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SUMÁRIO –
1. DIFICULDADE GENERALIZADA
A grande dificuldade dos alunos em provas discursivas não se trata
da falta de conteúdo, da falta de matéria jurídica propriamente dita. A
grande dificuldade está na sua estruturação, elaboração, organização das
ideias, desenvolvimento do raciocínio necessário para colocar no papel as
informações que estão em sua mente. Mas não se preocupe, essa
dificuldade é para a grande maioria dos alunos. Afinal, ela vem da base
escolar, vem de cedo, passando pelo ensino médio e seguindo para a
faculdade. Portanto, estamos todos no mesmo “barco”.
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Nesse sentido, orientamos sempre aos alunos: as questões
subjetivas exigem respostas objetivas para que o leitor (avaliador) consiga
compreender a mensagem.
6. RESPOSTA OBJETIVA
A questão discursiva exige uma resposta objetiva, sem encher
linguiça, sem enrolação, sem rodeios. Diversas pessoas acreditam que
com respostas longas, trazendo detalhes demasiados, conseguirão
explicar melhor e consequentemente terão melhor pontuação. No entanto,
poderão incorrer em mais um erro grave de dissertar, escrever e falar sobre
o que não foi perguntado. Então é extremamente importante acrescentar
apenas informações fundamentais para o entendimento da resposta.
Nesse sentido,
1. Não repita ideias já comentadas;
2. Evite palavras só aumentem as linhas desnecessariamente.
3. Foque no que extremamente indispensável para o texto.
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7.3.1. Exceção –
7.4. Observação
Logicamente, dentro desse contexto acima citado, se a questão
pedir que sejam abordados necessariamente certos pontos, isso não exclui
a possibilidade de o candidato falar de outros aspectos que se façam
pertinentes, caso haja espaço e o assunto seja relacionado ao enunciado.
Você só deve tratar de outros aspectos após abordar os pontos que o
examinador expressamente cobrou. Se os pontos adicionais forem
conexos com os expressamente cobrados no enunciado, não haverá fuga
ao tema, mas enriquecimento da sua redação.
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● Comentário na aula;
7.6. Importante –
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9. CITAÇÃO DE ARTIGOS
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10.5. Translineação
Translineação é quebra de uma palavra feita por meio de
separação silábica ao final de uma linha escrita. Geralmente, quando a
palavra completa não cabe na linha por ser muita cumprida, o candidato
deverá separas as sílabas com o hífen (traço translineador) e continuar a
palavra na linha abaixo. O hífen indica que a palavra tem continuação.
Não há limite do uso de translineação, desde que seja de forma
correta.
O uso do hífen poderá ser usado abaixo da palavra ou ao lado.
Jamais acima. Também é importante registrar que o candidato não poderá
usar na mesma palavra o traço ao lado e em seguida abaixo.
• Forma errada –
• Forma correta –
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Observa-se que:
• Não se deve fazer uso indiscriminado de siglas e acrônimos.
Seu uso deverá restringir-se às formas já existentes e
consagradas. No caso de atos normativos, recomenda-se
desprezar as formas popularizadas que não estejam
previstas em algum dispositivo legal;
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27.1. INTRODUÇÃO
27.2. CONECTIVOS
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27.4. CONCLUSIVOS
Portanto, Por fim, Por último; Por esse motivo; por essa razão, por
causa disso, à vista disso, em vista disso, em razão disso, em
função disso, diante disso, isto posto, dado isso, assim sendo, daí,
então, assim, portanto, por conseguinte, desse modo, dessa
maneira, dessa forma, dessarte, destarte, consequentemente, por
consequência, em consequência,
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a) HAHAHAHAHA
b) HSHSHSHSHSHS
c) RSRSRSRSRS
Ex: (1) O Código Penal afirma que..../ (2) Nesse sentido ..../ (3)
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Comentário em aula.
