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Título
Copyright
Dedicatória
Sinopse
Explicações
Conto 1
Conto 2
Conto 3
Conto 4
Conto 5
Conto 6
Conto 7
Pequenos Pecados
Flavia Kalpurnia
Copyright ©2019 by Flavia Kalpurnia
Capa: DA AUTORA
Diagramação: DA AUTORA
Revisão: DA AUTORA
__________________________________________________KALPURNIA/Flavia
_________________________________________________
CDD:869.3
Para aquelas fantasias que não podemos deixar sair, para aqueles
pensamentos que não devemos deixar sair… aqui eles se libertam, aqui eles
são livres!
Esse livro é um livro de contos hot, ou seja, não apenas erótico, contém
cenas mais explícitas, bem mais explícitas. Qualquer pessoa que se sentir
ofendida com palavras/cenas mais cruas, não deve continuar.
São contos hot e que não devem ser considerados reais, nomes, situações
ou falas são da minha cabeça, então não pensem que são recriações de fatos
ou que ouvi em conversas no boteco - entendedores entenderão.
Mordi meu lábio com força, não querendo soltar um palavrão. Claro, a
situação pedia um palavrão bem alto, mas eu tinha que me controlar, eu tinha
que arrumar um jeito de sair daquilo. Não podia crer no que eu havia passado
menos de vinte quatro horas antes, e ainda conseguia ouvir letra por letra da
discussão.
— Isso é chantagem.
— Isso são suas notas. Estamos te dando uma oportunidade de ter notas
altas novamente. — Paul disse menos severo que Cain.
— E se eu disser não?
— Até parece que não vemos você babando durante nossas aulas, Srta.
Mayflower. — Candy estremeceu e olhou para Paul. — Sei muito bem que
tipo de pensamento passa na sua cabeça durante as aulas e talvez seja por
isso que suas notas estão como estão… — Paul sorriu para ela, mas Cain
ainda não tinha terminado. — Seja uma boa menina e pare de recusar uma
coisa que irá beneficiar todos. Você, ainda mais do que nós.
Cain afastou-se dela, sorrindo por cima do próprio ombro para seu
melhor amigo. Paul sentou-se no mesmo lugar que o amigo estava antes na
mesa e viu a garota estremecer algumas vezes antes de olhá-lo nos olhos
novamente. Os olhos verdes dela estavam firmes.
— Uma semana.
— Sim, uma semana, Candy, e então… — deu de ombros e viu que Cain
já subia as escadas para sair da sala de aula. Sorriu para ele, aquela fora a
melhor ideia que seu amigo já tivera em 20 anos que se conheciam.
— Ok.
Cain era o mais sério dos dois. Alto, forte, ex-nadador profissional, ele
era o típico homem que não aceitava ‘não’ como resposta. Cabelos pretos e
olhos negros como a noite, a pele clara e queimada do sol. Ele tinha um jeito
de se impor na sala de aula que ninguém ousava questionar, e isso sempre
chamou a minha atenção.
Paul era diferente. Ele era alto, não tão forte, mas com o corpo definido,
‘rato de academia’. Loiro, com olhos azuis, pele morena, usava óculos de
aros grandes e preto. Paul era o mais engraçado e animado, fazendo a sala de
aula um lugar confortável. Mas existia aquele algo mais, aquele modo de
olhar que deixava toda e qualquer pessoa curiosa.
A última parte me deixou possessa. Não sabia qual dos dois havia
enviado a mensagem e nem ao menos me dei ao trabalho de olhar a foto do
perfil no Whatsapp. Tinha quase que certeza de que era Cain. Ele era
impertinente o suficiente para falar aquilo.
Minha camiseta regata branca não tinha nada demais, apenas evidenciava
meus pequenos seios, e eu evitava usar sutiã, era algo que me incomodava, e
não via grande necessidade. Sempre saia sem e não ligava de receber alguns
olhares, e naquela situação duvidava que seria reprovada por eles.
Desci mais alguns degraus e então ouvi a porta atrás da tela se abrir e
fechar, vendo que Cain e Paul entravam na sala. Engoli em seco, eles estavam
de terno, cabelos arrumados, pareciam saídos de uma sessão de fotos de
alguma revista de moda. Parei ainda no meio do caminho e vi que eles me
olhavam sérios.
Engoli em seco. Mais e mais pensava que ele era um babaca, mas
infelizmente um babaca maravilhoso. Respirei fundo, meu corpo reagindo
àquela situação. Eu queria estar ali e, ao mesmo tempo, sabia que não
deveria.
— Não. — Paul disse e soltou a gravata preta que estava usando em seu
pescoço. Respirei fundo enquanto o observava. — Você está aqui porque
quer melhorar suas notas…
Engoli em seco novamente, olhando séria para Cain. Olhei para Paul.
Eles estavam aguardando que eu dissesse aquilo, mas não sabia se
conseguiria. Não sabia se conseguiria dizer aquilo. Não que eu fosse uma
puritana, longe disso, mas aquilo era extremamente inusitado. E eu queria
aquilo quase na mesma intensidade que não queria. Respirei fundo e
apertando novamente os apoios das poltronas, disse:
— Cada hora dessa semana será uma nota. — minha respiração travou em
minha garganta. O que ele queria dizer com aquilo? — Hoje você ficará três
horas aqui. — me assustei quando o ar-condicionado ligou e o leve barulho
preencheu a sala. — A cada três horas que vier essa semana, terá notas. As
notas vão variar do seu desempenho.
— Desempenho?
Cain não tinha paciência, eu sabia disso por causa de suas aulas, e ali não
parecia ser diferente. Apertei ainda mais os apoios, eu além de sem graça
estava começando a ficar nervosa com aquele tratamento.
— Vamos lá, Paul, não seja tão puritano. — ele apontou displicentemente
para mim. — Tenho certeza que se for até ali agora, ela estará molhada.
Paul me olhou, as íris estavam dilatadas, dava para perceber. Ele deveria
estar imaginando se era realmente aquilo que estava acontecendo comigo na
poltrona, e eu não estava nem um pouco inclinada a contar para eles que era
verdade. Vi Cain me olhar novamente, dessa vez o sorriso já deixando seus
lábios, mas os olhos me fitavam intensamente.
Meu rosto estava quente, assim como o resto do meu corpo, e assenti
devagar, mesmo envergonhada.
— Sim.
— Espero que saiba que não fazemos isso… não dividimos mulheres e
muito menos alunas. — Cain disse mais baixo, abrindo a camisa social. —
Você… é a primeira.
Senti meu ego nas alturas. Eu era especial de algum modo para eles mas,
ao mesmo tempo, me parecia tão surreal que eles nunca haviam feito aquilo
antes. Esperei que eles falassem mais alguma coisa, então Cain colocou a
camisa social no mancebo e voltou a me fitar, agora sentando ao lado de Paul
na mesa.
— Você tem escolhas, Srta. Mayflower, opções, por assim dizer. — ele
deu de ombros novamente, olhando Paul de forma divertida. — Você pode
escolher por um de cada vez, os dois ao mesmo tempo, onde nos quer e
quantas vezes quer gozar. — senti meu rosto queimar novamente de
vergonha, ele tratou aquilo de forma como se estivesse vendendo algum
produto.
Minha experiência com homens não era vasta, mas eu havia feito muitas
coisas, experimentado um pouco de cada. Eu tinha 20 anos, sabia alguns
truques e com toda certeza aprenderia alguns durante aquela semana, mas
ouvi-lo falar daquilo, daquela forma era um pouco desconcertante.
— Você não tem opção de quantas vezes vamos gozar, e muito menos a
intensidade de que vamos ter você.
Meu corpo inteiro estremeceu e senti que fiquei ainda mais excitada por
entre as pernas. Aquilo deveria dizer muito sobre como aquilo tudo
aconteceria. Nenhum deles tinha cara de que adorava um ‘papai e mamãe’, e
eu já deveria estar preparada para o que estava por vir. Assenti novamente e
tirando coragem da minha excitação cada vez maior, respondi, baixo e de
forma acanhada.
Não deveria ter saído como uma pergunta, mas eu nunca havia feito nada
como aquilo, e não ajudava nada que eles estivessem sorrindo, como se eu
tivesse falado algo muito engraçado. Respirei fundo, mas Paul levantou a
mão, me impedindo de sair do lugar.
— Não sei ser delicado, não sei fazer ‘amor’, Srta. Mayflower. — a mão
dele apertou meu seio outra vez, meus olhos arregalados observando Paul que
já estava com a calça aberta. — Suas notas vão depender de como você vai
nos fuder.
Meu gemido ficou mais alto, fazendo que ambos sorrissem. Cain se
aproveitou disso para descer a outra mão por meu corpo, agora inclinando o
corpo atrás do meu, sua boca novamente me falando as coisas que
aconteceriam comigo. A mão que apertava meu seio, dobrou a força, mas não
prestei atenção, a outra mão dele entrou por minha calça de moletom, me
encontrando sem calcinha e molhada.
Sua voz estava divertida, os dedos deslizando por entre meus lábios,
agora colocando um dentro de mim, forçando levemente pela posição.
Gemi alto, abrindo as pernas o máximo que minha calça deixava, mas
Paul se aproximou, fazendo Cain parar o que fazia. Engoli em seco, vendo
Paul sentar na poltrona ao lado. Sua calça estava aberta, seu pau estava duro,
pronto. Estremeci enquanto olhava para seus olhos, vendo o quanto ele estava
gostando de me ver sem saber o que fazer.
Era indecente gemer como gemi, mas eu não ligava. Eu não estava dando
a mínima. Paul estava encaixado dentro de mim, me esticando, pulsando e
quente, e eu queria mais. Abri os olhos, vendo-o se recostar na poltrona, os
olhos vidrados em nossos corpos juntos, as mãos segurando meu quadril
parado, me impedindo de me mover.
— Como é, Paul?
Olhei Cain e depois Paul, meu corpo vibrava de excitação, eles estavam
falando como seu eu não estivesse ali.
