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REVISÃO PDM

Servidões e Restrições de Utilidade Pública

A legislação da política de Ordenamento do Território e Urbanismo consagra no conteúdo documental


dos Planos Municipais de Ordenamento do Território a figura de uma planta de condicionantes que
identifica as servidões e restrições de utilidade pública em vigor que possam constituir limitações ou
impedimentos a qualquer forma específica de aproveitamento do solo - artigo 86º do Regime Jurídico
Instrumentos de Gestão Territorial (Decreto-Lei n.º 380/99 de 22 de Setembro com as alterações
introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, 20 de Fevereiro).

“Por servidão administrativa deve entender-se o encargo imposto sobre um imóvel em benefício de uma
coisa, por virtude da utilidade pública desta” e por restrição de utilidade pública entende-se “toda e
qualquer limitação sobre o uso, ocupação e transformação do solo que impede o proprietário de
beneficiar do seu direito de propriedade pleno, sem depender de qualquer acto administrativo uma vez
que decorre directamente da lei” (Castelo Branco, M. e Coito, A.; 2005 - DGOTDU)

Considerando que no decorrer do processo da revisão o conteúdo da planta de servidões e restrições


de utilidade pública foi actualizado com os elementos provenientes de várias entidades com
competências na matéria, entende-se oportuno obter nesta fase uma validação de todas as servidões
constantes no território do concelho e que poderão condicionar as opções do plano.

A Planta de Servidões e Restrições de Utilidade Pública foi elaborada com base na informação emitida
pelas seguintes entidades:
• Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR);
• Direcção Regional dos Edifícios e Monumentos Nacionais (MN);
• Direcção – Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR);
• Estradas de Portugal (EP);
• Autoridade Florestal Nacional (AFN);
• Direcção Geral de Geologia e Energia (DGGE);

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• Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB);


• Saneamento Integrado dos Municípios do Lis (SIMLIS);
• Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS);
• EDP;
• Rede Eléctrica Nacional (REN);
• Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM);
• Aeroportos e Navegações Aérea (ANA);
• Ministério de Defesa Nacional – Força Aérea;
• Ministério de Defesa Nacional – Regimento de Artilharia n.º 4;
• Polícia de Segurança Pública – Departamento de Armas e Explosivos;
• Lusitaniagás;
• Transgás;
• Direcção Geral das Instalações e Equipamentos de Saúde;
• Rede Ferroviária Nacional (REFER);
• Instituto da Água (INA);
• Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC);
• Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU).

As servidões e restrições de utilidade pública com estatuto legal que incidem sobre o território
municipal de Leiria são:

1. Protecção e Conservação do Património


• Recursos Hídricos
Linhas de Água
Domínio Público Marítimo
Captações de Água
Captações de Água subterrâneas destinadas a abastecimento público
Zona Imediata de Protecção
Zona Intermédia de Protecção
Zona Alargada de Protecção
• Aproveitamento Hidroagrícola do Vale do Lis e Infraestruturas
Limite do Aproveitamento Hidroagrícola do Vale do Lis
Canais Principais
Açude
Estação Elevatória

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• Recursos Geológicos
Águas Minerais Naturais – Monte Real
Zona Imediata de Protecção
Zona Intermédia de Protecção
Zona Alargada de Protecção
Área Cativa
Área Reserva
• Protecção e Conservação da Natureza
Áreas Sujeitas a Regime Florestal
Rede Natura 2000 – Sítio do Azabucho
• Património Edificado e Natural
Imóveis Classificados
Monumento Nacional
Interesse Público
Interesse Municipal
Outros
Imóveis em vias de classificação
Monumento Nacional
Interesse Público
Outros
Edifícios Públicos
Árvores de Interesse Público

2. Infra-estruturas
• Infra-estruturas Básicas
Gasoduto Regional
Gasoduto Nacional
Emissários
Adutores
Linhas Eléctricas Média /Alta tensão/Muito Alta tensão
• Infra-estruturas de transporte e comunicações
Rede Rodoviária Nacional e Regional
Itinerário Principal Existente
Itinerário Complementar Existente / Proposto
Estrada Nacional Existente
Estrada Nacional a Municipalizar
Estrada Regional Existente

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Rede Ferroviária
Ferrovias Complementar
Telecomunicações
Feixe Hertziano Leiria/Figueira da Foz
Feixe Hertziano Serra dos Candeeiros/Leiria
• Equipamentos e Outros Estabelecimentos
Estabelecimento Prisional
Estabelecimento Prisional Regional de Lei
Estabelecimento Prisional de Leiria
Marcos Geodésicos

3. Defesa Nacional e Segurança Pública


• Instalações Aeronáuticas (Base Aérea n.º 5)
• Instalações Militares
Carreira de Tiro
Regimento de Artilharia de Leiria
• Produtos explosivos

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1. PROTECÇÃO E CONSERVAÇÃO DO PATRIMÓNIO

1.1. RECURSOS HÍDRICOS

As servidões e restrições de utilidade pública relativas ao Domínio Público Hídrico seguem o regime
previsto na Lei n.º 54/2005 de 15 de Novembro, no Decreto-Lei n.º 468/71, republicado pela Lei n.º
16/2003 de 4 de Junho, e na Lei n.º 58/2005 de 29 de Dezembro.

De acordo com o artigo 2.º da Lei n.º 54/2005 de 15 de Novembro, o domínio público hídrico
compreende o domínio público marítimo, o domínio público lacustre e fluvial e o domínio público das
restantes águas.

O domínio público lacustre e fluvial compreende nomeadamente (artigo 5.º da Lei n.º 54/2005):

• “Cursos de água navegáveis ou flutuáveis, com os respectivos leitos, e ainda as margens pertencentes a
entes públicos;
• Lagos e lagoas navegáveis ou flutuáveis, com os respectivos leitos, e ainda as margens pertencentes a
entes públicos;
• Cursos de água não navegáveis nem flutuáveis, com os respectivos leitos e margens, desde que
localizados em terrenos públicos, ou os que por lei sejam reconhecidos como aproveitáveis para fins de
utilidade publica, ou os que, como a produção de energia eléctrica, irrigação, ou canalização de água
para consumo público;
• Canais e valas navegáveis ou flutuáveis, ou abertos por entes públicos, e as respectivas águas;
• Lagos e lagoas não navegáveis ou flutuáveis, com os respectivos leitos e margens, formados pela
natureza em terrenos públicos;
• Lagos e lagoas circundados por diferentes prédios particulares ou existentes dentro de um prédio
particular, quando tais lagos e lagoas sejam alimentados por corrente pública”.

O domínio público das restantes águas compreende nomeadamente (art.º 7 da Lei n.º 54/2005):
• “Águas nascidas e águas subterrâneas existentes em terrenos ou prédios públicos;
• Águas nascidas em prédios privados, logo que transponham abandonadas as limites dos terrenos ou
prédios onde nasceram ou para onde foram conduzidas pelo seu dono, se no final forem lançar-se ao
mar ou em outras águas públicas;
• Águas pluviais que caiam em terrenos públicos ou que, abandonadas, neles corram;
• Águas pluviais que caiam em alguns terreno particular, quando transpuserem abandonadas os limites do
mesmo prédio, se no final forem lançar-se no mar ou em outras águas públicas;
• Águas das fontes públicas e dos poços e reservatórios públicos, incluindo todos os que vêm sendo
continuamente usados pelo público ou administrados por entidades públicas.”

