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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

IMPACTO AMBIENTAL DO TURISMO

Nome

Hélder Joaquim Bernardo Oliveira

Código de estudante: 708220828

Curso: Gestão Ambiental

Disciplina: MIC

Ano de Frequência: 2º

UCM

Tete, 2023
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Pontuação
do Subtotal
máxima
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 Capa 0.5

 Índice 0.5

Aspectos  Introdução 0.5


Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5

 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

 Contextualização
1.0
(Indicação clara
do problema)
 Descrição 1.0
Introdução dos
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho

 Articulação e
domínio do
Conteúdo discurso
académico 2.0
(expressão
escrita cuidada,
Análise e coerência /
coesão textual)
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e 2.0
internacionais
relevantes na
área de estudo
 Exploração 2.0
dos dados
Conclusão  Contributos 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo
Aspectos e tamanho de
Formatação 1.0
gerais letra, paragrafo,
espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª  Rigor e
Referências edição em coerência das
citações e citações/referências 4.0
Bibliográficas
bibliografia bibliográficas
Índice

1. Introdução ................................................................................................................. 5

1.1. Objectivo ............................................................................................................ 5

1.1.1. Objectivo geral ........................................................................................... 5

1.1.2. Objectivos específicos ................................................................................ 5

1.2. 1.2.Metodologia ................................................................................................. 6

2. IMPACTO AMBIENTAL DO TURISMO .............................................................. 7

2.1. Turismo .............................................................................................................. 7

2.1.1. Tipos de turismo ......................................................................................... 8

2.2. Impactos ambientais do turismo ecológico ...................................................... 10

2.3. Impactos ambientais do turismo ...................................................................... 11

2.4. Medidas para minimizar os impactos do turismo ............................................ 13

2.5. Importância do turismo .................................................................................... 14

3. Conclusão................................................................................................................ 15

4. Bibliografia ............................................................................................................. 16
1. Introdução

Neste presente trabalho, que tem como tema impactos ambientais do turismo no meio
ambiente. Dizer que o impacto do turismo nos leva a necessidade de partir para uma ação,
de chegar ao resultado de uma equação complexa: o estudo, o planeamento e a educação
do turismo. Cidades que têm no turismo a grande força de sua economia chegam a triplicar
a sua população em épocas de alta temporada, e a produção de lixo, consequentemente,
aumenta na mesma proporção. Toda a sua importância para a economia, encontra de
forma cada vez mais contundente. Este trabalho nos relata alguns impactos negativos e
positivos gerados pelo turismo que produzem alguns paradigmas para discursões.

A relação entre turismo e meio ambiente é indiscutível, uma vez que o último constitui a
matéria-prima da atividade turística. O meio ambiente é um elemento e um ingrediente
mais fundamental do produto turístico que não tem preço fixado dentro de um sistema de
mercado e, como tal, sempre será superesplorado.

1.1.Objectivo

1.1.1. Objectivo geral

 Este trabalho tem como objectivo geral fazer abordagens acerca dos impactos
ambientais do turismo.
.

1.1.2. Objectivos específicos

 Conceituar o turismo;
 Explicar a relação entre a o meio ambiente e o turismo;
 Dar a conhecer as medidas de preservação do meio ambiente.

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1.2.1.2.Metodologia

Usamos o estudo qualitativo e quantitativo, consultando alguns artigos baseados nos


dados secundários, visto que não usamos a minha própria tese, antes recorremos à
navegação para apresentar um trabalho à altura, trazendo argumentos didácticos para fácil
compreensão. Procuramos desenvolver o tema sem muitas questões, pois o foco é de
descrever e analisar o tema de forma precisa, para que até o leigo consiga sentir-se
leccionado. Portanto, esses foram os métodos pelos quais recorremos para o
desenvolvimento do presente tema.

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2. IMPACTO AMBIENTAL DO TURISMO

2.1.Turismo

De acordo com Andrade (apud Raykil, 2005, p.2), o turismo “é um fenômeno social,
complexo e diversificado” tanto que, devido a sua abrangência, hoje não se idealiza o
turismo apenas como atividade de lazer, mas também permite a inserção de novas formas
de analisá-lo, mobilizando pessoas pelos mais variados motivos para os mais diversos
destinos.

