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O MERCADO INTERNACIONAL DE CAPITAIS

2.1 Mercado internacional de capitais

No início da década 1960, a maioria dos negócios bancários era puramente doméstica,
envolvendo a moeda e os clientes do país de origem dos bancos. Duas décadas mais tarde,
vários bancos tinham grande parcela de seus lucros associados às atividades internacionais.
Para sua surpresa, Rip descobriria que podia encontrar filiais do Citibank em São Paulo e
filiais do National Westminster Bank, uma instituição financeira inglesa, em Nova York. Ele
também constataria que, no início da década 1980 tornara-se rotina a filial de um banco
norte-americano localizada em Londres aceitar um depósito em ienes japoneses de uma
empresa suíça ou emprestar francos suíços para uma indústria holandesa. Por fim, ele notaria
uma participação muito maior de instituições financeiras não bancárias no comércio
internacional.

O mercado em que residentes de países diversos comercializam ativos é denominado


mercado internacional de capitais. Na verdade, o mercado internacional de capitais não
constitui um mercado único; trata-se de um grupo de mercados fortemente interconectados
nos quais ocorrem trocas de ativo com alguma dimensão internacional. As transações
internacionais de moedas são realizadas no mercado de câmbio, que representa uma parte
importante do mercado internacional de capitais. Os principais participantes do mercado
internacional de capitais são os mesmos do mercado do mercado de câmbio: bancos
comerciais, grandes empresas, instituições financeiras não bancárias, bancos centrais e outras
agências governamentais. E, assim como no mercado de câmbio, as atividades do mercado
internacional de capitais ocorrem em uma rede de centros financeiros mundiais ligados por
sofisticados sistemas de comunicação. Entre os ativos comercializados no mercado
internacional de capitais estão ações e títulos de diferentes países, além de depósitos
bancários expressos em suas respectivas moedas.

Ao dar vida a um sistema de pagamento mundiaal que diminui os custos das transações, os
bancos atuantes no mercado internacional de capitais ampliaram os ganhos do comércio que
resultam dessas trocas. Apesar de tais trocas de ativos serem às vezes consideradas como
“especulação” improdutiva, elas na verdade levam a ganhos do comércio que podem
beneficiar os consumidores de todos os países.
2.2 Actividade bancária internacional

O exemplo da produção de kiwi do país Local e do Estrangeiro representa um mundo


imaginário com apenas dois ativos. Uma vez que o número de ativos disponíveis no mundo
real é enorme, as instituições especializadas têm tentado juntar compradores e vendedores de
ativos localizados em países diferentes.

2.2.1 A estrutura do mercado internacional de capitais

Como já fizemos menção, os principais participantes do mercado internacional de capitais


são os bancos comerciais, as sociedades anônimas, as instituições financeiras não bancárias
(como as seguradoras e os fundos de pensões), os bancos centrais e outros órgãos
governamentais.

 Bancos comerciais

Os bancos comerciais estão no centro do mercado internacional de capitais, não apenas


porque são eles que fazem funcionar o mecanismo de pagamentos internacional, mas
também por causa da grande variedade de atividades financeiras que praticam. Os
passivos dos bancos consistem pricipalmente me depósitos de vários prazos, enquanto
seus ativos consistem em grande parte em empréstimos ( para empresas e governos),
depósitos em outros bancos (depósitos interbancários) e títulos. Os bancos multinacionais
também estão fortemente envolvidos em outros tipos de transação de ativos. Eles podem,
por exemplo, fazer operações de lançamento de ações e títulos de empresas concordando,
mediante uma taxa, em encontrar compradores para aqueles valores mobiliários a um
preço garantido. Um dos fatos básicos sobre as operações bancárias internacionais é que
os bancos normalmente estão livres para praticar atividades internacionais que não
poderiam levar a cabo em seus países e origem. Esse tipo de assimetria na
regulamentação vem impulsionando as atividades bancárias internacionais nos últimos 40
anos.

 Sociedades anônimas

As sociedades anônimas, sobretudo aquelas com operações multinacionais, tais como


Coca-Cola, IBM, Toyota e Nike, financiam seus investimentos por meio de fontes
estrangeiras de fundos. Para obter esses fundos, elas podem vender lotes de acções, que
dão aos proprietários um direito de controle acionário sobre os ativos da empresa, ou
contrair dívidas. Em geral, essas dívidas tomam a forma de empréstimos concedidos por
bancos internacionais ou outras instituições; quando buscam empréstimos de prazo mais
longo, as empresas podem vender seus instrumentos de dívida no mercado internacional
de capitais. Elas normalmente expressam seus títulos na moeda do centro financeiro no
qual eles estão sendo oferecidos.

