Cálculo IV

Representação Gráfica com Números Complexos

Profª Mª Emília S. B.Freitas

Continuação...
Forma Trigonométrica

Utilizando as relações dadas no slide anterior e aplicando-as à forma

algébrica, obtemos a forma trigonométrica de um número complexo.

b
sen =  b = sen

a
z = a + bi
cos  =  a =  cos 


z =  cos  + seni
z =  (cos  + isen )
Exemplo resolvido

Passar para a forma trigonométrica o número complexo: z = 1 + i√3

= 1 + 2
( 3)2
= 1+ 3 = 4 = 2
3 1 
senx = cos x = arg( z ) =
2 2 3
  
z =  (cos + isen )  z = 2 cos + isen 
 3 3
Exercícios

Escreva os números complexos abaixo em sua forma trigonométrica:

Solução
Círculo Trigonométrico
Exercícios de revisão

Transforme o número complexo z que está na forma trigonométrica para a

forma algébrica.

a) z = 4.(cos π / 6 + i.sen π / 6)

b) z = 2.( cos π / 4 + i.sen π / 4 )

Operação de Multiplicação na Forma Trigonométrica

Para multiplicar números complexos na forma trigonométrica utilizamos a

fórmula:

z1 z2 = 1  2 cos(1 +  2 ) + isen(1 +  2 )
Exemplo

Z1 = 5(cos 30° + isen 30°) z2 = 2(cos15° + isen15°)

z1 z2 = 1  2 cos(1 +  2 ) + isen(1 +  2 )

Z1.z2 = (5.2)[cos(30° + 15°) + isen (30° + 15°)]

Z1.z2 = 10.(cos 45° + isen 45°)
Exercício 1

Calcule o produto de z1.z2 do número complexo:

R:
Exercício 2

O módulo do número complexo z1.z2 em que

R: 18
Operação de Divisão na Forma Trigonométrica

A fórmula para efetuar a divisão entre dois números complexos na forma

trigonométrica é a seguinte:

z1 1
= cos(1 −  2 ) + isen(1 −  2 )
z2  2
Exemplo

Z1 = 20 (cos 120° + isen 120°) z2 = 4(cos 30° + isen30°)

z1 1
= cos(1 −  2 ) + isen(1 −  2 )
z2  2

Z1/z2 = 20/4.[cos (120° – 30°) + isen (120° - 30°)

Z1/z2 = 5.(cos 90° + isen 90°)
Exercício 1

Calcule o quociente de z1/z2 dos números complexos:

R:
Exercício 2

O módulo do número complexo z1/z2 em que:

R: 1
Operação de Potenciação na Forma Trigonométrica

Para efetuar a potenciação entre números complexos na forma

trigonométrica utilizamos esta fórmula:

z = z
n n
cos(n ) + isen(n )

1ª Equação de Moivre
Exemplo

Calcular a quinta potência do número complexo z = 3.cos (π / 4) + isen (π / 4)

z5 = 35.[cos(5 π / 4 ) + isen(5 π / 4 )]

z5 = 243.[cos5 π / 4) + isen (5 π / 4)]

Exercício 1

Calcule a sétima potência doo número complexo

R:
Exercício 2

Encontre o número complexo 𝑧10 na forma algébrica

R: -32i
Operação de Radiciação na Forma Trigonométrica

De forma análoga à potenciação, para efetuar a radiciação com números

complexos na forma trigonométrica utilizamos a formula:

   + 2k    + 2k 
w= n z cos  + isen 
  n   n 

2ª Equação de Moivre
Exemplo

3𝜋 3𝜋
𝑧 = 8 𝑐𝑜𝑠 + 𝑖𝑠𝑒𝑛
2 2

   + 2k    + 2k 
w= n z cos  + isen 
  n   n 
3𝜋 3𝜋
+ 2𝑘𝜋 + 2𝑘𝜋
3
𝑧 = 8. 𝑐𝑜𝑠 2 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 2
3 3
𝜋 2𝜋 𝜋 2𝜋
𝑧 = 2. 𝑐𝑜𝑠 + 𝑘. + 𝑖𝑠𝑒𝑛 + 𝑘.
2 3 2 3
Exemplo