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(TRF2 – 2011 – CESPE) Caius, a pedido de Aurelius, que está com a mão
engessada, enrola um cigarro de maconha, e ainda cede o papel
empregado para tanto, para que apenas Aurelius possa usar a droga que
trazia consigo. De outro lado Ticius, após receber pasta de cocaína bruta
- em seu galpão, efetua as misturas necessárias para disponibilizá-la ao
uso. Quais os critérios distintivos das condutas de Caius e Ticius e o que
elas constituem?
(MPE/TO – 2013 – CESPE) Disserte sobre a Lei Maria da Penha (Lei n.º
11.340/2006), abordando, necessariamente, os seguintes aspectos:
1- fundamento constitucional e objetivos da referida norma;
2- alcance da citada lei em relação a contravenções penais;
3- necessidade de representação da vítima para a propositura da ação
penal pública nos casos de crimes de lesão corporal leve;
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4- aplicabilidade da Lei n.º 9.099/1995 aos crimes praticados com violência
doméstica e familiar contra a mulher.
Observações
• Não saia escrevendo tudo após a primeira leitura –
• Releia o comanda da questão se for necessário –
• Tente, mentalmente, estruturar uma resposta antes de
escrever –
• Pesquise mentalmente se tem referência em: lei, doutrina e
jurisprudência –
• Comece a elaborar uma resposta sobre o tema.
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1. Identifique os pontos chaves – Identifique aqueles pontos,
palavras, fatos que têm relevância Jurídica;
• Durante a leitura do estudo de caso, você nota/Grifa/Marca
cada um dos pontos chaves, separando por tópicos;
• Identifica a ideia central, o núcleo central – Diz respeito ao
debate do assunto.
• Após separar por tópicos, trabalhe mentalmente para trazer
sub-tópicos e elenque.
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1. Assunto (CF)
2. Tema (Inviolabilidade da correspondência)
3. Tese (A tese estrutura toda a argumentação que será sustentada
ao longo do texto; -apresenta sua defesa, sua resposta, o ponto de vista
do candidato)
4. Pressupostos orientadores (Aquilo que você vai abordar em seu
texto)
5. Tópicos (Parágrafos de desenvolvimento)
2. Segundo Parágrafo –
Usar conectivos para interligar os parágrafos;
(NESSE CONTEXTO, NESSE SENTIDO;)
● Faz referência à pergunta, responde e justifica; (Sobre o assunto
X, é SIM/NÃO, pois....
3. Terceiro Parágrafo –
Usar conectivos para interligar os parágrafos; (;)
● Faz referência à pergunta, responde e se justifica; (Sobre o
assunto X, é SIM/NÃO, pois....
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QUESTÕES DISCURSIVAS
1ª QUESTÃO
(CESPE - MPU - Analista - Processual - ADAPTADA) Hélio, maior e capaz, solicitou a seu amigo Fernando,
policial militar, que abordasse seus dois desafetos, Beto e Flávio, para constrangê-los, por mero capricho ou
satisfação pessoal. O referido policial encontrou os desafetos de Hélio na praça principal da pequena cidade
em que moravam e, identificando-se como policial militar, embora não vestisse, na ocasião, farda da
corporação, abordou-os, determinando que se encostassem na parede com as mãos para o alto e, com o auxílio
de Hélio, algemou-os enquanto procedia à busca pessoal. Após algemar Beto e Flávio, foi decretada prisão em
flagrante dos dois em manifesta desconformidade com as hipóteses legais.
(PROF. AYRES BARROS) Tendo com referência o texto acima, responda objetivamente o que se pede.
1. É possível que o Policial Militar pratique abuso de autoridade mesmo fora de serviço? Fundamente.
2. Nessa situação, Hélio, mesmo não ostentando a qualidade de autoridade pública, praticou com o
policial militar Fernando crime de abuso de autoridade? Fundamente.