Não foi preciso que falassem duas vezes. Meu quadril ganhou vida
própria. Meu corpo se moveu sozinho, primeiro devagar, para frente e para
trás, sentindo o quão grande e duro ele era dentro de mim, mas eu estava
quase gozando. Deus, era tão bom sentir as pernas grossas dele embaixo das
minhas coxas, senti-lo pulsar dentro de mim enquanto eu girava o quadril,
agora me movendo mais rápido, usando o corpo dele para ter meu prazer,
para chegar ao fim.
— Deus, não vejo a hora de ter você, Srta. Mayflower. — Cain disse, me
fazendo olhá-lo enquanto espalmava as mãos nos ombros de Paul, usando de
alavanca para poder subir e descer, rápido e com força, ouvindo-o gemer
embaixo de mim. — Ver essa sua cara de…
— Cain!
Paul o repreendeu pelo que ele iria falar, mas eu não estava ligando.
Naquele momento eles poderiam falar o que fosse que eu apenas iria ouvir,
sem me importar. Eu queria meu prazer, ali eles não eram meus professores,
ali eles eram dois homens pelos quais eu queria mais e mais do que eles
queriam me dar. Gemi e estremeci, Paul espalmou as mãos em minhas coxas,
cravando os dedos em minha carne, me empurrando com mais força para
baixo toda vez que eu subia e me fazendo gemer mais alto.
Não foi necessário mais do que isso. Após alguns segundos e meus olhos
cravados em seu rosto abaixo do meu, joguei minha cabeça para trás, minhas
costas arqueando e o nome dele escapou de meus lábios diversas vezes, me
fazendo ter um orgasmo tão forte que pensei que desmaiaria. Estremeci várias
e várias vezes enquanto ele continuava a levantar e abaixar meu corpo, me
usando como eu havia feito a poucos minutos com ele.
— Minha vez.
Paul estava rouco e não demorou para que ele levantasse e meu corpo
uma última vez, e descesse com força, me fazendo gritar e então, ele ficou
parado. O corpo todo estremeceu e eu conseguia sentir que ele estava
gozando. Deus, eu estava deixando aquele homem — meu Professor — gozar
dentro de mim, sem preocupações, sem restrições. E gemi pensando que ele
não seria o único.
Abri meus olhos quando ele segurou meus cabelos, beijando meu pescoço
e me fazendo olhá-lo nos olhos.
Sorri disso enquanto beijava a boca dele devagar, sentindo o gosto dos
lábios dele pela primeira vez. Mas não durou, logo ouvi Cain se levantando
da poltrona.
Ele mordeu meu lábio inferior, as mãos segurando meu quadril agora, me
fazendo virar de frente para a poltrona vazia, e me ajoelhar. Engoli em seco,
aquilo doeria. Ele com toda certeza estava excitado além do que pensou que
ficaria.
Cain estava falando com Paul, que estava sentado a meu lado, me
observando ficar inclinada na poltrona, minha barriga no encosto. Olhei em
seus olhos enquanto sentia Cain acariciar minhas costas, mas já começava a
se guiar para dentro de mim. Ele era maior que Paul, e mesmo que eu
estivesse excitada novamente, o senti encontrar resistência dentro de mim,
mas não ligar nem um pouco, continuar empurrando.
Abri os olhos para ver a reação do meu outro Professor. Paul estava
sorrindo ainda, olhando pra mim, sua mão esquerda acariciando meus
cabelos. E Cain se moveu. Gemi alto novamente, Cain era bruto. Ele não se
conteve, moveu o quadril para frente e para trás, empurrando para dentro de
mim com força, entrando rápido e certeiro, atingindo lugares que me faziam
ver estrelas. Suas mãos seguravam meu quadril, eu não precisava me mover,
ele me mexia como queria. Gemi ainda mais alto, olhando dentro dos olhos
de Paul.
— Ele vai gozar logo, Srta. Mayflower, exatamente onde gozei… — Paul
disse enquanto Cain ria atrás de mim, o corpo agora ainda mais rápido, o
quadril se forçando ainda mais, como se ele já não estivesse dentro de mim
até o limite. — Goze. Me deixa ver a cara de boa aluna que ele viu em você
gozando em mim.
Meu coração batia alto, eu estava assustada. Era impossível não ficar
assim sabendo que ele estava atrás de mim. Eu já tinha corrido quatro
quadras, mas ele parecia não dar a mínima, ele parecia não se importar nem
um pouco, parecia o maldito Jason Voorhees indo atrás da vítima, andando
calmamente, sabendo que eu não conseguiria sair daquele galpão agora.
Meu sangue gelou. Como ele sabia meu nome? Olhei para ver que minha
bolsa estava aberta e virada com a boca para baixo. Com toda certeza todo o
conteúdo havia caído quando corri e agora ele tinha meu celular, carteira e
tudo mais. Fechei os olhos me impedindo de chorar.
Gritei. A voz dele estava a meu lado, uma arma apontada para meu rosto.
Me encolhi novamente contra a máquina, fechando os olhos e esperando pelo
tiro que não veio. Esperei e esperei, e então, abri os olhos e olhei para cima
por entre meus cabelos.
Lá estava ele. Alto, forte, tatuado e com o cabelo raspado. Ele era bem
forte, parecia estar sorrindo e se divertindo com meu medo. Vestia calças
jeans e jaqueta de couro, o tênis estava sujo de poeira e algo que parecia
sangue. Fechei os olhos, abaixando a cabeça levantando as mãos em defesa.
— Por favor, me deixa ir, eu não vou contar nada pra ninguém.
Ele riu. Fiquei na mesma posição, mas ele se moveu, eu consegui ouvir
seus passos se aproximando, e então sua mão segurou a minha direita, me
puxando para cima, me fazendo levantar contra minha vontade.
— Por favor.
A voz dele era baixa, rouca e divertida. Ele estava realmente se divertindo
com aquilo. Respirei fundo, não querendo chorar na frente dele. Abri os
olhos, o rosto dele estava bem acima do meu, e seus verdes me fitavam
animados.
— Vê, não foi tão difícil, foi? — neguei, balançando a cabeça. — Então,
o grande problema disso tudo, Alisson Pepper, é que você viu meu rosto, e
pode contar o que viu…
— E aquele cara tinha que sumir, assim como você vai ter que sumir
agora…
Assenti sem ao menos saber o que ele poderia querer. Eu faria qualquer
coisa para poder ficar viva. Engoli em seco quando ele passou a sorrir
sacanamente, e minha mente trabalhou na frase que eu havia acabado de
falar. Eu havia dado carta-branca para que ele fizesse o que quisesse comigo,
contanto que me deixasse viva.
— Certo. — ele levantou a mão livre, levando meus cabelos loiros para
trás, tirando-os do meu rosto. Estremeci, aquilo estava parecendo cada vez
mais com o que eu estava pensando. — Faça o seguinte, Alisson, jure que
não vai falar nada para ninguém.
— Eu juro que nunca vou falar nada pra ninguém. — disse baixo, com
medo, a arma ainda pressionava minhas costelas, mas ele estava começando a
pressionar o corpo no meu, me fazendo sentir seus músculos por debaixo da
camiseta de uma banda de rock que vestia.
Engoli em seco, não queria saber o nome dele, e muito menos sobre quem
ele tinha matado. Mas repeti a frase, palavra por palavra, olhando em seus
olhos, querendo passar o máximo de confiança possível.
— Muito bem, Alisson. — ele disse enquanto segurava meus cabelos com
mais força e aliviava a pressão da arma. — Agora repita: Vou me inclinar na
prensa e deixar que Caleb faça o que quiser comigo.
O hálito quente dele bateu contra meu ouvido quando ele inclinou o corpo
para frente. Consegui sentir sua excitação pela calça, roçando em minha
barriga. Merda, ele era grande, e eu estaria ferrada, literalmente. Engoli em
seco mais uma vez enquanto ele falava:
— Por favor, eu… — ele segurou meu cabelo com mais força, a arma
agora tão prensada contra minhas costelas que machucava. — Ok, ok… — eu
estava assentindo, eu daria consentimento para que ele fizesse comigo o que
bem entendesse, e isso estava me matando por dentro. Mas eu queria ficar
viva. — Vou me inclinar na prensa e… deixar que Caleb faça… o que quiser
comigo.
O sorriso dele apenas aumentou e o senti tirar a arma das minhas costelas,
mas a mão que segurava meu cabelo continuou ali. O vi guardar a arma em
um coldre nas costelas, e tirar a jaqueta, jogando-a de lado.
Ele era forte. Muito forte. Os olhos estavam injetados com a ideia de que
eu havia dado permissão para que ele fizesse o que quisesse comigo. O vi
soltar o cinto e abrir a calça, mas fechei os olhos, não queria ver nada.
Caleb soltou meu cabelo, e eu abri os olhos, vendo-o dar um passo para
trás, como que para apreciar o show, e eu não queria que meus olhos
traidores descessem por todo o corpo dele. O homem era forte, musculoso, a
calça estava solta no quadril, mas ele não havia abaixado. Respirei fundo e
comecei a me despedir irritada. Os olhos claros dele seguiam todos os meus
movimentos, observando meus dedos enroscarem nos tecidos, puxando-os de
minha pele, tirando minha bota, ficando apenas de calcinha.
Arregalei os olhos e senti todo meu rosto esquentar, não era possível que
ele…
— Vamos lá, Alisson, tenho certeza que você faz isso com seu marido,
não?
Ele balançou meu celular à minha frente. Uma foto minha e de meu noivo
estava na tela inicial. Quase chorei de raiva, ele estava com todas as minhas
coisas. Ajoelhei devagar, vendo-o sorrir satisfeito e vir para perto novamente,
dessa vez abrindo a calça de uma vez, descendo-a pelas coxas, me deixando
ver a boxer preta que usava, e o que tinha por debaixo exigindo atenção.
