Você está na página 1de 13

Accelerat ing t he world's research.

A regionalização da mídia televisiva


brasileira
Eula Cabral

UNESCOM

Cite this paper Downloaded from Academia.edu 

Get the citation in MLA, APA, or Chicago styles

Related papers Download a PDF Pack of t he best relat ed papers 

Part e 2 Dissert ação - Rede Amazônica de Rádio e Televisão e seu processo de regionalizaçã…
Eula Cabral

Rede de Televisão e Regionalização da Produção Audiovisual no Brasil: O Caso EPT V


Virginia Salomão

MÍDIA E IDENT IDADE – O REGIONAL NO JORNAL NACIONAL


Fabiana Piccinin
UNESCOM - Congresso Multidisciplinar de Comunicação para o Desenvolvimento Regional 1
São Bernardo do Campo - SP – Brasil - 9 a 11 de outubro de 2006 - Universidade Metodista de São Paulo.

A regionalização da mídia televisiva brasileira

Eula Dantas Taveira Cabral1


Centro Universitário da Cidade – RJ – Brasil

Resumo
A globalização da comunicação possibilitou, além da quebra de barreiras, o apego das
pessoas às suas raízes. Para entender como se dá a regionalização da mídia televisiva
brasileira, analisa-se como o local vem ganhando evidência no Brasil e o processo de
regionalização da mídia no país. A partir de pesquisas bibliográfica e documental, realizadas
desde 1997, verificou-se que: a regionalização da mídia brasileira é necessidade dos meios
de comunicação, principalmente da televisão, que vêm se organizando para conquistar a
fidelidade do público que busca preservação da cultura e informações de qualidade ligadas
à sua realidade; a programação televisiva das capitais dá enfoque aos trabalhos e
necessidades das comunidades; os conglomerados midiáticos nacionais, desde os anos 90,
investem nas afiliadas, aumentando o espaço para a programação local.

Palavras-chave: regionalização da mídia; mídia televisiva brasileira; grupos de mídia.

A globalização da comunicação, acentuada nos últimos anos, possibilitou, além da quebra


de barreiras, o apego das pessoas às suas raízes. Estudos que chegaram a essa conclusão
podem ser encontrados em obras de estudiosos como John Thompson, Armand Matterlart,
Octávio Ianni, Dênis de Moraes, Anamaria Fadul, José Marques de Melo, dentre outros,
além de pesquisas feitas por institutos de pesquisa como Ibope e IBGE. Mario Gutiérrez
Olórtegui (1996, p.34) verificou que a busca do local se tornou uma necessidade criada pelo
global.
Teresa Teixeira (1999, p.29), ao analisar os veículos de comunicação, verificou que “uma
emissora local possibilita ao grupo e região em que atua que se intercomuniquem e se auto-
identifiquem”, pois, “fornece informações coerentes e adequadas às suas necessidades e
interesses da comunidade. Estimula a formação de consciências críticas e revaloriza a
cultura local”. Algo já defendido pelos pesquisadores Regina Festa e Luiz Santoro, em 1991,
evidenciando a “criação de redes regionais, vinculadas a poderes políticos locais, que

1
Eula Dantas Taveira Cabral é Doutora e Mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo
(UMESP), professora e pesquisadora universitária, jornalista e editora do Informativo Eletrônico SETE PONTOS
(www.comunicacao.pro.br/setepontos). Participa dos seguintes Grupos de Pesquisa registrados no CNPq: Centro de
Pesquisas e Produção em Comunicação e Emergência – EMERGE (UFF) e Núcleo de Pesquisa sobre Mídia Regional e
Global (UMESP). Email: euladtc@comunicacao.pro.br.
REGIOCOM 2006 - GT 2: Mídia Sonora e Audiovisual
UNESCOM - Congresso Multidisciplinar de Comunicação para o Desenvolvimento Regional 2
São Bernardo do Campo - SP – Brasil - 9 a 11 de outubro de 2006 - Universidade Metodista de São Paulo.

retransmitem as grandes redes nacionais e valorizam o jornalismo local como uma forma de
fortalecimento dos pólos de poder” (1991, p.186).

