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Instituto de Ciência e Tecnologia Campus

São José dos Campos

MOVIMENTO RETILÍNEO COM ACELERAÇÃO


CONSTANTE

Professora: Drª Thaciana Malaspina

Alunos: Amanda Razaboni

Davi Juliano

Guilherme Noronha

Gustavo Ferracioli

Hári Niklaus

Rafaele Guimarães

Wellington Ananias

Turma: NA

Maio de 2019
SUMÁRIO

1 RESUMO ................................................................................................................... 6
2 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7
2.1 Conceituação física do MRU ............................................................................. 7
2.2 Movimento Uniforme no Cotidiano .................................................................... 8
2.3 Movimento Uniformemente Variado (MUV) .................................................... 10
2.4 Movimento Acelerado ...................................................................................... 10
2.5 Torricelli ............................................................................................................ 10
2.6 Leis de Newton ................................................................................................ 11
2.7 Relação das Equações .................................................................................... 12
3 OBJETIVOS ............................................................................................................ 17
4 MATERIAIS ............................................................................................................. 17
4.1 Carrinho fio ....................................................................................................... 17
4.2 Sensor de passagem ....................................................................................... 18
4.3 Trilho de ar ....................................................................................................... 19
4.4 Cronômetro micro-controlado .......................................................................... 20
4.5 Gerador de Fluxo de Ar ................................................................................... 20
4.6 Polia ................................................................................................................. 21
4.7 Transferidor de grau ........................................................................................ 21
4.8 Pesos ............................................................................................................... 22
4.9 Gancho............................................................................................................. 22
4.10 Nível ................................................................................................................. 23
5 PROCEDIMENTO ................................................................................................... 23
5.1 Deslocamento em função do tempo (trilho na horizontal), conjunto de massas
1. 24
5.2 Deslocamento em função do tempo (trilho na horizontal), conjunto de massas
2. 24
5.3 Deslocamento em função do tempo (trilho inclinado), ângulo de inclinação . 24
5.4 Deslocamento em função do tempo (trilho inclinado), ângulo de inclinação 2.
24
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 25
6.1 Deslocamento em função do tempo (trilho na horizontal), conjunto de massas
1. 27
6.2 Deslocamento em função do tempo (trilho na horizontal), conjunto de massas
2. 30
6.3 Deslocamento em função do tempo (trilho inclinado), ângulo de inclinação . 32
6.4 Deslocamento em função do tempo (trilho inclinado), ângulo de inclinação 2.
35
6.5 Cálculos da velocidade em (m/s) e aceleração em (m/s²). ............................. 37
7 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 38
8 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 39

2
INDÍCE DE TABELAS

Tabela 1 - Especificações Sensor de passagem........................................................... 18


Tabela 2 - Especificação Trilho de ar ............................................................................ 19
Tabela 3 - Especificação Cronômetro micro-controlado ............................................... 20
Tabela 4 - Deslocamento em função do tempo (trilho na horizontal), massas 1.......... 27
Tabela 5 - Deslocamento em função do tempo (trilho na horizontal), massas 2.......... 30
Tabela 6 - Deslocamento em função do tempo (trilho inclinado), massas 1. ............... 32
Tabela 7 - Deslocamento em função do tempo (trilho inclinado), massas 2. ............... 35

3
INDÍCE DE FIGURAS
Figura 1 - Gráficos da velocidade em função do tempo (vxt) típicos para análises que
ocorrem sob condições do MRU ...................................................................................... 7
Figura 2 - Dispositivos em que se pode aproximar seu comportamento de um MRU ... 9
Figura 3 - MagLevs plataforma magnética. ..................................................................... 9
Figura 4 - Segunda Lei de Newton ................................................................................ 11
Figura 5 - Terceira Lei de Newton.................................................................................. 12
Figura 6 - Forças atuantes por dois objetos presos em uma corda. ............................. 13
Figura 7 - Forças atuantes por dois objetos presos por uma corda, sendo um em plano
inclinado. ......................................................................................................................... 14
Figura 8 - Forças dimensionadas em um plano inclinado. ............................................ 15
Figura 9 - Carrinho fio..................................................................................................... 17
Figura 10 - Sensor de passagem ................................................................................... 18
Figura 11 - Trilho de ar ................................................................................................... 19
Figura 12 - Cronômetro micro-controlado ...................................................................... 20
Figura 13 - Gerador de Fluxo de Ar ............................................................................... 20
Figura 14 - Polia ............................................................................................................. 21
Figura 15 - Transferidor .................................................................................................. 21
Figura 16 - Pesos ........................................................................................................... 22
Figura 17 - Gancho......................................................................................................... 22
Figura 18 - Nível ............................................................................................................. 23
Figura 19 - Montagem Experimento............................................................................... 23

4
INDÍCE DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Deslocamento em função do tempo com as massas 1 (horizontal) ........... 27
Gráfico 2 - Velocidade em função do tempo com as massas 1 (horizontal)................. 28
Gráfico 3 - Aceleração em função do tempo com as massas 1 (horizontal) ................ 28
Gráfico 4 - Deslocamento em função do tempo com as massas 2 (horizontal) ........... 30
Gráfico 5 - Velocidade em função do tempo com as massas 2 (horizontal)................. 31
Gráfico 6 - Aceleração em função do tempo com as massas 2 (horizontal) ................ 31
Gráfico 7 - Deslocamento em função do tempo com as massas 1 (inclinado) ............. 33
Gráfico 8 - Velocidade em função do tempo com as massas 1 (inclinado) .................. 33
Gráfico 9 - Aceleração em função do tempo com as massas 1 (inclinado) .................. 34
Gráfico 10 - Deslocamento em função do tempo com as massas 2 (inclinado) ........... 35
Gráfico 11 - Velocidade em função do tempo com as massas 2 (inclinado ................. 36
Gráfico 12 - Aceleração em função do tempo com as massas 2 (inclinado) ................ 36