Nos leitos normais e leitos de cheias, nas margens, e numa faixa de 30 m da linha de margem dos
cursos de água navegáveis ou flutuáveis e ainda numa faixa de 10 metros para cada lado da margem
dos restantes cursos de água, é interdito:

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• Implantar edifícios ou realizar obras susceptíveis de constituir obstrução à livre passagem das águas;
• Destruir o revestimento vegetal ou alterar o relevo natural, sem prejuízo das operações de limpeza
promovidas pelas entidades competentes;
• Instalar vazadouros, lixeiras, parques de sucata ou quaisquer outros depósitos de materiais.

No que se refere ao domínio público marítimo a planta de servidões transpõe o que figura no Plano de
Ordenamento da Orla Costeira Ovar – Marinha Grande.

Relativamente às captações de águas subterrâneas para abastecimento público, a servidão constituiu-


se após a publicação do Decreto-Lei n.º 382/ 99, de 22 de Agosto.

As captações têm servidões que consistem na definição de perímetros de protecção, correspondentes à


área contígua à captação onde se proíbem ou condicionam as instalações e actividades que possam
contaminar as águas subterrâneas.

Este perímetro integra três zonas: zona de protecção imediata, zona de protecção intermédia e zona de
protecção alargada. Poderá englobar Zonas de protecção Especial sempre que se justifique e mediante
a realização de estudos hidrogeológicos específicos.

Com a publicação da Portaria n.º 688/2008, no Diário da Republica n.º 140, II Série, de 22 de Julho foram
aprovadas as zonas de protecção imediatas, intermédia e alargada no concelho da Batalha para o pólo da
Golpinheira e para o pólo da Calvaria de Baixo. O pólo da Golpilheira é constituído pelos furos SL1, FD1 e FD2 e o
pólo da Calvaria de Baixo é constituído pelos furos SL2, JK3, JK4, JK5 e JK6A. O concelho de Leiria é então
condicionado pela zona de protecção intermédia e alargada dos furos SL1, FD1 e FD2 do pólo da Golpinheira e
pela zona de protecção alargada dos furos SL2, JK3, JK4, JK5 e JK6A do pólo da Calvaria de Baixo, nas quais são
os
interditas e condicionadas, nos termos dos n. 2 e 3 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 382/99, de 22 de Setembro
as actividades e instalações definidas no artigo 7.º e 8.º da Portaria n.º 688/2008 de 22 de Julho.

Com a publicação da Portaria n.º 100/2011, publicada no Diário da Republica n.º 50, I Série, de 11 de Março
foram aprovadas as zonas de protecção imediatas, intermédia e alargada no concelho da Batalha para a captação
designada por furo LRS1. O concelho de Leiria é condicionado pela zona de protecção intermédia e alargada, nas
os
quais são interditas e condicionadas, nos termos dos n. 2 e 3 do artigo 6º do Decreto-Lei n.º 382/99, de 22 de
Setembro as actividades e instalações definidas no artigo 3º e 4º da Portaria n.º 100/2011 de 11 de Março.

Com a publicação da Portaria n.º 925/2009 de 30 de Setembro foram aprovadas as zonas de protecção imediata,
intermédia e alargada para os furos, designados por furo n.º 1 (SL10), furo n.º 2 (SL13) e furo n.º 3 (SL14),
localizados em Casal dos Claros, na freguesia de Amor, os quais captam água no dominado sistema aquífero Vieira
os
de Leiria – Marinha Grande, nas quais são interditas e condicionadas, nos termos dos n. 2 e 3 do artigo 6º do
Decreto-Lei n.º 382/99, de 22 de Setembro as actividades e instalações definidas no artigos 3º, 6º e 9º da Portaria
n.º 925/2009 de 30 de Setembro.

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1.2. APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DO VALE DO LIS E INFRAESTRUTURAS

A obra do Aproveitamento Hidroagrícola do Vale do Lis (AHVL) de iniciativa estatal foi realizada nos
termos e para os efeitos expressos no Decreto-lei n.º355 559, de 28 de Março de 1946, conforme o
disposto no artigo 6.º, a exploração da obra é regulamentada com base nas disposições legais em vigor
sobre obras de fomento hidroagrícola, nomadamente o Decreto-lei n.º 42665, de 20 de Novembro de
1959, revisto pelo Decreto-lei n.º 269/82, de 10 de Julho e Decreto regulamentar n.º 84/82, de 4 de
Novembro. O regime jurídico das obras de aproveitamento hidroagrícola é instituído pelo Decreto-Lei
n.º 86/2002, de 6 de Abril, o qual reviu e republicou o Decreto-lei n.º 269/82, de 10 de Julho.

De acordo com o n.º 1 do artigo 95.º do Decreto-Lei n.º 86/2002, de 6 de Abril, “são proibidas todas e
quaisquer construções, actividades ou utilizações não agrícolas de prédios ou parcelas de prédios das
áreas beneficiadas, excepto as que, nos termos dos regulamentos provisórios e definitivos da obra,
forem admitidas como complementares da actividade agrícola”.

As limitações na zona beneficiada são estabelecidas pelo artigo 35º do Decreto-Regulamentar n.º
84/82, de 4 de Novembro: “nenhum beneficiário, sem prejuízo do que a lei determinar quanto a certas
espécies poderá efectuar plantações de árvores a menos de 5m dos elementos da rede de rega e
enxugo”.

Na planta de servidões e restrições de utilidade pública estão delimitadas as seguintes infra-estruturas: limite do
AHVL, os Canais Principais, Colectores do sistema de defesa contra cheias, os Açudes, as Estações Elevatórias e
Valas de drenagem, representadas pelas linhas de águas na área beneficiada pelo AHVL.

As linhas de água dentro do limite do AHVL constituem a rede baixa de drenagem do AHVL, e estão representadas
com a simbologia de linhas de água dos Recursos Hídricos. A nível do regulamento constituem infraestruturas do
AHVL e estão sujeitas ao regime jurídico das obras de aproveitamento Hidroagrícola para além de sujeitas ao
domínio hídrico. Com a simbologia de “Canais Principais” estão assinalados os elementos da rede primária de
rega e os colectores de encosta do sistema de defesa contra cheias, os quais desempenham também a função de
rega durante o período estival. Estes colectores dando continuidade às linhas de água de rede hidrográfica,
exterior ao aproveitamento Hidroagrícola, fazem também parte do domínio público hídrico. As restantes
infraestruturas do AHVL, designadamente, açudes e estações elevatórias estão representados com simbologia
própria, sujeitas ao regime jurídico das obras de aproveitamento Hidroagrícola.