Regionalização da mídia
O processo de regionalização, de acordo com Regina Festa e Luiz Santoro (1991, p.180), foi
percebido no início dos anos 80, do século passado, com as transformações ocorridas nos
meios de comunicação. Época em que cresce o número de emissoras de televisão, são
lançados satélites domésticos, aparecem emissoras em UHF e parabólicas, corporações
internacionais passam a investir mais em radiodifusão e telecomunicações e são formadas
redes regionais de televisão.
Gisela Ortriwano (1985, p.28) já analisava o rádio, nos anos 80, sob o ângulo regional. Para
a pesquisadora, a programação nacional de uma emissora “deixou de ter razão de existir,
voltando-se mais para os aspectos regionais, ligado à comunidade em que atua”. E, mesmo
tendo características nacionais, “hoje em dia, a interligação se faz através de emissoras
regionais”.
Renato Ortiz (1988, p.54) vai além. Em seus estudos verificou que em São Paulo, nas
décadas de 30, 40 e 50, o rádio já tinha características locais, se pautando segundo um
padrão regional. Período em que os anunciantes acompanhavam as apresentações das
radionovelas na cidade e no Rio. “A exploração comercial dos mercados se fazia, portanto,
regionalmente”.
Para Anamaria Fadul (1976, p.50), desde a década de 70, o rádio tem caráter regional. Pois,
mesmo com o surgimento da televisão e a difusão do transistor nas regiões afastadas, ele “é
o veículo de comunicação mais difundido no Brasil, como também ele passa a ser
considerado como uma das principais formas de comunicação regional”. Além disso, “o
rádio, na medida em que tem um alcance mais curto, está de certa forma ligado ao contexto
social, político e econômico de uma região”.
Paulo Scarduelli (1996, p.19), ao analisar o maior grupo regional do país, a Rede Brasil Sul,
percebeu que “a regionalização da TV não é um tema de interesse apenas verde-amarelo. A
partir da década de 70, o assunto passou a atrair a atenção de pesquisadores, empresários
e políticos de países da América Latina e Europa”. Porém, observa que somente “nos anos
80 que os projetos se realizaram”. No México, por exemplo, em 1972 é inaugurado o centro
regional de produção de Oaxaca integrado à Rede de Televisão Cultural do país. Na
Alemanha, as redes regionais de TV e rádio começam a funcionar após a 2ª Guerra
Mundial.
Mas, é interessante observar também como se dá o processo de regionalização em cada
país. Na Inglaterra, a BBC tem uma política de incentivo à produção local, exibindo todas as
noites um noticiário de meia hora. Na Espanha, existiam, até 1996, 16 televisões locais na
UNESCOM - Congresso Multidisciplinar de Comunicação para o Desenvolvimento Regional 3
São Bernardo do Campo - SP – Brasil - 9 a 11 de outubro de 2006 - Universidade Metodista de São Paulo.

Catalunha e as redes regionais TVE 1 e 2 com produções dos centros regionais. Na Itália, a
RAI 3 exibe informações para cada região. Já no Japão, até mesmo as concessões de
emissoras comerciais são em caráter regional, sendo que as regionais têm melhores
anunciantes e programas.
Aníbal Orué Pozzo (1998, p.91) constatou que no Paraguai a estrutura dos meios de
comunicação possibilita que as informações sejam tratadas regionalmente, pois as
empresas de televisão voltam-se para esta realidade.
Esta regionalización – en tiempos de globalización – asume características propias del
medio paraguayo. Algunos modelos son impuestos a las diferentes prácticas locales.
Periodistas son entrenados en las empresas de la capital, Asunción, quienes por su vez, son
entrenados en grandes centros de producción de la información.

Regionalização da mídia televisiva brasileira


Os grupos de mídia regionais no Brasil foram se fortalecendo, ganhando mais credibilidade
da população. De acordo com os registros do Anuário de Mídia 98/99 -
Norte/Nordeste/Centro-Oeste (p.11), as regiões brasileiras “estão se desenvolvendo
economicamente, evoluindo no perfil de compras, investindo na mídia e atraindo diversos
setores da produção com oportunidades de negócio”.
O grande trunfo das emissoras televisivas regionais, de acordo com as pesquisas da revista
Meio e Mensagem, foi o investimento comercial dos anunciantes nas regiões: “Os mercados
regionais passaram a ter peso importante na estratégia das empresas. Grupos regionais
estão investindo em sinais via satélite para melhorar a qualidade da transmissão. A
regionalização também desenvolve oportunidades de negócio muito interessantes (...)”. (Nº
830, 1998, p.52).
Estudos feitos por Sérgio Caparelli e Venício Lima (2004) constataram que oito grupos
dominam a radiodifusão brasileira. Três grupos são nacionais (Rede Globo, Bandeirantes e
SBT) e cinco regionais (RBS, na região Sul; Organizações Jaime Câmara (OJC), no Centro-
Oeste; Rede Amazônica de Rádio e Televisão (RART), na Região Norte; Zahran, no Estado
do Mato Grosso; e Verdes Mares, no Nordeste).
Os conglomerados nacionais midiáticos atingem quase 100% do território brasileiro. A Rede
Globo, por exemplo, está em 99,84%, o equivalente a 5.043 municípios. Já o SBT, em 98%
e a Bandeirantes em 94%. No caso dos grupos regionais, a RBS atinge 99,7% dos
domicílios com TV dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina; as OJC, com a TV
Anhanguera, atingem mais de 180 municípios goianos, ou seja, 73,17% do Estado de Goiás;
a RART atua em cinco dos sete Estados da Região Norte, equivalendo a 120 municípios, ou
seja, 71,86% do Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Acre; o Grupo Zahran está em
UNESCOM - Congresso Multidisciplinar de Comunicação para o Desenvolvimento Regional 4
São Bernardo do Campo - SP – Brasil - 9 a 11 de outubro de 2006 - Universidade Metodista de São Paulo.