[MÍNIMO 10 E NO MÁXIMO 15 LINHAS]
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ESPELHO DE RESPOSTA
1ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
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2ª QUESTÃO
(CESPE - 2018 - PC-SE - Delegado de Polícia - ADAPTADA) Uma autoridade policial prolongou, sem
autorização judicial, a execução de prisão temporária de um indiciado, com o fim de prejudicar o
preso, o que levou a defesa deste a representá-la criminalmente por abuso de autoridade, mediante
petição dirigida à autoridade superior.
1. Nessa situação, a representação é condição de procedibilidade para a aplicação das sanções penais
correspondentes? Fundamente.
2. Aponte quando será cabível a ação privada subsidiária da pública, abordando o prazo para o
ofendido oferecer a ação privada subsidiária da pública?
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ESPELHO DE RESPOSTA
2ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
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3ª QUESTÃO
(PROF. AYRES BARROS)
Com base na Lei Nº 13.869, de 2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade e dá outras
providências, discorra sobre os efeitos da condenação previsto na referida lei, apontando sobre 3
tipos de efeitos, se são automáticos ou não, bem como os requisitos necessários.
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ESPELHO DE RESPOSTA
3ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
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4ª QUESTÃO
(PROF. AYRES BARROS)
Sobre a LEI Nº 9.455 de 1997, que define os crimes de tortura e dá outras providências, aponte a
natureza constitucional; as espécies de tortura previstas na lei, abordando necessariamente sua
natureza hedionda e suas consequências.
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ESPELHO DE RESPOSTA
4ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
1. Art. 5º, inciso XLIII da CF/88 – Falar sobre mandado constitucional de criminalização.
2. Espécies de tortura: tortura prova; tortura crime; tortura racial; tortura castigo; tortura pela
tortura; tortura omissiva; tortura qualificada e tortura majorada.
3. São consideradas como crimes equiparados a hediondos: tortura crime; tortura racial;
tortura castigo; tortura pela tortura; tortura qualificada e tortura majorada.
4. Consequências: insuscetível de fiança, indulto, graça e anistia.
Critérios mais rigorosos para a progressão de regime e livramento condicional.
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5ª QUESTÃO
(CESPE / CEBRASPE - PC-BA – 2013 – ADAPTADA)
1. Qual espécie de tortura o policial militar praticou? Fundamente abordando necessariamente o dolo
do agente.
2. Há, no caso concreto, crime tentado ou consumado?
[MÍNIMO 10 E NO MÁXIMO 15 LINHAS]
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ESPELHO DE RESPOSTA
5ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
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6ª QUESTÃO
(CESPE / CEBRASPE - PC-BA – 2013 – ADAPTADA)
Determinado policial militar efetuou a prisão em flagrante de Luciano e o conduziu à delegacia de
polícia. Lá, com o objetivo de fazer Luciano confessar a prática dos atos que ensejaram sua prisão,
o policial responsável por seu interrogatório cobriu sua cabeça com um saco plástico e amarrou-o
no seu pescoço, asfixiando-o. Como Luciano não confessou, o policial deixou-o trancado na sala de
interrogatório durante várias horas, pendurado de cabeça para baixo, no escuro, período em que lhe
dizia que, se ele não confessasse, seria morto. O delegado de polícia, ciente do que ocorria na sala
de interrogatório, manteve-se inerte. Em depoimento posterior, Luciano afirmou que a conduta do
policial lhe provocara intenso sofrimento físico e mental.
[PROF. AYRES BARROS]
Tendo em vista o texto acima, analisando a conduta do delegado de polícia, responda de forma
fundamentada:
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ESPELHO DE RESPOSTA
6ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
1. Tortura omissiva – Art. 1º, § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando
tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
2. Sim, pena da tortura omissiva: Detenção de 1 a 4 anos. Pena da tortura comissiva (art. 1º,
I, II, §§1º, 3º, 4º): reclusão de 2 a 8 anos.
3. Sim, é cabível a suspensão condicional do processo, previsto no art. 89 da Lei 9.099 de
1995 – JECRIM.