Segundo Cavalcanti e Hora (apud Rejowski e Costa, 2003, p.222), “o crescimento da


atividade turística tem feito surgir novas modalidades e novos nichos de mercado”,
favorecendo a necessidade de uma maior integração entre teoria e prática para poder
coexistir tais modalidades.

Turismo é uma prática que corresponde ao deslocamento voluntário e temporário de


pessoas com um propósito definido, como descanso, lazer, negócios ou saúde. O turismo
pode ser doméstico ou internacional. (FERRETTI, 2002; DIAS, 2005).

O turismo é uma prática que se refere ao deslocamento voluntário e temporário de uma


pessoa ou grupo de pessoas partindo do local onde vivem em direção a outras localidades,
sejam elas dentro dos limites de um mesmo país ou não. Os motivos que levam a essa
movimentação são bastante pessoais e variam desde o desejo por conhecer novos espaços
e culturas até alguma necessidade específica, como consulta médica ou assuntos de
negócios.

Essa definição de turismo é semelhante àquela estabelecida pela Organização Mundial do


Turismo (OMT), uma agência especializada das Nações Unidas que tem como objetivo a
promoção de um turismo sustentável e acessível. De acordo com a OMT, o turismo é um
fenômeno que compreende três dimensões: social, cultural e econômica. A prática está
associada ainda com todas as atividades que os visitantes, chamados de turistas, realizam
na localidade de destino, o que inclui a movimentação financeira.

O desenvolvimento do turismo em cidades desestruturadas economicamente, que com sua


beleza própria exercem grande um magnetismo, pode provocar um excesso de demanda
e superdimensionamento de oferta, agredindo e descaracterizando o meio ambiente. Em
cada cidade ou localidade há uma subjetividade de critérios que passam a direcionar

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decisões quanto ao que deve e pode ser feito de maneira que atenda aos interesses das
partes envolvidas. As crescentes ondas de turistas nacionais e estrangeiros constituem
motivo de orgulho para alguns países, porque assim as metas quantitativas são alcançadas.
A exagerada afluência de turistas em espaços naturais e construídos deve ser controlada,
pois, além de certos limites, o excesso de visitantes pode anular as atrações que
motivaram sua viagem, perturbando o equilíbrio do local. Desta maneira, para o
gerenciamento e administração de atividades recreativas, o conceito de capacidade de
carga foi desenvolvido para se estabelecer o limite de um determinado espaço.

2.1.1. Tipos de turismo

A prática do turismo é caracterizada como voluntária no sentido de ser realizada de acordo


com a vontade do indivíduo, e não sob alguma imposição externa. Dessa forma, existem
inúmeras razões que fazem com que uma pessoa se desloque para outra localidade na
condição de turista, o que permite classificar o turismo em tipos.

Em primeiro lugar, pode-se diferenciar o turismo entre doméstico e internacional. O


primeiro tipo é aquele praticado dentro dos limites territoriais de um mesmo país e ocorre
quando a pessoa se desloca para outra cidade ou estado. Já o turismo internacional
consiste na visita a outro país.

Quando se trata de motivação, classifica-se o turismo em:

 De lazer ou recreação: tem como objetivo o descanso e o divertimento, sendo


esse o principal tipo de turismo praticado em todo o mundo.
 De negócios: é o turismo realizado por indivíduos, representando ou não alguma
empresa ou entidade, que têm como finalidade o estabelecimento de laços
comerciais, fechamento de negócios e contratos, realização de reuniões de
trabalho, dentre outras atividades semelhantes.
 Religioso: peregrinação de indivíduos ou grupos para locais sagrados, centros ou
eventos religiosos. Dentre as localidades onde o turismo religioso é realizado em
maior escala podemos citar Meca e Jerusalém, Vaticano, na Europa Central, e
Aparecida, no estado de São Paulo. Na Índia, a prática se concentra ao longo do
rio Ganges.
 Cultural: associado tanto ao conhecimento de novos costumes e tradições
culturais de outras populações, seja dentro ou fora de um estado ou país, bem

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como à visita a monumentos e locais históricos, museus, teatros, centros culturais,
eventos e estabelecimentos correlatos.
 De saúde: tem como finalidade a realização de tratamentos e a manutenção da
saúde física e mental, buscando a reabilitação ou o restabelecimento do bem-estar.
 Ecoturismo: motivado pelas paisagens naturais de uma determinada localidade e
pela vontade individual de obter contato maior com a natureza. Está atrelado, na
maioria das vezes, ao turismo de lazer.