quase todos os 200 municípios dos Estados Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; e o Grupo
Verdes Mares, em 92% do Estado Ceará.
É interessante observar que os conglomerados midiáticos brasileiros nacionais têm relação
direta com os regionais, como é o caso da Rede Globo com afiliadas em todo o país,
retransmitindo sua programação. Além disso, tanto os pequenos quanto os grandes grupos
de comunicação têm parceiros internacionais.
A Rede Brasil Sul (RBS) é o maior conglomerado regional do Brasil. Para Dulce Cruz (1996)
a visão de negócio ligada à administração profissional e à produção e participação no
momento político foram essenciais para o crescimento da RBS. Principalmente porque
valorizou o padrão global com novas tecnologias, mas não abriu mão da programação
regional. Conforme Paulo Scarduelli (1996), a regionalização proposta pela Rede inclui os
limites geográficos, os traços culturais e o tamanho de cada mercado, pois atua nas
principais cidades dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A Rede Brasil Sul, afiliada da Globo, de acordo com Cruz (1996), iniciou suas atividades em
1953, com um escritório de representação de emissoras e jornais do interior do Rio Grande
do Sul. Hoje, de acordo com os registros do grupo, possui a RBS Rádio – com 24 emissoras
de rádio e a Rede Gaúcha Sat de rádio, com 110 emissoras afiliadas, distribuídas em nove
estados brasileiros; a RBS Televisão que possui 18 emissoras de TV afiliadas à Rede
Globo, sendo 12 somente no Rio Grande do Sul, e duas emissoras locais (TV COM ) que
transmitem para os municípios da Grande Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC) através
dos sistemas UHF e TV a cabo – porém, a RBS TV/SC é a líder de audiência; e a RBS
Jornal – com seis jornais: Zero Hora, Diário Gaúcho, Pioneiro, Diário de Santa Maria, Diário
Catarinense e Jornal de Santa Catarina.
A RBS também tem: a RBS Online – com o portal de Internet clicRBS, voltado para o Rio
Grande do Sul e Santa Catarina, e o portal Agrol que presta assessoria ao produtor rural,
podendo ser acessado pelo clicRBS; RBS Rural – unidade corporativa voltada para o
agronegócio com: a Rádio Rural, o Canal Rural, o site Agrol e a empresa Planejar que
trabalha com educação rural, softwares para gestão de propriedades rurais, e
rastreabilidade e certificação de origem bovina – com produtos e clientes em todos os
Estados brasileiros, no Mercosul e Chile. A preocupação com a agropecuária se deve ao
Estado ser considerado uma das referências em carne bovina no Brasil.
Tem, também, a RBS Publicações – que concebe e produz projetos editoriais para leitores
dos jornais do grupo e público em geral através da distribuição em livrarias; RBS Eventos;
Direkt – empresa de marketing de precisão; viaLOG, distribuidora dos jornais do grupo,
entrega expressa e e-commerce; a gravadora Orbeat Music que tem dois selos: Orbeat,
voltada para o pop-rock; e o Galpão Crioulo Discos, para músicas regionais. Também tem a
holding RBS Participações S.A., detendo participações na Net Serviços de Comunicação
UNESCOM - Congresso Multidisciplinar de Comunicação para o Desenvolvimento Regional 5
São Bernardo do Campo - SP – Brasil - 9 a 11 de outubro de 2006 - Universidade Metodista de São Paulo.

S.A, RMD do Brasil S.A. e RBS Interativa. De acordo com Moraes (1998), é sócia da Rede
Globo na NET Brasil, Net São Paulo, Netsat e no consórcio Sky.
Dênis de Moraes (1998) verifica ainda que a RBS conta com uma empresa de rádio
comunicação corporativa - Via 1 – em associação com a International Wireless
Comunications (IWC) dos Estados Unidos. Em relação à privatização da telefonia brasileira,
tudo começou com a Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT). Ela foi a
primeira empresa a abrir capital para a iniciativa privada no Brasil. Integra, também, os
consórcios da Telesp e da telefonia celular em São Paulo.
Para o diretor-presidente da RBS, Nelson Sirotsky, a regionalização transforma pequenas
fatias em grandes bolos. “A regionalização da RBS é não apenas um dos pilares de seu
sucesso, mas também foi a alavanca que proporcionou o desenvolvimento do mercado
publicitário no interior do Rio Grande do Sul e Santa Catarina” (s.d, p.29). Argumenta ainda
que as emissoras da RBS TV servem como
baliza para o crescimento de redes de varejo do interior dos dois Estados em que atuam.
Várias redes optaram por criar novas unidades em cidades que se encontrem dentro da
área de cobertura de uma mesma emissora da RBS – o que maximiza a penetração junto ao
público e faz com que se obtenha uma melhor relação custo-benefício (Mercado Global nº
98, s.d, p.32).