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7ª QUESTÃO
(PROF. AYRES BARROS)
Considere que a Lei Anticrime (Lei N. 13.964 de 2019) modificou a lei dos crimes hediondos (Lei N.
8.072/1990), alterando substancialmente o rol previsto. Especificamente sobre o crime de roubo,
aponte, de forma fundamentada, qual era a única espécie de roubo que era considerado hediondo e,
atualmente, quais as espécies de roubo que são classificados como hediondos. Aponte o sistema
adotado para definição de crime hediondo, e sua caracterísitica.
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ESPELHO DE RESPOSTA
7ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
Art. 1º, II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego
de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º); (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)
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8ª QUESTÃO
Considere que a Lei Anticrime (Lei N. 13.964 de 2019) modificou a lei dos crimes hediondos (Lei N.
8.072/1990), alterando substancialmente o rol previsto. Nesse sentido, conceitue organização
criminosa e discorra, de forma fundamentada, sobre a possibilidade ser considerado crime
hediondo.
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8ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
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9ª QUESTÃO
(VUNESP - 2018 - PC-BA - Delegado de Polícia) Considere o seguinte caso hipotético.
A Força Nacional está atuando legalmente em Salvador. O civil “Theo”, irmão de um Policial Militar
do Estado de São Paulo que integra a Força Nacional, residente na referida cidade, se envolveu em
acidente de trânsito sem vítimas, ao abalroar o veículo do condutor “Charles”. Após se identificar
como irmão do Militar do Estado integrante da Força Nacional, foi violentamente agredido por
“Charles”, que confessou ter assim agido apenas por saber dessa condição. As agressões
provocaram lesões corporais graves no civil “Theo”.
Diante do exposto, é correto afirmar que o crime praticado por “Charles” é classificado como crime
hediondo? Fundamente abordando necessariamente o sistema adotado para a definição de crime
hediondo no ordenamento jurídico brasileiro.
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ESPELHO DE RESPOSTA
9ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
1. Não é hediondo. A lei dos crimes hediondos exige que a lesão corporal, nesse caso, seja
gravíssima, e não apenas grave.
Art. 1º, I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal
seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito
nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra
seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
2. Sistema legal: No Brasil adota-se o sistema legal para os crimes hediondos, ou seja, não é
dado ao juiz a liberdade de decidir se é ou não é hediondo. A lei é expressa ao dizer quais
são os hediondos em um rol taxativo.
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10ª QUESTÃO
(PROF. AYRES BARROS)
Marcus, Escrivão de Polícia Civil no Estado do Ceará, recebeu diversas denúncias anônimas em sua delegacia
que, em determinada casa, localizada no bairro de Fortaleza, funcionava um ponto de drogas. Marcus repassou
a informação para o Delegado da DP que, então, juntamente com a equipe plantonista, decide realizar
investigações preliminares para confirmar a credibilidade da denúncia. Os policiais, adotando todas as
medidas legais, passaram a analisar diariamente a rotina frente aquela casa, observaram movimentações
constantes de pessoas, e troca de objetos e dinheiro. Em certo momento, os policiais avistaram no chão em
frente a casa substâncias embaladas em papelotes, aparentemente cocaína. Substância que foi levada para
delegacia para ser submetida à perícia, na qual foi confirmada que era cocaína. Portanto, diante dos elementos
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente, foi confirmado que havia a prática de tráfico ilícito de
drogas naquela residência. No dia seguinte, a equipe policial adotou a seguinte estratégia: um dos Policiais
Civis se disfarçou de usuário, chegou até a referida casa e comprou drogas de um dos agentes que ali estavam.
Logo em seguida, a equipe prendeu 03 pessoas em flagrante naquela casa. Tendo como base o texto balizador,
responda de forma fundamentada e objetiva ao que se pede a seguir:
1. A atitude dos policiais tem amparo legal? Aborde a previsão legal e se a prisão em flagrante é
considerada lícita.