1.3. RECURSOS GEOLÓGICOS

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Relativamente à exploração de massas minerais (pedreiras) a servidão constituiu-se após a publicação


do Decreto-Lei n.º 227/82, de 14/07, regulamentado pelo Decreto Regulamentar n.º 71/82, de 26/10.
Actualmente o regime jurídico da pesquisa e exploração de massas minerais tem por base o Decreto –
Lei n.º 90/90 de 16/03, e o Decreto-lei n.º 270/2001 de 6 de Outubro com as alterações introduzidas
pelo Decreto-Lei n.º 340/2007 de 12 de Outubro.

As zonas de defesa a que se refere o artigo 38.º do Decreto-lei n.º 90/90, de 16 de Março, devem
observar as distâncias fixadas em portaria e, na falta desta, as constantes do anexo II do Decreto-Lei n.º
340/2007 de 12 de Outubro, as quais devem ter as seguintes distâncias, medidas a partir da bordadura
da escavação:
• Prédios rústicos, urbanos ou mistos vizinhos, murados ou não – 10 metros;
• Caminhos públicos – 15 metros;
• Postes eléctricos de baixa tensão – 20 metros;
• Linhas aéreas de telecomunicações telefónicas não integradas na exploração/linhas de
telecomunicações e teleféricos/cabos subterrâneos eléctricos e de telecomunicações. – 20
metros;
• Linhas-férreas – 50 metros;
• Pontes – 30 metros;
• Rios navegáveis e canais/nascentes de águas, cursos de águas, cursos de água de regime
permanente e canais _ 50 metros;
• Cursos de água não navegáveis e de regime não permanente – 10 metros;
• Postes eléctricos aéreos de média e alta tensão, postos eléctricos de transformação ou de
telecomunicações - 30 metros
• Edifícios não especificados e não localizados em pedreira e locais de uso público – 50 metros;
• Nascentes ou captações de água – 50 metros;
• Estradas nacionais ou municipais – 50 metros;
• Auto-estradas e estradas internacionais – 70 metros;
• Monumentos nacionais, locais classificados de valor turístico, instalações e obras das Forças
Armadas e forças e serviços de segurança, escolas e hospitais – 100 metros;
• Locais e zonas classificadas com valor científico ou paisagístico – 500 metros.

No concelho de Leiria existem duas áreas cativas definidas, respectivamente, pela Portaria n.º 447/90, de 16 de
Junho, (cativa a área destinada à exploração de pedreiras situadas na zona de Maceira) e Portaria n.º 448/90, de
16 de Junho (cativa áreas destinadas à exploração de pedreiras situadas na zona de pombal e de barracão), e duas
áreas de reserva definidas pelo Decreto Regulamentar n.º 15/93, de 13 de Maio (zona da Maceira), e pelo
Decreto Regulamentar n.º 31/95, de 22 de Novembro (Barracão-Pombal-Redinha).

No concelho apenas são reconhecidas oficialmente, como águas minerais naturais, as que ocorrem na área de
concessão das “termas de Monte Real”. No perímetro de protecção da concessão hidromineral foram
identificadas e delimitadas a Zona Imediata, a Zona Intermédia e a Zona Alargada a nova delimitação foi publicada
no Diário da República Série I-B, Portaria n.º 312/2005, 28 Março.

1.4. PROTECÇÃO E CONSERVAÇÃO DA NATUREZA

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Áreas sujeitas a regime Florestal

A servidão constituiu-se após a publicação do Decreto de 24 de Dezembro de 1901, de 24 de Dezembro


de 1903 e de 11 de Julho de 1905.

A submissão de quaisquer terrenos ou matas ao regime florestal, bem como a sua exclusão deste
regime, é feita por decreto, que será precedido da declaração de utilidade pública da arborização
desses terrenos.

Esta servidão abrange terrenos submetidos, por força legal, quer ao regime florestal parcial, que inclui
os baldios, quer ao e regime florestal total, onde se encontram incluídas as matas nacionais.

No Concelho de Leiria as áreas que actualmente estão submetidas a regime florestal total são as seguintes:
• Mata Nacional do Pedrógão;
• Mata Nacional do Ravasco;
• Mata Nacional do Urso.
• Os leitos e taludes dos cursos de água, bem assim os barrancos causados pela erosão da Bacia Hidrográfica do
Rio Lis, que inclui as bacias secundárias dos seguintes cursos de água (Decreto n.º 26 789, de 13 de Julho de
1936, publicado no Diário do Governo n.º 162, I série, de 13/07):
Na bacia secundária do ribeiro dos Milagres
Ribeiro do Janardo e seus afluentes: Vale das Pereiras, Vale Escuro, Vale do Cão, Vale da Lagoa, Vale da Corças, Vale do
Inferno e Vale das Velgas;
Ribeiro do Ravasco;
Ribeiro do Brejo Gancho;
Ribeiro da Amieira e seus efluentes: Outeiro das Barrocas, Vale Ranhoso, Ribalva e Charneca.
Na bacia secundária do ribeiro do Pinto:
Ribeiro do Pinto e seus afluentes: Marrazes, Águas Formosas, e Olival de S. João
Na bacia secundária do ribeiro da Caranguejeira:
Ribeiro dos Andrilhos;
Ribeiro do Brejo;
Ribeiro do Azabucho;
Ribeiro de Quintas;
Ribeiro do Matoeiro;
Ribeiro do Vale da Torre;
Ribeiro do Vale dos Ferreiros;
Ribeiro do Castanheiro e seus afluentes: Vale da Lama, Cova da Sobreira, Vale dos Segundos e Fonte Fria
Ribeiro do Vale da Serrana;
Ribeiro do Vale da Murta e seus afluentes: Vale do Salgueiro
Ribeiro do Vale da Catarina;
Ribeiro do Vale da Branca;
Ribeiro do Vale da Loba;
Ribeiro das Poças e seus afluentes: Formigal e Fonte Santa;
Na bacia secundária do ribeiro do Ribeirinho:
Ribeiro do Ribeirinho e seus afluentes.
Os sub-afluentes de todos os cursos de água citados.

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As áreas submetidas a regime florestal parcial são as seguintes:


• Perímetro Florestal da Charneca do Nicho;
• Perímetro Florestal da Mata das Quintãs;
• Perímetro Florestal Pinhal da Galga;
• Os leitos, taludes dos cursos de água e barrancos causados pela erosão da Bacia Hidrográfica do Ribeiro da
Bidoeira, que inclui as bacias secundárias dos seguintes cursos de água, e bem assim uma faixa de terreno
com a largura de 10 m para fora da aresta dos mesmos barrancos nos terrenos submetidos a cultura
florestal e de 2 m de largura nos terrenos submetidos a cultura agrícola, nomeadamente (Decreto n.º 35
453, de 16 de Janeiro de 1946):
Ribeira da Azenha;
Ribeira da Cabaceira;
Ribeira do Titerreiro;
Ribeira das Barrocas do Forno;
Ribeira do Vale do Forno;
Ribeira do Passadourinho;
Ribeira do Vale da Mó.
• Os leitos, taludes dos cursos de água e barrancos causados pela erosão da Bacia Hidrográfica dos Rios Fora e
da Carreira, que inclui as bacias secundárias dos seguintes cursos de água, seus afluentes e subafluentes, e
bem assim uma faixa de terreno com a largura de 10 m para fora da aresta dos mesmos barrancos nos
terrenos submetidos a cultura florestal e de 2 m de largura nos terrenos submetidos a cultura agrícola
(Decreto-Lei n.º 39 652, de 15 de Maio de 1954):
Ribeira da Água Formosa;
Ribeira da Mata Velha;
Ribeira de Porto da Mó;
Ribeira da Bajouca;
Ribeira da Barroca da Fonte;
Ribeira da Margarida;
Ribeira das Barreirinhas;
Ribeira da Junça;
Ribeira da Amieira;
Ribeira de São Bento e Carneira;
Ribeira da Ceisseira;
Ribeira da Moita do Moinho;
Ribeira do Vale Cabrita;
Ribeira do vale da Feiteira.
Ribeiro do Vale do Loural
Ribeiro do Vale do Barraco
Ribeiro do Estremadouro
Ribeiro da Macieira
Ribeiro da Bouça
Ribeiro do Brejo Largo
Ribeiro do Vale da Barroca
Ribeiro do Vale das Sobreiras
Ribeiro da Terras de Cima
Ribeiro das Cerejeiras
Ribeiro do Vale do Polícia
Ribeiro do Grou
Ribeiro do casalinho
Ribeiro do Passadouro

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• Terrenos baldios e particulares submetem-se ao regime florestal parcial, situados numa faixa variável, fora
das arestas dos barrancos da Ribeira das Figueiras e seus afluentes (Decreto de 19 de Agosto de 1934 -
Decreto do Governo n.º 204, II série, n.º 204, de 31 de Agosto de 1934);
• Os leitos, taludes e barrancos dos seguintes cursos de água, e bem assim uma faixa de terreno com a largura
de 10 m para fora da aresta dos mesmos barrancos nos terrenos entregues a cultura agrícola (Despacho de
26 de Abril de 1946, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 98, de 29 de Abril de 1946):
Ribeiro dos Mártires;
Ribeiro do Vale Verdeiro; (não existe na informação enviada)
Ribeiro do Vale de Água;
Ribeiro do Vale do Covo;
Ribeiro da Lagoa;
Ribeiro do Vale da Ranha.
Estes Ribeiros incluem os Cursos de Água Tributários do Ribeiro dos Milagres.
• Os leitos, taludes e barrancos dos seguintes cursos de água causados pela erosão da Bacia Hidrográfica dos
Ribeiros do Casal Cabrito, da Ortigosa e das Várzeas, e bem assim uma faixa de terreno com a largura de 10
m para fora da aresta dos mesmos barrancos nos terrenos entregues a cultura florestal e de 2 m de largura
nos terrenos entregues a cultura agrícola (Despacho de 26 de Abril de 1946, publicado no Diário da
República, 2.ª série, n.º 102, de 4 de Maio de 1946):
Ribeiro do Vale de Andréu;
Ribeiro do Vale Pinheiro;
Ribeiro do Monte Agudo;
Ribeiro do Bidual;
Ribeiro da Barroca;
Ribeiro do Vale da Amieira;
Ribeiro do Vale das Sobreiras

Rede Natura

A Rede Natura 2000 é uma rede ecológica que tem por objectivo contribuir para assegurar a
biodiversidade através da conservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens no
território da União Europeia.

Resultado da aplicação de duas directivas comunitárias, as Directivas n.º 79/409/CEE, do Conselho de


Ministros, de 2 de Abril (Directiva Aves), e 92/43/CEE, do Concelho, de 21 de Maio (Directiva Habitats),
a Rede Natura 2000 constitui um instrumento fundamental da política da União Europeia, em matéria
de conservação da natureza e da biodiversidade.

Esta rede é constituída por zonas de protecção especial (ZPE), criadas ao abrigo da Directiva Aves e que
se destinam, essencialmente, a garantir a conservação das espécies de aves e seus habitats, e por zonas
especiais de conservação (ZEC), criadas ao abrigo da Directiva Habitats, com o objectivo expresso de
contribuir para assegurar a conservação dos habitats naturais e das espécies da flora e da fauna.

No concelho de Leiria apenas o Sítio Classificado Azabucho/Leiria PTCON0046 se encontra integrado na Rede
Natura 2000, este foi classificado ao abrigo da Resolução de Conselhos de Ministros n.º 076/2000 de 05 de Junho

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e a ele se aplica o Decreto - Lei 140/99 de 24 de Abril, que transpõe para o direito interno a Directiva Habitats
92/43/CEE.

A sua delimitação tem como objectivo a preservação e valorização dos sistemas naturais e da paisagem e integra
as áreas mais sensíveis do território municipal, do ponto de vista biofísico. A sua implementação visa assegurar a
diversidade biológica e a salvaguarda dos recursos hídricos, através da protecção aos habitats naturais, da flora e
fauna a eles associados.

A Resolução de Conselho de Ministros n.º 66/2001, de 6 de Junho, determinou a elaboração do Plano


Sectorial da Rede Natura 2000, de acordo com os seguintes objectivos:
• Estabelecer orientações para a gestão territorial das ZPE e Sítios;
• Estabelecer o regime de salvaguarda dos recursos e valores naturais dos locais integrados no
processo, fixando os usos e o regime de gestão compatíveis com a utilização sustentável do
território;
• Representar cartograficamente, em função dos dados disponíveis, a distribuição dos habitats
presentes na ZPE ou Sítios;
• Estabelecer directrizes para o zonamento das áreas em função das respectivas características e
prioridades de conservação;
• Definir as medidas que garantem a valorização e manutenção num estado de conservação
favorável dos habitats e espécies, bem como fornecer a tipologia das restrições ao uso do solo,
tendo em conta a distribuição dos habitats a proteger;
• Fornecer orientações sobre a inserção em plano municipal ou especial de ordenamento do
território das medidas e restrições mencionadas anteriormente;
• Definir as condições, os critérios e o processo a seguir na realização da avaliação de impacte
ambiental e na análise de incidências ambientais.

As orientações de gestão para a área onde se integra o Sítio Classificado Azabucho/Leiria são as definidas no
plano sectorial da Rede Natura 2000, aprovado pela Resolução do concelho de Ministros n.º 115-A/2008, de 21
de Julho.

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1.5. PATRIMÓNIO EDIFICADO E NATURAL

Imóveis Classificados

As bases da política e do regime de protecção e valorização do património cultural encontram-se


previstas na Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro.

De acordo com o artigo 15.º, n.º 2, as categorias de bens móveis e imóveis podem ser classificados
como de interesse municipal - Monumento Nacional (MN), de Interesse Público (IIP) e de Interesse
Municipal (ITM).

As zonas de protecção (ZP) e as Zonas Especiais de Protecção (ZEP’s) estão previstas no artigo 43º, caso
existam, variando consoante as categorias de bens consagrados no artigo 15º.