— Alisson, aposto que seu marido não fica esperando todo esse tempo
pra você chupar o pau dele. — estremeci de raiva, não queria que ele me
lembrasse o que eu estava fazendo para sobreviver. Molhei meus lábios e
subi as mãos por suas coxas, descendo a boxer, deixando-a junto da calça.
Engoli em seco. Ele era grosso e grande, nunca aquilo caberia inteiro em
minha boca, e eu já estava começando a sentir dores só de pensar nele
entrando em mim onde quisesse.
— Pare de graça, Alisson, tenho certeza que quando seu marido te força a
chupar ele todo, você gosta.
— Isso, Alisson, viu? Sabia que você conseguiria. — ele gemeu rouco,
um gemido animalesco vindo de seu peito. Arranhei suas coxas ainda mais
quando a ponta do meu nariz tocou seu corpo, e eu tinha certeza de que não
aguentava mais nada. O senti aliviar a pressão em minha cabeça, puxando
meu cabelo, me fazendo tirá-lo totalmente da boca.
Respirei fundo, meus joelhos estavam doendo por causa do chão de
concreto, meu coração estava acelerado, meu corpo estava reagindo a tudo
aquilo, conseguia sentir que estava excitada, mas não queria que ele
soubesse.
Cravei as unhas em suas coxas, mas ele não ligou, ele empurrou mais
minha cabeça, me obrigando a recebê-lo por inteiro em minha boca, batendo
no fundo da minha garganta. Um novo gemido animalesco deixou seu peito,
e as mãos apenas apoiavam minha cabeça, sem força, apenas me mantendo
ali. Engasguei novamente, meu ar acabando. Não conseguia respirar e muito
menos me afastar, mas ele fez isso por mim.
Ele se aproximou e colocou as pontas dos dedos por entre minhas pernas,
tocando exatamente onde desejava tocar, deslizando os dedos para cima e
para baixo.
— Ora, veja só. Você está molhada, Alisson… — o olhei nos olhos,
observando a diversão ali, mesmo que sua boca estivesse séria. — O que seu
marido diria ao saber que você está molhada para um… — um de seus dedos
deslizou para dentro de mim, me fazendo estrangular um gemido e inclinar o
corpo para trás. — Assassino que te forçou a chupá-lo até o fundo de sua
garganta?
Gemi quando ele colocou outro dedo, deslizando mais devagar, mas me
esticando de forma que foi impossível não gemer. E ele gostou do resultado.
Ele adorou me ouvir gemer, pois sorriu de lado, olhando ora meu rosto, ora
para o meio de minhas pernas.
— Acho que vou te filmar, Alisson. Mandar de presente para seu marido,
fazer ele assistir o quanto você está gostando de ser usada por mim.
Tentei me soltar, empurrando seus braços de mim, mas ele apenas
enterrou os dois dedos fundo dentro de mim, me fazendo gemer, e me
segurou pela garganta, me fazendo deitar na prensa, usando o peso do próprio
corpo para me manter parada. Estremeci, ele faria aquilo de uma vez e eu
estaria livre, não poderia demorar mais do que aquilo. E eu já estava ferrada,
meu corpo já estava respondendo a tudo que ele fazia, me fazendo ficar
excitada a cada coisa que ele falava, cada movimento de seus dedos, a cada
gemido rouco.
Fechei os olhos e mordi o lábio. Ele estava movendo os dedos para dentro
e para fora rapidamente, meu corpo estava aceitando com mais facilidade, me
fazendo ficar mais e mais molhada. E eu não deveria estar gostando, mas eu
estava adorando. Não era possível, mas eu estava. O senti soltar minha
garganta, se soltando de minhas mãos, e a mão entre minhas pernas duplicou
a velocidade, agora se forçando mais e mais para dentro, mais e mais rápido.
Gemi frustrada. Abri os olhos e vi que ele segurava meu celular, o flash
ligado, me filmando, apontando o celular para meu rosto e depois para onde
sua mão estava me dando prazer, intensificando as investidas, e rindo logo
após.
— Acho que ele vai gostar, Alisson. Você é linda… e uma mulher linda
bem fudida, é lindo.
— Vou te comer de um jeito que ele nunca comeu, Alisson. — ele disse
com a boca deixando leves beijos na minha, deslizando dentro do meu corpo
devagar, me esticando, me preenchendo, quente, duro. — Vou te deixar
sentindo saudades… pensando em mim para o resto da sua vida…
Ele riu disso, sabendo que eu não falaria, mas gemi. Os movimentos de
seu quadril duplicaram de força e velocidade, ele entrava e saia de meu corpo
de um modo delicioso, e eu não deveria estar aproveitando, mas estava.
Estava gemendo, me agarrando com os braços e as pernas a ele, querendo-o
ainda mais dentro de mim.
— Diz pra mim, Alisson. — ele pediu sorrindo, beijando devagar minha
boca, encostando nossos lábios, o quadril batendo rápido e forte contra o
meu, me esticando mais do que antes. — Diz que sou o melhor pau que já te
comeu.
Gemi sentindo todo meu corpo começar a formigar. Ele era um babaca,
mas eu estava gozando. Eu estava gozando com ele dentro de mim, com ele
se aproveitando do meu corpo, um assassino, mas que foi a melhor transa de
toda minha vida. Me agarrei nele ainda mais, seus lábios encostados nos
meus, seu quadril sem parar de se mover, entrando e saindo de mim com
mais força, me deixando saber que ele também estava próximo de gozar.
E ele gozou. Eu consegui sentir que ele gozava dentro de mim, bem no
fundo, me fazendo gemer e continuar gozando como nunca. Deus, aquele
homem deveria ser proibido de andar pelas ruas, ele deveria ser preso por
matar uma pessoa, mas eu não conseguia crer que havia acabado.
Estremeci com ele saindo devagar de mim, e abri os olhos, os olhos claros
dele me fitando enquanto a boca sorria de lado. Fiquei olhando em seus
olhos, sentindo que ele encostava o corpo suado e semi-vestido em mim.
— Pensa que seu marido vai se importar que eu te devolva toda cansada e
satisfeita? — os lábios dele capturaram os meus, enquanto os dedos
deslizavam por entre minhas pernas, por meus lábios, acariciando, me
sentindo tremer de prazer, não aguentando mais gozar.
— Por favor, não aguento mais… — gemi baixo, meus dedos afundando
em seus ombros, fazendo-o rir e deslizar um dedo para dentro de mim,
movendo-o para cima e para baixo.
— Você que escolheu esse lugar. — ele apontou para o galpão e eu sorri
sem graça. — Está satisfeita, Al?
— Quanto mais tempo levar para contar, pior será quando formos para
meu apartamento.
Ele riu nervoso e empurrou uma sacola preta pelo banco para ela. E ela
sorriu abertamente ao abrir a sacola, vendo o conteúdo. Levantou os olhos na
direção dos dele, vendo que ele a olhava com expectativa. Sorriu
carinhosamente. Ele era único. Não era o único em sua vida, mas era único
no modo de ser.
Não queria que ele ficasse mais agitado do que estava, mas queria fazer
uma surpresa, já que ele estava fazendo uma. Respirou fundo ao descer sua
calcinha dentro da cabine privada, imaginou a cara que ele faria ao vê-la
usando seu novo adereço e sorriu. Apenas o pensamento das palavras dele,
das atitudes foram suficientes para deixá-la molhada, e então abriu a
embalagem, lendo na frente do plástico rasgado ‘prazer garantido, textura
imitação de humana’. Sorriu enquanto deslizava o novo adereço pelos lábios
agora mais molhados e o colocava devagar, mordendo com força o lábio
inferior, tentando não deixar um gemido escapar de sua boca.
Ficou em pé e ajeitou sua calcinha, sabendo que andar com aquilo tudo
dentro de si, seria complicado, mas apenas o pensamento de que estaria com
um vibrador dentro de si enquanto andava por dois quarteirões a deixava
mais e mais excitada, apertando o membro dentro de si. Ajeitou as roupas,
passou a mão pela testa e saiu do banheiro, vendo David na porta da
lanchonete.
Ela sabia que ele adorava suas curvas. Quadril largo. Coxas Grossas.
Peitos médios. A barriga não era lisinha, mas ela não ligava para aquilo há
muitos anos. A pele era clara, mas dourada, os cabelos eram cacheados,
volumosos, soltos até o fim de suas costas. Ela chamava atenção com olhos
negros como a noite e lábios cheios e vermelhos.
A porta do apartamento se abriu e David não lhe deu oportunidade de
falar ou fazer nada, apenas a empurrou na direção do quarto, tirando os
casacos que vestiam. Sorriu, ele arrancou a sacolinha de sua mão, levando-a
com eles para o quarto. O viu se despir enquanto tirava a própria roupa, e ao
chegar na calcinha, se deitou primeiro, tirando o tecido, vendo que ele
observava atentamente e então levantou os joelhos e abriu as pernas,
deixando que ele visse o que havia aprontado.
— Não acredito…
Ele não terminou a frase. No segundo seguinte ele já estava por entre suas
pernas, segurando suas coxas afastadas, a boca encontrando seus lábios,
sugando-os, mordendo, beijando, fazendo com que estremecesse e apertasse
o vibrador com mais força. E ele sabia como lhe chupar, ele sabia o que fazer
com a língua, quanto lamber, quanto sugar e quanto beijar. Estremeceu no
colchão ao sentir seu clitóris ser sugado para dentro da boca dele, ouvindo-o
rir de sua reação. Mas não houve tempo para mais nada, ele segurou o
vibrador e o retirou devagar apenas metade, torcendo a parte debaixo e
ligando-o, fazendo-o vibrar devagar, e o colocou novamente dentro de si,
rápido, forte, sem dó.
Não que fosse necessário ser delicado, estava tão molhada, que o vibrador
entrou facilmente, esticando-a deliciosamente.
— Merda, David…
Riu. Ele riu em sua orelha também, mordiscando seu pescoço, beijando
sua boca enquanto movia o vibrador mais forte e rápido. Arqueou quando o
primeiro orgasmo atingiu seu corpo, onda após onda levando e trazendo sua
sanidade. Mas David não deu descanso, ele continuou a mover a mão para
frente e para trás, movendo o vibrador mais rápido, querendo fazê-la gozar
mais uma vez.
