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2021

1a SÉRIE

GABARITOS E
RESOLUÇÕES
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Questões de 01 a 27

QUESTÃO 01
_21_3EM_1S_ING_TC_L1_Q03

DAVIS, Jim.

De acordo com a tirinha, é correto afirmar que


a) Jon, a contragosto, lê um conto de fadas clássico para Garfield e Odie.
b) Jon inventa um conto de fadas para divertir seus animais de estimação.
c) Garfield reconhece a história narrada por Jon, pois a identificou em outro conto de fadas.
d) “Once upon a time there was” se refere a um fato real, portanto Jon está lendo um livro de História.
e) Jon, ao utilizar elementos de sua vida real para construir um conto de fadas, cria o efeito de humor da tira.

Gabarito: E

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C2H5
BNCC: EM13LGG301

Jon inicia sua história com “Once upon a time there was”, que é geralmente utilizado no início de contos de fadas, segue
descrevendo as personagens e, por fim, narra duas ações que aconteceram, as quais levam o leitor a chegar à conclusão
de que Jon está, na realidade, furioso com seus animais de estimação e que está descrevendo as travessuras que ambos
fizeram a ele. Essa ideia é confirmada pelo comentário de Garfield de que a história lhe soa familiar e pela expressão facial
assustada de Odie, que se recordam das traquinagens que fizeram, gerando, assim, o efeito de humor da tira.

Alternativa A: incorreta. De acordo com os elementos verbais e não verbais da tirinha e a análise do sentido gerado por
ela, chega-se à conclusão de que a história narrada por Jon foi inventada a fim de expor as travessuras que seus animais de
estimação fizeram. Portanto, Jon não está lendo um conto de fadas clássico.
Alternativa B: incorreta. No último quadrinho, percebe-se que as ações narradas por Jon foram realizadas por Garfield e por
Odie. Jon se utilizou sarcasticamente da estrutura de um conto de fadas para expressar seu descontentamento para com
seus animais de estimação e para repreendê-los, e não para diverti-los.
Alternativa C: incorreta. Garfield afirma que a história contada por seu dono lhe soa familiar, pois ele reconhece suas
travessuras, bem como as de seu companheiro Odie, nas descrições do conto narrado. Não há menção ao fato de Garfield
já ter lido outro conto de fadas.
Alternativa D: incorreta. A expressão “Once upon a time there was”, traduzida como “era uma vez”, faz referência ao gênero
conto de fadas, ou seja, não apresenta fatos reais. Sendo assim, não é possível inferir que Jon esteja lendo um livro de
História.
QUESTÃO 02
_21_3EM_1S_ING_TC_L1_Q01
I don’t wanna be alone
I don’t wanna be alone
When it ends
Don’t wanna let you know
I don’t wanna be alone
But I, I can feel it take a hold (I can feel it take a hold)
I can feel you take control (I can feel you take control)
Of who I am and all I’ve ever known
Loving you’s the antidote
STYLES, Harry. “Golden”. In: Fine line. Universal Music, 2019.

No trecho da canção de Harry Styles, o eu lírico expressa


o medo de ficar sozinho e revela seus sentimentos pela
pessoa amada. Sobre o verbo em destaque, verifica-se que
o
a) eu lírico utiliza o gerúndio para descrever uma ação que
está acontecendo no momento em que se declara para
alguém.
b) eu lírico afirma que amar é o antídoto para possíveis
males, ou seja, o termo em destaque é o sujeito da
oração.
c) verbo “love” recebe gerúndio pois é precedido pelo
verbo “know”, o qual exige -ing na estrutura que o
sucede.
d) antídoto para o sofrimento do eu lírico é ficar sozinho,
isolando-se de terceiros.
e) fato de o eu lírico ter amado alguém no passado curou
seu sofrimento.

Gabarito: B

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C2H7
BNCC: EM13LGG403

Um dos usos do gerúndio (verbo + ing) é como sujeito da


oração. O verso “Loving you’s the antidote” afirma que
“amar você é o antídoto”, isto é, o fato de a estrutura “loving
you” responder à pergunta “o que é o antídoto?” o torna
sujeito da oração. Quando o verbo no gerúndio é o sujeito,
ele vem no início da frase.

Alternativa A: incorreta. Embora a estrutura de gerúndio


possa ser usada para designar uma ação que está
acontecendo no momento do discurso, ou seja, present
continuous/progressive (sujeito + verbo to be + verbo + ing),
na construção do verso em questão, o sujeito da frase é o
próprio verbo no gerúndio.
Alternativa C: incorreta. As formas verbais no passado
particípio “known” e no gerúndio “loving” não pertencem
ao mesmo período, mas fazem parte de estruturas distintas.
Além disso, o verbo “know” não se insere no grupo de
verbos que exigem verbo + ing após o uso dele.
Alternativa D: incorreta. No início do trecho da canção, o
eu lírico afirma que não quer ficar sozinho; “I don’t wanna
be alone”. No último verso, ele afirma que amar a pessoa
querida é o antídoto (“Loving you’s the antidote”), ou seja, a
cura é o amor, e não a solidão.
Alternativa E: incorreta. O trecho em que aparece o verbo
em destaque está no presente (“Loving you’s the antidote”),
portanto não é possível afirmar que uma ação no passado
curou o sofrimento do eu lírico.
QUESTÃO 03
_21_3EM_1S_ING_TC_L1_Q02
Mobile phones, particularly the smartphones that have
become our inseparable companions today, are relatively
new. However, the history of mobile phones goes back
to 1908 when a US Patent was issued in Kentucky for a
wireless telephone.
Mobile phones were invented as early as the 1940s
when engineers working at AT&T developed cells for
mobile phone base stations.
The very first mobile phones were not really mobile
phones at all. They were two-way radios that allowed
people like taxi drivers and the emergency services to
communicate.
Instead of relying on base stations with separate cells
(and the signal being passed from one cell to another), the
first mobile phone networks involved one very powerful
base station covering a much wider area.
Motorola, on 3 April 1973, were the first company to
mass produce the first handheld mobile phone.
These early mobile phones are often referred to as 0G
mobile phones, or Zero Generation mobile phones. Most
phones today rely on 3G or 4G mobile technology.
Disponível em: <https://www.uswitch.com>. Acesso em: 14 fev. 2021.

O artigo apresenta uma breve história sobre a invenção do


telefone celular. De acordo com o excerto, é correto afirmar
que
a) a invenção do celular remonta à década de 1940, ou
seja, é considerada uma invenção antiga.
b) não há conhecimento sobre qual foi a empresa pioneira
na produção em massa de telefones celulares.
c) os primeiros telefones celulares foram criados a fim de
facilitar a comunicação entre amigos e familiares.
d) engenheiros desenvolveram células para estações de
telefonia móvel, as quais se transformariam nos telefones
celulares de hoje em dia.
e) as primeiras redes de telefonia móvel tinham uma
base muito fraca e com curto alcance, visto que ainda
não havia tecnologia suficiente para uma criação mais
poderosa.

Gabarito: D

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C2H6
BNCC: EM13LGG301

No segundo parágrafo, verifica-se que engenheiros


desenvolveram células para estações-base de telefonia
móvel: “Mobile phones were invented as early as the
1940s when engineers working at AT&T developed cells for
mobile phone base stations.”.
A partir dessa invenção, os primeiros aparelhos móveis
foram modificados e aprimorados até chegar ao telefone
celular conhecido atualmente, conforme o trecho que expõe
esse desenvolvimento: “Motorola, on 3 April 1973 were the
first company to mass produce the first handheld mobile
phone. These early mobile phones are often referred to
as 0G mobile phones, or Zero Generation mobile phones.
Most phones today rely on 3G or 4G mobile technology.”.

Alternativa A: incorreta. Os primeiros telefones celulares


remontam, de fato, à década de 1940, mas o próprio texto
afirma que essa invenção é relativamente nova: “Mobile
phones, particularly the smartphones that have become
our inseparable companions today, are relatively new.”.
Alternativa B: incorreta. Observa-se, no último parágrafo, a
menção à primeira companhia responsável pela produção
em massa dos telefones móveis: “Motorola, on 3 April 1973,
were the first company to mass produce the first handheld
mobile phone.”. Portanto, a empresa pioneira responsável
pela produção dos primeiros celulares não é desconhecida.
Alternativa C: incorreta. A função dos rádios bidirecionais,
considerados os primeiros aparelhos móveis de
comunicação, era a de otimizar a comunicação de serviços
de motoristas de táxi e de emergência (“They were two-
way radios that allowed people like taxi drivers and the
emergency services to communicate.”); não há menção à
função do telefone celular propriamente dito.
Alternativa E: incorreta. Na realidade, as primeiras redes
de telefonia móvel envolviam uma estação-base muito
poderosa e uma ampla área de cobertura, como consta
em “the first mobile phone networks involved one very
powerful base station covering a much wider area.”.
QUESTÃO 04
_21_3EM_1S_ING_TC_L1_Q05
The Catholic Church recognizes at least three different
saints named Valentine or Valentinus, all of whom were
martyred. One legend contends that Valentine was a
priest who served during the third century in Rome. When
Emperor Claudius II decided that single men made better
soldiers than those with wives and families, he outlawed
marriage for young men. Valentine, realizing the injustice
of the decree, defied Claudius and continued to perform
marriages for young lovers in secret. When Valentine’s
actions were discovered, Claudius ordered that he be put
to death. Still others insist that it was Saint Valentine of
Terni, a bishop, who was the true namesake of the holiday.
He, too, was beheaded by Claudius II outside Rome.
Other stories suggest that Valentine may have been
killed for attempting to help Christians escape harsh
Roman prisons, where they were often beaten and
tortured. According to one legend, an imprisoned Valentine
actually sent the first “valentine” greeting himself after he
fell in love with a young girl—possibly his jailor’s daughter—
who visited him during his confinement. Before his death,
it is alleged that he wrote her a letter signed “From your
Valentine,” an expression that is still in use today. Although
the truth behind the Valentine legends is murky, the stories
all emphasize his appeal as a sympathetic, heroic and—
most importantly—romantic figure. By the Middle Ages,
perhaps thanks to this reputation, Valentine would become
one of the most popular saints in England and France.
“History of Valentine’s Day”. Disponível em: <https://www.history.com>.
Acesso em: 19 fev. 2021.

Valentine’s Day, o feriado que celebra o amor, é oficialmente


comemorado no dia 14 de fevereiro. De acordo com o texto
sobre a origem dessa data, é correto afirmar que
a) há três possíveis origens para o Valentine’s Day
reconhecidas pela cultura popular.
b) Valentine foi executado por ajudar jovens prisioneiros a
se casarem dentro da prisão.
c) os simpáticos e heroicos santos chamados Valentine
tiveram suas vidas interrompidas.
d) ­Valentine’s Day é o feriado mais popular nos países da
Europa, como Inglaterra e França.
e) a famosa frase “From your Valentine” foi escrita por uma
jovem que viveu um amor proibido.

Gabarito: C

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C2H8
BNCC: EM13LGG301

O texto apesenta três origens reconhecidas pela Igreja


Católica para o Valentine’s Day. Todas as possibilidades
apresentam a morte como o fim de Valentine. A primeira
teoria conta a história de um padre, Valentine, que realizava
casamentos de jovens soldados em segredo, já que o
matrimônio para eles foi proibido; assim que seu “crime” foi
descoberto, o padre Valentine foi morto. A segunda teoria
afirma que o verdadeiro símbolo que deu origem ao feriado
foi o bispo Valentine de Terni que também foi morto pelo
imperador Claudio II. E, finalmente, a terceira teoria conta
a história de um prisioneiro que se apaixonou pela filha do
carcereiro, e, antes de sua morte, escreveu a famosa frase
“From your Valentine”.

Alternativa A: incorreta. O texto afirma que há três


santos reconhecidos pela Igreja Católica, e não pela
cultura popular, conforme o trecho “The Catholic Church
recognizes at least three different saints named Valentine
or Valentinus, all of whom were martyred.”.
Alternativa B: incorreta. Um dos três santos denominados
Valentine realizava matrimônios de jovens soldados, e não
de jovens prisioneiros.
Alternativa D: incorreta. Embora o texto afirme que
Valentine seja um dos santos mais populares da Inglaterra
e França, não há menção sobre a popularidade do feriado,
muito menos sobre a sua superioridade em relação aos
outros dias festivos.
Alternativa E: incorreta. Essa famosa frase foi escrita pelo
prisioneiro Valentine, que se apaixonou pela filha de seu
carcereiro.
QUESTÃO 05
_21_3EM_1S_POR_VP_L1_Q05

Disponível em: <https://www.facebook.com>. Acesso em: 15 mar. 2021.

No meme apresentado, é preciso inserir um hífen em


a) “uso o”, já que o pronome “o” foi posicionado depois do
verbo.
b) “pode se”, porque o pronome “se” foi colocado depois
do verbo.
c) “pode se”, já que “se” se trata de uma partícula
apassivadora.
d) “microondas”, mas foi justamente essa ausência que
gerou o humor no meme.
e) “microondas”, pois o segundo elemento inicia com a
mesma letra do final do prefixo.

Gabarito: E

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H25
BNCC: EM13LP02

No meme apresentado, é preciso inserir um hífen em


“microondas”, já que, conforme o último Acordo Ortográfico,
quando a última letra do prefixo coincide com a primeira
letra do segundo elemento, deve haver um hífen entre
eles. A grafia correta, portanto, é “micro-ondas”. A mesma
regra verifica-se também, por exemplo, em “micro-ônibus”
e “contra-ataque”.

Alternativa A: incorreta. Em “uso o”, o elemento “o” não


é um pronome, mas um artigo definido determinando o
substantivo “uso”.
Alternativa B: incorreta. Em “pode se”, o pronome “se”
não se relaciona diretamente com o verbo auxiliar “pode”,
mas com o verbo principal “queimar”. Ademais, quando o
pronome “se” é colocado entre o verbo auxiliar e o verbo
principal, ele não pode figurar na frase sem estar ligado ao
auxiliar por meio de hífen.
Alternativa C: incorreta. Em “você pode se queimar”, o
“se” não é partícula apassivadora, mas pronome reflexivo
subordinado ao verbo “queimar”.
Alternativa D: incorreta. É preciso inserir o hífen em
“microondas”, mas não é essa ausência que gera o humor
do meme.
QUESTÃO 06
_21_3EM_1S_POR_VS_L1_Q01

Buscando a Cristo
A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.

A vós, divinos olhos, eclipsados


De tanto sangue e lágrimas abertos,
Pois, para perdoar-me, estais despertos,
E, por não condenar-me, estais fechados.

A vós, pregados pés, por não deixar-me,


A vós, sangue vertido, para ungir-me,
A vós, cabeça baixa, pra chamar-me

A vós, lado patente, quero unir-me,


A vós, cravos preciosos, quero atar-me,
Para ficar unido, atado e firme.
MATOS, Gregório de. In: HOLANDA, Sergio Buarque de. Antologia dos
poetas brasileiros da fase colonial. São Paulo: Perspectiva, 1979. p. 56.

Com uma notável elaboração de linguagem e um equilíbrio


formal que evidenciam princípios barrocos, a temática do
soneto de Gregório de Matos é expressa por
a) sátira graciosa direcionada à sociedade da época, cujas
práticas religiosas escondiam o pecado.
b) metáfora da via crucis que é apresentada pelo eu lírico
como retrato de seu próprio sofrimento.
c) religiosidade intensa por meio da qual o eu lírico
demonstra que o perdão de Deus é absoluto.
d) questionamento das práticas religiosas na Bahia, cujo
paganismo é condenado pelo eu lírico.
e) dicotomia entre as visões espirituais e materiais que
impedem o eu lírico de ser perdoado.

Gabarito: C

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H16
BNCC: EM13LP49

O soneto de Gregório de Matos ilustra uma característica


típica do Barroco: o uso de situações ambivalentes, que
possibilitam dupla interpretação. No poema, o eu lírico,
de forma tendenciosa, usa a imagem de Jesus Cristo de
braços abertos para justificar a sua disponibilidade em
recebê-lo, ao mesmo tempo que afirma que esses mesmos
braços estão cravados, ou seja, impedidos de castigá-lo
(“Que, para receber-me, estais abertos / E, por não castigar-
-me, estais cravados.”). Dessa forma, o poema apresenta
uma temática religiosa e demonstra a intencionalidade do
eu lírico, que utiliza argumentos baseados em uma lógica
pessoal e parcial, para sugerir que ele será perdoado.

Alternativa A: incorreta. Gregório de Matos, poeta barroco


baiano conhecido por suas críticas à sociedade da época,
recebeu a alcunha de “Boca do Inferno”, denominação que
revela muito sobre o tom de suas poesias satíricas. Contudo,
no poema “Buscando a Cristo”, percebe-se uma temática
lírico-religiosa marcada por uma linguagem subjetiva por
meio da qual o eu lírico assume a culpa pelos seus atos, e,
por isso, necessita ainda mais da salvação divina.
Alternativa B: incorreta. O soneto não utiliza as imagens de
Jesus na cruz para retratar o sofrimento do eu lírico, e sim
para desenvolver uma argumentação que busca convencer
o leitor de uma verdade religiosa: o perdão de Deus é
absoluto. Cristo está de braços abertos para receber o
eu lírico, mas com pregos em suas mãos, impossibilitado,
assim, de castigá-lo; e tem os olhos abertos para perdoá-lo,
mas também fechados para não condená-lo.
Alternativa D: incorreta. O soneto não questiona as
práticas religiosas ou o paganismo na Bahia, mas centra-se
na subjetividade e pessoalidade de um eu lírico que
se apresenta como pecador e clama para um Deus que
é descrito como bondoso. Na última estrofe, pode-se
identificar a fusão desse sujeito poético e de Cristo, visto
que o fiel, reconhecendo os sinais de que será acolhido
por Deus, manifesta o seu desejo de “ficar unido, atado e
firme” ao Cristo crucificado.
Alternativa E: incorreta. Não há impedimento para o eu
lírico ser perdoado, já que Deus, como compassivo, não
poderia negar-lhe sua misericórdia; prova disso é que cada
uma das partes do corpo de Cristo representa uma atitude
acolhedora, uma manifestação de bondade e comiseração.
Além disso, o soneto centra-se em elementos religiosos
e espirituais, e não em visões materiais ou em elementos
mundanos.
QUESTÃO 07
_21_3EM_1S_ART_MB_L1_Q01
Anjo — Que quereis?
Fidalgo — Que me digais, pois parti tão sem aviso, se
a barca do Paraíso é esta em que navegais.
Anjo — Esta é; que demandais?
Fidalgo — Que me deixeis embarcar. Sou fidalgo de
solar, é bem que me recolhais.
Anjo — Não se embarca tirania neste batel divinal.
Fidalgo — Não sei por que haveis por mal que entre a
minha senhoria...
Anjo — Para vossa fantasia mui estreita é esta barca.
VICENTE, Gil. Auto da Barca do Inferno.

Gil Vicente é autor de algumas das principais peças do


chamado teatro humanista português, cujas características
dramáticas preservavam muitos elementos medievais,
mas introduziam várias novidades relacionadas ao espírito
burguês em ascensão. Nesse trecho de Auto da Barca do
Inferno, as características ligadas ao mundo medieval são
evidenciadas por meio do(a)
a) teor moralizante do diálogo, pois a nobreza de sangue
não significa nobreza de caráter.
b) referência positiva à nobreza de baixo extrato, encarnada
pela figura do fidalgo.
c) alusão à fantasia como um elemento importante para o
espírito humano.
d) desconstrução do discurso maniqueísta de pecado e
salvação.
e) valorização do profano em viés cômico e satírico.

Gabarito: A

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C4H14
BNCC: EM13LGG601

Embora nobre, o fidalgo não merece a salvação, pois não


agiu com verdadeira nobreza em vida. Isso destaca o tom
moralizante da obra de Gil Vicente.

Alternativa B: incorreta. O fidalgo não é retratado


positivamente já que ele está condenado à danação.
Alternativa C: incorreta. A fantasia é aludida de forma
pejorativa e irônica pelo anjo, que a compara ao tamanho
da soberba do fidalgo.
Alternativa D: incorreta. O discurso maniqueísta é
preservado e é, com efeito, a base do diálogo, pois o
fidalgo deseja a salvação, mas será condenado à danação
por seus pecados.
Alternativa E: incorreta. No trecho em questão, inexistem
elementos caracterizadores de sátira, como caricaturas,
personagens grotescas e linguagem chula.
QUESTÃO 08
_21_3EM_1S_POR_NB_L1_Q03
Depois de maio de 1940, os bons tempos se acabaram:
primeiro a guerra, depois a capitulação, seguida da
chegada dos alemães. Decretos antissemitas surgiam, uns
após outros, em rápida sucessão. Os judeus tinham de
usar, bem à vista, uma estrela amarela; os judeus tinham
de entregar suas bicicletas; os judeus não podiam andar
de bonde; os judeus não podiam dirigir automóveis. Só lhes
era permitido fazer compras das três às cinco e, mesmo
assim, apenas em lojas que tivessem uma placa com
os dizeres: loja israelita. Os judeus não podiam praticar
esportes publicamente. Piscinas, quadras de tênis, campos
de hóquei e outros locais para a prática de esportes eram-
-lhes terminantemente proibidos. Os judeus não podiam
visitar os cristãos. Só podiam frequentar escolas judias,
sofrendo ainda uma série de restrições semelhantes.
FRANK, Anne. O diário de Anne Frank. Rio de Janeiro: Record, 2000.

No trecho transcrito, as palavras em destaque podem ser


classificadas, respectivamente, como
a) substantivo, advérbio e adjetivo.
b) substantivo, adjetivo e adjetivo.
c) adjetivo, advérbio e adjetivo.
d) advérbio, adjetivo e adjetivo.
e) adjetivo, adjetivo e adjetivo.

Gabarito: E

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H25
BNCC: EM13LP07

No texto, “amarela”, “israelita” e “judias” caracterizam,


respectivamente, os substantivos “estrela”, “loja” e
“escolas”, portanto são classificadas com adjetivos.

Alternativa A: incorreta. A palavra “amarela” não é um


substantivo, pois está qualificando o substantivo “estrela”. A
palavra “israelita” não é um advérbio, pois está modificando
o substantivo “loja”.
Alternativa B: incorreta. A palavra “amarela” não é um
substantivo, mas um adjetivo.
Alternativa C: incorreta. A palavra “israelita” não é um
advérbio, pois advérbio não modifica um substantivo, e a
palavra “israelita” está modificando o substantivo “loja”.
Alternativa D: incorreta. A palavra “amarela” é um adjetivo,
e não um advérbio.
QUESTÃO 09
_21_3EM_1S_POR_VS_L1_Q05
Torno a ver-vos, ó montes; o destino
Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte rico e fino.

Aqui estou entre Almendro, entre Corino,


Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros
Atrás de seu cansado desatino.

Se o bem desta choupana pode tanto.


Que chega a ter mais preço, e mais valia,
Que da Cidade o lisonjeiro encanto;

Aqui descanse a louca fantasia;


E o que até agora se tornava em pranto.
Se converta em afetos de alegria.
COSTA, Cláudio Manoel da. “Torno a ver-nos ó montes”.
In: PROENÇA FILHO, Domício. A poesia dos inconfidentes.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 78-9.

O soneto de Cláudio Manoel da Costa evidencia a dicotomia


entre a colônia e a metrópole. Considerando os elementos
característicos e constitutivos da poesia árcade, é correto
afirmar que a
a) preocupação em realizar uma representação literária
da vida nacional aparece na crítica à forma como a
metrópole usufruía dos recursos da colônia.
b) oposição do poema assemelha-se ao mito da Arcádia,
visto que apenas na colônia e no campo seria possível
aproveitar a vida com simplicidade.
c) superioridade da “choupana” sobre a “Cidade” retrata
a forma como os poetas árcades defendiam que as
mazelas sociais estão na civilização.
d) preocupação do poeta árcade em descrever a vida
nacional de forma exagerada e cheia de contrastes
evidencia o lema do locus amoenus.
e) máxima do carpe diem é representada esteticamente no
poema pela referência, na última estrofe, à transformação
do pranto em alegria.

Gabarito: B

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H16
BNCC: EM13LP50

A observação da natureza e do campo é um dos grandes


leitmotiv do Arcadismo, o que recai em uma espécie de
desprezo pela vida urbana e pela metrópole. Nessa
busca pelo campo e pela vida natural, os poetas se
imaginavam pastores que conviviam em harmonia e em
paz com os elementos da natureza, o que permitia que se
distanciassem dos rebuscamentos da Corte e da cidade,
como comprovam os versos: “Se o bem desta choupana
pode tanto. / Que chega a ter mais preço, e mais valia, /
Que da Cidade o lisonjeiro encanto”.

Alternativa A: incorreta. O Arcadismo não foi um movimento


artístico preocupado com a denúncia ou a crítica das
injustiças ou mazelas sociais. Antes, interessou aos poetas
árcades minimizar os exageros e excessos da cultura
barroca – que colocava o ser humano em posição de
desconforto diante dos contrastes entre as esferas terrenas
e celestes – e combater o estilo rebuscado verificado tanto
no exagero das construções sintáticas complexas como no
vocabulário excessivamente erudito.
Alternativa C: incorreta. Embora seja assertiva a
superioridade da “choupana” sobre a “Cidade”, ou seja, do
campo sobre a cidade, não há elementos ou recursos no
texto que permitam inferir que os poetas árcades defendiam
que as mazelas sociais estão na civilização. O afastamento
da metrópole, cabe destacar, ocorre por uma perspectiva
subjetiva do eu lírico, considerando os encontros, encantos
e alegrias que a “choupana” o proporciona, e não há no
poema menção alguma à sua preocupação social.
Alternativa D: incorreta. Os árcades prezavam pelo
equilíbrio e pela simplicidade e exaltavam uma vida sem
excessos como forma de se obter a felicidade. Além disso,
o tema do locus amoenus incide na preocupação do poeta
de destacar o campo como um “lugar ameno”, onde era
possível aproveitar a vida sem que ele se desviasse das
virtudes que cultivava, como o apreço pela vida modesta e
a busca pela paz interior.
Alternativa E: incorreta. A expressão latina carpe diem,
muitas vezes representada no lema tempus fugit, significa
“colher o dia”. Logo, a máxima do carpe diem centra-se
na ideia de que o tempo é fugitivo, passageiro, referindo-
-se não especificamente ao período de um dia, mas ao
momento presente, ao desfrute da vida com a consciência
de sua transitoriedade e efemeridade. Nesse sentido, o
carpe diem não é representado esteticamente no poema
pela referência à transformação do pranto em alegria.
QUESTÃO 10
_21_3EM_1S_POR_NB_L1_Q01

Disponível em: <https://www.instagram.com/ironicadisney>.


Acesso em: 17 mar. 2021.

O meme aciona um elemento linguístico gramatical que é


característico da modalidade oral dos textos, evidenciado
por meio do uso do(a)
a) pronome interrogativo “quem”.
b) abreviação do verbo “estar”.
c) adjetivo “eita” em “um eita”.
d) advérbio “às vezes”.
e) interjeição “aí”.

Gabarito: B

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H27
BNCC: EM13LP01

A modalidade oral da língua se revela por meio do uso da


forma abreviada do verbo “estar”. Em contextos informais,
é comum utilizar a forma “tá”.

Alternativa A: incorreta. O pronome “quem” atua como


pronome relativo, e sua utilização não é restrita à oralidade.
Alternativa C: incorreta. No meme, “eita” não é adjetivo,
mas substantivo, uma vez que vem precedido do artigo
indefinido “um”. Trata-se da nominalização (substantivação)
da interjeição “eita”, como acontece com o advérbio “não”
na frase “Ele respondeu um sonoro não.”.
Alternativa D: incorreta. A locução adverbial “às vezes”
não é um elemento linguístico gramatical característico da
modalidade oral dos textos.
Alternativa E: incorreta. A palavra “aí” não é uma interjeição,
mas um advérbio que, dependendo do contexto, pode
ter sentido locativo (nesse lugar) ou temporal (então). De
qualquer maneira, não se pode dizer que “aí” seja um
elemento gramatical característico da modalidade oral dos
textos.
QUESTÃO 11
_21_3EM_1S_POR_EY_L1_Q01

Soneto VII
Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele prado?
Tudo outra natureza tem tomado;
E em contemplá-lo tímido esmoreço.

Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço


De estar a ela um dia reclinado:
Ali em vale um monte está mudado:
Quanto pode dos anos o progresso!

Árvores aqui vi tão florescentes,


Que faziam perpétua a primavera:
Nem troncos vejo agora decadentes.

Eu me engano: a região esta não era:


Mas que venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tudo degenera!
COSTA, Cláudio Manuel da. Obras poéticas.
Rio de Janeiro: Garnier, 1903. p. 106. v. 1.

