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PROPOSTA DE DEZEMBRO DE 2009

Caso Geisy: exibicionismo, machismo,


intolerância ou má-educação?
Geisy Arruda, aluna de uma universidade em São Bernardo do Campo (SP), precisou de escolta policial para voltar para casa. Ela teria
provocado a hostilidade de cerca de 700 colegas, pelo apertado minivestido pink com que foi à escola. A estudante, xingada e humilhada,
admitiu, depois, que errou ao usar essa roupa. Enquanto muitos a defendem, como os estudantes de Brasília, que manifestaram solidariedade,
saindo nus em passeata, outros consideram o caso um ato de exibicionismo erótico premeditado. Expulsa da faculdade, depois readmitida,
Geisy não voltou às aulas, mas tem ido a programas de TV para falar do episódio. Tornou-se, por enquanto, uma celebridade. Mas, afinal,
onde está o centro desta polêmica? No vestuário feminino, no machismo e na intolerância ou na má-educação da sociedade em geral?

Quem nunca errou joga [jogue] a primeira


pedra.
O excesso de exibição física acarretou uma grande avalanche de revoltas dos alunos da universidade tais
como: machismo, intolerância e a má educação.

A forma de [se] expressar do ser humano, tanto física ou [quanto] mental, causa uma série de ações
favoráveis ou contrárias que são apresentadas pelas [por] algumas pessoas. No caso da mulher[,] na maneira
em que se veste, a certo tipo de roupa, traz honestidade ou lascívia para ela, causando opiniões divididas ou
até mesmo machismo por alguns homens através de cantadas.

O nível de sensualidade que apresenta em um singelo pano decotado, traz a intolerância e o ciúme de
algumas mulheres, acarretando discriminação e revoltas. Assim, basta saber usar em certos tipos de
ambientes e locais apropriados.

O fenômeno que ocorreu no Brasil[,] o caso da aluna "Geisy de Arruda que foi com vestido curto na
universidade", a falta de educação ocorreu nos dois aspectos no caso da aluna e dos alunos: ela não foi bem
sucedida no seu vestuário e eles por [se] comportarem como animais no campo de vez a conselha-lá [em vez
de aconselhá-la].

O fato de sentir-se bem mostrando a sensualidade não é aceitável por algumas pessoas
que traz [trazem] intolerância, má-educação, machismo e discriminação social. Portanto, vivemos em um país
livre, sem interferência nos costumes particulares das pessoas, não podemos jogar pedra na vontade do outro,
quem nunca errou joga [jogue] a primeira pedra.

Infelizmente, a redação é precária: o autor não consegue se exprimir com um mínimo de precisão. As palavras,
ora usadas em sentido real, ora em sentido figurado, de maneira excessivamente subjetiva, quando não
completamente inadequadas, a mudança constante do sujeito das orações, a inexistência de sujeito e a
confusão sintática revelam uma grande dificuldade com a expressão escrita. Percebe-se que o autor tem
ideias, mas é incapaz de expressá-las com um mínimo de clareza. Os problemas são recorrentes, da primeira
à última linha. São tantos que é até difícil apontá-los resumidamente. Vamos tentar mostrar alguns nos
aspectos pontuais.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) A expressão "exibição física" não é suficiente para descrever o fato que a redação vai
abordar. Do que exatamente o autor fala quando diz "exibição física"? Supomos que ele se refere ao tema da
redação, mas isso tem de ficar explícito. b) "Grande avalanche de revoltas" é uma expressão que só faz
sentido metaforicamente, conotativamente, mas o texto a usa denotativamente e, portanto, erroneamente. c)
Não se pode dizer que machismo, intolerância e má educação sejam revoltas.

2) A primeira frase do segundo parágrafo ou é um truísmo ou carece completamente de significado. Na


segunda frase, qual é o sujeito de "traz"? Não pode ser nenhum dos antecedentes, já que são
preposicionados. O que o autor parece querer dizer é que o uso de certas roupas por uma mulher pode
provocar reações diversas ou dividir opiniões. Pode provocar reações machistas, mas não machismo e não
necessariamente através de cantadas, pelo que o exemplo é gratuito.