Contudo, as grandes empresas têm encontrado cada vez mais estratégias de expressão que
tornam seus títulos atraentes a um espectro mais amplo de compradores.

 Instituições financeiras não bancárias

As instituições não bancárias como companhias seguradoras, fundos de pensão, fundos


mútuos e fundos de investimento têm se tornado importantes no mercado internacional de
capitais, na medida em buscam ativos estrangeiros para diversificar suas carteiras. Os
bancos de investimento têm particular importância. Exemplos deles são o First Boston
Corporation, o Goldman Sachs e o Lazard Frères, que não são exatamente bancos, mas se
especializam em operações de lançamento de ações e títulos de empresas e, em alguns
casos, de governos.

Em 1933, os bancos comerciais norte-americanos foram proibidos de administrar


investimentos dentro do país, embora o governo norte-americano hoje esteja abrandando
algumas dessas barreiras. Entretanto, os bancos comerciais norte-americanos podem, sim,
participar de atividades bancárias de investimento nos outros países, e bancos como o
Citicorp e o J.P. Morgan Chase competem vigorosamente com os bancos de investimento
mais especializados.

 Bancos centrais e outros órgãos do governo

Com frequência, os bancos centrais se envolvem nos mercados financeiros internacionais


por meio da intervenção cambial. Além disso, outros órgãos governamentais
normalmente recebem empréstimos internacionais.

Os governos dos países em desenvolvimento e as empresas estatais têm recebido


empréstimo sobretudo de bancos comerciais estrangeiros.

2.2.2 Crescimento do mercado internacional de capitais


Seja qual for a medida utilizada, a escala de transações no mercado internacional de capitais
cresceu mais rapidamente do que o PIB mundial desde o início da década de 1970.

Um dos principais motivos foi que os países, começando pelos industrializados, pouco a
pouco reduziram as barreiras aos fluxos internacionais de capitais privados.

Outra razão importante para esse desenvolvimento está relacionada aos sistemas de taxa de
câmbio. Um país que fixa a taxa de câmbio de sua moeda e, ao mesmo tempo, permite
movimentos de capitais internacionais renuncia ao controle da política monetária interna.

Assim, nenhum país pode ter, ao mesmo tempo, mais de dois itens da lista a seguir:

1. Taxa fixa de câmbio.

2. Política monetária orientada para metas internas.

3. Liberdade de movimentos de capitais internacionais.

2.2.3 Actividade bancária no exterior e comércio de moedas no exterior

Uma das características mais marcantes do setor dos bancos comerciais na década 1990 é que
as atividades bancárias têm se tornado globalizadas, conforme os bancos se lançam para fora
de seus países de origem, em direção aos centros financeiros internacionais. Em 1960, apenas
oito bancos norte-americanos tinham filiais em outros países, mas agora centenas possuem
braços internacionais. Da mesma forma, o número de escritórios de bancos estrangeiros nos
Estados Unidos vem aumentando muito nos últimos anos.

O termo atividade bancária no exterior é usado para descrever os negócios que os escritórios
internacionais dos bancos conduzem fora de seus países de origem. Os bancos podem
conduzir os negócios internacionais por meio de qualquer uma destas entidades:

 Um posto localizado no exterior, que organiza os fundos de empréstimos e de


transferências, mas não aceita depósitos.
 Uma filial localizada no exterior. Uma filial de um banco estrangeiro difere de um
banco local apenas porque é um banco estrangeiro que detém seu controle. As filiais
estão sujeitas às regulamentações do país de origem do banco.
 Uma agência no exterior, que é simplesmente um escritório do banco em outro país.
As agências fazem os mesmos negócios dos bancos locais e, em geral, estão sujeitas
às regulamentações locais e dos países de origem. No entanto, quase sempre as
agências tiram vantagem das diferenças regulatórias.

2.3 Regulamentação da actividade bancária internacional

Para muitos observadores, a natureza em grande parte desregulamentada da actividade


bancária global deixa o sistema finaceiro mundial vulnerável a quebras de bancos em uma
escala considerável. Será que esse perigo é real? Em caso positivo, quais medidas os
governos têm tomado para reduzi-lo?

 O problema das quebras no setor bancário

Considera-se um banco quebrado quando ele não atende a suas obrigações para com os
depositantes. Os bancos utilizam os fundos dos depositantes para fazer empréstimos e
comprar outros ativos, mas alguns devedores do banco podem se encontrar incapazes de
quitar seus empréstimos, ou os ativos do banco podem perder valor por qualquer outro
motivo. Nessas circunstâncias, o banco pode ficar impossibilitado de pagar seus
depósitos.

