Você está na página 1de 1

Sempre está ali, mesmo quando não há espaço, mesmo quando não consigo vê-lo, ele está ali,

o mal à
espreita, pronto para devorar tudo de bom que minha mente ainda carrega. Algumas vezes é uma energia
ruim, outras uma forma medonha, tem penas em algumas partes do corpo, enquanto outras são apenas
pele, uma pele extremamente negra e lisa, como se nem ao menos houvesse poros, nunca o olhei nos
olhos por tempo o suficiente, mas sei que eram medonhos, lembram uma cobra e nunca estão focados na
mesma direção. É possível saber todas as vezes que se aproxima, Aquilo carregava consigo o calor, como
se sempre que chegasse perto meu corpo entrasse em combustão, também começa a confusão, não penso
mais coerentemente quando ele está por perto, apenas sinto pavor, o último sinal acontece somente
quando Aquilo se materializa, um cheiro de podridão invade minhas narinas, um cheiro tão forte que a
sensação é de eu mesma ser o cadáver em decomposição.

Você também pode gostar