Televisão brasileira em foco


A TV brasileira tem uma história interessante em relação ao seu desenvolvimento. Surge
localmente, depois com o videoteipe torna-se nacional e com as transformações ocorridas
na mídia passa a explorar um novo nicho de mercado, o regional. Essa metamorfose não
evita que emissoras locais ou nacionais percam seu espaço, apenas abre lugar para mais
um novo tipo: a regional. Tanto, que o marco, da maioria, dos grupos regionais é a televisão.
A televisão apareceu no Brasil no dia 18 de setembro de 1950 com a inauguração da TV
Tupi Difusora de São Paulo. Pertencente ao grupo das Associadas, de Assis Chateaubriand,
lança a segunda emissora no dia 20 de janeiro de 1951, no Rio de Janeiro, TV Tupi – canal
6. Neste ano, Getúlio Vargas reduziu o prazo de revisão das concessões de rádio e
televisão de dez para três anos. Mas, em 1954 a medida é revogada pelo presidente Café
Filho, retomando os dez anos.
Em 1955, de acordo com a revista Mercado Global, começou a transmissão nacional.
“Nesse ano, os paulistas viram imagens cariocas: uma cadeia entre a TV Record de São
Paulo e a TV Rio da Guanabara trouxe a São Paulo imagens geradas no Rio de Janeiro, o
primeiro passo para a integração nacional. E a coisa não ficaria nisso” (nº22 e 23, 1976,
p.25). No dia 22 de fevereiro de 1956 foi realizada a primeira transmissão direta
UNESCOM - Congresso Multidisciplinar de Comunicação para o Desenvolvimento Regional 6
São Bernardo do Campo - SP – Brasil - 9 a 11 de outubro de 2006 - Universidade Metodista de São Paulo.

interestadual. “Os paulistas assistiram à partida de futebol de Brasil x Inglaterra, realizada no


estádio do Maracanã” (Nº98, s.d., p.57).
Em 1957 são iniciadas, em São Paulo, as transmissões sistemáticas para o interior do
Estado, tendo neste ano 10 emissoras de TV em operação no País. A televisão na década
de 50, para Joseph Straubhaar, foi um meio muito elitista. “Poucas cidades estavam sob o
raio de ação dos transmissores e, mesmo nessas, os preços dos aparelhos de televisão
limitavam a audiência à elite econômica” (1983, p.63). O estudioso enfatiza que
anunciantes, inclusive de multinacionais americanas, tiveram interesse no mercado mas as
respostas dos diretores de televisão variaram.
A programação das emissoras da época incluía desde peças teatrais a show de variedades,
sendo feitas ao vivo e “produzidas localmente pois dublagens de filmes importados e
gravações de produções locais em vídeo-teipe para distribuição não eram tecnicamente
possíveis até o final da década” (Straubhaar, 1983, p.63). A novidade da TV, proporcionou a
abertura de estações em muitas cidades, tornando os aparelhos de televisão acessíveis
com a baixa dos preços e sua difusão entre a classe média. Os aparelhos no início eram
importados. A partir de 1959 começaram a ser fabricados em maior número no Brasil.
Com o videoteipe, foi possível as emissoras de televisão se tornarem redes. “A TV Tupi teve
a primeira organização como uma rede, por volta dos anos 50, como parte do grupo dos
Diários Associados” (Straubhaar, 1983, p.70). E assim, “as emissoras fora de São Paulo e
do Rio de Janeiro foram substituindo pouco a pouco suas produções locais por tapes dos
grandes centros” (Mercado Global, nº17 e 18, 1975, p.35).
De acordo com Renato Ortiz (1988), em 1968 foi inaugurada a Rede Nacional de
Microondas da EMBRATEL e o sistema de transmissão via satélite, sendo que a parte
relativa à Amazônia é completada em 70. Com isso, são dadas as condições infra-
estruturais indispensáveis para a implantação das redes nacionais de televisão no Brasil.
Na revista Mercado Global nº17 e 18 (1975) registra-se que a televisão brasileira foi
improvisada até 1969, mas que isso mudou no dia 13 de julho com a criação da televisão
nacional, em rede. É fato que a Globo entrou no mercado num estilo totalmente profissional,
deixando de lado o modo paternalista que dominava o Brasil anteriormente.
O primeiro programa ao vivo, exibido em rede por várias emissoras e usando a rede de
microondas da Embratel, foi o Jornal Nacional da Rede Globo.
Os anos 70 na televisão brasileira são os de maior estabilidade da estrutura de mercado, de
acordo com a revista Mercado Global, pois “os capitais alinhados à sombra da Globo
procuram se adaptar estrategicamente, lutando palmo a palmo pelas brechas do mercado”
(Bolaño, 1988, p.102). Assim, a Globo já se considerava a líder absoluta do período e sua
estratégia passa a ser a qualidade. Adota, então, o “Padrão Globo de Qualidade”.
UNESCOM - Congresso Multidisciplinar de Comunicação para o Desenvolvimento Regional 7
São Bernardo do Campo - SP – Brasil - 9 a 11 de outubro de 2006 - Universidade Metodista de São Paulo.

