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CONTENTS

Título
Copyright
Dedicatória
Sinopse
Explicações
Conto 1
Conto 2
Conto 3
Conto 4
Conto 5
Conto 6
Conto 7
Pequenos Pecados

Flavia Kalpurnia
Copyright ©2019 by Flavia Kalpurnia

Todos os direitos reservados.

Proibida a reprodução, no todo ou em parte, através de quaisquer meios.

Capa: DA AUTORA

Diagramação: DA AUTORA

Revisão: DA AUTORA

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

__________________________________________________KALPURNIA/Flavia

Pequenos Pecados / Flavia Kalpurnia. — 1ª Edição — Belo Horizonte,


MG: 2019.

1. Romance. 2. Literatura Brasileira I. Título

_________________________________________________

CDD:869.3

Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua

Portuguesa (1990), em vigor desde 1o de Janeiro de 2009.


DEDICATÓRIA

Para aquelas fantasias que não podemos deixar sair, para aqueles
pensamentos que não devemos deixar sair… aqui eles se libertam, aqui eles
são livres!

Para todos que já leram, vão ler, e querem mais… Obrigada!


SINOPSE

“Contos eróticos e de fantasias, às vezes, escondidas. Contos eróticos


quentes para deixar a noite - ou dia - ainda melhor.

Contos eróticos onde o importante é o ápice.”


Algumas explicações:

Esse livro é um livro de contos hot, ou seja, não apenas erótico, contém
cenas mais explícitas, bem mais explícitas. Qualquer pessoa que se sentir
ofendida com palavras/cenas mais cruas, não deve continuar.

Em nenhuma das cenas coloco meus personagens usando camisinhas, são


partes técnicas que resolvi retirar, mas na vida real é necessário e
indispensável, galera, não esqueçam!

São contos hot e que não devem ser considerados reais, nomes, situações
ou falas são da minha cabeça, então não pensem que são recriações de fatos
ou que ouvi em conversas no boteco - entendedores entenderão.

TODOS os contos são contos com consentimento de ambas as partes, não


trato de estupro, assédio ou abuso, então não se esqueçam disso ao lerem o
livro!

Espero que se divirtam!


Conto 1

— Eu não creio que fiz isso…


Era lógico que eu havia feito aquilo, eu havia jogado meu celular longe,
voando pela sala, e agora estava possessa porque havia esquecido o aparelho
em algum lugar que ele aterrizou. Eu estava ao máximo de nervosa. Ainda
não conseguia acreditar no que havia acontecido no dia anterior, e a
mensagem que recebi de manhã apenas confirmava que eu não estava
sonhando. E eu realmente não estava sonhando, aquela porta aberta no
campus à noite, comprovava isso.

Mordi meu lábio com força, não querendo soltar um palavrão. Claro, a
situação pedia um palavrão bem alto, mas eu tinha que me controlar, eu tinha
que arrumar um jeito de sair daquilo. Não podia crer no que eu havia passado
menos de vinte quatro horas antes, e ainda conseguia ouvir letra por letra da
discussão.

— Como é que é? — Candy perguntou atônita para os dois professores


que estavam olhando-a divertidos. Cain, o professor de Anatomia estava
sentado na beirada da mesa, os braços cruzados, a postura defensiva. Paul,
o professor de Técnicas, estava sentado na cadeira atrás da mesa, a postura
relaxada, os dedos cruzados na barriga definida que Candy sabia que ele
tinha por debaixo da camisa social.

— Suas notas estão horríveis em nossas matérias, e estamos te dando


uma oportunidade de melhorá-las. — Cain disse mais baixo agora.

— Mas… eu não entendo. — Candy se aproximou um passo deles,


querendo que eles explicassem o que queria dizer com ‘disponível para eles
quando eles quisessem’.

— É simples. — Paul disse levantando-se da cadeira e contornando a


mesa, as mãos agora enfiadas nos bolsos da calça social. — Durante uma
semana você fica disponível, quando mandarmos mensagem, você vem até
nós. E pronto. Suas notas vão melhorar.
— Mas… elas vão melhorar com algum projeto que vou ajudá-los? —
Candy realmente não queria estar enganada sobre o que eles estavam
falando. Ela queria ter certeza que aquilo não era uma chantagem para que
ela dormisse com os dois.

— Não, Srta. Mayflower… — Cain ficou irritado com a falta de


entendimento dela. — Quando chamarmos será para fodê-la, juntos, fui claro
agora?

Por alguns segundos Candy ficou apenas olhando de um para o outro,


esperando que eles dissessem que era brincadeira, mas nenhum dos dois
estava rindo ou desmentindo a frase de Cain. Respirou fundo e aproximou-se
mais um passo. Cruzou os braços ainda maquinando o que estava
acontecendo.

— Isso é chantagem.

— Isso são suas notas. Estamos te dando uma oportunidade de ter notas
altas novamente. — Paul disse menos severo que Cain.

— E se eu disser não?

Cain riu e desceu da mesa, aproximando-se dela e falando em seu ouvido


alto o suficiente para que Paul ouvisse.

— Até parece que não vemos você babando durante nossas aulas, Srta.
Mayflower. — Candy estremeceu e olhou para Paul. — Sei muito bem que
tipo de pensamento passa na sua cabeça durante as aulas e talvez seja por
isso que suas notas estão como estão… — Paul sorriu para ela, mas Cain
ainda não tinha terminado. — Seja uma boa menina e pare de recusar uma
coisa que irá beneficiar todos. Você, ainda mais do que nós.

Cain afastou-se dela, sorrindo por cima do próprio ombro para seu
melhor amigo. Paul sentou-se no mesmo lugar que o amigo estava antes na
mesa e viu a garota estremecer algumas vezes antes de olhá-lo nos olhos
novamente. Os olhos verdes dela estavam firmes.

— Uma semana.
— Sim, uma semana, Candy, e então… — deu de ombros e viu que Cain
já subia as escadas para sair da sala de aula. Sorriu para ele, aquela fora a
melhor ideia que seu amigo já tivera em 20 anos que se conheciam.

— Ok.

Candy não sabia onde estava se enfiando.

Era estranho ter saído do meu apartamento com o intuito de encontrar


meus professores para poder… Merda, eu nem conseguia falar. Era absurdo o
que estava acontecendo, mas… se eu analisasse friamente, eu estaria
ganhando mesmo. Teria minhas notas altas mais uma vez e uma semana com
meus professores. Uma semana transando e me divertindo com eles. E Deus
sabia que qualquer pessoa com o mínimo de problema mental, aceitaria.

Cain era o mais sério dos dois. Alto, forte, ex-nadador profissional, ele
era o típico homem que não aceitava ‘não’ como resposta. Cabelos pretos e
olhos negros como a noite, a pele clara e queimada do sol. Ele tinha um jeito
de se impor na sala de aula que ninguém ousava questionar, e isso sempre
chamou a minha atenção.

Paul era diferente. Ele era alto, não tão forte, mas com o corpo definido,
‘rato de academia’. Loiro, com olhos azuis, pele morena, usava óculos de
aros grandes e preto. Paul era o mais engraçado e animado, fazendo a sala de
aula um lugar confortável. Mas existia aquele algo mais, aquele modo de
olhar que deixava toda e qualquer pessoa curiosa.

Eu me odiava por ser curiosa. Sempre olhava meus professores de forma


indevida, queria descobrir como eles eram, quem eles eram fora da sala de
aula, e se fosse sincera, aquela era uma oportunidade de ouro, e eu não
deveria recusar, mas… parecia tão errado. Apoiei o corpo no batente da
porta, vendo a sala de aula ampla, com a maioria das luzes apagadas, as
escadas que levavam para o centro abaixo, onde a mesa do professor ficava,
em quase que toda escuridão.

Prendi os cabelos médios e castanhos para cima, em um coque relaxado.


Estava quente naquele dia e queria ter usado algo mais apresentável. Porém, a
mensagem atrevida e impertinente apenas disse:
“Sala 63. 23h. Sem calcinha.”

A última parte me deixou possessa. Não sabia qual dos dois havia
enviado a mensagem e nem ao menos me dei ao trabalho de olhar a foto do
perfil no Whatsapp. Tinha quase que certeza de que era Cain. Ele era
impertinente o suficiente para falar aquilo.

Respirei fundo e entrei, fechando a porta atrás de mim, batendo o pino na


maçaneta, me trancando lá dentro. Ainda não tinha visto nenhum dos dois,
mas eles poderiam entrar pela porta atrás da grande tela que era usada como
lousa. Desci dois degraus, sentindo a calça roçar por todo meu corpo. Era
horrível usar moletom sem calcinha, mas fora a única roupa que pensei em
colocar e que não marcaria meu corpo, indicando que estava sem renda
alguma.

Minha camiseta regata branca não tinha nada demais, apenas evidenciava
meus pequenos seios, e eu evitava usar sutiã, era algo que me incomodava, e
não via grande necessidade. Sempre saia sem e não ligava de receber alguns
olhares, e naquela situação duvidava que seria reprovada por eles.

Desci mais alguns degraus e então ouvi a porta atrás da tela se abrir e
fechar, vendo que Cain e Paul entravam na sala. Engoli em seco, eles estavam
de terno, cabelos arrumados, pareciam saídos de uma sessão de fotos de
alguma revista de moda. Parei ainda no meio do caminho e vi que eles me
olhavam sérios.

— Sente-se na terceira fileira, Srta. Mayflower, por favor.

Paul pediu educadamente, enquanto Cain abria o terno e o retirava,


colocando-o no mancebo ao canto. Paul repetiu o gesto e ambos se apoiaram
na parte da frente da mesa. Respirei fundo e me sentei na terceira fileira,
olhando-os sem graça. Aquilo definitivamente não estava sendo o que eu
esperava.

— Você sabe porque está aqui, não, Srta. Mayflower?

Cain perguntou e eu assenti, mas ele cruzou os braços e pareceu ficar


mais sério.
— Fale o motivo de estar aqui, Srta. Mayflower.

Engoli em seco. Mais e mais pensava que ele era um babaca, mas
infelizmente um babaca maravilhoso. Respirei fundo, meu corpo reagindo
àquela situação. Eu queria estar ali e, ao mesmo tempo, sabia que não
deveria.

— Por causa de minhas notas.

— Não. — Paul disse e soltou a gravata preta que estava usando em seu
pescoço. Respirei fundo enquanto o observava. — Você está aqui porque
quer melhorar suas notas…

— Dando para seus Professores. — Cain completou a frase e eu senti


meu rosto pegar fogo. Era ultrajante escutar aquilo, ao mesmo tempo, que
meu corpo me traia, me deixando excitada.

— Diga. — Paul disse cruzando os braços igual Cain estava. Engoli em


seco.

— Quero melhorar minhas notas… — segurei com força nos apoios de


braço aos meus lados, apertando-os com raiva. Aquilo era conflitante. Aquele
local era onde eu respondia as perguntas deles, onde eu os questionava e
aprendia sobre a minha futura profissão. Como eu entraria novamente ali
após as coisas que aconteceriam?

— Srta. Mayflower, não consegue terminar suas frases?

Engoli em seco novamente, olhando séria para Cain. Olhei para Paul.
Eles estavam aguardando que eu dissesse aquilo, mas não sabia se
conseguiria. Não sabia se conseguiria dizer aquilo. Não que eu fosse uma
puritana, longe disso, mas aquilo era extremamente inusitado. E eu queria
aquilo quase na mesma intensidade que não queria. Respirei fundo e
apertando novamente os apoios das poltronas, disse:

— Quero melhorar minhas notas… dando para meus Professores.

Ambos sorriram. Cain de um jeito maldoso e Paul de uma forma sacana.


Não sabia bem o que sentir com aquilo, mas meu corpo se excitava apenas
com a possibilidade. Esperei, mas nenhum deles se moveu, apenas me
olhando. E então, Paul disse alto e claro, sua voz ecoando pela sala quase que
totalmente vazia.

— Cada hora dessa semana será uma nota. — minha respiração travou em
minha garganta. O que ele queria dizer com aquilo? — Hoje você ficará três
horas aqui. — me assustei quando o ar-condicionado ligou e o leve barulho
preencheu a sala. — A cada três horas que vier essa semana, terá notas. As
notas vão variar do seu desempenho.

— Desempenho?

— Meu Deus, Srta. Mayflower, qual a dificuldade em entender?

Cain não tinha paciência, eu sabia disso por causa de suas aulas, e ali não
parecia ser diferente. Apertei ainda mais os apoios, eu além de sem graça
estava começando a ficar nervosa com aquele tratamento.

— Sim, seu desempenho. Se você sabe o que está fazendo… — Paul


sempre tentava amenizar, mas Cain sempre o cortava, colocando todas as
cartas na mesa, fosse como fosse. E eu ainda não sabia se gostava daquilo.

— Se você sabe chupar, dar, gemer igual uma…

— Cain… — Paul disse quando me viu arregalar os olhos.

Eu sabia que provavelmente tudo aquilo aconteceria, mas ouvir de forma


tão crua da boca dele, era diferente. Soltei os apoios e me recostei na
poltrona, meus olhos pulando de um para o outro, e vendo que Cain sorria de
lado agora, olhando para Paul.

— Vamos lá, Paul, não seja tão puritano. — ele apontou displicentemente
para mim. — Tenho certeza que se for até ali agora, ela estará molhada.

Paul me olhou, as íris estavam dilatadas, dava para perceber. Ele deveria
estar imaginando se era realmente aquilo que estava acontecendo comigo na
poltrona, e eu não estava nem um pouco inclinada a contar para eles que era
verdade. Vi Cain me olhar novamente, dessa vez o sorriso já deixando seus
lábios, mas os olhos me fitavam intensamente.

— Não está, Srta. Mayflower?

Meu rosto estava quente, assim como o resto do meu corpo, e assenti
devagar, mesmo envergonhada.

— Não está, Srta. Mayflower? — ele me perguntou novamente, querendo


que eu falasse, não apenas balançasse a cabeça.

— Sim.

— Viu, Paul? — ele disse agora soltando a própria gravata. — Aposto


que essa semana toda ela conseguirá as notas máximas. — seus olhos
voltaram para Paul, que ainda me fitava intensamente. Meu corpo reagia e eu
já não conseguia mais esconder. Sentia meus seios mais pesados, os mamilos
encostados na regata, estava molhada entre as pernas. Estremeci quando Cain
me fitou novamente. — Não será assim, Srta. Mayflower? Você não terá um
desempenho excelente todos os dias dessa semana?

— Todos os dias? — perguntei com a voz estremecida.

— Sim, esse foi o acordo. — Paul disse e sentou-se na mesa, os olhos


ainda colados aos meus.

— Espero que saiba que não fazemos isso… não dividimos mulheres e
muito menos alunas. — Cain disse mais baixo, abrindo a camisa social. —
Você… é a primeira.

Senti meu ego nas alturas. Eu era especial de algum modo para eles mas,
ao mesmo tempo, me parecia tão surreal que eles nunca haviam feito aquilo
antes. Esperei que eles falassem mais alguma coisa, então Cain colocou a
camisa social no mancebo e voltou a me fitar, agora sentando ao lado de Paul
na mesa.

— Você tem escolhas, Srta. Mayflower, opções, por assim dizer. — ele
deu de ombros novamente, olhando Paul de forma divertida. — Você pode
escolher por um de cada vez, os dois ao mesmo tempo, onde nos quer e
quantas vezes quer gozar. — senti meu rosto queimar novamente de
vergonha, ele tratou aquilo de forma como se estivesse vendendo algum
produto.

Minha experiência com homens não era vasta, mas eu havia feito muitas
coisas, experimentado um pouco de cada. Eu tinha 20 anos, sabia alguns
truques e com toda certeza aprenderia alguns durante aquela semana, mas
ouvi-lo falar daquilo, daquela forma era um pouco desconcertante.

Respirei fundo e vi que Paul também começava a tirar a camisa e a levou


ao mancebo. O vi retornar para a mesa, sentando-se no mesmo lugar de antes.
Eles estavam aguardando a minha resposta. Eles estavam esperando que eu
dissesse como seria e o que eu iria querer para aquele primeiro encontro. Mas
antes mesmo que eu abrisse minha boca, Cain falou novamente, dessa vez
seu semblante era um pouco sombrio.

— Você não tem opção de quantas vezes vamos gozar, e muito menos a
intensidade de que vamos ter você.

Meu corpo inteiro estremeceu e senti que fiquei ainda mais excitada por
entre as pernas. Aquilo deveria dizer muito sobre como aquilo tudo
aconteceria. Nenhum deles tinha cara de que adorava um ‘papai e mamãe’, e
eu já deveria estar preparada para o que estava por vir. Assenti novamente e
tirando coragem da minha excitação cada vez maior, respondi, baixo e de
forma acanhada.

— Um de cada vez. — me levantei devagar, sentindo as pernas


estremecerem. — Podem decidir onde… e quero gozar… duas vezes?

Não deveria ter saído como uma pergunta, mas eu nunca havia feito nada
como aquilo, e não ajudava nada que eles estivessem sorrindo, como se eu
tivesse falado algo muito engraçado. Respirei fundo, mas Paul levantou a
mão, me impedindo de sair do lugar.

— Adoro sua inocência, Srta. Mayflower. O único problema é que você


não tem ideia do que acabou de fazer. — por um segundo apenas pensei em
minhas palavras, e não consegui ver nada demais.
— Como você parece não saber o que fez, lhe darei uma ideia. — Cain
disse enquanto vinha até a fileira atrás da minha, me sentei novamente ao
sentir a mão dele em meu ombro. Segurei os apoios com força. — O que
queremos de você é simples, apenas se entregue. Abra sua mente, abra suas
pernas… — estrangulei um gemido, sentindo o hálito em minha orelha, me
deixando acelerada. — Porque se você pensa que Paul é um bom moço, está
enganada. Ele está bem longe disso e… — senti a ponta da língua dele correr
meu pescoço até chegar novamente em meu ouvido. — E eu menos ainda.

Abri os olhos que não me lembrava de ter fechado, sentindo a mão de


Cain descer de meu ombro, escorrendo para dentro de minha regata.
Estremeci, estrangulando um gemido quando ele segurou meu seio direito,
apertando-o na palma da mão.

— Não sei ser delicado, não sei fazer ‘amor’, Srta. Mayflower. — a mão
dele apertou meu seio outra vez, meus olhos arregalados observando Paul que
já estava com a calça aberta. — Suas notas vão depender de como você vai
nos fuder.

Meu gemido ficou mais alto, fazendo que ambos sorrissem. Cain se
aproveitou disso para descer a outra mão por meu corpo, agora inclinando o
corpo atrás do meu, sua boca novamente me falando as coisas que
aconteceriam comigo. A mão que apertava meu seio, dobrou a força, mas não
prestei atenção, a outra mão dele entrou por minha calça de moletom, me
encontrando sem calcinha e molhada.

— Paul, você vai deslizar facilmente por aqui…

Sua voz estava divertida, os dedos deslizando por entre meus lábios,
agora colocando um dentro de mim, forçando levemente pela posição.

— Você é deliciosa, Srta. Mayflower. Não vejo a hora de poder enfiar


meu pau em você.

Gemi alto, abrindo as pernas o máximo que minha calça deixava, mas
Paul se aproximou, fazendo Cain parar o que fazia. Engoli em seco, vendo
Paul sentar na poltrona ao lado. Sua calça estava aberta, seu pau estava duro,
pronto. Estremeci enquanto olhava para seus olhos, vendo o quanto ele estava
gostando de me ver sem saber o que fazer.

— Você disse como nos queria, Srta. Mayflower. — ele me puxou


devagar para sua frente, abaixando minha calça de moletom, me fazendo
deixá-la esquecida no chão. — Minha vez.

Eu sempre vi meu Professor de Técnicas como um homem animado,


alegre, divertido, mas ali eu estava vendo um predador pronto para abater a
caça. Sentei em seu colo, logo sentindo suas mãos levantarem minha regata,
jogando-a em algum lugar da sala. Respirei fundo quando seus lábios
encontraram meus seios, mordiscando e beijando com uma vontade única.
Arqueei as costas, dando mais acesso, querendo mais. Segurei seus cabelos,
desarrumando-os, sentindo o calor dele contra meu corpo.

— Eu deveria gravar esse momento, Srta. Mayflower, para poder mostrar


para Paul depois o quanto você fica indecente recebendo prazer.

Um gemido alto escapou de meus lábios com a mera menção de ser


gravada. Eu tinha medo disso acontecer com os rapazes que eu saia na
faculdade, mas ali, com eles, eu sabia que não seria perigoso. Afinal, se eles
vazassem algum vídeo, ambos seriam demitidos. Abri meus olhos e observei
Cain sentado no mesmo lugar de antes, nos observando, os olhos vidrados em
mim. Se eu já estava excitada antes, agora eu estava a beira de um orgasmo.
Suspirei quando senti Paul subir beijos por meu pescoço, e então ele disse:

— Eu quero gozar em você uma vez apenas, Srta. Mayflower… — Paul


disse baixo enquanto se guiava para dentro de mim devagar, me esticando,
me fazendo sentir que não seria fácil, ele não era pequeno e eu nunca tivera
ninguém como ele antes. — Mas quero gozar dentro de você, sentindo você
gozar comigo… — estremeci quando ele deslizou facilmente, mas fazendo
pressão com meu quadril para baixo, me obrigando a aceitá-lo de uma só vez.
— Sentindo o quanto você nos quer dentro de você, o quanto você vai
trabalhar bem por suas notas.