— Quero você…
Ele mandou, mas ela não ligava, a única coisa que importava agora era o
quanto faltava para gozar mais uma vez. Moveu o quadril para cima e para
baixo, deixando que ele estocasse mais forte e então ele puxou o vibrador de
seu lado, ligando-o novamente e olhando-a de modo divertido.
Parecia uma ameaça, mas na verdade, era apenas uma constatação. Ela
sentiu quando o aparelho passou vibrando por sua barriga e chegou até seu
clitóris, a velocidade acelerada, a vibração a enviando longe, deixando-a
amolecida. Apertou David dentro de si, forte, como nunca antes e ele gemeu
alto. Sorriu abertamente disso, mas seu orgasmo a atingiu logo após,
enviando tremores por seu corpo todo, deixando-a amolecida. E ela adorava
esse torpor pós-orgasmo.
E não demorou, sentiu que David chegava ao clímax, que ele estava
gozando forte, apertando sua cintura com uma mão, segurando o vibrador
com a outra, o pau enterrado até o fim nela, e agora o corpo tenso, a boca
com lábios invertidos para cima. Sorriu puxando o vibrador para longe, e
puxando David para perto, sentindo-o ainda deixar o que restava dele dentro
dela, duro, forte, firme.
Deu de ombros, beijando a boca dele mais uma vez. Não diria. Não
contaria que era porque gostava de sentir o calor que aquilo trazia, não
contaria que era porque se sentia bem ao saber que fizera aquilo com ele, não
contaria que a sensação era boa e reconfortante. E muito menos contaria que
pendia isso para todos, que gostava que todos seus amantes gozassem dentro
dela, principalmente porque ele não sabia que ela saia com outros. Aninhou-
se aos braços dele, sentindo que ele a abraçava apertado, beijando seu
pescoço. E dormiram.
--*--
Sabia que aquele presente não seria apenas para aquele momento, que
David ainda gostaria de usá-lo durante a madrugada. E foi desse modo que
acordou, com o vibrador ligado na velocidade média, deslizando por entre
suas pernas, exigindo passagem. O corpo de David estava colado a suas
costas, a respiração acelerada, o braço passado em sua cintura, como se não
quisesse que ela escapasse dali. Estremeceu e passou as mãos pelos cabelos,
jogando-os para cima, seu corpo todo quente, o quarto parecendo uma sauna.
Sorriu e fechou os olhos novamente, abrindo mais as pernas, dando mais
acesso, deixando que ele colocasse o quanto quisesse do vibrador, apenas
para retirar logo após.
Sorriu ainda mais, os músculos dele estavam tensos, o pau estava duro
como pedra em suas costas, o corpo quente como o seu. Adorava as noites
com David, senti-lo dentro de si, a seu lado, por cima, por baixo, deixando
beijos molhados em suas costas quando ia embora na manhã seguinte. E
adorava ainda mais a mente suja dele. Levou uma das mãos para trás,
segurando-o na palma, movendo-a na mesma velocidade que ele estava
movendo o vibrador em seu corpo.
Ele nunca havia tentado comê-la ali, nunca havia nem mesmo
mencionado, mas aparentemente ela havia dado todas as cartas para que ele
pudesse fazer isso. Relaxou, mesmo que fosse impossível com um vibrador
dentro de si, fazendo-a contrair todos os músculos, e gemer, movendo o
quadril em um vai-e-vem solitário.
— Você gosta?
— Adoro.
Ambos riram, mas ela gemeu alto logo após, David moveu o quadril, para
frente e para trás, com força, testando, vendo se ela aguentava. E ela queria
gritar que aguentava, que queria mais, mas sabia que ele ainda estava se
acostumando a comê-la ali, ainda estava testando a ‘novidade’. Quando ele
gemeu roucamente em seu ouvido, dizendo que só a teria daquele jeito agora,
sempre seria daquele modo, que ela poderia esquecer o ‘tradicional’, ela
quase gozou.
— Mais, mais…
E David atendia. Ele sempre a atendia. Ele sempre fazia o que ela pedia.
David era único. E enquanto ele empurrava o pau para dentro por trás,
empurrando o vibrador também, os dedos agora apertavam os seios com
força, exigindo passagem para dentro dela e sorrindo quando ela gemia mais
alto e descontrolava.
— Quer que eu goze aqui também?
Seus cabelos fizeram um arco na cama, acertando David, que riu de sua
reação. Seu corpo estremeceu, gozando fortemente, gemendo e implorando. E
David a atendeu mais uma vez, ficando tenso no segundo seguinte,
apertando-a contra ele, gozando dentro dela outra vez, deixando-a extasiada.
Mesmo que estivesse com dor, a pegada dele era forte, seu corpo estava tão
relaxado que no momento não importava. Sorriu enquanto ele a puxava para
mais perto dele, saindo de seu corpo e retirando o vibrador apenas pela
metade, deixando-a saber que ele ainda não tinha acabado com ela por aquela
madrugada.
Ela sorriu, sabendo exatamente que não aconteceria, mas isso ele também
sabia. E ele empurrou o vibrador inteiro dentro dela outra vez, recomeçando
tudo.
Conto 4
Não havia modo dela não saber o que estava acontecendo. Respirei
fundo e fiquei olhando para frente, quase que por cima da cabeça dela. As
pessoas estavam reclamando do calor dentro do elevador preso no 13.º andar,
e eu estava quase gemendo de frustração que eu não podia abrir minha calça e
me acalmar.
Fiquei sem entender o que estava acontecendo ali, mas meu corpo soube
exatamente o que fazer. Fiquei duro em segundos, e ela percebeu, pois
empurrou o quadril ainda mais para trás, roçando ainda mais em mim. Apoiei
as costas ao fundo do elevador, não havia muito espaço para se mover com
tantas pessoas dentro da caixa de metal, e ela deu um pequeno passo para
trás, agora encaixando a bunda perfeitamente na minha ereção.
Esperei mais alguns segundos sem fazer nada, então a luz apagou e a
vermelha de emergência acendeu, colocando muitas pessoas em desespero.
Eu sabia que aquilo apenas significava que eles haviam cortado a energia
para poder dar um reboot no sistema do elevador, fazer com que ele talvez
voltasse a funcionar. Mas tudo ficou bem mais interessante quando a luz de
emergência acendeu. A ruiva moveu o quadril para cima e para baixo bem
devagar, esfregando a bunda em toda a minha ereção, me fazendo ficar ainda
mais duro.
E fez isso várias e várias vezes, até que eu estava completamente duro e
pronto para sair dali com ela, assim que nos liberassem.
— Vai fazer isso sem roupa? — perguntei outra vez baixo por sobre o
ombro direito dela. Vi seus ombros se moverem devagar, rindo da minha
pergunta, mas sem respondê-la. Ela continuou com os movimentos, subindo e
descendo, a legging me deixando sentir mais do que qualquer outro tecido.
Olhei ao redor outra vez, e a mulher com a criança ao meu lado não
parecia prestar atenção, então me aproveitei. Passei minha mão direita pela
cintura dela, colando o corpo dela devagar ao meu, a bunda ficando ainda
mais encaixada em mim e eu sorri quando ela estremeceu. Porém, sorri ainda
mais quando levei a mão por cima da calça dela até entre o meio das pernas,
achando exatamente o que eu queria.
— Merda. — ela disse baixo, me fazendo rir e mover o quadril pra frente,
me encaixando entre a bunda dela, agora sim me esfregando sem me importar
que alguém pudesse ver.
Eu estava tão pilhado nela, que não olhei para o lado, e quando dei por
mim, já estava me esfregando nela, subindo e descendo meu pau por toda a
bunda dela, achando o clitóris dela e começando a tocá-lo com mais força, a
estimulando, assim como ela estava fazendo comigo. Virei minha cabeça
minimamente para o lado, a luz vermelha iluminando precariamente as
pessoas. Porém, eu vi os olhos da mulher com a criança em mim, vendo o
que eu estava fazendo com a ruiva à minha frente.
Sorri de lado, não podia fazer nada se ela assistiria aquilo, eu não iria
parar por causa dela, não mesmo. Segurei o quadril da ruiva com a outra mão,
fazendo pressão para trás, querendo é mais que ela me fizesse gozar ali
mesmo, pois eu faria aquilo com ela, com toda certeza eu moveria meus
dedos por entre as pernas dela até que ela gozasse e os joelhos ficassem
fracos.
— Assim que esse elevador esvaziar, vou fazer tudo isso sem roupa com
você…
Tinha quase que certeza que a ruiva estava excitada e que tinha gozado
rápido pela situação. Algo sobre ser pego fazendo algo assim em público tem
esse efeito nas pessoas. Em mim, tinha, e assim que ela terminou de gozar,
segurei sua cintura com as duas mãos, com força. Me esfreguei nela mais
rápido, me movendo sem chamar atenção, e olhando a mulher ao meu lado,
observando meu quadril se mover contra a outra.
Sorri e ela mordeu ainda mais o lábio, sabendo que eu estava gostando
que ela estava olhando enquanto eu queria gozar apenas me esfregando na
ruiva. Fechei os olhos, minha mente viajou nas possibilidades de abaixar a
calça um pouco, deixar meu pau livre e poder gozar sem restrições, mas
aquilo chamaria atenção demais. Continuei mais um pouco e senti, aquele
puxão na espinha, aquele calafrio que percorre o corpo todo e comecei a
gozar dentro das calças.
E quanto mais eu gozava, mais eu queria ter aquela mulher. Não tinha
ideia de seu rosto, não tinha a menor noção de seu nome, mas eu queria
aquela mulher. Eu precisava dela. Respirei fundo quando terminei, e me
recostei na parede dos fundos, meu corpo mole pelo que havia acabado de
fazer. A ruiva ajeitou a calça no corpo, devagar, estava sensível entre as
pernas também.
