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Trigonometria 2
Trigonometria 2
Trigonometria e aplicações
Triângulo Retângulo
É um triângulo que possui um ângulo reto, isto é, um dos seus ângulos mede noventa graus, daí o
nome triângulo retângulo. Como a soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é igual a
180°, então os outros dois ângulos medirão 90°.
Observação: Se a soma de dois ângulos mede 90°, estes ângulos são denominados
complementares, portanto podemos dizer que o triângulo retângulo possui dois ângulos
complementares.
Para ver mais detalhes sobre triângulos clique aqui.
Os lados de um triângulo retângulo recebem nomes especiais. Estes nomes são dados de acordo
com a posição em relação ao ângulo reto. O lado oposto ao ângulo reto é a hipotenusa. Os lados
que formam o ângulo reto (adjacentes a ele) são os catetos.
Os catetos recebem nomes especiais de acordo com a sua posição em relação ao ângulo sob
análise. Se estivermos operando com o ângulo C, então o lado oposto, indicado por c, é o cateto
oposto ao ângulo C e o lado adjacente ao ângulo C, indicado por b, é o cateto adjacente ao ângulo
C.
1. o segmento AD, denotado por h, é a altura relativa à hipotenusa CB, indicada por a.
2. o segmento BD, denotado por m, é a projeção ortogonal do cateto c sobre a hipotenusa
CB, indicada por a.
3. o segmento DC, denotado por n, é a projeção ortogonal do cateto b sobre a hipotenusa
CB, indicada por a.
Projeções de segmentos
Introduziremos algumas idéias básicas sobre projeção. Já mostramos, no início deste trabalho, que
a luz do Sol ao incidir sobre um prédio, determina uma sombra que é a projeção oblíqua do prédio
sobre o solo.
Tomando alguns segmentos de reta e uma reta não coincidentes é possível obter as projeções
destes segmentos sobre a reta.
Nas quatro situações apresentadas, as projeções dos segmentos AB são indicadas por A'B', sendo
que no último caso A'=B' é um ponto.
Projeções no triângulo retângulo
Para extrair algumas propriedades, faremos a decomposição do triângulo retângulo ABC em dois
triângulos retângulos menores: ACD e ADB. Dessa forma, o ângulo A será decomposto na soma dos
ângulos CÂD=B e DÂB=C.
Assim:
Existem também outras relações do triângulo inicial ABC. Como a=m+n, somando c² com b²,
obtemos:
a² = b² + c²
As Funções trigonométricas básicas são relações entre as medidas dos lados do triângulo retângulo
e seus ângulos. As três funções básicas mais importantes da trigonometria são: seno, cosseno e
tangente. O ângulo é indicado pela letra x.
Tomando um triângulo retângulo ABC, com hipotenusa H medindo 1 unidade, então o seno do
ângulo sob análise é o seu cateto oposto CO e o cosseno do mesmo é o seu cateto adjacente CA.
Portanto a tangente do ângulo analisado será a razão entre seno e cosseno desse ângulo.
CO CO CA CA CO sen(x)
sen(x)= = cos(x)= = tan(x)= =
H 1 H 1 CA cos(x)
Relação fundamental: Para todo ângulo x (medido em radianos), vale a importante relação:
cos²(x) + sen²(x) = 1
Uma função f, de domínio D possui inversa somente se f for bijetora, por este motivo nem todas as
funções trigonométricas possuem inversas em seus domínios de definição, mas podemos tomar
subconjuntos desses domínios para gerar novas função que possuam inversas.
Exemplo: A função f(x)=cos(x) não é bijetora em seu domínio de definição que é o conjunto dos
números reais, pois para um valor de y correspondem infinitos valores de x. Por exemplo, se
cos(x)=1, podemos tomar x=0, x=2 , x=4 , x=-2 , etc, isto é x=2k , onde k é um número inteiro,
isto quer dizer que não podemos definir a inversa de f(x)=cos(x) em seu domínio. Devemos então
restringir o domínio para um subconjunto dos números reais onde a função é bijetora.
Como as funções trigonométricas são periódicas, existem muitos intervalos onde elas são bijetoras.
É usual escolher como domínio, intervalos onde o zero é o ponto médio ou o extremo esquerdo e no
qual a função percorra todo seu conjunto imagem.
Função arco-seno
Consideremos a função f(x)=sen(x), com domínio no intervalo [- /2, /2] e imagem no intervalo [-
1,1]. A função inversa de f, denominada arco cujo seno, definida por f-1:[-1,1] [- /2, /2] é denotada
por
f-1(x) = arcsen(x)
Função arco-cosseno
Seja a função g(x)=cos(x), com domínio [0, ] e imagem [-1,1]. A função inversa de f, denominada
arco cujo cosseno é definida por g-1:[-1,1] [0, ] e denotada por
g-1(x) = arccos(x)
Gráfico da função arco-cosseno:
Função arco-tangente
Dada a função f(x)=tan(x), com domínio (- /2, /2) e imagem em R, a função inversa de f,
denominada arco-tangente é definida por f-1:R (- /2, /2) e denotada por
f-1(x) = arctan(x)
Função arco-cotangente
Dada a função f(x)=cot(x), com domínio (0, ) e imagem em R, a função inversa de f, denominada
arco-cotangente é definida por f-1:R (0, ) e denotada por
f-1(x) = arccot(x)
Seno e cosseno
Dada uma circunferência trigonométrica contendo o ponto A=(1,0) e um número real x, existe
sempre um arco orientado AM sobre esta circunferência, cuja medida algébrica corresponde a x
radianos.