2. Discorra sobre a (des)necessidade de prévia autorização judicial, bem como se suposto crime praticado
pelos agentes da referida casa é considerado crime hediondo?
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ESPELHO DE RESPOSTA
10ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
Sim, a atitude dos policiais tem amparo na Lei 11.343 de 2006 (Lei de Drogas) que, dentre
outros, institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; bem como
estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define
crimes. Esta lei dispõe sobre a figura do agente disfarçado, além de trazer os requisitos para que
haja sua aplicação.
Sobre a licitude da prisão, nesse caso, é considerada lícita, uma vez que o agente vendeu
drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente
policial disfarçado. Vale destacar que estavam presentes elementos probatórios razoáveis de
conduta criminal preexistente, requisito indispensável previsto na lei de drogas.
Sobre a autorização judicial, ela é dispensável, uma vez que a referida lei não exige prévia
autorização judicial.
Por fim, no que diz respeito à natureza hedionda, trata-se de um crime equiparado a
hediondo, por força mandamental da Constituição Federal.
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11ª QUESTÃO
(PROF. AYRES BARROS)
A Lei N. 11.343 de 2006 dispõe em seu art. 33, caput, que é crime a conduta de “importar, exportar,
remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito,
transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas,
ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar”, sendo punido com pena de reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de
500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. Considerando a legislação vigente e o
fragmento de texto acima, que tem caráter unicamente motivador, redija texto dissertativo que
aborde, necessariamente, os seguintes tópicos:
1. Previsão Constitucional, bem como sua natureza Hedionda;
2. Aplicabilidade de fiança, indulto, graça e anistia, bem como a (im)possibilidade de o
condenado iniciar o cumprimento da pena no regime fechado.
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ESPELHO DE RESPOSTA
11ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
Inicialmente, é importante destacar que a Constituição Federal de 1988 (CF/88) traz vários
crimes considerados de máximo potencial ofensivo, que recebem tratamento mais severo, dentre
eles, os crimes hediondos e equiparados a hediondos. O tráfico de drogas (ou tráfico ilícito de
entorpecentes) tem previsão na CF/88, art. 5º, inciso XLII. Para esse crime, a CF/88 prevê
consequências mais gravosas, proibindo alguns benefícios penais.
No que diz respeito à natureza hedionda, ao lado da tortura e terrorismo, o crime de tráfico
de drogas é considerado um crime equiparado por expressa previsão constitucional.
Por expressa previsão constitucional, os crimes hediondos e equiparados, dentre eles o
tráfico de drogas, são insuscetíveis de fiança, indulto, graça e anistia. Por fim, conforme
entendimento do Supremo Tribunal Federal, os condenados poderão iniciar em qualquer regime,
desde que preencha os requisitos legais.
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12ª QUESTÃO
(PROF. AYRES BARROS)
Considere que, no dia 28 de Fevereiro de 2021, às 20horas, durante o período de isolamento rígido
(lockdown), em uma praça pública do bairro, JhonJhon, que fumava maconha naquele exato
momento, foi surpreendido por policiais militares que o abordaram e fizeram revista pessoal.
Durante o procedimento, foi encontrado com JhonJhon mais uma trouxa de maconha,
aproximadamente 01 (um) grama, que o mesmo afirmou ser para consumo próprio. Com referência
à atuação dos agentes públicos envolvidos na situação hipotética acima descrita, redija um texto
dissertativo que responda, necessariamente e de forma justificada, os seguintes questionamentos;
1. Por se tratar de drogas para o consumo pessoal, os policias poderiam conduzi-lo à delegacia de
polícia?
2. A conduta de JhonJhon é considerada crime, contravenção penal ou infração penal sui generis?
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ESPELHO DE RESPOSTA
12ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
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13ª QUESTÃO
(PROF. AYRES BARROS)
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ESPELHO DE RESPOSTA
13ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
Inicialmente, sobre a previsão legal, a figura do agente disfarçado tem previsão: Lei de
Drogas (Lei N. 11.343 de 2006) e no Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826 de 2003).