Relativamente às zonas de protecção o artigo 43º refere que os imóveis classificados ou em vias de
classificação que não disponham de zona especial de protecção, a afixar por portaria, beneficiam
automaticamente de uma zona geral de protecção de 50 metros contados a partir dos seus limites
externos nos termos da lei

De acordo com o n.º 4 do artigo 43º nas zonas de protecção não podem ser concebidas licenças para
obras de construção e para quais quer trabalhos que alterem a topografia, os alinhamentos e as
cérceas e, em geral, a distribuição de volumes e coberturas ou o revestimento exterior dos edifícios
sem prévio parecer favorável da administração do património cultural competente.

Os estudos e para as obras de conservação, modificação, reintegração e restauro em bens classificados


ou em vias de classificação são obrigatoriamente elaborados e subscritos por técnicos de qualificação
legalmente reconhecida ou sob a sua responsabilidade directa (n.º 1 do artigo 45º).

O património edificado foi dividido em imóveis classificados e em vias de classificação, estes foram
numerados e identificados na legenda, com a especificação de Monumentos Nacional, Imóvel de
Interesse Público, Imóvel de Interesse Municipal e Outros.

A igreja de Santa Eufémia, apesar de ter uma zona especial de protecção definida por diploma legal, não pode ser
integrada nos imóveis classificados com o grau de interesse público, esta designação só pode ser dada aos
imóveis classificados pelo IGESPAR. A zona especial de protecção permanece na respectiva planta, mas nos
imóveis classificados com o grau de Outros, com intervenções condicionadas a parecer da entidade.

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Foram assinaladas as localizações dos imóveis e as suas áreas de protecção, quando se trata de zona especial de
protecção, pois tem representação na escala utilizada (1/25.000). Os bens imóveis que não beneficiam de uma
zona especial de protecção, dispõem de uma zona geral de protecção de 50m, esta não foi cartografada, uma vez
que, não tem expressão gráfica.

Encontram-se classificados como Monumentos Nacionais os seguintes Imóveis:


• Castelo e Capela de S. Pedro – classificados em D.L.16 /1910 e definida a sua zona especial de protecção pelo
D.G. n.º 134/67.

Encontram-se classificados como Imóveis de Interesse Público os seguintes edifícios:


• Igreja e Convento de S. Francisco (ruínas) – classificado pelo Decreto n.º29/84, de 25 de Junho, diário da
República n.º 145, de 25 de Junho de 1994.
• Convento de S. António dos Capuchos – classificado pelo Decreto n.º 28/82, de 26 de Fevereiro de 1982 e
definida a sua zona especial de protecção pela Portaria n.º 646/85 de 29/08 e Portaria n.º316 /94 de 25/05.
• Imóvel onde está instalado a colégio Dr. Correia Mateus – classificado pelo Decreto n.º 28/82, de 26 de
Fevereiro, Diário da República, n.º 47, de 26 de Fevereiro de 1982.
• Convento de santo Agostinho e antigo seminário em Leiria – classificado pelo Decreto n.º 28/82, de 26 de
Fevereiro, D. R., n.º 47 e definido a sua zona especial de protecção pela portaria n.º 300/87 de 10/04.
• Capela de Nossa Senhora da Encarnação – classificada pelo Decreto n.º28/82, de 26 de Fevereiro, D. R.
N.º47, de 26 de Fevereiro de 1987.
• Pelourinho de Monte Real – classificado no Decreto n.º23122, Diário do Governo n.º 231 de 11 de Outubro
de 1933.
• Mercado de Leiria ou de Santana -
• Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Luz, em Maceira – classificado pelo Decreto n.º 29/84, de 25 de Junho,
Diário da Republica n.º 145 de 25 de Junho de 1984.

Encontram-se classificados como Imóveis de interesse Municipal:


• Casa da Câmara de Monte Real – classificada no Decreto n.º 29/84, de 25 de Junho de 1984.

Encontram-se classificados como Outros:


• Igreja de Santa Eufémia, em Santa Eufémia - zona especial de protecção Publicada na Portaria n.º 1341/02,
de 09 de Outubro.

Encontram-se em vias de classificação com o processo de classificação iniciado como:


Monumento Nacional
• Abrigo do Lagar Velho – Lapedo – classificado pelo Despacho de 29/05/2003.
Interesse Público
Sé Catedral de Leiria – incluindo o claustro, o adro envolvente e a torre sineira localizada a Noroeste da
Sé – Anúncio n.º 1024/2011 publicado no Diário da República 2.ª série n.º 18 de 26 de Janeiro de 2011

Edifícios Públicos ou de Utilização Pública

O diploma que faz menção a zonas de protecção de edifícios públicos não classificados é o Decreto-Lei
n.º 21.875, de 18/11/1932 alterado, pelo Decreto-lei n.º 31 467, de 19 de Agosto de 1941 pelo Decreto-
Lei n.º 34993, de 11 de Outubro de 1945 revogados pelo Decreto-Lei n.º173/ 2006 de 24 de Agosto.

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Os imóveis para os quais foi estabelecida uma zona de protecção nos termos do Decreto n.º 21875, de
18 de Novembro de 1932, gozam da protecção estabelecida na Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, e
respectiva legislação complementar para os bens em vias de classificação como património cultural,
devendo o procedimento encontrar-se concluído nos prazos legais fixados para o efeito.

No que se refere aos edifícios públicos, foram assinalados apenas os edifícios não classificados, de
reconhecimento valor arquitectónico, que dispõem de zonas de protecção legalmente instituídas nomeadamente:

• Escola Secundária de Domingues Sequeira – zona de protecção publicada no Diário do Governo, 2ª série n.º
279, de 11 de Outubro 1945.
• Caixa Geral de Depósitos e CTT – zona de protecção publicada no Diário do Governo, 2ª Série, de 1 de Março
de 1944 nos termos do disposto na portaria de 14 de Fevereiro de 1944.
• Tribunal Judicial de Leiria - zona de protecção publicada no Diário do Governo n.º30/64, nos termos do
disposto do Diário do Governo n.º 84958, de 11 de Outubro de 1945.
• Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo - zona de protecção publicada no Diário do Governo 2ª Série,
n.º 25 de 30 de Janeiro 1945.

Árvores de interesse público

A servidão de árvores de interesse público foi instituída após publicação do Decreto-Lei n.º 28468, de
15 de Fevereiro de 1938, o qual estabelece princípios para a classificação de árvores de interesse
público. A servidão constituiu-se após a classificação de interesse público da entidade competente
publicada por aviso em Diário da República.

Os arranjos, incluindo o corte e a derramação dos exemplares classificados de interesse público, ficam
sujeitos a autorização prévia da entidade competente.