Em 1978, a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa da Comunicação (Abepec), sob o


patrocínio da Secretaria de Turismo do Estado do Rio Grande do Sul, realizou um estudo
sobre a estrutura e o funcionamento de 81 canais de televisão brasileiros em atividades na
semana de 6 a 12 de março de 1978. O projeto envolveu 320 pesquisadores.
Na pesquisa da Abepec percebeu-se que dos equipamentos utilizados pelas 81 emissoras
brasileiras pesquisadas, ¾ eram importados dos Estados Unidos. De origem japonesa,
cerca de 1/3 e do próprio país menos de 1/3. Em relação à programação, 50% dos
programas eram estrangeiros e 1/3 nacionais. A produção regional era de 4% e a local 14%.
A produção local era mais privilegiada no Sul e no Sudeste, tendo uma grande concentração
de programas regionais. Mas, de acordo com José Marques de Melo (1985), a produção
local alcançava índices mais expressivos no Paraná, Ceará, Acre, Rio Grande do Norte,
Bahia e Rio Grande do Sul. Já no Amapá, Pará, Rondônia, Maranhão, Brasília, Minas
Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e também Rio Grande do Norte, a
programação estrangeira suplanta a de origem nacional.
Em 1980, as redes de televisão se espalharam pelo território nacional, entrando em cadeia o
noticiário “nas principais capitais através dos troncos de microondas da Embratel, enquanto
o restante das programações nacionais era exibido por fitas de videoteipe remetidas pelas
cabeças de rede às demais emissoras” (Nakonechnyj, s.d., p.44). Assim, em 1981 a
Embratel ofereceu às redes de televisão o uso de transponders - equipamento do satélite
que recebe, amplifica o sinal e muda sua freqüência - provisoriamente em um satélite do
consórcio internacional Intelsat. Neste ano, de acordo com, a revista Mercado Global nº98,
existiam no país 106 emissoras comerciais e 12 estatais.
A Bandeirantes foi a primeira a usar o satélite para transmitir sua programação nacional de
São Paulo às demais emissoras da rede. Alguns meses depois, em 1982, a Globo segue no
mesmo rumo. Mas o acesso de todas as redes ao satélite se tornou possível em 1985 com o
lançamento do primeiro satélite doméstico brasileiro, BrasilSat1, com 24 canais, e o
BrasilSat2 em março de 1986.
A década de 80 também é marcada por outros acontecimentos. Conforme a revista Mercado
Global nº 98, em 1982 começou o boom do videocassete no país e a expansão da produção
independente de vídeo e no dia 1º de janeiro de 1983 a Globo passou a gerar transmissão
da TV SAT pelo satélite Intelsat.
Em 1991 é constituída a Comissão de Ética para a Televisão, pela Associação Brasileira de
Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), e em 1992 entra em operação a TVA, primeira
TV por assinatura do Brasil, além da implantação, no Rio, do Projeto Jacarepaguá (Projac)
que passou a centralizar a produção dos programas da Rede Globo. Neste mesmo ano, vai
ao ar a primeira rede de TV para brasileiros em Miami, a BTN (Brazilian Television Network)
com quatro horas diárias.
UNESCOM - Congresso Multidisciplinar de Comunicação para o Desenvolvimento Regional 8
São Bernardo do Campo - SP – Brasil - 9 a 11 de outubro de 2006 - Universidade Metodista de São Paulo.

Walter Clark (1975), ao fazer uma análise sobre a TV como veículo de integração nacional,
afirma que a televisão “é uma indústria de comunicação, sujeita, como qualquer indústria, às
leis de economia de mercado” (1975, p.37). Para Clark, um canal de ofertas de bens e
serviços do país. Assim, para ser eficaz necessita divulgar os bens e serviços oferecidos,
investigando a realidade socioeconômica cultural à qual está integrado, sendo um dado
positivo dessa realidade.
Assim, com uma característica empresarial, a Rede Globo de Televisão se tornou a maior
rede nacional de televisão se expandindo em todo o território com várias afiliadas, uma vez
que era proibida, legalmente, a posse de mais de cinco emissoras por empresa. “Com a
expansão das redes, este sistema (de afiliadas) tem se mostrado o mais viável para as
emissoras independentes” (Bolaño, 1988, p.109).
A proibição legal e as mudanças ocorridas na mídia fizeram com que os grupos regionais
ganhassem força e se expandissem em suas regiões. Na Região Norte, por exemplo, a
Globo afiliou os principais por terem qualidade técnica e de pessoal, atingindo o padrão
global, além de abrangerem, com suas transmissões, a maioria dos municípios. São eles:
Rede Amazônica de Rádio e Televisão, Organizações Rômulo Maiorana e Jaime Câmara.
Em 1998, o presidente da Associação Brasileira de Fornecedores da TV por Assinatura
(Abraforte), Walter Longo, por exemplo, verificou que a globalização alinhava os veículos de
comunicação de massa e, ao mesmo tempo, multiplicava os menores, como os
comunitários, valorizando o local.
Quem mora hoje em condomínio fechado está menos preocupado com o que acontece em
Mato Grosso ou no mundo do que no próprio condomínio, onde existe uma TV comunitária
que fala dos problemas da vizinhança e da olimpíada interna da qual seu filho participa; há
uma simultaneidade de pensar no universal e na rua.2