Como se fosse uma mensagem divina, o elevador voltou, as luzes
acendendo normais e a se movimentar para cima. Olhei para o lado, vendo a
mulher com a criança sorrindo e ainda mordendo o lábio, dessa vez de forma
predatória. Sorri também e a vi puxar um cartão da bolsa, me entregando sem
falar nada. Coloquei no bolso sem ler, apenas piscando pra ela e agora
olhando pra frente, vendo que muitas pessoas estavam saindo do elevador.
Ela negou, sorrindo, e deu um passo pra frente, ficando bem próxima de
mim. Meu pau começou a mostrar sinais de que estava pronto para a
próxima.
Dei risada aproximando minha boca na dela, mas sem beijar, sentindo o
elevador parar no andar que eu deveria ir.
Não, eu não estava nem um pouco enganada que seria torturada. Afinal,
eu estava cobrindo uma reportagem em uma zona de guerra e gravando para
mostrar ao mundo o que os soldados americanos estavam fazendo para nos
salvar. E sim, eu estava ali para mostrar o que meu país estava fazendo de
errado ao enviar os soldados para aquela parte do mundo. Para serem
mutilados e mortos por rebeldes.
— Você é repórter. — o inglês dele era ótimo. Assenti sem querer falar
nada, não queria dar a satisfação dele ouvir meu medo. — Você vai falar o
que estava filmando e fotografando.
Não respondi e isso pareceu irritá-lo, que acenou com a cabeça para um
dos soldados, fazendo-o segurar meus cabelos e puxar minha cabeça para
trás, me dando um tapa forte com a outra mão. Fechei os olhos, o gosto de
sangue explodindo dentro da minha boca, minha bochecha ardendo e
latejando.
Mesmo assim fiquei em silêncio. Não haveria cenário em que eu falaria e
sairia dali andando, aquilo não existia. Eles eram sádicos e me torturariam
para depois me matar. O homem perguntou novamente, e quando permaneci
em silêncio, ele acenou para o soldado que ainda estava segurando meus
cabelos, indicando que deveria me bater mais uma vez.
Movi minhas mãos, girando-as e raspando a corda contra minha pele, mas
estava muito apertado, não conseguiria me soltar de modo algum. Respirei
fundo e fiquei frustrada, aquilo era uma verdadeira merda.
— Pensa, Jane, pensa! — olhei ao redor, vendo apenas outra cadeira onde
o homem que falou comigo, estivera sentado, e mais nada. Parei de respirar
ao ouvir que os sons do lado de fora haviam cessado. Não conseguia ouvir
absolutamente nada, por isso ouvi quando três pares de pés se aproximaram
da entrada da tenda devagar. Saco, eu não havia tido tempo de pensar como
sair e eles já estavam voltando. Movi todo meu corpo na cadeira, procurando
um modo de sair dali, mas ouvi a tenda ser aberta e logo armas eram
engatilhadas, e eu tinha certeza de que estavam sendo apontadas para minha
cabeça.
— Uma hora dessas vamos achar só suas partes… — Viper disse, e olhei
por cima do ombro, fazendo careta para ele.
Nossa relação era tensa como fio de aço. Viper era um excelente soldado,
atirador e assassino de primeira, além de ser um homem que parecia que tinha
um passado sinistro, pelo tanto de cicatrizes que tinha nos braços, pescoço e
rosto. Era de estatura mediana, cabelos curtos, preto, olhos castanhos, pele
queimada do sol. Eu sabia que ele não me odiava, mas também não era meu
maior fã.
Austin era meu amigo desde o colégio. Estudamos juntos por 8 anos, e
nos reencontramos quando fui enviada para a mesma aldeia que ele. O
serviço era diferente, mas a situação era a mesma. Desde então, sempre
estivemos em contato. E já se faziam 4 anos que eu o conhecia bem, mas
apenas o Comandante Austin, ele nunca havia conversado comigo sobre
nossa casa, nosso país, a vida fora dali.
— O que foi?
Viper estava bem irritado. O olhei sem entender, e o vi olhar para Austin.
O olhei também esperando que ele me explicasse.
Vi que eles se olharam sérios, um mais sério que o outro. Fitei os três nos
olhos, querendo que algum deles terminasse de me contar, mas alguns
segundos depois tive que perguntar.
— Você merece apanhar, Jane. — ele disse sorrindo de lado, sua marca
registrada. — Uns belos tapas na bunda talvez resolveriam o problema.
Dei risada, somente ele para brincar com algo como aquilo após a
conversa que tivemos. Black Mamba também deu risada, mas Austin estava
muito sério a meu lado.
— Diga isso novamente, Jane. — ele baixou ainda mais a voz, mas eu
sabia que os outros dois escutariam, por enquanto estávamos somente os 4 ali
dentro. — Diga e a colocarei em meus joelhos, de calças abaixadas e lhe
darei tapas até nossa base, a 22 quilômetros daqui.
Respirei fundo e lambi meus lábios secos, sem saber o que falar. Ao
mesmo tempo que queria repetir a frase, tinha medo do que descobriria
dentro de Austin, caso o fizesse. Mordi o lábio e sorri, ficando quieta.
Olhei para Viper, ele estava sorrindo de lado, mas a postura era agressiva,
como se estivesse esperando que eu fizesse algo, para ele poder pôr as mãos
em mim. Olhei Mamba, que estava olhando o chão do caminhão, mas a
postura era a mesma de Viper. Merda, eu havia provocado três homens que
eu respeitava, e esperava que isso não os fizesse pensar menos de mim.
--*--
— Você não deveria ter dito nada daquilo, Viper. — ouvi Mamba dizer
dentro da tenda deles. Estava indo agradecê-los mais uma vez pelo resgate,
quando ouvi essa frase. Parei do lado de fora.
— Até parece que ela é uma santa. — Viper disse debochado e soube que
era sobre mim. — Ela merece uns tapas… ou não?
— Ela merece muito mais… — Mamba disse rindo, e ouvi Viper rir
também. — Você viu a cara do Austin? Cara, se ele coloca as mãos nela…
Acordo? Que acordo? Sobre o que eles estavam falando? Meu instinto de
jornalista atacou.
— Não acho que ela vai deixar… — Mamba pareceu ponderar, mas sua
voz estava mais alta agora, como se ele estivesse vindo para a entrada.
— Qual das mulheres que o Austin quis, que já falou não para ele?
— O que houve?
— Não sei…
— Austin, eu…
— O acordo é que se um de nós for com uma mulher pra cama, os outros
dois também vão.
— Por quê?
Austin me interrompeu, seu tom de voz alto e sério, não dando margens
para discussão. Mas era óbvio que eu iria discutir, não era um de seus
soldados e não obedeceria.
— Mãos na mesa, Jane. — ele disse cada palavra pontuada e todo meu
corpo se aqueceu de forma que não tinha nada a ver com o calor.
— Merda… — ouvi Mamba falar do meu lado direito, mas não abri os
olhos. Esperei e logo ouvi a voz de Viper atrás de mim.
Ele ainda deixou mais três tapas de cada lado, sem dizer nada. Continuei
de olhos fechados, mas ouvi Mamba se levantar da mesa, indo para trás de
mim. E esperei para sentir suas mãos também. Mas ele foi diferente. Mamba
espalmou as mãos exatamente onde estava ardendo dos tapas anteriores,
apertando levemente, me fazendo estremecer.
— Você precisa aprender a não mentir, Jane. — a voz dele estava baixa,
bem próxima. — A não teimar quando receber uma ordem.
--*--
— Qual?
Eu estava irada. O que havia acontecido dois dias antes foi um absurdo, e
eu ainda aguardava o ‘nos vemos mais tarde’. Continuei comendo como se
nada tivesse acontecido, esperando para ver qual seria a reação de Viper. E
ela não demorou a chegar.
— Vai…
Tentei afastá-lo, mas ele apenas me segurou com mais força, sorrindo de
lado com a minha tentativa ridícula de escapar, mas não querendo realmente.
— Eu acho que vou te dar outros tapas, Jane. — ele disse mais baixo
ainda, o corpo inteiramente colado ao meu. — Virar você aqui, abaixar sua
calça e te dar uns tapas para ver se algumas das regras entram na sua cabeça.
Estremeci mais uma vez, dessa vez de excitação. Olhei dentro dos olhos
dele, vendo pouco, mas mesmo assim o desafiando.
— Acho que quero ouvir mais desses gemidos, Jane. — estremeci, apoiei
minhas mãos em seus ombros e aproximei a boca da dele, roçando nossos
lábios.
— Quando você não está com essa bunda vermelha, não tem tanta graça.
Cruzei os braços e aguardei Austin falar, mas ele apenas sentou em sua
cadeira atrás da mesa, olhando pra mim de forma divertida. Suspirei fingindo
estar cansada e me aproximei da mesa.
— Mamba.
Austin não precisou falar duas vezes, logo os braços de Mamba estavam
me cercando por trás, me prendendo contra seu corpo. Estremeci com a força
e ele riu baixo, deixando o queixo apoiado no meu ombro.
— Aquelas coisas que você filmou… Já parou pra pensar que se eles
descobrissem, agora você…
— Estaria fatiada.
Viper é um babaca, mas aquele não era o momento de brigar com ele, eu
precisava da minha mochila, tudo que eu mostraria ao mundo estava ali.
Lutei contra Mamba, mas parei quando senti algo duro contra minha bunda.
Olhei séria para Austin, mas ele parecia saber exatamente o que estava
acontecendo.
Mamba disse cheirando meu pescoço, e eu quase gemi. Mordi meu lábio
com força para me impedir de gemer, mas Mamba não perdeu tempo. Ele me
empurrou para frente, me fazendo ficar na mesma posição de dois dias atrás,
e os dedos ágeis, abriram minha calça, descendo-a por minhas pernas, me
deixando apenas de calcinha novamente.
Eu quis me virar, mas Austin não deixou. Sua boca estava na minha em
segundos, a língua exigindo passagem. Abri a boca querendo mais do que
nunca beijar aquele homem. Subi minhas mãos para segurar seu rosto, mas
um tapa forte em minha bunda, me fez parar tudo.