Era indecente gemer como gemi, mas eu não ligava. Eu não estava dando
a mínima. Paul estava encaixado dentro de mim, me esticando, pulsando e
quente, e eu queria mais. Abri os olhos, vendo-o se recostar na poltrona, os
olhos vidrados em nossos corpos juntos, as mãos segurando meu quadril
parado, me impedindo de me mover.

— Como é, Paul?

Olhei Cain observando o amigo, a curiosidade quase o fazendo


estremecer. Sua calça agora estava aberta, e de algum modo eu via que estava
ainda mais ferrada, ele era maior que Paul, e eu sentia que Paul era o maior
homem com quem eu já estivera. Gemi e soltei meus cabelos para ficar mais
livre, querendo mover meu quadril.

— Quente e apertada, Cain. — Paul disse baixo, rouco, e soltou meu


quadril devagar, as mãos segurando os apoios da poltrona. — Você vai
adorar.

Olhei Cain e depois Paul, meu corpo vibrava de excitação, eles estavam
falando como seu eu não estivesse ali.

— Move-se, Srta. Mayflower, ganhe sua nota.

Não foi preciso que falassem duas vezes. Meu quadril ganhou vida
própria. Meu corpo se moveu sozinho, primeiro devagar, para frente e para
trás, sentindo o quão grande e duro ele era dentro de mim, mas eu estava
quase gozando. Deus, era tão bom sentir as pernas grossas dele embaixo das
minhas coxas, senti-lo pulsar dentro de mim enquanto eu girava o quadril,
agora me movendo mais rápido, usando o corpo dele para ter meu prazer,
para chegar ao fim.

— Deus, não vejo a hora de ter você, Srta. Mayflower. — Cain disse, me
fazendo olhá-lo enquanto espalmava as mãos nos ombros de Paul, usando de
alavanca para poder subir e descer, rápido e com força, ouvindo-o gemer
embaixo de mim. — Ver essa sua cara de…

— Cain!

Paul o repreendeu pelo que ele iria falar, mas eu não estava ligando.
Naquele momento eles poderiam falar o que fosse que eu apenas iria ouvir,
sem me importar. Eu queria meu prazer, ali eles não eram meus professores,
ali eles eram dois homens pelos quais eu queria mais e mais do que eles
queriam me dar. Gemi e estremeci, Paul espalmou as mãos em minhas coxas,
cravando os dedos em minha carne, me empurrando com mais força para
baixo toda vez que eu subia e me fazendo gemer mais alto.

— Goze pra mim, Srta. Mayflower. — a voz dele embaixo de mim me


fez gemer, estremecendo e me fazendo mover mais rápido e com mais força.
— Quero gozar bem fundo em você.

Não foi necessário mais do que isso. Após alguns segundos e meus olhos
cravados em seu rosto abaixo do meu, joguei minha cabeça para trás, minhas
costas arqueando e o nome dele escapou de meus lábios diversas vezes, me
fazendo ter um orgasmo tão forte que pensei que desmaiaria. Estremeci várias
e várias vezes enquanto ele continuava a levantar e abaixar meu corpo, me
usando como eu havia feito a poucos minutos com ele.

— Minha vez.

Paul estava rouco e não demorou para que ele levantasse e meu corpo
uma última vez, e descesse com força, me fazendo gritar e então, ele ficou
parado. O corpo todo estremeceu e eu conseguia sentir que ele estava
gozando. Deus, eu estava deixando aquele homem — meu Professor — gozar
dentro de mim, sem preocupações, sem restrições. E gemi pensando que ele
não seria o único.

Abri meus olhos quando ele segurou meus cabelos, beijando meu pescoço
e me fazendo olhá-lo nos olhos.

— Merece um dez, Srta. Mayflower.

Sorri disso enquanto beijava a boca dele devagar, sentindo o gosto dos
lábios dele pela primeira vez. Mas não durou, logo ouvi Cain se levantando
da poltrona.

— Minha vez, Paul.

Me soltei de Paul devagar, levantando em pernas bambas. Aquele


orgasmo havia acabado com meu corpo. Mas Cain não me deu tempo para
nada, assim que me levantei, ele pulou para a fileira da frente, me segurando
contra ele, me beijando de forma bruta, me indicando como seria o sexo com
ele.

Suas mãos seguravam meu bumbum, a calça social aberta, o sexo


esfregando-se em minha barriga, me fazendo saber o que eu aguentaria em
poucos segundos.

Ele mordeu meu lábio inferior, as mãos segurando meu quadril agora, me
fazendo virar de frente para a poltrona vazia, e me ajoelhar. Engoli em seco,
aquilo doeria. Ele com toda certeza estava excitado além do que pensou que
ficaria.

— Da próxima vez, vou primeiro.

Cain estava falando com Paul, que estava sentado a meu lado, me
observando ficar inclinada na poltrona, minha barriga no encosto. Olhei em
seus olhos enquanto sentia Cain acariciar minhas costas, mas já começava a
se guiar para dentro de mim. Ele era maior que Paul, e mesmo que eu
estivesse excitada novamente, o senti encontrar resistência dentro de mim,
mas não ligar nem um pouco, continuar empurrando.

Gemi alto, as mãos segurando com força o encosto, meus joelhos no


assento se abrindo um pouco, tentando aliviar a pressão que ele estava
fazendo. Mas era impossível, ele era mais grosso, e estava exigindo passagem
para dentro de mim sem realmente pedir. E quando senti seu quadril colando
ao meu, gemi ainda mais alto, meus olhos se fechando automaticamente.

— É, ela é quente e apertada, Paul.

Abri os olhos para ver a reação do meu outro Professor. Paul estava
sorrindo ainda, olhando pra mim, sua mão esquerda acariciando meus
cabelos. E Cain se moveu. Gemi alto novamente, Cain era bruto. Ele não se
conteve, moveu o quadril para frente e para trás, empurrando para dentro de
mim com força, entrando rápido e certeiro, atingindo lugares que me faziam
ver estrelas. Suas mãos seguravam meu quadril, eu não precisava me mover,
ele me mexia como queria. Gemi ainda mais alto, olhando dentro dos olhos
de Paul.
— Ele vai gozar logo, Srta. Mayflower, exatamente onde gozei… — Paul
disse enquanto Cain ria atrás de mim, o corpo agora ainda mais rápido, o
quadril se forçando ainda mais, como se ele já não estivesse dentro de mim
até o limite. — Goze. Me deixa ver a cara de boa aluna que ele viu em você
gozando em mim.

Eu deveria ficar envergonhada, mas naquele momento eu queria mais.


Mais palavras, mais movimentos, mais dos corpos deles. Paul sorriu sacana e
Cain se descontrolou. E enquanto eu sentia que ele estava gozando dentro de
mim também, forçando-se ainda mais dentro de meu corpo, tive outro
orgasmo. Meus joelhos tremiam fortemente, minha cabeça pareceu desligar
por alguns segundos, todo meu corpo amoleceu e gritei o nome de Cain alto,
apertando-o dentro de mim, não querendo que ele parasse de gozar.

O peito dele colou em minhas costas, me fazendo gemer baixo, satisfeita.

— Outra nota dez, Srta. Mayflower.


Conto 2

Meu coração batia alto, eu estava assustada. Era impossível não ficar
assim sabendo que ele estava atrás de mim. Eu já tinha corrido quatro
quadras, mas ele parecia não dar a mínima, ele parecia não se importar nem
um pouco, parecia o maldito Jason Voorhees indo atrás da vítima, andando
calmamente, sabendo que eu não conseguiria sair daquele galpão agora.

Me abaixei atrás de uma máquina grande, ao canto, a poeira me fazendo


tossir contra a palma da minha mão. Meu sangue corria rápido em minhas
veias e eu queria escapar dali o mais rápido possível. Porém, estava se
provando impossível. Eu havia testemunhado um assassinato e agora seria a
próxima vítima.

— Sabe… você parece não estar em forma… — ele disse debochado em


algum lugar no andar de baixo. O eco de suas palavras chegando fácil até
onde eu estava. — Alisson Pepper.

Meu sangue gelou. Como ele sabia meu nome? Olhei para ver que minha
bolsa estava aberta e virada com a boca para baixo. Com toda certeza todo o
conteúdo havia caído quando corri e agora ele tinha meu celular, carteira e
tudo mais. Fechei os olhos me impedindo de chorar.

— Não vou te matar, pode sair de seu esconderijo. — eu quase entreguei


onde estava rindo dessa última frase. Era bem típico de um assassino dizer
isso. — Ou, posso te esperar em casa, Alisson, talvez embaixo da sua cama…

Quase gritei de raiva e frustração. Quais eram minhas opções ali? Eu


poderia sair e tentar escapar, talvez conseguir passar por uma janela. Eu
poderia me entregar e rezar para minha morte ser rápida. Ou eu poderia tentar
matá-lo. Respirei fundo, acalmando minha mente. Procurei a meu redor algo
que eu pudesse usar de arma, e vi uma alavanca empoeirada jogada próxima,
a ponta extremamente afiada.

Engoli em seco e me estiquei minimamente, esticando o braço para poder


alcançar.
— Alisson, não faça isso.

Gritei. A voz dele estava a meu lado, uma arma apontada para meu rosto.
Me encolhi novamente contra a máquina, fechando os olhos e esperando pelo
tiro que não veio. Esperei e esperei, e então, abri os olhos e olhei para cima
por entre meus cabelos.

Lá estava ele. Alto, forte, tatuado e com o cabelo raspado. Ele era bem
forte, parecia estar sorrindo e se divertindo com meu medo. Vestia calças
jeans e jaqueta de couro, o tênis estava sujo de poeira e algo que parecia
sangue. Fechei os olhos, abaixando a cabeça levantando as mãos em defesa.

— Por favor, me deixa ir, eu não vou contar nada pra ninguém.

Ele riu. Fiquei na mesma posição, mas ele se moveu, eu consegui ouvir
seus passos se aproximando, e então sua mão segurou a minha direita, me
puxando para cima, me fazendo levantar contra minha vontade.

— Por favor.

— Alisson, abra os olhos, por favor.

A voz dele era baixa, rouca e divertida. Ele estava realmente se divertindo
com aquilo. Respirei fundo, não querendo chorar na frente dele. Abri os
olhos, o rosto dele estava bem acima do meu, e seus verdes me fitavam
animados.

— Vê, não foi tão difícil, foi? — neguei, balançando a cabeça. — Então,
o grande problema disso tudo, Alisson Pepper, é que você viu meu rosto, e
pode contar o que viu…

— Não vou. — disse em um fio de voz, querendo que ele acreditasse em


mim. Mas ele continuou falando como se eu não tivesse falado nada, ainda
apontando a arma pra mim.

— E aquele cara tinha que sumir, assim como você vai ter que sumir
agora…

— Por favor… — eu sentia que choraria e me ajoelharia a qualquer


momento.

— Porém… — o vi sorrir ainda mais, aproximando-se mais um passo, o


rosto agora bem próximo do meu. Prendi a respiração, ele havia encostado a
arma em minhas costelas. — Podemos chegar a um acordo.

Assenti sem ao menos saber o que ele poderia querer. Eu faria qualquer
coisa para poder ficar viva. Engoli em seco quando ele passou a sorrir
sacanamente, e minha mente trabalhou na frase que eu havia acabado de
falar. Eu havia dado carta-branca para que ele fizesse o que quisesse comigo,
contanto que me deixasse viva.

— Certo. — ele levantou a mão livre, levando meus cabelos loiros para
trás, tirando-os do meu rosto. Estremeci, aquilo estava parecendo cada vez
mais com o que eu estava pensando. — Faça o seguinte, Alisson, jure que
não vai falar nada para ninguém.

— Eu juro que nunca vou falar nada pra ninguém. — disse baixo, com
medo, a arma ainda pressionava minhas costelas, mas ele estava começando a
pressionar o corpo no meu, me fazendo sentir seus músculos por debaixo da
camiseta de uma banda de rock que vestia.

— Não foi convincente, penso que precisa de um incentivo. — a ponta da


arma pressionou com mais força em minhas costelas de um lado, enquanto a
mão dele segurava meus cabelos do outro, inclinando minha cabeça para trás,
me fazendo olhar fundo em seus olhos claros e que estavam se divertindo. —
Diga essas exatas palavras: Juro que nunca vou contar que vi Caleb matar um
homem que merecia morrer.

Engoli em seco, não queria saber o nome dele, e muito menos sobre quem
ele tinha matado. Mas repeti a frase, palavra por palavra, olhando em seus
olhos, querendo passar o máximo de confiança possível.

— Muito bem, Alisson. — ele disse enquanto segurava meus cabelos com
mais força e aliviava a pressão da arma. — Agora repita: Vou me inclinar na
prensa e deixar que Caleb faça o que quiser comigo.

Tentei me soltar novamente, mas ele pressionou a arma contra minhas


costelas, me fazendo parar de me mover, e evitando puxar meus cabelos do
aperto dele. Eu sabia que ele faria aquilo. Eu tinha certeza que não acabaria
apenas jurando não falar nada.

Estremeci com a possibilidade do que ele faria comigo, e quis chorar.


Então ele começou a se mover, empurrando o meu peito com o dele, me
fazendo tropeçar alguns passos para trás, e ainda segurando meu cabelo com
força.

Quando minhas costas encontraram a máquina, engoli em seco e fechei os


olhos. Ele me obrigaria a fazer o que ele queria. Deixei minhas mãos soltas a
meu lado, de nada adiantaria lutar agora. Talvez se eu fizesse o que ele
queria, ele me soltaria. Talvez não fosse o fim de tudo.

O hálito quente dele bateu contra meu ouvido quando ele inclinou o corpo
para frente. Consegui sentir sua excitação pela calça, roçando em minha
barriga. Merda, ele era grande, e eu estaria ferrada, literalmente. Engoli em
seco mais uma vez enquanto ele falava:

— Repita as palavras, Alisson: Vou me inclinar na prensa e deixar que


Caleb faça o que quiser comigo.

— Por favor, eu… — ele segurou meu cabelo com mais força, a arma
agora tão prensada contra minhas costelas que machucava. — Ok, ok… — eu
estava assentindo, eu daria consentimento para que ele fizesse comigo o que
bem entendesse, e isso estava me matando por dentro. Mas eu queria ficar
viva. — Vou me inclinar na prensa e… deixar que Caleb faça… o que quiser
comigo.

O sorriso dele apenas aumentou e o senti tirar a arma das minhas costelas,
mas a mão que segurava meu cabelo continuou ali. O vi guardar a arma em
um coldre nas costelas, e tirar a jaqueta, jogando-a de lado.

Ele era forte. Muito forte. Os olhos estavam injetados com a ideia de que
eu havia dado permissão para que ele fizesse o que quisesse comigo. O vi
soltar o cinto e abrir a calça, mas fechei os olhos, não queria ver nada.

— Sabe, Alisson, você me parece fora de forma, mas tem um corpo


maravilhoso. — a voz baixa, rouca, cheia de vontade, enviou arrepios por
minha espinha. Eu estava começando a odiar meu corpo por não reagir
apenas com medo. — Mas está muito vestido. Tire a roupa toda e incline na
máquina.

Caleb soltou meu cabelo, e eu abri os olhos, vendo-o dar um passo para
trás, como que para apreciar o show, e eu não queria que meus olhos
traidores descessem por todo o corpo dele. O homem era forte, musculoso, a
calça estava solta no quadril, mas ele não havia abaixado. Respirei fundo e
comecei a me despedir irritada. Os olhos claros dele seguiam todos os meus
movimentos, observando meus dedos enroscarem nos tecidos, puxando-os de
minha pele, tirando minha bota, ficando apenas de calcinha.

— Eu disse toda. — Caleb disse baixo enquanto passava a mão pela


cabeça raspada. As tatuagens em seu braço se destacando. Estremeci de raiva,
meu corpo não parava de reagir de forma animada ao que estaria por vir. Não
era possível que eu fosse gostar daquilo. Desci o tecido por minhas pernas,
vendo que ele olhava fixamente por entre elas, a língua contornando os lábios
grossos devagar. — Ajoelhe-se.

Arregalei os olhos e senti todo meu rosto esquentar, não era possível que
ele…

— Vamos lá, Alisson, tenho certeza que você faz isso com seu marido,
não?

— Como… como você…

Ele balançou meu celular à minha frente. Uma foto minha e de meu noivo
estava na tela inicial. Quase chorei de raiva, ele estava com todas as minhas
coisas. Ajoelhei devagar, vendo-o sorrir satisfeito e vir para perto novamente,
dessa vez abrindo a calça de uma vez, descendo-a pelas coxas, me deixando
ver a boxer preta que usava, e o que tinha por debaixo exigindo atenção.

— Alisson, aposto que seu marido não fica esperando todo esse tempo
pra você chupar o pau dele. — estremeci de raiva, não queria que ele me
lembrasse o que eu estava fazendo para sobreviver. Molhei meus lábios e
subi as mãos por suas coxas, descendo a boxer, deixando-a junto da calça.
Engoli em seco. Ele era grosso e grande, nunca aquilo caberia inteiro em
minha boca, e eu já estava começando a sentir dores só de pensar nele
entrando em mim onde quisesse.

Segurei-o na palma da mão, movendo-o para cima e para baixo. O cheiro


do sabonete que ele usara recentemente invadindo o ar a minha volta, assim
como o cheiro amadeirado dele. Molhei os lábios novamente e o coloquei em
minha boca. O gemido dele me assustou, parecia um rosnado, algo
animalesco.

Comecei a chupar, querendo terminar logo com aquilo, talvez se ele


gozasse logo, me liberasse e eu pudesse finalmente ir pra casa, voltar para a
minha vida. Fechei os olhos, levando o máximo dele que eu conseguia dentro
de minha boca. Ele era grande, e eu não queria engasgar. Mas sentia a mão
dele atrás da minha cabeça, me forçando a receber mais dele, colocar mais
dentro da boca.

Tentei me afastar, empurrando as mãos em suas coxas, mas ele me


segurou ali, colocando mais dentro de minha boca, me obrigando a receber
mais dele, me fazendo engasgar.

— Pare de graça, Alisson, tenho certeza que quando seu marido te força a
chupar ele todo, você gosta.

Engasguei novamente, abrindo a boca o máximo que conseguia.


Engasguei mais uma vez, estremecendo e apertando as unhas em sua coxa,
arranhando, sentindo os dedos dele enroscados em meu cabelo, me puxando
em direção a seu corpo com força. Respirei fundo devagar, sabendo que lutar
seria inútil. Continuei chupando o que conseguia, acalmando meu reflexo e
recebendo ele mais e mais fundo, sentindo-o chegar quase em minha
garganta.

— Isso, Alisson, viu? Sabia que você conseguiria. — ele gemeu rouco,
um gemido animalesco vindo de seu peito. Arranhei suas coxas ainda mais
quando a ponta do meu nariz tocou seu corpo, e eu tinha certeza de que não
aguentava mais nada. O senti aliviar a pressão em minha cabeça, puxando
meu cabelo, me fazendo tirá-lo totalmente da boca.
Respirei fundo, meus joelhos estavam doendo por causa do chão de
concreto, meu coração estava acelerado, meu corpo estava reagindo a tudo
aquilo, conseguia sentir que estava excitada, mas não queria que ele
soubesse.

— Vamos de novo, Alisson, você me chupou tão bem agora… — ele


começou a me empurrar para frente novamente, me fazendo recebê-lo em
minha boca, abrindo novamente o máximo que conseguia, chupando o que
podia e engasgando novamente. — Vamos lá, Alisson, você sabe chupar, faça
isso comigo como se sua vida dependesse disso.

Ele estava debochando de mim, e eu queria mordê-lo. Ele era um babaca,


eu estava fazendo aquilo apenas para me salvar. Relaxei novamente os
músculos da minha garganta, recebendo-o mais fundo em minha boca, a
ponta do meu nariz novamente encostando em seu corpo. Ele deu um novo
gemido, e dessa vez deixei um gemido estrangulado escapar ao sentir a outra
mão dele também começar a força minha cabeça.

— Eu vou te compensar, Alisson… — ele disse rouco, com desejo. —


Apenas… mais um pouco.

Cravei as unhas em suas coxas, mas ele não ligou, ele empurrou mais
minha cabeça, me obrigando a recebê-lo por inteiro em minha boca, batendo
no fundo da minha garganta. Um novo gemido animalesco deixou seu peito,
e as mãos apenas apoiavam minha cabeça, sem força, apenas me mantendo
ali. Engasguei novamente, meu ar acabando. Não conseguia respirar e muito
menos me afastar, mas ele fez isso por mim.