Para o superintendente comercial da Rede Globo de Televisão, Octávio Florisbal, “além de


melhorar a cobertura regional, com o jornalismo local, por exemplo, a regionalização
também desenvolve oportunidades de negócio muito interessantes. Pode-se gerar de US$2
milhões a US$3 milhões em mercados locais com pequenos anunciantes” (Meio e
Mensagem Nº 830, 1998, p.52).
Com a percepção da importância da regionalização no local, Cicília Peruzzo (1998, p.148),
em seus estudos sobre mídia comunitária, verificou que o crescimento dos meios
comunitários foi possível graças à importância dada à regionalização. “A tendência à
regionalização das comunicações, principalmente da televisão, aumenta o potencial do
desenvolvimento da comunicação comunitária”, ou seja, dos jornais, revistas, rádio e
televisão das comunidades.
UNESCOM - Congresso Multidisciplinar de Comunicação para o Desenvolvimento Regional 9
São Bernardo do Campo - SP – Brasil - 9 a 11 de outubro de 2006 - Universidade Metodista de São Paulo.

Com a Lei nº 8977/95, criou-se a Lei de TV a Cabo, possibilitando às comunidades a


programação televisiva a favor do povo. De acordo com a Lei, no artigo 23 deixa-se claro
que a operação do serviço deve tornar disponíveis canais básicos de utilização gratuita:
canais destinados à distribuição obrigatória, integral e simultânea; um canal legislativo
municipal/estadual; um canal reservado para a Câmara dos Deputados; um canal reservado
para o Senado Federal; um canal universitário; um canal educativo-cultural, reservado para
utilização pelos órgãos que tratam de educação e cultura nos governos federal, estadual e
municipal; e um canal comunitário aberto para utilização livre por entidades não-
governamentais e sem fins lucrativos.
No caso do canal comunitário, verifica-se que não é bem-entendido pelas comunidades, se
tornando, em muitos casos, um peso às organizações da sociedade civil e uma incógnita às
operadoras, uma vez que, se bem sucedidos, poderiam incrementar as vendas de
assinaturas, sem levarem em conta as limitações das comunidades. Por outro lado, verifica-
se que, mesmo sendo um ganho para as comunidades, uma vez que podem fazer uma
programação voltada para as suas necessidades, a produção de conteúdo é limitada, além
disso, a restrição a um canal apenas por cidade resultou em disputas internas de poder,
restringindo a participação da maioria dos interessados.
Dessa forma, criou-se a Associação Brasileira de Canais Comunitários (ABCCOM), atuando
no campo jurídico, técnico e de capacitação das associadas, com o objetivo de desenvolver
pesquisas, realizar atividades culturais e educacionais, estabelecer parcerias e realizar
eventos que fortaleçam os laços entre as associadas com organizações brasileiras e
estrangeiras. Uma das metas é expandir os canais comunitários para outros sistemas de TV
por assinatura e também para a TV aberta.
No caso do Rio de Janeiro, além dos veículos comunitários de comunicação e de grupos
regionais, que têm como foco a televisão, os conglomerados nacionais de mídia organizaram
sua programação, dando lugar à regionalização, proposta no artigo 221 da Constituição de 1988
e em fase de regulamentação conforme projeto de Lei de 1991, sobre a regionalização da mídia
brasileira, da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
A Rede Globo, por exemplo, investiu nas afiliadas do interior de São Paulo e Minas Gerais,
aumentando o espaço para a programação local. Houve investimentos na infra-estrutura dos
departamentos de jornalismo e comercial para que as emissoras ficassem mais locais. Tudo
começou em abril de 1995. As primeiras mudanças puderam ser percebidas no espaço local
do jornal SP Um em Bauru, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Sorocaba que
era gerado da capital. A Globo mexeu também em sua programação criando programas que
atingissem as pessoas das mais diversas regiões.

2
Opinião dada por Walter Longo na matéria Internacionalização da Mídia, Anuário de Mídia 98/99, p. A28.
UNESCOM - Congresso Multidisciplinar de Comunicação para o Desenvolvimento Regional 10
São Bernardo do Campo - SP – Brasil - 9 a 11 de outubro de 2006 - Universidade Metodista de São Paulo.