Como temos n = 3 (raíz cúbica) teremos k = 0, 1 e 2 (três raízes)

Substituindo esses valores de k na equação

𝜋 2𝜋 𝜋 2𝜋
𝑧 = 2. 𝑐𝑜𝑠 + 𝑘. + 𝑖𝑠𝑒𝑛 + 𝑘.
2 3 2 3

Encontraremos os valores das raízes, portanto:

Para k = 0
Para k = 1
Para k = 2
Raízes

Então, as raízes cúbicas desse número são:

Plano de Argand-Gauss

Representando geometricamente esses pontos no plano, tem-se:

Perceba que se ligarmos esses pontos, teremos um triângulo equilátero.

Assim, as raízes desse número complexo são os vértices desse triângulo,
isso acontece porque, para qualquer n>2, teremos um polígono fechado
com n vértices.
Exercício

Determine as raízes quadradas de 2i

Exercício 1

Obtenha as raízes cúbicas de z = 1(cos 𝜋 + isen 𝜋 )

 Cálculo IV

Limite, Derivada e Integral de Funções Complexas

Profª Mª Emília S. B.Freitas

Limite

Definição:
lim 𝑓 𝑥, 𝑦 = (𝑎, 𝑏)
(𝑥,𝑦)→(𝑥0 ,𝑦0 )

A noção de limite pode ser descrita informalmente por: podemos dizer que
(a,b) é o limite de f quando (x,y) tende a 𝑥0 , 𝑦0 , se f(x,y) está
arbitrariamente próximo de (a,b) quando (x,y) está suficientemente próximo
de (𝑥0 , 𝑦0 ) .

É possível afirmar que a noção de limite e continuidade associado a uma

função de variável complexa z consiste numa tradução das definições
anteriores para este contexto
Proposições do Limite

1. lim 𝑐. 𝑓 𝑧 = 𝑐. 𝐴
𝑧→𝑧0
2. lim 𝑓 𝑧 + 𝑔(𝑧) = lim 𝑓 𝑧 + lim 𝑔(𝑧) = 𝐴 + 𝐵
𝑧→𝑧0 𝑧→𝑧0 𝑧→𝑧0
3. lim 𝑓 𝑧 − 𝑔(𝑧) = lim 𝑓 𝑧 − lim 𝑔(𝑧) = 𝐴 − 𝐵
𝑧→𝑧0 𝑧→𝑧0 𝑧→𝑧0
4. lim 𝑓 𝑧 . 𝑔(𝑧) = lim 𝑓 𝑧 . lim 𝑔(𝑧) = 𝐴. 𝐵
𝑧→𝑧0 𝑧→𝑧0 𝑧→𝑧0
lim 𝑓(𝑧)
𝑓(𝑧) 𝑧→𝑧0 𝐴
5. lim = = 𝑠𝑒 𝐵 ≠ 0
𝑧→𝑧0 𝑔(𝑧) lim 𝑔(𝑧)
𝑧→𝑧0
𝐵
Exemplo
𝑧 2 −5
Utilizando os teoremas de limite encontre o valor de lim
𝑧→1+𝑖 𝑖𝑧

Recorrendo as propriedades (teoremas) operacionais dos limites:

𝑧 2 −5 (1+𝑖)2 −5
lim =
𝑧→1+𝑖 𝑖𝑧 𝑖(1+𝑖)
Derivada

Função Real Função Complexa

Proposições da Derivada
Exemplo

Calcule a derivada de f(z) = 2z4 – z3 + 10iz

Você deve calcular a derivada de cada termo:

f’(z) = 2(z4)’ – (z3) + 10i(z)’

f’(z) = 8z3 – 3z2 + 10i

Funções Analíticas e Harmônicas

É possível afirmar que em uma função complexa f é analítica em A se a

derivada f’(z) existe para todo ponto 𝑧 ∈ 𝐴
Equações de Cauchy-Riemann

Uma condição necessária para que w = f(z) = u(x,y) + iv(x,y) seja analítica
numa região A (x0, y0) é que u e v satisfaçam as equações Cauchy-
Riemann.
Exemplo

Considere a função f(z) = 2x2 + y + (y2 – x)i definida em C. Verifique se

cumpre a condição de Cauchy-Riemann.