A medida do segmento OB coincide com a ordenada y' do ponto M e é definida como o seno do arco
AM que corresponde ao ângulo a, denotado por sen(AM) ou sen(a).
sen(AM)=sen(a)=sen(a+2k )=y'
Para simplificar os enunciados e definições seguintes, escreveremos sen(x) para denotar o seno do
arco de medida x radianos.
Como antes, existem várias determinações para este ângulo, razão pela qual, escrevemos
cos(AM) = cos(a) = cos(a+2k ) = x'
Tangente
Seja a reta t tangente à circunferência trigonométrica no ponto A=(1,0). Tal reta é perpendicular ao
eixo OX. A reta que passa pelo ponto M e pelo centro da circunferência intersecta a reta tangente t
no ponto T=(1,t'). A ordenada deste ponto T, é definida como a tangente do arco AM correspondente
ao ângulo a.
Um caso particular importante é quando o ponto M está sobre o eixo horizontal OX. Neste caso:
Outro caso particular importante é quando o ponto M está sobre o eixo vertical OY e neste caso:
O ponto M=(x,y) está localizado no terceiro quadrante, o que significa que o ângulo pertence ao
intervalo: <a<3 /2. Este ponto M=(x,y) é simétrico ao ponto M'=(-x,-y) do primeiro quadrante, em
relação à origem do sistema, indicando que tanto a sua abscissa como a sua ordenada são
negativos. O seno e o cosseno de um ângulo no terceiro quadrante são negativos e a tangente é
positiva.
Quando o ângulo mede 3 /2, a tangente não está definida pois a reta OP não intercepta a reta t,
estas são paralelas. Quando a=3 /2, temos:
sen(a) = -sen(b)
cos(a) = cos(b)
tan(a) = -tan(b)
sen(a) = sen(b)
cos(a) = -cos(b)
tan(a) = -tan(b)
sen(a) = -sen(b)
cos(a) = -cos(b)
tan(a) = tan(b)
Uma maneira de obter o valor do seno e cosseno de alguns ângulos que aparecem com muita
frequência em exercícios e aplicações, sem necessidade de memorização, é através de simples
observação no círculo trigonométrico.
Uma identidade fundamental na trigonometria, que realiza um papel muito importante em todas as
áreas da Matemática e também das aplicações é:
sin²(a) + cos²(a) = 1
Necessitaremos do conceito de distância entre dois pontos no plano cartesiano, que nada mais é do
que a relação de Pitágoras. Sejam dois pontos, A=(x',y') e B=(x",y").
sen(a)
tan(a) =
cos(a)
Deve ficar claro, que este quociente somente fará sentido quando o denominador não se anular.
Se a=0, a= ou a=2 , temos que sen(a)=0, implicando que tan(a)=0, mas se a= /2 ou a=3 /2,
segue que cos(a)=0 e a divisão acima não tem sentido, assim a relação tan(a)=sen(a)/cos(a) não é
verdadeira para estes últimos valores de a.
AT OA
=
MN ON
Como AT=|tan(a)|, MN=|sen(a)|, OA=1 e ON=|cos(a)|, para todo ângulo a, 0<a<2 com a /2 e a
3 /2 temos
sen(a)
tan(a) =
cos(a)
Um número complexo não nulo z=x+yi, pode ser representado pela sua forma polar:
z = r [cos(c) + i sen(c)]
onde r=|z|=R[x²+y²], i²=-1 e c é o argumento (ângulo formado entre o segmento Oz e o eixo OX) do
número complexo z.
A = |A| [cos(a)+isen(a)]
B = |B| [cos(b)+isen(b)]
AB = |A||B| [cos(a+b)+isen(a+b)]
Isto é, para multiplicar dois números complexos em suas formas trigonométricas, devemos
multiplicar os seus módulos e somar os seus argumentos.
A = cos(a) + i sen(a)
B = cos(b) + i sen(b)
Multiplicando A e B, obtemos
AB = cos(a+b) + i sen(a+b)
Existe uma importantíssima relação matemática, atribuída a Euler (lê-se "óiler"), garantindo que para
todo número complexo z e também para todo número real z:
Tal relação, normalmente é demonstrada em um curso de Cálculo Diferencial, e, ela permite uma
outra forma para representar números complexos unitários A e B, como:
A = eia = cos(a) + i sen(a)
B = eib = cos(b) + i sen(b)
ei(a+b) = cos(a+b)+isen(a+b)
e desse modo
Para que dois números complexos sejam iguais, suas partes reais e imaginárias devem ser iguais,
logo
para obter
sen(a)cos(b)+cos(a)sen(b)
tan(a+b)=
cos(a)cos(b)-sen(a)sen(b)
tan(a)+tan(b)
tan(a+b)=
1-tan(a)tan(b)
Como
tan(a)-tan(b)
tan(a-b)=
1+tan(a)tan(b)