Hoje, a Rede Globo exibe na cidade do Rio de Janeiro um jornal local, em três horários, às
6h30, 12h e 18h, difundindo notícias da cidade e da Baixada, discutindo e buscando
soluções para problemas enfrentados pelos moradores (que telefonam ou enviam email
para a emissora propondo pautas), além dos eventos culturais. Os concorrentes diretos –
Bandeirantes, Record e Rede TV, também seguem a mesma linha, porém, além do jornal,
também abrem espaço para programas de entretenimento, em busca do cidadão
fluminense.

Necessidade e realidade da mídia brasileira


Diante de tantas evidências, não se pode ignorar que a regionalização é uma necessidade
da mídia televisiva brasileira. Pois, num país com mais de 180 milhões de habitantes e área
territorial de 8.511.965 km2, verifica-se que a preservação das raízes se faz necessário para
combater e encarar todos os desafios do mundo contemporâneo.
Mesmo diante de incertezas em relação à economia, política e novas tecnologias, em 1997,
de acordo com levantamentos feitos por Rogério Bazi (1999), empresários, num seminário
promovido pelas revistas Tela Viva e Pay TV, afirmaram que a televisão, assim como os
demais veículos de comunicação, só sobreviverá se for regional. Isso também foi
confirmado no 1º Seminário Tela Viva/Converge, 1998, sobre o “Timing da regionalização
das TVs brasileiras”: “Especialistas das maiores redes de televisão do país confirmaram que
a regionalização é o novo caminho para as emissoras, assim como a TV digital (prevista
para entrar em funcionamento em 2010)” (BAZI, 1999, p.2).

Referências bibliográficas
ANUÁRIO de Mídia 98/99 – Norte/Nordeste/Centro-Oeste. São Paulo: Meio & Mensagem.
BAGDIKIAN, Bem H. O monopólio da mídia. Tradução de Maristela M. de Faria Ribeiro.
São Paulo: Página Aberta, 1993.
BAZI, Rogério Eduardo R. Reflexões sobre o telejornalismo regional partir do
pensamento Bourdiano. In: XXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, GT de
Televisão, Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, set. 1999.
BOLAÑO, César Ricardo Siqueira. Mercado brasileiro de televisão. Aracaju: Universidade
Federal de Sergipe, PROEX, CECAC/Programa Editorial, 1988.
CABRAL, Adilson. Rompendo fronteiras: a comunicação das ONGs no Brasil. Rio de
Janeiro: Achiamé, 1996.
CABRAL, Eula D. T. Capital estrangeiro na mídia brasileira: salvação ou desgraça? CD-
ROM dos Anais do XXVI Intercom - Congresso da Sociedade Interdisciplinar da
Comunicação. NP: “Políticas e Estratégias de Comunicações”. Belo Horizonte – MG, 2003.
CABRAL, Eula D. T. A Internacionalização da Mídia Brasileira: Estudo de Caso do Grupo
UNESCOM - Congresso Multidisciplinar de Comunicação para o Desenvolvimento Regional 11
São Bernardo do Campo - SP – Brasil - 9 a 11 de outubro de 2006 - Universidade Metodista de São Paulo.

Abril. São Bernardo do Campo: Tese (Doutorado em Comunicação Social) – Universidade


Metodista de São Paulo, 2005.