O soneto, escrito por Cláudio Manuel da Costa, um dos


grandes representantes da literatura arcádica, apresenta
característica marcante dessa escola literária, pois o
a) autor, nos versos, repele explicitamente os ideais
iluministas com os quais teve contato em sua formação
europeia.
b) conjunto de seus versos aproxima-se dos poetas
do Classicismo, sobretudo Camões, incluindo sua
predileção pelo soneto.
c) sentido pragmático se assenta nesse poema em uma
disposição para o aumento da influência portuguesa em
terras brasileiras.
d) soneto apresenta traços do estilo conceptista, na medida
em que pretende persuadir seu interlocutor acerca da
natureza, tão valorizada pelos árcades.
e) dualismo entre teocentrismo e antropocentrismo está
presente no soneto, na medida em que trata a natureza
como objeto de Deus e o progresso, como inerente ao
homem.

Gabarito: B

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H15
BNCC: EM13LP52

Cláudio Manuel da Costa foi um dos discípulos de Camões


que mais se sobressaiu pela originalidade e pelo vigor
da dicção. A originalidade se apresenta em sua obra ao
retratar um drama autêntico, e o vigor provém de sua
cultura clássica e moderna e de um talento genuíno para
a poesia.

Alternativa A: incorreta. Embora as obras literárias


assinalem um poeta voltado integralmente para um mundo
e um estilo de cultura identificados com os greco-latinos e
os clássicos portugueses, Cláudio Manuel da Costa foi um
dos pensadores brasileiros fortemente influenciados pelas
ideias iluministas que vinham da Europa. No soneto, esse
pensamento se manifesta na tomada de consciência do eu
lírico, que, em contato com a natureza, observa que os seus
males se misturam à paisagem degenerada.
Alternativa C: incorreta. Ao descrever, no soneto, o que
vê em terras brasileiras, o eu lírico faz uso do bucolismo,
característica árcade, e não pretende em momento
algum destacar conquistas realizadas pelos portugueses,
tampouco incentivar o domínio português. Além disso,
a alternativa menciona o “sentido pragmático”, mas
o pragmatismo não está presente nesse poema. O
pragmatismo está presente na literatura jesuítica.
Alternativa D: incorreta. O poema pertence à vertente
cultista, a qual se evidencia pelo culto à simplicidade e à
solidão, tendo como cenário a paisagem bucólica de Minas
Gerais.
Alternativa E: incorreta. No soneto, não há referências a
elementos religiosos ou espirituais. A natureza, por outro
lado, é apresentada com características contrárias à de
um possível “objeto de Deus”, já que nela se fundem as
incertezas e os sofrimentos que acometem a subjetividade
do eu lírico, e o progresso, por sua vez, representa
uma causa de seu desnorteio. Dessa forma, natureza e
progresso não evidenciam um dualismo como propõe a
alternativa, mas apresentam-se, junto com o eu lírico, como
degenerados. Ademais, a dualidade entre teocentrismo e
antropocentrismo refere-se a uma característica da escola
barroca, e não árcade.
QUESTÃO 12
_21_3EM_1S_ART_MB_L1_Q03

Pedra do Sol, 1502-21, monólito, 358 cm x 98 cm, Cidade


do México, Museu Nacional de Antropologia.
A Pedra do Sol é uma estrutura em formato de disco que
pesa mais de vinte e cinco toneladas. Toda a superfície
do material é adornada com inscrições e símbolos, com
a efígie do deus Sol, Tonatiuh, situada bem ao centro da
obra. A finalidade básica da Pedra do Sol era de marcação
temporal, isto é, operava como uma espécie de calendário.
Nessa perspectiva, pode-se inferir que a compreensão de
ciência dos antigos astecas
a) apresentava influência primitiva, pois se valiam de
materiais rudimentares como pedras para mensurar a
passagem do tempo.
b) era prejudicada pelo excesso de entalhe enigmático
que impedia a compreensão técnica do funcionamento
do calendário.
c) demarcava a resistência dos povos pré-colombianos a
uma visão de mundo importada da Europa.
d) mesclava-se à religião e à estética, em uma visão
integrada do universo e de seus fenômenos.
e) vinculava-se a uma percepção estética baseada no
minimalismo e na sobriedade.

Gabarito: D

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C4H13
BNCC: EM13LGG602

Na pedra, cuja finalidade científica é a marcação do tempo,


expressa-se a preocupação estética por meio do minucioso
trabalho de ornamentação. Em paralelo, constata-se que a
religião integrava-se à Ciência, pois o rosto do deus Sol é
colocado no centro da escultura.

Alternativa A: incorreta. A capacidade técnica dos astecas


não deve ser medida com base no material utilizado como
suporte para o calendário, e sim a partir de sua perícia para
realizar cálculos astronômicos complexos. Tal sagacidade
não pertence à era primitiva.
Alternativa B: incorreta. As inscrições sagradas, como a
efígie do deus Sol, em nada comprometiam a compreensão
em relação à marcação temporal. A junção entre Ciência e
religiosidade era algo natural para os antigos astecas.
Alternativa C: incorreta. Não há referências quanto à
resistência dos povos em relação aos europeus.
Alternativa E: incorreta. A pedra é ricamente adornada
e quase não tem espaços vazios. Isso contradiz a ideia
de minimalismo, que se refere à utilização de poucos
elementos na composição da obra, fato que se opõe à
estética da Pedra do Sol.
QUESTÃO 13
_21_3EM_1S_POR_VP_L1_Q03

Casos em que menores de idade


precisam de autorização de viagem
Viagens internacionais
Não precisam de autorização: menores de 18 anos que
viajam acompanhados de ambos os pais ou responsáveis
legais.
Precisam de autorização com firma reconhecida em
cartório: menores de 18 anos que viajem com apenas
um dos pais ou responsáveis, com maiores de idade
que não sejam seus pais ou responsáveis ou totalmente
desacompanhados.
No caso de menores que viajem com apenas um dos
pais ou responsáveis, é preciso apresentar a autorização
com firma reconhecida em cartório do outro pai ou
responsável.
O reconhecimento de firma em cartório pode se
dar por autenticidade ou semelhança. É preciso, ainda,
providenciar duas vias da autorização e anexar cópias
dos documentos de viagem do menor (passaporte ou RG,
conforme o caso).
WILTGEN, Julia. Disponível em: <https://genialseguros.com.br>.
Acesso em: 15 mar. 2021. (Adaptado)

As palavras destacadas no texto apareceram ora grafadas


com “g”, ora com “j”. Isso ocorre porque a(s)
a) grafia depende do contexto; para os substantivos
utiliza-se “j”, e para os verbos “g”.
b) ocorrências da palavra “viajem” no texto estão incorretas,
já que o correto é “viagem”.
c) palavras derivadas de outras que sejam grafadas com
“g” devem ser grafadas com “j”.
d) grafia e, consequentemente, a pronúncia mudam
conforme a função da palavra no texto.
e) terminação -agem se escreve com “g” e todas as formas
de verbos terminadas em -jar mantêm o “j”.

Gabarito: E

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H27
BNCC: EM13LP02

A terminação -agem se escreve com “g” (passagem,


mensagem, vantagem), e todas as formas flexionais de
verbos terminados em -jar mantêm o “j” (eu viajo, tu viajas,
eu viajei, que tu viajes, que eles viajem). É o que se verifica
também, por exemplo, nos verbos “desejar”, “velejar”,
“arquejar” etc.

Alternativa A: incorreta. A grafia depende, de fato, do


contexto, mas, nesse caso, o verbo é escrito com “j” e o
substantivo com “g”.
Alternativa B: incorreta. As ocorrências estão corretas, pois,
nos verbos da 1a conjugação com radical terminado em “j”,
esta letra se mantém em todas as formas da conjugação:
eu viajo, tu viajas, eu viajei, que tu viajes, que eles viajem.
Alternativa C: incorreta. Não existe uma regra que
determina que palavras derivadas de outras que sejam
grafadas com “g” devam ser grafadas com “j”. Para isso,
basta ver os pares seguintes: fuga; fugir; fulgor; fulgir.
Alternativa D: incorreta. A pronúncia das palavras é
idêntica.
QUESTÃO 14
_21_3EM_1S_POR_VS_L1_Q03

O espírito e a carne
Minha rica mulatinha
Desvelo e cuidado meu,
Eu já fora todo teu,
E foras toda minha
Juro-te, minha vidinha,
Se acaso minha quês ser,
Que todo me hei de acender
Em ser teu amante fino pois
Por ti já perco o tino,
E ando para morrer.
MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos.
São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

No poema “O espírito e a carne”, de Gregório de Matos,


o eu lírico expõe seu sentimento à mulher por quem está
perdidamente apaixonado. Levando isso em consideração,
é correto afirmar que
a) há uma tentativa do eu lírico de reconquistar a mulher
amada.
b) o eu lírico assume a impossibilidade de reconquistar a
amada.
c) o lirismo amoroso se sobrepõe à possibilidade da morte
do eu lírico.
d) a mulher é submissa ao homem e não pode recusá-lo.
e) o homem representa o espírito e a mulher a carne, ou
seja, o pecado.

Gabarito: A

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H15
BNCC: EM13LP46

No poema “O espírito e a carne”, de Gregório de Matos,


percebe-se uma relação de opostos, já que há a presença
marcante de um lirismo amoroso ao mesmo tempo que
há um evidente desejo carnal. A mulher mulata/negra é
representada com erotismo, como um objeto de desejo de
uma possível conquista por parte do eu lírico, com quem já
teve uma relação amorosa e a quem ele tenta reconquistar,
como comprovam os versos: “Minha rica mulatinha /
Desvelo e cuidado meu, / Eu já fora todo teu, / E foras toda
minha”.

Alternativa B: incorreta. Pelo contrário, o eu lírico assume a


possibilidade de reconquistar a amada se assim ela quiser
e permitir: “Juro-te, minha vidinha, / Se acaso minha quês
ser, / Que todo me hei de acender / Em ser teu amante fino
[...].”. Dessa forma, além de demonstrar o seu carinho, afeto
e desejo pela amada, o eu lírico indica que, no passado,
eles já se relacionaram.
Alternativa C: incorreta. O lirismo amoroso divide espaço
no poema e não se sobrepõe à possibilidade da morte do
eu lírico, que, de fato, declara que o imenso amor que sente
o deixa desatento e sem juízo e que, sem a mulher amada,
morrerá, como comprova o verso “E ando para morrer.”.
A impossibilidade de viver sem a amada, inclusive, o leva
a propor, caso a sua “mulatinha” aceite, que voltem a se
relacionar.
Alternativa D: incorreta. O poema expõe a visão apaixonada
do eu lírico por sua “rica mulatinha”, e, segundo o verso
“Se acaso minha quês ser”, verifica-se que ela não lhe é
submissa e detém o poder de escolha de reatar ou não a
relação amorosa.
Alternativa E: incorreta. O título do poema de Gregório
de Matos traz duas ideias opostas: o espírito (ou seja, a
santidade e o sagrado) e a carne (ou seja, o profano e o
pecado). Assim sendo, sobressaem-se como tônicas o amor
e o erotismo. A mulher, nessa perspectiva, é vista tanto de
modo espiritualizado como objeto de desejo carnal. Essas
visões aparecem no texto estabelecendo um conflito
análogo com o que ocorre no famoso soneto gregoriano
intitulado “Anjo no nome, Angélica na cara”. Dessa forma,
a dualidade proposta pela alternativa, segundo a qual
o homem representa o espírito e a mulher a carne, ou
seja, o pecado, não corresponde às possibilidades de
interpretação do poema.
QUESTÃO 15
_21_3EM_1S_POR_NB_L1_Q04

Desmatamento na Amazônia em janeiro


é o menor dos últimos 4 anos
Disponível em: <https://tvbrasil.ebc.com.br>. Acesso em: 4 mar. 2021.

Na manchete, como recurso de persuasão, o autor prioriza


uma informação evidenciada por um recurso gramatical
que se refere ao(à)
a) expressão adverbial “na Amazônia”, para que o leitor
saiba o lugar em que o fato ocorre.
b) adjetivo “menor”, que propicia ao leitor a capacidade de
comparação.
c) substantivo “desmatamento”, informação nuclear da
primeira frase.
d) forma verbal “é”, que imprime tom de veracidade ao fato
noticiado.
e) numeral “4”, que relaciona o tempo de quando os fatos
ocorrem.

Gabarito: B

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C7H22
BNCC: EM13LP02

Na manchete, o autor prioriza uma informação evidenciada


por um recurso gramatical que se refere ao adjetivo “menor”,
que propicia ao leitor a capacidade de comparação. O
que é realmente priorizado na manchete é o tamanho
do desmatamento na Amazônia, que é apontado como o
menor dos últimos 4 anos. Essa comparação é o foco da
manchete.

Alternativa A: incorreta. “Na Amazônia” representa o local


onde o fato ocorre, mas não é a informação em ênfase,
pois é acessória na oração.
Alternativa C: incorreta. Na manchete, o autor não prioriza
uma informação evidenciada por um recurso gramatical
que se refere ao substantivo “desmatamento”, informação
nuclear da primeira frase.
Alternativa D: incorreta. Verbos no presente do indicativo
são utilizados em notícias, mas não é a informação em
evidência na manchete.
Alternativa E: incorreta. O numeral “4” é responsável por
uma informação acessória na oração.
QUESTÃO 16
_21_3EM_1S_POR_EY_L1_Q02

Soneto XXVI
Não vês, Nise, este vento desabrido,
Que arranca os duros troncos? Não vês esta,
Que vem cobrindo o céu, sombra funesta,
Entre o horror de um relâmpago incendido.

Não vês a cada instante o ar partido


Dessas linhas de fogo? Tudo cresta,
Tudo consome, tudo arrasa, e infesta
O raio a cada instante despedido.

Ah! Não temas o estrago, que ameaça


A tormenta fatal; que o céu destina
Vejas mais feia, mais cruel desgraça:

Rasga o meu peito, já que és tão ferina;


Verás a tempestade, que em mim passa;
Conhecerás, então, o que é ruína.
COSTA, Cláudio Manuel da. In: MOISÉS, Massaud. A literatura brasileira
através dos textos. 2 ed. São Paulo: Cotrix, 2012. p. 97-98.

No soneto, a representação da natureza bucólica sofre


uma quebra de paradigmas das convenções do bucolismo
mais tradicional. A natureza é um reflexo dos sentimentos
do eu lírico. Nesse sentido, o(a)
a) natureza sonhada contrasta com a natureza real, na
medida em que o eu lírico a invoca como ser consciente.
b) poema reflete o individualismo, o escapismo e o sonho
do eu lírico, características marcantes e presentes no
soneto.
c) pastor se dirige à natureza como confessora de
seu desalento e espera ser acolhido por ela, que é
humanizada nesse soneto.
d) eu lírico mistura os afetos e a paisagem em uma pintura
passional e afeita aos humores do pastor, evocando um
sentimento pré-romântico.
e) sensação de equilíbrio, placidez, clareza, entre outras
características de uma poética de teor classicista, estão
evidentes no soneto, inspiração do Arcadismo.

Gabarito: D

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H16
BNCC: EM13LP50

A tensão mencionada no enunciado da questão refere-


-se justamente à tendência do pastor de se manifestar de
acordo com a paisagem, a qual deveria ser apenas pano
de fundo. Segundo Sérgio Alcides, em sua obra Estes
penhascos, Claudio Manuel da Costa se faz sentir em virtude
da “relação de conflito entre a persona poética do autor e a
paisagem ao redor”. Notam-se no soneto um sentimento de
melancolia e o uso de adjetivos caracterizadores de uma
alma sofredora.

Alternativa A: incorreta. Não há um contraste entre a


natureza real e a sonhada pelo eu lírico no soneto. O eu
lírico faz uso dos fenômenos da natureza para expressar
sua melancolia e a falta que lhe faz a amada, Nise.
Alternativa B: incorreta. As características mencionadas
pertencem à escola literária que se seguiu, o Romantismo.
Além disso, o individualismo e o egocentrismo não são
características do movimento árcade.
Alternativa C: incorreta. O eu lírico não se dirige à natureza,
mas à sua amada, o que é verificado pelo vocativo “Nise”
presente no verso “Não vês, Nise, esse vento desabrido”.
Além disso, a natureza não o acolhe e tampouco é
humanizada.
Alternativa E: incorreta. Não estão presentes nesse soneto
as características mencionadas; há a negação da paisagem
bucólica, característica marcante na tradição arcádica.
QUESTÃO 17
_21_3EM_1S_POR_NB_L1_Q05

Galhardo. Disponível em: <http://umbrasil.com>. Acesso em: 17 mar. 2021.

A crítica na charge se revela por meio de um elemento


linguístico evidenciado pelo uso do
a) adjetivo “normal” relacionado à palavra cabelo.
b) verbo “ser”, que revela a dúvida da personagem.
c) substantivo “shampoo”, evidenciado na prateleira.
d) pronome “como”, responsável pelo tom argumentativo.
e) artigo definido “os”, que identifica e define o substantivo
“cabelos”.

Gabarito: A

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C7H21
BNCC: EM13LP02

A crítica da charge se revela por meio de um elemento


linguístico evidenciado pelo uso do adjetivo “normal”
relacionado à palavra cabelo. Com efeito, o adjetivo
“normal” constitui uma avaliação de natureza subjetiva. O
que é normal para uns, pode não ser normal para outros, e
esse termo “normal” é imposto pela indústria de cosméticos
sem levar em consideração as necessidades específicas
de determinada etnia. A charge critica, assim, a pretensão
de se querer estabelecer um padrão para tudo e sugere
uma reflexão voltada ao consumidor que não se encaixa
nesse “normal”.

Alternativa B: incorreta. O verbo “ser” não revela dúvida


da personagem, mas reforça o tom crítico-argumentativo
da charge.
Alternativa C: incorreta. A crítica da charge não se revela
por meio de um elemento linguístico relacionado ao uso do
substantivo “shampoo”, evidenciado na prateleira.
Alternativa D: incorreta. O pronome interrogativo “como”
contribui para o tom argumentativo da charge, mas não é
a palavra nuclear responsável pela crítica aos padrões de
beleza impostos pela sociedade.
Alternativa E: incorreta. A crítica da charge não se revela
por meio de um elemento linguístico evidenciado pelo uso
do artigo definido “os”, que identifica e define o substantivo
“cabelos”.
QUESTÃO 18
_21_3EM_1S_ART_MB_L1_Q02

Pátio dos Leões, Palácio de Alhambra, Granada, Espanha, 1377.


Disponível em: <https://www.espanaguide.com/granada>.
Acesso em: 12 mar. 2021.

Em oposição à tradição figurativa e iconográfica da Europa


cristã, o islã desenvolveu expressões estéticas vinculadas
a ornamentações rendilhadas, cromatismos e à sutileza das
formas. No Pátio dos Leões de Alhambra, as colunas que
compõem o peristilo (galeria de colunas) são enriquecidas
com esquemas visuais que demonstram a associação da
arte islâmica com a
a) defesa de uma concepção de arte com viés crítico e
social.
b) exaltação dos valores morais e das virtudes de
comportamento.
c) beleza das formas botânicas encontradas
espontaneamente na natureza.
d) forma parodiada dos estilos europeus devido à negação
da arte europeia.
e) predileção pela arquitetura com formas geométricas
harmônicas e equilibradas.

Gabarito: E

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C4H13
BNCC: EM13LGG602

Em sua origem, a arte islâmica afastou-se das


representações de efígies e figuras humanas devido à
polêmica quanto à adoração de imagens. Na arquitetura
islâmica, o uso da geometria e dos arabescos, assim como
as colunas e as cúpulas, é um elemento tradicional.

Alternativa A: incorreta. Para que ocorra a crítica, é preciso


que a arte faça uma referência clara à sociedade. Isso não
ocorre nas formas representadas, que são abstratas.
Alternativa B: incorreta. Os polígonos e as demais formas
geométricas expressam beleza puramente formal, sem
conteúdo moral em si.
Alternativa C: incorreta. Não há imitações de formas da
natureza nas colunas do peristilo.
Alternativa D: incorreta. Não se verifica uma referência
clara a nenhum estilo europeu. Logo, como não há
intertextualidade, não pode haver paródia.
QUESTÃO 19
_21_3EM_1S_POR_VS_L1_Q02
Há cousa como ver um Paiaiá,
Mui prezado de ser Caramuru,
Descendente de sangue de tatu,
Cujo torpe idioma é cobepá.

A linha feminina é carimá


Moqueca, pititinga, caruru
Mingau de puba, e vinho de caju
Pisado num pilão de Pirajá.

A masculina é um Aricobé
Cuja filha Cobé, cum branco Paí
Dormiu no promontório de Passé.

O branco é um marau, que veio aqui;


Ela é uma índia de Maré
Cobepá, Aricobé, Cobé, Paí.
MATOS, Gregório de. “Aos principais da Bahia chamados os Caramurus”. In:
WISNIK, José Miguel (Org.). Poemas escolhidos. São Paulo: Cultrix, 1976. p. 108.

Em toda a poesia satírica de Gregório de Matos, o escárnio


e a denúncia são expressos por meio de jogos sonoros, de
rimas cômicas e da escolha por palavras diretas, objetivas,
que tornam o estilo do poeta algo único na história da sátira
brasileira. Nesse sentido, no soneto apresentado, é correto
afirmar que a
a) linguagem que transita entre o erudito e o popular
evidencia uma organização social pautada nos costumes
e valores portugueses.
b) apresentação do léxico tupi traduz a consciência crítica
do eu lírico de um importante momento da formação
cultural brasileira.
c) valorização da língua e da cultura dos indígenas é uma
forma de o eu lírico promover o conhecimento das
origens de suas tradições.
d) miscigenação e o plurilinguismo são defendidos com
ênfase na valorização do léxico indígena e da cultura
portuguesa.
e) distinção dos papéis atribuídos às mulheres e aos
homens adveio do entrecruzamento da cultura indígena
e da europeia.

Gabarito: B

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H17
BNCC: EM13LP46

O poema revela a inserção do indígena, ou melhor, de


elementos originários de sua cultura, na representação da
identidade local em contraposição ao caráter hegemônico
da tradição europeia. O poema propõe uma reflexão
com base no uso do léxico tupi, que traduz a consciência
crítica do poeta diante de um dos importantes momentos
da formação cultural brasileira. Nesse sentido, o eu lírico
utiliza a língua do nativo como fator básico na construção
da imagem de uma nação que se formou pela imposição
cultural portuguesa e europeia. O eu lírico confere
significativa importância aos indígenas por meio do uso
de inúmeras palavras indígenas ao longo de seu poema, o
que revela uma crítica aos colonizadores, materializada na
última estrofe, cujo verso “o branco é um marau, que veio
aqui” evidencia que o “marau” (o espertalhão, o astucioso
ou o esperto) chegou às terras dos indígenas e se apropriou
delas, bem como da cultura do seu povo, das mulheres e
das riquezas naturais.

Alternativa A: incorreta. A linguagem do soneto não


transita entre o erudito e o popular, uma vez que o eu
lírico faz alusões e referências expressivas à linguagem
e cultura indígenas, empregando, de maneira enfática,
muitas palavras da língua desse povo. Além disso, o poema
evidencia uma organização social pautada nos costumes
e valores indígenas, e não portugueses. Dessa forma, o
poema gregoriano desafia os colonizadores europeus, uma
vez que eles não queriam que a língua e cultura indígenas
conseguissem notoriedade.
Alternativa C: incorreta. Gregório de Matos percebia na
cultura indígena uma marca identitária que merecia ser
observada, analisada, registrada e lembrada, e interessou
ao poeta utilizar elementos da língua e da cultura dos
indígenas contrapondo-se à hegemonia europeia, e não
simplesmente para valorizar a cultura indígena.
Alternativa D: incorreta. No soneto, é denunciado o fato
de que, diante de uma expressiva manifestação cultural
indígena, o colonizador europeu impôs seu predomínio
contra as vozes subjacentes: “O branco é um marau, que
veio aqui”. Na terceira estrofe do soneto, há um enfoque na
questão da miscigenação de raças e culturas dos brancos
e dos indígenas: “A masculina é um Aricobé / Cuja filha
Cobé, cum branco Pai / Dormiu no promontório de Passé.”
Entretanto, ao contrário do que propõe a alternativa,
um dos alvos da sátira do poema é essa mestiçagem
pautada na herança do passado histórico do colonizador.
Nesse verso, por exemplo, aparece a palavra “cum”, que
é uma palavra coloquial, junção de “com” e “um”, usada
propositalmente pelo poeta justamente para contrastar
as marcas identitárias da fala dos povos. Dessa forma,
percebe-se que o indígena é presença no poema não em
sua força física, pois o eu lírico se refere diretamente ao
que o nativo tem como instituição: a língua. Assim, pode-
-se inferir que o poeta defende que, apesar de as vozes
dos indígenas não terem predominado devido ao domínio
branco, a cultura desses povos está presente na sociedade
brasileira.
Alternativa E: incorreta. Na segunda e terceira estrofes,
é evidenciado um lado mais cultural dos indígenas com
a distinção dos papéis atribuídos às mulheres e aos
homens, mas não é possível inferir que as distinções de
tarefas, denominadas no poema como “linha feminina” e
“masculina”, tenham se originado do entrecruzamento da
cultura indígena e da europeia, visto que as tarefas das
mulheres, voltadas para a culinária, eram definidas de
acordo com a organização social das tribos.
QUESTÃO 20
_21_3EM_1S_POR_VP_L1_Q01

Gisele Bündchen deixa a agência que a


representou por mais de 20 anos
Fim de uma era: depois de 22 anos sendo representada
pela IMG Models, Gisele Bündchen deixou a renomada
agência internacional. A brasileira, que é uma das modelos
mais famosas do mundo, optou por deixar sua irmã gêmea,
Patrícia, cuidando dos contratos profissionais.
Aos 40 anos, Gisele está oficialmente aposentada das
passarelas, desde 2015. Contudo, a übermodel ainda é uma
das modelos mais bem pagas do mundo. Constantemente,
ela trabalha com algumas marcas seletas, como a Chanel,
a Pantene e a Vivara.
ESTEVÃO, Ilca Maria. Disponível em: <https://www.metropoles.com>.
Acesso em: 15 mar. 2021.

O texto apresenta duas palavras destacadas. Tais palavras


a) podem usar o til como substituição para o trema, como
adaptação ao nosso idioma.
b) empregam o trema porque são derivadas de palavras
portuguesas ou aportuguesadas.
c) estão grafadas de forma errada, já que o trema não é
mais utilizado no Brasil há alguns anos.
d) têm trema porque uma é nome próprio de origem
estrangeira e a outra é um termo estrangeiro.
e) apresentam trema por opção da autora do texto, porque
seu uso em ambas as palavras é facultativo.

Gabarito: D

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H26
BNCC: EM13LP02

Depois da reforma ortográfica, utiliza-se trema apenas em


palavras estrangeiras. A palavra “Bündchen”, sobrenome da
modelo Gisele, é um nome próprio de origem estrangeira; a
palavra “übermodel” é de origem inglesa (o prefixo “über” é
emprestado da língua alemã).

Alternativa A: incorreta. De acordo com a regra ortográfica,


o til não substitui o trema.
Alternativa B: incorreta. As palavras em destaque não são
originárias da língua portuguesa.
Alternativa C: incorreta. O trema não é mais usado na língua
portuguesa, porém as palavras de origem estrangeira
continuam sendo grafadas com trema.
Alternativa E: incorreta. De acordo com a regra ortográfica,
o uso não é facultativo.
QUESTÃO 21
_21_3EM_1S_POR_VS_L1_Q06

Para ser grande, sê inteiro: nada


Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
PESSOA, Fernando. Odes de Ricardo Reis. Lisboa: Ática, 1946. p. 148.

Embora tenha sido escrito no século XX, o poema “Para ser


grande sê inteiro: nada”, de Ricardo Reis, heterônimo de
Fernando Pessoa, dialoga com as características da poesia
árcade, uma vez que
a) ficou mundialmente conhecido por ser um elogio à
autoaceitação, ao empoderamento e à vida na sua
plenitude.
b) retrata uma vida a ser desfrutada plenamente mesmo
com a consciência de que o homem da cidade é injusto
e opressor.
c) reflete o desejo de buscar contato com a natureza
bucólica, já que a cidade é vista como fonte interminável
de tormentos.
d) a ambiguidade em ser “grande” e “nada” traduzia o
apreço dos poetas árcades pelos jogos de sentido e
pelo rebuscamento.
e) traduz o anseio da busca do meio-termo e do equilíbrio,
personificado pelos arcadistas na exaltação do ideal de
simplicidade.

Gabarito: E

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H16
BNCC: EM13LP49

O poema pode ser compreendido com base no lema


árcade da aurea mediocritas. O trecho “nada teu exagera
ou exclui” traz à tona o anseio da justa medida, do equilíbrio,
da busca do meio termo, fazendo referência também à vida
que, para os árcades, deveria ser singela, sem miséria nem
riquezas. Ademais, vale mencionar que, no Arcadismo,
a natureza ganha valor em contraste com o artificialismo
urbano, o qual era visto como sinônimo de corrupção e
tormento, o que justifica a exaltação árcade do equilíbrio
e do ideal de simplicidade, representado no poema de
Ricardo Reis pela busca do equilíbrio existencial.