— Viper…
— Fiz bem menos que isso aí… — Viper respondeu rindo para Mamba, e
senti o corpo de Mamba colar ao meu, tirando minha camiseta, me obrigando
a parar de beijar Austin. Mas esse não se importou, pois sentou na cadeira
outra vez, agora soltando o cinto da própria calça, e a abrindo.
Viper disse e sua mão fez contato com minha bunda, me fazendo gemer
de dor, mas gostar. Eu estava começando a ansiar pelos tapas e pelas carícias
que vinham após. Olhei Austin, e vi que ele estava se divertindo com aquilo.
Ele estava gostando de ver seus soldados me tocando.
Austin não tirou os olhos dos meus esse tempo todo, observando todas as
minhas reações. Fechei os olhos e gemi, Viper deslizou dois dedos dentro de
mim com facilidade, me fazendo arquear e inclinar um pouco mais na mesa.
O ouvi rir baixo atrás de mim, a boca passeando por meu pescoço.
Ele me deu outro tapa, me fazendo gemer e arquear mais uma vez. Deus,
eu deveria estar com vergonha daquilo, mas não estava. Não estava nem um
pouco. Ele moveu os dedos rápidos para dentro de mim, entro e saindo, me
deixando a cada segundo com mais e mais vontade. Estremeci quando ele
retirou os dedos, e então senti que ele colava o quadril ao meu e começava a
entrar.
Se eu havia pensado que ele era grande antes, agora eu tinha certeza.
Viper empurrou devagar para dentro de mim, deslizando milímetro a
milímetro, me fazendo abrir os olhos e gemer alto. Austin ainda estava me
observando, a mesma expressão. Gemi mais quando Viper ficou parado
dentro de mim por completo, a boca dizendo obscenidades que nunca ouvi
em minha vida.
Mas que combinavam perfeitamente com ele. Gemi quando ele moveu
devagar o quadril, saindo quase que completamente de mim, para logo após
voltar com força, batendo o quadril ao meu. Merda, ele era grande e eu não
estava acostumada aquilo. Gemi sem pudor, estremecendo quando ele
arremetia novamente contra mim, aumentando força e velocidade.
Inclinei um pouco mais, meu rosto indo para mais perto de Austin, que
ainda me observava com a mesma expressão de curiosidade. Gemi mais
quando a mão de Viper fez contato com minha bunda novamente, mas logo
após escorreu para frente e achou meu clitóris, movendo-o na mesma
velocidade que se quadril. Em segundos eu estava deitada na mesa, gemendo
enquanto meu orgasmo quase me apagava. Eu já não conseguia pensar,
apenas sentir. Ele não parou os movimentos da mão ou do quadril, continuou
com ambos, e eu não conseguia parar de gozar. Era incrível como tudo aquilo
havia me deixado excitada.
O senti parar atrás de mim, seu peito apoiou em minhas costas, e consegui
sentir atrás de meus joelhos, sua calça aberta, mas logo após perdi toda e
qualquer racionalidade por alguns segundos. Ele colocou em mim de uma só
vez, me esticando de forma dolorosa, não deixando que eu me acostumasse
com seu tamanho. Quase gritei, mas sua mão segurou meu pescoço, me
deixando saber que ele estava no comando. Deus, aquilo era ainda mais
excitante que os tapas. Porém, Mamba ficou parado dentro de mim, me
esticando, me fazendo apertá-lo pelo tamanho e me deixando ansiosa.
— Mova esse quadril, Jane. — ele disse baixo em meu ouvido,
mordiscando e me fazendo gemer. — Se quiser gozar, vai ter que fazer por
onde.
O senti descolar de minhas costas e liberar meu pescoço, mas seus dedos
enroscaram em meus cabelos, segurando-os. Estremeci com aquilo, mas eu
queria gozar outra vez, queria senti-lo sair e entrar de mim. Mamba era tão
grosso e grande quanto Viper, e eu queria mais.
Movi meu quadril devagar, apenas para ouvir uma risada acima de mim.
Olhei Austin, que estava rindo enquanto me via mover o quadril devagar. Ele
se aproximou do meu rosto, acariciando com as pontas dos dedos o suor que
escorria por minha testa.
— Se quiser gozar, Jane, aconselho que mova bem esse quadril. — ele
beijou minha boca devagar. — Já vi Mamba durar horas e não gozar.
— Viper.
Virei meu rosto para Austin, vendo-o cruzar os braços e apenas me olhar.
Viper não parou nenhum momento. Moveu o corpo novamente com força e
rápido, me soltando para poder bater em minha bunda. Minha pele ali estava
ardendo, apenas encostar doía, mas ele continuava a bater.
— Mas…
E Viper não me deu descanso. Ele me fez gozar várias vezes enquanto
entrava e saia de mim, gozando quando eu já estava quase implorando para
parar. Então foi a vez de Mamba novamente, e a mesma coisa aconteceu.
Dessa vez ele se moveu, e se moveu com ainda mais força e rapidez que
Viper.
Austin me beijou várias vezes, dizendo tudo que queria fazer comigo, me
ouvindo gemer de dor dos tapas e de prazer, e sorrindo das duas coisas. E tive
tantos orgasmos que perdia a conta, amolecendo completamente quando
Mamba gozou, se afundando em mim e beijando meu ombro, dizendo que eu
era incrível.
— Você sabe que isso é porque ele é louco com você, né?
— Estou bem longe de terminar com você, Jane. — estremeci com essa
outra promessa. — Quando estivermos só nós dois…
O olhei sonolenta, mas sabendo que ele não me deixaria descansar. Após
meu banho, eu seria dele. Austin se aproximou e sorriu enquanto arrumava
meu cabelo, tirando-o de meu rosto.
— Seu cabelo assim parece que você foi fodida a madrugada toda.
Saímos da tenda, e vi que o sol já estava ameaçando sair por detrás das
montanhas, e eu não conseguia acreditar que a frase de Austin era real, eu
havia ficado ali a madrugada toda. O segui até o banheiro que todos usavam,
sabendo que Mamba e Viper estariam nos esperando.
Levantei as sobrancelhas e dei risada, mas segui para um box, vendo que
Mamba me trazia uma toalha e uma muda de roupas. Agradeci e as coloquei
no muro que dividia os boxes. Tirei minha roupa sem olhar para trás, sem
querer saber se eles estavam ali para observar. Eu precisava de um banho, e
precisava naquele momento.
Lavei meu corpo devagar, lavando meu cabelo logo após e ouvi algo
metálico batendo no chão. Sai do jato de água e vi que Austin estava sem
roupa e entrando no meu box, Mamba e Viper parados no mesmo lugar,
observando tudo.
— Austin, eu…
Ele não me deixou falar que não aguentaria mais nada, ele me beijou, me
segurando contra seu corpo e nos levando para o jato de água. O contraste de
nossos corpos e a água me fizeram tremer, me prensando contra ele. O
abracei, beijando sua boca com mais força, esfregando meu corpo ao dele
sem pudor algum. Os músculos dele estavam tensos, o pau encostava duro e
pronto em minha barriga, e aquilo apenas me fez gemer de vontade.
— Vire.
Fiquei de costas para ele, nossos corpos debaixo do jato de água. Meus
cabelos estavam grudando em minhas costas, suas mãos me acariciavam
devagar, me torturando. Meu desejo já estava alto novamente, como se não
tivesse ficado refém de outros dois homens naquela noite.
— Austin. — gemi o nome dele enquanto seus lábios desciam por meu
pescoço, a ponta dos dedos descendo minha barriga, achando por entre
minhas pernas o quanto eu estava molhada, e não era do banho.
Abri mais um pouco minhas pernas, as mãos dele agora em meus seios,
apertando-os, segurando-os enquanto começava a mover o quadril mais
rápido. Gemi alto, ouvindo meus gemidos baterem nas paredes de azulejo e
voltarem, um eco eterno de meus gemidos e das palavras de Austin.
— Minha, Jane. — ele disse possessivo, mas riu em meu ouvido logo
após, apertando meus seios nas palmas de suas mãos grandes. — E deles
também…
— Acho que eles te querem, Jane. — Austin disse enquanto saia de mim,
me fazendo abrir os olhos assustada e ver que Viper e Mamba estavam
excitados novamente.
— Eu não…
— Vai sim, Jane. — ele disse como uma ordem, autoritário, ordenando.
— Vai sim.
A única coisa que eu queria era chegar em meu apartamento, tirar meus
saltos, minhas roupas e tomar um bom banho. Meu dia no trabalho foi
exaustivo, e eu parecia que estava me arrastando do elevador do subsolo até
minha porta da frente.
Assim que virei a chave, notei que tinha algo diferente. Não sou casada,
ou seja, não deveria ter ninguém dentro do meu apartamento. Segurei minha
bolsa com força, já pegando meu celular, pronta para ligar para a polícia,
então, vi uma pessoa no fim do corredor, os olhos azuis alegres me fitando.
Não, o babaca do meu irmão adotivo não tinha me contado nada, mas eu
fingiria que sim, Dean não tinha nada a ver com nossa pequena briga mais
recente. Assenti enquanto fechava a porta e a trancava, tirando os saltos ali
mesmo. Dean veio a meu encontro, os olhos brilhantes sorrindo junto com os
lábios.
Sorri também. A cada ano que passava Dean ficava ainda mais bonito,
com toda certeza fazia sucesso com as garotas. O abracei, e o senti me
abraçar apertado, colando o corpo ao meu. Senti meus seios serem
espremidos contra seu peitoral largo e fiquei sem graça, Dean nunca havia
feito aquilo, nunca me abraçou tão apertado. Ele era meu único sobrinho, o
que fora mimado desde o dia que nasceu por minha mãe, e não vou negar que
eu também o mimava quando mais novo.
Me soltei sem graça, achando estranho aquilo, mas passei por ele, indo
para a sala, deixando minha bolsa na poltrona, vendo que ele estava com uma
mala grande ao canto. Olhei para a mala e depois pra ele, que sorria
envergonhado agora.