CABRAL, Eula D. T., CABRAL FILHO, Adilson V. Do massivo ao local: a perspectiva dos
grupos de mídia. In: SOUSA, Cidoval M. de (Org.). Televisão regional: globalização e
cidadania. Rio de Janeiro, 2006, p. 47-72.
CABRAL, Eula D. T., CABRAL FILHO, Adilson V. Começar de novo: sobre o controle público
como perspectiva para o modelo brasileiro da televisão digital. In: BARBOSA FILHO, André;
TOME, Takashi (Org.). Mídias digitais: convergência tecnológica e inclusão social. São Paulo,
2005, p. 143-168.
CABRAL, Eula D. T., CABRAL FILHO, Adilson V. Que onda é essa? Por uma política de
radiodifusão que se pretenda democrática no Brasil. In: BENETON, André Barbosa E
Rosana (Org.). Rádio: sintonia do futuro. São Paulo, 2004.
CAPARELLI, Sérgio. Televisão e capitalismo no Brasil. Porto Alegre: L&PM, 1982.
CAPARELLI, Sérgio, LIMA, Venício A. Comunicação e televisão: desafios da pós-
globalização. São Paulo: Hacker, 2004.
CLARK, Walter. TV: Veículo de Integração Nacional. Mercado Global. Rio de Janeiro:
Globo, ano 2, nº17 e 18, p.37 – 40, 09 out.1975.
CRUZ, Dulce Maria. Televisão e negócio: a RBS em Santa Catarina. Florianópolis: Ed. da
Universidade Federal de Santa Catarina, 1996.
NA ERA da regionalização. Meio e Mensagem nº830, 13 out. 1998.
FADUL, Anamaria. Decadência da cultura regional. Influência do rádio e da TV. IN:
Comunicação e incomunicação no Brasil. São Paulo: Loyola, 1976.
FESTA, Regina, SANTORO, Luiz Fernando. A terceira idade da TV: o local e o
internacional. In: NOVAES, Adauto (org.). Rede imaginária: televisão e democracia. São
Paulo: Companhia das Letras, Secretaria Municipal de Cultura, 1991.
GODOI, Guilherme Canela de Souza. Comunicações no Brasil: complexidade, regulação e
conexões com a democracia. Brasília, Rio de Janeiro: 2004 (mimeo).
IBGE Cidades. Ibge. Disponível <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/default.php>. Acesso jul.2002.
LEI vai ampliar acesso ao livro e marca lançamento do Ano da Leitura. Em questão.
Disponível em < http://www.brasil.gov.br/emquestao/eq271.htm#>. Acesso em 20 set.2005.
MARQUES DE MELO, José. Para uma leitura crítica da Comunicação. São Paulo:
Edições Paulinas, 1985.
MCCHESNEY, Robert W. Mídia global, neoliberalismo e imperialismo. IN: MORAES, Dênis
de (org). Por uma outra comunicação: mídia, mundialização cultural e poder. Rio de
Janeiro: Record, 2003.
MERCADOS regionais ganham impulso. Meio e Mensagem nº804, 20 de abril de 1998.
UNESCOM - Congresso Multidisciplinar de Comunicação para o Desenvolvimento Regional 12
São Bernardo do Campo - SP – Brasil - 9 a 11 de outubro de 2006 - Universidade Metodista de São Paulo.

MORAES, Dênis de. O Planeta Mídia: tendências da comunicação na era global. Campo
Grande: Letra Livre, 1998.
NA era da regionalização, Meio e Mensagem nº830, 13 de outubro de 1998.
NAKONECHNYJ, Liliana. O passado, o presente e o futuro da distribuição de televisão,
Mercado Global, especial Nº98, p. 42-49, s.d.
ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira: cultura brasileira e indústria cultural. São
Paulo: Brasiliense, 1988.
ORTRIWANO, Gisela S. A informação no rádio: os grupos de poder e a determinação dos
conteúdos. São Paulo: Summus, 1985.
ORUÉ POZZO, Aníbal. Globalización, regionalización y medios masivos en tiempos de
democracia. In: MARQUES DE MELO, José, NAVA, Rosa Maria (Orgs.). Comunicação nas
Américas: o diálogo Sul - Norte. Edição especial de Leopoldianum – Revista de Estudos e
Comunicações da Universidade Católica de Santos. Santos: Unisantos, a.1, n.1, set. 1998.
PERUZZO, Cicilia M.K. Mídia comunitária. Comunicação e Sociedade. São Bernardo do
Campo: UMESP, nº30, p.141 – 157, 1998.
REDE GLOBO fortalece interior. Meio e Mensagem, nº829, p.16, 12 de out. 1998.
SCARDUELLI, Paulo. Network de bombacha: os segredos da TV regional da RBS. São
Paulo: Dissertação (Mestrado em Comunicação Social) – Escola de Comunicação e Artes
da Universidade de São Paulo, 1996.
SETE PONTOS. Informativo Eletrônico Sete Pontos. Edições 1 a 33. Disponível em
<http://www.comunicacao.pro.br/setepontos>. Acesso em 16 abr.2006.
SIMBIOSE com o cotidiano brasileiro, Mercado Global, especial Nº98. P. 55-64, s.d.
SIROTSKY, Nelson. Regionalizar: a receita do sucesso. Mercado Global, especial Nº98.
P. 28-33, s.d.
STRAUBHAAR, Joseph D. O declínio da influência americana na televisão brasileira.
Comunicação e Sociedade. São Bernardo do Campo: UMESP, nº9, p.61-77, junho 1983.
TAVEIRA, Eula D. Rede Amazônica de Rádio e Televisão e seu processo de
regionalização (1968-1998). São Bernardo do Campo: Dissertação (Mestrado em
Comunicação Social) – Universidade Metodista de São Paulo, 2000.
______________. Mídia– do local ao global: RBS – de olho no futuro. SBC, 1998 (mimeo).
TEIXEIRA, Teresa Patrícia de Sá. Todas as vozes: diferentes abordagens para um conceito
de rádio local. São Bernardo do Campo: Dissertação (Mestrado em Comunicação Social) –
Universidade Metodista de São Paulo, 1999.
TV ANO 25: 10 anos de sucessos. Mercado Global, ano 2, nº17 e 18, p.33 – 36, 09 out.75.
TV 25 – 10 anos de sucesso: a corrida pelas conquistas tecnológicas. Mercado Global, ano
2, nº22 e 23, p.24 – 28, 02 mar.76.

Você também pode gostar