Nos termos do parágrafo único, do Artigo 1 do Decreto-Lei n.º 28.468, publicado no Diário do Governo, I Série n.º
37 de 15 de Fevereiro de 1938, e do Decreto-Regulamentar n.º 10/2007, de 27 de Fevereiro, são classificadas de
interesse público as seguintes árvores:

• Fraxinus Excelsior L., vulgarmente conhecido por freixo, situado no Largo da Comissão Municipal de Turismo,
classificado pelo Aviso n.º 15419/99 publicado no Diário da República n.º 247, 2.ª série, de 22 de Outubro de
1999;
• Dois exemplares de Quercus faginea Lam, vulgarmente conhecidas por carvalho – português ou cerquinho,
existentes no lugar da Pocariça, pertencentes ao Centro Popular e Recreativo da Pocariça, classificado pelo
Aviso n.º 7/2007;
• Pinus pinaster Aiton, regionalmente conhecido por pinheiro rastejante do litoral, existente na Mata Nacional
de Pedrógão, freguesia do Coimbrão, classificado pelo Aviso n.º 9/2007;

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• Cinco exemplares de Pinus pinaster Aiton, regionalmente conhecidos por Sementões existentes na Mata
Nacional de Pedrógão, freguesia de Coimbrão, classificado pelo Aviso n.º 10/2007.

Sobreiro e Azinheira

A servidão em matéria de protecção ao sobreiro e azinheira tem a sua base legal no Decreto-Lei n.º
169/2001, de 25 de Maio com as alterações introduzida pelo Decreto-Lei n.º 155/2004, de 30 de Junho.

O corte e arranque de sobreiros e azinheiras e a conversão, exploração de povoamentos destas


espécies estão sujeitos ao estipulado no n.º 2 e n.º 3 do Decreto–Lei n.º 169/2001, de 25 de Maio,
alterado pelo Decreto–Lei n.º 155/2004 de 30 de Junho.

Nos terrenos em que tenham ocorrido corte ou arranque ilegal de povoamento de sobreiro ou
azinheira é proibido pelo prazo de 25 anos a contar da data do corte ou arranque:
• Toda e qualquer conversão que não seja de imprescindível utilidade pública;
• As operações relacionadas com edificação, obras de construção, obras de urbanização,
loteamentos e trabalhos de remodelação dos terrenos;
• A introdução de alterações à morfologia do solo ou do coberto vegetal;
• O estabelecimento de quaisquer novas actividades, designadamente agrícolas, industriais ou
turísticas.

A aplicação desta servidão decorre da lei geral, esta não foi cartografada pois é difícil identificar com rigor todas
as manchas de sobreiro e azinheira.

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2. INFRA-ESTRUTURAS

2.1. INFRA-ESTRUTURAS BÁSICAS

Gasoduto
A servidão constitui-se após a publicação do Decreto-Lei n.º 374/89, de 25/10, complementado pelos
Decreto–Lei 11/94 de 13/01 para o gás natural e o Decreto–Lei 152/94, de 26/05.

As instalações de gasodutos impõem uma servidão de passagem. As principais limitações ao uso dos
solos atravessados por cada uma das infra-estruturas de rede de gás da Transgás, têm origem no eixo
longitudinal do Gasoduto e deverão ser considerados para ambos os lados.

Proibição de
Diâmetro Proibição de plantação Proibição de construção
Denominação da movimentação
Nominal de árvores ou arbustos de qualquer tipo, mesmo
Infra-estrutura de solos abaixo
(mm) (m) provisório (m)
dos 50 cm (m)
Gasoduto
700 2,0 5,0 10,0
Setúbal/Leiria
Gasoduto
700 2,0 5,0 10,0
Leiria/Braga
Gasoduto
700 2,0 5,0 10,0
Campo Maior/Leiria
Ramal Industrial de
100 1,0 2,5 2,0
Alcogulhe
Ramal Industrial da
150 1,0 2,5 2,0
Madalena

Adutores

A servidão constituiu-se após a publicação do Decreto-Lei n.º 34.021, de 11 de Novembro de 1944.

É interdita a execução de edificações numa faixa de 5 metros de largura medida para cada um dos lados das
adutoras/adutoras distribuidoras sob gestão pública, salvo em casos devidamente justificados. A faixa de respeito
assim obtida deverá ser constituída por terrenos de propriedade pública ou que venham à posse da
Administração pública.

É interdita fora das zonas residenciais, a plantação de árvores numa faixa de 10 metros medida para cada um dos
lados das adutoras /adutoras distribuidoras sob gestão pública. Nas zonas residenciais a faixa de respeito deverá
ser analisada caso a caso, mediante projecto de arranjos exteriores, não devendo, contudo, ser inferior a 1,5
metros.

Emissários

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A servidão constitui-se após a publicação do Decreto-Lei n.º 34021, de 11 de Outubro de 1944. As redes
de esgotos são consideradas de utilidade pública pelo que as servidões garantem a protecção das infra-
estruturas, pela proibição de construir sobre os colectores, tornando possível a sua reparação ou
substituição.

É interdita qualquer construção sobre emissários/colectores públicos ou particulares. Nos casos em que não seja
possível outra solução, as obras deverão ser efectuadas de forma a que os colectores fiquem completamente
estanques e sejam visitáveis.

É interdita, fora das zonas residenciais, a plantação de árvores numa faixa de 10 metros medida para cada um dos
lados dos emissários/colectores. Nas zonas residenciais a faixa de respeito deverá ser analisado caso a caso,
mediante projecto de arranjos exteriores, não devendo ser inferior a 1,5m.

Linhas eléctricas

As linhas eléctricas pelos problemas de segurança que implicam, justificam a obrigatoriedade de


manter distâncias mínimas entre os condutores e os edifícios, por forma a evitar contactos humanos.

A servidão constituiu-se após a publicação do Decreto-Lei n.º 43335, de 19 de Novembro 1960 e


Decreto-Lei n.º 26852, de 30/07/1936, com as actualizações introduzidas pelos Decreto-Lei n.º 446/76,
de 5 de Junho, Decreto-Lei n.º 186/90 6 de Junho, Decreto-Regulamentar n.º 38/90 de 27 de
Novembro.

As linhas eléctricas de alta tensão pelos problemas de segurança que implicam, justificam a
obrigatoriedade de manter distâncias mínimas entre os condutores de energia e os edifícios, de forma
a evitar contactos humanos.

No concelho existem as seguintes infraestruturas:


Linha Lavos- Rio Maior, a 400KV;
Linha Paraimo- Rio Maior, a 400KV;
Linha Pereiros- Batalha 2, a 220KV;
Linha Batalha- 2 Rio Maior, a 220KV;
Linha Batalha-Lavos, a 400KV.

As servidões constituídas correspondem a servidões de passagem que visam evitar que as linhas sejam
sujeitas a deslocações frequentes e são constituídas pela declaração de utilidade pública da instalação

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A servidão consiste na reserva do espaço necessário à manutenção das distâncias de segurança


designadamente a edifícios, ao solo, a árvores, etc., considerados os condutores das linhas nas
condições definidas no Regulamento de Segurança de Linhas Aéreas de Alta Tensão (Decreto-
Regulamentar n.º 1/92 de 18 de Fevereiro):

Tensão Nominal (KV) 150 220 400

Solo 10 m (6.8) 12 m (7.1) 14 m (8)


Árvores 4 m (3.1) 5 m (3.7) 8 m (5)
Edifícios 5 m (4.2) 6 m (4.7) 8 m (6)
Estradas 11 m (7.8) 12m (8.5) 16 m (10.3)
Vias-férreas electrificadas 13.5 m 14m 16 m
Vias-férreas não electrificadas 11 m (7.8) 12 m (8.5) 15 m (10.3)
Outras linhas aéreas 4m 5m 7m
Obstáculos diversos 3.2 m 3.7 m 5m
(Semáforos, iluminação pública)

Tendo presente o disposto no Regulamento de Segurança de Linhas de Aéreas de alta Tensão (Decreto-
Regulamentar n.º 1/92 de 18 de Fevereiro) e no âmbito da restrição ao uso do solo decorrente da
constituição da servidão, este fica sujeito a condicionantes de segurança afectando: edificações em
geral; a existência de recintos escolares e desportivos e os cruzamentos e vizinhanças com outras
servidões tais como rede viária, rede ferroviária, linhas de alta e média tensão, linhas de
telecomunicações, rede de gás e condutas de água, etc.