5
1 RESUMO

Movimento retilíneo uniforme (MRU) é descrito como o movimento de um móvel ao


longo de uma reta suave em relação a um referencial, realizado com velocidade e
aceleração constantes. Diz-se que o móvel percorreu distâncias iguais em intervalos de
tempo iguais. No MRU a velocidade média assim como a velocidade instantânea são
iguais, onde a velocidade instantânea refere-se a um determinado intervalo de tempo “t”
∆𝑠
infinitamente curto, definido matematicamente por v = lim .
∆𝑡→∞ ∆𝑡
Por mais que o tipo de situação proposta no estudo do MRU não seja a mais comum
na prática ⎯ pois no dia-a-dia um corpo em movimento está sujeito a inúmeras
influências que, por conseguinte dão origem as conhecidas variações ⎯ seu estudo é de
grande valia para o entendimento de sistemas mais complexos que regem os mais
variados fenômenos da natureza e são estudados por cientistas, químicos, biólogos e
engenheiros. Nesta prática procura-se verificar o comportamento da aceleração de um
móvel sujeito à MRU a partir da realização de quatro testes experimentais, onde tanto
as massas quanto às inclinações do trilho deslizante foram alteradas. Durante o
presente relatório é lançado mão de artifícios matemáticos e físicos para a determinação
dessa grandeza e, além disso, discussões e conclusões são feitas sobre os resultados
obtidos e justificativas coerentes são atribuídas à dados pontuais. Com isso, pretende-
se elucidar e consolidar esse importante tópico da Física, de maneira que o profissional
ligado ao setor de Ciência e Tecnologia desenvolva competências importantes e domine
diversos conceitos sobre o Universo à sua volta.

Palavras-chave: Movimento retilíneo uniforme (MRU), aceleração constante,


determinação experimental da velocidade, influência das massas e do plano inclinado.

6
2 INTRODUÇÃO

2.1 Conceituação física do MRU

O movimento é chamado de retilíneo quando ele se dá ao longo de uma reta perfeita


em relação a um sistema de referência confiável. Essa movimentação é dita retilínea e
uniforme quando a aceleração ao longo da reta é nula (equação 1), já que 𝑎⃗ representa
a taxa de variação (ou derivada de primeira ordem) da velocidade em função do tempo.

Para MRU tem-se que a velocidade do corpo é constante (seu gráfico em função do
tempo é dado por uma reta perfeitamente paralela ao eixo dos tempos), ou seja, v(t) =
n para todos os valores possíveis de t, onde n pode ser qualquer número pertencente
ao conjunto dos números reais) ⎯ equivalendo a um número n independente de t e como
se sabe a derivada em relação à t dessa constante é igual a zero; eis a explicação do
fato mencionando acima.

Figura 1 - Gráficos da velocidade em função do tempo (vxt) típicos para análises que ocorrem sob
condições do MRU

a) tem-se um movimento progressivo (v>0)


b) (em b) uma movimentação retrógrada (v<0).

7
Pode-se ainda escrever e caracterizar matematicamente a equação para a posição
da partícula em função do tempo.

Um exemplo inicial bastante didático e básico para compreensão deste conceito


é a existência de um trem que se desloca num trecho de uma via férrea retilínea, a uma
velocidade constante de 70 km/h. No caso do movimento retilíneo e uniforme de dois
móveis (designados por 1 e 2), pode-se escrever para cada um deles seus equivalentes
da equação:

Onde S01 e S02 são as posições iniciais de cada uma das partículas e v01e v02,
suas respectivas velocidades, ambas constantes. Para provar experimentalmente que
um objeto se move com velocidade constante, basta verificar se o mesmo percorre
distâncias iguais em intervalos de tempo iguais. Se isso ocorrer, seu movimento é
uniforme.

2.2 Movimento Uniforme no Cotidiano

Como já mencionado anteriormente, apesar de ser um dos movimentos mais


simples que se possam imaginar, situações mediadas pelos conceitos do MRU não são
muito frequentes na natureza. Basicamente, o que impede um objeto de manter-se em
velocidade constante, quando impelido a colocar-se em movimento, são as diversas
forças que atuam sobre ele. O exemplo mais simples desse fenômeno é o do carro que
se move numa autoestrada plana, sem qualquer inclinação, a 100 km/h. Se deixarmos
o carro por sua própria conta (tirando o pé do acelerador), ele irá, fatalmente, parar. O
automóvel para como resultado da força de atrito ⎯ [opositora ao sentido do movimento]
⎯, que resulta do contato dos pneus com o solo.
Para se conseguir velocidade constante, precisa-se buscar formas de compensar
ou equilibrar as forças que tendem a desacelerar. O acelerador dos carros tem
exatamente essa função. É possível manter uma velocidade constante, desde que se
comprima, adequadamente, o acelerador do veículo. Alguns automóveis mais modernos
têm um dispositivo (o piloto automático), que faz exatamente isso automaticamente,
mantendo a velocidade do veículo sempre imutável.