Os dedos se enroscaram em meus fios claros, puxando-os devagar, me


afastando totalmente dele. Abri meus olhos, raiva fervendo dentro de mim.
Ele havia me forçado aquilo, mas meu corpo estava reagindo. Meu corpo
estava reagindo aquela força, aquelas palavras, a vontade dele. Respirei fundo
várias vezes, mas ele não me deu tempo, voltou a me puxar pelos cabelos,
mas dessa vez me levantando.

— Sente ali e abra essas pernas.

Me apoiei na prensa, sentando e abrindo as pernas levemente. Minha


respiração ainda entrecortada, meu coração martelando em meu peito. Não
queria que ele visse o que eu estava sentindo, pois seria visível assim que eu
abrisse as pernas. Assim que separasse meus joelhos, ele veria. Meu corpo
traidor gostando do que estava acontecendo, e me fazendo imaginar o que
ainda estaria por vir.

— Alisson, eu disse que iria te recompensar por me chupar… — Caleb


disse ajeitando o coldre nos ombros, não me deixando esquecer o que estava
acontecendo ali e o motivo. Mordi o lábio e afastei as pernas, vendo que ele
olhava intensamente. — O que é isso?

Ele se aproximou e colocou as pontas dos dedos por entre minhas pernas,
tocando exatamente onde desejava tocar, deslizando os dedos para cima e
para baixo.

— Ora, veja só. Você está molhada, Alisson… — o olhei nos olhos,
observando a diversão ali, mesmo que sua boca estivesse séria. — O que seu
marido diria ao saber que você está molhada para um… — um de seus dedos
deslizou para dentro de mim, me fazendo estrangular um gemido e inclinar o
corpo para trás. — Assassino que te forçou a chupá-lo até o fundo de sua
garganta?

Fechei os olhos, mas ele me segurou pelo pescoço, apertando levemente,


me fazendo assustar.

— Fique de olhos abertos, Alisson. — era uma ordem, e eu apenas assenti


devagar. O dedo dele entrando e saindo devagar de mim, deslizando cada vez
mais fácil, cada vez mais fundo. — Olhe enquanto eu me aproveito de
você…

Gemi quando ele colocou outro dedo, deslizando mais devagar, mas me
esticando de forma que foi impossível não gemer. E ele gostou do resultado.
Ele adorou me ouvir gemer, pois sorriu de lado, olhando ora meu rosto, ora
para o meio de minhas pernas.

— Acho que vou te filmar, Alisson. Mandar de presente para seu marido,
fazer ele assistir o quanto você está gostando de ser usada por mim.
Tentei me soltar, empurrando seus braços de mim, mas ele apenas
enterrou os dois dedos fundo dentro de mim, me fazendo gemer, e me
segurou pela garganta, me fazendo deitar na prensa, usando o peso do próprio
corpo para me manter parada. Estremeci, ele faria aquilo de uma vez e eu
estaria livre, não poderia demorar mais do que aquilo. E eu já estava ferrada,
meu corpo já estava respondendo a tudo que ele fazia, me fazendo ficar
excitada a cada coisa que ele falava, cada movimento de seus dedos, a cada
gemido rouco.

— Por tentar escapar, Alisson, vou te filmar, vou te gravar me deixando


fazer o que quiser com você, sendo minha, e vou mandar pra ele… — ele
colocou um terceiro dedo em mim, me fazendo gemer alto agora, segurando
seu braço em minha garganta, como um bote salva-vidas. — Deixar ele ver
quem é a mulher dele e o que ela faz quando ele está longe.

Fechei os olhos e mordi o lábio. Ele estava movendo os dedos para dentro
e para fora rapidamente, meu corpo estava aceitando com mais facilidade, me
fazendo ficar mais e mais molhada. E eu não deveria estar gostando, mas eu
estava adorando. Não era possível, mas eu estava. O senti soltar minha
garganta, se soltando de minhas mãos, e a mão entre minhas pernas duplicou
a velocidade, agora se forçando mais e mais para dentro, mais e mais rápido.

— Sorria para a câmera, Alisson.

Gemi frustrada. Abri os olhos e vi que ele segurava meu celular, o flash
ligado, me filmando, apontando o celular para meu rosto e depois para onde
sua mão estava me dando prazer, intensificando as investidas, e rindo logo
após.

— Acho que ele vai gostar, Alisson. Você é linda… e uma mulher linda
bem fudida, é lindo.

O vi colocar meu celular de um modo na máquina que pegasse apenas


meu corpo e o que ele faria comigo. Gemi de raiva, ele faria aquilo. Ele
acabaria com minha vida, mesmo que fosse me libertar.

— Vamos ao que interessa, não?


O corpo dele ficou por cima do meu, sua boca roçando na minha, seu
sorriso de lado presente, a mão que estava em mim, agora segurando seu pau
e ele deslizou devagar, sabendo que conseguiria entrar em mim facilmente,
eu estava extremamente molhada. O senti começar a se força para dentro,
afastando minhas pernas com as coxas grossas, as mãos agora segurando
meus seios, apertando-os, massageando-os.

— Vou te comer de um jeito que ele nunca comeu, Alisson. — ele disse
com a boca deixando leves beijos na minha, deslizando dentro do meu corpo
devagar, me esticando, me preenchendo, quente, duro. — Vou te deixar
sentindo saudades… pensando em mim para o resto da sua vida…

Gemi quando ele se forçou por inteiro dentro de mim, me esticando,


batendo o quadril no meu, o cinto da calça apertando contra minha coxa.
Estremeci. Os olhos dele estavam fechados, e mordi seu lábio inferior,
devagar, querendo que ele se movesse. Ele abriu os olhos, as mãos apertando
minha cintura agora, me mantendo parada.

— Merda, Alisson, você é deliciosa. — ele disse afastando o quadril e


voltando para dentro, devagar, deslizando. Arqueei, gemendo mais alto, não
lembrando se algum dia já havia me sentido tão preenchida na vida. — Olhe
pra mim, Alisson, olhe enquanto eu te como, diz meu nome… fala pra
câmera que sou o melhor pau que já te comeu.

Ele riu disso, sabendo que eu não falaria, mas gemi. Os movimentos de
seu quadril duplicaram de força e velocidade, ele entrava e saia de meu corpo
de um modo delicioso, e eu não deveria estar aproveitando, mas estava.
Estava gemendo, me agarrando com os braços e as pernas a ele, querendo-o
ainda mais dentro de mim.

— Diz pra mim, Alisson. — ele pediu sorrindo, beijando devagar minha
boca, encostando nossos lábios, o quadril batendo rápido e forte contra o
meu, me esticando mais do que antes. — Diz que sou o melhor pau que já te
comeu.

Gemi sentindo todo meu corpo começar a formigar. Ele era um babaca,
mas eu estava gozando. Eu estava gozando com ele dentro de mim, com ele
se aproveitando do meu corpo, um assassino, mas que foi a melhor transa de
toda minha vida. Me agarrei nele ainda mais, seus lábios encostados nos
meus, seu quadril sem parar de se mover, entrando e saindo de mim com
mais força, me deixando saber que ele também estava próximo de gozar.

— Ah Alisson, vou gozar dentro de você… — gemi e o apertei ainda


mais contra mim, gozando novamente, buscando os lábios dele, roçando-os
aos meus e gemendo mais alto ao senti-lo me apertando contra ele também.
— Deixar um presente pra ele.

E ele gozou. Eu consegui sentir que ele gozava dentro de mim, bem no
fundo, me fazendo gemer e continuar gozando como nunca. Deus, aquele
homem deveria ser proibido de andar pelas ruas, ele deveria ser preso por
matar uma pessoa, mas eu não conseguia crer que havia acabado.

Estremeci com ele saindo devagar de mim, e abri os olhos, os olhos claros
dele me fitando enquanto a boca sorria de lado. Fiquei olhando em seus
olhos, sentindo que ele encostava o corpo suado e semi-vestido em mim.

— Pensa que seu marido vai se importar que eu te devolva toda cansada e
satisfeita? — os lábios dele capturaram os meus, enquanto os dedos
deslizavam por entre minhas pernas, por meus lábios, acariciando, me
sentindo tremer de prazer, não aguentando mais gozar.

— Por favor, não aguento mais… — gemi baixo, meus dedos afundando
em seus ombros, fazendo-o rir e deslizar um dedo para dentro de mim,
movendo-o para cima e para baixo.

— Responda minhas perguntas e paro. — ele disse com a voz rouca,


baixa.

— Não, ele não vai… se importar. — respondi gemendo e arqueando.

— Quem é o melhor pau que já te comeu, Alisson? — ele perguntou


novamente, dessa vez colocando mais um dedo dentro de mim, me fazendo
gemer dolorida. Estava sensível, mas ele não ligava, ele queria me fazer falar
aquilo para a câmera, ele queria que eu concordasse com ele.

— Você, Caleb, você é… você é o melhor pau que já tive na vida.


Ele riu satisfeito e beijou minha boca, deslizando os dedos para fora de
mim, devagar, saindo de cima do meu corpo. O vi pegando meu celular, e
digitando algo com uma mão enquanto limpava a outra na calça.

— Pronto, enviei. — a satisfação na voz dele, me fez levantar e sair da


máquina.

— Vai assistir isso quantas vezes quando chegarmos em casa?

— Talvez umas duas ou três. — Caleb riu enquanto me beijava


novamente, me ajudando a colocar a roupa.

— Estou imunda. — reclamei enquanto prendia meus cabelos e o vi


colocar a jaqueta, pegando a arma do coldre e colocando o pente no lugar.
Como ele sempre dizia, um policial sério sempre retira qualquer bala da arma
quando vai encenar com sua noiva. E eu sempre ria.

— Você que escolheu esse lugar. — ele apontou para o galpão e eu sorri
sem graça. — Está satisfeita, Al?

Assenti mordendo o lábio e o vendo me fitar feliz, eu tinha o melhor


noivo do mundo.

— Ótimo, na próxima semana vamos fazer o que eu quiser.

— Perfeito, não vejo a hora…


Conto 3

Um gemido profundo escapou de seus lábios, a língua correndo o lábio


inferior agora manchado de vermelho do batom que usara naquela noite. Suas
costas desencostaram da cama, suor escorrendo por sua nuca, os braços
tensos, as mãos segurando firmes o lençol e os cabelos dele. E quanto mais
ele beijava, sugava, lambia, mais gemia. Ele sabia que estava fazendo tudo do
modo mais correto possível, ela estava gemendo mais rápido e mais alto,
pouco se importando com as pessoas nos outros apartamentos, no corredor.

A noite havia começado como sempre, encontraram-se após o serviço,


sentaram na mesma mesa, na mesma lanchonete, pediram a mesma
macarronada, tomaram a mesma cerveja. Mas naquela noite ele tinha um
olhar mais sério, como se fosse contar algo que ela não gostaria. Suspirou
algumas vezes dando oportunidade para que ele falasse, mas ele apenas
terminou a macarronada e cerveja, pedindo sobremesa — um pedaço de torta
de chocolate — e dividindo com ela.

— Quanto mais tempo levar para contar, pior será quando formos para
meu apartamento.

Ele riu nervoso e empurrou uma sacola preta pelo banco para ela. E ela
sorriu abertamente ao abrir a sacola, vendo o conteúdo. Levantou os olhos na
direção dos dele, vendo que ele a olhava com expectativa. Sorriu
carinhosamente. Ele era único. Não era o único em sua vida, mas era único
no modo de ser.

Levantou uma sobrancelha e terminou de comer a torta, olhando mais e


mais insinuante para ele, vendo que ele agora estava se remexendo na
cadeira, impaciente. Deu risada quando ele levantou rápido para pagar, pegou
tudo do banco e se dirigiu ao banheiro, pedindo alguns minutinhos para ele.

Não queria que ele ficasse mais agitado do que estava, mas queria fazer
uma surpresa, já que ele estava fazendo uma. Respirou fundo ao descer sua
calcinha dentro da cabine privada, imaginou a cara que ele faria ao vê-la
usando seu novo adereço e sorriu. Apenas o pensamento das palavras dele,
das atitudes foram suficientes para deixá-la molhada, e então abriu a
embalagem, lendo na frente do plástico rasgado ‘prazer garantido, textura
imitação de humana’. Sorriu enquanto deslizava o novo adereço pelos lábios
agora mais molhados e o colocava devagar, mordendo com força o lábio
inferior, tentando não deixar um gemido escapar de sua boca.

David foi abusado, ele comprou um vibrador do mesmo tamanho dele, e


ela adorava o tamanho dele. Era tudo que uma mulher poderia desejar.
Gemeu baixo ao sentir que já havia conseguido colocar metade, e sorriu ainda
mais perceber que ele a estirava devagar, nada parecido ao modo como David
fazia com ela quando se encontravam. Gemeu novamente enquanto sentia
que já estava quase completo e não conseguia mais empurrar com facilidade,
mas empurrou devagar e com força, colocando por inteiro.

Ficou em pé e ajeitou sua calcinha, sabendo que andar com aquilo tudo
dentro de si, seria complicado, mas apenas o pensamento de que estaria com
um vibrador dentro de si enquanto andava por dois quarteirões a deixava
mais e mais excitada, apertando o membro dentro de si. Ajeitou as roupas,
passou a mão pela testa e saiu do banheiro, vendo David na porta da
lanchonete.

Andou devagar, respondendo as perguntas de David calmamente, mas a


mente já estavam em como ela deitaria na cama, sem roupa alguma,
mostrando para ele o que ela já fizera com presente dele. David não pareceu
notar que ela estava andando devagar, os olhos azuis seguiam pelo rosto dela,
o porte físico de um homem que treinava levemente, nada pesado. As roupas
de um homem de escritório. Pele clara. Barba de dois dias por fazer. Cabelo
curto, pretos com fios grisalhos em alguns lugares. 38 anos. E ela adorava
como ele parecia um marido no cotidiano enquanto não estavam no
apartamento dela.

Ela sabia que ele adorava suas curvas. Quadril largo. Coxas Grossas.
Peitos médios. A barriga não era lisinha, mas ela não ligava para aquilo há
muitos anos. A pele era clara, mas dourada, os cabelos eram cacheados,
volumosos, soltos até o fim de suas costas. Ela chamava atenção com olhos
negros como a noite e lábios cheios e vermelhos.
A porta do apartamento se abriu e David não lhe deu oportunidade de
falar ou fazer nada, apenas a empurrou na direção do quarto, tirando os
casacos que vestiam. Sorriu, ele arrancou a sacolinha de sua mão, levando-a
com eles para o quarto. O viu se despir enquanto tirava a própria roupa, e ao
chegar na calcinha, se deitou primeiro, tirando o tecido, vendo que ele
observava atentamente e então levantou os joelhos e abriu as pernas,
deixando que ele visse o que havia aprontado.

— Não acredito…

Ele não terminou a frase. No segundo seguinte ele já estava por entre suas
pernas, segurando suas coxas afastadas, a boca encontrando seus lábios,
sugando-os, mordendo, beijando, fazendo com que estremecesse e apertasse
o vibrador com mais força. E ele sabia como lhe chupar, ele sabia o que fazer
com a língua, quanto lamber, quanto sugar e quanto beijar. Estremeceu no
colchão ao sentir seu clitóris ser sugado para dentro da boca dele, ouvindo-o
rir de sua reação. Mas não houve tempo para mais nada, ele segurou o
vibrador e o retirou devagar apenas metade, torcendo a parte debaixo e
ligando-o, fazendo-o vibrar devagar, e o colocou novamente dentro de si,
rápido, forte, sem dó.

Não que fosse necessário ser delicado, estava tão molhada, que o vibrador
entrou facilmente, esticando-a deliciosamente.

— Merda, David…

Ele riu novamente, agora beijando sua barriga, subindo o corpo e


deitando a seu lado, sugando seus seios, beijando seu pescoço, enquanto a
mão esquerda movia o vibrador para dentro e para fora, mais rápido, mais
forte, fazendo com que suas costas descolassem da cama, gemendo, pedindo,
sorrindo.

— Você é sacana demais… eu acho que nunca fiquei tão excitado em te


ver com as pernas abertas…

Riu. Ele riu em sua orelha também, mordiscando seu pescoço, beijando
sua boca enquanto movia o vibrador mais forte e rápido. Arqueou quando o
primeiro orgasmo atingiu seu corpo, onda após onda levando e trazendo sua
sanidade. Mas David não deu descanso, ele continuou a mover a mão para
frente e para trás, movendo o vibrador mais rápido, querendo fazê-la gozar
mais uma vez.

— Quero você…

David riu ao ouvir suas palavras, mas a atendeu. Retirou devagar o


vibrador e o colocou de lado, desligando. O calor do corpo dele colado ao seu
foi o suficiente para deixá-la ainda mais excitada, para querer que ele entrasse
em seu corpo rapidamente. E ele entrou. Ele se aproveitou de que estava
molhada para deslizar de uma só vez para dentro, esticando-a muito além do
vibrador. O pequeno grito que ela deu o fez sorrir. Ele gostava de vê-la gritar
de prazer.

Circulou o quadril dele com as pernas, puxando-o para dentro, fazendo-o


se enterrar todo dentro dela, até que não existisse espaço algum entre eles. E
ele se moveu. Rápido, forte, certeiro. A cada movimento do quadril um novo
gemido, a cada nova investida ele a esticava, ele a obrigava a recebê-lo por
inteiro, fazendo-a ficar mais e mais excitada, querer mais e mais dele.

As mãos deles seguravam seus seios, apertando-os na palma, segurando-


os com força, o quadril batendo violentamente, o pau entrando e saindo com
força e rápido. Conforme os gemidos aumentavam, o ritmo aumentava, as
carícias, as palavras sujas também. Ela adorava essa contraste que ele era, o
marido perfeito com o sacana perfeito.

— Goze mais uma vez…

Ele mandou, mas ela não ligava, a única coisa que importava agora era o
quanto faltava para gozar mais uma vez. Moveu o quadril para cima e para
baixo, deixando que ele estocasse mais forte e então ele puxou o vibrador de
seu lado, ligando-o novamente e olhando-a de modo divertido.

— Você vai gozar…

Parecia uma ameaça, mas na verdade, era apenas uma constatação. Ela
sentiu quando o aparelho passou vibrando por sua barriga e chegou até seu
clitóris, a velocidade acelerada, a vibração a enviando longe, deixando-a
amolecida. Apertou David dentro de si, forte, como nunca antes e ele gemeu
alto. Sorriu abertamente disso, mas seu orgasmo a atingiu logo após,
enviando tremores por seu corpo todo, deixando-a amolecida. E ela adorava
esse torpor pós-orgasmo.

— Merda, não vou durar nada.

— Dentro, por favor, dentro…

David fechou os olhos, a mão ainda segurando o vibrador contra o clitóris


dela, fazendo-a gozar mais uma vez, apertando-o, e ele empurrou mais
algumas vezes, com força, enterrando-se nela, sabendo o que ela queria. Ela
sempre queria que ele gozasse dentro dela, ela sempre dizia para ele que a
excitava saber que ele tinha gozado dentro dela.

E não demorou, sentiu que David chegava ao clímax, que ele estava
gozando forte, apertando sua cintura com uma mão, segurando o vibrador
com a outra, o pau enterrado até o fim nela, e agora o corpo tenso, a boca
com lábios invertidos para cima. Sorriu puxando o vibrador para longe, e
puxando David para perto, sentindo-o ainda deixar o que restava dele dentro
dela, duro, forte, firme.

Beijou a boca dele, sugando o lábio inferior, sorrindo ao vê-lo estremecer


e deitar o corpo por cima do seu, totalmente.

— Você ainda vai me explicar porque gosta que eu goze dentro?

Deu de ombros, beijando a boca dele mais uma vez. Não diria. Não
contaria que era porque gostava de sentir o calor que aquilo trazia, não
contaria que era porque se sentia bem ao saber que fizera aquilo com ele, não
contaria que a sensação era boa e reconfortante. E muito menos contaria que
pendia isso para todos, que gostava que todos seus amantes gozassem dentro
dela, principalmente porque ele não sabia que ela saia com outros. Aninhou-
se aos braços dele, sentindo que ele a abraçava apertado, beijando seu
pescoço. E dormiram.

--*--
Sabia que aquele presente não seria apenas para aquele momento, que
David ainda gostaria de usá-lo durante a madrugada. E foi desse modo que
acordou, com o vibrador ligado na velocidade média, deslizando por entre
suas pernas, exigindo passagem. O corpo de David estava colado a suas
costas, a respiração acelerada, o braço passado em sua cintura, como se não
quisesse que ela escapasse dali. Estremeceu e passou as mãos pelos cabelos,
jogando-os para cima, seu corpo todo quente, o quarto parecendo uma sauna.
Sorriu e fechou os olhos novamente, abrindo mais as pernas, dando mais
acesso, deixando que ele colocasse o quanto quisesse do vibrador, apenas
para retirar logo após.

Sorriu ainda mais, os músculos dele estavam tensos, o pau estava duro
como pedra em suas costas, o corpo quente como o seu. Adorava as noites
com David, senti-lo dentro de si, a seu lado, por cima, por baixo, deixando
beijos molhados em suas costas quando ia embora na manhã seguinte. E
adorava ainda mais a mente suja dele. Levou uma das mãos para trás,
segurando-o na palma, movendo-a na mesma velocidade que ele estava
movendo o vibrador em seu corpo.