Temos u(x,y) = 2x2 + y e v(x,y) = y2 – x, onde:

Exemplo

É possível verificar que as funções u e v são contínuas e têm derivadas

contínuas em todos os pontos pelo teorema de Cauchy-Riemann, f é
diferenciável em todos os pontos e que as equações de Cauchy-Riemann
são safisfeitas, ou seja, em pontos (x,y) tais que:

4x = 2y, portanto y = 2x

Logo f é diferenciável nos pontos da reta y = 2x. No entanto, dado que

nenhum ponto deste rat tem uma vizinhança na qual as equações de
Cauchy-Riemann sejam válidas, f não é analítica em nenhum ponto do seu
domínio C.
Equações de Cauchy-Riemann

Seja f(z) = u(x,y) + iv(x,y) uma função analítica numa região R, então as
derivadas parciais de segunda ordem de u e v com relação a x e y existem
e são contínuas numa região R. Pode se afirmar que f é harmônica se:
Exemplo

Mostre que a função polinomial f(z) = z2 é harmônica.

Você pode verificar que trata-se de uma função analítica em C a que

corresponde u(x,y) = x2 – y2 e v(x,y) = 2xy. Temos:
Exemplo

Pela definição de função harmônica tem-se:

Isto mostra que u e v são funções harmônicas em C, além disso são

conjugadas harmônicas por constituírem as partes real e imaginária,
respectivamente, da função analítica f(z) = z2.
Integral

O estudo da integração no plano complexo é importante por duas razões

essenciais. Por um lado, podem ocorrer integrais de variável real cujo
cálculo não é imediato pelos métodos usuais de integração real mas que a
integração complexa permite resolver facilmente.
Integral Indefinida

Se f(z) e F(z) são funções analíticas em R e tais que F’(z) = f(z), então, F(z)
é dita a integral indefinida de f(z) e é denotada por:

𝐹 𝑧 = න 𝑓 𝑧 𝑑𝑧
Integral em Linha Complexa
Integral em Linha Complexa

Se você analisar o gráfico 5 poderá perceber que C está subdivido em n

partes por meio dos pontos z1, z2, ..., zn-1 escolhidos arbitrariamente e
chamados de a = z0 e b = zn. Em cada arco ligando zk-1 a zk (onde k varia de
1 a n), escolhemos um ponto 𝜀𝑘 onde:
Integral Definida

Substituindo e analisando o número de subdivisões crescer de

modo que o ∆𝑧𝑘 tenda a zero, então a soma Sn tende a um limite que pode
é representado por:

Por meio desta representação é possível denominar a integral de linha

complexa ou integral de f(z) ao longo da curva C, ou ainda integral de f(z)
de a a b ao longo da curva C. Neste caso, f(z) diz-se integrável ao longo de
C.
Integral Definida

Se f(z) é analítica em todos os pontos da região R e se C é uma curva

contida em R, então f(z) é integrável ao longo de C.

Se f(z)=u(x,y) + iv(x,y) = u + iv, a integral de linha complexa pode ser

expressa em termos de integrais reais por:
Propriedades das Integrais
Exemplo

Usando a definição de integral de contorno, calcule a integral da função

f(z) = z2 ao longo do caminho z(t) = t + i.2t, t ∈ [0; 2]

Caminho retilíneo ligando os pontos (0,0) e (2,4)

Solução:
Solução