8
Tratores se movem lentamente e com velocidade praticamente constante em
linhas retas, assim como um trem longe das estações também mantém a velocidade
praticamente constante em trechos retos. Um paraquedas aberto (figura 2), embora
inicialmente realize um movimento acelerado, dada a resistência do ar, logo entra em
movimento uniforme e, exatamente por isso, a velocidade não aumenta
demasiadamente.
Figura 2 - Dispositivos em que se pode aproximar seu comportamento de um MRU

Fonte: https://www.respondeai.com.br/

Um tipo de situação interessante em que as ideias de MRU podem ser utilizadas


no dia a dia ⎯ seguindo basicamente o mesmo princípio do que o traçado por este
presente experimento para atingir as requisições que tal movimento unidimensional
exige ⎯ é o “deslizar” dos trens MagLevs em trechos exclusivamente retos e sem
inclinações.
A principal semelhança desta tecnologia com a estratégia experimental utilizada
na prática laboratorial é encontrada em seu princípio de funcionamento, que reduz
consideravelmente o atrito que gera a variação ⎯ que não é permitida em MRU - através
de um fenômeno físico, mais precisamente levitação magnética, ao contrário do
“colchão de ar” usado no experimento.

Bom, primeiramente deve ser esclarecido que os MagLevs (figura 3) não devem ser
confundidos com os trens-bala que circulam no Japão e na Europa. Ao contrário destes,
que operam com motores elétricos, rodas comuns e podem atingir uma velocidade de
até 300 km/h, o trem por levitação magnética não precisa de rodas, motor e pode
alcançar até 500 km/h. Os três componentes básicos dos MagLevs são os ímãs, a
eletricidade e trilhos.

Figura 3 - MagLevs plataforma magnética.

Fonte: https://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/

9
A levitação e a movimentação do veículo ocorrem em função de o MagLev utilizar
eletroímãs e materiais supercondutores para gerar um circuito eletromagnético que
acaba por levitar o trem e mantê-lo na linha. De maneira simplificada, a ideia é que o
mesmo efeito físico que faz um pequeno bloco de cerâmica levitar sobre um ímã pode
fazer um trem deslizar.

2.3 Movimento Uniformemente Variado (MUV)

Muito mais comum na natureza do que o MRU, citado nas seções acima, é o
movimento unidimensional MUV, verificado em uma grande classe de fenômenos,
desde a situação em que uma simples bicicleta desce um desfiladeiro até o lançamento
de um foguete aeroespacial.
Deve ser esclarecido que assim como o MRU, o MUV ocorre durante um intervalo
de tempo (t), percorre uma dada distância nesse intervalo e também pode ser
representado por gráficos. Porém, a grande característica que os diferenciam é variação
da velocidade.

o MRU: A velocidade do corpo se mantém constante durante todo o


movimento
o MUV: A velocidade do corpo varia uniformemente durante o movimento.

2.4 Movimento Acelerado

É o tipo de movimento em que o valor da aceleração possui sempre o mesmo


sinal da velocidade, logo: o valor do módulo da velocidade deve ser crescente.

o |v| – deve aumentar;


o a e v possuem mesmo sinal.

2.5 Torricelli

Físico e matemático italiano (1608-1647), obteve no século XVII uma fórmula


auxiliar para o movimento uniformemente variado, na qual se pode obter velocidades e
deslocamentos sem conhecer o tempo de movimento do móvel.
O procedimento para a obtenção da equação de Torricelli, como também ficou
conhecida, é isolar a grandeza tempo na equação horária da velocidade e substituí-la
na equação horária da posição. Obtendo assim:

Utilizada para casos onde se quer conhecer a velocidade de um móvel sem que
o tempo seja conhecido.

10
2.6 Leis de Newton

Na física, o ramo que estuda a participação da atuação da velocidade e da


aceleração com relação ao espaço é a cinemática. A cinemática estuda os movimentos
dos corpos, sendo principalmente os movimentos lineares e circulares os objetos do
nosso estudo que costuma estar divididos em Movimento Retilíneo Uniforme (M.R.U) e
Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V)(Ribeiro, 2017).
De maneira análoga, a dinâmica estuda a atuação da velocidade e da aceleração
de determinados corpos em um determinado espaço que possuem interferências entre
si. Da dinâmica, temos três leis em que todo o estudo do movimento pode ser resumido.
São as chamadas leis de Newton:

o Primeira lei de Newton – a lei da inércia, que descreve o que ocorre com corpos
que estão em equilíbrio

o Segunda lei de Newton – o princípio fundamental da dinâmica, que descreve o


que ocorrer com corpos que não estão em equilíbrio

o Terceira lei de Newton – a lei da ação e reação, que explica o comportamento


de dois corpos interagindo entre si.

A primeira lei de Newton descreve o seguinte enunciado: “Todo corpo permanece


parado ou em movimento retilíneo uniforme (MRU) a menos que uma força seja aplicada
nele.”. Portanto, um corpo tende a permanecer em inércia se não houver nele uma
aplicação de forças contrárias.

A segunda lei de Newton diz que, quando um corpo sofre de uma força resultante,
ele irá sofrer uma aceleração. Força resultante e aceleração são duas grandezas físicas
intimamente ligadas e diretamente proporcionais, ou seja, se aumentarmos a força,
aumentamos a aceleração na mesma proporção. Essa constante é a massa do corpo
em que é aplicada a força resultante. Por isso, a segunda lei de Newton é representada
matematicamente pela fórmula:

Figura 4 - Segunda Lei de Newton

Fonte:(Bitlanders, 2014).