2.2. INFRA-ESTRUTURAS DE TRANSPORTE E COMUNICAÇÕES

Rede Rodoviária Nacional e Regional

O Plano Rodoviário Nacional, revisto e actualizado pelo Decreto-Lei n.º 222/98, 17 de Setembro e Lei
n.º 98/99 de 26 de Julho e Decreto-Lei n.º 182/03 de 16 de Agosto, define a rede rodoviária nacional do
continente, que desempenha funções de interesse nacional ou internacional.

A rede rodoviária é constituída por:


• Rede nacional fundamental – constituída pelas vias de comunicação de maior interesse
nacional, os itinerários principais (IP), que asseguram a ligação entre os centros urbanos com
influência supra distrital e destes com os principais portos, aeroportos e fronteiras, constantes
da lista I anexa ao Decreto-Lei n.º 222/98, 17 /07;

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• Rede Nacional complementar – constituída pelas estradas que asseguram a ligação entre a
rede nacional fundamental e os centros urbanos de influência concelhia ou supra concelhia
mas infra distrital. Integram-se na rede nacional complementar os itinerários complementares
(IC) e as estradas nacionais (EN), constantes das listas I e II anexas ao Decreto-Lei n.º 222/98,
17/07 e à Lei n.º 98/99, de 26/07;

Além da rede rodoviária nacional, o Decreto-Lei n.º 222/98, de 17/07, cria uma nova categoria, a das
estradas regionais. Estas asseguram as comunicações públicas rodoviárias do continente com interesse
supra municipal e complementar à rede rodoviária nacional. As estradas regionais são as que constam
da lista V anexa ao Decreto-Lei n.º 222/98, 17/07 e à Lei n.º 98/99, de 26/07;

A constituição de servidões relativas às estradas que foram classificadas no actual Plano Rodoviário
Nacional segue o regime previsto no Decreto-Lei n.º 13/94, de 15 de Janeiro.

Às estradas não incluídas no actual Plano Rodoviário Nacional e que foram classificadas em anteriores
PPRN, aplicam-se as disposições do Decreto-Lei n.º 13/71, de 23 de Janeiro (art.º 15 do Decreto-Lei n.º
13/94, de 15 de Janeiro), enquanto estiverem sob a jurisdição da administração central.

A rede rodoviária é constituída pelos lanços da rede rodoviária nacional, tal como definida no PRN 2000
que se inserem na área de intervenção do Plano e que nesta área tem interligações com a restante
rede e pelos lanços das restantes vias rodoviárias que aqui se inserem:

Itinerários principais
Existentes – A1/IP1, A8/IC, A17/IC1

Itinerários complementares
Existentes – EN1/IC2, IC36
Propostas – IC36, IC2 (Variante da Batalha), IC9

Estradas nacionais
Existentes - EN113
Estradas regionais
Existente - ER 357, ER 350, ER 349

Vias de penetração urbana ou de interligação (VPI)


Existente – via de penetração, variante de Monte Real

As servidões rodoviárias são as definidas no Decreto-Lei 13/94 de 15 de Janeiro e Decreto-Lei n.º 222/98 de 17 de
Julho com as alterações que constam da Lei n.º 58/99 de 26 de Julho e Decreto-Lei n.º 182/03 de 16 de Agosto,

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aplicando-se à Via de Penetração e Variante de Monte Real o previsto para as Estradas Nacionais e Estradas
Regionais

A rede rodoviária não classificada no PRN 2000 - rede nacional a municipalizar, será integrada na rede
rodoviária municipal após a respectiva transferência para a jurisdição do município, esta é constituída
pelas seguintes vias: EN 109-9, EN 113 (zona urbana), EN 242 (troço antigo), EN 242, EN 349-01, EN
342-02, EN 350, EN 356, EN 356-01, EN 356-02 e EN 109 / IC.

As distâncias definidoras das faixas non aedificandi são as indicadas na tabela seguinte:

Uso habitacional e) Misto / Industrial e)


Tipo de Via
À Plataforma À zona da Ao Eixo À Plataforma À zona da
Ao Eixo (m)
(m) Estrada (m) (m) (m) Estrada (m)
A1/IP1
A8/IC1 40 20 70 50
Existente

A17/IC1
EN1/IC2
35 15 35 15
IC36
IC2/ Variante da Batalha 200 a) 200 a)
Proposta

IC9 1300 b) 1300 b)


IC36 35 c) 35 c)
Via de penetração
Variante de Monte Real
EN 109 / IC1 d)
EN 113 20 5 20 5
ER 349
ER 350
ER 357
EN 109-9 d)
Existente

EN 113 / Zona Urbana d)


EN 242/Troço Antigo d)
EN 242 d)
EN 349-01 d)
15 50
EN 349-02 d)
EN 350 d)
EN 356 d)
EN 356-01 d)
EN 356-02 d)

a) Desde a aprovação do estudo prévio até à publicação da planta parcelar


b) De Diâmetro centrado em cada nó de ligação
c) Após publicação da planta parcelar
d) A Municipalizar
e) Dominância de uso

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Rede Ferroviária

A servidão em matéria de exploração ferroviária tem a sua base legal no Decreto-Lei n.º 39780, de 21
de Agosto de 1954 alterado pelo Decreto-Lei n.º 48594, de 26 Setembro de 1968, o Decreto-Lei
n.º269/92 de 28 de Novembro e ainda, o Decreto-Lei n.º 276/2003, de 4 de Novembro.

Nos terrenos confinantes ou vizinhos das linhas férreas ou ramais ou de outras instalações é proibido:
• Fazer construções, edificações, aterros, depósitos de materiais ou plantações de árvores a
distância inferior a 10m. Quando se verifique que a altura das construções, edificações, aterros,
depósitos de terras ou árvores é superior, real ou potencialmente, a 10m, a distância a
salvaguardar deve ser igual à soma da altura, real ou potencial, com o limite dos 10m.
• Fazer escavações, qualquer, qualquer que seja a profundidade, a menos de 5m da linha férrea.
Quando a linha férrea estiver assente em aterro, a escavação não pode ocorrer senão a uma
distância equivalente a uma vez e meia a altura do aterro; em qualquer caso, quando a
profundidade das escavações ultrapasse os 5m de profundidade, a distância a salvaguardar
deve ser igual à soma da profundidade com o limite de 5m.