No caso da Lei de Drogas, admite-se no crime de tráfico de drogas; já no Estatuto do
Desarmamento, tem previsão nos crimes de Comércio Ilegal de arma de fogo (art. 17) e tráfico
ilegal de arma de fogo (art. 18).
Nas duas leis citadas acima, para que haja a aplicação do agente disfarçado, a lei exige que
estejam presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.
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14ª QUESTÃO
(PCMA – 2018 – CESPE – ADAPTADA )
[ PROF. AYRES BARROS ]
A Lei n.º 11.340/2006, também conhecida como Lei Maria da Penha, criou mecanismos para coibir e prevenir
a violência doméstica e familiar contra a mulher, estabelecendo, entre outras, medidas de proteção às
mulheres em situações de abuso e de agressões. Considerando as disposições da lei em referência e o
entendimento dos tribunais superiores, discorra sobre os seguintes tópicos. Acerca dos crimes de lesão
corporal leve, de ameaça e de injúria cometidos contra a mulher em situação de violência doméstica,
levando-se em consideração a natureza da ação penal nos respectivos crimes, disserte sobre a possibilidade
de retratação da vítima, no âmbito policial, quanto aos crimes indicados.
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ESPELHO DE RESPOSTA
14ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
Inicialmente, é importante destacar que a ação penal nos crimes de lesão corporal leve,
ameaça e injúria, todos previstos no Código Penal de 1940 (CP/1940), seguem regras diferentes.
O crime de lesão corporal leve é de ação penal pública incondicionada, pois, é vedada aplicação
da Lei N. 9099 de 1995, que trata dos Juizados Especiais Criminais (JECRIM). Já o crime de
ameaça, é de ação penal pública condicionada; e no crime de injúria, a ação penal privada,
conforme previsão no CP/1940.
Sobre a retratação da vítima, não é cabível em sede policial, uma vez que a Lei Maria da
Penha (LMP) condicionada esse ato a uma audiência especial designada especialmente para esse
fim, antes do recebimento da denúncia, ouvido o Ministério Público e somente para os crimes de
ação penal pública condicionada à representação
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15ª QUESTÃO
[PROF. AYRES BARROS ]
A Lei n.º 11.340/2006, também conhecida como Lei Maria da Penha, criou mecanismos para coibir e
prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, estabelecendo, entre outras, medidas de
proteção às mulheres em situações de abuso e de agressões. Acerca dos crimes contra a mulher em
situação de violência doméstica, disserte sobre a possibilidade de aplicação da Lei n.º 9.099/1995 e
de seus institutos despenalizadores nos casos dos referidos crimes cometidos em âmbito doméstico
contra a mulher.
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ESPELHO DE RESPOSTA
15ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
A Lei N. 9099 de 1995, Lei dos Juizados Especiais Criminais (JECRIM), dispõe sobre o
procedimento sumaríssimo e os institutos despenalizadores, tais como, composição dos danos
civis, transação penal e suspensão condicional do processo. Tais institutos aplicáveis às infrações
de menor potencial ofensivo (IMPO), consideradas todas as contravenções penais e os crimes
cujas penas máximas não ultrapassem 02 anos.
A Lei Maria da Penha, em seu artigo 41, veda aplicação da Lei N. 9099 de 1995 aos crimes
e contravenções praticados contra a mulher no contexto de violência doméstica e familiar,
independentemente da pena. Em razão disso, não é possível aplicar à Lei 9.099 de 1995 no
contexto da Lei Maria da Penha.
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16ª QUESTÃO
A Lei 11.340 de 2006 dispõe em seu art. 1º que a referida lei cria mecanismos para coibir e prevenir
a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição
Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da
Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros
tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos
Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e
proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
Tendo em vista que lei de combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher prevê medidas
protetivas de urgência concedidas à ofendida, discorra sobre a possibilidade de o Delegado de
Polícia ou Policial concederem tal medida, abordando os requisitos e qual medida poderá ser
aplicada.
