa.  (a  única  palavra  para  "esposa",  em  grego  é
gunê!!!) O contexto imediato e o estudo de toda a Bíblia exigem que entendamos que o texto se refira,
não à possibilidade de mulheres como diaconisas e pastoras, mas sim aos requisitos indispensáveis que
as  esposas dos diáconos e as esposas dos pastores devem satisfazer. (vide Apêndice).

[17] Não é expressamente proibido que seja escolhido como diácono o crente dedicado mas cuja esposa
era (ou, pior, continua sendo) membro de outra igreja ou (pior) de outra denominação (pior ainda, se a
denominação  não  for  evangélica,  ou  se  a  mulher  não  der  frutos  de  salva).  Mas  esta  situação  não  é  a
ideal.

[18] Ser grave e sério é assunto do espírito, não fingimento (da face, da expressão corporal, das palavras
e  do  tom  de  voz)!  Nosso  exterior  (resultado  do  interior)  deve  ser  tranqüilo,  alegre  e  feliz,  sem  nunca
abdicarmos  de  ser  graves  e  sérios,  para  sermos  frívolos  e  superficiais  de  propósitos  e  indignos  de
conduta.

[19] Primeira  e  suficientemente,  notemos  que,  em  Atos  6:3,  Deus  mandou  “escolhei,  pois  irmãos,  de
entre  vós,  sete  homens  ...”      ANDROS  =  homens  =  machos&adultos;    derivado  de  “aner”,  significa
homem, não no sentido geral de ANTROPOS (ser humano), mas no sentido de enfatizar que Deus aqui
se referiu só ao sexo masculino, não ao feminino!!!

[20] Notemos que 1Cor 11 começa contexto de adoração pública, na igreja; 14:27­29 mostra contexto de
falar  miraculosamente  em  idiomas  humanos  nunca  estudados,  e  de  profetizar  [pregar].  Portanto,  em
1Cor  14:34­37  Deus  não  ordenou  que  a  mulher  guarde  silêncio  total  e  em  todas  as  situações,  nunca
sequer respondendo “Bom dia”, ou perguntando “Qual hino, por favor?”, mas Deus COM CERTEZA
ordena  que  a  mulher,  em  toda  situação  pública  em  que  há  um  homem  na  audiência,  não  profetize­
pregue, nem ensine (ensinar forçosamente inclui autoridade e repreender/corrigir), nem faça perguntas
não  humildes  mas  debatedoras  ao  homem  que  estiver  pregando­ensinando­liderando,  nem
miraculosamente  falasse  em  idiomas.  (Os  dons  “espetaculares”  foram  característicos,  exclusivos  dos
apóstolos  e  seus  auxiliares  diretamente  escolhidos  por  eles  2Cor  12:12,  e  desapareceram  aos  poucos,
ainda durante a vida dos apóstolos, à medida que o N.T. foi se completando).

[21]  Este capítulo (1Tim 2)  lida com adoração pública, na igreja. Notemos que Paulo não segue o verso
12 com um argumento cultural, mas sim (versos 13 e 14) argumenta que, como a mulher foi criada de e
depois  do  homem,  e  foi  enganada  quando  agiu  independentemente  da  sua  liderança,  ela  não  pode  ter
posição sobre ele. Quem pode corrigir e aperfeiçoar Deus?...

[22] Mas notemos a maravilha de Tito 2:3­5: As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no
seu  viver...  (4)  Para  que  ensinem  as  mulheres  novas  a  serem  prudentes,  a  amarem  seus  maridos,  a
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17/02/2017 O diacono na igreja local biblica

amarem seus filhos, (5) A [serem] moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim
de  que  a  palavra  de  Deus  não  seja  blasfemada.!!!  Este  é  o  contexto  maravilhoso  e  nobilíssimo
designado  por  Deus  para  a  mulher  ensinar.  Que  privilégio!  Como  faz  tanta  falta  que  pouquíssimas
mulheres  de  Deus  incansavelmente  passem  estes  ensinos  (através  de  aulas,  conversas,  treinamento  e
exemplos práticos) às suas filhas e sobrinhas, alunas e amigas do trabalho e da igreja, e vizinhas, desde a
infância das alunas até a velhice das professoras! Que tarefa nobre, sublime!

[23] O método que nos é mais familiar era o por o suco em garrafões (de cerâmica, metal, etc.), aquecer
em  banho  maria  e  depois  lacrar  hermeticamente  (com  rolha  fervida  e  com  cera  derretida).  Odres  de
couro também podiam ser tratados com fumaça de enxofre e usados para viagens.

[24] Responda: por que muitos teimam que vinho é sempre alcoólico na Bíblia?... (um contra­exemplo
perfeito: em Gen 40:11, Faraó toma é suco de uva espremida na hora. Quase nenhum egípcio provava
álcool, mas todos eles deliciavam­se com suco de uva não fermentado, quer fresco, quer conservado).

[25] Existiam pessoas que, nos festins, se empanturravam com as melhores iguarias, até não poderem
mais, depois iam para fora e provocavam­se vômitos para esvaziarem os estômagos, somente para então
poderem se empanturrar  novamente...  Deus condena  a  glutonaria,  o  comer  em  excesso  e  somente  por
culto  ao  prazer  sensual.  Deus  condena  a  gula  e  o  glutão.  Pena  que  isto  seja  tão  negligenciado  pelos
crentes e pela pregação de hoje...

Apresentado no 4o. Congresso da APIBRE ­ Associação Paraibana das Igrejas Batistas Regulares

Realizada na IBR dos Bancários, João Pessoa

01 a 03 / Maio / 1997

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