Uma característica peculiar da atividade bancária é que a saúde financeira de um banco


depende da confiança dos depositantes no valor de seus ativos. Se os depositantes
acreditam em vários ativos do banco perderam valor, ficam motivados a sacar seus fundos
e depositá-los em outro banco. Se um banco enfrentar perdas maciças de depósitos, é
provável que feche suas portas, mesmo que o lado do ativo em seu balancete esteja
fundamentalmente seguro. Isso porque muitos dos ativos bancários não são líquidos e não
podem ser vendidos de forma rápida para atender às obrigações ds depósitos sem perdas
substanciais para o banco. Se uma atmosfera de pânico finaceiros se instalar, as falências
podem não se limitar aos bancos cujos ativos estejam mal gerenciados. É do interesse de
cada depositante sacar seu dinheiro de um banco, se todos os outros depositantes tiverem
a mesma intenção, ainda quando os ativos do banco estejam seguros.

I. Seguro de depósitos

A Federal Deposit Insurance Corporation – FDIC ( Sociedade Federal De Seguro de


Depósito) protege os depositantes contra perdas de até $100.000. O custo dos prêmios é
coberto por contribuições dos próprios bancos. Esse seguro desestimula as “corridas” aos
bancos porque os pequenos depositantes, sabendo que suas perdas serão repostas pelo
governo, não ficam motivados a retirar seu dinheiro apenas porque outros o estão
fazendo. Desde 1989, a FDIC também tem asssegurado os depósitos em
associações de poupança e empréstimos (APE).

II. Exigibilidades de reservas

As exigibilidades de reservas são básicas para a política monetária, de fato, são o


principal canal pelo qual o banco central influencia a relação entre a base monetária e os
agregados monetários. Ao mesmo tempo, as exigibilidades de reservas forçam o banco a
manter uma parte de seus ativos em forma líquida, fácil de ser mobilizada no caso de um
fluxo súbito de redução de depósitos.

III. Exigibilidade de capital e restrições de ativos

A diferença entre ativos e os passivos de um banco, que equivale ao patrimônio líquido


do banco, é também denominada capital bancário. O capital bancário constitui o controle
acionário que os acionistas do banco adquirem quando compram ações do banco e, uma
vez que ele é igual à parcela dos ativos do banco não devida aos depositantes, dá ao banco
uma margem extra de segurança, caso alguns de seus outros ativos não sejam
recuperados.

IV. Emprestador de última instância

Os bancos norte-americanos podem solicitar empréstimos de redesconto ao Fed. Embora


o redesconto seja uma ferramenta de gerenciamento monetário, o Fed também pode
utilizá-lo para evitar pânicos bancários. Uma vez que o Fed tem a habilidade de criar
moeda, ele pode emprestar para os bancos que se defrontam com fluxos de saída de
depósitos muito grandes. Quando age assim, ele está atuando como emprestador de
última instância (EUI) ao banco. Se os depositantes sabem que o Fed está
desempenhando o papel de EUI, passam a ter maior confiança na capacidade do banco de
conter o pânico e, assim, tornam-se menos propensos a correr às agências no caso de um
problema financeiro. A administração do EUI é complexa.

Afinal, se os bancos pensarem que o banco central sempre vai socorrê-los, correrão riscos
excessivos. Assim, o banco central deve tornar o acesso aos serviços do EUI
condicionado ao gerenciamento seguro.
Para decidir quando os bancos com problemas não se meteram em encrenca por correr
risco de maneira imprudente, o EUI deve estar envolvido no processo de fiscalização do
banco.

2.4 Desempenho do Mercado

A estrutura atual do mercado internacional de capitais envolve riscos de instabilidade


financeira que só podem ser reduzidos por meio da cooperação estreita entre os supervisores
dos bancos em vários países. Mas o mesmo lucro que leva as instiuições financeiras
multinacionais a inovar suas operações diante das regulamentações nacionais também gera
ganhos importantes para os consumidores. Como vimos, o mercado internacional de capitais
permite que os residentes de países diversos diversifiquem suas carteiras negociando ativos
de risco. Além disso, ao assegurar a rapidez do fluxo internacional de informações sobre as
oportunidades de investimentos no mundo, o mercado pode auxiliar a alocação da poupança,
visando aos usos mais produtivos. Nesses aspectos, o desempenho do mercado internacional
de capitais tem sido:

 A extensão da diversificação internacional das carteiras

Como quase sempre é impossível obter dados precisos sobre a posição de todas as
carteiras dos residentes de um país, não é seguro estimar o grau de diversificação
internacional das carteiras por observação direta. No entanto, alguns dados dos Estados
Unidos podem ser utilizados para se ter uma ideia vaga sobre mudanças na diversificação
internacioanl nos últimos anos.