— São só uns dias, tia, juro. — sorriu de lado, um jeito que nunca o vi
sorrir antes. — As etapas da entrevista de emprego são bem separadas, vários
dias de diferença, mas tenho certeza de que vou passar. Aí já consigo sair do
seu caminho.
Assenti feliz por ele estar tão empolgado em trabalhar e estar por conta
própria. Conversamos rapidamente e disse que tomaria um banho, que meu
dia havia sido absurdamente cansativo.
— Posso fazer, se você quiser. — ele se ofereceu, mas apenas dei mais
uma risada e o dispensei com um aceno de mão.
Eu não estava com cabeça para lidar com nada naquele momento. Queria
meu banho e dormir. Até mesmo minha fome ficou em terceiro lugar na lista
de prioridades e seria resolvida na manhã seguinte.
--*--
A calça estava bem baixa em sua cintura, e quando ele se virou para
colocar o bacon frito no prato no balcão, consegui ver o V em sua cintura.
Sim, ele deveria ser a perdição das meninas. Sorri para ele, que me fitou
sério, para logo após sorrir abertamente.
— Bom dia. — ele disse com os olhos azuis me fitando de cima a baixo,
tentando esconder isso por detrás dos longos cílios.
— Bom dia, Dean. — respondi fingindo que não estava percebendo nada.
Afinal, Dean era um jovem homem, seus hormônios deveriam estar por todos
os lados, e com toda certeza aquilo não tinha nada a ver comigo. Me sentei no
banco em frente ao balcão, olhando-o pegar os ovos mexidos recém feitos e
um suco de laranja de caixa. — Acordamos inspirados?
Os olhos dele cravaram nos meus, enquanto ele se sentava do outro lado
do balcão, agora olhando para meu colo, vendo o decote de minha camisola.
Assenti sem dizer mais nada, apenas pegando o suco e começando a comer,
como se aqueles olhares não estivessem me incomodando.
Meu ego inflou levemente. Eu estava com 40 anos, não era mais nenhuma
mocinha, mas tinha um corpo bonito. Minha cintura não era fina, mas minha
barriga era chapada. Minhas coxas tinham um pouco mais de gordura do que
deveriam, mas não estava ligando para aquilo. Tinha bunda grande e seios
fartos, chamava atenção por onde passava, e adorava. Mas aquela inspeção
do meu sobrinho de 18 anos, era um pouco demais.
— Obrigada, Dean, mas vou colocá-los pra cima e aproveitar meu fim de
semana.
— Ah Tia, não vamos falar disso. — ele respondeu me olhando por cima
da caneca de café, bebendo um gole logo após.
Mordi meu lábio inferior. Eu deveria falar que não, afinal, o que eu tinha
a ver com aquilo. Mas eu era curiosa demais para meu próprio bem. Assenti
devagar, olhando para Dean de forma curiosa. Ele se remexeu na cadeira, os
olhos atentos em mim.
— Sou uma amiga, fale comigo como se eu não fosse sua tia. — disse
sorrindo e colocando mais café em minha caneca.
Dean levou algum tempo para começar a falar, e quando ele se inclinou
pra frente, olhando fundo dentro dos meus olhos, comecei a me arrepender de
ter incentivado.
— Com certeza, Tia. — ele disse seguro de si, mas levantei uma
sobrancelha para isso. — Fiz ela gozar duas vezes antes de gozar… ela
aproveitou sim. Principalmente os puxões de cabelo e os tapas.
— Se toda vez que me contar algo, ficar assim, não conseguiremos ter
mais esse tipo de conversa. — falei dando risada e ele riu também.
— Ah Tia, você não parece ser toda aberta assim para essas conversas…
Engoli em seco. Merda, o que eu tinha falado? Dean era meu sobrinho,
filho do meu irmão adotivo, e eu não deveria nem ao menos ter começado
essa conversa. Respirei fundo e coloquei mais um gole de café em minha
caneca.
— Ela gemeu demais, Tia. — ele disse mais baixo, rouco, e consegui
ouvir desejo escorrendo por cada letra. — Gemeu e pediu que eu fizesse
mais, machucasse mais, usasse mais força. E adoro assim.
Engoli em seco e terminei meu café. Aquilo estava indo longe demais, eu
precisava parar aquilo agora. Levantei e recolhi algumas coisas na mesa, não
querendo dizer mais nada ou ouvir mais nada.
— Quanto mais coloquei nela, mais ela queria. — ele continuou, mesmo
que eu não tivesse dito nada. — Ela gemeu, implorando que eu batesse nela.
Colocasse com força. E coloquei com muita força, Tia. Toda força que tinha.
Deixei toda a louça na pia e respirei fundo. Ele estava dizendo aquilo para
me deixar sem graça, não poderia ter outro motivo. Assenti e me virei para
continuar pegando as coisas na mesa, tirando toda a louça suja e a levando
para dentro da pia. Foi então que ouvi a cadeira arrastando no chão e Dean se
levantou.
Senti pela calça de moletom seu pau duro, pronto. Estremeci e tentei sair
dali, mas Dean colocou os braços na pia, me cercando, me prendendo ali.
Abri a boca para poder pedir para que ele parasse o que estava fazendo, mas
ele fez pressão com o quadril pra frente, se encaixando em mim.
— Acho que não. — ele disse com uma voz baixa, sacana. Tentei não
estremecer, mas ele colou em minhas costas, o moletom não escondendo
nada. Eu conseguia sentir o calor do corpo dele, passando para o meu.
Ele forçou o quadril novamente para frente, seu pau estava encaixado em
minha bunda, meu coração estava acelerado, minha boca seca. Eu precisava
parar aquilo, mas meu corpo estava gostando. Principalmente agora que ele
estava com as mãos em meus seios, segurando-os levemente, sentindo-os.
— Dean, pare. — minha voz estava trêmula. Se ele descesse a mão por
entre minhas pernas, me encontraria molhada.
Deus. Ele era meu sobrinho. Ok, não existia parentesco de sangue, mas eu
o vi nascer e crescer, e agora ele estava me prendendo em minha pia, na
cozinha do meu apartamento, falando essas coisas que estavam me deixando
excitada, e eu não queria que ele descobrisse o quanto. Mas estava se
provando impossível.
— Tia, vou colocar a mão por debaixo da sua camisola, dentro da sua
calcinha minúscula… — ele narrou o que faria, fazendo logo após bem
devagar, e eu não conseguia mover um músculo para impedi-lo. — Tenho
certeza que você está molhada e que meus dedos vão deslizar fácil… — ele
assim o fez, afastando o tecido do meu corpo, me achando excitada. —
Assim… Deus, Tia, você está encharcada.
Fechei os olhos de vergonha, mas ele estava adorando aquilo. Ele estava
adorando que eu estivesse excitada por ele, que eu o quisesse. Engoli em
seco, os dedos grossos e longos deslizando por meus lábios, achando meu
clitóris com facilidade, movendo-o e pressionando-o.
— Acho que você gostou de escutar que eu gosto de foder com força, Tia.
— estremeci com isso. Ele era um desgraçado por continuar com aquilo. E eu
também. Eu realmente havia gostado. Era exatamente do jeito que gosto do
sexo, com força, rápido, violento, cheio de paixão e avassalador. — É isso,
não é? — ele perguntou rindo contra meu ouvido, mordiscando e fazendo
pressão com o quadril, os dedos deslizando mais rápidos por meu clitóris. —
E se eu quiser, tia? Se eu puxar sua calcinha para o lado, colocar meu pau em
você, inteiro, cada vez mais fundo, querendo que você goze em mim?
— Você vai gostar, não? — ele apertou meu seio com força, enquanto os
dedos em meu clitóris se moviam mais rápido, um gemido longo e profundo
escapou de minha garganta. — Todo dia você vem com essa camisola
curtinha, mostrando tudo, com uma calcinha que mal cobre sua… —
estremeci com a mordida que ele me deu na junção do pescoço. — Você
pensou que eu não ia pegar o que quero, Tia? — sua língua subia e descia
meu pescoço, a voz rouca e sedenta. — Vou pegar sim, várias vezes, com
força, sem dó…
Meu orgasmo chegou com uma força que eu não consegui prever. Minhas
pernas estremeceram e quase cederam. Me apoiei na pia, meu corpo todo
parecia tensionar e relaxar, minha mente ficou em branco por alguns
segundos, meus gemidos ecoaram pelo cômodo, voltando para meus ouvidos,
me deixando ainda mais excitada. Pronta para o próximo orgasmo.
Minha respiração travou quando senti que ele estava se masturbando atrás
de mim. Os dedos entrando e saindo de mim na mesma velocidade que ele
movia a mão em si mesmo. Gemi mais alto, movendo o quadril para trás. Se
ele me queria, ele poderia ter. Ali eu estava sem controle, e se ele quisesse
meu corpo, naquele momento, ele poderia ter tudo o que quisesse.
O senti deslizar o pau por entre minha bunda, para baixo, achando meus
lábios. Ele ainda estava duro, e entrou fácil, deslizando, quente e me
deixando sentir o quão grosso ele era. Gemi alto, segurando a pia com força,
afastando um pouco as pernas, ficando nas pontas dos pés.
— Dean, mais…
Ele riu. Seus dedos estavam deixando marcas em meus seios, fazendo que
essa dor apenas me deixasse mais excitada. Abri mais as pernas, usando a pia
para me apoiar e dar suporte para que eu conseguisse me mover. Quanto mais
força ele usava, mais eu queria. Quanto mais ele dizia o quanto me desejou
enquanto crescia, mais eu queria ser dele. Era absurdo sentir que ele estivesse
tão fundo, e pensar que no ano anterior eu o estava atormentando por não ter
uma namorada.
E agora agradecia por isso, ou seria mais uma pessoa traída. Meu irmão
não tinha ideia do que eu estava deixando o filho dele fazer comigo. Deixaria
várias e várias vezes. Usando mais e mais força, entrando bem fundo em
mim, me deixando louca de prazer, me fazendo estremecer, gemer, dizendo o
nome dele como um mantra.