11
A segunda lei de Newton também nos ensina que força resultante e aceleração
serão vetores sempre com a mesma direção e sentido, sendo as unidades de força e
massa no SI: Força – newton (N) e Massa – quilograma (kg). (Ribeiro, 2017).

Já a Terceira Lei de Newton, também conhecida como lei da ação e reação, diz que
se um corpo faz uma força em outro, imediatamente ele receberá desse outro corpo
uma força de igual intensidade, igual direção e sentido oposto à força aplicada, como é
mostrado na figura a seguir:

Figura 5 - Terceira Lei de Newton

Fonte: (Ribeiro, 2017).

2.7 Relação das Equações

Para a aplicação dos conceitos de cinemática, devemos verificar as relações


existentes entre as equações da cinemática:

𝚫𝒔
o 𝑽𝒎𝒆𝒅 = 𝚫𝒕 - Equação da velocidade média.

𝚫𝒗
o 𝑨𝒎𝒆𝒅 = 𝚫𝒕
- Equação da aceleração média.

𝐝𝑺
o 𝑽𝒊𝒏𝒔𝒕 = 𝐝𝐭
- Equação da velocidade instantânea.

𝐝𝐕
o 𝑨𝒊𝒏𝒔𝒕 = 𝐝𝒕
- Equação da aceleração instantânea.

12
Considerando que buscamos uma equação que modela a distância que será obtida,
devemos ter:

𝑆 = 𝑉𝑖𝑛𝑠𝑡 ∗ 𝑑𝑡 ⇔ ∫ 𝑑𝑆 = ∫ 𝑉𝑖𝑛𝑠𝑡 ∗ 𝑑𝑡

Assumindo que:

𝛥𝑉
𝐴 𝑚𝑒𝑑 = ⇔ 𝑉𝑖𝑛𝑠𝑡 = 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐴𝑚𝑒𝑑 ∗ 𝑡
𝛥𝑡
Teremos:

𝑆 = ∫ 𝑉𝑖𝑛𝑠𝑡 ∗ 𝑑𝑡 ⇔ 𝑆 = ∫ 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝑎 ∗ 𝑡

𝟏
𝑺(𝒕) = 𝑽 𝒊𝒏𝒊𝒄 ∗ 𝒕 + 𝒂 ∗ 𝒕𝟐 + 𝒄,
𝟐
𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑐 = 𝑆 𝑖𝑛𝑖𝑐

Utilizando as equações e assumindo que 𝑉𝑖𝑛𝑠𝑡 = 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝑎 ∗ 𝑡 e 𝑺(𝒕) =


𝟏
𝑽 𝒊𝒏𝒊𝒄 ∗ 𝒕 + 𝒂 ∗ 𝒕² + 𝑺 𝒊𝒏𝒊𝒄, teremos uma nova equação em função da posição:
𝟐

𝑉(𝛥𝑆) = 𝑉²inicial + 2 ∗ 𝑎 ∗ 𝛥𝑆 - Equação do Movimento de Torricelli.

Estas são as equações fundamentais da cinemática que implicam em diversos


modelamentos matemáticos e físicos do sistema de velocidades e acelerações
independentes e que não possuem dinâmica entre si.
Para um estudo melhorado das forças atuantes em um sistema de forças, teremos
a análise de dois sistemas ideais dados pelas figuras:

Figura 6 - Forças atuantes por dois objetos presos em uma corda.

Fonte: https://wp.ufpel.edu.br/

13
Figura 7 - Forças atuantes por dois objetos presos por uma corda, sendo um em plano inclinado.

Fonte: https://wp.ufpel.edu.br/

Para a análise das forças atuantes e das acelerações em cada sistema


apresentado, devemos verificar:

∑ 𝐹𝑥1 = 𝑚1 ∗ 𝑎1𝑥 = 𝑇

∑ 𝐹𝑦1 = 𝑁 − 𝑚1 ∗ 𝑔 = 0

(Sistema de massa m1)

∑ 𝐹𝑦1 = 𝑚2 ∗ 𝑔 − 𝑇 = 𝑚2 ∗ 𝑎2𝑦

(Sistema de massa m2)

Substituindo os valores do primeiro sistema no segundo, temos:

𝑚2 ∗ 𝑔 − 𝑚1 ∗ 𝑎1𝑥 = 𝑚2 ∗ 𝑎2𝑦 ,

assumindo que 𝑎1𝑥 = 𝑎2𝑦 , teremos:

𝑚2 ∗ 𝑔 − 𝑚1 ∗ 𝑎 = 𝑚2 ∗ 𝑎 ⇔ (𝑚1 + 𝑚2 ) ∗ 𝑎 = 𝑚2 ∗ 𝑔

𝑚2 ∗ 𝑔
𝑎 = (Relação entre massas e a aceleração do sistema)
(𝑚1 +𝑚2 )

14
Para o segundo sistema, teremos uma conta análoga, mas utilizaremos o conceito
de divisão de forças no corpo que atua em um plano inclinado:

Figura 8 - Forças dimensionadas em um plano inclinado.