Em 1970, os ativos estrangeiros mantidos pelos norte-americanos equivaliam a 6,2 por


cento do estoque de capital dos Estados Unidos. As obrigações externas dos Estados
Unidos representavam 4,0 por cento de seu estoque de capital ( incluindo construção
residencial). Em 2006, os ativos norte-americanos mantidos internacionalmente
equivaliam a 44 por cento do estoque de capital dos Estados Unidos, enquanto os ativos
estrangeiros nos Estados Unidos haviam aumentado para cerca de 56 por cento do
estoque de capital norte-americano.
Essas porcentagens parecem pequenas; é de se esperar que com a diversificação total das
carteiras, elas reflitam o tamanho da economia dos Estados Unidos em relação às
economias do resto do mundo. Assim, em uma economia mundial totalmente
diversificada, algo como 80 por cento do estoque de capital norte-americano pertencia aos
estrangeiros, enquanto os direitos dos residentes dos Estados Unidos sobre os estrangeiros
seriam iguais a mais ou menos 80 por cento do valor do estoque de capital norte-
americano.

 A extensão do comércio intertemporal

Os economistas Martin Feldstein e Charles Horioka sugeriram outra maneira de


avaliar o desempenho do mercado mundial de capitais. Para eles, quando esse mercado
funciona normalmente, as taxas de investimento domésticas dos países podem ser muito
diferentes de suas taxas de poupança. Em um mundo ideal, buscam-se os usos mais
produtivos para a poupança nacional, porque um conjunto global de fundos está
disponível para financiá-lo.

No entanto, em vários países a diferença entre a taxa de poupança nacional e a taxa de


investimento doméstico ( isto é, o saldo em transações correntes) não tem sido grande
desde a Segunda Guerra Mundial: os países com altas taxas de poupança durante períodos
longos também apresentam altas taxas de investimento. A partir desse dado, Feldstein e
Horioka concluíram que a mobilidade do capital é baixa, no sentido de que a maioria dos
aumentos do acúmulo de capital interno.

O principal problema com o argumento de Feldstein e Horioka consiste em que é


impossível estimar se o comércio intertemporal é insuficiente, em saber se existem
ganhos do comércio não explorados, e para que se saiba isso é necessário um
conhecimento sobre as economias reais do qual não dispomos.

 Diferenciais de juros internos e externos

Há, ainda, outro instrumento para medir o desempenho do mercado internacional de


capitais: a relação entre as taxas de juros internos e externos sobre ativos semelhantes
expressos na mesma moeda. Se o mercado mundial de capitais está cumprindo sua função
de comunicar informações sobre as oportunidades de investimento globalmente, as taxas
de juros devem mover-se em ritmo parecido e não diferir muito.
Grandes diferenças nas taxas de juros seriam evidência forte de ganhos de comércio não
realizados.

 A eficiência do mercado de câmbio

O mercado de câmbio é um componente central no mercado internacional de capitais, e as


taxas de câmbio que ele estabelece ajudam a determinar a lucratividade das transações
internacionais de todos os tipos. Dessa forma, as taxas de câmbio comunicam sinais
econômicos importantes ao público envolvido no comércio e investimento internacionais.
Se esses sinais não refletirem todas as informações disponíveis sobre as oportunidades de
mercado, os recursos serão mal alocados. Estudos sobre como o mercado de câmbio usa
as informações disponíveis são, portanto, potencialmente importantes para julgar se o
mercado internacional de capitais está enviando os sinais correctos.

3. CONCLUSÃO

Conclui-se que o mercado internacional de capitais é aquele no qual os residentes de países


diferentes comercializam ativos. Um de seus principais componentes é o mercado de câmbio.

Os bancos estão no centro do mercado internacional de capitais, e muitos operam no exterior,


ou seja, fora dos países em que se localizam suas matrizes.

Desde 1970, o mercado internacional de capitais tem contribuído para um aumento na


diversificação internacional de carteiras, mas essa diversificação ainda parece pequena, se
comparada com o que a teoria econômica preveria. De forma semelhante, alguns
observadores têm afirmado que o tamanho do comércio internacional, conforme medido
pelos saldos em transações correntes dos países, tem sido muito pequeno. É difícil avaliar
essas afirmações sem informações detalhadas sobre o funcionamento da economia mundial,
enfim, com isso queremos dizer que o mercado internacional de capitais inclina-se em
mostrar os residentes de países diferentes que comercializam ativos.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KRUGMAN OBSTFELD, Livro Economia internacional

AHARONI, Y. (1966) The Foreign Investment Decision Process. Boston: Harvard Business
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CANALS, Jordi (1991) Competitiidad Internacional y Estrategia de la Empresa. 1ª edição,


Editorial Ariel, S.A

CZINKOTA, M., Ronkainen, I., Moffett, M. (1999) International Business. 5ª Edição,


Orlando: The Dryden Press

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