Alternativa A: incorreta. O poema de Ricardo Reis


tornou-se notório por ser um elogio à autoaceitação e ao
empoderamento e um convite à vida na sua plenitude;
entretanto, essas temáticas não fazem com que o poema
dialogue com as características da poesia árcade, dado
que, para o Arcadismo, um de seus focos recai em um
certo desprezo pela vida urbana, o que justificava a busca
pelo campo e pela vida natural. Esse artifício permitia que
os poetas se distanciassem dos rebuscamentos da Corte e
da metrópole.
Alternativa B: incorreta. A alternativa faz alusão à expressão
latina carpe diem, que significa aproveitar o dia, e que é,
muitas vezes, representada também no lema tempus fugit,
ou seja, o tempo é passageiro, e, por isso, a vida deve
ser desfrutada plenamente, haja vista a evidência de sua
transitoriedade e de sua efemeridade.
Alternativa C: incorreta. Não é possível vislumbrar, no
poema, o desejo do eu lírico de buscar contato com a
natureza bucólica, nem é evidenciada a ideia de que a
cidade seja vista como fonte interminável de tormentos.
No poema, há, por outro lado, grande inclinação aos lemas
da inutilia truncat ou da aurea mediocritas, visto que a
clareza, a objetividade e a simplicidade da vida também
são valorizadas pelos poetas árcades.
Alternativa D: incorreta. A artificialidade criada nos
poemas árcades tinha o intuito de louvar a simplicidade em
contraposição à pompa, ao rebuscamento e aos jogos de
sentido do período anterior, o Barroco. A simplicidade pode
ser entendida com base nos lemas do Arcadismo, aurea
mediocritas e inutilia truncat, que determinavam “valorizar
as medidas simples” e “cortar os excessos” de tudo o que
é considerado inútil.
QUESTÃO 22
_21_3EM_1S_POR_VP_L1_Q02

Disponível em: <https://visualnelli.com.br>.


Acesso em: 15 mar. 2021.

O cartaz apresenta diversos nomes de frutas, alguns


acentuados e outros não. Observando o aspecto da
acentuação, verifica-se que a palavra
a) “cajú” não deveria estar acentuada.
b) “abacaxí” está acentuada corretamente.
c) “cajá” está acentuada com o sinal errado.
d) “maracujá” está acentuada na letra errada.
e) “melancia” está grafada sem o devido acento.

Gabarito: A

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H26
BNCC: EM13LP02

A palavra “caju” não é acentuada, pois é oxítona terminada


em “u”. Oxítonas terminadas em “u” só devem ser
acentuadas quando o “u” for o segundo elemento de um
hiato, como se vê em “baú” e “jaú”.

Alternativa B: incorreta. A palavra “abacaxi” não tem


acento, uma vez que não se acentua oxítona terminada em
“i” (“ali”, “caqui”, “jabuti”), a menos que o “i” seja o segundo
elemento de um hiato, como em “caí”, “contribuí” e “açaí”.
Alternativa C: incorreta. A palavra “cajá” está escrita de
forma correta, pois devem ser acentuadas as oxítonas
terminadas nas vogais “a”, “e”, “o”, seguidas ou não de “s”.
Alternativa D: incorreta. A palavra “maracujá” está escrita
de forma correta.
Alternativa E: incorreta. A palavra “melancia” não recebe
acento, já que se trata de uma paroxítona terminada em “a”.
QUESTÃO 23
_21_3EM_1S_POR_VS_L1_Q04
Imite-se a pureza dos Antigos,
Mas sem escravidão, com gosto livre,
Com polida dicção, com frase nova,
Que a fez ou adoptou a nossa idade.
Ao tempo estão sujeitas as palavras;
Umas se fazem velhas, outras nascem:
Assim vemos a fértil Primavera
Encher de folhas robustas ao robusto tronco,
A quem despiu o Inverno desabrido.
Mudam-se os tempos, mudam-se os costumes:
Camões dizia imigo, eu inimigo;
O ponto está que ambos expliquemos
Aquilo que pensamos. A energia
Do discurso e da frase não consiste
No feitio das vozes, mas na força
GARÇÃO, Pedro António Correia. Sátiras II. Lisboa, 1958.

Do poema de Pedro António Correia Garção, depreende-


-se um dos aspectos fundamentais do ideal árcade, pois
nele
a) é revelada a busca pela retomada dos modelos literários
clássicos.
b) há uma tentativa implícita de inibir a expressão da
subjetividade do poeta.
c) toda obra de arte é considerada como uma forma de
imitação da natureza.
d) a contemplação da natureza recai em uma espécie de
desprezo pela vida urbana.
e) o lema da aurea mediocritas pode ser interpretado
como a subvalorização dos ideais clássicos.

Gabarito: A

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H15
BNCC: EM13LP52

O Arcadismo caracterizou-se pela crítica aos excessos


do Barroco literário, concebido como estilo dificultoso, e
pela imitação dos clássicos consagrados pela tradição.
No poema de Pedro António Correia Garção, é exaltada
a imitação dos mestres da poesia clássica, a exemplo de
Camões: “Mudam-se os tempos, mudam-se os costumes:
/ Camões dizia imigo, eu inimigo”. Logo, a busca pela
retomada dos modelos literários clássicos aparece no texto
na defesa da imitação da “pureza dos antigos”.

Alternativa B: incorreta. No poema, percebe-se que o eu


lírico exalta a imitação dos modelos clássicos da literatura
por uma perspectiva subjetiva. Nesse sentido, ele defende
a ideia de que essa imitação não deve ser feita com
“escravidão”, mas com “gosto livre” e “com polida dicção,
com frase nova,” visto que as palavras mudam com o tempo:
“Ao tempo estão sujeitas as palavras”. Logo, ao contrário do
que propõe a alternativa, a expressão da subjetividade do
poeta não deve ser inibida, e sim colocada em prática.
Alternativa C: incorreta. A observação da natureza é, de
fato, um dos grandes assuntos do Arcadismo, o que recai
em uma espécie de desprezo dos poetas árcades pela
vida urbana. Entretanto, não é possível depreender a ideia
de que toda obra de arte é considerada uma imitação da
natureza, pois interessa ao autor exaltar a arte literária sob
o signo de uma imitação autoral da poesia clássica, como
comprovam os versos “Imite-se a pureza dos Antigos, / Mas
sem escravidão, com gosto livre, / Com polida dicção, com
frase nova”.
Alternativa D: incorreta. O poema de Correia Garção não
apresenta a temática da fuga das cidades nem propõe
a contemplação da natureza, e sim exalta o retorno à
simplicidade das escolas literárias clássicas e a imitação da
“pureza dos Antigos”, o que pode ser sintetizado no lema
aurea mediocritas, que prega a valorização das medidas
simples, e no lema inutilia truncat, que determina “cortar os
excessos” de tudo o que é considerado inútil.
Alternativa E: incorreta. O lema aurea mediocritas pode
ser interpretado como a importância de valorizar as
medidas simples. Nesse sentido, refere-se à vida que
deve ser modesta ou mediana (medíocre) em termos
materiais, mas rica como o ouro em realizações e valores
morais. A simplicidade e o equilíbrio dos trabalhos também
são valorizados pelos poetas árcades, o que pode
ser observado no poema, já que o eu lírico incentiva a
retomada dos modelos consagrados (“Imite-se a pureza
dos Antigos”).
QUESTÃO 24
_21_3EM_1S_POR_VP_L1_Q04

Novo site aposta em antigo ditado


“Quem casa quer casa”
A ideia é que as cotas de presentes de casamento
virem uma entrada para o casal comprar a casa própria,
que pode ser escolhida no próprio site, dentre as ofertas
dos parceiros, que vão desde imóveis de alto padrão até
ao Minha Casa Minha Vida.
LEITE, Bárbara. Disponível em: <https://economiabarbara.com.br>.
Acesso em: 15 mar. 2021.

O texto aborda um velho ditado muito comum entre os


brasileiros.

Para a construção desse ditado, foram utilizadas duas


palavras que são
a) escritas de forma diferente, mas cuja pronúncia e sentido
são iguais.
b) escritas da mesma forma, mas cuja pronúncia e
significado são diferentes.
c) pronunciadas de forma diferente, portanto deveriam
estar grafadas de forma diferente.
d) pronunciadas e grafadas de forma idêntica, mas têm
significados distintos.
e) pronunciadas da mesma forma, mas deveriam estar
escritas de formas diferentes.

Gabarito: D

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H26
BNCC: EM13LP02

Para a construção do ditado, as duas palavras utilizadas


(“casa” e “casa”) são pronunciadas e grafadas de forma
idêntica, mas têm significados diferentes: na primeira
ocorrência, “casa” é a 3a pessoa singular do presente do
indicativo do verbo “casar”; na segunda ocorrência, “casa”
é um substantivo feminino, funcionando como objeto direto
do verbo “querer”.

Alternativa A: incorreta. As duas palavras são escritas da


mesma forma, mas seus sentidos são diferentes.
Alternativa B: incorreta. A pronúncia de ambas as palavras
é a mesma.
Alternativa C: incorreta. As duas palavras são pronunciadas
e grafadas da mesma forma.
Alternativa E: incorreta. A grafia está correta em ambas as
palavras, não há outra forma.
QUESTÃO 25
_21_3EM_1S_POR_EY_L1_Q03
Ser membro da Arcádia Romana, diretamente ou pela
mediação da Ultramarina, significava ser reconhecido
como participante em pé de igualdade da alta cultura do
Ocidente, isto é, a cultura de que participava também o
colonizador. Deste modo, o Brasil se equiparava a ele, pois
praticava o mesmo tipo de literatura e podia ser identificado
pela mesma convenção pastoral, que valia por certificado
de civilização. Ser membro da comunidade arcádica era
ter status cultural e social equivalente, em princípio, ao do
colonizador e, por extensão, ao de toda Europa culta.
CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos.
Belo Horizonte: Itatiaia, 1993. p. 133.

A presença e a atuação de brasileiros nessas sociedades


literárias e suas possíveis articulações com a chamada
Arcádia Ultramarina
a) não correspondiam ao ideal da Arcádia de Roma e, por
essa razão, foram todas negadas pelos colonizadores
portugueses.
b) não são verdadeiras, uma vez que, segundo
pesquisadores, não há indícios de brasileiros intelectuais
nesse período literário no século XVIII.
c) conferiram um sentido, mesmo que de curta existência,
de pertencimento ao mundo cultural e social europeu e
inauguraram as primeiras comunidades de pensadores
no Brasil.
d) foram reprimidas devido à extinção da Companhia de
Jesus em todos os domínios de Portugal, implicando o
retorno de jesuítas, intelectuais no Brasil, para Portugal.
e) são muito duvidosas e de pouca relevância à história
literária brasileira, uma vez que Glauceste Saturno, Dirceu
e outros pastores não contribuíram intelectualmente
para a manutenção das academias brasileiras.

Gabarito: C

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H16
BNCC: EM13LP49

Há muitas discussões entre pesquisadores a respeito da


existência ou não dessas Academias; muitos viajaram à
Itália em busca de comprovações de suas existências e não
encontraram elementos que comprovassem sua fundação.
Mas o fato importante a ser destacado é a inauguração das
primeiras comunidades de pensadores brasileiros.

Alternativa A: incorreta. As academias brasileiras existiram


e contribuíram para importantes movimentos históricos da
época, como a Inconfidência Mineira.
Alternativa B: incorreta. Claudio Manuel da Costa, brasileiro,
foi integrante da Academia Brasileira dos Renascidos, assim
como Basílio da Gama, Joaquim Inácio de Seixas Brandão
e outros.
Alternativa D: incorreta. O fato de ter ocorrido realmente
a extinção da Companhia de Jesus no Brasil durante
esse período não impediu a criação de academias e a
participação de intelectuais brasileiros em sua fundação,
mesmo que de pouca duração.
Alternativa E: incorreta. Glauceste Saturno e Dirceu são
codinomes de importantes escritores/intelectuais do nosso
Arcadismo (Claudio Manuel da Costa e Tomás Antônio
Gonzaga, respectivamente). Tantos outros, como Basílio da
Gama, Orisênio, Ninfejo Calistide e Eureste Fenício, foram
grandes intelectuais que contribuíram para nossa literatura
brasileira.
QUESTÃO 26
_21_3EM_1S_POR_VP_L1_Q06

PAPP, Patricia. Crianças a bordo: como viajar com seus


filhos sem enlouquecer. Curitiba: Pulp, 2011.

A imagem mostra a capa de um livro. Em seu título, há uma


palavra que é formada pela
a) adição de um prefixo que indica a ideia de negação.
b) adição de um sufixo, que confere uma ideia de
aumentativo.
c) composição de dois elementos, que perderam uma
vogal no processo.
d) junção de outras duas palavras, que podem existir de
forma independente.
e) adição de prefixo e sufixo, e essa palavra não existe se
um deles for retirado.

Gabarito: E

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C8H26
BNCC: EM13LP02

Na capa do livro, há uma palavra formada pela adição de


prefixo e sufixo, e essa palavra não existe se um deles for
retirado. Trata-se do verbo “enlouquecer”, formado pela
anexação à palavra “louco” do prefixo “en-” e do sufixo
“-ecer”, sendo essa anexação simultânea, de forma que
não se pode retirar um desses afixos sem comprometer
toda a palavra, já que não existe a palavra “enlouco” nem
a palavra “louquecer”. Trata-se, portanto, de uma derivação
parassintética.

Alternativa A: incorreta. Na capa do livro, não existe uma


palavra formada pela adição de um prefixo que indica ideia
de negação.
Alternativa B: incorreta. Na capa do livro, não existe uma
palavra formada pela adição de um sufixo que confere a
ideia de aumentativo.
Alternativa C: incorreta. Na capa do livro, não há palavra
formada por aglutinação no título.
Alternativa D: incorreta. Na capa do livro, não há palavra
formada por justaposição no título.
QUESTÃO 27
_20_3EM_1S_POR_MN_L1_Q04
Nas últimas décadas, a política brasileira tem
perpassado por diversas crises, o que tem trazido
sérios transtornos ao país. No entanto, apesar de o
termo corrupção ter ganhado grande repercussão na
atualidade, sua história já é antiga no cenário brasileiro.
Que o diga Gregório de Matos, o “Boca do Inferno”,
poeta barroco amplamente conhecido por suas críticas
à situação econômica do estado da Bahia […] o qual
podemos denominar como um poeta de cunho religioso,
pois muitas de suas obras retratam a salvação espiritual.
Mas Gregório também mostra um lado de angústia, fala
de amor em suas representações lírico-amorosas e,
finalmente, assume-se também como um poeta satírico
em suas críticas contra os escândalos envolvendo os
representantes da cidade da Bahia.
RIBEIRO, Evandro. “A poesia satírica do Boca do Inferno atualizada na
corrupção brasileira”. Disponível em: <http://abelardoluz.ifc.edu.br>.
Acesso em: 30 jun. 2021. (Adaptado)

De acordo com o excerto, os versos que podem ser


considerados exemplos de poesia satírica e que expressam
a crítica social e política na lírica de Gregório de Matos são
a) “Ofendi-vos, meu Deus, é bem verdade, / É verdade
senhor que hei delinquido”.
b) “E que justiça a resguarda?… Bastarda / É grátis
distribuída?… Vendida.”.
c) “Ardor em firme coração nascido; / Pranto por belos
olhos derramado;”.
d) “Como sendo tão bobo, / E tendo tão larguíssimas
orelhas”.
e) “Amor é finalmente / um embaraço de pernas”.

Gabarito: B

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Enem: C5H16
BNCC: EM13LP46

Nos versos de “Epílogos”, um exemplo de poesia satírica,


Gregório de Matos manifesta o descontentamento do eu
lírico em relação à corrupção que se praticava na Bahia.
As estrofes podem ser usadas como um dos argumentos
para a questão da impunidade que assombra a sociedade
imersa em corrupção, principalmente, no contexto político.

Alternativa A: incorreta. Nos versos “Ofendi-vos, meu Deus,


é bem verdade, / É verdade senhor que hei delinquido”, o
poeta apresenta um poema de cunho religioso, no qual se
preocupa com a salvação de si mesmo e com a corrupção
de sua alma, e não da sociedade.
Alternativa C: incorreta. Os versos “Ardor em firme coração
nascido; / Pranto por belos olhos derramado;” expressam
a angústia do eu lírico, manifestada na lírica amorosa do
poeta.
Alternativa D: incorreta. Os versos “Como sendo tão bobo,
/ E tendo tão larguíssimas orelhas”, embora pertençam à
poesia satírica, não atendem à crítica social que se refere à
cidade da Bahia. O poeta se vale de traços físicos de uma
pessoa, mais precisamente de um clérigo, para criar uma
sátira maldizente.
Alternativa E: incorreta. Nos versos “Amor é finalmente /
um embaraço de pernas” é expressa a realização de um
sentimento mundano: o amor se resume, nos versos, ao
contato dos corpos dos amantes, o que não condiz com a
crítica, que se volta à corrupção social.
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS
TECNOLOGIAS

Questões de 28 a 49

QUESTÃO 28
_21_3EM_1S_HIS_LT_L1_Q04
Graças a eles [Bandeirantes], o Brasil ficou muito
maior do que deveria ser, já que o Tratado de Tordesilhas,
assinado entre Espanha e Portugal em 1494, dava
aos portugueses só o nosso litoral. Os bandeirantes
aumentaram o tamanho do nosso país, mas também
provocaram um rombo de população.
CRISTIANINI, Maria Carolina et al. Disponível em:
<https://aventurasnahistoria.uol.com.br>. Acesso em: 23 mar. 2021. (Adaptado)

O texto indica uma característica normalmente ocultada


dos bandeirantes durante a sua exploração: o(a) seu(sua)
a) observância às leis firmadas.
b) desconhecimento do território.
c) violação das regras brasileiras.
d) violência contra a população nativa.
e) auxílio aos indígenas e escravizados.

Gabarito: D

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C3H15
BNCC: EM13CHS204

Os bandeirantes iniciaram no Brasil a marcha para o oeste,


de certa forma ampliando o território brasileiro. Porém,
nesse processo, dizimaram milhares de indígenas na
tentativa de escravizá-los ou de tomar suas terras, fato
amenizado pela imagem positiva e civilizada que a História
costuma passar deles.

Alternativa A: incorreta. Como o próprio texto afirma, os


bandeirantes desobedeceram ao Tratado de Tordesilhas
ao iniciar a expansão para o oeste. Eles pretendiam agir em
regiões onde não fossem reprimidos pelas leis comuns da
colônia; só assim poderiam furar a proibição da escravatura
indígena e a obrigação de reportar à Coroa os anúncios de
descoberta aurífera.
Alternativa B: incorreta. Pelo contrário, os bandeirantes
eram os profissionais por excelência quando se tratava da
exploração e do transporte por entre os sertões da colônia:
eles desbravavam pela primeira vez e, logo depois,
dominavam o caminho e preparavam expedições para
voltar aos territórios desbravados.
Alternativa C: incorreta. Nesse período, ainda não se falava
em Direito no Brasil ou em leis propriamente brasileiras,
mas havia alguns poucos tratados firmados pela metrópole
com outras nações europeias, a exemplo do Tratado de
Tordesilhas.
Alternativa E: incorreta. O objetivo das bandeiras era
capturar indígenas para escravizá-los, e não correr em seu
auxílio, embora os bandeirantes tenham mantido relação
de proximidade com alguns povos apenas por questões
estratégicas (dominar outros povos, conhecer o território,
tomar civilizações etc.).
QUESTÃO 29
_21_1EM_1S_GEO_EB_L1_Q03
A Terceira Revolução Industrial imprime a marca da
exclusão, na qual a força de trabalho é dicotomizada em
trabalhadores centrais e periféricos, desempregados e
excluídos, dividindo também a parcela de apreensão do
conhecimento e a utilização de tecnologias, gerando
relações desiguais de poder pelo saber e pelo controle
econômico.
MEDEIROS, Soraya Maria de; ROCHA, Semíramis Melani Melo. “Considerações
sobre a Terceira Revolução Industrial e a força de trabalho em saúde
em Natal”. Ciência & Saúde Coletiva, v. 9, n. 2, p. 399-409, 2004.

As mudanças que as revoluções industriais trouxeram para


o mundo da produção impactaram diretamente as relações
de trabalho. Sobre essas mudanças, analise as seguintes
afirmações:
I. A crescente terceirização da economia, na Terceira
Revolução Industrial, possibilitou ao setor de comércio e
serviços concentrar a maioria dos empregos.
II. As revoluções industriais foram responsáveis pela
crescente mecanização da produção, promovendo o
subemprego e o desemprego de modo escalar.
III. O trabalho informal cresceu consideravelmente com o
aumento do desemprego e do fortalecimento do setor
de comércio e serviços.
IV. Os impactos dessas mudanças são sentidos igualmente
em todo o mundo, tanto em países de capitalismo
periférico como de capitalismo central.
Está correto o que se afirma apenas em
a) II e IV.
b) I, II e III.
c) I, II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

Gabarito: B

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C4H18
BNCC: EM13CHS404

Afirmação I: correta. A Terceira Revolução Industrial


permitiu que parte das atividades produtivas realizadas por
indústrias fossem repassadas a outras empresas em locais
distantes, por meio de um processo de descentralização
e desterritorialização da produção industrial. Assim, na
medida em que menos etapas do processo produtivo são
feitas em uma mesma localidade, há uma tendência de
diminuição da demanda local por mão de obra no setor
secundário da economia, fazendo com que as pessoas
procurem ocupações em outras atividades, com destaque
para o setor de serviços e comércio.
Afirmação II: correta. À medida que atividades produtivas
antes realizadas por pessoas, de modo braçal, são
mecanizadas e automatizadas, há um aumento do
chamado desemprego estrutural, quando parte dos
postos de trabalho é permanentemente eliminada. Assim,
o número de trabalhadores desprovidos de ocupações
aumenta substancialmente, fazendo com que as pessoas
tenham que se submeter também a empregos em piores
condições (subempregos) como forma de contraposição a
um cenário de desemprego crescente.
Afirmação III: correta. Principalmente a partir da Terceira
Revolução Industrial, percebe-se um aumento considerável
do número de desempregados em países de economia
periférica. Isso está diretamente aliado aos fatores
mostrados no texto. Com o fortalecimento do setor
terciário, principalmente, o subemprego ou o emprego
informal são uma possibilidade para o sustento de diversas
pessoas. Um exemplo disso é a pirataria, possibilitada pela
popularização da tecnologia.
Afirmação IV: incorreta. As mudanças nas relações de
trabalho, principalmente a partir da Terceira Revolução
Industrial, são sentidas com maior intensidade nos países
de economia periférica. Isso ocorre porque, na Divisão
Internacional do Trabalho, é neles que está concentrada a
mão de obra não especializada, enquanto a mão de obra
qualificada é mais numerosa em países centrais, onde se
encontram as sedes das multinacionais. Portanto, esses
impactos ocorrem de forma desigual no mundo.
QUESTÃO 30
_21_3EM_1S_FIL_FA_L1_Q03
O ponto de partida de cada via, de quando em vez,
é constituído por elementos extraídos da cosmologia
aristotélica que Tomás utiliza, confiante em sua eficácia
persuasiva, num momento em que o aristotelismo era
a filosofia hegemônica. Mas a força probatória dos
argumentos em particular é toda e sempre de índole
metafísica, e assim pretende permanecer em situações
científicas diversas.
REALE, Giovani; ANTISERI, Dario. História da Filosofia: patrística e
escolástica. v. 2. Ivo Storniolo (Trad.). São Paulo: Paulus, 2003. p. 223.

Ao comentar a presença do aristotelismo na doutrina


tomística das “cinco vias” para se provar a existência de
Deus, os autores indicam que a obra de Tomás de Aquino
foi responsável por
a) integrar elementos do aristotelismo à doutrina cristã.
b) substituir a cosmologia judaico-cristã pela aristotélica.
c) inaugurar uma ponte entre cristianismo e filosofia grega.
d) introduzir a obra de Aristóteles na Europa e no mundo
árabe.
e) contrapor o racionalismo aristotélico ao dogmatismo da
Igreja.

Gabarito: A

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C1H5
BNCC: EM13CHS103

Tomás de Aquino, em certa medida, cristianizou alguns


elementos da doutrina aristotélica compatíveis com os
dogmas cristãos e o fez integrando-os à explicação lógico-
-conceitual de princípios que, segundo ele, poderiam ser
apreendidos de forma mais direta e igualmente verdadeira
por meio da fé.

Alternativa B: incorreta. A obra de Tomás de Aquino,


segundo os autores do texto, é marcada pela apropriação
da cosmologia aristotélica como estratégia de legitimação
racional da concepção de mundo do cristianismo. Ocorre,
portanto, uma integração daquelas ideias de Aristóteles
aos ensinamentos judaico-cristãos sobre, por exemplo, a
criação e a natureza do mundo.
Alternativa C: incorreta. A ponte entre cristianismo e
filosofia grega já existia há cerca de mil anos. Tomás de
Aquino caminhou sobre esta ponte e soube reforçá-la com
suas contribuições tão originais quanto decisivas para a
Teologia e para o pensamento filosófico – cristão ou não.
Alternativa D: incorreta. Na realidade, o contato de Tomás
de Aquino com o aristotelismo só ocorreu quando essa
filosofia já era relativamente bem conhecida na Europa
cristã e, principalmente, entre os árabes, que foram os
primeiros a resgatar e difundir os textos de Aristóteles na
Idade Média.
Alternativa E: incorreta. Tomás de Aquino não via os
dogmas da Igreja como elementos que precisariam ser
contrapostos por uma perspectiva racionalista. Ele os via,
isto sim, como artigos de fé de consistência independente
que poderiam, ao mesmo tempo, pelo menos parcialmente,
ser esclarecidos com os instrumentos conceituais do
pensamento filosófico.
QUESTÃO 31
_20_3EM_1S_SOC_PT_L1_Q06
Bourdieu define o capital social como a agregação
de recursos atuais ou potenciais que tem ligação estreita
com uma rede durável de relações institucionalizadas
de reconhecimento e de inter-reconhecimento. As
relações estabelecidas entre os indivíduos pertencentes
a um determinado grupo não advêm apenas do
compartilhamento de relações objetivas ou de proximidade
no mesmo espaço econômico e social. Essas relações
fundam-se também nas trocas materiais e simbólicas, cuja
instauração e perpetuação supõem o reconhecimento
dessa proximidade pelos agentes.
BONAMINO, A.; ALVES, F.; FRANCO, C.; CAZELLI, S. “Os efeitos das diferentes
formas de capital no desempenho escolar: um estudo à luz de Bourdieu e
de Coleman”. Revista Brasileira de Educação, v. 15, n. 45, set./dez. 2010.

Com base na definição de capital social apresentada no


texto e na caracterização da escola como instituição social,
compreende-se que
a) a posse de capital social independe da classe social.
b) o prestígio social de famílias não interfere no contexto
escolar.
c) os alunos de uma mesma escola compartilham o mesmo
capital social.
d) os capitais sociais podem distorcer disputas
educacionais meritocráticas.
e) o acesso às melhores escolas é suficiente para igualar
oportunidades sociais.

Gabarito: D

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C1H4
BNCC: EM13CHS401

Segundo Bourdieu, o capital social se baseia nas


relações humanas de “trocas materiais e simbólicas” nas
diversas instituições sociais, como a escola. Por um lado,
essas relações supõem o inter-reconhecimento, por
parte dos agentes, de que eles estão próximos uns dos
outros, no âmbito material e simbólico. Sem esse inter-
-reconhecimento, eles podem tratar diferentemente uns
aos outros. Por outro lado, essas relações, ainda que não
se reduzam aos fatores econômicos, dependem deles.
Assim, alunos de famílias com menos recursos econômicos
têm condições desiguais em relação aos de famílias mais
ricas, inclusive quanto ao acesso aos recursos simbólicos.
Isso tem um impacto no ambiente escolar que segue a
lógica da meritocracia.

Alternativa A: incorreta. Como indica o texto, o capital social


depende do “compartilhamento de relações objetivas ou
de proximidade no mesmo espaço econômico e social”, o
que inclui a classe social.
Alternativa B: incorreta. O capital social também depende
de reconhecimento da proximidade entre os agentes, de
modo que o prestígio da família, enquanto reconhecimento,
também pode interferir no ambiente escolar.
Alternativa C: incorreta. No espaço da escola, é possível
haver alunos com diferentes recursos materiais e
simbólicos. O pertencimento à mesma escola, por si só,
não elimina essas diferenças.
Alternativa E: incorreta. Como indica o texto, frequentar
as mesmas escolas não garante os mesmos capitais
sociais. Nesse sentido, as oportunidades sociais também
dependem do capital social acumulado por um indivíduo.
QUESTÃO 32
_21_3EM_1S_HIS_BM_L1_Q04
IMAGEM 1

Luís IX da França (1226-1270)


Émile Signol, Louis IX, dit Saint Louis, Roi de France (1215-1270), 1844,
óleo sobre tela, 298 cm × 232 cm, Palácio de Versalhes, Versalhes, França.

IMAGEM 2

Luís XV da França (1715-1774)


Hyacinthe Rigaud, Louis XV in Coronation Robes, 1730, óleo sobre
tela, 271 cm × 194 cm, Palácio de Versalhes, Versalhes, França.