Fonte: https://wp.ufpel.edu.br/

Para a análise das forças atuantes e das acelerações em cada sistema


apresentado, devemos verificar:

∑ 𝐹𝑥1 = 𝑚1 ∗ 𝑔 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛳 − 𝑚1 ∗ 𝑎2𝑦 = 𝑇

∑ 𝐹𝑦1 = 𝑁 − 𝑚1 ∗ 𝑔 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛳 = 0

(Sistema de massa m1)

∑ 𝐹𝑦1 = 𝑚2 ∗ 𝑔 − 𝑇 = 𝑚2 ∗ 𝑎2𝑦

(Sistema de massa m2)

15
Substituindo os valores do primeiro sistema no segundo, temos:

𝑚2 ∗ 𝑔 − (𝑚1 ∗ 𝑔 ∗ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + 𝑚1 ∗ 𝑎1𝑥 ) = 𝑚2 ∗ 𝑎2𝑦

Assumindo que 𝑎1𝑥 = 𝑎2𝑦 , temos:

𝑚2 ∗ 𝑔 − 𝑚1 ∗ 𝑔 ∗ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = (𝑚1 + 𝑚2 ) ∗ 𝑎

𝑚2 ∗ 𝑔 − 𝑚2 ∗ 𝑠𝑒𝑛 𝜃
𝑎 =
(𝑚1 + 𝑚2 )

(Relação entre massas e a aceleração do sistema)

16
3 OBJETIVOS

O objetivo geral do experimento é aprofundar e consolidar os conceitos referentes


ao estudo de movimentos unidimensionais, mais especificamente do movimento
retilíneo uniforme (MRU) - [aceleração constante] - por meio de um layout experimental
onde um “carro” desliza sobre um trilho de ar que minimiza a ação da força de atrito. Já
o objetivo específico é determinar os valores do módulo da aceleração e da velocidade
escalar, através da construção de gráficos do tipo “espaço em função do tempo”,
“velocidade em função do tempo” e “aceleração em função do tempo”, de suas
respectivas linearizações e determinação de seus parâmetros.

4 MATERIAIS

4.1 Carrinho fio

Utilizado para analisar o movimento de um objeto sujeito a uma força constante. Ele
disponha de um suporte de massas acopladas e realizava a movimentação no trilho com
menor atrito.

Figura 9 - Carrinho fio

Fonte: Autoria Própria

17
4.2 Sensor de passagem

Foi utilizado para detectar o objeto, ele identifica através de um feixe de luz. Ele
foi conectado ao cronômetro digital.

Suas características encontram-se na tabela abaixo:

Marca/Modelo Resolução (s) Precisão (s)

Cidepe EQ012M 0,001s ± 0,001 s

Tabela 1 - Especificações Sensor de passagem

Figura 10 - Sensor de passagem

Fonte: Autoria Própria

18
4.3 Trilho de ar

Utilizado como base para o deslocamento do carrinho. Apresentando uma faixa


de medida.

Suas características encontram-se na tabela abaixo:

Marca/Modelo Faixa nominal (mm) Precisão (mm)


Cidepe EQ001 0 a 116 1

Tabela 2 - Especificação Trilho de ar

Figura 11 - Trilho de ar

Fonte: Autoria Própria

19
4.4 Cronômetro micro-controlado

Utilizado para medir a passagem de cada divisão do disco pelo sensor fotoelétrico.

Suas características encontram-se na tabela abaixo:

Marca/Modelo Faixa nominal (s) Precisão (s)

Cidepe EQ228A 0 a 99,99995 0,00005

Tabela 3 - Especificação Cronômetro micro-controlado

Figura 12 - Cronômetro micro-controlado

Fonte: Autoria Própria

4.5 Gerador de Fluxo de Ar

Responsável por gerar ar para o trilho e auxiliar no deslocamento do carrinho.

Figura 13 - Gerador de Fluxo de Ar

Fonte: Autoria Própria

20
4.6 Polia

Posicionada entre o sensor de passagem e utilizada para medir o deslocamento. Ela


apresenta 20 divisões escuras de 18°.

Figura 14 - Polia

Fonte: Autoria Própria

4.7 Transferidor de grau

Acoplado ao trilho, para auxiliar na mudança de angulação do mesmo.

Figura 15 - Transferidor

Fonte: Autoria Própria

21
4.8 Pesos

Utilizados como massas acopláveis.

Figura 16 - Pesos

Fonte: Autoria Própria

4.9 Gancho

Possibilitou o acoplamento das peças metálicas.

Figura 17 - Gancho

Fonte: Autoria Própria

22
4.10 Nível

Utilizado para verificar se o objeto está com uma superfície plana com angulação 0°.
No experiment foi utilizado para verificar o trilho na horizontal.

Figura 18 - Nível

Fonte: Autoria Própria

5 PROCEDIMENTO

Antes da prática ser iniciada o técnico responsável pelo laboratório já havia disposto
sobre a bancada todos os materiais que seriam utilizados. Sendo assim, para que fosse
possível a análise do movimento de um objeto sujeito a uma força constante, o
experimento estava montado de acordo com a figura abaixo:

Figura 19 - Montagem Experimento

Fonte: Roteiro

Foi realizada a familiarização com os equipamentos e o posicionamento do


sensor de passagem, tal sensor foi utilizado na função “F3 – 10 pass 1 sens, que realiza
10 contagens de tempo com um único sensor, tal contagem seria iniciada por ação de
um sensor fotoelétrico acoplado na extremidade do trilho, de maneira que o laser
incidisse nas marcações do objeto e ativa-se a contagem do cronômetro toda vez que
uma entre dez marcações passasse em frente ao laser.