Os limites referidos anteriormente podem, por ocasião da construção, ampliação ou remodelação da


infra-estrutura ferroviária, ser alterados por meio de despacho do ministro da tutela ou aquando da
construção de linhas de velocidade elevada, igual ou superior a 220 km/h, ou da renovação de linhas
existentes que permitam idênticas velocidades de circulação, nunca podendo ser inferiores a 25m.

Telecomunicações

As servidões radioeléctricas são constituídas ao abrigo do disposto no Decreto-Lei n.º 597/73, de 7 de


Novembro, sendo contudo constituídas, caso a caso, de acordo com o Decreto-Lei n.º 215/87, de 29 de
Maio.

Ficam sujeitas a servidão radioeléctrica as áreas envolventes dos centros radioeléctricos zona de
libertação e as faixas que unem as antenas de dois centros radioeléctricos zona de desobstrução.

As duas servidões radioeléctricas constituídas e em curso, que constam actualmente na base de dados da
ANACOM pertencentes à P.T. Comunicações, S.A., cujo traçado abrange o concelho dizem respeito:

• Feixe Hertziano Leiria/Figueira da Foz – Despacho Conjunto A-23/97-XIII-DR n.º 67-II Série, de 20 de
Março

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• Feixe Hertziano Serra dos Candeeiros/Leiria – Despacho Conjunto A-27/97-XIII-DR n.º 67-II Série, de 20
de Março.

A Ligação Hertziana Leiria/Alvaiazére marcada na actual planta de condicionantes encontra-se desactivada,


deixando de existir, por tal facto, os condicionamentos que aquela ligação produzia.

2.3. EQUIPAMENTOS E OUTROS ESTABELECIMENTOS

Estabelecimento Prisional

A servidão constituiu-se após a publicação do Decreto-Lei n.º 31190, de 25 de Março de 1941, cujos
artigos 8.º e 9.º foram revogados pelo Decreto-Lei n.º 265/71, de 18 de Junho.

Dispõem de uma zona especial de protecção definida por diploma legal:

 Estabelecimento Prisional de Leiria, antiga Prisão Escola de Leiria, servidão definida pelo Decreto n.º
31190, de 25 de Março de 1941;

 Estabelecimento Prisional Regional de Leiria, antiga Cadeia Comarcã de Leiria, zona de protecção
publicada no Diário do Governo, 2ª série, n.º 30 de 26 de Agosto de 1968.

Marcos Geodésicos

A servidão constituiu-se após a publicação do Decreto-Lei n.º 143/82, de 26 de Abril. Os marcos


geodésicos destinados a assinalar pontos fundamentais para apoio à cartografia e levantamento
topográfico, devem ser protegidos de forma a garantir a sua visibilidade.
Os marcos geodésicos têm zonas de protecção que abrangem uma área na envolvente do marco com o
raio mínimo de 15 metros. A extensão da zona de protecção é determinada, caso a caso, em função da
visibilidade que deve ser assegurada ao marco construído e entre os diversos marcos.
Nos terrenos situados dentro da zona de protecção é proibido fazer plantações, construções e outras
obras ou trabalhos de qualquer natureza que impeçam a visibilidade das direcções constantes das
minutas de triangulação revista. As obras de edificação ou planos de arborização na proximidade dos
marcos geodésicos não podem ser licenciados sem prévia autorização da entidade.
O artigo 22º, do Decreto n.º 143/82, de 26 de Abril, fixa a zona de respeito dos marcos geodésicos.
Uma vez que não é viável demarcar as zonas de protecção à escala do Plano é indicada apenas a
localização dos mesmos.

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REVISÃO PDM
DPO • Divisão de Planeamento, Ordenamento e Estratégia Territorial

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3. DEFESA NACIONAL E SEGURANÇA PÚBLICA

3.1. INSTALAÇÕES AERONÁUTICAS

Relativamente às servidões das infra-estruturas aeronáuticas do heliporto do Hospital de Leiria e


Aeródromo da Gândara, segundo a ANA não devem constar na planta de servidões e restrições de
utilidade pública, pois não dispõem de um diploma legal que fixa a servidão, bem como o respectivo
condicionamento.

Na actual planta estão marcadas as zonas de protecção ao Aeródromo de Leiria – Gândara dos Olivais,
nomeadamente a 1 ª – Zona non aedificandi e 2 ª, 3 ª, 4 ª, e 5 ª – Zonas de desobstrução, sem estar
definida em diploma legal próprio.

Existe um anteprojecto de decreto regulamentar que define a servidão aeronáutica do heliporto do


hospital de Leiria, constituída por três zonas de protecção, salientamos, porém, que este decreto
deverá ser considerado apenas como documento orientativo no âmbito do PDM (a zona de protecção
poderá ser contemplada na Planta de Ordenamento) e não substitui ou prevalece sobre a servidão
aeronáutica particular que vier a ser formalmente constituída por diploma legal.

Considerando a necessidade de garantir as medidas de segurança indispensáveis para o tráfego aéreo e


salvaguarda dos materiais e valores existentes na Base Aérea n.º 5 de Monte Real, bem como promover a
protecção das propriedades e vidas das populações vizinhas foram estabelecidas as zonas de protecção definidas
pelo Decreto n.º 41793, de 8 de Agosto de 1958.

3.2. INSTALAÇÕES MILITARES

A servidão constituiu-se após a publicação da Lei n.º 2078, de 11/07/1955, regulamentada pelo
Decreto-Lei n.º 45986, de 22/10/1964.

As instalações militares possuem zonas de protecção específicas, com vista a garantir a sua segurança
bem como a segurança das pessoas e bens nas zonas confinantes.

De acordo com os elementos facultados pelo Exército Português estão definidas zonas de protecção para as
seguintes instalações militares:

 Carreira de Tiro de Leiria – servidão militar definida pelo Decreto de Lei 48264 de 6 de Março de 1968;

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 Regimento de Artilharia de Leiria (Quartel da Cruz de Areia) servidão militar definida pelo Decreto -Lei
n.º 47491 de 10 de Janeiro de 1967.

3.3. PRODUTOS EXPLOSIVOS

O Decreto-Lei n.º 139/2002, de 17 de Maio, estabelece as normas e os procedimentos especiais de


segurança a que devem obedecer a implantação, a organização e o funcionamento dos
estabelecimentos de fabrico e de armazenagem de produtos explosivos e revoga o Decreto-Lei n.º
142/79 de 23 de Maio e as Portarias n.ºs 29/743, de 16 de Janeiro, 831/82, de 1 de Setembro, e 506/85
de 25 de Julho.

A zona de segurança das instalações de fabrico e armazenagem de produtos explosivos, existentes no concelho
segundo os elementos enviados pela Polícia de Segurança Pública, diz respeito à nova zona de segurança da
oficina pirotécnica de Henrique Costa e Filhos, L.da, sita no lugar de Penedos freguesia de Caranguejeira.

O Paiol permanente de Secil – Martigança Aglomerados e Novos Materiais para a Construção L.da, freguesia de
Maceira, foi abatido, pelo que actualmente não existe qualquer zona de segurança para o mesmo.

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