Na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, há


uma mudança no modo como os monarcas são retratados,
o qual corresponde ao momento socioeconômico em
que eles viviam. As vestes de Luís XV representam a
sociedade francesa da época, de modo que sua imagem
está associada ao(à)
a) exercício da religiosidade.
b) abandono do uso da coroa.
c) presença de elementos requintados.
d) incorporação da simbologia medieval.
e) liderança enquanto comandante militar.

Gabarito: C

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C1H4
BNCC: EM13CHS101

Luís XV representava o absolutismo e a imponência dos


reis em seu contexto social, daí as vestimentas imponentes
e sofisticadas; naquela época, o rei era absoluto e
intocável. Já no caso de Luís IX, que reinou em um contexto
de conquista e consolidação dos reinos europeus, os reis
tinham papel mais proeminente enquanto guerreiros.

Alternativa A: incorreta. As vestes de Luís XV, mesmo


desprovidas de elementos militares, não representam
um simbolismo religioso. Embora a ideia de direito divino
dos reis esteja presente em ambas as obras, não é essa a
característica que explica a mudança na representação da
figura dos monarcas.
Alternativa B: incorreta. Apesar de estar sem a coroa sobre
a cabeça em seu retrato, Luís XV apoia a sua mão direita
na coroa, que está sobre a mesa, enquanto segura o cetro
com a mão esquerda.
Alternativa D: incorreta. Não há incorporação da simbologia
medieval, pois as vestes de Luís XV são mais elaboradas
e ostentatórias que as dos reis medievais, que eram mais
realistas e associadas aos elementos militares.
Alternativa E: incorreta. A imagem dos reis como
comandantes militares foi se perdendo com o tempo.
Os reis do século XIII eram diretamente associados às
campanhas militares e às Cruzadas, mas, no século XVIII,
os reis já não eram comandantes militares, e sim figuras
centralizadoras que beneficiavam a burguesia.
QUESTÃO 33
_21_3EM_1S_GEO_BW_L1_Q04
Assim sendo, tanto o El Niño como o seu oposto, o
La Niña, são resultado de alterações no comportamento
normal da chamada “célula de Walker” […]. As causas das
modificações nessa “gangorra barométrica” é que ainda
não são claras, embora saiba-se que estejam envolvidos
no processo de aumento e/ou diminuição da temperatura
das águas do Pacífico Austral, nas modificações no
comportamento dos ventos alísios de Sudeste, nas
correntes marítimas e nas ressurgências da corrente fria
de Humboldt na costa oeste da América do Sul.
TORRES, F. T. P.; MACHADO, P. J. O. Introdução à climatologia.
Ubá: Geographica, 2008. p. 195.

No verão do Brasil, o fenômeno La Niña é responsável por


intensificar
a) as estiagens no Nordeste.
b) o aumento de chuvas no Sul.
c) as baixas temperaturas no Norte.
d) o aumento da pluviosidade no Norte.
e) o aumento da temperatura no Sudeste.

Gabarito: D

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C2H6
BNCC: EM13CHS103

O La Niña é um fenômeno que pode causar significativas


alterações no verão e no inverno brasileiros. No verão, a
atuação do fenômeno pode causar intensas chuvas no
Nordeste, verão mais brando e mais chuvoso no Sudeste e
aumento do calor e das chuvas no Norte.

Alternativa A: incorreta. O La Niña geralmente produz uma


quantidade de chuvas maior para a região Nordeste.
Alternativa B: incorreta. O La Niña provoca um clima mais
seco na região Sul.
Alternativa C: incorreta. Devido à localização da região
Norte, próxima à linha equatorial, não há grandes variações
nas temperaturas e elas costumam se manter elevadas.
Alternativa E: incorreta. As consequências do La Niña no
clima do Sudeste podem ser variadas, mas, geralmente,
ocorre um aumento na quantidade de chuvas e temperaturas
mais amenas do que quando ocorre o El Niño.
QUESTÃO 34
_20_3EM_1S_GEO_AR_L1_Q01
A pessoa que já foi ao Subway ou ao Spoleto, dois
conhecidos restaurantes de comida rápida, verificou como
a linha de montagem se desdobra em sua frente e como
ela mesma é uma parte dessa montagem. O funcionário
atende ao cliente sempre da mesma forma, com o mesmo
cumprimento inicial, sorriso no rosto e polidez. Depois, o
primeiro pede que o segundo escolha um pão ou massa
e os demais ingredientes que vão compor a sua refeição,
que vai sendo preparada na frente do cliente, que anda
junto com o produto que está sendo preparado, de um
canto do restaurante até a caixa registradora.
GRISOLIA, Felipe Salvador; CASTRO, Lucia Rabello de. “A padronização no
fast-food e seus efeitos na subjetividade do jovem trabalhador”. Revista
Interinstitucional de Psicologia, Juiz de Fora, v. 9, n. 2, dez. 2016. (Adaptado)

O processo fabril extrapolou o ambiente industrial e atingiu


outros segmentos da vida cotidiana, a exemplo do setor
de comércio e serviços. O fragmento descreve a estrutura
produtiva em dois restaurantes fast-food. A prática de
trabalho pertinente ao modelo taylorista-fordista que ocorre
nesses restaurantes está relacionada
a) ao trabalho altamente padronizado.
b) aos mecanismos de controle de qualidade.
c) à execução de mais de uma tarefa pelos trabalhadores.
d) à ausência de grandes estoques de refeições já prontas.
e) à elaboração da refeição orientada pelo consumidor,
sob demanda.

Gabarito: A

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C4H20
BNCC: EM13CHS404

A grande contribuição de Taylor para a consolidação


capitalista é justamente a aplicação de um método de
produção em série, padronizada e fragmentada, em
que o operário exerce uma função específica, objetiva
e centralizada. O texto se refere a um processo similar
adotado por essas redes de fast-food, em que há uma linha
de produção de refeições, com atendimento e forma de
preparo padronizados.

Alternativa B: incorreta. O sistema taylorista-fordista


não estabelece um controle de qualidade ao longo da
produção, nem o texto-base menciona algo nesse sentido.
Alternativa C: incorreta. Embora os funcionários executem
mais de uma tarefa, conforme descreve o texto, essa não é
uma característica do sistema taylorista-fordista, que sujeita
o trabalhador a uma só tarefa.
Alternativa D: incorreta. O texto-base relata que a refeição
é elaborada na hora, sob demanda do consumidor, sem
a disposição de um estoque de refeições já prontas,
característica do sistema flexível de produção. O enunciado
pede a característica relacionada ao sistema fordista.
Alternativa E: incorreta. Embora o texto relate que a
refeição é elaborada na hora, sob demanda do consumidor,
essa é uma característica do toyotismo. O enunciado pede
a característica relacionada ao sistema fordista.
QUESTÃO 35
_21_3EM_1S_FIL_FA_L1_Q02
É porque, ao afirmarmos que os homens são
voluntariamente infelizes, não dizemos por aí que eles
queiram ser infelizes, mas que possuem tal vontade, que
a desgraça se segue necessariamente, mesmo contra o
desejo de felicidade. Não há, pois, nada de contraditório
ao raciocínio precedente: todos querem ser felizes, mas
sem poder sê-lo. Pois nem todos querem viver na retidão,
e é só com essa boa vontade que têm o direito à vida feliz.
SANTO AGOSTINHO. O livre-arbítrio. Nair de Assis Oliveira (Trad.).
São Paulo: Paulus, 1995. p. 62-3.

Para Agostinho, a distinção entre liberdade e livre-arbítrio


depende de um terceiro elemento, que é a graça divina,
sem a qual o ser humano
a) vincula sua liberdade ao pecado.
b) perde a capacidade de livre-arbítrio.
c) busca voluntariamente a infelicidade.
d) tem livre-arbítrio, mas não liberdade.
e) experimenta uma felicidade passageira.

Gabarito: D

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C1H1
BNCC: EM13CHS103

O livre-arbítrio é uma qualidade permanente da natureza


humana, sem a qual o pecado não poderia ser cometido
e o bem não poderia ser buscado. Somente quando
tocado pela graça, o livre-arbítrio humano tem suas
deficiências convertidas na experiência plena da liberdade,
proporcionada pelo contato com Deus, que se dá na
retidão.

Alternativa A: incorreta. Segundo Agostinho, a liberdade


só é vivenciada quando a graça divina se faz presente no
momento em que o livre-arbítrio se configura como escolha
de Deus.
Alternativa B: incorreta. O ser humano, segundo Agostinho,
sempre tem livre-arbítrio. É essa qualidade perpétua que o
torna apto tanto à salvação como à perdição.
Alternativa C: incorreta. A argumentação de Agostinho
deixa bem claro que a infelicidade com a qual os indivíduos
se deparam nunca é voluntariamente buscada; ela decorre
da deficiência da vontade humana em alcançar a felicidade
por conta própria.
Alternativa E: incorreta. Agostinho defende que a felicidade
não pode ser encontrada, nem de forma passageira,
pelo mero exercício da vontade humana. A dependência
em relação à graça é absoluta, mesmo quando se está
disposto a evitar o mal e a infelicidade que este traz.
QUESTÃO 36
_21_3EM_1S_SOC_FA_L1_Q01
Encontrou-se diferenças no posicionamento de
homens e de mulheres no Brasil quanto aos motivos de
traição. Os homens se justificaram por terem uma natureza
propensa à infidelidade. Já as mulheres responsabilizaram
seus parceiros por elas cometerem infidelidade. Homens
disseram trair por atração física, vontade, oportunidade e
instinto. Já as mulheres, por insatisfação com o parceiro,
falta de amor, para levantar a autoestima, por vingança,
além de não se sentirem desejadas pelos parceiros.
SCHEEREN, Patrícia; APELLANIZ, Iñigo de Alda Martínez de; WAGNER, Adriana.
“Infidelidade conjugal: a experiência de homens e mulheres”.
Trends in Psychology, Ribeirão Preto, v. 26, n. 1, mar. 2018, p. 358. (Adaptado)

Entre os fatores que motivam a desproporcionalidade de


julgamento e de justificativa entre a infidelidade masculina
e a feminina em sociedades como a brasileira está o(a)
a) bigamia.
b) feminismo.
c) monogamia.
d) nuclearização.
e) patriarcalismo.

Gabarito: E

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C3H11
BNCC: EM13CHS101

A justificativa masculina recorre a um argumento de


ordem fisiológica, biológica. Tal argumento, no entanto,
não aparece no discurso feminino sobre a traição, no qual
prevalecem fatores sociais. Essa discrepância decorre
de uma estruturação cultural patriarcal, fenômeno que
fomenta uma naturalização social das ações masculinas,
como maior aceitação de infidelidade, ao mesmo tempo
em que ocorre uma recriminação muito maior da traição
por parte das mulheres. Para os homens, a justificativa da
traição surge como “inevitável”, pois seria natural, e, para
as mulheres, a traição é “evitável”, pois seria resultado de
uma escolha.

Alternativa A: incorreta. Bigamia é o termo que nomeia o


crime, de acordo com a legislação brasileira, de se contrair
um novo casamento estando já previamente casado. A
bigamia aplica-se tanto a homens como a mulheres.
Alternativa B: incorreta. O feminismo é um movimento de
compreensão e transformação crítica da condição feminina
nas sociedades modernas, pautando, entre outras coisas,
o enfrentamento da diferença sexista de julgamentos nos
casos de infidelidade conjugal.
Alternativa C: incorreta. A monogamia é o arranjo social/
cultural segundo o qual duas pessoas se relacionam
exclusivamente entre si quando estabelecem uma relação
estável. Embora possa ser uma das causas da infidelidade
entre os casais, ela não explica a desproporcionalidade
e as justificativas para traição dadas por homens e por
mulheres.
Alternativa D: incorreta. A nuclearização é uma tendência
contemporânea que representa a centralização da família
no casal (progenitor ou não), em oposição aos arranjos mais
tradicionais de famílias extensas, com muitos membros ou
parentes.
QUESTÃO 37
_20_3EM_1S_HIS_LM_L1_Q03
A destreza com que sabiam se conduzir os naturais
da terra, mesmo em sítios ínvios*, herdaram-na os velhos
sertanistas e guardam-na até hoje nossos roceiros.
Concebe-se que práticas inventadas pelo gentio para
marcar os caminhos – por exemplo, o uso de dobrar galhos
ou de golpear os troncos de árvore, ainda frequente
entre gente do interior – fossem facilmente aceitas pelos
desbravadores paulistas.
HOLANDA, S. B. de. Caminhos e fronteiras.
São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p. 20.

* Ínvios: intransitáveis.

Sobre as expedições conhecidas como Bandeiras,


percebe-se que, de acordo com o texto, os bandeirantes
a) respeitavam as práticas culturais indígenas.
b) rejeitavam a presença de indígenas em seus grupos.
c) foram responsáveis por desbravar territórios intocados.
d) utilizavam o conhecimento dos indígenas para explorar
territórios.
e) ensinaram técnicas de sobrevivência na mata aos
indígenas.

Gabarito: D

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C3H11
BNCC: EM13CHS204

As populações indígenas tinham um grande conhecimento


técnico para as expedições nas matas, que incluíam
desde maneiras de encontrar água e comida até a
localização geográfica. Muitos dos caminhos construídos
durante séculos pelos povos nativos foram utilizados
pelos bandeirantes paulistas, que costumavam contar
com indígenas ou descendentes de indígenas em suas
expedições.

Alternativa A: incorreta. Os bandeirantes utilizavam o


conhecimento dos indígenas para sobreviverem e se
localizarem na mata, porém a cultura indígena, bem
como as próprias vidas dessas populações, não eram
respeitadas.
Alternativa B: incorreta. Era comum que os bandeirantes
realizassem expedições com centenas de indivíduos, e
muitas vezes elas não eram formadas apenas por brancos,
mas incluíam também indígenas e seus descendentes.
Alternativa C: incorreta. Os territórios a que os bandeirantes
chegavam não eram exatamente intocados. Grande parte
desses territórios já havia sido habitada séculos antes por
povos nativos ou ainda era habitada quando os brancos ali
chegaram.
Alternativa E: incorreta. Foram os bandeirantes que
aprenderam várias técnicas de sobrevivência na mata com
os indígenas, e não o contrário.
QUESTÃO 38
_21_3EM_1S_FIL_FA_L1_Q01
Por outro lado, temos o neoplatonismo cristão, isto é, o
neoplatonismo dos padres da Igreja que faziam exegeses
e elaboravam alegorias das Sagradas Escrituras, mas ao
mesmo tempo assimilavam, sintetizavam e rebatizavam
a filosofia grega. Platão, na Antiguidade tardia, era
conhecido como o “divino Platão”, tal era a importância
que o filósofo teve para a consecução da metafísica cristã.
NASCIMENTO, Sidnei Francisco. “Eternidade e tempo: Plotino e Agostinho”.
Argumentos: Revista de Filosofia. Fortaleza, n. 22, jul.-dez. 2019, p. 153.

A recepção agostiniana da filosofia de Platão foi


a) responsável pela consolidação de Agostinho como
teórico neoplatônico.
b) interditada durante algum tempo pelo preconceito
contra autores pagãos.
c) pioneira em repensar o homem a partir da ideia de alma
que se serve do corpo.
d) secundária para a fundamentação e para o
desenvolvimento da doutrina cristã.
e) influenciada pela elaboração neoplatônica e representou
o apogeu da Patrística.

Gabarito: E

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C1H5
BNCC: EM13CHS103

Agostinho de Hipona recebe as ideias filosóficas de Platão


por meio do neoplatonismo difundido entre os filósofos
romanos e debatido por teólogos cristãos dos primeiros
séculos. Ele teria lido as Enéadas, de Plotino, em uma
tradução para o latim feita por Mário Vitorino.

Alternativa A: incorreta. Os neoplatônicos influenciaram


enormemente o pensamento de Agostinho, mas a sua
elaboração própria das ideias herdadas daqueles e o
alinhamento de sua filosofia aos princípios da religião
cristã impedem que ele seja considerado um teórico
neoplatônico.
Alternativa B: incorreta. A síntese operada por Agostinho
viabilizou uma recepção mais favorável às ideias platônicas
entre os pensadores cristãos. Além de a obra agostiniana
se consolidar como literatura formativa nas escolas, ela
foi uma das principais fontes da “opinião de Platão” nas
controvérsias contra a filosofia aristotélica dos séculos XIII
em diante.
Alternativa C: incorreta. Santo Agostinho repensou a alma
e o corpo com base em noções como criação, imagem de
Deus e Trindade, ou seja, distanciou-se da ideia de que a
alma se serve de um corpo.
Alternativa D: incorreta. Agostinho foi um filósofo e
teólogo que viveu entre os séculos IV e V da Era Cristã. A
contribuição de Agostinho foi de suma importância para o
desenvolvimento da doutrina da Igreja, mas não para lançar
suas bases.
QUESTÃO 39
_21_3EM_1S_HIS_BM_L1_Q02

“Shoemakers”. In: AMMAN, Jost; SACHS, Hans.


Das Ständebuch (The Book of Trades), 1568.

A imagem representa uma oficina de sapatos do século XVI.


O sistema de corporações de ofício tinha como propósito
o(a)
a) diversificação das técnicas utilizadas para ampliar a
produção e o mercado consumidor.
b) massificação do processo de produção por meio da
repetição mecânica de tarefas.
c) subordinação dos artesãos aos burgueses com a
separação entre capital e trabalho.
d) controle da produção por meio da fiscalização do clero,
que monitorava as oficinas.
e) preservação das técnicas com padronização das
condições de trabalho nas oficinas.

Gabarito: E

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C3H11
BNCC: EM13CHS103

O sistema de corporações foi criado por determinados


profissionais para organizar e padronizar suas atividades
(artesanato, construção, carpintaria etc.), que passaram a ser
desenvolvidas única e exclusivamente nessas associações.
Essas unidades de produção eram marcadas pela hierarquia
(mestres, oficiais e aprendizes), pelo controle da técnica
de produção das mercadorias pelo produtor e inclusive
pelo tabelamento de preços referentes à mão de obra e à
matéria-prima empregada em um processo de fabricação.

Alternativa A: incorreta. Na realidade, nesse sistema de


corporação de ofício havia o controle e a padronização de
técnicas e de condições de trabalho para que não houvesse
competitividade e concorrência entre as corporações de
ofício. Se houvesse o desejo de alterar técnicas ou ampliar
o negócio, precisariam do consentimento da corporação a
qual pertenciam, o que não era algo comum.
Alternativa B: incorreta. A massificação da produção
por meio da repetição mecânica das tarefas é própria
da manufatura e da produção industrial, e não uma
característica da produção artesanal.
Alternativa C: incorreta. No modelo artesanal de produção,
não havia a separação entre capital e trabalho; os artesãos
envolvidos na produção eram os donos das oficinas, e
não havia um proprietário desconectado das atividades
produtivas, como no caso da indústria.
Alternativa D: incorreta. O clero não participou diretamente
do processo de criação das corporações; essas
associações de artesãos eram entidades leigas. A imagem
mostra uma pessoa analisando um par de sapatos, que
pode ser tomado como um membro do clero.
QUESTÃO 40
_21_3EM_1S_GEO_BW_L1_Q03
Entre esta terça-feira e a quarta-feira, dias 2 e 3 de
fevereiro [de 2021], uma área de baixa pressão que atua
no interior do continente avança em direção ao litoral e se
aprofunda, provocando chuva intensa no Rio Grande do
Sul já na quarta-feira [3/2/2021]. Há previsão de temporais
para todo o Rio Grande do Sul, e os maiores acumulados
de chuva são esperados para o centro-sul gaúcho. O vento
sopra moderado na quarta-feira [3/2/2021], com rajadas
entre 80 km/h e 100 km/h a partir do fim da tarde no sul e
no leste do Rio Grande do Sul.
Disponível em: <https://www.abcdoabc.com.br>.
Acesso em: 16 mar. 2021. (Adaptado)

A tempestade noticiada tem como principal agente


constituinte o(a)
a) aquecimento de águas oceânicas.
b) atuação de correntes marítimas frias.
c) redução de incidência de raios solares.
d) desaparecimento de áreas de alta pressão.
e) formação de nuvens do tipo cumulus nimbus.

Gabarito: A

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C6H26
BNCC: EM13CHS103

O aquecimento de águas oceânicas forma uma área de


baixa pressão. Esta, por sua vez, atrai o ar presente em seu
entorno. Ao chegarem ao centro da área de baixa pressão,
esses ventos sobem e esfriam, ocasionando nuvens
carregadas que são responsáveis pelas tempestades.

Alternativa B: incorreta. As correntes marítimas frias


diminuem as temperaturas dos oceanos, o que reduz a
chance de formação de ciclones nessas áreas.
Alternativa C: incorreta. Há grande incidência de raios
solares na atmosfera, aquecendo os oceanos e propiciando
a formação de grandes ciclones.
Alternativa D: incorreta. Na formação de uma área de baixa
pressão, as regiões no entorno são caracterizadas por
apresentarem alta pressão.
Alternativa E: incorreta. As nuvens do tipo cumulus nimbus
são consequência da formação de áreas de baixa pressão,
e não causa.
QUESTÃO 41
_20_3EM_1S_SOC_PT_L1_Q02
Se você pensa que religião pertence ao passado e
que vivemos em uma nova era da razão, é melhor checar
os fatos: 84% da população mundial se identifica com um
grupo religioso. Em geral, membros dessa demografia são
mais jovens e produzem mais crianças que aqueles que
não têm uma afiliação religiosa, ou seja, o mundo está se
tornando mais religioso, e não menos – ainda que haja
significativas variações geográficas.
SHERWOOD, Harriet. “Religion: why faith is becoming more and more popular”.
The Guardian, 27 ago. 2018. Disponível em: <https://www.theguardian.com>.
Acesso em: 25 mar. 2020. (Adaptado)

A respeito das religiões no mundo contemporâneo, é


correto afirmar que
a) as democracias ocidentais têm se tornado cada vez
mais secularizadas.
b) as religiões estão intimamente ligadas à ritualização da
vida biológica humana.
c) a tendência ao aumento da religião configura risco
evidente ao avanço da Ciência.
d) o aumento de religiosos implica o aumento de
teocracias constitucionais pelo mundo.
e) os ateus e os agnósticos estão entre os grupos mais
perseguidos por motivos religiosos.

Gabarito: B

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C1H5
BNCC: EM13CHS101

Religiões são instituições sociais marcadas por experiências,


crenças e ritos. Desde os primórdios, religiões sempre
estiveram ligadas à significação simbólica da vida humana e
suas principais etapas biológicas: concepção, nascimento,
maturidade, reprodução e morte. Batismos, casamentos
e ritos funerários são exemplos de práticas comuns à
maioria das grandes religiões e estão intimamente ligados
a momentos fundamentais da vida humana.

Alternativa A: incorreta. Democracias ocidentais têm vivido


experiências crescentes de fundamentalismo religioso,
e não de secularização. Em vários países europeus,
movimentos de cunho religioso vêm ganhando espaço
entre lideranças políticas, como ocorre na Hungria.
Alternativa C: incorreta. Não há evidente conflito entre
elas. Mesmo atualmente, muitos cientistas têm defendido
que a dicotomia entre Ciência e religião não faz mais tanto
sentido como fazia há alguns séculos. Ambas sustentam-se
em espaços diferentes, mas não há necessariamente uma
lógica de evidente freio científico por parte de religiões.
Alternativa D: incorreta. Apesar do aumento do
fundamentalismo religioso, não se pode dizer que tem
aumentado o número de teocracias no mundo. Os casos
mais clássicos são o do Irã e o da Arábia Saudita. No entanto,
apesar da intensa influência religiosa na legislação, ainda
não se observa um esforço de mudança constitucional
profunda baseada na teocratização. Além disso, em muitos
países, as maiorias religiosas também apoiam a laicização
do Estado, como ocorre na Alemanha.
Alternativa E: incorreta. Ainda que haja hostilidade a esses
grupos, não se pode afirmar que eles estejam entre os
mais perseguidos. A população muçulmana é largamente
hostilizada em diversos países, mas em outras regiões,
cristãos, budistas, hindus e adeptos de religiões de matrizes
africanas também são perseguidos.
QUESTÃO 42
_21_3EM_1S_HIS_LT_L1_Q05.
Chegamos então aos fins do século XVII com o
domínio colonial português estabelecido e explorado
ainda que precariamente. Mais tarde, no Tratado de Madri,
de 1750, seria aceito o princípio do chamado uti possidetis
defendido diante dos negociadores do tratado pelo
brasileiro santista Alexandre de Gusmão, secretário do rei
D. João IV.
MESGRAVIS, Laima. História do Brasil Colônia. São Paulo: Contexto, 2018. p. 34.

O argumento do uti possidetis (do latim, “uso de


propriedade”) foi possível por conta de uma ocupação
efetiva e prolongada de terras para além das estipuladas
para Portugal no Tratado de Tordesilhas. Tal ocupação
resultou no(a)
a) surgimento de novas atividades econômicas.
b) domínio militar português das áreas exploradas.
c) aliança territorial entre portugueses e indígenas.
d) exploração ambiental pelo plantation açucareiro.
e) impulso dado pelos jesuítas à exploração aurífera.

Gabarito: A

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C2H7
BNCC: EM13CHS204

O surgimento das novas atividades como a extração das


drogas do sertão, o bandeirantismo e a pecuária garantiram
aos portugueses larga ocupação e conhecimento do
território do interior do Brasil. Além disso, a presença de
colégios jesuítas em postos avançados, como em São Paulo
e em Sete Povos das Missões, ajudaram no povoamento e
na exploração dos chamados “sertões”.

Alternativa B: incorreta. A ocupação ocorreu por uma falta


de vigilância dos espanhóis e pelo surgimento de atividades
complementares ao açúcar nas novas áreas exploradas.
Portugal não tinha condições financeiras para estabelecer
controle militar sobre toda a região povoada na colônia;
disso decorreram inúmeras tentativas de ocupação por
outros países europeus (França, Espanha, Grã-Bretanha,
Holanda etc.).
Alternativa C: incorreta. Tal expansão e ocupação, no
que se refere aos indígenas, foi sobretudo predatória e
agressiva contra os ameríndios, principalmente nessa
etapa da colonização, que contava com a exploração
violenta dos bandeirantes.
Alternativa D: incorreta. O plantation açucareiro manteve-
-se no litoral e, portanto, apenas indiretamente afetou a
exploração dos “sertões”.
Alternativa E: incorreta. Tal impulso foi alimentado pela
Coroa nos séculos XVII e XVIII e efetuado sobretudo pela
classe bandeirante.
QUESTÃO 43
_21_3EM_1S_GEO_BW_L1_Q01

brgfx/Freepik
Dia

Ar quente do continente

Ar frio do oceano

Oceano mais frio Continente mais quente

brgfx/Freepik
Noite

Ar quente do oceano

Ar frio do continente

Oceano mais quente Continente mais frio

O fenômeno evidenciado no esquema tem como principal


causa a
a) concentração de umidade.
b) atuação da continentalidade.
c) elevação do perfil topográfico.
d) formação de tempestades tropicais.
e) diferenciação da pressão atmosférica.

GAbArITO: E

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C6H26
BNCC: EM13CHS103

Devido às diferenças de gradiente de aquecimento entre


massas de água e terras emersas, há formação de brisas
nos litorais. Durante o dia, os continentes apresentam
maior concentração de calor do que os oceanos, o que
forma uma área de baixa pressão e propicia as brisas dos
oceanos para os continentes. À noite, a situação se inverte.

Alternativa A: incorreta. A concentração de umidade em


áreas litorâneas resulta em amplitudes térmicas diárias
menores que nas regiões nas quais não há massas de
água. Contudo, a formação de brisas não está diretamente
relacionada à umidade relativa do ar, mas aos índices de
aquecimento entre os dois corpos (água e terra).
Alternativa B: incorreta. A imagem mostra uma área
litorânea, a qual não sofre atuação da continentalidade na
região. Nesse caso, a atuação maior é a da maritimidade.
Alternativa C: incorreta. As duas cenas ocorrem no nível
do mar e não têm relação com modificações do perfil
topográfico.
Alternativa D: incorreta. A formação de tempestades
tropicais está associada às diferenças de pressão
atmosférica em alto-mar e não podem ser associadas às
brisas oceânica e continental.
QUESTÃO 44
_20_3EM_1S_GEO_AR_L1_Q03
Criada em agosto de 2002 pela integração de
seis empresas da Organização Odebrecht e do Grupo
Mariani, a Braskem é, hoje, a maior produtora de resinas
termoplásticas nas Américas e a maior produtora de
polipropileno nos Estados Unidos. A Braskem está
inserida nos setores químico e petroquímico, que têm
participação relevante em inúmeras cadeias produtivas
e são essenciais para o desenvolvimento econômico.
Nesse contexto, a química e o plástico contribuem na
criação de soluções sustentáveis para a melhoria da vida
das pessoas em setores como moradia, alimentação e
mobilidade.
Disponível em: <https://www.braskem.com.br>.
Acesso em: 27 mar. 2020. (Adaptado)

O tipo de indústria mencionado no texto é denominado


indústria de base e se caracteriza por
a) fabricar bens de consumo duráveis.
b) produzir mercadorias de consumo não duráveis.
c) converter matéria-prima bruta em bem de consumo.
d) transformar matéria-prima bruta em bem de produção.
e) especializar áreas específicas em inovação tecnológica.