23
Um cordão foi fixado no carrinho sobre o trilho e em sua outra extremidade, após
passar pela polia, foi acoplado um gancho para colocar peso.

Para dar continuidade, os passos desse procedimento foram dispostos entre 4


partes:

5.1 Deslocamento em função do tempo (trilho na horizontal), conjunto de


massas 1.

Nesse sistema, a massa do carrinho (M1) e do gancho (M2) foram dispostas


igualmente.

M1 =M2 = 100g

5.2 Deslocamento em função do tempo (trilho na horizontal), conjunto de


massas 2.

Nesse sistema, a massa do carrinho (M1) correspondia ao dobro da massa do


gancho (M2)

M1 =2*M2 = 100g

5.3 Deslocamento em função do tempo (trilho inclinado), ângulo de inclinação

Nesse sistema, utilizou o conjunto de massas 1 e inclinou o trilho a 3°

5.4 Deslocamento em função do tempo (trilho inclinado), ângulo de inclinação


2.

Nesse sistema, utilizou o conjunto de massas 2 e inclinou o trilho a 5°

Vale destacar que, para cada sistema, foram recolhidos os dados de deslocamento x
tempo.

24
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Quando a aceleração é constante podemos afirmar que a aceleração média é


igual a aceleração instantânea, já que em todo período ela será a mesma, podemos
explicitar a aceleração instantânea como:
𝑉−𝑉0
𝑎 = 𝑎𝑚é𝑑 = (1)
𝑇−0
isolando a velocidade teremos:
𝑉 = 𝑉0 + 𝑎𝑇(2)
podemos tratar de maneira similar a velocidade média
𝑋−𝑋0
𝑉𝑚é𝑑 = (3)
𝑇−0
𝑋 = 𝑋0 +𝑉𝑚é𝑑 𝑇(4)
é verdade também que podemos obter a velocidade média através da média
aritmética calculada utilizando-se a velocidade final e a inicial:
(𝑉+𝑉0 )
𝑉𝑚é𝑑 = (5)
2
substituindo 2 em 5 obteremos
1
𝑉𝑚é𝑑 = 𝑉0 + 𝑎𝑇 (6)
2
substituindo 6 em 4 obteremos:
1
𝑋 = 𝑋0 + 𝑉0 𝑇 + 𝑎𝑇 2 (7)
2
No sistema de blocos abaixo o bloco de massa m1 encontra-se em um plano
inclinado de ângulo Θ onde não há atrito, ele é puxado por uma tensão T por uma
corda de massa desprezível, na outra extremidade da corda encontra-se outro
bloco pendurado de massa m2, também puxado pela tensão T

as componentes das forças que atuam sobre o bloco de massa m1, Fy1 e Fx1 são
𝐹𝑦1 = 𝑁𝑚1 − 𝑚1. 𝑔. 𝑐𝑜𝑠𝛩 = 0 (8)
𝐹𝑥1 = 𝑇 − 𝑚1. 𝑔. 𝑠𝑒𝑛𝛩 = 𝑚1. 𝑎 (9)

25
em m2 não a componentes Fy2 e Fx2 serão:

𝐹𝑦2 = 𝑇 − 𝑚2. 𝑔 (10)


𝐹𝑥2 = 0 (11)

Explicitando T naequação 8 e substituindo na equação 10 obteremos:

𝑚2−𝑚1𝑠𝑒𝑛𝛩
𝑎= .𝑔 (12)
𝑚1+𝑚2
para o primeiro caso o ângulo Θ=0, utilizaremos a equação da seguinte forma:
𝑚2
𝑎= . 𝑔(13) pois sen 0=0
𝑚1+𝑚2

Primeiramente colocamos 100g em m1 e 100g em m2 e obtivemos


Para determinação da incerteza das medições do tempo em segundos, utilizou-se
a incerteza instrumental do cronômetro. Aplicando-se a propagação encontrou-se
a incerteza do deslocamento através da fórmula 14:

(14)
Com a mesma fórmula utilizada acima, calculou-se as incertezas expandidas para
a velocidade e para a aceleração, encontrando-se respectivamente 土0,007677
m/s e 土0,061390 m/s². Nota-se que devido à alta incerteza da escala da polia
utilizada no experimento a mesma não é considerada um bom instrumento de
medição para esta finalidade, este erro torna-se ainda mais evidente ao ser
expandido para o cálculo da aceleração.
Dado que o disco utilizado para observar o deslocamento possui 20 divisões e
tem 10 cm de diâmetro, utilizamos a seguinte fórmula para calcular cada
deslocamento:
2𝜋
𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑚) = ( . 𝑛º 𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜).0,05
20

e a propagação da incerteza será


𝜋
𝜎𝑚 = ( . 𝑛º 𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜).0,01
20

26
6.1 Deslocamento em função do tempo (trilho na horizontal), conjunto de
massas 1.

o M1 = 100g
o M2 = 100g

deslocamento deslocamento (m) ±ẟ𝒎 (m) tempo (s) ±ẟ𝒕 (s)


1 0,0173 0,0096 0,12505 0,0005
2 0,0345 0,0096 0,21168 0,0005
3 0,0518 0,0096 0,28170 0,0005
4 0,0691 0,0096 0,34400 0,0005
5 0,0864 0,0096 0,39925 0,0005
6 0,1036 0,0096 0,44900 0,0005
7 0,1209 0,0096 0,49420 0,0005
8 0,1382 0,0096 0,53600 0,0005
9 0,1554 0,0096 0,57380 0,0005
10 0,1727 0,0096 0,60895 0,0005
Tabela 4 - Deslocamento em função do tempo (trilho na horizontal), massas 1.