— O que você quer dentro de você?

A pergunta fez arrepios descerem por sua espinha, a escuridão do quarto


escondeu que seu rosto havia esquentado e avermelhado com isso. Queria
dizer que queria os dois, ao mesmo tempo, estirando-a como nunca, mas
talvez David ainda não estivesse naquele estágio, talvez ela tivesse que
esperar mais alguns meses.

— Ou não quer escolher?

Sorriu e assentiu, apertando a mão e movendo-a mais rápido. O ouviu rir


baixo em seu ombro, beijando-o logo após e movendo o quadril. Soltou-o e
sentiu que ele soltava o vibrador todo dentro de si, a velocidade a fazendo
gemer mais e mais alto. O sentiu mover o quadril devagar, e então ele
começou a empurrar para dentro.

Ele nunca havia tentado comê-la ali, nunca havia nem mesmo
mencionado, mas aparentemente ela havia dado todas as cartas para que ele
pudesse fazer isso. Relaxou, mesmo que fosse impossível com um vibrador
dentro de si, fazendo-a contrair todos os músculos, e gemer, movendo o
quadril em um vai-e-vem solitário.

— Você gosta?

— Adoro.

David era um homem maravilhoso. Ele se preocupava com o prazer dela,


se preocupava com os limites dela, queria deixar claro que ela era prioridade,
e ela sabia disso. Empurrou-se devagar contra ele, sentindo-o gemer baixo
contra seu ombro, beijando-o, mordendo-o, o pau entrando mais e mais,
estirando-a. E ela deveria reclamar, dizer algo, mas o prazer que o vibrador
estava mandando para todo seu corpo, sobrepunha tudo. Moveu o quadril
para trás novamente, ele estava inteiro dentro de si, segurando sua bunda com
força, talvez se controlando para não gozar logo.

— Consigo sentir a vibração…

Ambos riram, mas ela gemeu alto logo após, David moveu o quadril, para
frente e para trás, com força, testando, vendo se ela aguentava. E ela queria
gritar que aguentava, que queria mais, mas sabia que ele ainda estava se
acostumando a comê-la ali, ainda estava testando a ‘novidade’. Quando ele
gemeu roucamente em seu ouvido, dizendo que só a teria daquele jeito agora,
sempre seria daquele modo, que ela poderia esquecer o ‘tradicional’, ela
quase gozou.

— Não segure, goze pra mim… você sabe o quanto eu gosto…

Apertou-o dentro de si, apertando o vibrador, gemendo alto e pedindo:

— Mais, mais…

E David atendia. Ele sempre a atendia. Ele sempre fazia o que ela pedia.
David era único. E enquanto ele empurrava o pau para dentro por trás,
empurrando o vibrador também, os dedos agora apertavam os seios com
força, exigindo passagem para dentro dela e sorrindo quando ela gemia mais
alto e descontrolava.
— Quer que eu goze aqui também?

Seus cabelos fizeram um arco na cama, acertando David, que riu de sua
reação. Seu corpo estremeceu, gozando fortemente, gemendo e implorando. E
David a atendeu mais uma vez, ficando tenso no segundo seguinte,
apertando-a contra ele, gozando dentro dela outra vez, deixando-a extasiada.
Mesmo que estivesse com dor, a pegada dele era forte, seu corpo estava tão
relaxado que no momento não importava. Sorriu enquanto ele a puxava para
mais perto dele, saindo de seu corpo e retirando o vibrador apenas pela
metade, deixando-a saber que ele ainda não tinha acabado com ela por aquela
madrugada.

— Quero te ver todos os dias, se for sempre desse jeito…

Ela sorriu, sabendo exatamente que não aconteceria, mas isso ele também
sabia. E ele empurrou o vibrador inteiro dentro dela outra vez, recomeçando
tudo.
Conto 4

Não havia modo dela não saber o que estava acontecendo. Respirei
fundo e fiquei olhando para frente, quase que por cima da cabeça dela. As
pessoas estavam reclamando do calor dentro do elevador preso no 13.º andar,
e eu estava quase gemendo de frustração que eu não podia abrir minha calça e
me acalmar.

Estávamos presos há 10 minutos, éramos 12 pessoas apertadas naquele


espaço pequeno, e há cerca de 10 minutos a ruiva à minha frente havia
encaixado a bunda em mim. Eu queria que não fosse real, afastei o quadril
pensando que ela havia feito aquilo sem querer, mas ela deu um passo para
trás, realmente encaixando a bunda em mim. Olhei para o lado, a mulher a
meu lado esquerdo estava segurando uma criança pequena e não notou, e do
meu outro lado era a parede do elevador.

Fiquei sem entender o que estava acontecendo ali, mas meu corpo soube
exatamente o que fazer. Fiquei duro em segundos, e ela percebeu, pois
empurrou o quadril ainda mais para trás, roçando ainda mais em mim. Apoiei
as costas ao fundo do elevador, não havia muito espaço para se mover com
tantas pessoas dentro da caixa de metal, e ela deu um pequeno passo para
trás, agora encaixando a bunda perfeitamente na minha ereção.

Sorri. Enquanto as pessoas reclamavam com alguém pelo interfone, eu


apenas prestava atenção no que estava acontecendo bem à minha frente. A
ruiva tinha uma bunda bem feita, redonda e arrebitada. A cintura era estreita,
os ombros eram pequenos, e ela parecia toda feminina.

Merda, as pessoas estavam começando a ficar irritadas e eu só queria que


ela se movesse. Fiquei esperando por alguma reação dela, mas ela apenas
ficou ali, parada, a bunda acomodando minha ereção, me fazendo sentir o
calor dela pelas peças de roupa. Arrisquei olhar para os lados, observando
todo mundo, ninguém vira que ela estava encostada em mim, com uma calça
legging que deixava bem pouco para a imaginação.
Respirei fundo e me aproximei minimamente, vendo que ela estremeceu,
sentindo que eu estava ainda mais colado a ela. Sorri.

— Confortável? — perguntei baixo, pelo ombro direito dela, onde


ninguém ouviria.

Ela apenas assentiu, sem se virar. Sorri ainda mais, me recostando


novamente ao fundo do elevador, tentado a puxar a cintura dela pra mim, me
esfregando de vez nela. Mas me contive, se ela quisesse isso, ela mesma o
faria. Olhei meu relógio, eram quase oito da noite, e eu estava atrasado para
meu compromisso, mas com aquela distração, valia a pena.

Esperei mais alguns segundos sem fazer nada, então a luz apagou e a
vermelha de emergência acendeu, colocando muitas pessoas em desespero.
Eu sabia que aquilo apenas significava que eles haviam cortado a energia
para poder dar um reboot no sistema do elevador, fazer com que ele talvez
voltasse a funcionar. Mas tudo ficou bem mais interessante quando a luz de
emergência acendeu. A ruiva moveu o quadril para cima e para baixo bem
devagar, esfregando a bunda em toda a minha ereção, me fazendo ficar ainda
mais duro.

E fez isso várias e várias vezes, até que eu estava completamente duro e
pronto para sair dali com ela, assim que nos liberassem.

— Vai fazer isso sem roupa? — perguntei outra vez baixo por sobre o
ombro direito dela. Vi seus ombros se moverem devagar, rindo da minha
pergunta, mas sem respondê-la. Ela continuou com os movimentos, subindo e
descendo, a legging me deixando sentir mais do que qualquer outro tecido.

Olhei ao redor outra vez, e a mulher com a criança ao meu lado não
parecia prestar atenção, então me aproveitei. Passei minha mão direita pela
cintura dela, colando o corpo dela devagar ao meu, a bunda ficando ainda
mais encaixada em mim e eu sorri quando ela estremeceu. Porém, sorri ainda
mais quando levei a mão por cima da calça dela até entre o meio das pernas,
achando exatamente o que eu queria.

— Já que você pode, eu também posso.


Empurrei meu quadril para frente, minimamente, e ela respondeu com o
dela, para cima e para baixo, esfregando com certa força, me fazendo sentir
tudo. Sorri de lado ao pensar nela sem roupa, apenas se esfregando em mim,
pedindo que eu colocasse tudo dentro dela. Merda, eu estava duro igual pedra
e comecei a mover meus dedos, procurando meu alvo por entre os tecidos
que estavam me atrapalhando bem.

— Merda. — ela disse baixo, me fazendo rir e mover o quadril pra frente,
me encaixando entre a bunda dela, agora sim me esfregando sem me importar
que alguém pudesse ver.

Eu estava tão pilhado nela, que não olhei para o lado, e quando dei por
mim, já estava me esfregando nela, subindo e descendo meu pau por toda a
bunda dela, achando o clitóris dela e começando a tocá-lo com mais força, a
estimulando, assim como ela estava fazendo comigo. Virei minha cabeça
minimamente para o lado, a luz vermelha iluminando precariamente as
pessoas. Porém, eu vi os olhos da mulher com a criança em mim, vendo o
que eu estava fazendo com a ruiva à minha frente.

Sorri de lado, não podia fazer nada se ela assistiria aquilo, eu não iria
parar por causa dela, não mesmo. Segurei o quadril da ruiva com a outra mão,
fazendo pressão para trás, querendo é mais que ela me fizesse gozar ali
mesmo, pois eu faria aquilo com ela, com toda certeza eu moveria meus
dedos por entre as pernas dela até que ela gozasse e os joelhos ficassem
fracos.

Ela estremeceu quando movi meus dedos mais rápidos, pressionando


ainda mais, sentindo o quão molhada ela já estava, pelo tecido fino. Ela se
pressionou ainda mais em mim, como que querendo que eu entrasse nela
mesmo com as roupas nos impedindo. Sorri e beijei devagar o pescoço dela
do lado que ninguém perceberia — bom, apenas a mulher com a criança no
colo.

Olhei novamente de lado, vendo que a mulher estava observando tudo


sem se importar, mordendo o lábio de forma divertida. Sorri disso. Ela estava
gostando do show que eu e a ruiva estávamos dando.

— Assim que esse elevador esvaziar, vou fazer tudo isso sem roupa com
você…

Ela não respondeu, apenas se apertou mais em mim, agora movendo a


bunda com mais rapidez e mais força, esfregando meu pau por inteiro.
Pressionei mais meus dedos em seu clitóris, movendo-o rápido e com força,
sentindo-a estremecer e respirar rápido. Merda, ela ia gozar logo e eu estava
na metade do caminho. Movimentei o quadril com ela, me fazendo ficar mais
e mais pilhado, sentindo que ela ficava mais molhada, indicando que ia gozar.

Segurei-a contra mim, sentindo-a tremer violentamente, mas sem parar de


mover o quadril, me deixando saber que ela não pararia só porque tinha
gozado, ela queria que eu também gozasse. E o que mais estava me deixando
louco era a outra mulher olhando tudo, sabendo o que estava acontecendo, e
que qualquer outra pessoa que se virasse, poderia perceber e entender o que
eu estava fazendo com a ruiva.

Tinha quase que certeza que a ruiva estava excitada e que tinha gozado
rápido pela situação. Algo sobre ser pego fazendo algo assim em público tem
esse efeito nas pessoas. Em mim, tinha, e assim que ela terminou de gozar,
segurei sua cintura com as duas mãos, com força. Me esfreguei nela mais
rápido, me movendo sem chamar atenção, e olhando a mulher ao meu lado,
observando meu quadril se mover contra a outra.

Sorri e ela mordeu ainda mais o lábio, sabendo que eu estava gostando
que ela estava olhando enquanto eu queria gozar apenas me esfregando na
ruiva. Fechei os olhos, minha mente viajou nas possibilidades de abaixar a
calça um pouco, deixar meu pau livre e poder gozar sem restrições, mas
aquilo chamaria atenção demais. Continuei mais um pouco e senti, aquele
puxão na espinha, aquele calafrio que percorre o corpo todo e comecei a
gozar dentro das calças.

E quanto mais eu gozava, mais eu queria ter aquela mulher. Não tinha
ideia de seu rosto, não tinha a menor noção de seu nome, mas eu queria
aquela mulher. Eu precisava dela. Respirei fundo quando terminei, e me
recostei na parede dos fundos, meu corpo mole pelo que havia acabado de
fazer. A ruiva ajeitou a calça no corpo, devagar, estava sensível entre as
pernas também.
Como se fosse uma mensagem divina, o elevador voltou, as luzes
acendendo normais e a se movimentar para cima. Olhei para o lado, vendo a
mulher com a criança sorrindo e ainda mordendo o lábio, dessa vez de forma
predatória. Sorri também e a vi puxar um cartão da bolsa, me entregando sem
falar nada. Coloquei no bolso sem ler, apenas piscando pra ela e agora
olhando pra frente, vendo que muitas pessoas estavam saindo do elevador.

Ela saiu também e ficaram apenas quatro pessoas: dois engravatados, a


ruiva e eu. Ela se moveu da minha frente, ficando mais afastada e de lado, me
encarando pela primeira vez. Os olhos verdes estavam levemente encobertos
pela franja vermelha, o rosto avermelhado, a boca entreaberta. Ela era linda.
Sorri e ela sorriu também, dessa vez se virando de frente, me deixando ver
seu corpo por inteiro.

— Moro no prédio no final da rua. — comentei, e ela sorriu, mas não


disse nada. Olhei para os engravatados, que estavam conversando alheios a
nós dois. — Vamos continuar lá…

Ela negou, sorrindo, e deu um passo pra frente, ficando bem próxima de
mim. Meu pau começou a mostrar sinais de que estava pronto para a
próxima.

— Eu pego esse elevador todos os dias nesse mesmo horário…

Ela comentou e olhou para a frente da minha calça, sorrindo abertamente.


Olhei também. Havia uma mancha enorme de molhado na frente e eu já
estava excitado outra vez, era visível.

— E eu só vou para cama com um cara depois do terceiro encontro… —


ela disse baixo, a boca mais próxima da minha. Os engravatados estavam em
silêncio, talvez escutando o que ela estava falando, não era difícil pelo espaço
pequeno e quase vazio. Não dei a mínima. — Então, penso que precisamos
de outros dois encontros desse aqui…

Dei risada aproximando minha boca na dela, mas sem beijar, sentindo o
elevador parar no andar que eu deveria ir.

— Ok, amanhã te vejo aqui…


— Sem nomes ainda. — ela disse e se afastou, começando a mexer no
celular e tive que sair, ouvindo a porta se fechar atrás de mim. Merda, eu teria
que me satisfazer em me esfregar com ela mais duas vezes antes de poder
levá-la pra cama. Sorri e comecei a andar, tentando esconder a mancha. Bati a
mão no bolso e senti o cartão da outra mulher — aquele elevador quebrado
me rendeu mais do que eu poderia imaginar.
Conto 5

Eu até poderia — ou deveria — ficar espantada, mas não estava. Eu não


estava nem um pouco espantada com o que estava acontecendo. Sabia que
cedo ou tarde aquilo aconteceria, afinal eu era extremamente impulsiva.
Entrava escondida em reuniões secretas, corria para todos os lados dentro de
zonas de guerra e acabava por conseguir os melhor furos e as melhores
reportagens e fotos. Mas existia sempre aquela primeira vez. A primeira vez
que fui pega, a primeira vez que fui expulsa de algum lugar, a primeira vez
presa, primeira vez banida de um estado, e agora a primeira vez torturada.

Não, eu não estava nem um pouco enganada que seria torturada. Afinal,
eu estava cobrindo uma reportagem em uma zona de guerra e gravando para
mostrar ao mundo o que os soldados americanos estavam fazendo para nos
salvar. E sim, eu estava ali para mostrar o que meu país estava fazendo de
errado ao enviar os soldados para aquela parte do mundo. Para serem
mutilados e mortos por rebeldes.

O grande problema é que um pequeno destacamento me encontrou


escondida em um dos caminhões, e agora estava amarrada em uma cadeira
dentro da tenda de um homem uniformizado do lado inimigo, com outros
dois soldados assegurando que eu não tentasse nada. Por muitos minutos eu
apenas aguardei, o calor daquele local me fazendo derreter dentro da calça de
combate e camiseta preta.

— Você é repórter. — o inglês dele era ótimo. Assenti sem querer falar
nada, não queria dar a satisfação dele ouvir meu medo. — Você vai falar o
que estava filmando e fotografando.

Não respondi e isso pareceu irritá-lo, que acenou com a cabeça para um
dos soldados, fazendo-o segurar meus cabelos e puxar minha cabeça para
trás, me dando um tapa forte com a outra mão. Fechei os olhos, o gosto de
sangue explodindo dentro da minha boca, minha bochecha ardendo e
latejando.
Mesmo assim fiquei em silêncio. Não haveria cenário em que eu falaria e
sairia dali andando, aquilo não existia. Eles eram sádicos e me torturariam
para depois me matar. O homem perguntou novamente, e quando permaneci
em silêncio, ele acenou para o soldado que ainda estava segurando meus
cabelos, indicando que deveria me bater mais uma vez.

Porém, não houve tempo. Tiros se fizeram ouvir do lado de fora, e


estavam se aproximando. Os três homens saíram da tenda apressados, me
deixando sozinha. Não levei três segundos para começar a me mexer e tentar
me soltar. Eu não sabia o que estava acontecendo do lado de fora, e precisava
sair dali antes que qualquer pessoa voltasse para dentro da tenda.

Movi minhas mãos, girando-as e raspando a corda contra minha pele, mas
estava muito apertado, não conseguiria me soltar de modo algum. Respirei
fundo e fiquei frustrada, aquilo era uma verdadeira merda.

— Pensa, Jane, pensa! — olhei ao redor, vendo apenas outra cadeira onde
o homem que falou comigo, estivera sentado, e mais nada. Parei de respirar
ao ouvir que os sons do lado de fora haviam cessado. Não conseguia ouvir
absolutamente nada, por isso ouvi quando três pares de pés se aproximaram
da entrada da tenda devagar. Saco, eu não havia tido tempo de pensar como
sair e eles já estavam voltando. Movi todo meu corpo na cadeira, procurando
um modo de sair dali, mas ouvi a tenda ser aberta e logo armas eram
engatilhadas, e eu tinha certeza de que estavam sendo apontadas para minha
cabeça.

— Qual seu nome?

Um homem perguntou, sotaque inglês, voz baixa e autoritária. Tentei


virar a cabeça, mas não conseguia pela corda presa em meu pescoço.

— Jane. Jane Adrien, sou repórter e…

— Puta merda, Jane. — outra voz me fez suspirar de alívio, eu a


reconheceria em qualquer lugar.

— Austin, me solte. — disse com urgência, agora vendo os três homens


que vinham para a minha frente.
E lá estava. Lá estava o meu salvador. Comandante Austin Kepper, um
dos homens mais corajosos que já conheci. Ao lado dele estavam Soldado
Vernon, mais conhecido como Black Mamba, e do outro lado estava o
Soldado Chain, também conhecido como Viper.

— Toda vez você se mete em encrenca, Jane. — Austin disse enquanto


colocava a arma pendurada no ombro e cortava as cordas devagar, sem me
machucar mais do que já estava. Me levantei e estiquei as pernas, sentindo
dormência em alguns lugares. Mas o que mais me incomodava era minha
boca, estava praticamente toda cortada.

— Não tenho culpa se tenho que estar onde as coisas acontecem…

Dei de ombros e os abracei, agradecida pelo salvamento. Olhei ao redor,


vendo minha mochila próxima a entrada da tenda. Fui até ela, vendo que
minhas coisas estavam intactas.

— Uma hora dessas vamos achar só suas partes… — Viper disse, e olhei
por cima do ombro, fazendo careta para ele.

— Você iria adorar isso, não? — respondi ácida.

— Depende das partes.

Nossa relação era tensa como fio de aço. Viper era um excelente soldado,
atirador e assassino de primeira, além de ser um homem que parecia que tinha
um passado sinistro, pelo tanto de cicatrizes que tinha nos braços, pescoço e
rosto. Era de estatura mediana, cabelos curtos, preto, olhos castanhos, pele
queimada do sol. Eu sabia que ele não me odiava, mas também não era meu
maior fã.

— Não quero te encontrar morta, Jane. — Austin disse se aproximando,


já segurando a arma novamente, pronto para qualquer eventualidade.

Austin era meu amigo desde o colégio. Estudamos juntos por 8 anos, e
nos reencontramos quando fui enviada para a mesma aldeia que ele. O
serviço era diferente, mas a situação era a mesma. Desde então, sempre
estivemos em contato. E já se faziam 4 anos que eu o conhecia bem, mas
apenas o Comandante Austin, ele nunca havia conversado comigo sobre
nossa casa, nosso país, a vida fora dali.

Austin era imensamente grande, quase 2 metros de altura, olhos azuis,


cabelos loiros, pele avermelhada do sol. Ele tinha tatuagens que cobriam os
braços, e eu sabia por ser curiosa demais e espiar enquanto ele se trocava, que
tinha muitas descendo o peito e as pernas. Ele era um pedaço de mal
caminho, com humor de um touro bravo.