Gabarito: D

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C4H16
BNCC: EM13CHS401

As indústrias de base são responsáveis pela produção de


bens que serão incorporados por outros tipos de indústria,
produzindo maquinário ou matéria-prima utilizados em
outros estágios de produção. O texto menciona que a
Braskem produz resinas termoplásticas e polipropileno,
produtos típicos de uma indústria química, que fabrica
insumos que serão utilizados por indústrias de bens de
consumo.

Alternativas A e B: incorretas. A fabricação de bens de


consumo duráveis e não duráveis é característica das
indústrias de bens de consumo, os quais se destinam ao
consumidor final.
Alternativa C: incorreta. A matéria-prima bruta é trabalhada
pela indústria de base para se transformar em matéria-
-prima secundária (ou semimanufaturada), que será utilizada
pela indústria de bens de consumo (ou pela indústria de
bens de capital) para a produção de bens de consumo.
Esse processo, como um todo, percorre diferentes tipos
de indústria. Nesse sentido, a matéria-prima bruta passa
por vários processos até se tornar bem de consumo,
ultrapassando os limites da indústria de base.
Alternativa E: incorreta. Apesar de a inovação tecnológica
ser de grande importância para todos os setores
industriais e ser responsável pelo desenvolvimento e pela
competitividade desses setores no mercado, a indústria
de base não se caracteriza por esse objetivo. Sua função,
como o próprio nome indica, é fornecer bens de produção
para que outros setores da indústria possam realizar suas
produções.
QUESTÃO 45
_21_2AE_1S_HIS_LT_L1_Q01
A civilização islâmica originou-se na Arábia com a
missão do profeta Maomé. Embora boa parte da Península
Arábica seja deserta, há também áreas importantes
apropriadas para a agricultura permanente. [...]. Durante
a primeira expansão muçulmana [...] a civilização se
desenvolveu em paisagens muito diferentes.
JAGUARIBE, Hélio. Um estudo crítico da História I.
São Paulo: Paz e Terra, 2001. p. 527.

A expansão islâmica, ocorrida durante a Idade Média,


a) ocupou a Península Ibérica e o Império Carolíngio.
b) priorizou a conversão de cristãos à religião maometana.
c) originou um império unificado e sem disputas políticas
internas.
d) alcançou o norte da África, a Península Ibérica e o atual
Oriente Médio.
e) criou um espaço territorial de comércio exclusivo entre
seguidores do Corão.

Gabarito: D

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C1H1
BNCC: EM13CHS603

A expansão islâmica, ocorrida entre os séculos VII e VIII,


atingiu seu auge territorial quando dominou o norte da
África, o centro da Ásia, a Península Ibérica e todo o atual
Oriente Médio – seu lugar de origem.

Alternativa A: incorreta. O Império Carolíngio e, em seguida,


os reinos francos, após o Tratado de Verdun, não chegaram
a ser ocupados pelos islâmicos.
Alternativa B: incorreta. A chamada “Jihad menor” não era
prioridade dos islâmicos, uma vez que a conquista territorial
e a hegemonia comercial lhes era mais interessante.
Alternativa C: incorreta. Dentro da expansão islâmica havia
diversos califados e impérios de mesma religião, porém
rivais entre si. Dentre eles, pode-se destacar o califado
Omíada, o Ortodoxo e o Abássida.
Alternativa E: incorreta. Os islâmicos traçaram diversas rotas
e centros comerciais famosos por sua heterogeneidade de
clientela. No norte da África, por exemplo, fomentaram o
comércio entre a região subsaariana; no Mar Mediterrâneo,
de igual maneira, realizaram trocas com cristãos e
bizantinos.
QUESTÃO 46
_21_3EM_1S_FIL_FA_L1_Q04
No ensinamento da Escritura, há mistério e há
indemonstrável, mas há também inteligível e demonstrável.
Ora, é melhor compreender do que crer, quando temos
essa opção. Deus disse: Ego sum qui sum. Essa palavra
basta para impor ao ignorante a fé na existência de Deus,
mas não dispensa o metafísico, cujo objeto próprio é o ser
enquanto ser, de pesquisar o que tal palavra nos ensina
acerca do que Deus é.
GILSON, Étienne. A Filosofia na Idade Média. Eduardo Brandão (Trad.).
São Paulo: Martins Fontes, 1995. p. 657.

A concepção de Tomás de Aquino acerca das relações


possíveis entre fé e razão é expressa, resumidamente, na
afirmação de que o(a)
a) salvação requer a compreensão racional das Escrituras.
b) domínio da razão termina onde começa o domínio da
religião.
c) ignorante é aquele que exige provas lógicas da
existência de Deus.
d) revelação divina converte as ideias metafísicas em
artigos de fé.
e) doutrina cristã pode ser parcialmente apreensível por
raciocínios.

Gabarito: E

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C1H1
BNCC: EM13CHS103

Segundo Tomás de Aquino, a fé dispensa a expressão e a


apreensão racionais. Ela basta, por si só, para convencer
até mesmo o ignorante da existência e do poder de
Deus. O raciocínio pode vir, nesse sentido, como uma
compreensão complementar da verdade cristã: embora
alguns elementos dessa doutrina sejam envoltos em
mistério e objetos passíveis apenas de fé, a maioria é
apreensível e comunicável nos termos de um pensamento
racional.

Alternativa A: incorreta. A compreensão e a vida vivida


em conformidade com a fé nas Escrituras é tão apta a
proporcionar salvação quanto a contemplação intelectual
da verdade divina. A eficiência da fé independe da
compreensão racional.
Alternativa B: incorreta. Segundo Tomás de Aquino, o
domínio da razão penetra o da religião na medida em
que é perfeitamente possível e desejável compreender
racionalmente a verdade contida nos artigos de fé.
Alternativa C: incorreta. Pelo contrário, cabe àquele
versado nas doutrinas filosóficas não exigir, e sim
proporcionar provas lógicas da existência de Deus. Para
Tomás de Aquino, a razão, enquanto dom divino, deve se
desenvolver paralelamente à fé, aplicando-se sobre as
suas mesmas verdades.
Alternativa D: incorreta. O que Tomás de Aquino propõe é
que a reflexão metafísica pode ir de encontro à revelação.
Os artigos de fé podem ser explicados e comunicados por
meio de categorias racionais, embora não dependam disso
para serem aprendidos e interiorizados.
QUESTÃO 47
_21_3EM_1S_SOC_PT_L1_Q01
Estudantes de escolas públicas têm desempenho
médio abaixo dos das particulares no Enem, principal
porta de entrada para o Ensino Superior. É na prova de
Inglês, porém, que os alunos da rede estatal enfrentam
maior dificuldade em relação à rede privada. Análise feita
pela Folha em todas as questões aplicadas no Enem entre
2010 e 2019 mapeou aquelas em que os estudantes da
rede pública erraram de forma desproporcional […]. Inglês
representou 46% dessas questões que mais prejudicaram
a rede pública sob essa metodologia, apesar de somar
apenas 3% do exame total.
“Inglês no Enem é obstáculo entre aluno de escola pública e a faculdade”.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 3 mar. 2021.

A referida pesquisa sinaliza que as discrepâncias entre


alunos dos sistemas públicos e privados se manifestam
no(a)
a) dificuldade inerente de alunos de escolas públicas.
b) socialização primária em língua inglesa por pais bilíngues.
c) ausência da língua inglesa no currículo das escolas
públicas.
d) acesso a cursos complementares extracurriculares de
Inglês.
e) falta de acesso à língua inglesa em fontes de
entretenimento.

Gabarito: D

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C4H16
BNCC: EM13CHS402

De acordo com o texto, a língua inglesa é o grande


obstáculo aos alunos da rede pública no Enem. Deduz-se
que, ao contrário de todas as outras matérias, o Inglês é a
única disciplina que alunos de escola privada normalmente
complementam com cursos de idiomas extracurriculares
em escolas privadas de idiomas. Assim, a principal
diferença está no acesso que alunos de escola privada
normalmente têm para complementar a sua formação de
Inglês das escolas com cursos de idiomas.

Alternativa A: incorreta. Não há dificuldades inerentes


desses alunos, especialmente em uma única disciplina.
Alternativa B: incorreta. O ensino de língua estrangeira, no
Brasil, ainda se faz predominantemente em meios privados
fora do ambiente familiar.
Alternativa C: incorreta. O ensino de língua inglesa não
está ausente no currículo dos alunos de escola pública.
Além disso, a discrepância tem a ver com o fato de que
poucos alunos das escolas públicas têm acesso a cursos
complementares.
Alternativa E: incorreta. Com a internet, o acesso à língua
inglesa em fontes de entretenimento é muito maior e pode
ser obtido por baixo custo.
QUESTÃO 48
_21_3EM_1S_HIS_BM_L1_Q03
Conforme já se insinuou, D. João I subiu ao trono por
eleição, após um interregno complicado, eleição feita nas
Cortes de Coimbra de 1385. […] quase 30 dias após o início
dos trabalhos, o Parlamento, por unanimidade, elegeu o
Mestre de Avis. Foi uma unanimidade conseguida mais
pelas ameaças de violência do que pelas razões. De
qualquer modo, uma unanimidade; forma útil. Útil, porque
de extrema conveniência para efeitos de diplomacia
internacional, na cúria do papa designadamente. Mas,
porque forçada, interinamente questionável.
SOUSA, Armindo de; MATTOSO, José. História de Portugal: a monarquia
feudal (1096-1480). v. 2. Lisboa: Editorial Estampa, 1997. (Adaptado)

O texto revela que a Revolução de Avis, que representou


um momento de consolidação da monarquia portuguesa,
teve como característica peculiar o(a)
a) ausência de uma nobreza hereditária na monarquia.
b) sustentação do monarca pelos interesses populares.
c) escolha de um rei por conta de interesses pragmáticos.
d) adoção de um sistema eletivo para a sucessão ao trono.
e) distanciamento dos elementos religiosos do absolutismo.

Gabarito: C

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C3H13
BNCC: EM13CHS603

A Revolução de Avis foi marcada pela rejeição burguesa


à dominação de Castela sobre Portugal. Dessa maneira,
visando assegurar a independência portuguesa
pragmaticamente, alguns sujeitos históricos desse
processo consideraram necessário garantir a ascensão
do Mestre de Avis por meios coercitivos, apesar de Dom
João I não ser um herdeiro legítimo do trono português.

Alternativa A: incorreta. A transmissão de poder da


monarquia portuguesa, antes e depois da Revolução de
Avis, era estruturada em torno da sucessão hereditária do
poder. No caso, foi instituída a Dinastia de Avis, que reinou
sobre Portugal até 1580, quando ocorreu a União Ibérica.
Alternativa B: incorreta. O novo monarca, Dom João I,
ascendeu ao poder sendo sustentado pela burguesia
portuguesa, que, apesar de não compor o topo da estrutura
social, como a nobreza, também não estava situada, na
divisão social de Portugal, entre as classes populares.
Alternativa D: incorreta. A votação nas Cortes não era um
procedimento usual; ela foi invocada em um momento de
disputa pelo trono vago após a morte do rei D. Fernando.
Esse tipo de procedimento visava analisar a legitimidade
dos herdeiros em disputa e não constituía um sistema
eletivo para a monarquia.
Alternativa E: incorreta. A monarquia portuguesa não
experimentou, com a Revolução de Avis, um distanciamento
dos elementos religiosos do absolutismo, utilizando-
-os, pelo contrário, para cristalizar seu poder perante a
população portuguesa.
QUESTÃO 49
_21_3EM_1S_GEO_BW_L1_Q02
Localizado ao longo da costa do Atlântico, no
sudoeste da África, o Deserto do Namibe é um dos mais
secos do mundo. Com pelo menos 55 milhões de anos, é
considerado o deserto mais antigo do mundo – o Deserto
do Saara, para efeito de comparação, tem “apenas” de
2 milhões a 7 milhões de anos. Com as temperaturas
atingindo rotineiramente 45 °C no verão durante o dia e
podendo cair para abaixo de zero à noite, também é um
dos lugares mais inóspitos do planeta.
SCHOENBACH, Kate. “Os ‘anéis de fadas’ e outros mistérios do deserto mais
antigo do mundo”. Disponível em: <https://www.bbc.com>.
Acesso em: 28 fev. 2021. (Adaptado)

Qual é a explicação para esse deserto estar tão próximo


do oceano?
a) A intensificação das mudanças climáticas.
b) A formação de correntes marítimas frias.
c) O desmatamento das florestas originais.
d) A criação de uma área de alta pressão.
e) A sua localização em elevadas latitudes.

Gabarito: B

Ciências Humanas e suas Tecnologias


Enem: C6H26
BNCC: EM13CHS101

É a atuação de correntes marítimas frias que justifica a


existência de desertos bem próximos a oceanos. Frias
e secas, essas correntes não geram muita evaporação,
apresentando ventos com menor umidade do que o ar.
Somadas à massa de ar continental que já é quente e
seca, todo o ambiente próximo ao litoral tende a se tornar
ainda mais seco, fazendo nascer, assim, os desertos nessas
regiões.

Alternativa A: incorreta. O fato de existirem desertos


próximos ao litoral não se relaciona diretamente com as
mudanças climáticas; nesse caso, o que pode ocorrer é a
intensificação da secura existente nos desertos.
Alternativa C: incorreta. A notícia afirma que o deserto foi
formado há mais de 55 milhões de anos, portanto não é
resultado da ação antrópica. Seu surgimento está ligado a
fatores naturais, como a presença da corrente marítima fria
de Benguela.
Alternativa D: incorreta. Acima do deserto, há uma área
de baixa pressão atmosférica devido às temperaturas
elevadas, relatadas no trecho da notícia.
Alternativa E: incorreta. O deserto está localizado em
médias latitudes.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS
TECNOLOGIAS

Questões de 50 a 70

QUESTÃO 50
_21_3EM_1S_BIO_GS_L1_Q03
A exposição das pessoas a substâncias que podem
alterar a saúde e levar a danos graves no futuro é muito
grande e praticamente inevitável, atualmente. Uma delas é
o bisfenol-A (BPA), um plastificante usado em mamadeiras,
copos infantis, embalagens e utensílios, entre outros, que
vem sendo largamente estudado pelos cientistas. Um dos
problemas que ele causa está relacionado à fertilidade. A
bióloga Maria Fernanda Hornos Carneiro, da Faculdade
de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da
USP, realizou testes em laboratório com o antioxidante
coenzima Q10 e conseguiu reverter a redução da
fertilidade causada pela exposição prolongada ao BPA em
vermes. A primeira análise mostrou que o contaminante
estava gerando mais quebras no DNA durante a meiose.
Esse processo de quebras é natural e acontece inclusive
nos humanos, na etapa da meiose em que há a troca de
material genético entre os cromossomos homólogos que
garante maior variabilidade da espécie.
CANQUERINO, Marcelo. “Em laboratório, antioxidante reverte dano à
fertilidade causado por material comum em plásticos”.
Disponível em: <https://jornal.usp.br>. Acesso em: 3 mar. 2021. (Adaptado)

O processo natural de quebras de DNA descrito no texto


acontece durante a
a) intérfase.
b) prófase I.
c) anáfase I.
d) telófase II.
e) metáfase II.

Gabarito: B

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C4H14
BNCC: EM13CNT202

As quebras de DNA que ocorrem durante a meiose


consistem em um fenômeno chamado crossing-over ou
permutação. Esse fenômeno acontece durante a prófase I
da meiose, quando ocorre o pareamento dos cromossomos
homólogos e pode haver quebra das cromátides homólogas
em certos pontos, seguida de uma troca de pedaços
correspondentes entre elas. Esse processo garante maior
variabilidade genética da espécie.

Alternativa A: incorreta. Na intérfase, a célula está em


intensa atividade e ocorre a duplicação dos cromossomos;
é o período que intercala as divisões celulares.
Alternativa C: incorreta. Na anáfase I, há a segregação dos
cromossomos homólogos. O crossing-over ocorre antes
dessa etapa.
Alternativa D: incorreta. Na telófase II, os cromossomos
atingem os polos e iniciam a sua despiralização e o
citoplasma inicia a sua divisão, originando quatro células-
-filhas haploides. O crossing-over ocorre antes dessa etapa.
Alternativa E: incorreta. Na metáfase II, os cromossomos se
encontram no seu máximo de condensação, posicionados
na faixa equatorial da célula. O crossing-over ocorre antes
dessa etapa.
QUESTÃO 51
_21_3EM_1S_FIS_BB_L1_Q02
Uma pessoa precisa elevar um caixote de 60 kg. Para isso,
ela utiliza uma rampa lisa e com um ângulo de inclinação θ
com a horizontal, uma corda ideal e de massa desprezível
e uma polia ideal. Uma das extremidades da corda é
amarrada ao caixote, e a outra é puxada verticalmente para
baixo pela pessoa, conforme mostrado na figura.

O caixote sobe pela rampa, partindo do repouso e com atrito


desprezível, em um movimento uniformemente variado
e acelerado, percorrendo 4 metros durante 2 segundos.
No movimento de subida do caixote, a corda fica sempre
paralela à rampa. Sabendo que sen θ = 0,6, que cos θ = 0,8
e que a aceleração da gravidade local vale 10 m/s2, qual é a
intensidade da força F que a pessoa aplica na corda?
a) 240 N
b) 360 N
c) 480 N
d) 600 N
e) 720 N

Gabarito: C

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C6H20
BNCC: EM13CNT101

Como o caixote é puxado e realiza um movimento


uniformemente variado, partindo do repouso (v0 = 0) e
percorrendo 4 metros (∆s = 4 m) em 2 segundos (t = 2 s), a
aceleração do caixote é:
at 2 at 2
s = s0 + v0t + ⇒ ∆s = 0 +
2 2
a ⋅ 22 8
4= ⇒ a = = 2 m/s 2

2 4
A figura a seguir ilustra as forças atuantes no sistema:

T
N
T

θ
Px
Py
P
Na direção perpendicular à rampa, o corpo está em
equilíbrio, uma vez que a normal e a decomposição da força
peso vertical têm direção e módulo iguais, mas sentidos
opostos. Na direção paralela à rampa, como o bloco sobe,
tem-se:
T − Px = m ⋅ a
T − P ⋅ sen θ = m ⋅ a
T = m ⋅ a + m ⋅ g ⋅ sen θ
T = m (a + g ⋅ sen θ )
T = 60 ⋅ (2 + 10 ⋅ 0,, 6) ⇒ T = 480 N
O módulo da força F aplicada pela pessoa na corda é igual
ao módulo da força tração. Assim, F = 480 N.

Alternativa A: incorreta. Ao aplicar a segunda lei de


Newton, considerou-se incorretamente que o caixote está
descendo.
Alternativa B: incorreta. Considerou-se incorretamente
que o corpo estava em repouso, e, assim, T = Px.
Alternativa D: incorreta. Considerou-se incorretamente
que Px = P ∙ cos θ.
Alternativa E: incorreta. Não foi feita a decomposição
da força peso na direção do movimento, e, ao aplicar a
segunda lei de Newton, considerou-se incorretamente que
T – P = ma.
QUESTÃO 52
_21_3EM_1S_QUI_VD_L1_Q01

Como a cola funciona?


Um dos principais fatores para uma substância
conseguir se “pregar” em outra é o fenômeno de adsorção.
Quando você espalha a cola, ela molha a superfície em
que você a aplica. Muitas forças eletrostáticas fracas entre
as moléculas da cola e as moléculas da superfície mantêm
as duas coisas juntas. Essas forças atrativas são criadas
a partir da criação de dipolos temporários nas moléculas.
Não há ligação química entre a cola e a superfície na
qual ela está aderindo, apenas um grande número de
pequenas forças de atração.
Disponível em: <https://www.explainthatstuff.com>.
Acesso em: 10 mar. 2021. (Adaptado)

A interação intermolecular que mantém as moléculas da


cola e as da superfície atraídas é do tipo
a) íon-dipolo.
b) forças de London.
c) ligação covalente.
d) dipolo permanente.
e) ligação de hidrogênio.

Gabarito: B

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C5H18
BNCC: EM13CNT307

De acordo com o texto, são criadas ligações eletrostáticas


fracas por meio de dipolos temporários. Essa é uma
característica das forças de London (interações dipolo
induzido), as interações intermoleculares mais fracas. Essa
interação intermolecular acontece quando há a criação de
dipolos (δ– e δ+) temporários nas moléculas. Isso ocorre
porque a nuvem eletrônica de uma molécula se deforma
induzindo a polaridade da outra molécula, ou seja, se há
bastante elétrons em uma região na molécula A (δ–), eles
vão repelir os elétrons da molécula B, tornando essa região
pobre em cargas negativas e fazendo surgir uma densidade
positiva (δ+) em B. Assim, a região com o dipolo δ+ de B é
atraída pela região com o dipolo δ– de A.

Alternativa A: incorreta. A interação íon-dipolo ocorre


entre um íon e uma molécula polar (que já tenha dipolos
permanentes).
Alternativa C: incorreta. A ligação covalente é um tipo
de ligação química, ou seja, ligação entre os átomos para
formar uma molécula. Na adesão da cola a uma superfície,
não são formadas ligações químicas, mas interações
intermoleculares fracas.
Alternativa D: incorreta. A interação intermolecular
dipolo permanente ocorre em moléculas polares, ou seja,
moléculas que tenham dipolos já estabelecidos.
Alternativa E: incorreta. A ligação de hidrogênio é um
tipo de interação intermolecular que ocorre somente
entre moléculas que apresentam átomos de hidrogênio
(H) ligados a átomos de flúor (F), oxigênio (O) e nitrogênio
(N). Esse tipo de interação intermolecular é forte devido à
polaridade das moléculas.
QUESTÃO 53
_21_3EM_1S_BIO_HJ_L1_Q03i
Em um estudo sobre estágios sucessionais de áreas
localizadas em uma região do domínio Mata Atlântica,
os pesquisadores ilustraram, entre outros, os seguintes
cenários observados:

(A) Área onde ocorrem líquens, musgos e espécies


arbóreas pioneiras em área de campo antrópico com
vegetação herbácea.
(B) Afloramento rochoso, onde predominam espécies
herbáceas e arbustivas.
(C) Copa das árvores superiores entre 10 e 20 m,
início de diferenciação de estratos na estrutura vertical.
LANA, J. M. et al. “Análise dos estágios de sucessão de áreas de Mata
Atlântica sob a influência de plantações florestais, Vale do Rio Doce,
Minas Gerais, Brasil”. Revista Árvore, v. 34, n. 4, 2010. (Adaptado)

Após estudo detalhado dos cenários apresentados, os


pesquisadores puderam identificar que
a) A é a sere, e o estabelecimento de uma comunidade
clímax só pode ocorrer por intervenção humana.
b) A é a ecese, e o estabelecimento de novas espécies é
improvável devido à falta de matéria orgânica.
c) B é a sere, e o crescimento populacional é reduzido
devido à falta de disponibilidade de recursos.
d) C é o clímax, e a comunidade tende a entrar em colapso
devido à falta de disponibilidade de recursos.
e) C é o clímax, e a biodiversidade aumenta com o
estabelecimento de espécies tolerantes à sombra.

Gabarito: E

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C8H29
BNCC: EM13CNT203

É possível identificar que, em C, o estágio sucessional


da comunidade está mais avançado (clímax), com maior
número de espécies vegetais que, por consequência,
abrigam uma fauna também mais diversa e complexa,
com estabelecimento de numerosos nichos ecológicos e
teias alimentares mais complexas. As espécies localizadas
abaixo da copa das árvores mais altas são adaptadas à
sombra.

Alternativa A: incorreta. A etapa A é a ecese, formada por


uma comunidade de organismos pioneiros. A sucessão
ecológica ocorre sem a intervenção humana.
Alternativa B: incorreta. Em A, observa-se o estágio inicial da
sucessão (ecese), no qual há o estabelecimento de líquens
e musgos. Com o desenvolvimento dessas espécies, há
maior retenção de umidade e aumento da quantidade de
matéria orgânica, o que facilita o estabelecimento de novos
seres vivos.
Alternativa C: incorreta. A comunidade B está em um
estágio sucessional intermediário (sere). Com o tempo,
haverá aumento de biomassa, aumento da biodiversidade
e da complexidade de todo o ecossistema, levando a uma
comunidade clímax.
Alternativa D: incorreta. A partir de C, a comunidade tende
a entrar em equilíbrio entre seus fatores bióticos e abióticos,
caracterizando uma comunidade clímax.
QUESTÃO 54
_20_2EM_1S_FIS_RN_L1_Q01
Dois motoristas percorrem uma estrada retilínea em
direção a um mesmo destino. No caminho, ambos pararam
em um posto para abastecer e calibrar os pneus de seus
automóveis. Após o abastecimento, como os pneus de seu
automóvel já estavam calibrados, o motorista 1 continuou
seu trajeto, partindo de t = 0, enquanto o motorista 2 ficou
no posto para realizar a calibragem e o balanceamento dos
pneus antes de prosseguir a viagem.
O gráfico apresenta a posição, em quilômetro, em função
do tempo, em hora, dos dois motoristas. A equação horária
da posição do motorista 1 é s = 300 + 75t, com a posição
dada em km e o tempo dado em h.
s (km)

600

Motorista 1

Motorista 2

0 t’ t (h)

Quando estavam em movimento, os motoristas mantiveram


velocidade constante, e a velocidade do motorista 2 era
um terço maior que a velocidade do motorista 1. Se os
motoristas chegaram ao destino juntos, quanto tempo, em
hora, o motorista 2 levou em seu percurso desde a saída
do posto até a chegada ao destino final?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 6

Gabarito: C

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C6H20
BNCC: EM13CNT101

Considerando o gráfico, conclui-se que os motoristas se


encontram novamente no quilômetro 600, que é o destino
final. Para descobrir quanto tempo o motorista 1 gastou
em seu trajeto do posto (pela equação horária da posição,
como o motorista parte de t = 0, tem-se s0 = 300 km) até o
destino final (s = 600 km), utiliza-se a equação horária da
sua posição:
s = 300 + 75t
600 = 300 + 75t 1
600 − 300
t1 = =4h
75
A partir da função horária do motorista 1, tem-se que sua
velocidade é v1 = 75 km/h. Como a velocidade do motorista
2 (v2) é um terço maior que a velocidade do motorista 1 (v1),
tem-se:
v
v2 = v 1 + 1
3
4v 1 4 ⋅ 75
v2 = = = 100 km/h
3 3
Para que o motorista 2 chegue ao destino, ele deve
percorrer uma distância dada por:
∆s = s – s0
∆s = 600 – 300 = 300 km
Assim, o tempo que o motorista leva para chegar ao destino
é:
∆s ∆s
v= ⇒ ∆t =
∆t v
∆s 300
t2 = ⇒ t2 = =3h
v2 100
Portanto, o motorista 2 gastou 3 horas desde a saída do
posto até a chegada a seu destino final.

Alternativa A: incorreta. Esse é o tempo que o motorista 2


ficou parado (t') após o motorista 1 ter saído do posto.
Alternativa B: incorreta. Considerou-se incorretamente
que o motorista 2 gastaria metade do tempo para chegar
ao destino final que o motorista 1 gastou.
Alternativa D: incorreta. Esse é o tempo gasto pelo
motorista 1 para finalizar seu trajeto.
Alternativa E: incorreta. Considerou-se incorretamente que
a velocidade do motorista 2 era um terço menor que a do
motorista 1.
QUESTÃO 55
_21_3EM_1S_QUI_EW_L1_Q03
A teoria da repulsão dos pares eletrônicos da camada
de valência (TRPEV) explica a geometria das moléculas.
Para determinar a geometria de uma molécula, deve-se
observar qual estrutura apresenta a menor repulsão entre
os elétrons. Uma molécula interessante nesse aspecto é a
do difluoreto de xenônio (XeF2), que apresenta, ao redor do
átomo central, cinco nuvens eletrônicas.
Como essa molécula é apolar, conclui-se que sua geometria
é
a) linear.
b) angular.
c) piramidal.
d) tetraédrica.
e) trigonal plana.

Gabarito: A

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C7H24
BNCC: EM13CNT307

Como há cinco nuvens eletrônicas ao redor do átomo


central, o arranjo eletrônico possível é o bipirâmide trigonal.
Nesse caso, há três pares eletrônicos isolados (não ligantes)
e duas nuvens eletrônicas envolvidas na ligação entre os
átomos de Xe e F. Pela TRPEV, a distância entre os pares
eletrônicos do átomo central deve ser a maior possível
para minimizar as forças de repulsão eletrostática. Por isso,
para manter a maior distância entre os pares eletrônicos
isolados, os pares ligantes formam um ângulo de 180° com
o átomo de xenônio, e, portanto, a geometria da molécula é
 
linear, o que justifica a apolaridade molecular (µR = 0).