A partir dos dados da tabela 4 esboçou-se os gráficos 1, 2 e 3, sendo os de


deslocamento em função do tempo, velocidade em função do tempo e aceleração em
função do tempo respectivamente para a configuração do trilho na horizontal com o
conjunto de massas 1.

Gráfico 1 - Deslocamento em função do tempo com as massas 1 (horizontal)

27
Gráfico 2 - Velocidade em função do tempo com as massas 1 (horizontal)

Gráfico 3 - Aceleração em função do tempo com as massas 1 (horizontal)

28
A equação polinomial obtida a partir do gráfico pode ser comparada a equação
deduzida para o deslocamento:

1
𝑋 = 𝑋0 + 𝑉0 𝑇 + 𝑎𝑇 2
2
𝑋 = 0,0028 + 0,0800𝑇 + 0,3245𝑇 2

Derivando a função obteremos a função que descreve a velocidade pelo tempo:

𝑋′ = 𝑉 = 0,0800 + 0,6490𝑇

Observa-se que a função obtida é uma função linear, sendo assim podemos
deduzir que o coeficiente angular da função é o valor da aceleração, já que é ela quem
determina como a velocidade irá variar, caso derivarmos a velocidade também
encontraremos a aceleração:
𝑎 = 0,6488 𝑚/𝑠2

o valor teórico da aceleração seria calculado através da fórmula 13:

100
𝑎= ∗ 9,8 = 4,9 𝑚/𝑠2
200

O erro da aceleração é definido pela propagação do erro das massas e do tempo,


da seguinte maneira:

ẟ𝒂 = ± 2,0411 ∗ 10−3

29
6.2 Deslocamento em função do tempo (trilho na horizontal), conjunto de
massas 2.

o M1 = 100g
o M2 = 50g

deslocamento deslocamento (m) ±ẟ𝒎 (m) tempo (s) ±ẟ𝒕 (s)


1 0,0173 0,0096 0,19405 0,0005
2 0,0345 0,0096 0,31070 0,0005
3 0,0518 0,0096 0,40745 0,0005
4 0,0691 0,0096 0,49070 0,0005
5 0,0864 0,0096 0,55355 0,0005
6 0,1036 0,0096 0,62695 0,0005
7 0,1209 0,0096 0,68550 0,0005
8 0,1382 0,0096 0,73970 0,0005
9 0,1554 0,0096 0,78965 0,0005
10 0,1727 0,0096 0,83485 0,0005
Tabela 5 - Deslocamento em função do tempo (trilho na horizontal), massas 2.

Com os dos dados da tabela 5 esboçou-se os gráficos 4, 5 e 6, sendo os de


deslocamento em função do tempo, velocidade em função do tempo e aceleração em
função do tempo respectivamente para a configuração do trilho na horizontal com o
conjunto de massas 2.

Gráfico 4 - Deslocamento em função do tempo com as massas 2 (horizontal)

30
Gráfico 5 - Velocidade em função do tempo com as massas 2 (horizontal)

Gráfico 6 - Aceleração em função do tempo com as massas 2 (horizontal)

31
De forma similar ao primeiro gráfico podemos encontrar a aceleração através da
derivada obtida da equação polinomial gerada pelo gráfico do deslocamento:
X=0,0022+0,0433X+0,1913X2
X'=0,0433+0,3826X

temos a aceleração obtida como 0,3826 m/s², podemos compará-la com a prática
novamente:

ẟ𝒂 = ± 2,30755 ∗ 10−4

6.3 Deslocamento em função do tempo (trilho inclinado), ângulo de inclinação

o M1 = 100g
o M2 = 100g
o Ângulo = 3º

deslocamento deslocamento (m) ±ẟ𝒎 (m) tempo (s) ±ẟ𝒕 (s)

1 0,0173 0,0096 0,14450 0,000005

2 0,0345 0,0096 0,23580 0,000005

3 0,0518 0,0096 0,31305 0,000005

4 0,0691 0,0096 0,37825 0,000005

5 0,0864 0,0096 0,43710 0,000005

6 0,1036 0,0096 0,48890 0,000005

7 0,1209 0,0096 0,53735 0,000005

8 0,1382 0,0096 0,58165 0,000005

9 0,1554 0,0096 0,62350 0,000005

10 0,1727 0,0096 0,66095 0,000005


Tabela 6 - Deslocamento em função do tempo (trilho inclinado), massas 1.

32
A partir dos dados da tabela 6 esboçou-se os gráficos 7, 8 e 9, sendo os de
deslocamento em função do tempo, velocidade em função do tempo e aceleração em
função do tempo respectivamente para a configuração do trilho inclinado com o conjunto
de massas 1.