3) Terceiro parágrafo: a) qual é o sujeito do verbo "apresentar"? b) "Singelo pano decotado" é outra expressão
metafórica descabida e despropositada. c) a vírgula antes de "traz" separa sujeito de predicado, o que é
expressamente proibido pela gramática. d) "Basta saber usar" o quê? O "singelo pano decotado"? Faltam às
orações os elementos essenciais ou integrantes, de modo que elas não fazem sentido.

Tudo a [à] mostra
A aluna da universidade Uniban de São Bernardo do Campo, Geyse [Geisy] Arruda, teve que sair da sua
faculdade escoltada, após ter sido escoltada e humilhada por 700 alunos. O caso gerou varias controvérsias e
discussões. Estaria mesmo curto o seu vestido pink o suficiente para todo esse alarde?

Geyse [Geisy] pediu desculpas pelo traje e admitiu ter errado na escolha da roupa. Entretanto, muitos
consideraram o ato um exibicionismo erótico premeditado e concordam com a expulsão da estudante,
argumentando que a roupa era inadequada para um ambiente estudantil como uma universidade e que[,] para
se escolher uma roupa[,] é precisso [preciso] observar o lugar a ser frequentado. Por sorte, muitos foram em
defesa da estudante, fazendo passeatas nus e a admitindo-a em programas de televisão para do caso. A
mídia[,] principalmente, sendo que o seu maior lucro vem da apelação da sensualidade, não teria outra opção
a não ser apoiar a estudante.

Em sua defesa, a aluna disse que sempre gostou de usar roupas justas, decotadas e curtas e que o ato não foi
de maneira alguma para provocar, e que sempre se vestiu dessa maneira e que quiseram apenas humilha-
la [humilhá-la]. Geyse [Geisy] não voltou as [às] aulas ainda, tem ido a programas de televisão falar sobre a
polêmica. Virou uma celebridade, foi convidada para posar nua.

Em que país estamos: em um país de mulheres nuas nas praias, o país do famoso carnaval ou no país onde
se condena o uso de um vestido nem tão curto assim? Esse ato foi de extremo machismo, intolerância e má-
educação. Esse fato representa o quanto a sociedade brasileira é preconceituosa em seus conceitos
e[,] infelizmente[,] ainda machista.
Como você encara os cursos a distância
e as universidades virtuais?
A chamada Educação a distância (Ead) é o processo de ensino-aprendizagem em que
professores e alunos não precisam estar fisicamente juntos, pois se encontram
conectados por tecnologias telemáticas, como a internet. Recursos de Educação a
distância já são muito utilizados pelas escolas tradicionais. Aliás, o próprio Banco de
Redações se fundamenta na interatividade entre os usuários do UOL e uma equipe de
educadores. Desde o início desta década, têm se desenvolvido os cursos de graduação a
distância, que o aluno conclui sem praticamente ir à universidade. Há quem veja a
inovação com bons olhos. Há quem lhe seja contrário. Como você se posiciona nesse
debate?

A problemática educacional
Nos dias atuais, a fragilidade educacional tornou-se alvo de várias discussões, pelo fato de vários países,
considerados subdesenvolvidos, apresentarem índices mínimos de produtividade e prosperidade econômica.

Enquanto os países desenvolvidos investem intensamente na educação humana, os países


subdesenvolvidos apresentam milhares de analfabetos, e com isso, o país[,] cada vez mais, carece de
profissionais especializados em diversas áreas de trabalho.

Algumas soluções poderiam ser viáveis como um incentivo intensificado por parte dos pais, para que seus
filhos frequentem as escolas e colégios, para que esses não sofram com a precariedade financeira,
as [financeira. As] autoridades governamentais deveriam estabelecer diversos projetos, tanto para adultos,
adolescentes quanto para as crianças [como para adolescentes e crianças], para que o analfabetismo seja
extinguido, os [e os] países desenvolvidos poderiam estabelecer ajudas financeiras a esses países, entre
outras colocações.

Portanto, os países subdesenvolvidos deveriam investir na educação de seus habitantes, pois proporcionaria


vários avanços político, econômico e cultural [proporcionariam vários avanços políticos, econômicos e
culturais] desses, [e] as pessoas teriam empregos melhores que conduziriam o país a crescimentos nos
"rankings", e as gerações futuras não sofreriam com tamanha desigualdade existente no planeta, que hoje
aflinge as pessoas carentes[.]

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