Xe

Alternativa B: incorreta. Uma molécula diatômica apolar


não pode ser angular.
Alternativa C: incorreta. Uma molécula piramidal apresenta
três ligantes no átomo central.
Alternativa D: incorreta. Uma molécula tetraédrica
apresenta quatro ligantes no átomo central.
Alternativa E: incorreta. Uma molécula trigonal plana
apresenta três ligantes no átomo central.
QUESTÃO 56
_21_3EM_1S_BIO_HJ_L1_Q02
Na maioria dos casos, o controle de infecções bacterianas
pode ser bem-sucedido com a administração de
antibióticos com diferentes tipos de ação. Alguns deles
atuam diretamente nos ribossomos das bactérias. Embora
os ribossomos de células procariontes exerçam as mesmas
funções que os ribossomos de células eucariontes, existem
algumas diferenças estruturais que garantem a atuação
seletiva do fármaco.
Antibióticos que atuam diretamente sobre ribossomos
bacterianos interferem no(a)
a) transcrição do DNA.
b) tradução do RNAm.
c) síntese de RNAm.
d) ­splicing de RNAm.
e) ligação do RNAt com o DNA circular bacteriano.

Gabarito: B

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C4H14
BNCC: EM13CNT202

A tradução da mensagem carregada pelo RNAm ocorre


por intermédio dos ribossomos, tanto em células
eucariontes como em células procariontes. A leitura da
informação para efetiva síntese proteica é o processo de
tradução. Antibióticos inibidores de síntese proteica atuam
diretamente nos ribossomos de diversas formas, como
interferindo na leitura do RNAm ou impedindo a ligação
do RNAt. Dessa forma, não haverá a correta tradução do
RNAm em proteínas.

Alternativa A: incorreta. A transcrição do DNA em RNAm,


tanto em células eucariontes como em células procariontes,
não ocorre nos ribossomos.
Alternativa C: incorreta. O RNAm é sintetizado durante o
processo de transcrição das informações contidas no DNA,
tanto em células eucariontes como em células procariontes.
Os ribossomos não participam desse processo.
Alternativa D: incorreta. O splicing é um mecanismo
de processamento do RNAm que ocorre em células
eucariontes para eliminar as regiões não codificantes da
molécula.
Alternativa E: incorreta. O RNAt participa da síntese final da
proteína durante a tradução do RNAm. Ele não se liga ao
DNA de células eucariontes ou procariontes, mas ao RNAm
no ribossomo.
Leia o texto a seguir para responder às questões 57 e 58.
O elevador mais rápido do mundo é o da torre Burj
Khalifa, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, que
se desloca a 18 m/s, o equivalente a cerca de 65 km/h.
O megaprédio é também o mais alto do planeta, com
828 metros e 160 andares. Para levar os visitantes do
edifício de um andar para outro, foram instalados 57
superelevadores [...].
VASCONCELOS, Yuri. “Qual é o elevador mais rápido do mundo?”.
Disponível em: <https://super.abril.com.br>. Acesso em: 10 mar. 2021. (Adaptado)

QUESTÃO 57
_21_3EM_1S_FIS_ED_L1_Q03
Ao visitar a torre Burj Khalifa, um visitante observou
que, durante a subida, o elevador demora cerca de
5,5 segundos para frear totalmente ao parar em um andar.
Considerando que a aceleração da gravidade local vale
g = 10 m/s2 e que o visitante tem 75 kg e está posicionado
sobre um dinamômetro, a diferença aproximada entre seu
peso real e seu peso aparente – relativo ao valor indicado
no dinamômetro – durante a frenagem do elevador da
torre Burj Khalifa é de
a) 750,0 N.
b) 502,5 N.
c) 247,5 N.
d) 150,0 N.
e) 136,4 N.

Gabarito: C

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C5H18
BNCC: EM13CNT101

Para definir a diferença entre o peso real do visitante e


seu peso aparente, é necessário aplicar a segunda lei de
Newton às forças que agem sobre ele durante a frenagem do
elevador. Primeiramente, deve-se determinar a aceleração
do elevador durante a frenagem. Durante a frenagem, o
elevador realiza um movimento uniformemente variado
(MUV). Sabendo que, ao parar, a velocidade do elevador é
nula (v = 0), que a velocidade inicial do elevador é v0 = 18 m/s
e que a frenagem dura ∆t = 5,5 s, a desaceleração do
elevador é:
v = v0 + a ⋅ t
0 = 18 + a ⋅ 5, 5
18
a= − ≅ −3, 3 m/s2
5, 5
Dentro do elevador, o visitante está sujeito à força P, que
é o peso real do visitante, e à força N, que é a força de
reação da superfície à pressão provocada pelo visitante
sobre o dinamômetro, simbolizando o peso aparente. O
diagrama das forças pode ser esquematizado por:

Como o elevador está se movendo para cima, aplicando a


segunda lei de Newton ao diagrama de forças do visitante,
tem-se:
N − P = ma ⇒ N = ma + P ⇒ N = ma + mg
N = m(a + g)
N ≅ 75 ⋅ ( −3, 3 + 10)
N ≅ 502, 5 N
Sabendo que P = m ∙ g = 75 ∙ 10 = 750 N, a diferença entre
seu peso real (P) e seu peso aparente (N) é:
∆F = P − N
∆F ≅ 750 − 502, 5 ≅ 247, 5 N

Alternativa A: incorreta. Esse é o peso real do visitante.


Alternativa B: incorreta. Esse é o módulo do peso aparente
do visitante.
Alternativa D: incorreta. Considerou-se incorretamente
que o módulo da desaceleração do elevador é igual ao
módulo de sua velocidade inicial, desconsiderando o sinal
do peso aparente.
Alternativa E: incorreta. Esse é o peso aparente do
visitante considerando incorretamente que a velocidade do
elevador é 65 m/s e desconsiderando o sinal do resultado.
QUESTÃO 58
_21_3EM_1S_QUI_EW_L1_Q04
O elevador da torre Burj Khalifa percorre 555 m do térreo
até uma plataforma de observação no 148o andar. Durante
a subida, é possível sentir um incômodo na orelha interna
em função da despressurização. Supondo que não há
alteração de temperatura, qual é a pressão sentida na
orelha nessa plataforma de observação, sabendo que a
pressão no térreo é 760 mmHg e que o volume de ar na
cavidade interna da orelha passou de 30 mL, no térreo,
para 32 mL, na plataforma?
a) 810,7 mmHg
b) 760,0 mmHg
c) 712,5 mmHg
d) 555,0 mmHg
e) 205,0 mmHg

Gabarito: C

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C5H17
BNCC: EM13CNT101

Como não há alteração da temperatura, ocorre


uma transformação isotérmica. Assim, sabendo que
P1 = 760 mmHg, V1 = 30 mL e V2 = 32 mL, a pressão P2
sentida na orelha interna na plataforma de observação é:
P1 ⋅ V1 = P2 ⋅ V2
P ⋅ V 760 ⋅ 30
P2 = 1 1 = = 712, 5 mmHg
V2 32

Alternativa A: incorreta. Considerou-se incorretamente


P P
que 1 = 2 ou que V1 = 32 mL e V2 = 30 mL.
V1 V2
Alternativa B: incorreta. Considerou-se incorretamente
que a pressão não sofreria alteração no trajeto. Embora a
temperatura se mantenha constante, como há alteração do
volume de ar na cavidade interna da orelha, também há
alteração da pressão sentida.
Alternativa D: incorreta. Considerou-se incorretamente
que a pressão sentida na plataforma de observação seria
igual à altura dessa plataforma em relação ao térreo, em
metro.
Alternativa E: incorreta. Considerou-se incorretamente
que a pressão na plataforma de observação seria dada
numericamente pela diferença entre a pressão no térreo
(760 mmHg) e a altura desse andar em relação ao térreo
(555 m).
QUESTÃO 59
_21_1EM_1S_BIO_GS_L1_Q02
Pela primeira vez, cientistas conseguiram capturar
e desenvolver em laboratório um micróbio semelhante
àquele que pode ter dado início à vida complexa na
Terra. Trata-se de uma espécie antiga de arquea,
microrganismos unicelulares muito parecidos com as
bactérias. Em seu material genético, foram encontrados,
além dos genes frequentemente presentes em micróbios,
marcadores genéticos típicos de eucariontes. Essa mistura
de informações levou os cientistas a acreditarem que
estavam em frente a um ser que pode ter servido de
ponte entre as células simples e as mais desenvolvidas.
A hipótese dos biólogos é que, há cerca de 2 bilhões de
anos, micróbios como esses tenham englobado bactérias,
iniciando uma relação que teria sido benéfica para ambos.
Eventualmente, depois de diversos processos de mutação
e da ação da seleção natural, essas bactérias teriam se
transformado em estruturas citoplasmáticas eucarióticas.
BRITO, Sabrina. “Pesquisas fornecem novas evidências para o início da vida na
Terra”. Disponível em: <https://veja.abril.com.br>.
Acesso em: 14 ago. 2020. (Adaptado)

Por ser uma ponte entre tipos celulares simples e mais


desenvolvidos, essa espécie de arquea pode apresentar
estruturas de ambos os tipos celulares. Uma estrutura de
uma célula procariótica que pode estar presente nessa
arquea e uma estrutura de uma célula eucariótica que pode
ter se originado dessa arquea são, respectivamente, o(a)
a) parede celular e a mitocôndria.
b) lisossomo e o cromossomo circular.
c) retículo endoplasmático e a carioteca.
d) lisossomo e o retículo endoplasmático.
e) carioteca e a membrana citoplasmática.

Gabarito: A

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C4H14
BNCC: EM13CNT202

A célula procariótica é um tipo celular simples composto de


membrana citoplasmática, citosol, material genético (DNA
em cromossomo circular ou RNA), ribossomos e parede
celular. Alguns grupos de seres procariontes apresentam,
ainda, uma cápsula externa. A principal característica
das células procarióticas é a ausência da carioteca, ou
membrana nuclear, o que faz com que o material genético
fique disperso no citoplasma. A célula eucariótica é mais
desenvolvida e é composta de membrana citoplasmática,
citosol, material genético (DNA em cromossomos lineares
ou RNA), ribossomos, núcleo organizado com presença
de carioteca e diversas organelas membranosas, como
mitocôndrias, lisossomos, retículo endoplasmático,
complexo golgiense, peroxissomos e centríolos. As células
vegetais, que são um tipo de célula eucariótica, apresentam
ainda cloroplastos, parede celular e vacúolo.

Alternativas B e D: incorretas. O lisossomo é uma organela


citoplasmática presente apenas em células eucarióticas. O
cromossomo circular é típico de células procarióticas.
Alternativa C: incorreta. O retículo endoplasmático é
uma organela citoplasmática presente apenas em células
eucarióticas.
Alternativa E: incorreta. A célula procariótica é caracterizada
pela ausência da carioteca; apenas as células eucarióticas
apresentam carioteca.
QUESTÃO 60
_21_3EM_1S_FIS_IL_L1_Q03
Uma máquina de lavar está funcionando no processo de
centrifugação – etapa que contribui para a secagem mais
rápida das roupas. Nessa etapa, as roupas estão grudadas
na parede interna do cesto da máquina a uma distância de
15  cm em relação ao centro do agitador e giram a 1 200
rotações por minuto.
Considerando π = 3, a aceleração centrípeta, em m/s2, das
roupas nessa máquina é de
a) 2 160.
b) 1 080.
c) 120.
d) 49.
e) 18.

Gabarito: A

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C6H20
BNCC: EM13CNT101

As roupas giram com uma frequência de f = 1 200 rpm a


uma distância de r = 15 cm = 0,15 m do centro do agitador.
Assim, sabendo que π = 3, a velocidade do cesto, em
unidades do SI, é:
1 200
f = 1 200 rpm = = 20 Hz
60
v = ω ⋅ r ⇒ v = 2πf ⋅ r
v = 2 ⋅ 3 ⋅ 20 ⋅ 0, 15
v = 18 m/s
Assim, a aceleração centrípeta das roupas é:
v2
ac =
r
(18)2
ac = = 2 160 m/s2
0, 15

Alternativa B: incorreta. Essa é a velocidade linear das


roupas desconsiderando a conversão da unidade da
frequência de rpm para Hz (unidade do SI).
Alternativa C: incorreta. Considerou-se incorretamente
v
que ac = .
r
Alternativa D: incorreta. Considerou-se incorretamente
que ac = v2 ∙ r.
Alternativa E: incorreta. Essa é a velocidade linear das
roupas em m/s.
QUESTÃO 61
_21_1EM_1S_QUI_EW_L1_Q05
O estrôncio (Z = 38) é um metal presente em quantidades
muito pequenas no organismo humano. Em quantidades
elevadas, pode causar danos aos sistemas nervoso e
ósseo. Uma característica do estrôncio é a sua similaridade
química com outro metal crucial para o organismo humano.
Assim como o estrôncio, esse metal forma cátions bivalentes
com facilidade, apresenta um raio atômico somente 13%
menor e interage quimicamente com proteínas e enzimas
de maneira muito similar à do estrôncio.
O metal crucial para o organismo humano que se parece
com o estrôncio é o
a) ouro (Z = 79).
b) ferro (Z = 26).
c) gálio (Z = 31).
d) sódio (Z = 11).
e) cálcio (Z = 20).

Gabarito: E

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C7H25
BNCC: EM13CNT201

O cálcio (1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2) é da mesma família que
o estrôncio (1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2): família
2 (alcalinoterrosos); por isso, esses metais apresentam
grande similaridade química. Além disso, o cálcio tem
menos camadas que o estrôncio (na tabela periódica, o
cálcio localiza-se no período 4 e o estrôncio localiza-se no
período 5), e, por isso, o raio atômico do cálcio é menor
que o raio atômico do estrôncio. Como esses elementos
apresentam 2 elétrons na camada de valência, eles têm a
tendência de formar cátions bivalentes (Ca+2 e Sr+2).

Alternativa A: incorreta. O ouro (1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10
4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d9) é um metal de transição e,
portanto, não é da família do estrôncio. Além disso, o ouro
não forma cátions bivalentes com facilidade e não é crucial
para o organismo.
Alternativa B: incorreta. O ferro (1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6),
embora seja essencial para o organismo e capaz de formar
cátions bivalentes, é um metal de transição e, portanto, não
é da mesma família que o estrôncio, o que não confere a
eles as mesmas propriedades químicas.
Alternativa C: incorreta. O gálio (1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p1)
pertence à família 3 e, portanto, não é da mesma família
que o estrôncio, o que não confere a eles as mesmas
propriedades químicas.
Alternativa D: incorreta. O sódio (1s2 2s2 2p6 3s1) é da família
1 (alcalinos) e, portanto, forma cátions monovalentes com
facilidade e não tem similaridade química com o estrôncio.
QUESTÃO 62
_21_3EM_1S_BIO_ND_L1_Q03
Ao longo do tempo, a composição da atmosfera
tem se modificado em resposta às interações biológicas
e geológicas. A vida na Terra é mantida pela energia
proveniente do Sol e pelas interações entre sistemas
físicos e biológicos em contínuo reciclo, tornando o
planeta um sistema autossustentado e em evolução. A
importância do carbono e de seus compostos é indiscutível.
Ele é onipresente na natureza, e seus compostos
são constituintes essenciais de toda a matéria viva e
fundamentais na respiração, fotossíntese e regulação
do clima. Os processos de transporte e deposição são
responsáveis pelo retorno de parte do carbono aos
solos, oceanos e corpos de água, enquanto reações na
atmosfera produzem as transformações químicas e físicas,
convertendo-as em novas espécies. O ciclo do carbono
está esquematizado na figura a seguir.

CO2 7

6
1 2

Produtores

Consumidores

4
5
Decompositores

MARTINS, C. R. et al. “Ciclos globais de carbono, nitrogênio e enxofre:


a importância da Química na atmosfera”.
Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola, n. 5, 2003. (Adaptado)

No ciclo de carbono, a(s) seta(s)


a) 1 e 7 representam processos que podem ser
intensificados com a expansão da fronteira agrícola pela
criação de gados.
b) 1 e 2 correspondem, respectivamente, aos processos de
respiração celular e de fotossíntese ou quimiossíntese.
c) 3 indica a fixação do carbono atmosférico pelos
produtores, que disponibilizam esse elemento para toda
a cadeia trófica.
d) 4 e 5 indicam a ação de microrganismos decompositores
da matéria orgânica, contribuindo para a liberação de
CO2 na etapa 7.
e) 6 corresponde à liberação do gás carbônico pelas
plantas e pelos animais como resultado da respiração
celular.

Gabarito: D

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C3H9
BNCC: EM13CNT105

Com a morte dos organismos (produtores e consumidores),


a matéria orgânica é utilizada como fonte de nutrição
para os organismos decompositores (microrganismos). Ao
realizar a decomposição da matéria orgânica proveniente
dos seres vivos (indicada pelas setas 4 e 5), ocorre a
liberação de gás carbônico (CO2) no ambiente, indicada
pela seta 7.

Alternativa A: incorreta. A criação de gados é uma atividade


que desequilibra o ciclo de carbono no ecossistema que foi
destruído para dar lugar ao pasto. Assim, a criação de gado
contribui principalmente na intensificação dos processos
representados pelas setas 5 e 7, devido ao desmatamento
que, pelo efeito da decomposição, vai liberar para a
atmosfera o carbono fixado pelas árvores em sua biomassa.
Alternativa B: incorreta. As setas 1 e 2 correspondem,
respectivamente, aos processos de fotossíntese e de
respiração celular.
Alternativa C: incorreta. A seta 1 corresponde à fixação do
carbono pelos produtores no processo de fotossíntese,
que disponibiliza esse elemento para a cadeia trófica. A
seta 3 corresponde à fixação do carbono atmosférico pelos
consumidores.
Alternativa E: incorreta. As plantas são produtores, e,
portanto, o processo de respiração realizado por elas está
indicado pela seta 2. Os animais são consumidores, e,
portanto, o processo de respiração realizado por eles está
indicado pela seta 6.
QUESTÃO 63
_21_3EM_1S_FIS_ED_L1_Q02
Em um rio, a travessia entre suas margens deve acontecer
de modo que a balsa mantenha uma trajetória perpendicular
à correnteza do rio. A figura mostra a correnteza do rio
(que tem velocidade constante de 20 km/h em relação às
margens do rio e direção paralela às margens), a balsa (que
se move com velocidade de 40 km/h em relação ao rio), e a
trajetória que ela deve seguir.

Trajetória
da balsa

20 km/h

3
Sabendo que cos 0° = 1, cos 30° = e cos 60° = 0,5, para
2
que a travessia da balsa seja feita mantendo a trajetória
perpendicular às margens do rio, o módulo da velocidade
total da balsa e o ângulo que sua proa precisará formar
com a direção da trajetória devem ser, respectivamente,
a) 20 km/h e 30° com a trajetória da balsa, à sua esquerda.
b) 20 3 km/h e 30° com a trajetória da balsa, à sua
esquerda.
c) 20 5 km/h e 60° com a trajetória da balsa, à sua direita.
d) 40 km/h e 0° com a trajetória da balsa.
e) 60 km/h e 60° com a trajetória da balsa, à sua direita.

GAbArITO: b

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C6H20
BNCC: EM13CNT101

Como o rio arrasta a balsa para a direita, a velocidade da



balsa em relação ao rio (vbalsa) deve ter sentido oposto ao

vetor velocidade do rio em relação às margens (vrio ) para
que, assim, a balsa consiga manter a trajetória perpendicular
em relação às margens do rio. A velocidade total da balsa

em relação às margens (v total) deve ser perpendicular às
margens do rio para que a trajetória seja mantida; portanto,
 
o vetor v total faz um ângulo reto com o vetor vrio . A velocidade
total pode ser calculada com base no diagrama formado
pelos vetores velocidade envolvidos, como mostra a figura
a seguir.
vrio

vtotal
vbalsa

Como o diagrama é formado por um triângulo retângulo,


pode-se aplicar o teorema de Pitágoras para calcular o
módulo da velocidade total:
( vbalsa )2 = ( vrio )2 + ( v total )2
(40)2 = (20)2 + ( v total )2
( v total )2 = 1 200
v total = 1 200
v total = 20 3 km/h
Para determinar o ângulo que a velocidade da balsa deve
formar com a direção da trajetória, é necessário calcular o
seno ou o cosseno do ângulo α entre o vetor da velocidade
 
da balsa (vbalsa) e o vetor da velocidade total (v total). Assim,
tem-se:
cateto adjacente v
cos α = ⇒ cos α = total
hipotenusa v balsa
20 3 3
cos α = = ∴ α = 30°
40 2
Assim, para manter uma trajetória perpendicular às
margens, é necessário que a balsa aponte sua proa 30° à
esquerda da trajetória da balsa.

Alternativa A: incorreta. Considerou-se incorretamente


que o módulo da velocidade total seria igual ao módulo da
velocidade do rio.
Alternativa C: incorreta. Ao aplicar o teorema de Pitágoras,

considerou-se incorretamente que o vetor v total é a
hipotenusa.
Alternativa D: incorreta. Considerou-se incorretamente
que o módulo da velocidade total seria igual ao módulo
da velocidade da balsa e que não há necessidade de
modificar a direção da proa da balsa para manter sua
trajetória perpendicular em relação às margens do rio.
Alternativa E: incorreta. Considerou-se incorretamente
que o módulo da velocidade total da balsa seria dado pela
soma dos módulos das velocidades da balsa e do rio e
considerou-se que o cosseno do ângulo seria dado pela
razão entre a velocidade do rio e a velocidade da balsa.
QUESTÃO 64
_21_3EM_1S_QUI_LS_L1_Q01
O estudo do Sistema Solar tem mostrado que a
maioria dos planetas têm nuvens e partículas suspensas
em aerossóis em suas atmosferas. Nessas atmosferas,
a temperatura varia com a altitude, e pode-se assumir
que os gases presentes nela obedecem à lei dos gases
ideais. A atmosfera de cada planeta apresenta uma
pressão determinada que está diretamente ligada à
sua temperatura. Por conta disso, o volume ocupado
pelos gases presentes nessas atmosferas depende da
temperatura e da pressão atmosférica de cada planeta.
SÁNCHEZ-LAVEGA, A.; PEREZ-HOYOS, S.; HUESO, R. “Clouds in
planetary atmospheres: A useful application of the Clausius-Clapeyron
equation”. American Journal of Physics, v. 72, 2004. (Adaptado)

Sabe-se que temperatura da atmosfera de Vênus é 731 K e


a de Marte é 214 K e que a pressão atmosférica de Vênus
é 90,8 atm e a de Marte é 0,07 atm. Considerando que a
constante universal dos gases vale 0,082 atm ⋅ L ⋅ mol–1 ⋅ K–1,
o comportamento esperado de um mol de determinado
gás ideal contido na atmosfera de Vênus ao ser submetido
às mesmas condições atmosféricas de Marte é uma
a) compressão, passando a ocupar um volume aproximado
de 250,03 L.
b) expansão, passando a ocupar um volume aproximado
de 1,17 L.
c) compressão de volume aproximado de 59,94 L para
17,55 L.
d) expansão de volume aproximado de 8,05 L para
3 057,14 L.
e) expansão de volume aproximado de 0,66 L para
250,69 L.

Gabarito: E

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C5H18
BNCC: EM13CNT101

Para determinar o comportamento do gás ideal, é


necessário calcular o volume desse gás na atmosfera
de cada um dos planetas. Como o gás se comporta
como um gás ideal, ele vai obedecer à equação de
Clapeyron (P  ⋅  V  =  n  ⋅  R  ⋅  T). Para determinar o volume
ocupado por um mol do gás ideal em ambos os
planetas, sabendo que R  =  0,082  atm  ⋅  L  ⋅  mol–1  ⋅  K–1,
PVênus = 90,8 atm, PMarte = 0,07 atm, TVênus = 731 K e TMarte = 214 K,
tem-se:
PVênus ⋅ VVênus = n ⋅ R ⋅ TVênus
n ⋅ R ⋅ TVênus 1 ⋅ 0, 082 ⋅ 731
VVênus = = ≅ 0, 66 L
PVênus 90, 8
PMarte ⋅ VMarte = n ⋅ R ⋅ TMarte
n ⋅ R ⋅ TMarte 1 ⋅ 0, 082 ⋅ 214
VMarte = = ≅ 250, 69 L
PMartee 0, 07
Dessa forma, se o gás contido na atmosfera de Vênus for
submetido às mesmas condições atmosféricas de Marte,
espera-se que ele sofra uma expansão, aumentando seu
volume de 0,66 L para 250,69 L.

Alternativa A: incorreta. Ocorre uma expansão de 250,03 L


(250,69 – 0,66 = 250,03) do volume ocupado inicialmente
pelo gás ideal na atmosfera de Vênus.
Alternativa B: incorreta. Calculou-se incorretamente o
volume final ocupado pelo gás por meio da divisão da
constante universal dos gases pela pressão atmosférica de
Marte.
Alternativa C: incorreta. Considerou-se incorretamente
que o volume é dado pelo produto da temperatura de cada
planeta pela constante universal dos gases e concluiu-se
que o gás sofre uma compressão.
Alternativa D: incorreta. Embora ocorra a expansão do gás,
considerou-se incorretamente que o volume é dado pela
divisão da temperatura pela pressão.
QUESTÃO 65
_21_3EM_1S_BIO_ND_L1_Q02
Em uma área de proteção ambiental, identificou-se uma
atividade de mineração ilegal. Sem fiscalização, o rejeito do
minério com metal pesado foi descartado diretamente em
um curso de água próximo. Para dimensionar os impactos
desse rejeito na água, foram realizadas diversas análises
para detectar a presença do metal pesado no ambiente e
nos organismos que habitam a região. A tabela a seguir
apresenta os valores da concentração do metal pesado
encontrado nos materiais coletados e analisados.
Concentração do metal
Material analisado
pesado (ppm)
Água 0,0002
Sedimento 5,3
Espécie 1 10,7
Espécie 2 15,5
Espécie 3 503,4
Espécie 4 781,1

Sabendo que a cadeia trófica identificada é composta de


organismos herbívoros e de predadores, conclui-se que
o(a)
a) espécie 1 corresponde a um predador, uma vez que
a concentração do metal pesado acumulado em seu
tecido é menor.
b) espécie 4 corresponde a um predador, uma vez que
a concentração do metal pesado acumulado em seu
tecido é maior.
c) escala crescente da concentração de metal nos tecidos
dos organismos independe de sua relação trófica.
d) concentração de metal pesado nos tecidos dos
organismos decresce conforme o nível trófico aumenta.
e) ambiente não está contaminado pelo metal pesado, pois
a sua concentração na água é baixa.

Gabarito: B

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C3H12
BNCC: EM13CNT203

O metal pesado lançado no ambiente não é biodegradável


e pode se acumular no corpo dos seres vivos
(bioacumulação) ao longo das cadeias alimentares. O
acúmulo desse tipo de substância é progressivo nos
níveis tróficos das cadeias alimentares. Assim, quanto mais
um organismo estiver distante do produtor, maior será a
concentração de substâncias não biodegradáveis em seu
corpo. Observando a tabela, como a espécie 4 é a que
apresenta a maior concentração do metal pesado, conclui-
-se que ela é um predador, provavelmente um consumidor
de 3a ou 4a ordem.

Alternativa A: incorreta. O nível trófico correspondente ao


predador seria a espécie 3 ou a 4, pois a concentração do
metal pesado aumenta à medida que avançam os níveis
tróficos da cadeia alimentar. Como a cadeia trófica é
composta de herbívoros, conclui-se que as espécies 1 e 2,
por terem a menor concentração do metal pesado em seu
organismo, são herbívoras.
Alternativas C e D: incorretas. À medida que avança
o nível trófico da cadeia alimentar, a concentração do
metal pesado aumenta progressivamente, de modo que
ocorre a bioacumulação, e não apenas a bioconcentração
(contaminação pelo metal pesado diretamente no
ambiente). Assim, a concentração do metal pesado é maior
quanto mais distante do produtor estiver o nível trófico.
Alternativa E: incorreta. As informações contidas na tabela
não são suficientes para afirmar que o ambiente não está
contaminado. Como há alta concentração do metal pesado
nos animais que vivem na região, pode-se concluir que
ocorreu a contaminação em algum momento e que essa
contaminação ainda persiste no ambiente.
QUESTÃO 66
_20_3EM_1S_FIS_RN_L1_Q05
Em um aeroporto, uma pessoa empurra um carrinho, de
massa M = 7,5 kg, que carrega suas malas. Essa pessoa
aplica no carrinho uma força horizontal de módulo
F1  =  37,5  N, causando uma aceleração de módulo
a1  =  0,5  m/s2. Nesse carrinho, foram colocadas três malas
de massas m1 = 5 kg, m2 = 10 kg e m3 = 2,5 kg, uma ao
lado da outra. Outra pessoa aplica em um carrinho idêntico
uma força de módulo F2 = 52,5 N, no qual foram colocadas
duas malas de massas m4 = 10 kg e m5 = 12,5 kg, conforme
ilustrado na figura.

F1 F2

1 2 3 4 5

Situação 1 Situação 2
Considerando que não há movimento relativo entre os
carrinhos e as malas, que há atrito entre os carrinhos e o
chão e que o módulo da aceleração da gravidade local vale
10 m/s2, a aceleração, em m/s2, do carrinho que carrega a
menor quantidade de malas é
a) 0,75.
b) 1,00.
c) 1,10.
d) 1,35.
e) 1,75.