O turismo moderno, caracterizado por fenômeno de massa, causa diversos efeitos nas
comunidades e nos centros receptores. Tradicionalmente, os pesquisadores têm
concentrado os seus estudos sobre a influência econômica do turismo e da recreação nas
destinações turísticas. Estes tendem a considerar a geração de divisas, a importância e as
características do gasto feito pelos turistas, a geração de emprego e o papel do turismo
como agente de desenvolvimento regional. Contudo, é evidente que a atividade turística
gera outros efeitos, principalmente ambientais, sociais e culturais (CASASOLA, 2003).

O crescimento acelerado do turismo, a partir da década de 50, provocou uma degradação


de recursos turísticos em todo o planeta (RUSCHMANN, 2008).

A mesma autora afirma que só a partir da década de 70 a qualidade do meio ambiente


começou a ganhar destaque como elemento do produto da atividade turística.

O exercício da atividade turística provoca impactos ambientais positivos e negativos,


envolvendo o ambiente natural, o ambiente transformado e o ambiente sociocultural. No
entanto, o ambiente natural é mais vulnerável aos impactos ambientais negativos do
turismo. Os impactos positivos do turismo decorrem do fato de esta atividade poder
subsidiar os custos de conservação do ambiente (BELTRÃO, 2001).

Outros impactos positivos do turismo são a conservação da herança cultural, o


fortalecimento da identidade cultural e o intercâmbio intercultural (DIAS, 2005).

Os principais impactos ambientais negativos do turismo são: poluição e contaminação de


cursos de água e de praias; poluição atmosférica, visual e sonora; desmatamento,
distúrbios à vida selvagem e perda de biodiversidade; congestionamento; compactação,
erosão e perda de fertilidade do solo; danos a monumentos, sítios arqueológicos, lugares
e construções históricas; choques culturais; transformação dos valores e condutas morais;

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difusão de epidemias; sexo, crime e mercantilização da cultura (FERRETTI, 2002; DIAS,
2005).

Os efeitos negativos do turismo podem ser evitados ou atenuados através de planejamento


turístico integrado, que considera aspectos tradicionais do planejamento (mercado,
econômicos, financeiros, técnicos e coordenação do território) e planejamento ecológico,
que inclui aspectos ambientais (CASASOLA, 2003).

O planejamento sustentável do turismo pode gerar conflitos durante seu desenvolvimento,


mas a compensação virá no futuro, com rentabilidade a longo prazo (VALLS, 2006).

2.2.Impactos ambientais do turismo ecológico

O turismo ecológico é conceitulmente entendido como uma forma de viajar que incorpora
tanto o compromisso com a proteção da natureza como a responsabilidade social dos
viajantes com o meio visitado. O turismo ecológico tem contribuído para mitigar os
impactos negativos das atividades turísticas sobre as localidades visitadas.

O turismo ecológico produz importantes impactos positivos para a atividade turística.


Contribui para a criação de áreas, programas e entidades de proteção ambiental.

As comunidades receptoras passam a sentir orgulho da beleza e originalidade dos recursos


naturais da sua localidade e das características culturais de sua comunidade. Passam a
fiscalizar as ações predatórias e atuar como guias turísticos.
O engajamento de ambientalistas nos programas de ecoturismo produz guias
comprometidos e instrutores na orientação e educação ambiental dos turistas e
comunidades locais. Estes ambientalistas muitas vezes tornam-se proprietários e
administradores dos seus próprios “lodges”.

Os impactos negativos das atividades ecoturísticas são muito parecidos com os do turismo
em geral. Poluição sonora, do ar, dos solos e das águas através do lançamento de efluentes
“in natura”, na ausência de estruturas de saneamento básico. Nesta dimensão também se
destaca a acumulação de resíduos sólidos (lixo) em vários locais.