— Não vai, pode ficar tranquilo. — pisquei me levantando e colocando a


mochila nas costas. Estava pronta para ir embora.

— Realmente, eles vão te mutilar e não vamos achar nada na próxima.

Vernon era um dos homens mais atraentes que eu já havia conhecido em


todos os meus 27 anos. O homem era inteligente, perigoso e não era nem um
pouco bonito, mas compensava na auto-estima e na lábia. Deveria ter 1,85 de
altura, cabelos raspados, olhos verde escuro, pele queimada do sol, e era
forte. O rosto era sério, duro, de alguém que já viu muita desgraça, mas
continua animado. E sua inteligência conseguia deixar qualquer mulher de
joelhos em cinco minutos. Era aquela máxima: Inteligência deixa a pessoa
bonita, e Black Mamba era divino.

— Parem de show. — reclamei não querendo pensar que eles estavam


certos. Eu queria sair dali, precisava continuar o que estava fazendo. —
Vocês estão sozinhos?

— Não, um caminhão está lá fora.

Saí da tenda devagar, mas apenas existiam soldados americanos ali.


Muitos reconheci, acenando devagar com a mão, vendo-os sorrir e acenar de
volta. O chão de areia quente estava fervendo de sangue, alguns soldados
americanos estavam caídos. Alguns mortos, outros apenas feridos, mas todos
os soldados inimigos estavam mortos, todos eles, inclusive o que me
interrogou e o que me bateu.

Passei pelos corpos e segui para o caminhão, entrando na parte de trás e


me sentando ao fundo nos bancos de madeira nas laterais. Austin, Viper e
Mamba vieram logo após, e se sentaram comigo. Os três estavam quietos, e
olhando para Viper, vi que ele olhava para minha boca. Deveria ter um corte
ou estar roxo.

— Tem água? — perguntei e Austin, que se sentou a meu lado, enquanto


os outros dois ficaram à nossa frente, me entregou um cantil.

Bebi todo o conteúdo, engasgando logo após. Agradeci e devolvi o cantil,


agora olhando para Mamba, que estava me fitando sério, olhando meu
pescoço.

— O que foi?

— Você está cheia de marcas das cordas. — explicou me olhando fundo


nos olhos. Seus olhos verdes estavam quase negros pela falta de luz dentro do
caminhão, então desviei os meus, não gostava de ser analisada daquele jeito.

— Acontece quando você é amarrada para ser torturada por


informações… — dei de ombros e levei a mão ao pescoço, a pele estava
sensível.

— Você não vai aprender nunca, não?

Viper estava bem irritado. O olhei sem entender, e o vi olhar para Austin.
O olhei também esperando que ele me explicasse.

— Recebemos uma informação de que eles estavam com você. — Austin


disse olhando o chão do caminhão, sua voz baixa, rouca e irritada. — Um dos
nossos reféns disse que já tinham torturado você e…

Vi que eles se olharam sérios, um mais sério que o outro. Fitei os três nos
olhos, querendo que algum deles terminasse de me contar, mas alguns
segundos depois tive que perguntar.

— E, o quê, Austin? — o vi me fitar de lado, o rosto muito irritado.

— E te estuprado, Jane. — ele levou a mão ao rosto, esfregando os olhos


em cansaço. — Que todo seu corpo estava sendo usado pelo batalhão deles…
Engoli em seco. Eu não tinha dúvidas de que aquilo realmente poderia
acontecer se eu não entregasse as informações que eles queriam. Sabia das
histórias das soldados americanas que foram encontradas sem vida, a tortura
mais eficaz que eles faziam com elas era o estupro, e com os homens eram as
mutilações.

Estremeci e olhei minhas botas sujas de areia. Apenas o pensamento do


que poderia ter acontecido era assustador. Respirei fundo e olhei Viper, que
era o único dos três que ainda me fitava.

— Você merece apanhar, Jane. — ele disse sorrindo de lado, sua marca
registrada. — Uns belos tapas na bunda talvez resolveriam o problema.

Dei risada, somente ele para brincar com algo como aquilo após a
conversa que tivemos. Black Mamba também deu risada, mas Austin estava
muito sério a meu lado.

— Gostaria de vê-lo tentar essa proeza, Viper. — disse cruzando os


braços e vendo-o sorrir ainda mais de lado, os olhos faiscando com animação.

— Se eu conseguir, ganho o quê? — a voz dele desceu uma oitava,


enviando arrepios por minha espinha. Bom, aquilo era algo novo, ele nunca
havia falado comigo daquele jeito.

— Se conseguir, ganhará um belo olho roxo. — disse piscando para ele e


vendo Austin se remexer no banco a meu lado. O olhei sem entender.

— Você realmente merece levar uns tapas, Jane.

Viper deu mais risada, enquanto Mamba apenas concordou sorrindo e


recostando no caminhão. Semicerrei os olhos, fitando Austin séria agora. Mas
ainda querendo brincar, precisava me distrair das coisas que minha mente
estava imaginando que poderiam ter acontecido comigo.

— Adoraria ver você tentar, Austin.

Como dois adolescentes, Mamba e Viper deram risada de Austin, fazendo


graça e me fazendo rir também. Mas os olhos de Austin estavam sérios, e ele
fitava diretamente os meus. Engoli em seco com essa intensidade. Ele nunca
havia me olhado daquele jeito.

— Diga isso novamente, Jane. — ele baixou ainda mais a voz, mas eu
sabia que os outros dois escutariam, por enquanto estávamos somente os 4 ali
dentro. — Diga e a colocarei em meus joelhos, de calças abaixadas e lhe
darei tapas até nossa base, a 22 quilômetros daqui.

Eu não sabia se era o calor, o caminhão, testosterona, sede, fome, medo,


mas meu corpo reagiu instintivamente aquelas palavras. O mero pensamento
de que ele poderia me colocar sobre seus joelhos, já me deixou excitada, mas
a menção de que todos veriam aquilo, e que ele me daria tapas de disciplina
foi o que me espantou e excitou, ao mesmo tempo.

Respirei fundo e lambi meus lábios secos, sem saber o que falar. Ao
mesmo tempo que queria repetir a frase, tinha medo do que descobriria
dentro de Austin, caso o fizesse. Mordi o lábio e sorri, ficando quieta.

— Imaginei. — ele disse e recostou no caminhão, fechando os olhos.

Olhei para Viper, ele estava sorrindo de lado, mas a postura era agressiva,
como se estivesse esperando que eu fizesse algo, para ele poder pôr as mãos
em mim. Olhei Mamba, que estava olhando o chão do caminhão, mas a
postura era a mesma de Viper. Merda, eu havia provocado três homens que
eu respeitava, e esperava que isso não os fizesse pensar menos de mim.

Pensei em dizer alguma coisa, mas todos os outros 10 soldados entraram


no caminhão, e logo esse era ligado e estávamos partindo para a base deles.
Seria uma viagem demorada, e eu precisava acalmar meu corpo. Respirei
fundo e me recostei, fechando os olhos e tentando a todo custo não pensar
mais nas mãos de Austin me segurando em seu colo, minhas calças abaixadas
até os joelhos e em Viper e Mamba revezando para me disciplinar. Deus, eu
precisaria de um banho frio quando chegasse na base.

--*--

— Você não deveria ter dito nada daquilo, Viper. — ouvi Mamba dizer
dentro da tenda deles. Estava indo agradecê-los mais uma vez pelo resgate,
quando ouvi essa frase. Parei do lado de fora.

— Até parece que ela é uma santa. — Viper disse debochado e soube que
era sobre mim. — Ela merece uns tapas… ou não?

— Ela merece muito mais… — Mamba disse rindo, e ouvi Viper rir
também. — Você viu a cara do Austin? Cara, se ele coloca as mãos nela…

— Se ele coloca as mãos nela, nós também colocamos… — Viper disse


convicto. — Nosso acordo ainda tem uns bons cinco anos…

Acordo? Que acordo? Sobre o que eles estavam falando? Meu instinto de
jornalista atacou.

— Não acho que ela vai deixar… — Mamba pareceu ponderar, mas sua
voz estava mais alta agora, como se ele estivesse vindo para a entrada.

— Qual das mulheres que o Austin quis, que já falou não para ele?

Me afastei e fingi que me aproximava naquele momento, vendo que eles


saiam da tenda, ainda conversando, mas pararam o assunto quando me viram.
Disse novamente meus agradecimentos e notei que ambos me fitavam sérios.

— O que houve?

— Você ouviu. — Viper disse sem sombra de dúvida, e tentei ao máximo


fazer cara de desentendida. — Você ouviu o que acabamos de falar de você.

Dei risada tentando disfarçar, como se não soubesse de nada.

— Não sei…

— Minta. — Mamba disse bem sério, o corpo aproximando do meu


perigosamente. — Por favor, minta e me dê mais um motivo para te colocar
sobre meus joelhos.

Engoli em seco. Fiquei em silêncio, olhando de um para o outro, apenas


esperando para saber qual seria o desfecho daquilo. Então Viper segurou meu
braço com força, começando a me empurrar para uma tenda maior, afastada
das outras. A placa da frente dizia Comandante. Engoli em seco e olhei para
trás, vendo Mamba vir andando devagar, me fitando com olhos quase
fechados e sombrios.

Viper me empurrou para dentro da tenda de Austin, e eu quase gemi de


frustração quando vi que ele estava lá. Se ele não estivesse, talvez
conseguisse escapar dos dois de algum modo. Mas lá estava, Austin virado de
costas, sem camisa, apenas calça limpa de combate, coturno e um papel bem
amassado nas mãos.

Viper cruzou os braços e Mamba parou na entrada da tenda, fechando o


zíper devagar. Engoli em seco outra vez, que merda estava acontecendo ali?

— O acordo. — Viper disse e Austin levantou uma sobrancelha bem


desenhada, soltando o papel em sua mesa, me fitando por um segundo e
depois Viper.

— Você encostou nela? — Viper negou, Black Mamba também negou e


eu não estava entendendo nada. — Então…

— Faça você. — Mamba disse da entrada, os olhos queimando minha


pele pela intensidade. — Assim nós também vamos…

— Que merda é essa? — perguntei me irritando. — Que acordo é esse?

Austin levantou a sobrancelha novamente para Viper, que deu de ombros


enquanto respondia.

— Ela estava escutando nossa conversa.

— Você não aprende, Jane. — Austin disse após alguns segundos de


todos em silêncio. — Você não consegue não se meter onde não deve.

— Austin, eu…

— O acordo é que se um de nós for com uma mulher pra cama, os outros
dois também vão.

Meus olhos se arregalaram. Eu não precisava saber da intimidade deles,


apesar de que era interessante e eu queria saber o motivo daquele acordo.

— Por quê?

— É sempre interessante. — Viper respondeu, agora indo se sentar na


cadeira ao lado da mesa de Austin. — E nunca recebemos um não, até hoje.

— Austin… ela merece levar aqueles tapas. — Mamba disse olhando


muito sério para o Comandante.

— Com toda certeza não me…

— Mãos na mesa, Jane.

Austin me interrompeu, seu tom de voz alto e sério, não dando margens
para discussão. Mas era óbvio que eu iria discutir, não era um de seus
soldados e não obedeceria.

— Não sei quem você pensa que sou…

Ele saiu de detrás da mesa, olhos azuis queimando contra os meus, o


corpo se aproximando do meu, me fazendo ficar ainda menor do que eu já era
perto dele.

— Mãos na mesa, Jane. — ele disse cada palavra pontuada e todo meu
corpo se aqueceu de forma que não tinha nada a ver com o calor.

Meu corpo reagiu aquela autoridade como nunca. Já havia recebido


ordens que debati antes, mas aquela fez com que eu ficasse molhada apenas
em pensar no que aquele gesto que eu faria poderia significar. Engoli em
seco, respirando fundo e indo até à mesa, espalmando as mãos no tampo e
aguardando o que viria a seguir.

Viper estava do meu lado esquerdo, a boca em um sorriso perigoso, os


olhos observando Austin se aproximar de minhas costas. Esperei alguns
minutos, a antecipação acabando comigo. Ouvi passos a minha direita, e vi
Mamba se sentar na ponta da mesa, me olhando de forma predatória. Minha
respiração acelerou, eu estava excitada ao extremo agora. Os três me
queriam, era visível, e eu não sabia dizer como falaria não.
— Você precisa aprender, Jane, que toda ação, tem uma consequência. —
o primeiro tapa explodiu do lado direito da minha bunda, me fazendo gemer
de dor. Fechei os olhos. — Suas escapadas, suas intromissões… — outro
tapa, do outro lado, na mesma intensidade. Apertei a boca bem fechada, não
reclamaria. — Sua teimosia… — outro tapa, do lado direito novamente. —
Sua intransigência… — outro tapa do outro lado. — Você vai aprender a
obedecer, Jane.

As mãos de Austin seguraram minha calça de combate, soltando o cinto e


descendo-a por minhas pernas, raspando pela pele que já estava sensível.
Continuei de olhos fechados, dessa vez agradecendo a calcinha que estava
usando. Era simples, mas cavada e preta, que combinava com a minha pele
extremamente clara.

— Merda… — ouvi Mamba falar do meu lado direito, mas não abri os
olhos. Esperei e logo ouvi a voz de Viper atrás de mim.

— Sempre se colocando em perigo. — o primeiro tapa dele doeu mais do


que todos os de Austin. — Ficando atrás da linha do inimigo. — outro tapa,
bem mais fraco, apenas para se dizer que foi um tapa. — Ouvindo conversas
alheias… — a mesma intensidade do outro lado. — Sabendo bem que não
deixaríamos passar…

Ele ainda deixou mais três tapas de cada lado, sem dizer nada. Continuei
de olhos fechados, mas ouvi Mamba se levantar da mesa, indo para trás de
mim. E esperei para sentir suas mãos também. Mas ele foi diferente. Mamba
espalmou as mãos exatamente onde estava ardendo dos tapas anteriores,
apertando levemente, me fazendo estremecer.

— Você precisa aprender a não mentir, Jane. — a voz dele estava baixa,
bem próxima. — A não teimar quando receber uma ordem.

O primeiro tapa me assustou e os outros três também pela intensidade,


mas a força não era grande. Quando ele acabou, ouvi que os três vinham para
o outro lado da mesa. Abri os olhos devagar, fitando Austin sentado em sua
cadeira, Viper e Mamba cada um de um lado dele, em pé, de braços cruzados.
Os três sorriam de lado, satisfeitos.
— Pode levantar a calça, Jane. — Austin disse e eu o olhei sem entender.
Ele levantou uma sobrancelha como que me questionando, e decidi não falar
nada. Me abaixei, sentindo minha pele formigar, e recoloquei minha calça,
evitando raspar a pele com muita força. -Nos vemos mais tarde.

Eu estava sendo dispensada, igual um soldado insubordinado, e aquilo


ferveu meu sangue. Sai da tenda irritada, querendo bater nos três. Minha
bunda estava doendo de um jeito que estava difícil andar. E eu estava
excitada e confusa ao mesmo tempo. Que raiva!

--*--

— O Comandante está te chamando. — Viper disse parando ao meu lado


na mesa do refeitório. Existiam vários soldados ali, e vi que Viper nem ao
menos me olhou para falar aquilo.

— Qual?

— Comandante Austin. — Viper respondeu como se não fosse óbvio.

— E ele está sem as pernas ou algo parecido? — se um fio de cabelo


caísse no chão, eu ouviria. Todo o refeitório ficou em silêncio enquanto eu
esperava pelas palavras de Viper.

Eu estava irada. O que havia acontecido dois dias antes foi um absurdo, e
eu ainda aguardava o ‘nos vemos mais tarde’. Continuei comendo como se
nada tivesse acontecido, esperando para ver qual seria a reação de Viper. E
ela não demorou a chegar.

O vi se inclinando na mesa, espalmando as mãos próximas do meu prato,


os olhos observando seriamente os meus:

— Se pensa que o que aconteceu aquele dia, doeu… — apenas a


lembrança já me fez estremecer, por dois motivos bem diferentes. — Você
não tem ideia do que vou fazer com você quando te tirar daqui.

Terminei de mastigar e empurrei meu prato pela mesa, cruzando os


braços em defensiva. Claro, eu sabia que ele não me machucaria, nenhum
deles o faria, não de verdade, mas aquelas palavras eram perigosas. Eu não
deveria ficar excitada e com medo ao mesmo tempo, deveria?

— Levante-se, Jane, ou vou arrastá-la para fora.

Olhei ao redor, vendo que os soldados fingiram voltar a comer, conversar,


como se o que estava acontecendo ali não tivesse mais importância. Respirei
fundo e levantei, de qualquer modo eu teria que sair dali, e achei melhor ir
andando sozinha. Viper veio atrás de mim, e assim que saímos da tenda
refeitório, ele segurou meu braço e me puxou para a lateral, entre a tenda
cozinha e a tenda refeitório.

— Jane… — ele disse enquanto me segurava pelos ombros, me forçando


na lona grossa. A lua escondia seu semblante, mas a voz era de alguém
irritado. — Eu acho que deixamos claro aquele dia que você não deveria ser
teimosa, não?

— Vai…

— Cuidado. — ele me alertou baixo, o corpo agora colado ao meu, a boca


a milímetros da minha.

Tentei afastá-lo, mas ele apenas me segurou com mais força, sorrindo de
lado com a minha tentativa ridícula de escapar, mas não querendo realmente.

— Eu acho que vou te dar outros tapas, Jane. — ele disse mais baixo
ainda, o corpo inteiramente colado ao meu. — Virar você aqui, abaixar sua
calça e te dar uns tapas para ver se algumas das regras entram na sua cabeça.

Estremeci mais uma vez, dessa vez de excitação. Olhei dentro dos olhos
dele, vendo pouco, mas mesmo assim o desafiando.

— Austin não tem que ser o primeiro?

Viper se descontrolou. Aquelas palavras surtiram o efeito errado que eu


esperava. Seu corpo colou ao meu, suas mãos segurando minha bunda,
exatamente onde eles haviam me batido, e seu quadril fez pressão no meu.
Ele estava além de excitado, Viper estava pronto.
— Não, Jane, a regra é que um colocando a mão em você, os outros dois
também vão. — engoli em seco, sabendo que não deveria ficar excitada, mas
era impossível, eu já estava, e a cada pressionada do corpo no meu, eu sentia
mais e mais o quanto ele me queria.

— Austin… não está me esperando?

Ele deu de ombros, cravando os dedos ainda mais em minha bunda, e um


gemido rouco escapou de minha garganta. Viper sorriu com isso.

— Acho que quero ouvir mais desses gemidos, Jane. — estremeci, apoiei
minhas mãos em seus ombros e aproximei a boca da dele, roçando nossos
lábios.

— Então continue com isso.

Viper sorriu de lado, mas me soltou no segundo seguinte, me segurando


pelo braço e me levando na direção da tenda de Austin, dessa vez mais
rápido, quase me arrastando.

— Quando você não está com essa bunda vermelha, não tem tanta graça.

Mostrei a língua pra ele em uma atitude infantil, pois eu havia me


entregado, eu queria o corpo dele, principalmente após sentir contra minha
barriga o quão grande ele era.

Entramos na barraca de Austin, e Black Mamba também estava lá. Engoli


em seco. Ambos estavam com uniforme quase completo, apenas coldres de
cintura vazios. Eu nunca contei a ninguém, mas sou louca com homens de
uniforme militar, e aqueles três já eram pecados ambulantes usando roupas
normais.

Cruzei os braços e aguardei Austin falar, mas ele apenas sentou em sua
cadeira atrás da mesa, olhando pra mim de forma divertida. Suspirei fingindo
estar cansada e me aproximei da mesa.

— Você vai falar comigo ou…

— O conteúdo da sua mochila foi confiscado.


— O quê? — me aproximei ainda mais. — Você não tem direito…

— Mamba.

Austin não precisou falar duas vezes, logo os braços de Mamba estavam
me cercando por trás, me prendendo contra seu corpo. Estremeci com a força
e ele riu baixo, deixando o queixo apoiado no meu ombro.

— Aquelas coisas que você filmou… Já parou pra pensar que se eles
descobrissem, agora você…

— Estaria fatiada.

Viper é um babaca, mas aquele não era o momento de brigar com ele, eu
precisava da minha mochila, tudo que eu mostraria ao mundo estava ali.
Lutei contra Mamba, mas parei quando senti algo duro contra minha bunda.
Olhei séria para Austin, mas ele parecia saber exatamente o que estava
acontecendo.

— Você já esteve aqui, Viper.

Mamba disse cheirando meu pescoço, e eu quase gemi. Mordi meu lábio
com força para me impedir de gemer, mas Mamba não perdeu tempo. Ele me
empurrou para frente, me fazendo ficar na mesma posição de dois dias atrás,
e os dedos ágeis, abriram minha calça, descendo-a por minhas pernas, me
deixando apenas de calcinha novamente.

— O que você fez com ela?

— Nada. — Viper respondeu de algum lugar atrás de mim.

Eu quis me virar, mas Austin não deixou. Sua boca estava na minha em
segundos, a língua exigindo passagem. Abri a boca querendo mais do que
nunca beijar aquele homem. Subi minhas mãos para segurar seu rosto, mas
um tapa forte em minha bunda, me fez parar tudo.