Gráfico 7 - Deslocamento em função do tempo com as massas 1 (inclinado)

Gráfico 8 - Velocidade em função do tempo com as massas 1 (inclinado)

33
Gráfico 9 - Aceleração em função do tempo com as massas 1 (inclinado)

Nesta situação utilizou-se um ângulo de inclinação de 3º no sistema, o que faz


mudar o sistema de cálculos utilizado até agora, como o seno do ângulo é diferente de
zero utilizaremos:

a= m2-m1senΘ / m1+m2.g
a=100-100 x 0,0523 / 200 x 9,81 = 4,6436 m/s²

utilizado os resultados obtidos no gráfico obteremos:

X=0,0017+0,0700X+0,2837X2
X'=0,0700+0,5674X
a=0,5674 m/s²

Observa-se que neste caso o valor real e o prático da aceleração podem ser
observados também por meio do erro percentual:

Erro percentual: 87,78%

34
6.4 Deslocamento em função do tempo (trilho inclinado), ângulo de inclinação
2.

o M1 = 100g
o M2 = 50g
o Ângulo = 5º

deslocamento deslocamento (m) ±ẟ𝒎 (m) tempo (s) ±ẟ𝒕 (s)


1 0,0173 0,0096 0,13475 0,00005
2 0,0345 0,0096 0,22185 0,00005
3 0,0518 0,0096 0,29365 0,00005
4 0,0691 0,0096 0,35440 0,00005
5 0,0864 0,0096 0,40920 0,00005
6 0,1036 0,0096 0,45875 0,00005
7 0,1209 0,0096 0,50510 0,00005
8 0,1382 0,0096 0,54740 0,00005
9 0,1554 0,0096 0,58865 0,00005
10 0,1727 0,0096 0,62740 0,00005
Tabela 7 - Deslocamento em função do tempo (trilho inclinado), massas 2.

Com os dados da tabela 7 esboçou-se os gráficos 10, 11 e 12, sendo os de


deslocamento em função do tempo, velocidade em função do tempo e aceleração em
função do tempo respectivamente para a configuração do trilho inclinado com o conjunto
de massas 2.

Gráfico 10 - Deslocamento em função do tempo com as massas 2 (inclinado)

35
Gráfico 11 - Velocidade em função do tempo com as massas 2 (inclinado

Gráfico 12 - Aceleração em função do tempo com as massas 2 (inclinado)

36
A equação obtida através dos gráficos foi:

X=-0,0006+0,0929T+0,2923T2
X'=0,0929+0,5846T
a=0,5846 m/s²

por meio dos cálculos teóricos obteríamos:

a=50-100x0,087 / 150x9,81= 2,6972m/s²

erro percentual encontrado:


Erro percentual = 78,33%

6.5 Cálculos da velocidade em (m/s) e aceleração em (m/s²).

O momento de inércia (I), que também é chamado de inércia rotacional, é entendido


como a medida da resistência que um corpo apresenta ao movimento de rotação.
Para o cálculo utilizamos da equação aplicada à um disco maciço:

I = (MR^2)/2

Onde,

M = massa do disco;
R = raio do disco.

Aplicando o cálculo para massa = 0,079 kg e o raio da polia = 0,05 m:

I = (0,079 kg*(0,05 m)^2)/2 = 9,875*10^-5 kg*m^2

O momento depende apenas da geometria do corpo que executa o giro sobre um


eixo fixo, nesse caso, a polia. Por apresentar valores bem pequenos de raio e massa,
seu momento de inércia é quase irrelevante para o sistema considerado, por isso
desconsidera--se esse dado nos cálculos e análises.

37
7 CONCLUSÃO

Conclui-se a partir da realização do presente experimento e da coleta dos dados


obtidos que, no Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV) foi realmente
como o esperado, ou seja, a velocidade variou à mesma taxa nos mesmos intervalos de
tempo, a trajetória é foi retilínea e a aceleração se mostrou constante e diferente de
zero.
Durante a elaboração do relatório foram construídos gráficos referente a cada parte
do experimento, são eles:
Espaço versus tempo; Velocidade versus tempo e no planos inclinados os de
aceleração versus tempo foram feitos também.
Os primeiros resultaram em uma parábola com concavidade voltada para cima. Já
o segundo, se fez representar por uma reta inclinada crescente – indicando que houve
ali um movimento acelerado. E terceiro, por fim, se mostrou através de uma reta paralela
ao eixo dos tempos – comprovando que a aceleração se manteve constante, ou seja, a
velocidade variou conforme a aceleração.
É importante ressaltar que não se pode garantir uma confiabilidade total, uma vez
que todo experimento está passível de conter erros sistemáticos e/ou operacionais,
além de erros de aproximação. Por exemplo, durante a prática do experimento em
questão foi verificada uma grande dificuldade em selecionar um único e exato valor de
distribuição de ar para todas as etapas, de forma que pode ter havido alteração/variação
desse fluxo de ar no trilho. Se isso ocorreu uma etapa pode ter apresentado menor atrito
(maior colchão de ar) e a outra uma resistência maior ao movimento em função de um
colchão de ar insuficiente, de maneira geral esses parâmetros têm a capacidade de
influir sobre os valores da aceleração e velocidade, consequentemente.

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8 REFERÊNCIAS

o TIPLER, Paul A; Física para cientistas e engenheiros - Vol.1, 6ª ed., Livros


Técnicos e Científicos.

o Ribeiro, Thyago. Resumo de física: Cinemática e dinâmica. Disponível em:


<https://blog.mettzer.com/referencia-de-sites-e-artigos-online/>. Acesso em 17
de maio de 2019.

o Bitlanders. Newton’s Law of Motion: 2nd Law of Motion. Disponível em:


<https://www.bitlanders.com/blogs/newtons-law-of-motion-part-3-2nd-law-of-
motion-fma/267372>. Acesso em 17 de maio de 2019.

o <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/131949/mod_resource/content/1/9-
Rotacao_inercia.pdf>. Acesso em 18 de maio de 2019.

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