Gabarito: A

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C5H17
BNCC: EM13CNT101

No primeiro caso, as forças atuantes sobre o conjunto


carrinho + malas são:
a1

F1 N1 g

1 2 3
A1
P1

Como há equilíbrio na vertical (N1 = P1 ) e o movimento ocorre


na horizontal com sentido para a direita, tem-se:
N1 = P1 ⇒ N1 = (M + m1 + m2 + m3 ) ⋅ g

F1 − A 1 = R1 ⇒ F1 − A 1 = (M + m1 + m2 + m3 ) ⋅ a1
N1 = (M + m1 + m2 + m3 ) ⋅ g (I)

F1 − µ c ⋅ N1 = (M + m1 + m2 + m3 ) ⋅ a1 (II)
Substituindo a equação (I) na equação (II), tem-se:
F1 − µ c ⋅ (M + m1 + m2 + m3 ) ⋅ g = (M + m1 + m2 + m3 ) ⋅ a1
F1 − (M + m1 + m2 + m3 ) ⋅ a1
µc =
(M + m1 + m2 + m3 ) ⋅ g
Considerando que g = 10 m/s2, a1 = 0,5 m/s2, F1 = 37,5 N, que
a massa do carrinho é M = 7,5 kg e as massas das malas são
m1 = 5 kg, m2 = 10 kg e m3 = 2,5 kg, o coeficiente de atrito
cinético do chão é:
37, 5 − ( 7, 5 + 5 + 10 + 2, 5) ⋅ 0, 5 25
µc = = = 0, 1
(7, 5 + 5 + 10 + 2, 5) ⋅ 10 250
Para a segunda situação, as forças atuantes no conjunto
carrinho + malas são:
a2

F2 N2 g

4 5
A2
P2

Como há equilíbrio na vertical (N2 = P2 ) e o movimento


ocorre na horizontal com sentido para a direita, tem-se:
F2 − A2 = R2 ⇒ F2 − A2 = (M + m4 + m5 ) ⋅ a2
F2 − µ c ⋅ N2 = (M + m4 + m5 ) ⋅ a2
F2 − µ c ⋅ (M + m4 + m5 ) ⋅ g = (M + m4 + m5 ) ⋅ a2
F2 − µ c ⋅ (M + m4 + m5 ) ⋅ g
a2 =
(M + m4 + m5 )
Considerando que g = 10 m/s2, µc = 0,1, F2 = 52,5 N, M = 7,5 kg
e as massas das malas são m4 = 10 kg e m5 = 12,5 kg, a
aceleração do carrinho é:
52, 5 − 0, 1 ⋅ ( 7, 5 + 10 + 12, 5) ⋅ 10 22, 5
a2 = = = 0, 75 m/s2
(7, 5 + 10 + 12, 5) 30

Alternativa B: incorreta. Considerou-se que as massas


das malas na primeira situação eram 5 kg, 10 kg e 7,5 kg e,
consequentemente, µc = 0,075.
Alternativa C: incorreta. Considerou-se que as massas das
malas na segunda situação eram 5 kg e 12,5 kg.
Alternativa D: incorreta. Inverteram-se as massas das
malas nas duas situações, considerando que na primeira
situação foram carregadas apenas duas malas (m4 = 10 kg
e m5  =  12,5  kg), enquanto na segunda situação foram
carregadas três malas (m1 = 5 kg, m2 = 10 kg e m3 = 2,5 kg),
sendo determinada a aceleração da segunda situação.
Alternativa E: incorreta. Desconsiderou-se o atrito na
segunda situação e, consequentemente, F2 = R2.
QUESTÃO 67
_21_3EM_1S_QUI_VD_L1_Q03
Como uma droga interage com as células? A nicotina
(C10H14N2 ), por exemplo, ao entrar em contato com as
células, vai interagir com o neurotransmissor acetilcolina
(C7 H16NO2 ) (molécula receptora), formando a ligação
droga-receptor. Em um primeiro momento, ocorre uma
atração eletrostática entre esses dois compostos, visto
que são moléculas polares. Embora a atração eletrostática
tenha força suficiente para permitir a interação droga-
-receptor, ela é fraca para manter o contato por longo
tempo. Assim, outra interação intermolecular ocorre, a
ligação de hidrogênio, o que aumenta a estabilidade da
interação droga-receptor.
“Content Background: How Does a Drug Interact With Its Target?
It’s All in the Chemistry!”. Disponível em: <https://sites.duke.edu/
thepepproject>. Acesso em: 11 mar. 2021. (Adaptado)

O aumento da estabilidade da interação droga-receptor


acontece porque os(as)
a) polaridades da droga e do receptor são similares.
b) moléculas de nicotina e acetilcolina têm momento dipolo
igual a zero.
c) íons H+ liberados pela droga interagem com as moléculas
de acetilcolina.
d) compostos têm átomos de H, O e N capazes de formar
ligações de hidrogênio.
e) átomos de oxigênio compartilham elétrons com os
átomos de nitrogênio das outras moléculas.

Gabarito: D

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C5H18
BNCC: EM13CNT307

As ligações de hidrogênio são formadas entre o


átomo de hidrogênio e os átomos de oxigênio,
nitrogênio e flúor; o H ligado ao O, ao N ou ao F de
uma molécula interage com o O, o N ou o F (H  O;
H  N; H  F) da outra. No caso da nicotina (C10H14N2) e da
acetilcolina (C7H16NO2), elas têm apenas os átomos H, O e
N e são capazes de realizar ligações de hidrogênio, que é
uma interação intermolecular mais forte do que as dos tipos
dipolo permanente e forças de London.

Alternativa A: incorreta. As moléculas nicotina e acetilcolina


são polares, ou seja, têm momento dipolo diferente de
 
zero (µR ≠ 0). Porém, em nenhum momento do texto foram
apresentados os valores das polaridades para serem
comparados; além disso, essa suposta similaridade não
é razão para que ocorram ligações de hidrogênio entre
elas. A ocorrência da ligação de hidrogênio depende da
existência de ligações covalentes entre o H e F, O ou N.
Alternativa B: incorreta. As moléculas de nicotina e
acetilcolina são polares e, portanto, têm momento dipolo
 
diferente de zero (µR ≠ 0).
Alternativa C: incorreta. O texto não afirma que a nicotina
libera íons H+ e que eles são causadores da ligação de
hidrogênio entre droga-receptor. A ligação de hidrogênio
independe de íons H+ liberados.
Alternativa E: incorreta. Na ligação de hidrogênio, não
há compartilhamento de elétrons. O que acontece é uma
interação entre os átomos de H, O e N de cada molécula
(H  O; H  N). O compartilhamento de elétrons pressupõe
uma ligação covalente, e não uma interação intermolecular.
QUESTÃO 68
_21_3EM_1S_BIO_ND_L1_Q01
Para estudar a dinâmica populacional, um pesquisador
colocou, em dois aquários, a mesma quantidade de alimento
e a mesma quantidade de peixes de uma mesma espécie.
Para incluir um fator de resistência do ambiente, ele retirou
constantemente determinada quantidade de peixes de um
dos aquários para simular a presença de predador. Ao longo
do tempo, o pesquisador contou o número de indivíduos
das duas populações e elaborou o seguinte gráfico, no
qual cada uma das curvas corresponde a um aquário do
experimento (a curva 1 é representada pela linha inteira, e
a curva 2 é representada pela linha tracejada) e a linha em
pontos identificada com a letra K representa a carga biótica
máxima, que é a mesma para ambos os aquários.
1

K
Número de indivíduos

Tempo

Considerando o gráfico, pode-se concluir que a curva 1


corresponde ao aquário
a) com o predador, pois a população apresenta queda
no número de indivíduos e não atinge a capacidade
máxima do ambiente.
b) com o predador, pois o crescimento populacional foi
mais lento devido à influência da resistência ambiental.
c) sem o predador do peixe, pois o crescimento
populacional é mais lento que o da curva 2.
d) sem o predador do peixe, pois a população atinge a
carga biótica máxima mais rapidamente sem a resistência
do ambiente.
e) sem o predador do peixe, pois a ausência de resistência
do ambiente impede que a população atinja a carga
biótica máxima.

Gabarito: D

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C8H29
BNCC: EM13CNT202

No experimento, os dois aquários têm a mesma quantidade


de alimento e de peixes da mesma espécie. A única
diferença entre eles é a presença de predador em um dos
aquários. Ao longo do tempo, a contagem dos indivíduos
resultou em duas curvas. A curva 1 é exponencial (potencial
biótico), e, nesse aquário, a população atinge mais
rapidamente a carga biótica máxima e começa a declinar por
falta de recursos. A curva 2 demora mais tempo para atingir
a carga biótica máxima, o que indica que seu crescimento
populacional foi mais lento. No caso do aquário da curva
2, a presença do predador é um elemento de resistência
do ambiente que impediu que a população desse aquário
crescesse de forma exponencial e esgotasse todo o
recurso do meio.

Alternativa A: incorreta. A curva 1 representa a população


no aquário sem o predador, uma vez que sua população
cresce exponencialmente, o que indica ausência de
resistência do ambiente. A queda no número de indivíduos
é resultado da falta de recursos, consequência da explosão
demográfica por falta de resistência do meio.
Alternativa B: incorreta. A presença de predador é uma
resistência do meio que atenua a curva de crescimento da
população; esse padrão é observado na curva 2.
Alternativa C: incorreta. O crescimento da população
representada pela curva 1 é mais rápido que o da
representada pela curva 2, uma vez que ela atinge K mais
rapidamente.
Alternativa E: incorreta. A ausência da resistência do
ambiente desacelerando o crescimento populacional
permite que a população do aquário sem predador (curva 1)
atinja mais rapidamente a carga biótica máxima (K).
QUESTÃO 69
_21_3EM_1S_FIS_ED_L1_Q01
Conhecido por 120 milhões de usuários em todo
o mundo, um game alia sossego e estudos de Física.
Trata-se do Angry Birds, uma maratona de arremesso de
pássaros em que é possível calcular diversas grandezas
físicas. Lançamento, altura, alvo, inclinação, distância,
força elástica: todos esses conceitos físicos são usados no
game.
“Aprenda Física com o jogo Angry Birds”. Disponível em:
<https://www.nsctotal.com.br>. Acesso em: 24 fev. 2021. (Adaptado)

Angry Birds: 2. 1 ed. Espoo, Finlândia: Rovio Entertainment, 2015. (Adaptado)

A figura mostra um lançamento realizado no jogo Angry


Birds, com sua trajetória marcada pelos pontos. Na trajetória
apresentada, o ângulo inicial formado com a horizontal é
de 30°, o alcance D do lançamento é de 43,5 cm e a altura
inicial do movimento do pássaro é igual à altura final.
Se sen 30° = 0,50 e cos 30° = sen 60° = 0,87, considerando
a resistência do ar desprezível e que a aceleração da
gravidade local é 10 m/s2, a altura máxima aproximada que
o pássaro atingiu durante esse lançamento foi
a) 0,2 cm.
b) 2,2 cm.
c) 5,6 cm.
d) 6,3 cm.
e) 18,9 cm.

Gabarito: D

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C6H20
BNCC: EM13CNT101

O lançamento oblíquo apresenta duas direções de


movimento: a horizontal (eixo Ox do sistema cartesiano)
e a vertical (eixo Oy do sistema cartesiano). Na direção
horizontal, o movimento é retilíneo e uniforme (MU), e, na
direção vertical, o movimento é uniformemente variado
(MUV). De forma simplificada, o movimento pode ser
esquematizado por:
y
g

vy = 0
vx

v0 hm
v0,y θ v=0
v0,x x

D = 43,5 cm

Analisando o movimento vertical, a aceleração atuante


no sistema é a aceleração da gravidade, que é vertical,
com sentido para baixo e de módulo g = 10 m/s2
(considerando o referencial para cima, a = –g = –10 m/s2).
Fazendo a decomposição do vetor da velocidade inicial,
tem-se v0,y = v0 ⋅ sen θ. Na altura máxima, vy = 0, e o tempo
decorrido até esse ponto é metade do tempo total de voo
 tv 
 t =  . Assim, aplicando a equação horária do MUV nesse
2
ponto, sabendo que sen θ = sen 30° = 0,5, tem-se:
v = v0 + at
v y = v0, y − gt
tv
0 = v0sen θ − g
2
tv
0 = 0, 5v0 − 10 ⋅
2
t v = 0, 1v0
No movimento horizontal, o alcance total é de D = 43,5 cm =
= 0,435 m e a velocidade é constante (vx = v0,x = v0 ⋅ cos θ).
Aplicando a equação horária do MU, considerando que
cos θ = cos 30° = 0,87 e tv = 0,1v0, tem-se:
s = s0 + v0t
D = 0 + v0 cos θ ⋅ t v
0, 435 = 0, 87 v0 ⋅ 0, 1v0
0, 435
v20 = =5
0, 087
v0 = 5 m/s
Outra maneira de determinar o módulo de v0 é aplicando
diretamente a fórmula do alcance D:
v20 ⋅ sen(2θ)
D=
g
v20 ⋅ sen(2 ⋅ 30°)
0, 435 =
10
4, 35 = v20 ⋅ sen(60°)
4, 35
v20 = = 5 ⇒ v0 = 5 m/s
0, 87
Aplicando a equação de Torricelli para determinar a altura
máxima (hm), sabendo que v0 = 5 m/s, tem-se:
v2 = v20 + 2a∆s
v2y = v20, y − 2ghm
0 = ( v0 ⋅ sen θ)2 − 2ghm
v20 ⋅ (sen θ)2
hm =
2g
( 5 )2 ⋅ (0, 5)2 5 ⋅ 0, 25
hm = =
2 ⋅ 10 20
hm = 0, 0625 m = 6, 25 cm ≅ 6, 3 cm

Alternativa A: incorreta. Considerou-se incorretamente


que o alcance (D = 43,5 cm = 0,435 m) seria equivalente à
velocidade inicial (v0 = 0,435 m/s).
Alternativa B: incorreta. Esse é o valor de v0, em m/s.
Alternativa C: incorreta. Considerou-se incorretamente
que a equação de Torricelli é v = v0 + 2a∆s.
Alternativa E: incorreta. Considerou-se incorretamente que
v0,x = v0 ⋅ sen θ e v0,y = v0 ⋅ cos θ.
QUESTÃO 70
_21_3EM_1S_QUI_VD_L1_Q02
A maioria dos automóveis atuais utiliza o ciclo de Otto
para converter energia química (a partir da queima do
combustível – gasolina) em energia mecânica. Esse ciclo
descreve como motores de combustão interna funcionam
em veículos automotivos. O diagrama de pressão em
função do volume a seguir mostra o ciclo ideal de Otto.
P (atm)

3
0,9

0,3 4
2

0 1

No processo 2 → 3, ocorre a combustão devido à


queima do combustível pela vela de ignição. A combustão
do gás é completa no ponto 3, o que resulta em uma
câmara altamente pressurizada e com muita energia
térmica. Em termos de Termodinâmica, esse processo é
uma transformação isocórica.
Disponível em: <https://energyeducation.ca>.
Acesso em: 11 mar. 2021. (Adaptado)

Se a temperatura no ponto 2 é 30 °C, a temperatura em que


a combustão do gás é completa é
a) 10 K.
b) 90 K.
c) 101 K.
d) 606 K.
e) 909 K.

Gabarito: E

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Enem: C7H26
BNCC: EM13CNT101

No processo de 2 → 3 do ciclo de Otto, ocorre


uma transformação isocórica, ou seja, o volume é
constante. Nessa transformação, os valores de pressão
e de temperatura (na escala Kelvin) são diretamente
P
proporcionais. Matematicamente, tem-se = constan te.
T
O processo inicia-se em 2 e termina em 3. Como
P2 = 0,3 atm, T2 = 30 °C = 30 + 273 = 303 K e P3 = 0,9 atm, a
temperatura em que a combustão do gás é completa (T3) é:
P2 P3
=
T2 T3
P ⋅T 0, 9 ⋅ 303
T3 = 3 2 = = 909 K
P2 0, 3

Alternativa A: incorreta. Considerou-se incorretamente


que, em uma transformação isocórica, P ⋅ T = constante, e
não foi feita a conversão da unidade da temperatura inicial
da escala Celsius para a escala Kelvin.
Alternativa B: incorreta. Não foi feita a conversão da
unidade da temperatura inicial da escala Celsius para a
escala Kelvin.
Alternativa C: incorreta. Considerou-se incorretamente
que, em uma transformação isocórica, P ⋅ T = constante.
Alternativa D: incorreta. Após determinar o valor de T3,
acreditou-se que a temperatura em que a combustão do
gás é completa seria igual a T3 – T2.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

Questões de 71 a 90

QUESTÃO 71
_21_3EM_1S_MAT_RN_L1_Q01
O gráfico a seguir representa o preço da ação de uma
empresa ao longo de determinado dia de negociação na
bolsa de valores, cujo pregão se inicia às 10 h e termina
às 17 h.
R$

40

30

10 17 t (h)

Considere a função que expressa o preço dessa ação, nesse


dia, em função do tempo, cujo domínio corresponde ao
horário de funcionamento do pregão e cujo contradomínio
corresponde à faixa de preços delimitada pelos preços
dessa ação na abertura e no fechamento da bolsa – ambos
os intervalos consideram os extremos.
Com base nessas informações, a função considerada
a) é injetora, mas não é bijetora.
b) é sobrejetora, mas não é bijetora.
c) é injetora e sobrejetora.
d) não é injetora nem sobrejetora.
e) é bijetora.

Gabarito: B

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C5H20
BNCC: EM13MAT404

Para que uma função seja injetora, cada elemento da


imagem deve estar associado a apenas um elemento do
domínio. Na função em questão, isso não acontece, como
mostra a figura a seguir.
R$

40

30

) 10 17 t (h)

Além disso, como a função não é injetora, certamente ela


não é bijetora.
Para que uma função seja sobrejetora, a imagem deve
coincidir com o contradomínio. Na função em questão,
isso acontece, pois tanto a imagem como o contradomínio
correspondem ao intervalo [30, 40].
Portanto, a função é sobrejetora, mas não é injetora e,
consequentemente, não é bijetora.

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, inverteu-se a


análise ao classificar a função.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, fez-se a
classificação da função como injetora ao traçar sobre o
gráfico retas paralelas ao eixo das ordenadas e constatar
que todas elas o interceptam uma única vez.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, desconsiderou-
-se o fato de que o contradomínio da função inclui os
preços da ação na abertura e no encerramento do pregão.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, após concluir
que a função é sobrejetora, fez-se a classificação da função
como bijetora ao traçar sobre o gráfico retas paralelas
ao eixo das ordenadas e constatar que todas elas o
interceptam uma única vez.
QUESTÃO 72
_21_3EM_1S_MAT_AN_L1_Q02
A figura a seguir representa uma roda-gigante com cabines
igualmente espaçadas umas das outras, as quais se situam
em pontos de onde partem hastes retilíneas que fixam o
aro ao eixo de rotação do brinquedo.

Sabe-se que corda é o nome dado a um segmento cujas


extremidades são dois pontos da circunferência.
Nessa figura, a quantidade de cordas representadas na
circunferência que ilustra o aro da roda-gigante é igual a
a) 4.
b) 6.
c) 8.
d) 10.
e) 11.

Gabarito: A

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C2H7
BNCC: EM13MAT201

A figura apresenta 8 cabines divididas em 4 pares


conectados por 4 diâmetros. Como o diâmetro é
um segmento com extremidades em dois pontos da
circunferência, conclui-se que há 4 cordas representadas
no desenho do aro da roda-gigante.

Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, além dos 4


diâmetros, foram considerados também como cordas os
dois segmentos que formam a base triangular da estrutura
do brinquedo.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que as cordas corresponderiam aos 8 raios que conectam
o aro ao eixo de rotação do brinquedo.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, confundiram-
-se os conceitos de arco e de corda, de modo que foram
considerados como cordas os 10 arcos definidos por
pontos consecutivos na circunferência (8 pontos relativos
às cabines e 2 pontos relativos aos cruzamentos dos
segmentos que formam a base com o aro).
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, efetuou-se a
soma dos 8 raios que conectam o aro ao eixo de rotação
do brinquedo com os 3 segmentos que formam o triângulo
na base da roda-gigante.
QUESTÃO 73
_21_3EM_1S_MAT_AN_L1_Q04
Em uma concessionária de automóveis, determinado
modelo de carro é vendido em três versões. A versão
de entrada A é vendida por R$ 40 000,00; a versão
intermediária B é vendida por R$ 60 000,00; e a versão
topo de linha C é vendida por R$ 90 000,00.
Sabe-se que, para determinado período de análise, a razão
entre a soma dos preços de cada versão multiplicados
pelos respectivos números de unidades vendidas e o total
de vendas das três versões corresponde ao preço médio,
por unidade vendida, nesse intervalo de tempo.
Considere que, em determinado mês, as vendas desse
modelo na concessionária somaram 20 carros da versão A,
15 da versão B e 5 da versão C.
No mês em questão, o preço médio, em real, por unidade
vendida desse modelo na concessionária foi igual a
a) 47 500,00.
b) 53 750,00.
c) 56 250,00.
d) 61 250,00.
e) 63 333,00.

Gabarito: B

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C7H28
BNCC: EM13MAT316

Ao final do mês analisado, o preço médio por unidade


desse modelo vendida na concessionária é dado pela
média aritmética dos preços apresentados ponderada pelo
número de vendas de cada versão no período. Logo:
40000 ⋅ 20 + 60000 ⋅ 15 + 90000 ⋅ 5
Pmédio = = 53 750
20 + 15 + 5

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, calculou-se a


razão entre a soma dos preços de cada versão e o número
de unidades do modelo (considerando todas as versões)
vendidas no período. Além disso, equivocadamente,
calculou-se o preço médio como 47 500, em vez de 4 750.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que a concessionária vendeu 15 carros da versão A e 20
carros da versão B.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, considerou-
-se que a concessionária vendeu 5 carros da versão B e
15 carros da versão C.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que a concessionária vendeu 5 carros da versão B e 15
carros da versão C.
QUESTÃO 74
_21_3EM_1S_MAT_RN_L1_Q03
Quatro cidades, A, B, C e D, estão conectadas por estradas
retilíneas, conforme representado na figura a seguir, fora
de escala.
B

A D C

Sabe-se que a distância entre B e C é 50 km maior do que


a distância entre A e B e que a distância entre C e D é
30 km maior do que a distância entre A e D. Além disso, A,
 e CBD
C e D são colineares, e os ângulos ABD  apresentam
a mesma medida.
Se o trajeto que vai de B a D, passando por A, tem 160 km,
qual é a distância, em quilômetro, que separa B e C?
a) 60
b) 90
c) 100
d) 130
e) 150

Gabarito: E

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C2H8
BNCC: EM13MAT308

Com base nos dados do enunciado, é possível representar


a figura da seguinte forma:
B

x
x + 50

A y D y + 30 C
De acordo com o teorema da bissetriz interna, uma vez que
o segmento BD divide o ângulo ABC  em dois outros de
mesma medida, tem-se:
AB BC x x + 50 3x
= ⇒ = ⇒ xy + 30x = xy + 50y ⇒ y = (I)
AD CD y y + 30 5
Se o trajeto que vai de B a D, passando por A, tem 160 km,
x + y = 160 (II). Logo, substituindo (I) em (II), tem-se:
3x
x+ = 160 ⇒ 5x + 3x = 800 ⇒ 8x = 800 ⇒ x = 100 km
5
Portanto, a distância que separa B e C é igual a 100 + 50 =
= 150 km.

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, determinou-se


a distância que separa A e D.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
a distância que separa C e D.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
a distância que separa A e B.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, inverteram-
-se os valores de x e de y. Além disso, determinou-se a
distância que separa C e D.
QUESTÃO 75
_21_3EM_1S_MAT_RO_L1_Q01
A base de uma mesa circular fabricada em fibra de vidro
apresenta perfil com formato parabólico, conforme a figura
a seguir.

Tampo da mesa
3m

Base da mesa 1m

Nessa figura, a mesa encontra-se encostada em


determinado ponto de uma parede, cuja distância em
relação ao ponto diametralmente oposto da mesa é igual
a 3 m. Sabe-se ainda que o ponto mais baixo da base da
mesa está em contato com o chão, a 1 m do tampo da mesa.
Considere o ponto de encontro entre a mesa e a parede
como a origem de um sistema de coordenadas cartesianas.
Qual é a lei de formação da parábola correspondente ao
perfil da base dessa mesa?
a) f(x) = 1,5x2 − x
b) f(x) = x2 − 3x
c) f(x) = 9x2 + 3x
4 4
d) f ( x ) = x2 − x
9 3
4 2 4
e) f ( x ) = x − x
3 9

Gabarito: D

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C5H22
BNCC: EM13MAT402

Como o perfil da base da mesa corresponde a uma


parábola, a função que descreve o seu formato é do tipo
f(x) = ax2 + bx + c. Além disso, como a parede e o tampo da
mesa correspondem aos eixos do sistema de coordenadas
cartesianas, conclui-se que os pontos do tampo da mesa
que coincidem com a parábola do perfil de sua base
correspondem às raízes dessa função, ou seja, x = 0 e x = 3.
Logo:
f(0) = a ∙ (0)2 + b ∙ (0) + c ⇒ 0 = c
f(3) = a ∙ (3)2 + b ∙ (3) + 0 ⇒ 0 = 9a + 3b
Como o ponto mais baixo da base da mesa está a 1 m do
seu tampo, a ordenada do vértice da parábola (yv) é igual
a −1. Além disso, a abscissa do vértice (xv) corresponde à
média aritmética entre as raízes da função. Logo:
0+3 3
xv = =
2 2
2
 3  3  3 9 3
f   = a ⋅   + b ⋅   ⇒ −1 = a + b ⇒
 2  2  2 4 2
9  3 
⇒ ( 4) ⋅ ( −1) = ( 4) ⋅  a + ( 4) ⋅  b ⇒
4  2 
4
⇒ −4 = 9a + 6b ⇒ −4 = 9a +

 3b + 3b ⇒ b = −

0 3
Ao substituir o valor de b na equação 0 = 9a + 3b, tem-se:
 4 4
0 = 9a + 3 ⋅  −  ⇒ 9a = 4 ⇒ a =
 3 9
Portanto, a lei de formação da parábola correspondente ao
4 4
perfil da base dessa mesa é dada por f ( x ) = x2 − x.
9 3

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, após concluir


que c = 0, considerou-se a = xv e b = yv.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, após concluir
que c = 0, considerou-se a = –(yv) e b = x 1 − x2 , em que x1 e
x2 são as raízes da função.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-
-se que a e b seriam iguais aos respectivos fatores que os
multiplicam na equação 0 = 9a + 3b.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, inverteram-se
os valores e os sinais dos coeficientes a e b.
QUESTÃO 76
_21_3EM_1S_MAT_VM_L1_Q01
Em um grande campo plano e aberto, um preparador físico
posiciona os cones A, B, C e D de modo a delimitar duas
áreas com formato de triângulo isósceles, conforme a figura
a seguir, em que AB = AC e BC = CD.
A

B C

De acordo com o treinamento elaborado pelo preparador


físico, um atleta deve percorrer, no menor tempo possível,
o seguinte trajeto: de D para C; de C para B; de B para A
(passando por D); de A para C; e de C para D. Considere
AD = 120 m e AC = 216 m.
A distância total, em metro, que esse atleta percorre
durante o treinamento é igual a
a) 384.
b) 480.
c) 576.
d) 720.
e) 864.

Gabarito: E

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C2H8
BNCC: EM13MAT308

Como ABC é um triângulo isósceles com vértice em


A, med ABC (
 = med ACB
) ( )
 . Além disso, como CDB
também é um triângulo isósceles com vértice em C,
( )
 = med CDB
med ABC ( )
 . Como os triângulos ABC e CDB
têm dois ângulos congruentes, eles são semelhantes. Além
disso, BD = 216 − 120 = 96 m. Ao aplicar a semelhança de
triângulos, tem-se:
DB CB
= ⇒ CB2 = 96 ⋅ 216 ⇒ CB = 25 ⋅ 3 ⋅ 23 ⋅ 33 ⇒
CB AC
⇒ CB = 24 ⋅ 32 = 144 m
Ao calcular a soma dos segmentos que formam o trajeto
realizado pelo atleta, tem-se:
DC + CB + BA + AC + CD = 144 + 144 + 216 + 216 + 144 =
= 3 ∙ 144 + 2 ∙ 216 = 432 + 432 = 864 m
Portanto, a distância total que esse atleta percorre durante
o treinamento é igual a 864 m.