— Tia, Deus… Quero você todo dia. — seu quadril agora fazia força,
empurrando o meu, entrando e saindo de mim rapidamente. Gemi mais alto.
— Goza outra vez, Tia, assim posso gozar bem fundo em você.
As próximas estocadas foram fortes demais, seu corpo batia contra o meu,
meu quadril batia no mármore da pia, machucando. Mas eu não ligava, queria
mais força, mais dele dentro de mim, forte, quente, duro, pronto para gozar.
— Até ir embora, Tia, vou dormir na sua cama. — ele dizia alto, sem se
preocupar que alguém poderia ouvir. — Ter essa bela bunda pra cima toda
noite, e de manhã fazer você de café da manhã.
Ri com isso e ele riu junto. Mas logo após ele anunciou que ia gozar.
— Não vou tirar, Tia. Quero saber toda vez que te olhar, que gozei bem
fundo em você. Deixei um pouco de mim aí.
Virei meu rosto pra frente, aquilo era insanidade, mas uma tão boa. Tão
deliciosa, que era impossível falar não. Balancei o quadril novamente,
assentindo.
— Só se toda vez for como essa… — olhei por cima do meu ombro,
vendo que ele já estava descendo a calça de moletom novamente, segurando
o pau quase que completamente duro outra vez. — Ou com mais força.
Ele assentiu sorrindo malicioso, movendo a mão para cima e para baixo,
ficando completamente pronto em segundos. Sorri e me inclinei mais na pia,
Deus que me perdoasse, mas eu deixaria Dean fazer o que quisesse comigo. E
aproveitaria cada segundo.
Conto 7
Ali éramos três pilantras. Eu, por estar transando com o marido da
minha irmã mais velha, ele por estar dormindo comigo, e ela por já ter dito
em alto e bom som em um jantar de família que só estava casada com ele
pelo dinheiro. Não que fosse justificável, de modo algum, era errado o que
nós dois estávamos fazendo com ela, mas a verdade é que quis Nolan desde a
primeira vez que o vi.
No final daquela noite minha irmã subiu para se arrumar para sair com
ele, e meus pais foram para a cozinha, me deixando na sala de jantar com ele.
Os olhos azuis dele evitavam me encarar diretamente, a barba por fazer era
sexy, a pele queimada de sol, o cabelo curto arrumado com perfeição com
gel. Sorri maliciosa quando me inclinei brevemente para frente, vendo-o me
olhar inseguro.
— Pode olhar, ela não liga. — disse baixo, passando a língua nos lábios
devagar. Lembro que Nolan me olhou surpreso do outro lado da mesa, a
respiração rápida agora. Puxei meu decote para baixo, mostrando o relevo
dos meus seios, deixando apenas um pouco dos mamilos aparecerem. —
Viu? Eu sabia que você queria ver.
— Não saio com adolescentes, Katy. — ele disse baixo e eu ri, colocando
a mão bem na frente da calça dele, segurando o volume que já estava
aparecendo.
— Ahhhh, mas eu acho que você não quer dizer isso de verdade.
— Se continuar fugindo de mim, vou pensar que não gosta do que tenho.
— disse brincando e bebendo meu refrigerante.
— Seria ótimo, porque daí ela saía do meu caminho. — disse sorrindo.
Os olhos azuis dele faiscaram de desejo e eu queria apenas incentivar aquilo.
— Pare com isso, Katherin. — ele avisou outra vez, desviando o olhar do
meu, bebendo metade do copo de cerveja que estava em sua mão.
— Vai, Nolan, uma noite e te mostro que tirar minha irmã do meu
caminho seria a melhor coisa que aconteceria com você. — fiz beicinho e ele
me encarou de canto de olho, sério. Esperei alguns segundos e então ele
disse:
— Não vai. — eu estava quase rezando para que ela nos pegasse fazendo
algo bem impróprio. — E se descobrir, ótimo, assim tenho você só pra mim.
— O que você quiser que eu seja. — era minha última tentativa, após
aquilo, ou ele me recusaria de vez, ou ele seria meu, em parte. — Ou vai
dizer que seu pau não cresce toda vez que digo que você pode fazer o que
quiser comigo?
Ele me olhou fundo nos olhos, e assentiu, virando de costas para todos e
encarando a churrasqueira novamente. Vi sua mão levantar a camisa social
que tampava o volume que estava em frente sua calça. Sorri de canto,
olhando por cima do meu ombro para ver se alguém estava prestando
atenção, antes de levar a mão até lá, segurando-o com força, apertando o
volume e gemendo baixinho.
— Viu? Você está casando errado. — provoquei e ele riu baixo e sem
graça.
Estremeci com a possibilidade. Eu queria fazer tudo com ele, queria que
ele fizesse tudo comigo. Ele encostou o ombro no meu, não deixando
ninguém ver que levou a mão esquerda para a frente do meu vestido,
levantando-o brevemente e vendo que eu estava sem calcinha.
Com isso ele se afastou. E Nolan pagou com a língua naquela noite. E eu
também. Nunca esperaria que ele fosse fazer as coisas que fez comigo dentro
do carro, na esquina da minha casa, mas ele fez. Nolan tinha um SUV com
vidros escurecidos, e ali dentro fizemos tudo que queríamos um com o outro.
Por quase três horas ele teve meu corpo do jeito que quis, assim como
tive o dele. Chupei, mordi, beijei, gritei e gozei como nunca. E Nolan disse
eu que era perfeita, que eu não estava nem no mesmo patamar que minha
irmã, que estava acima, que era maravilhosa. No final, quando estávamos nos
ajeitando, Nolan me puxou para um beijo, devagar, cheio de carinho.
— Vou ter que me casar com ela, Katherin. — abri os olhos devagar, com
raiva. — Não posso voltar atrás.
— Posso fazer isso sempre com você. — ele disse baixo, e eu não sabia
se ele estava com vergonha ou com medo da minha reação.
Olhei em seus olhos. Eu poderia sair com quem quisesse, dormir com
quem quisesse e ter quantos relacionamentos quisesse, e ainda teria Nolan
quando eu bem entendesse. Clarissa nunca ficaria sabendo e eu ainda poderia
tê-lo. Respirei fundo e assenti, digitando meu telefone no celular dele que
estava no console do carro.
Eu ria disso. Ele estava casado com minha irmã e eu era solteira, não
deveria me importar se ele dormia com ela ou não, mas no fundo aquilo me
incomodava. E toda vez que nos encontrávamos, eu fazia questão de ser o
máximo na cama. De fazer tudo que podia para me satisfazer e a ele também.
Logo seu corpo estava colado ao meu, sua boca beijando e sugando a
minha. Suas mãos forçaram minha cintura contra a dele, mas logo após
estava me virando, me deixando de frente para minha penteadeira, e me
inclinando por sobre ela. Sorri pelo espelho, ele estava com tanta vontade
quanto eu. Levantei parte da minha saia, e o senti deslizar os dedos devagar
por minha coxa, seguindo por entre minhas pernas e já me encontrando
molhada.
Gemi baixo e mordendo os lábios, sabendo bem que não poderia fazer
nenhum barulho. Ele afastou o tecido de minha pele e deslizou os dedos para
dentro de mim, facilmente, sem pressa. O ouvi gemer rouco atrás de mim, os
dedos se movendo para dentro e para fora, enquanto a outra mão soltava o
cinto. O senti abrir a calça, e olhei por cima do ombro, para vê-lo se segurar
na palma da mão, movendo para cima e para baixo, movendo-o para cima e
para baixo por entre meus lábios.
— Não seja imbecil, te disse que estou no meu período fértil. — disse
enquanto inclinava na penteadeira, gemendo mais quando seus dedos
deslizavam para dentro e para fora de mim.
— Cala a boca e vem. — disse e gemi quando ele tirou os dedos de mim,
deslizando pelos meus lábios. Mas ele começou a se forçar para dentro de
mim em um lugar diferente. — Merda, Nolan…
— Não vou arriscar, Katy. — ele disse já todo dentro de mim, o quadril
fazendo pressão pra frente, me fazendo aceitá-lo sem pedir permissão. —
Prefiro aqui, mais seguro e você fica tão linda com a bunda pra cima.
Eu enlouquecia o quanto ele era vulgar. E aquela situação toda era vulgar.
Se alguém nos pegasse, veria Nolan colocando toda força que tinha para
entrar e sair de mim, as mãos no meu quadril, os olhos vidrados no que estava
fazendo e me veria pelo espelho sorrindo de prazer, adorando cada segundo
com ele.
— Acho que vou gozar dentro, Katy. — comecei a negar com a cabeça,
mas ele começou a usar mais força, me fazendo gemer mais alto. — Assim
seu namoradinho vai ter que esperar você tomar um banho para poderem sair
depois que forem embora daqui.
Gemi alto. Ele era um sacana. Ele queria que Peter descobrisse que eu
estava dormindo com alguém e que esse alguém fazia algo que não deixava
ele fazer. E eu queria tanto que minha irmã pudesse descobrir que eu estava
com ele, que eu era a outra dele. Sorri quando ele usou mais força, agora
dizendo que eu era linda, perfeita, que queria gozar dentro de mim todos os
dias, e que deveria me engravidar de uma vez. E eu não teria ficado assustada
com aquilo, Nolan sempre se descontrolava quando gozava, mas ele saiu de
mim e deslizou por entre meus lábios, colocando com força e me fazendo
gozar rapidamente. Porém, eu o senti gozar dentro de mim, e ele estava tão
fundo, tão quente, que eu sabia que era impossível que não fosse ficar
grávida.
— Sou só seu agora, Katy. — gemi contra a boca dele, sorrindo enquanto
o sentia se mover mais uma vez, me deixando excitada novamente.
— Então vem ser meu outra vez. — disse gemendo mais alto, agora
querendo que todo mundo escutasse e que soubesse que Nolan era todo meu.
FIM.