— Mãos na mesa, Jane.


Mamba disse acariciando onde havia batido, me fazendo gemer baixo.
Austin voltar a beijar minha boca, com mais vontade do que antes. O beijei
na mesma intensidade, e sabia que estava excitada demais, que se Mamba
colocasse a mão entre minhas pernas, me encontraria molhada.

— Viper…

— Fiz bem menos que isso aí… — Viper respondeu rindo para Mamba, e
senti o corpo de Mamba colar ao meu, tirando minha camiseta, me obrigando
a parar de beijar Austin. Mas esse não se importou, pois sentou na cadeira
outra vez, agora soltando o cinto da própria calça, e a abrindo.

— Queremos você, Jane. — Austin disse baixo e rouco, estremeci, estava


inundada de sensações. — Um de cada vez…

Assenti rapidamente, estava excitada ao extremo, queria os três ali, agora.


Ouvi Mamba dizer algo para Viper e logo um deles me abraçou sem estar
usando camiseta também, e senti que o cinto estava aberto, a calça solta no
quadril.

— Já que você vive me provocando…

Viper disse e sua mão fez contato com minha bunda, me fazendo gemer
de dor, mas gostar. Eu estava começando a ansiar pelos tapas e pelas carícias
que vinham após. Olhei Austin, e vi que ele estava se divertindo com aquilo.
Ele estava gostando de ver seus soldados me tocando.

— Abra as pernas, Jane.

Afastei minhas pernas o máximo que conseguia com minha calça


limitando-as, e inclinei um pouco mais, dando acesso para ele. Viper riu disso
e contornou minha bunda com as mãos, acariciando e dando vários tapas
após, fazendo minha pele arder. Mordi o lábio e olhei fundo nos olhos de
Austin. Não daria a satisfação para Viper de me ouvir gemer daquilo, apesar
de que a cada tapa, parecia mais e mais impossível.

O tecido fino de minha calcinha desceu e senti a respiração de Viper em


minhas coxas, seus lábios logo começaram a subir beijos por elas, chegando
onde estava ardendo de seus tapas e mordendo devagar. Tentei fazer com que
ele parasse, a pele estava sensível, mas ele apenas me deu outro tapa e colou
o peito em minhas costas.

— Você vai aprender a obedecer, Jane.

Austin não tirou os olhos dos meus esse tempo todo, observando todas as
minhas reações. Fechei os olhos e gemi, Viper deslizou dois dedos dentro de
mim com facilidade, me fazendo arquear e inclinar um pouco mais na mesa.
O ouvi rir baixo atrás de mim, a boca passeando por meu pescoço.

— Vai obedecer por bem ou por mal.

Ele me deu outro tapa, me fazendo gemer e arquear mais uma vez. Deus,
eu deveria estar com vergonha daquilo, mas não estava. Não estava nem um
pouco. Ele moveu os dedos rápidos para dentro de mim, entro e saindo, me
deixando a cada segundo com mais e mais vontade. Estremeci quando ele
retirou os dedos, e então senti que ele colava o quadril ao meu e começava a
entrar.

Se eu havia pensado que ele era grande antes, agora eu tinha certeza.
Viper empurrou devagar para dentro de mim, deslizando milímetro a
milímetro, me fazendo abrir os olhos e gemer alto. Austin ainda estava me
observando, a mesma expressão. Gemi mais quando Viper ficou parado
dentro de mim por completo, a boca dizendo obscenidades que nunca ouvi
em minha vida.

Mas que combinavam perfeitamente com ele. Gemi quando ele moveu
devagar o quadril, saindo quase que completamente de mim, para logo após
voltar com força, batendo o quadril ao meu. Merda, ele era grande e eu não
estava acostumada aquilo. Gemi sem pudor, estremecendo quando ele
arremetia novamente contra mim, aumentando força e velocidade.

As mãos alternavam tapas em minha bunda, deixando a pele já sensível,


ainda mais quente e ardendo. Mas aquilo apenas me deixava mais excitada,
com mais vontade dele, de tudo que ele estava fazendo.

— Incline mais, Jane. — a voz de Viper estava risonha em meu ouvido,


as mãos me seguravam pela cintura, me prendendo a ele.

Inclinei um pouco mais, meu rosto indo para mais perto de Austin, que
ainda me observava com a mesma expressão de curiosidade. Gemi mais
quando a mão de Viper fez contato com minha bunda novamente, mas logo
após escorreu para frente e achou meu clitóris, movendo-o na mesma
velocidade que se quadril. Em segundos eu estava deitada na mesa, gemendo
enquanto meu orgasmo quase me apagava. Eu já não conseguia pensar,
apenas sentir. Ele não parou os movimentos da mão ou do quadril, continuou
com ambos, e eu não conseguia parar de gozar. Era incrível como tudo aquilo
havia me deixado excitada.

— Jane? — a voz de Austin perto do meu ouvido me fez abrir os olhos e


quando o observei tão próximo, ofereci meus lábios, querendo beijar sua boca
enquanto outro homem me fazia ver estrelas. Ele me beijou, e logo a língua
dançava com a minha, devagar, apesar de Viper estar movendo meu corpo
em um ritmo frenético.

— Merda, Jane, vou gozar… — Viper anunciou e gemi na boca de


Austin, estremecendo com a força que ele agora entrava e saia de mim,
segurando minha cintura, me movendo como queria. E consegui sentir
quando ele gozou, ficando tenso e logo após relaxado, beijando meu ombro e
dando tapas em minha bunda, me deixando sensível outra vez.

Austin parou de me beijar, deixando que eu me deitasse novamente na


mesa, gemendo e estremecendo quando Viper saiu do meu corpo devagar, a
respiração acelerada ainda. Tentei me levantar, mesmo com as pernas
bambas, mas Black Mamba me segurou no lugar, empurrando meus ombros
para baixo, me fazendo saber que ele me queria naquele momento.

O senti parar atrás de mim, seu peito apoiou em minhas costas, e consegui
sentir atrás de meus joelhos, sua calça aberta, mas logo após perdi toda e
qualquer racionalidade por alguns segundos. Ele colocou em mim de uma só
vez, me esticando de forma dolorosa, não deixando que eu me acostumasse
com seu tamanho. Quase gritei, mas sua mão segurou meu pescoço, me
deixando saber que ele estava no comando. Deus, aquilo era ainda mais
excitante que os tapas. Porém, Mamba ficou parado dentro de mim, me
esticando, me fazendo apertá-lo pelo tamanho e me deixando ansiosa.
— Mova esse quadril, Jane. — ele disse baixo em meu ouvido,
mordiscando e me fazendo gemer. — Se quiser gozar, vai ter que fazer por
onde.

O senti descolar de minhas costas e liberar meu pescoço, mas seus dedos
enroscaram em meus cabelos, segurando-os. Estremeci com aquilo, mas eu
queria gozar outra vez, queria senti-lo sair e entrar de mim. Mamba era tão
grosso e grande quanto Viper, e eu queria mais.

Movi meu quadril devagar, apenas para ouvir uma risada acima de mim.
Olhei Austin, que estava rindo enquanto me via mover o quadril devagar. Ele
se aproximou do meu rosto, acariciando com as pontas dos dedos o suor que
escorria por minha testa.

— Se quiser gozar, Jane, aconselho que mova bem esse quadril. — ele
beijou minha boca devagar. — Já vi Mamba durar horas e não gozar.

Semicerrei os olhos. Aquilo me pareceu um desafio, e eu adorava


desafios. Segurei a beirada da mesa, para ganhar impulso e movi meu corpo,
para frente e para trás, primeiro devagar e sem força, para logo após fazer
força e ir rápido, cada vez aumentando mais e mais. Austin sorriu e trouxe a
cadeira próxima da mesa, ficando com o rosto quase colado ao meu.

Mamba apertou a força que segurava meus cabelos, me deixando saber


que eu estava me movendo do jeito certo. Sentir que ele estremecia gemendo
rouco atrás de mim, enquanto eu usava o corpo dele para bater um desafio,
estava me deixando mais excitada. Eu estava adorando como ele estava
parado, apenas recebendo prazer, e eu poderia escolher a velocidade e força,
quanto aquilo duraria e se eu poderia tirar muito proveito ou não.

Fiz movimentos de círculo com o quadril, ouvindo-o gemer mais e os


dedos seguraram meus cabelos com força. Austin aprovou o que eu estava
fazendo, pois beijou minha boca, dizendo as coisas que ele queria fazer
comigo. Estremeci com as promessas, gemendo mais alto quando Mamba
acertou vários tapas em minha bunda, fazendo arder onde já estava sensível.

— Continua assim, Jane, ele parece que está quase lá.


Austin disse sorrindo pra mim, beijando minha boca devagar. O que mais
me empolgava era que eu estava também. Eu estava a ponto de gozar outra
vez, minhas pernas estavam tremendo, e se não estivesse estirada na mesa,
não aguentaria ficar em pé. Eu sabia que estava próxima de gozar, aquela
sensação boa no baixo ventre chegou e me arrastou em segundos, e gemi alto,
enquanto tinha outro orgasmo, sem deixar de me mover, mas desacelerando.

Mas foi o suficiente. Mamba me vendo e me sentindo gozar, também


veio. E a força que ele segurou meu cabelo, me fez gemer de dor, me fazendo
arquear as costas da mesa, movendo o quadril mais rápido agora, mesmo que
já não aguentasse mais.

— Você está aprendendo a obedecer, Jane. — Mamba disse me beijando


no rosto, saindo de meu corpo e me soltando por completo.

Fiquei deitada na mesa, as pernas bambas e ainda restritas por minha


calça. Tentei acalmar minha respiração, sabendo que ainda teria Austin, por
isso assim que levantei o tronco da mesa, procurei por ele. O vi sentado na
mesma cadeira, os olhos divertidos, a postura relaxada. Engoli em seco sem
saber o que fazer.

— Viper.

Austin disse apenas isso e logo eu estava deitada novamente na mesa, a


mão de Viper me empurrando no meio das costas, me obrigando a ficar
naquela posição. Virei meu rosto até olhar por cima de meu ombro. Viper
estava me olhando de cima, sorrindo de lado, me olhando com desejo. E
gritei. Ele entrou em meu corpo com força, de uma vez. E por mais que eu
estivesse molhada, estava sensível, tinha gozado várias vezes.

Virei meu rosto para Austin, vendo-o cruzar os braços e apenas me olhar.
Viper não parou nenhum momento. Moveu o corpo novamente com força e
rápido, me soltando para poder bater em minha bunda. Minha pele ali estava
ardendo, apenas encostar doía, mas ele continuava a bater.

— Mas…

— Eu disse que seria um de cada vez… — Austin disse aproximando o


rosto e me dando um beijo leve, apenas roçando o lábio aos meus. — Não
que seria uma vez apenas.

E Viper não me deu descanso. Ele me fez gozar várias vezes enquanto
entrava e saia de mim, gozando quando eu já estava quase implorando para
parar. Então foi a vez de Mamba novamente, e a mesma coisa aconteceu.
Dessa vez ele se moveu, e se moveu com ainda mais força e rapidez que
Viper.

Austin me beijou várias vezes, dizendo tudo que queria fazer comigo, me
ouvindo gemer de dor dos tapas e de prazer, e sorrindo das duas coisas. E tive
tantos orgasmos que perdia a conta, amolecendo completamente quando
Mamba gozou, se afundando em mim e beijando meu ombro, dizendo que eu
era incrível.

— Jane? — Austin chamou meu nome de forma carinhosa e abri os olhos


que nem lembrava de ter fechado. — Quer um banho?

Assenti sentindo minha garganta arranhar, seca, e todo meu corpo


estremeceu quando Viper levantou minha calcinha, passando por minha pele
que estava inchada e vermelha, sensível ao extremo. Quando ele levantou
minha calça, quase gemi outra vez, mas estava evitando atiçá-los.

Fiquei em pé, a sensação de bem-estar se apossando do meu corpo e sorri,


suspirando satisfeita. Mamba me abraçou, me segurando contra seu corpo,
apenas me mantendo ali por alguns minutos.

— Você sabe que isso é porque ele é louco com você, né?

Dei risada e gemi quando Viper me girou e me segurou pelo braço, me


tirando do corpo de Mamba. Seu rosto aproximou do meu, sua boca fez
contato com a minha, mas apenas um leve roçar de lábios.

— Estou bem longe de terminar com você, Jane. — estremeci com essa
outra promessa. — Quando estivermos só nós dois…

Ele não terminou, deixou que eu finalizasse a frase com as possibilidades


em minha cabeça. Sorri, puxando a boca dele para um beijo, entrelaçando
minha língua na dele de forma rápida e forte. Viper me beijou, mas logo se
afastou apenas me fitando, me fazendo ansiar pelo tempo que passaríamos
sozinhos.

— Esvaziem o banheiro. — Austin disse para os dois, e ambos saíram da


tenda sem pressa.

O olhei sonolenta, mas sabendo que ele não me deixaria descansar. Após
meu banho, eu seria dele. Austin se aproximou e sorriu enquanto arrumava
meu cabelo, tirando-o de meu rosto.

— Seu cabelo assim parece que você foi fodida a madrugada toda.

Dei risada e o empurrei devagar, sabendo que era brincadeira, mas


sentindo meu corpo reagir aquilo. Eu realmente havia ficado horas ali, meu
corpo estava sensível e satisfeito.

Saímos da tenda, e vi que o sol já estava ameaçando sair por detrás das
montanhas, e eu não conseguia acreditar que a frase de Austin era real, eu
havia ficado ali a madrugada toda. O segui até o banheiro que todos usavam,
sabendo que Mamba e Viper estariam nos esperando.

Entramos no cômodo e vi que estava vazio, e que Viper e Mamba


estavam ali dentro apenas esperando. Meu corpo todo estremeceu com a
possibilidade de que eles voltassem a fazer o que já havia feito comigo pela
madrugada toda.

— Pode tomar banho tranquila, vamos ficar aqui vigiando.

Levantei as sobrancelhas e dei risada, mas segui para um box, vendo que
Mamba me trazia uma toalha e uma muda de roupas. Agradeci e as coloquei
no muro que dividia os boxes. Tirei minha roupa sem olhar para trás, sem
querer saber se eles estavam ali para observar. Eu precisava de um banho, e
precisava naquele momento.

O tecido raspando em minha bunda me fez gemer de dor, e Mamba riu


atrás de mim. O olhei brava, mas Viper e Austin estava rindo baixo também.
Continuei o que estava fazendo e abri o registro, deixando a água fria escorrer
por meu corpo. O calor da areia do lado de fora, fazia com que a água fria
ficasse quase morna, mas para meu corpo quente e exausto, era perfeito.

Lavei meu corpo devagar, lavando meu cabelo logo após e ouvi algo
metálico batendo no chão. Sai do jato de água e vi que Austin estava sem
roupa e entrando no meu box, Mamba e Viper parados no mesmo lugar,
observando tudo.

— Austin, eu…

Ele não me deixou falar que não aguentaria mais nada, ele me beijou, me
segurando contra seu corpo e nos levando para o jato de água. O contraste de
nossos corpos e a água me fizeram tremer, me prensando contra ele. O
abracei, beijando sua boca com mais força, esfregando meu corpo ao dele
sem pudor algum. Os músculos dele estavam tensos, o pau encostava duro e
pronto em minha barriga, e aquilo apenas me fez gemer de vontade.

— Vire.

Fiquei de costas para ele, nossos corpos debaixo do jato de água. Meus
cabelos estavam grudando em minhas costas, suas mãos me acariciavam
devagar, me torturando. Meu desejo já estava alto novamente, como se não
tivesse ficado refém de outros dois homens naquela noite.

— Austin. — gemi o nome dele enquanto seus lábios desciam por meu
pescoço, a ponta dos dedos descendo minha barriga, achando por entre
minhas pernas o quanto eu estava molhada, e não era do banho.

Gemi e estremeci ao abrir os olhos e ver Viper e Black Mamba me


fitando, os olhos intensos, mas que se desviavam para porta a cada segundo.
Engoli em seco. Eles me tiveram a noite toda, mas parecia que não estavam
satisfeitos. Abri as pernas levemente, dando mais acesso para Austin, mas eu
estava tão sensível que meu corpo todo se arrepiou.

— Você está sensível, Jane. — Austin falou em meu ouvido, baixo, e vi


Viper sorrir pelo canto da boca, olhando para mim e para a porta, vigiando
porcamente para que ninguém atrapalhasse Austin. — Vai ser melhor ainda.
Austin segurou meu cabelo molhado na mão esquerda, a direita
segurando seu pau, guiando-se para dentro de mim, me fazendo gemer alto e
estremecer, os pés ficando em pontas no chão gelado, para facilitar, ele era
muito alto.

E ele entrou facilmente em mim, deslizando deliciosamente, me fazendo


gemer alto, arqueando as costas, segurando no pequeno muro a meu lado. Vi
Mamba e Viper olhando fixamente para nós dois, a porta totalmente
esquecida.

O barulho que nossos corpos faziam na água quando se encontravam no


vai e vem que começamos, era obsceno, mas tão bom. Eu estava sensível,
parecia que não aguentaria mais nem um segundo daquilo, mas Austin movia
o corpo tão devagar, tão certeiro, que não restava modo de recusar, era
impossível não querer ele dentro do meu corpo.

Abri mais um pouco minhas pernas, as mãos dele agora em meus seios,
apertando-os, segurando-os enquanto começava a mover o quadril mais
rápido. Gemi alto, ouvindo meus gemidos baterem nas paredes de azulejo e
voltarem, um eco eterno de meus gemidos e das palavras de Austin.

— Minha, Jane. — ele disse possessivo, mas riu em meu ouvido logo
após, apertando meus seios nas palmas de suas mãos grandes. — E deles
também…

Meus olhos acharam Viper e Mamba, ambos sorriam e assentiam, os


olhos vidrados em mim. Deus, eu aceitaria aquilo sem pensar nem mesmo
uma vez. Estremeci, gemi e arqueei. Austin estava se movendo mais rápido,
com mais força, me fazendo sentir todo seu corpo, movendo-se dentro de
mim tão certo.

— Quando voltarmos para casa… — estremeci com a rouquidão de sua


voz, as pernas amolecendo embaixo de mim. — Vamos ter você por dias,
Jane… — Austin começou a se descontrolar, o quadril batendo com força ao
meu, os dedos encontrando novamente meu clitóris. — Deixar você tão
cansada… satisfeita…

Ele não precisou mover a mão em mim, meu corpo sensível e


sobrecarregado de sensações, se entregou rapidamente. Meu orgasmo quase
me apagou, me fazendo estremecer e gemer, me segurando no muro.

Austin ainda ficou muito tempo entrando e saindo do meu corpo, me


fazendo ficar mais do que sensível por entre as pernas, mas sentindo cada
mínimo milímetro dele. E quando ele gozou, parecia que ele nunca mais iria
me soltar. Seu corpo retesou, suas mãos me agarraram com força, os lábios
em meu pescoço, e o quadril movendo-se com rapidez assustadora.

— Acho que eles te querem, Jane. — Austin disse enquanto saia de mim,
me fazendo abrir os olhos assustada e ver que Viper e Mamba estavam
excitados novamente.

— Eu não…

Um tapa estourou em minha bunda, exatamente no mesmo lugar dos


outros, a dor me fazendo gritar de raiva. Olhei Austin, vendo que ele estava
sério, pronto para mais um tapa.

— Vai sim, Jane. — ele disse como uma ordem, autoritário, ordenando.
— Vai sim.

Viper e Mamba apenas me olharam, os olhos pedindo permissão e


perguntando seu eu queria. Engoli em seco, meu corpo traidor exausto e
sedento. Assenti e virei de costas para os três, ficando embaixo do jato d’água
e espalmei minhas mãos na parede aos fundos, pronta. Sorri para mim
mesma. Deus, aquele foi um excelente resgate.
Conto 6

A única coisa que eu queria era chegar em meu apartamento, tirar meus
saltos, minhas roupas e tomar um bom banho. Meu dia no trabalho foi
exaustivo, e eu parecia que estava me arrastando do elevador do subsolo até
minha porta da frente.

Assim que virei a chave, notei que tinha algo diferente. Não sou casada,
ou seja, não deveria ter ninguém dentro do meu apartamento. Segurei minha
bolsa com força, já pegando meu celular, pronta para ligar para a polícia,
então, vi uma pessoa no fim do corredor, os olhos azuis alegres me fitando.

— Dean. — disse respirando aliviada, mas ainda assim bem surpresa.

— Desculpa, tia Letty. — meu sobrinho de 18 anos disse vindo em minha


direção. — Meu pai me deu a chave, disse que você não se importaria se eu
ficasse aqui uns dias, que ele já tinha falado com você.

Não, o babaca do meu irmão adotivo não tinha me contado nada, mas eu
fingiria que sim, Dean não tinha nada a ver com nossa pequena briga mais
recente. Assenti enquanto fechava a porta e a trancava, tirando os saltos ali
mesmo. Dean veio a meu encontro, os olhos brilhantes sorrindo junto com os
lábios.