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ESPELHO DE RESPOSTA
16ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
Inicialmente, é importante registrar que, como regra, compete ao Juiz conceder medidas
protetivas de urgência. Nesse caso, o juiz poderá fazer mediante requerimento do Ministério
Público; ou a pedido da ofendida; ou diretamente, independentemente de audiência das partes. A
Lei prevê, de forma excepcional, a possibilidade de o delegado de polícia ou policial concederem
tal medida.
No caso do delegado de polícia, são requisitos para a concessão de medida protetiva de
urgência: verificação de existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da
mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes; e quando o
Município não for sede de comarca.
No caso do policial, são requisitos para a concessão de medida protetiva de urgência:
verificação de existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher em
situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes; e quando o Município não for
sede de comarca e não houver delegado disponível no momento da denúncia.
Por fim, nas hipóteses de aplicação pelo delegado ou policial, a única medida que
poderá ser aplicada é o afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida.
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17ª QUESTÃO
(CESPE / CEBRASPE - 2019 - TJ-BA - Juiz Leigo – ADAPATADA) Joana vive em união estável com
Augusto há três anos. O companheiro, há mais de dois anos, reteve seu cartão bancário com a
justificativa inicial de ajudá-la a gerir suas despesas, mas nunca o devolveu. Durante o
relacionamento, Joana sofreu constante vigilância de Augusto, que exigia que ela o mantivesse
informado dos locais que frequentava e das visitas que fazia. O controle de Augusto começou sob a
justificativa da violência urbana, mas culminou em controle estrito e no afastamento de Joana de
seus familiares. Determinado dia, enfurecido porque Joana havia visitado a mãe sem avisá-lo,
Augusto rasgou os documentos e as roupas de Joana. Ao se deparar com a situação, ela registrou
a ocorrência na delegacia.
(PROF. AYRES BARROS)
Tendo como base a Lei de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e a situação acima
apresentada, responda de forma objetiva e fundamentada ao que se pede:
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ESPELHO DE RESPOSTA
17ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
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18ª QUESTÃO
(INSTITUTO AOCP – CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR DE SANTA
CATARINA – ADAPTADA)
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ESPELHO DE RESPOSTA
18ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
1. Não tem razão. De acordo com o art. 5º, o certificado de Registro de Arma de Fogo, com
validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo
ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo
estabelecimento ou empresa.
dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou
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19ª QUESTÃO
[PROF. AYRES BARROS]
Alfa, comerciante residente em Fortaleza, deseja obter, para fins de posse, uma arma de fogo de uso
permitido. De acordo com a Lei Federal nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), qual o órgão
competente para autorizar Alfa a compra de arma de fogo de uso permitido (1º), apontando os
requisitos necessários para registro e aquisição de arma de fogo de uso permitido (2º), bem como o
órgão competente para emitir o certificado de registro de arma de fogo.
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ESPELHO DE RESPOSTA
19ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a
efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos:
Art. 5º [...] § 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e
será precedido de autorização do Sinarm.
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20ª QUESTÃO
(CESPE / CEBRASPE - PRF - ADAPATADA)
Durante uma fiscalização de rotina em área de fronteira, um policial rodoviário federal encontrou,
sob o banco do motorista de um veículo abordado, um carregador de arma de fogo de uso permitido,
bem como duas caixas de munições de calibre compatível com o acessório, não tendo sido, no
entanto, localizada nenhuma arma de fogo. Na ocasião, foi verificado que o acessório e as munições
haviam sido recém-adquiridos em território estrangeiro, sem autorização de importação pela
autoridade competente.
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ESPELHO DE RESPOSTA
20ª QUESTÃO
O candidato deverá abordar os seguintes tópicos:
2. Todo o caput do art. 18 é crime hediondo, o que abarca: de arma de fogo, acessório
ou munição, sem autorização da autoridade competente.
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