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, determinou-se


apenas o perímetro do triângulo CDB.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
apenas o perímetro do triângulo ACD.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
apenas o perímetro do triângulo ABC.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, ao calcular o
comprimento total do trajeto, desconsiderou-se o último
trecho, que parte de C em direção a D.
QUESTÃO 77
_21_3EM_1S_MAT_VO_L1_Q03
A tabela a seguir apresenta o lucro de uma pequena
empresa no primeiro trimestre deste ano.
Mês Lucro (R$)
Janeiro 3 500
Fevereiro 4 000
Março 4 500
O lucro acumulado nesses três meses foi dividido entre
os três sócios da empresa, de modo que eles receberam
valores diretamente proporcionais aos respectivos tempos
de participação na empresa: 3, 4 e 5 anos.
Qual é o módulo da diferença entre os valores, em real,
recebidos pelos sócios com mais e menos tempo de
participação na empresa?
a) 1 000
b) 2 000
c) 3 000
d) 4 000
e) 5 000

Gabarito: B

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C4H16
BNCC: EM13MAT314

Ao somar os lucros obtidos no primeiro trimestre, tem-se:


3 500 + 4 000+ 4 500 = 12 000
Sejam V1, V2 e V3 os valores recebidos pelos sócios com 3,
4 e 5 anos de participação na empresa, respectivamente.
Como esses valores são diretamente proporcionais ao
tempo de participação na empresa de cada um, tem-se:
V1 = 3k
V1 V2 V3 
= = = k ⇒ V2 = 4k
3 4 5 V = 5k
 3
Como V1 + V2 + V3 = 12 000, tem-se:
3k + 4k + 5k = 12 000 ⇒ 12k = 12 000 ⇒ k = 1 000
Assim, V1 = 3 ⋅ 1 000 = R$ 3 000,00, V2 = 4 ⋅ 1 000 =
= R$ 4 000,00 e V3 = 5 ⋅ 1 000 = R$ 5 000,00.
Portanto, a diferença entre os valores recebidos pelos
sócios com mais e menos tempo de participação na
empresa é igual a R$ 5 000 – R$ 3 000 = R$ 2 000,00.

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, determinou-se


apenas a constante de proporcionalidade.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, determinou-
-se apenas o valor recebido pelo sócio com 3 anos de
participação na empresa.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, determinou-
-se apenas o valor recebido pelo sócio com 4 anos de
participação na empresa.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, determinou-
-se apenas o valor recebido pelo sócio com 5 anos de
participação na empresa.
QUESTÃO 78
_21_3EM_1S_MAT_AN_L1_Q03
Um escritório de paisagismo foi contratado para projetar
a área comum de um condomínio. Nesse projeto, está
prevista a construção de um jardim central cujo desenho
é definido por três circunferências que se intersetam,
conforme a figura a seguir.

No desenho desse jardim, a região formada por pontos


que sejam exata e simultaneamente internos a duas
circunferências será cultivada com flores; a região restante
desse desenho será cultivada com arbustos.
Com base nessas informações, as regiões desse jardim
em que flores e arbustos deverão ser cultivados aparecem
respectivamente destacadas, nas cores cinza e branco, em:
a)

b)

c)

d)

e)

Gabarito: C

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C2H6
BNCC: EM13MAT201

Como as flores devem ser cultivadas na região


correspondente aos pontos que sejam internos a
exatamente duas das três circunferências, deve-se
desconsiderar tanto a região central (formada por pontos
internos às três circunferências) como as três regiões
das extremidades (formadas por pontos internos a uma
circunferência apenas). Assim, de acordo com os destaques
sugeridos, tem-se a figura a seguir:

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, inverteu-se


a correspondência dos destaques com as cores cinza e
branca. Além disso, considerou-se que a região central do
jardim, por apresentar pontos internos a, pelo menos, duas
circunferências, também deveria ser cultivada com flores.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-
-se que a região central do jardim, por apresentar pontos
internos a, pelo menos, duas circunferências, também
deveria ser cultivada com flores.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, inverteu-se
a correspondência dos destaques com as cores cinza e
branca.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que a região cultivada com flores seria aquela formada por
pontos internos às três circunferências.
QUESTÃO 79
_21_3EM_1S_MAT_PR_L1_Q01
Durante a aula de Matemática, os alunos da 1a série
efetuaram cálculos com potências de expoentes racionais.
Em uma das atividades propostas, os alunos André, Beatriz,
Carla, Diego e Eduardo calcularam os valores das seguintes
potências:
54
André: = 25 5
5−1,5
( )
0
Beatriz: 81−0,25 =1
Carla: (625)
−0,25
= −5
Diego: 16 ( ) −1 −0,25
=2
−0,25
 1
( )
0, 75
Eduardo: 2−1 ⋅1−  =2
 2
Os alunos que efetuaram corretamente os respectivos
cálculos foram
a) André e Beatriz.
b) Beatriz e Diego.
c) André, Carla e Eduardo.
d) Beatriz, Carla e Diego.
e) Carla, Diego e Eduardo.

Gabarito: B

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C1H3
BNCC: EM13MAT314

Ao fazer o cálculo das potências de cada aluno, têm-se:


11
 1
( 5)
11
54 11
André: −1,5 = 5 ( ) = 55,5 = 5 2 =  5 2  =
4 − −1,5
= 3 125 5
5  

( )
0
Beatriz: 81−0,25 =1
1
Carla: (625) ( ) 1
−0,25 −
= 54 4
= 5−1 = = 0, 2
5

(( ) )
1
− 1

( ) ( )
−0,25 −1 4
−1
Diego: 16 = 2 4
= 24 4
=2
−0,25 3 1 3  1
 1
( ) ( ) ⋅ (2 ) ( )
0, 75 − + − 
Eduardo: 2−1 ⋅1 −  = 2−1 4 −1 4
= 2−1 4  4
=
 2
1
2
 12
= 2( ) −1 4
=  =
 2
1

2 2
2
=
2
2

Portanto, apenas Beatriz e Diego efetuaram corretamente


os respectivos cálculos.

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, efetuou-se:


5
 21 
( 5)
5
54 4 − 1,5
5
= 5 = 52,5
= 5 2
=  5  = = 25 5
5−1,5

(( ) )
1
1 −1 − 4
(16 )
−1 −0,25
= 24
2
= 2−1 =
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, efetuou-se:
5
 21 
( 5)
5
54 4 − 1,5
5
= 5 = 52,5
= 5 2
=  5  = = 25 5
5−1,5
0
 1
 1 15

(81 ) ( )
− 4 − +0
−0,25 0
=  34 4
 = 3 4
= 3 4

(625)−0,25 = (54 )
−0,25
= 5−1 = −5

(( ) )
1

1
(16 )
−1 −0,25
= 2 4 −1 4
= 2−1 =
2
−0,25 −0, 75 −0,25 −1
 1  1  1  1
(2 )
−1 0, 75
⋅1− 
 2
= 
 2
⋅ 
 2
=  =2
 2
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, efetuou-se:
(625)−0,25 = (54 )
−0,25
= 5−1 = −5
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, efetuou-se:
0
 1
 1 15

(81 ) ( )
− 4 − +0
−0,25 0
=  34 4
 = 3 4
= 3 4

(625)−0,25 = (54 )
−0,25
= 5−1 = −5
−0,25 −0, 75 −0,25 −1
 1  1  1  1
(2 )
−1 0, 75
⋅1− 
 2
= 
 2
⋅ 
 2
=  =2
 2
QUESTÃO 80
_21_3EM_1S_MAT_VO_L1_Q01
A figura a seguir representa o projeto de um chaveiro de
madeira que será construído por um marceneiro.
A

E B
F

D G C
De acordo com esse projeto, o chaveiro é formado
pela união de um quadrado e de um triângulo retângulo
isósceles com a medida do lado não comum ao quadrado
igual a 12  cm. Além disso, o projeto prevê a instalação
de um detalhe em metal no chaveiro, correspondente ao
segmento AG.
Qual é o comprimento, em centímetro, do detalhe em
metal?
a) 3 2
b) 6 2
c) 12 2
d) 15 2
e) 18 2

Gabarito: E

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C2H8
BNCC: EM13MAT308

Como a parte triangular do chaveiro é um triângulo


retângulo isósceles com a medida do lado não comum ao
quadrado igual a 12 cm, tem-se a figura a seguir:
A

12 cm 12 cm

E B
F

D G C
Ao aplicar o teorema de Pitágoras no triângulo AEB, obtém-
-se a medida da hipotenusa EB. Logo:
EB2 = AB2 + AE2 ⇒ EB2 = ( 12) + ( 12) ⇒ EB = 2 ( 12) ⇒
2 2 2

⇒ EB = 12 2 cm
Das relações métricas no triângulo retângulo, sabe-se que
o produto dos catetos é igual ao produto da altura relativa à
hipotenusa pela medida da própria hipotenusa. Logo:
AE ⋅ AB = EB ⋅ AF ⇒ 12 ⋅ 12 = 12 2 ⋅ AF ⇒
12 2
⇒ AF = ⋅ = 6 2 cm
2 2
Como o segmento FG é paralelo aos lados BC e DE do
quadrado, sua medida também é igual a 12 2 cm.
Portanto, o comprimento do detalhe em metal é igual a
AG = AF + FG = 6 2 + 12 2 = 18 2 cm.

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, ao


determinar a medida do segmento AF, efetuou-se
12 2 12 2
AF = ⋅ = = 3 2 cm. Além disso, considerou-
2 2 4
-se que a solução da questão seria dada apenas pela
determinação dessa medida.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
apenas a medida do segmento AF.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
apenas a medida do segmento FG.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, ao
determinar a medida do segmento AF, efetuou-se
12 2 12 2
AF = ⋅ = = 3 2 cm.
2 2 4
QUESTÃO 81
_21_1EM_1S_MAT_RN_L1_Q07
Durante a organização de um campeonato escolar de
esportes, uma professora fez um levantamento com os
60 alunos de sua turma para saber quais deles jogam
basquete e futebol (ela sabe que cada aluno joga pelo
menos um desses esportes). Ela constatou que 39 alunos
jogam futebol e 33 alunos jogam basquete.
Quantos alunos jogam ambos os esportes?
a) 6
b) 12
c) 21
d) 22
e) 27

Gabarito: B

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C1H4
BNCC: EM13MAT301

Sejam A o conjunto dos alunos que jogam futebol e B o


conjunto dos alunos que jogam basquete. Com base nas
informações do enunciado, o seguinte diagrama de Venn
pode ser elaborado, em que x representa o número de
alunos que jogam ambos os esportes:

A B

39 – x x 33 – x

Como 60 alunos responderam à pesquisa e como todos


eles jogam pelo menos um dos dois esportes, tem-se:
39 – x + x + 33 – x = 60 ⇒ 72 – x = 60 ⇒ x = 12
Portanto, 12 alunos dessa turma jogam tanto futebol como
basquete.

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se


que o número de alunos que jogam ambos os esportes é
39 – 33 = 6.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o número de alunos que jogam ambos os esportes é
60 – 39 = 21.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, ao realizar o
último passo, calculou-se 72 – x = 60 ⇒ x = 22.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que o número de alunos que jogam ambos os esportes é
60 – 33 = 27.
QUESTÃO 82
_21_3EM_1S_MAT_PR_L1_Q02
A figura a seguir representa uma chapa metálica circular
com centro O, em cuja superfície há três circunferências,
com centros A, B e C, as quais, além de tangenciarem
interiormente a circunferência de centro O, são tangentes
externamente entre si. As circunferências de centros A e B
são congruentes, têm 60 cm de raio e tangenciam-se no
ponto O.

r
C

60 cm 60 cm
O
A B

A altura OC do triângulo isósceles ABC (de base AB)


corresponde à diferença entre os raios das circunferências
de centros O e C.
Sabe-se que a parte da chapa metálica delimitada pela
circunferência de centro C e raio r será removida. O orifício
formado será transpassado por uma tubulação cilíndrica
com diâmetro igual ao dessa circunferência.
O diâmetro, em centímetro, dessa tubulação é igual a
a) 80.
b) 100.
c) 120.
d) 160.
e) 180.

Gabarito: A

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C2H8
BNCC: EM13MAT201

De acordo com o enunciado, obtém-se a seguinte figura:

C
r

60

60 A 60 O B

Como a distância entre os centros de duas circunferências


tangentes internamente é igual à diferença entre os seus
respectivos raios, OC = 120 – r.
Ao aplicar o teorema de Pitágoras no triângulo ACO, tem-
-se:
(60 + r )2 = 602 + (120 − r )2 ⇒
⇒ 3 600 + 120r + r2 = 3 600 + 14 400 − 240r + r2 ⇒
14 400
⇒ 120r + 240r = 14 400 ⇒ r = ⇒ r = 40 cm
360
Portanto, o diâmetro da tubulação é igual a 2 ⋅ 40 = 80 cm.

Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, determinou-se


a soma dos raios das circunferências de centros A (ou B)
e C.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
o raio da circunferência de centro O.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
a soma dos raios das circunferências de centros O e C.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
a soma dos raios das circunferências de centros A (ou B)
e O.
QUESTÃO 83
_21_3EM_1S_MAT_VO_L1_Q04
O vôlei de quadra é um esporte disputado entre
duas equipes com seis jogadores cada. A tabela a seguir
apresenta as alturas dos jogadores que formam a Seleção
de Novos Masculina do Brasil.
Jogador Altura (m)
Alan Souza 2,00
Cledenilson Souza 2,09
Eduardo Sobrinho 1,90
Flávio César 2,00
Leandro Nascimento 2,00
Gabriel Soares 1,98
Henrique Honorato 1,88
Leonardo Nascimento 1,99
Matheus Bispo 2,09
Douglas Vieira 1,78
Rogério Filho 1,66
Thiago Veloso 2,00
Victor Cardoso 1,99
Disponível em: <https://cbv.com.br>. Acesso em: 22 mar. 2021. (Adaptado)

Sabe-se que a altura média dessa equipe é dada pela


razão entre a soma das alturas de cada jogador e o número
total de atletas.
Nessas condições, de acordo com a tabela, qual é a
média das alturas, em metro, dos seis jogadores de maior
estatura?
a) 2,01
b) 2,02
c) 2,03
d) 2,04
e) 2,05

Gabarito: C

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C6H25
BNCC: EM13MAT316

Ao somar as alturas dos seis jogadores de maior estatura


listados na tabela, tem-se:
2 + 2 + 2 + 2 + 2,09 + 2,09 = 12,18 m
Ao calcular a média aritmética simples dessas alturas, tem-
-se:
12, 18
MA = = 2, 03 m
6
Portanto, a média das alturas dos seis jogadores mais altos
da seleção é igual a 2,03 m.

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, determinou-se


a média aproximada das alturas de quatro jogadores com
2 m, dois jogadores com 2,09 m e um jogador com 1,90 m.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
a média aproximada das alturas de quatro jogadores com
2 m e um jogador com 2,09 m.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
a média aproximada das alturas de três jogadores com 2 m
e três jogadores com 2,09 m.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
a média aproximada das alturas de dois jogadores com 2 m
e três jogadores com 2,09 m.
QUESTÃO 84
_21_3EM_1S_MAT_VM_L1_Q03
O pingente de um colar tem o formato de triângulo
equilátero com lados tangenciados internamente por uma
circunferência, como mostra a figura.

Sabe-se que o perímetro desse triângulo é igual a 18 cm.


Com base nessas informações, a circunferência do
pingente tem o raio, em centímetro, igual a

3
a)
9
b) 3
c) 3
d) 3 3
e) 6

Gabarito: B

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C2H8
BNCC: EM13MAT201

Na figura, sejam A, B e C os vértices do triângulo equilátero,


D, E e F os pontos de tangência da circunferência com os
lados do triângulo e O o centro da circunferência.
A

D E
O

B F C
Como o perímetro desse triângulo é igual a 18 cm, cada
lado mede 6 cm. Além disso, observa-se que os triângulos
OFB, OFC e OEC são congruentes, uma vez que os três:
• são triângulos retângulos (pelos pontos de tangência);
• têm um ângulo de 30° (dado que os segmentos que
vão dos vértices do triângulo ABC ao centro O da
circunferência são bissetrizes dos ângulos desses
vértices, que medem 60° cada);
• têm um lado de mesma medida (aquele correspondente
ao raio da circunferência).
6
Assim, BF = FC; logo, FC =
2
= 3 cm. Como med OCF ( )
 = 30° ,

ao empregar a trigonometria no triângulo retângulo OCF,


tem-se:
3 OF 3 OF
tg ( 30° ) == ⇒ = ⇒ OF = 3 cm
3 FC 3 3
Como o raio da circunferência pode ser representado por
OF, sua medida vale 3 cm.

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, considerou-se


que a tangente corresponderia ao produto dos catetos.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, determinaram-
-se apenas a distância entre cada ponto de tangência e o
par de vértices adjacentes do triângulo equilátero.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, confundiu-se a
tangente de 30° com a tangente de 60°.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
apenas a medida dos lados do triângulo equilátero.
QUESTÃO 85
_21_3EM_1S_MAT_VM_L1_Q02
Uma confecção utiliza determinado tecido para a produção
de uma linha de camisetas, e o custo desse tecido, de
acordo com sua área, em metro quadrado, é dado pela
função f(x)  =  12x. Além disso, o custo de produção das
camisetas, de acordo com o custo do tecido, é dado
pela função g(x) = 4x + 4. Finalmente, o lucro obtido pela
confecção, de acordo com o custo de produção das
camisetas, é dado pela função h(x) = 2x + 1.
Com base nessas informações, a função q(x), que representa
a quantidade de tecido comprado, em metro quadrado, de
acordo com o lucro obtido pela confecção, é dada por
x
a) q ( x ) =
12
x−4
b) q ( x ) =
4
x−1
c) q ( x ) =
2
x − 96
d) q ( x ) =
96
x −9
e) q ( x ) =
96

Gabarito: E

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C5H22
BNCC: EM13MAT404

Inicialmente, deve-se encontrar a função que representa


o lucro em função da quantidade de tecido comprado,
em metro quadrado, e, em seguida, deve-se encontrar
sua inversa. Ao fazer a composição das três funções
informadas, tem-se:
( )
h g ( f ( x )) = 2 ⋅ ( 4 ⋅ ( 12x ) + 4) + 1 = 96x + 9
Ao calcular a inversa da função encontrada, tem-se:
x −9
x = 96y + 9 ⇒ 96y = x − 9 ⇒ y =
96
Portanto, a função q(x), que representa a quantidade de
tecido comprado, em metro quadrado, de acordo com o
x −9
lucro obtido pela confecção, é dada por q ( x ) = .
96

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, calculou-se


apenas a inversa da função f(x).
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, calculou-se
apenas a inversa da função g(x).
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, calculou-se
apenas a inversa da função h(x).
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, calculou-se a
inversa da função f(g(h(x))).
QUESTÃO 86
_21_3EM_1S_MAT_VO_L1_Q02
A figura a seguir representa o esboço do logotipo de uma
marca de equipamentos esportivos.

H I
K

A C
Nesse esboço, o triângulo ABC é equilátero com 12 cm
de lado, e o ponto K é o seu baricentro. Além disso, H e I
são pontos médios dos lados AB e BC, respectivamente, e
HK = IK = 2 3 cm.
A área, em cm2, do triângulo ACK é igual a
a) 6 3.
b) 12 3.
c) 24 3.
d) 36 3 .
e) 48 3 .

Gabarito: B

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C2H8
BNCC: EM13MAT308

Para obter a área do triângulo ACK, deve-se determinar a


sua altura em relação à base AC. Como H e I são pontos
médios de AB e BC, respectivamente, AI e CH são medianas
do triângulo ABC, e, portanto, esses segmentos se cruzam
no baricentro do triângulo ABC, ou seja, no ponto K.
Além disso, como o triângulo ABC é equilátero, o ponto K
localiza-se no centro desse polígono, que fica equidistante
tanto dos vértices A, B e C como dos pontos médios dos
lados AB, BC e AC, conforme a figura a seguir.

H I
K

A C
Assim, o triângulo ACK é isósceles, e a altura relativa à
sua base corresponde ao segmento que liga o ponto K ao
ponto médio do segmento AC. Logo, a altura do triângulo
ACK é igual à medida dos segmentos HK e IK, ou seja,
2 3 cm.
Portanto, a área do triângulo ACK é igual a
12 ⋅ 2 3
= 12 3 cm2.
2

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, confundiu-se


a fórmula tradicional para o cálculo da área do triângulo
 base ⋅ altura 
  com a fórmula utilizada para o cálculo da
2  L2 3 
área do triângulo equilátero   . Assim, efetuou-se
 4 
12 ⋅ 2 3
= 6 3 cm2.
4
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que a área do triângulo seria dada apenas pelo
produto entre sua base e sua altura. Assim, efetuou-se
12 ⋅ 2 3 = 24 3 cm2.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, determinou-se
a área do triângulo ABC.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, considerou-se
que a altura do triângulo ACK seria o dobro da medida dos
segmentos HK e IK. Além disso, considerou-se que a área
do triângulo seria dada apenas pelo produto entre sua
base e sua altura. Assim, efetuou-se 12 ⋅ 4 3 = 48 3 cm2.
QUESTÃO 87
_21_3EM_1S_MAT_VM_L1_Q04
O maior lado de um terreno retangular mede 24 m. Além
disso, sabe-se que a maior e a menor dimensão desse
terreno são, nessa ordem, inversamente proporcionais a 2
e 3.
Qual é a área, em metro quadrado, desse terreno?
a) 120
b) 192
c) 216
d) 288
e) 384

Gabarito: E

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C4H16
BNCC: EM13MAT314

Sejam x e y as medidas da maior e da menor dimensão


desse terreno, respectivamente. Como, nessa ordem, elas
são inversamente proporcionais a 2 e 3, tem-se 2x = 3y ⇒
x 3
⇒ = . Como o maior lado desse terreno mede 24  m,
y 2
x = 24 m. Logo:
24 3 48
= ⇒y= ⇒ y = 16 m
y 2 3
Portanto, a área desse terreno mede 24 ⋅ 16 = 384 m2.

Alternativa A: incorreta. Equivocadamente, efetuou-se o


produto do maior lado do terreno com a soma dos outros
dois dados fornecidos no enunciado.
Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, efetuou-se o
produto do maior lado do terreno com a menor potência
formada pelos outros dois dados fornecidos no enunciado.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, efetuou-se o
produto do maior lado do terreno com a maior potência
formada pelos outros dois dados fornecidos no enunciado.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, efetuou-se o
produto do maior lado do terreno com o resultado de sua
divisão pelo menor dado fornecido no enunciado.
QUESTÃO 88
_21_3EM_1S_MAT_RN_L1_Q04
Um artista plástico pintou um grande painel a partir de duas
circunferências concêntricas, conforme a figura a seguir,
em que a borda da pintura aparece em destaque.

60°

Sabe-se que os diâmetros das circunferências que


dão origem à obra são 10 m e 8 m. Além disso, o artista
contornou a borda da pintura com um fio formado por
pequenas lâmpadas coloridas distribuídas na razão de
5 lâmpadas para cada 20 cm de fio. Considere π = 3.
Quantas lâmpadas há na borda dessa pintura?
a) 1 175
b) 1 350
c) 1 475
d) 2 050
e) 2 350

Gabarito: A

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C5H22
BNCC: EM13MAT201

A borda da pintura é formada por quatro partes. A primeira


corresponde a uma fração da circunferência externa.
360 − 60 300 5
O comprimento dessa parte tem = =
360 360 6
do comprimento total da circunferência. A segunda e a
terceira partes correspondem às partes retilíneas da borda,
com comprimento dado pela diferença entre o raio maior
5
e o raio menor. Por fim, a quarta parte corresponde a
6
do comprimento total da circunferência menor (raciocínio
análogo ao da primeira parte). Assim, como os raios são
metade dos diâmetros, o comprimento da borda da pintura
será dado por:
5 5
⋅ 2 ⋅ π ⋅ R + 2 ⋅ (R − r ) + ⋅ 2 ⋅ π ⋅ r = 5R + 2R − 2r + 5r =
6 6
= 7R + 3r = 7 ⋅ 5 + 3 ⋅ 4 = 47 m
Desse modo, como o fio tem 5 lâmpadas a cada 20 cm =
= 0,2 m, o número N de lâmpadas será dado por:
5 lâmpadas
N= ⋅ 47 m = 1 175 lâmpadas
0, 2 m
Portanto, a borda da pintura tem 1 175 lâmpadas.

Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, considerou-se


que a obra corresponderia a uma coroa circular completa.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, em relação
ao arco de circunferência menor, utilizou-se o valor do
diâmetro, em vez do valor do raio.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, em relação ao
arco de circunferência maior, utilizou-se o valor do diâmetro,
em vez do valor do raio.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, em relação aos
dois arcos de circunferência, utilizou-se o valor do diâmetro,
em vez do valor do raio.
QUESTÃO 89
_21_1EM_1S_MAT_GP_L1_Q04
A figura mostra um pião, brinquedo antigo – normalmente
de madeira ou plástico – cujo funcionamento consiste em
puxar com força um barbante enrolado ao longo de sua
região afunilada, colocando-o em rotação no solo sobre
uma ponta de metal.

Disponível em: <https://bit.ly/3higVLY>. Acesso em: 29 jun. 2021.

Após ser lançado, o pião produz um movimento angular


que faz com que ele gire em torno do seu próprio eixo,
perpendicularmente ao solo, mantendo-se equilibrado.
Considere que uma volta completa em torno de seu próprio
eixo equivale a 360°.
Suponha o lançamento de um pião que, ao tocar com a
3
ponta de metal no solo, deu três voltas completas e de
4
volta antes de ser pego com as mãos por uma pessoa,
cessando o seu movimento.
Qual foi o deslocamento angular total do brinquedo do
momento em que tocou o solo até ter seu movimento
interrompido pela pessoa que o pegou?
a) 90º
b) 270°
c) 630°
d) 1 080°
e) 1 350°

Gabarito: E

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C5H21
BNCC: EM13MAT105

Cada volta corresponde a um deslocamento angular de


360°. Logo, o deslocamento total é de 3 voltas completas
3 3
mais de volta, ou seja, 3 ∙ 360° + ⋅ 360° = 1 080° + 270° =
4 4
= 1 350°.

1
Alternativa A: incorreta. Esse valor corresponde a de
4
volta.
3
Alternativa B: incorreta. Esse valor corresponde a de
4
volta.
Alternativa C: incorreta. Esse valor corresponde a 1 volta e
3
de volta.
4
Alternativa D: incorreta. Esse valor corresponde a 3 voltas
completas.
QUESTÃO 90
_21_3EM_1S_MAT_RO_L1_Q02
Bráquetes são peças integrantes dos aparelhos
ortodônticos fixos e atuam para movimentar e reposicionar
os dentes.

Disponível em: <https://blog.suryadental.com.br>.


Acesso em: 23 mar. 2021. (Adaptado)

Considere que o bráquete metálico utiliza uma liga formada


por 73% de ferro, 18% de cromo, 8% de níquel e 1% de
material não metálico.
Uma usina siderúrgica fornecerá matéria-prima para um
fabricante de bráquetes metálicos. No estoque da usina
destinado à produção dessa liga metálica, há 800 kg de
ferro, 180 kg de cromo, 100 kg de níquel e 50 kg de material
não metálico.
Desconsiderando eventuais perdas nos processos de
fabricação, tanto na usina siderúrgica como na fabricante de
bráquetes, a massa máxima, em quilograma, de bráquetes
que poderá ser produzida com o estoque indicado é igual a
a) 1 000.
b) 1 095.
c) 1 130.
d) 1 250.
e) 5 000.

Gabarito: A

Matemática e suas Tecnologias


Enem: C4H17
BNCC: EM13MAT314

De acordo com o enunciado, em 100 partes da liga metálica


utilizada na fabricação dos bráquetes, há 73 partes de ferro
 73   18 
 = 73% ; 18 partes de cromo  = 18% ; 8 partes
100   100 
 8 
de níquel  = 8% e 1 parte de material não metálico
 100 
 1 
 = 1% .
100 
Considere cada parte equivalente a 1 kg. Como a quantidade
de liga que pode ser produzida é diretamente proporcional
à quantidade disponível de cada constituinte, têm-se:
73Fe 800Fe 800 ⋅ 100
= ⇒x= ≅ 1 095 kg
100Liga xLiga 73
18Cr 180Cr 180 ⋅ 100
= ⇒y= = 1 000 kg
100Liga yLiga 18
8Ni 100Ni 100 ⋅ 100
= ⇒z= = 1 250 kg
100Liga zLiga 8
1Não Metal 50Não Metal 50 ⋅ 100
= ⇒w= = 5 000 kg
100Liga wLiga 1
Assim, observa-se que o cromo é o elemento limitante
no estoque, pois é aquele cuja quantidade disponível
possibilita a produção da menor quantidade de liga
metálica.
Portanto, como a usina siderúrgica poderá produzir
1 000 kg da liga metálica, o fabricante de bráquetes poderá
produzir, no máximo, 1 000 kg dessa peça.

Alternativa B: incorreta. Equivocadamente, determinou-


-se apenas a quantidade aproximada de liga metálica que
poderia ser produzida com a quantidade disponível de
ferro.
Alternativa C: incorreta. Equivocadamente, efetuou-se
a soma das quantidades dos materiais disponíveis no
estoque da usina.
Alternativa D: incorreta. Equivocadamente, determinou-
-se apenas a quantidade de liga metálica que poderia ser
produzida com a quantidade disponível de níquel.
Alternativa E: incorreta. Equivocadamente, determinou-
-se apenas a quantidade aproximada de liga metálica que
poderia ser produzida com a quantidade disponível de
material não metálico.

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