Sorri também. A cada ano que passava Dean ficava ainda mais bonito,
com toda certeza fazia sucesso com as garotas. O abracei, e o senti me
abraçar apertado, colando o corpo ao meu. Senti meus seios serem
espremidos contra seu peitoral largo e fiquei sem graça, Dean nunca havia
feito aquilo, nunca me abraçou tão apertado. Ele era meu único sobrinho, o
que fora mimado desde o dia que nasceu por minha mãe, e não vou negar que
eu também o mimava quando mais novo.

Me soltei sem graça, achando estranho aquilo, mas passei por ele, indo
para a sala, deixando minha bolsa na poltrona, vendo que ele estava com uma
mala grande ao canto. Olhei para a mala e depois pra ele, que sorria
envergonhado agora.

— São só uns dias, tia, juro. — sorriu de lado, um jeito que nunca o vi
sorrir antes. — As etapas da entrevista de emprego são bem separadas, vários
dias de diferença, mas tenho certeza de que vou passar. Aí já consigo sair do
seu caminho.

Assenti feliz por ele estar tão empolgado em trabalhar e estar por conta
própria. Conversamos rapidamente e disse que tomaria um banho, que meu
dia havia sido absurdamente cansativo.

— Meus pés estão me matando, preciso de uma massagem. — disse


enquanto ia à direção de minha suíte, rindo da minha frase.

— Posso fazer, se você quiser. — ele se ofereceu, mas apenas dei mais
uma risada e o dispensei com um aceno de mão.

— Obrigada, Dean, mas vou tomar banho e dormir. — respondi já na


porta do meu quarto. — Nos vemos amanhã.

— Boa noite, então. — ele disse parecendo desapontado.

— Boa noite. — respondi entrando em meu quarto.

Eu não estava com cabeça para lidar com nada naquele momento. Queria
meu banho e dormir. Até mesmo minha fome ficou em terceiro lugar na lista
de prioridades e seria resolvida na manhã seguinte.

--*--

Acordei assustada, havia barulho na cozinha e levei alguns segundos para


lembrar que não estava sozinha. Me sentei na cama, amarrando os cabelos no
alto da cabeça, respirando fundo e ouvindo minha barriga roncar, o cheiro de
bacon frito invadindo o apartamento todo.

Levantei e coloquei meus chinelos, saindo do quarto de camisola mesmo.


De costas, Dean estava em frente ao fogão, apenas de calça de moletom,
descalço e fritando bacon na minha frigideira favorita. Observei que ele havia
crescido muito nos últimos meses, que desde a época de seu aniversário de
18, ele havia crescido uns bons 20 centímetros, e ganhado alguns quilos de
músculos.

A calça estava bem baixa em sua cintura, e quando ele se virou para
colocar o bacon frito no prato no balcão, consegui ver o V em sua cintura.
Sim, ele deveria ser a perdição das meninas. Sorri para ele, que me fitou
sério, para logo após sorrir abertamente.

— Bom dia. — ele disse com os olhos azuis me fitando de cima a baixo,
tentando esconder isso por detrás dos longos cílios.

— Bom dia, Dean. — respondi fingindo que não estava percebendo nada.
Afinal, Dean era um jovem homem, seus hormônios deveriam estar por todos
os lados, e com toda certeza aquilo não tinha nada a ver comigo. Me sentei no
banco em frente ao balcão, olhando-o pegar os ovos mexidos recém feitos e
um suco de laranja de caixa. — Acordamos inspirados?

— Apenas para agradecer.

Os olhos dele cravaram nos meus, enquanto ele se sentava do outro lado
do balcão, agora olhando para meu colo, vendo o decote de minha camisola.
Assenti sem dizer mais nada, apenas pegando o suco e começando a comer,
como se aqueles olhares não estivessem me incomodando.

Meu ego inflou levemente. Eu estava com 40 anos, não era mais nenhuma
mocinha, mas tinha um corpo bonito. Minha cintura não era fina, mas minha
barriga era chapada. Minhas coxas tinham um pouco mais de gordura do que
deveriam, mas não estava ligando para aquilo. Tinha bunda grande e seios
fartos, chamava atenção por onde passava, e adorava. Mas aquela inspeção
do meu sobrinho de 18 anos, era um pouco demais.

Comi em silêncio, aproveitando a comida recém feita e muito bem


temperada. Olhei Dean, ele estava comendo, mas seus olhos continuavam na
pele bronzeada de meu colo, percorrendo o relevo dos meus seios, mas
tentando disfarçar. Não vou dizer que aquilo não inflou meu ego, lógico que
sim, mas era estranho.

— Então, sua vaga de emprego é para trabalhar onde?


— Em um restaurante no centro. — ele disse terminando de comer e
recostando no banco. — Para Chef de Partie, estão contratando pessoas
novas, mas que precisam provar que sabem o que estão fazendo.

Sorri satisfeita. Dean sempre gostou de cozinhar, sempre esteve ajudando


a mãe na cozinha, por vezes cozinhando melhor do que ela. Terminei de
comer e bebi meu suco, respirando fundo, satisfeita.

— Estava delicioso, Dean. — me levantei, e vi que ele seguiu o


movimento do meu corpo com olhos atentos. Fiquei sem graça e fui em
direção a pia. — Hoje ficarei em casa, então se precisar de mim, estarei em
meu quarto.

— Ainda quer aquela massagem? — o ouvi perguntar próximo demais de


mim, e me virei devagar, não querendo esbarrar nele.

Ambos estávamos com pouca roupa, e qualquer mal-entendido poderia


ser criado ali. Sorri ao olhar pra cima, e ver o rosto de Dean muito próximo.
Olhei seu peitoral e vi que ele tinha a pele lisa, sem marcas, esticada por cima
de músculos bem firmes. Lambi os lábios e desviei o olhar, não era nada
certo ficar encarando.

— Obrigada, Dean, mas vou colocá-los pra cima e aproveitar meu fim de
semana.

O vi parecer ficar decepcionado novamente, e sai da cozinha antes que


qualquer um de nós pudesse falar mais alguma coisa. Eu sabia que ele estava
em uma fase que cairia matando em qualquer coisa que desse atenção, ele
estava com 18 anos, era normal. Os hormônios o fariam correr atrás de
qualquer rabo de saia, mas eu não era nenhuma menina e não poderia nem ao
menos pensar em estar com ele.

Claro, era extremamente lisonjeiro que ele estivesse me encarando,


olhando para meus seios e meu corpo, mas ele era meu sobrinho, e mesmo
que não houvesse um parentesco de sangue, aquilo era extremamente errado.
Entrei em meu quarto e fechei a porta, respirando fundo e querendo um
banho. Eu precisava acalmar meu corpo traidor que estava quente por saber
que ele poderia me querer.
--*--

Por uma semana, todas as manhãs nos encontrávamos na cozinha. Alguns


dias tomávamos café juntos, em outros ou eu ou ele estávamos atrasados e
saíamos correndo. E quando sentamos para tomar café da manhã no sábado,
ele estava diferente. Parecia que estava mais alegre, confiante, e o questionei.

— Ah Tia, não vamos falar disso. — ele respondeu me olhando por cima
da caneca de café, bebendo um gole logo após.

— Oras, por que não? — o questionei e bebi meu próprio café.

— Porquê não é por causa do emprego.

Ficamos em silêncio alguns segundos, e comecei a entender o motivo. Ele


havia saído com uma garota. Sorri de lado, levantando uma sobrancelha.

— Qual o nome dela?

Ele deu risada e comeu um pedaço de torrada, apenas balançando a


cabeça e rindo. O observei novamente de calça de moletom e sem camisa.
Dean conseguiria qualquer mulher, aquele sorriso em lábios grossos e
desenhados, corpo forte, alto, pele bronzeada e olhos azuis brilhantes
deixariam qualquer uma boba.

— Não sei o nome dela. — ele respondeu baixo, sem graça.

— Não sabe? — questionei afastando meu prato vazio e apoiei os


cotovelos na mesa. Eu sabia que meu irmão havia passado o gene ‘safado’
para Dean, mas não imaginava que era esse tanto.

— É que ela estava na boate, aí começou… Ah Tia, quer mesmo saber


isso?

Mordi meu lábio inferior. Eu deveria falar que não, afinal, o que eu tinha
a ver com aquilo. Mas eu era curiosa demais para meu próprio bem. Assenti
devagar, olhando para Dean de forma curiosa. Ele se remexeu na cadeira, os
olhos atentos em mim.

— Ela veio até mim… — ele me olhou sério, escolhendo as palavras. —


Aí ela me puxou para o fundo do bar… e pronto.

Ele resumiu bem o que tinha acontecido, mas a minha curiosidade


mórbida levou o melhor de mim. Eu estava sem transar há um bom tempo,
então vivia pelas histórias de amigas e queria ouvir a de Dean.

— Ah entendi, foi só isso? — o pressionei, sorrindo de lado. Ele ficou me


fitando alguns segundos, pensando no que falar. — Você vai me dizer que ela
só te olhou, não falou nada, você também não e pronto, aconteceu?

— Ah Tia, rolou uma conversa, mas… — ele hesitou, sem saber se


deveria dizer o que queria. — É estranho falar com você sobre isso…

— Sou uma amiga, fale comigo como se eu não fosse sua tia. — disse
sorrindo e colocando mais café em minha caneca.

Dean levou algum tempo para começar a falar, e quando ele se inclinou
pra frente, olhando fundo dentro dos meus olhos, comecei a me arrepender de
ter incentivado.

— Ok, então. — o vi sorrir de lado, um sorriso sacana. — Ela chegou se


esfregando, já querendo me levar para os fundos. — ele ficou me olhando,
querendo saber se o que tinha falado, poderia me assustar. Mal sabia ele que
eu não era nenhuma princesa. — Quando fui, ela começou a tirar o top e
levantando a saia, já pronta.

Dean parou novamente, agora se recostando no banco, me olhando de


forma estranha, como se estivesse estranhando minha atitude. Continuei
tomando café, aquilo não estava me assustando do jeito que ele estava
pensando. Na verdade, eu sempre fui adepta de um sexo mais… selvagem.
Aquelas aventuras dele atrás do bar não era nada comparado ao que eu já
tinha feito em minha época de festeira.

— E então? — o incentivei enquanto terminava de beber meu café.


Ele respirou fundo e engoliu em seco, talvez desistindo de se segurar e
decidindo me contar de vez.

— E aí eu transei com ela. — as palavras saíram baixas, mas como não


mudei minha expressão ou disse alguma coisa, ele continuou. — Com força,
sabe? Daquele jeito que tem mulher que gosta. — assenti devagar, sem dar
muita bandeira de que era uma dessas mulheres. — Não fiquei fazendo muita
graça, precisava ser rápido, ali não era muito escuro ou de difícil acesso.

Dei risada e ele ficou sem saber o que fazer.

— Ela aproveitou? — o questionei e ele sorriu de lado.

— Com certeza, Tia. — ele disse seguro de si, mas levantei uma
sobrancelha para isso. — Fiz ela gozar duas vezes antes de gozar… ela
aproveitou sim. Principalmente os puxões de cabelo e os tapas.

A cozinha caiu no mais total silêncio. Dean ficou com o rosto


avermelhado, talvez pensando que havia falado a coisa errada, e fiquei em
silêncio porque eu adorava exatamente tudo que ele havia falado. Respirei
fundo e sorri, vendo-o me olhar sem graça.

— Se toda vez que me contar algo, ficar assim, não conseguiremos ter
mais esse tipo de conversa. — falei dando risada e ele riu também.

— Ah Tia, você não parece ser toda aberta assim para essas conversas…

— Com toda certeza sou. — disse enquanto me remexia na cadeira. —


Tenho conversas como essas com minhas amigas todos os dias.

Ele ficou me encarando, se remexendo na cadeira, e eu queria não ter


pensado que talvez fosse pelo fato dele estar excitado e tentando manter o
pau dentro da calça de moletom sem dar bandeira. Me remexi mais na minha,
estava apenas de camisola que ia até o meio das coxas, e uma calcinha de
renda bem transparente. Mas não precisava me preocupar, minha camisola
não deixava nada aparecer. E o decote também não era grande coisa.

— E você, Tia? — ele questionou, realmente curioso. — Você fica


fazendo essas coisas atrás de bares?

— Não mais. — respondi rindo e ele assentiu enquanto mordia o lábio


inferior. Merda, ele era sexy, mesmo sendo anos mais novo e meu sobrinho.
— Agora prefiro fazer essas coisas dentro de casa, com tempo, onde posso
gritar a vontade.

Engoli em seco. Merda, o que eu tinha falado? Dean era meu sobrinho,
filho do meu irmão adotivo, e eu não deveria nem ao menos ter começado
essa conversa. Respirei fundo e coloquei mais um gole de café em minha
caneca.

— Então você também gosta de um pouco mais de força? — ele


perguntou baixo, a voz rouca. Saco, aquilo não deveria me excitar, mas já
estava. — Um pouco de dor?

Assenti enquanto bebericava meu café, não querendo responder em voz


alta.

— Ela gemeu demais, Tia. — ele disse mais baixo, rouco, e consegui
ouvir desejo escorrendo por cada letra. — Gemeu e pediu que eu fizesse
mais, machucasse mais, usasse mais força. E adoro assim.

Engoli em seco e terminei meu café. Aquilo estava indo longe demais, eu
precisava parar aquilo agora. Levantei e recolhi algumas coisas na mesa, não
querendo dizer mais nada ou ouvir mais nada.

— Quanto mais coloquei nela, mais ela queria. — ele continuou, mesmo
que eu não tivesse dito nada. — Ela gemeu, implorando que eu batesse nela.
Colocasse com força. E coloquei com muita força, Tia. Toda força que tinha.

Deixei toda a louça na pia e respirei fundo. Ele estava dizendo aquilo para
me deixar sem graça, não poderia ter outro motivo. Assenti e me virei para
continuar pegando as coisas na mesa, tirando toda a louça suja e a levando
para dentro da pia. Foi então que ouvi a cadeira arrastando no chão e Dean se
levantou.

Senti pela calça de moletom seu pau duro, pronto. Estremeci e tentei sair
dali, mas Dean colocou os braços na pia, me cercando, me prendendo ali.
Abri a boca para poder pedir para que ele parasse o que estava fazendo, mas
ele fez pressão com o quadril pra frente, se encaixando em mim.

— Tia… — Dean sussurrou em meu ouvido, o quadril empurrando contra


minha bunda.

— Dean, pare com isso. — disse baixo, segurando a borda da pia,


evitando me mover e incentivá-lo.

— Acho que não. — ele disse com uma voz baixa, sacana. Tentei não
estremecer, mas ele colou em minhas costas, o moletom não escondendo
nada. Eu conseguia sentir o calor do corpo dele, passando para o meu.

— Isso é extremamente inapropriado.

— Foda-se. — respondeu rindo e desceu a boca para meu ombro. — Ou


melhor…

Ele forçou o quadril novamente para frente, seu pau estava encaixado em
minha bunda, meu coração estava acelerado, minha boca seca. Eu precisava
parar aquilo, mas meu corpo estava gostando. Principalmente agora que ele
estava com as mãos em meus seios, segurando-os levemente, sentindo-os.

— Dean, pare. — minha voz estava trêmula. Se ele descesse a mão por
entre minhas pernas, me encontraria molhada.

— Não. — ele disse sorrindo contra minha pele, beijando e mordiscando.


O quadril fazendo movimentos de vai e vem, parecendo mais e mais excitado
a cada vez. — Vamos lá, tia, vai me dizer que se eu colocar as mãos no meio
das suas pernas, não vou te encontrar molhada? Vai dizer que não gostou da
nossa conversa? — ele desceu uma mão por minha barriga, me fazendo
estremecer com mais força, impossível de conseguir pará-lo. — Vai dizer que
meu pau não está te deixando molhada?

Deus. Ele era meu sobrinho. Ok, não existia parentesco de sangue, mas eu
o vi nascer e crescer, e agora ele estava me prendendo em minha pia, na
cozinha do meu apartamento, falando essas coisas que estavam me deixando
excitada, e eu não queria que ele descobrisse o quanto. Mas estava se
provando impossível.

— Dean, não faça isso. — eu deveria sentir vergonha de estar tremendo e


excitada, mas ele não estava ligando. Ele queria que eu estivesse excitada,
isso era óbvio.

— Tia, vou colocar a mão por debaixo da sua camisola, dentro da sua
calcinha minúscula… — ele narrou o que faria, fazendo logo após bem
devagar, e eu não conseguia mover um músculo para impedi-lo. — Tenho
certeza que você está molhada e que meus dedos vão deslizar fácil… — ele
assim o fez, afastando o tecido do meu corpo, me achando excitada. —
Assim… Deus, Tia, você está encharcada.

Fechei os olhos de vergonha, mas ele estava adorando aquilo. Ele estava
adorando que eu estivesse excitada por ele, que eu o quisesse. Engoli em
seco, os dedos grossos e longos deslizando por meus lábios, achando meu
clitóris com facilidade, movendo-o e pressionando-o.

— Acho que você gostou de escutar que eu gosto de foder com força, Tia.
— estremeci com isso. Ele era um desgraçado por continuar com aquilo. E eu
também. Eu realmente havia gostado. Era exatamente do jeito que gosto do
sexo, com força, rápido, violento, cheio de paixão e avassalador. — É isso,
não é? — ele perguntou rindo contra meu ouvido, mordiscando e fazendo
pressão com o quadril, os dedos deslizando mais rápidos por meu clitóris. —
E se eu quiser, tia? Se eu puxar sua calcinha para o lado, colocar meu pau em
você, inteiro, cada vez mais fundo, querendo que você goze em mim?

As perguntas eram perfeitas, e ele me chamar de tia apenas deixava


aquilo mais sujo. Eu tinha 22 anos a mais que ele, ele era meu sobrinho, e lá
estávamos, na cozinha do meu apartamento, ele com os dedos me fazendo ir
em direção a um orgasmo avassalador, enquanto se esfregava em mim por
trás. Merda. Eu precisava parar aquilo, precisava impedir que aquilo
evoluísse para alguma coisa que não poderia acontecer de modo algum.

— Você vai gostar, não? — ele apertou meu seio com força, enquanto os
dedos em meu clitóris se moviam mais rápido, um gemido longo e profundo
escapou de minha garganta. — Todo dia você vem com essa camisola
curtinha, mostrando tudo, com uma calcinha que mal cobre sua… —
estremeci com a mordida que ele me deu na junção do pescoço. — Você
pensou que eu não ia pegar o que quero, Tia? — sua língua subia e descia
meu pescoço, a voz rouca e sedenta. — Vou pegar sim, várias vezes, com
força, sem dó…

Meu orgasmo chegou com uma força que eu não consegui prever. Minhas
pernas estremeceram e quase cederam. Me apoiei na pia, meu corpo todo
parecia tensionar e relaxar, minha mente ficou em branco por alguns
segundos, meus gemidos ecoaram pelo cômodo, voltando para meus ouvidos,
me deixando ainda mais excitada. Pronta para o próximo orgasmo.

Os dedos de Dean deslizaram para baixo, entrando devagar em mim, me


fazendo estremecer com força, fechando ainda mais as pernas em resposta.
Ele riu contra meu ombro, soltando meu seio. Logo após o senti baixar a
própria calça, e a pele quente de seu pau encostou em minha bunda
descoberta, me deixando saber que ele estava pronto.

Minha respiração travou quando senti que ele estava se masturbando atrás
de mim. Os dedos entrando e saindo de mim na mesma velocidade que ele
movia a mão em si mesmo. Gemi mais alto, movendo o quadril para trás. Se
ele me queria, ele poderia ter. Ali eu estava sem controle, e se ele quisesse
meu corpo, naquele momento, ele poderia ter tudo o que quisesse.

— Calma, Tia. — ele disse com a voz abafada, estremecida, como se


estivesse próximo de gozar. E então, ele travou os dedos dentro de mim com
força, e senti quando ele gozou em minhas costas e bunda. Gemi alto
novamente, sentindo-o ter um orgasmo forte, o corpo agora apoiado ao meu,
terminando de gozar e deixar tudo em minha pele.

Ficamos ali, respirando rápido, meu coração acelerando, a névoa do que


estava acontecendo quase desaparecendo, mas os dedos dele estavam
deslizando para dentro e para fora, me distraindo novamente.

— Puta merda, Tia. — ele respirou fundo e beijou meu pescoço


demoradamente. — Você é deliciosa. Agora sim, vou ter você…

O senti deslizar o pau por entre minha bunda, para baixo, achando meus
lábios. Ele ainda estava duro, e entrou fácil, deslizando, quente e me
deixando sentir o quão grosso ele era. Gemi alto, segurando a pia com força,
afastando um pouco as pernas, ficando nas pontas dos pés.

— Isso, Tia, facilita pra mim.

Dean gemeu rouco em minha orelha, as mãos em meus seios, segurando-


os com força. Deus, era tão errado, mas tão bom. Meu corpo se esticava ao
redor dele, se adaptando ao tamanho dele, e querendo mais.

— Vou te contar um segredo, Tia. — Dean disse alto, como se tivesse


uma plateia nos assistindo. — Eu sempre quis você. Toda vez que você ia em
casa, eu ficava pensando em como seria te cercar no banheiro, chupar você
toda… — seu quadril passou a bater contra o meu, primeiro devagar. —
Deslizar minha língua aí dentro, sentir você gozar… — as estocadas
ganharam velocidade, a força aumentou e as mãos nos seios agora já estavam
me machucando, mas eu queria mais. — Toda vez que eu via você nas festas,
queria te arrastar para um canto, comer você assim, igual agora… — ele dizia
tudo alto, forçando o quadril o máximo que conseguia pra frente. Eu gemia
baixo, não queria que ninguém soubesse o que eu estava fazendo, aquilo era
tão errado.

— Dean, mais…

Ele riu. Seus dedos estavam deixando marcas em meus seios, fazendo que
essa dor apenas me deixasse mais excitada. Abri mais as pernas, usando a pia
para me apoiar e dar suporte para que eu conseguisse me mover. Quanto mais
força ele usava, mais eu queria. Quanto mais ele dizia o quanto me desejou
enquanto crescia, mais eu queria ser dele. Era absurdo sentir que ele estivesse
tão fundo, e pensar que no ano anterior eu o estava atormentando por não ter
uma namorada.

E agora agradecia por isso, ou seria mais uma pessoa traída. Meu irmão
não tinha ideia do que eu estava deixando o filho dele fazer comigo. Deixaria
várias e várias vezes. Usando mais e mais força, entrando bem fundo em
mim, me deixando louca de prazer, me fazendo estremecer, gemer, dizendo o
nome dele como um mantra.
— Tia, Deus… Quero você todo dia. — seu quadril agora fazia força,
empurrando o meu, entrando e saindo de mim rapidamente. Gemi mais alto.
— Goza outra vez, Tia, assim posso gozar bem fundo em você.

As próximas estocadas foram fortes demais, seu corpo batia contra o meu,
meu quadril batia no mármore da pia, machucando. Mas eu não ligava, queria
mais força, mais dele dentro de mim, forte, quente, duro, pronto para gozar.

Todo meu corpo estremeceu, fechei os olhos e gemi alto, tendo um


segundo orgasmo, esse mais forte que o primeiro. Todo meu corpo reagiu,
suor escorria por minhas costas, meu sexo quente, inchado e ele não parou.
Ele continuou entrando e saindo, gemendo, segurando meus seios apertados
contra as palmas da mão. Eu ouvi suas palavras, gemendo pelas coisas sujas
que ele estava falando, e imaginando aquela mesma cena acontecendo todos
os dias.

— Até ir embora, Tia, vou dormir na sua cama. — ele dizia alto, sem se
preocupar que alguém poderia ouvir. — Ter essa bela bunda pra cima toda
noite, e de manhã fazer você de café da manhã.

Ri com isso e ele riu junto. Mas logo após ele anunciou que ia gozar.

— Não vou tirar, Tia. Quero saber toda vez que te olhar, que gozei bem
fundo em você. Deixei um pouco de mim aí.

A força aumentou de algum modo, os dedos agora apertavam meus


mamilos, meu corpo todo estremecia, minha mente longe. Abri mais as
pernas, meu sexo aceitando seu pau tão facilmente, mesmo grosso como era.
Então ele estremeceu, as coxas grossas tensionando atrás das minhas, e o
senti gozar fundo. Ele gozava apertando meus seios com força, deixando
marcas, o quadril parado enquanto ele se esvaziava dentro de mim.

— Tia… — ele disse baixo, saindo de mim devagar, me ouvindo gemer


baixo. - Acho que vou me mudar pra cá… — ele riu e beijou meu ombro, os
lábios grossos deixando marcas.

— Eu adoraria ter você aqui todos os dias, Dean.


Disse olhando por cima do ombro, balançando o quadril, enfatizando
onde o queria todos os dias. Ele riu, se arrumando na calça de moletom, mas
os olhos fixos por entre minhas pernas. E eu sabia que ele estava vendo o
quanto eu estava inchada e com certeza molhada. Já estava excitada
novamente, apenas com a ideia de poder ter Dean todos os dias, me deixou
quente.

— Vou poder gozar sempre dentro de você, Tia?

Virei meu rosto pra frente, aquilo era insanidade, mas uma tão boa. Tão
deliciosa, que era impossível falar não. Balancei o quadril novamente,
assentindo.

— Só se toda vez for como essa… — olhei por cima do meu ombro,
vendo que ele já estava descendo a calça de moletom novamente, segurando
o pau quase que completamente duro outra vez. — Ou com mais força.

Ele assentiu sorrindo malicioso, movendo a mão para cima e para baixo,
ficando completamente pronto em segundos. Sorri e me inclinei mais na pia,
Deus que me perdoasse, mas eu deixaria Dean fazer o que quisesse comigo. E
aproveitaria cada segundo.
Conto 7

Ali éramos três pilantras. Eu, por estar transando com o marido da
minha irmã mais velha, ele por estar dormindo comigo, e ela por já ter dito
em alto e bom som em um jantar de família que só estava casada com ele
pelo dinheiro. Não que fosse justificável, de modo algum, era errado o que
nós dois estávamos fazendo com ela, mas a verdade é que quis Nolan desde a
primeira vez que o vi.

Lembro exatamente de que quando ela o trouxe em casa para apresentá-lo


para meus pais, pensei que deveria dormir com ele apenas para provar que ele
não era o homem pra ela, mostrar que ele não valia nada. Lembro que ele
ficou me olhando de canto de olho, tentando entender porque eu estava
sorrindo tanto pra ele. E eu nem ao menos me dei ao trabalho de disfarçar,
aos 16 anos já sabia muito bem o que queria, e já tinha tido vários
namoradinhos ridículos, mas que serviram de prática para o que eu queria.

No final daquela noite minha irmã subiu para se arrumar para sair com
ele, e meus pais foram para a cozinha, me deixando na sala de jantar com ele.
Os olhos azuis dele evitavam me encarar diretamente, a barba por fazer era
sexy, a pele queimada de sol, o cabelo curto arrumado com perfeição com
gel. Sorri maliciosa quando me inclinei brevemente para frente, vendo-o me
olhar inseguro.

— Pode olhar, ela não liga. — disse baixo, passando a língua nos lábios
devagar. Lembro que Nolan me olhou surpreso do outro lado da mesa, a
respiração rápida agora. Puxei meu decote para baixo, mostrando o relevo
dos meus seios, deixando apenas um pouco dos mamilos aparecerem. —
Viu? Eu sabia que você queria ver.

Dei risada e levantei, dando a volta na mesa, vendo Nolan engolir em


seco e me olhar espantado enquanto eu caminhava devagar até ele. Era fácil
ouvir se alguém viesse da cozinha ou se minha irmã estivesse descendo as
escadas.
— Tudo que ela faz, faço melhor. — disse bem baixo parando perto dele,
e lembro que dei risada quando ele me olhou desconfiado. — Duvida? — ele
assentiu incerto, quase que sem saber o que fazer. — Quando for deixar
Clarissa em casa, espera um pouco que vou descer depois. Te mostro tudo
que sei fazer.

Lembro que Nolan balançou a cabeça negando, e se levantou, ficando


bem mais alto, me deixando com ainda mais vontade dele, do modo como ele
me fazia sentir feminina. Merda. Até hoje lembrar disso me deixa excitada.
Ele já tinha um corpo forte, seguro de si, e estava ali enfrentando uma
adolescente oferecida.

— Não saio com adolescentes, Katy. — ele disse baixo e eu ri, colocando
a mão bem na frente da calça dele, segurando o volume que já estava
aparecendo.

— Ahhhh, mas eu acho que você não quer dizer isso de verdade.

Ri enquanto ele saia do meu aperto, indo até o pé da escada e lá ficando,


de costas pra mim. Fiquei irritada, eu queria aquele homem, e eu teria. Me
aproximei devagar, passando a mão por sua cintura, segurando o volume na
frente de sua calça novamente, sentindo crescer rapidamente.

— Se você quiser, eu topo. Só me falar quando.

Massageei ele por cima da calça, mas ouvi barulho na cozinha e me


separei dele, indo para a sala de jantar sorrindo, retirando as coisas que ainda
faltavam da mesa. Eu sabia que não queria apenas tirar Nolan da minha irmã,
eu queria mostrar pra ele que eu era muito mais do que ela. Porque eu era, e
ainda sou. Mas após aquele encontro, Nolan evitou entrar em casa. Ele não
me chamou pra sair, não me procurou, e evitava qualquer encontro de
família. E um ano se passou. Lembro como se fosse hoje, o dia em que ele
finalmente cedeu.

Estávamos em uma festa de uma amiga da Clarissa e Nolan estava


fugindo de mim, parecendo um garoto assustado. Eu com 17 estava sedenta
dele, um ano desejando o mesmo cara deixa uma mulher louca. Eu havia me
arrumado, pronta para o abate, certa de que ele não conseguiria me resistir
por muito tempo. Coloquei um vestido preto curto e tomara que caia — qual
Clarissa disse que eu parecia uma puta e eu quase respondi que se o
namorado dela quisesse, eu seria a dele com todo prazer — e saltos, meu
cabelo vermelho estava preso no topo da minha cabeça.

Poderia parecer presunção, mas eu estava certa de que Nolan não


resistiria, e eu estava certa. O vi sozinho perto da churrasqueira, e fui até lá
devagar, silenciosamente, não queria que ele corresse. Fiquei a seu lado,
fingindo pegar uma carne qualquer, vendo-o me olhar de canto de olho, a
postura ficando rígida no mesmo momento.

— Se continuar fugindo de mim, vou pensar que não gosta do que tenho.
— disse brincando e bebendo meu refrigerante.

— Katherin, não começa. — estremeci. Adorava quando ele falava meu


nome. — Sua irmã pode te ouvir…

— Seria ótimo, porque daí ela saía do meu caminho. — disse sorrindo.
Os olhos azuis dele faiscaram de desejo e eu queria apenas incentivar aquilo.

— Tenho 28 anos, Katherin, não sou um brinquedo e muito menos um


desses moleques que você costuma transar e descartar. — ele disse baixo,
mas os olhos estavam colados no meu. — Você é uma adolescente. Não
mexa comigo.

— Se eu desobedecer, você vai me punir? — perguntei mordendo a borda


do copo, pouco me importando com a ameaça ou com as pessoas que
poderiam estar assistindo aquilo.

— Pare com isso, Katherin. — ele avisou outra vez, desviando o olhar do
meu, bebendo metade do copo de cerveja que estava em sua mão.

— Só me responde uma coisa então. — ele me olhou de canto de olho,


esperando que eu perguntasse. — Se eu deixasse você fazer o que quisesse
comigo hoje, quantas vezes quisesse, você iria recusar?

O vi engolir em seco, os olhos azuis estavam escuros, e desceram por


todo o meu corpo, me fazendo arrepiar e sorrir. Eu estava quase conseguindo.
Me aproximei minimamente.

— Vai, Nolan, uma noite e te mostro que tirar minha irmã do meu
caminho seria a melhor coisa que aconteceria com você. — fiz beicinho e ele
me encarou de canto de olho, sério. Esperei alguns segundos e então ele
disse:

— O que eu quiser fazer com você? — assenti rapidamente, sorrindo. —


Qualquer coisa? — assenti novamente, ansiedade começando a correr meu
corpo. — Como e quantas vezes eu quiser? — assenti passando a língua
pelos lábios. — E se sua irmã descobrir?

— Não vai. — eu estava quase rezando para que ela nos pegasse fazendo
algo bem impróprio. — E se descobrir, ótimo, assim tenho você só pra mim.

Ele negou com a cabeça, e bebeu o resto da cerveja, se virando e me


encarando sério demais. Um arrepio correu minha espinha.

— Ficamos noivos hoje, Katherin, vamos nos casar. — ele disse e um


balde de água gelada caiu em mim, eu não estava acreditando naquilo. — Sua
irmã vai ser minha esposa, e você…

— O que você quiser que eu seja. — era minha última tentativa, após
aquilo, ou ele me recusaria de vez, ou ele seria meu, em parte. — Ou vai
dizer que seu pau não cresce toda vez que digo que você pode fazer o que
quiser comigo?

Ele me olhou fundo nos olhos, e assentiu, virando de costas para todos e
encarando a churrasqueira novamente. Vi sua mão levantar a camisa social
que tampava o volume que estava em frente sua calça. Sorri de canto,
olhando por cima do meu ombro para ver se alguém estava prestando
atenção, antes de levar a mão até lá, segurando-o com força, apertando o
volume e gemendo baixinho.

— Viu? Você está casando errado. — provoquei e ele riu baixo e sem
graça.

— Desde o dia que te conheci, quero você. — ele confessou baixo. —


Você foi bem safada me mostrando os seios aquele dia… — ele disse tirando
minha mão da frente de sua calça e cobrindo novamente com a camisa. —
Minha vontade era largar sua irmã e te levar para o motel.

Estremeci com a possibilidade. Eu queria fazer tudo com ele, queria que
ele fizesse tudo comigo. Ele encostou o ombro no meu, não deixando
ninguém ver que levou a mão esquerda para a frente do meu vestido,
levantando-o brevemente e vendo que eu estava sem calcinha.

— Merda, Katherin… — ele disse tirando a mão e vendo que os dedos


estavam molhados da minha excitação. — Você não existe.

— Existo sim, tô aqui e pronta pra você.

Ele se virou e encarou as pessoas ao redor, me olhando de canto de olho e


sorrindo um sorriso sacana que eu nunca tinha visto antes.

— Hoje quando eu deixar sua irmã, você desce escondido. — sorri


abertamente assentindo. — Quero ver se você sabe fazer de tudo mesmo.

Com isso ele se afastou. E Nolan pagou com a língua naquela noite. E eu
também. Nunca esperaria que ele fosse fazer as coisas que fez comigo dentro
do carro, na esquina da minha casa, mas ele fez. Nolan tinha um SUV com
vidros escurecidos, e ali dentro fizemos tudo que queríamos um com o outro.

Por quase três horas ele teve meu corpo do jeito que quis, assim como
tive o dele. Chupei, mordi, beijei, gritei e gozei como nunca. E Nolan disse
eu que era perfeita, que eu não estava nem no mesmo patamar que minha
irmã, que estava acima, que era maravilhosa. No final, quando estávamos nos
ajeitando, Nolan me puxou para um beijo, devagar, cheio de carinho.

— Vou ter que me casar com ela, Katherin. — abri os olhos devagar, com
raiva. — Não posso voltar atrás.

— Mas me comer no seu carro, pode, não? — disse me afastando e


pronta para descer do carro.

— Posso fazer isso sempre com você. — ele disse baixo, e eu não sabia
se ele estava com vergonha ou com medo da minha reação.

Olhei em seus olhos. Eu poderia sair com quem quisesse, dormir com
quem quisesse e ter quantos relacionamentos quisesse, e ainda teria Nolan
quando eu bem entendesse. Clarissa nunca ficaria sabendo e eu ainda poderia
tê-lo. Respirei fundo e assenti, digitando meu telefone no celular dele que
estava no console do carro.

— Pra quando cansar de brincar de casinha com ela.

E lá estávamos. Cinco anos depois e ainda tínhamos o mesmo acordo.


Sempre que ele conseguia, nos encontrávamos. Fosse para uma rapidinha,
para um fim de semana em alguma cidade próxima, aproveitando o momento
que tínhamos. Eu havia namorado bastante nesses últimos cinco anos e Nolan
sempre me criticou pelas escolhas, mas em privado, quando estávamos só nós
dois, ele me dizia que sentia ciúmes, que sabia que tinha outro homem
fazendo comigo o que só ele deveria fazer.

Eu ria disso. Ele estava casado com minha irmã e eu era solteira, não
deveria me importar se ele dormia com ela ou não, mas no fundo aquilo me
incomodava. E toda vez que nos encontrávamos, eu fazia questão de ser o
máximo na cama. De fazer tudo que podia para me satisfazer e a ele também.

E quando eles chegaram para o almoço de domingo na casa de meus pais,


percebi que ambos estavam estranho, não se falavam e muito menos se
olhavam. Pensei que eles poderiam ter brigado novamente, mas Clarissa
sempre fez questão de anunciar quando brigavam, como se lhe desse prazer
falar aquilo. Porém, eu não estava dando a mínima, queria era uma
oportunidade para escapar e encontrar Nolan em algum lugar que
pudéssemos fazer uma loucura rápida, mas ele levou certo tempo para poder
me olhar e eu conseguir sinalizar onde estaria esperando por ele.

Fiquei cerca de 15 minutos esperando no andar de cima, em meu antigo


quarto, e quando Nolan finalmente apareceu, seu rosto não estava dos
melhores, parecia que estivera em uma luta a madrugada toda. Tentei
perguntar o que tinha acontecido, mas ele não me deu tempo.

Logo seu corpo estava colado ao meu, sua boca beijando e sugando a
minha. Suas mãos forçaram minha cintura contra a dele, mas logo após
estava me virando, me deixando de frente para minha penteadeira, e me
inclinando por sobre ela. Sorri pelo espelho, ele estava com tanta vontade
quanto eu. Levantei parte da minha saia, e o senti deslizar os dedos devagar
por minha coxa, seguindo por entre minhas pernas e já me encontrando
molhada.

Gemi baixo e mordendo os lábios, sabendo bem que não poderia fazer
nenhum barulho. Ele afastou o tecido de minha pele e deslizou os dedos para
dentro de mim, facilmente, sem pressa. O ouvi gemer rouco atrás de mim, os
dedos se movendo para dentro e para fora, enquanto a outra mão soltava o
cinto. O senti abrir a calça, e olhei por cima do ombro, para vê-lo se segurar
na palma da mão, movendo para cima e para baixo, movendo-o para cima e
para baixo por entre meus lábios.

— Não seja imbecil, te disse que estou no meu período fértil. — disse
enquanto inclinava na penteadeira, gemendo mais quando seus dedos
deslizavam para dentro e para fora de mim.

— Talvez eu devesse colocar aí mesmo, gozar bem fundo, fazer você


ficar grávida de um filho meu. — ele disse baixo no meu ouvido e eu queria
socar a cara dele. Eu estava gemendo horrores e ele falando aquilo apenas
incentivava. Se alguém passasse naquele corredor, ou fosse até meu antigo
quarto, me veria de saia levantada, calcinha nos tornozelos e meu cunhado
pronto para entrar em mim.

— Cala a boca e vem. — disse e gemi quando ele tirou os dedos de mim,
deslizando pelos meus lábios. Mas ele começou a se forçar para dentro de
mim em um lugar diferente. — Merda, Nolan…

— Não vou arriscar, Katy. — ele disse já todo dentro de mim, o quadril
fazendo pressão pra frente, me fazendo aceitá-lo sem pedir permissão. —
Prefiro aqui, mais seguro e você fica tão linda com a bunda pra cima.

Eu enlouquecia o quanto ele era vulgar. E aquela situação toda era vulgar.
Se alguém nos pegasse, veria Nolan colocando toda força que tinha para
entrar e sair de mim, as mãos no meu quadril, os olhos vidrados no que estava
fazendo e me veria pelo espelho sorrindo de prazer, adorando cada segundo
com ele.

— Acho que vou gozar dentro, Katy. — comecei a negar com a cabeça,
mas ele começou a usar mais força, me fazendo gemer mais alto. — Assim
seu namoradinho vai ter que esperar você tomar um banho para poderem sair
depois que forem embora daqui.

Gemi alto. Ele era um sacana. Ele queria que Peter descobrisse que eu
estava dormindo com alguém e que esse alguém fazia algo que não deixava
ele fazer. E eu queria tanto que minha irmã pudesse descobrir que eu estava
com ele, que eu era a outra dele. Sorri quando ele usou mais força, agora
dizendo que eu era linda, perfeita, que queria gozar dentro de mim todos os
dias, e que deveria me engravidar de uma vez. E eu não teria ficado assustada
com aquilo, Nolan sempre se descontrolava quando gozava, mas ele saiu de
mim e deslizou por entre meus lábios, colocando com força e me fazendo
gozar rapidamente. Porém, eu o senti gozar dentro de mim, e ele estava tão
fundo, tão quente, que eu sabia que era impossível que não fosse ficar
grávida.

— Merda, Nolan, não. — disse baixo, ainda estremecendo do meu


orgasmo. Mas ele virou meu rosto, beijando minha boca devagar enquanto
acariciava meu rosto.

— Ela pediu o divórcio ontem de manhã. — ele disse com os lábios


colados aos meus. — Disse que eu poderia vir ser seu agora.

Sorri daquilo, não conseguia acreditar que finalmente eu o teria só pra


mim.

— Você está falando sério? — ele assentiu, movendo o quadril devagar,


recomeçando.

— Sou só seu agora, Katy. — gemi contra a boca dele, sorrindo enquanto
o sentia se mover mais uma vez, me deixando excitada novamente.

— Então vem ser meu outra vez. — disse gemendo mais alto, agora
querendo que todo mundo escutasse e que soubesse que Nolan era todo meu.
FIM.

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