O uso de sabonetes e detergentes em rios e cascatas compromete a qualidade das águas e


a sobrevivência de peixes ou da vegetação aquática em geral. Também podem ocorrer
contaminações de fontes e mananciais hídricos.

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Também são impactantes coletas de corais do mar, danificação de cavernas com
estalactites e estalagmites em área de grutas calcáreas. Pinturas e rasuras em rochas,
cavernas ou grutas onde os turistas querem registrar sua passagem. Alterações de
temperatura e umidade de cavernas, com aparecimento de fungos.
Pode ocorrer erosão de encostas por traçados inadequados ou falta de drenagem nas
trilhas, a caça e pesca ilegais, incêndios acidentais ou criminosos, desmatamento para a
construção de infra-estrutura. Turistas podem alimentar animais com produtos com
conservantes ou outras substâncias estranhas à dieta silvestre habitual, que podem
provocar desde doenças até a morte de indivíduos da fauna silvestre.

2.3.Impactos ambientais do turismo

Além de problemas que a grande maioria das pessoas consegue identificar facilmente,
como a poluição das águas em decorrência do excesso de visitantes ou a carência de
programas de conscientização voltados à população, os impactos negativos do turismo
vão muito além.

Como é possível perceber, nem sempre os prejuízos são óbvios, mas a exploração turística
irresponsável traz enormes danos aos recursos naturais e à comunidade local. Confira
alguns reflexos da falta de conscientização ambiental:

 Desmatamento de áreas com vegetação nativa para construção de hotéis e outros


complexos de lazer;
 Infraestrutura precária de saneamento básico, que contribui para a poluição das
águas e do lençol freático, levando a contaminação a atingir áreas ainda maiores;
 Carência de sistemas organizados de coleta seletiva, que faz com que diversos
resíduos, como canudos, garrafas e copos plásticos, sejam descartados de forma
irresponsável na natureza;
 Construção de represas e tanques destinados à piscicultura, que interferem no
curso natural dos rios e levam à pesca irresponsável;
 Falta de valorização da cultura, gastronomia e artesanato regionais;
 Descaracterização e desvalorização de comunidades locais.

Todas essas questões causam a degradação dos recursos naturais e comprometem o


ecossistema e a biodiversidade locais. Por essa razão, é fundamental que tanto os

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visitantes quanto os empreendedores que atuam no setor de turismo entendam a dimensão
dos problemas e busquem alternativas de preservação.

O acelerado crescimento do turismo nos anos 50 e o aperfeiçoamento do homem em


relação à natureza fizeram com que o processo de degradação ambiental aumentasse. "Os
indicadores apontam para um crescimento contínuo da atividade, em cerca de 4% a 5%
ao ano e conseqüentemente, os impactos sobre o meio ambiente também se intensificarão"
(RUSCHMANN, 1997, p.34).

Entretanto, no momento em que a atividade turística acontece, o ambiente é


inevitavelmente modificado. Os impactos ambientais advindos do turismo se dão devido
às modificações e transformações que essa atividade ocasiona no meio natural.

Como aponta (RUSCHMANN 1997), os impactos são resultados de um processo de


interação complexo entre os turistas, as comunidades e os meios receptores e não de uma
causa específica.

Com o grande aumento da indústria turística, houve a necessidade de aumentar e instalar


a infra-estrutura; como os meios de hospedagens, restaurantes, saneamento básico, etc.,
de forma inadequada sem saber os seus efeitos sobre o ambiente local. (CRUZ, 2003,
p.31), nos relata ainda que:

Os impactos do turismo em ambientes naturais estão associados tanto à colocação de


infra-estrutura nos territórios para que o turismo possa acontecer com a circulação de
pessoas que a prática turística promove nos lugares. (...) meios de hospedagem edificados
em áreas não urbanizadas bem como outras infra-estruturas a eles associados podem
representar riscos importantes de desestabilização dos ecossistemas em que se inserem.

A infra-estrutura é um componente importante para o turismo, mas sua estreita relação


entre os projetos turísticos e a qualidade do meio ambiente faz com que os impactos
ambientais negativos destes empreendimentos causem degradação ao meio
ambiente.

Sendo assim, os principais impactos negativos dos projetos turísticos:

 ·Aumento da geração de resíduos sólidos;


 ·Aumento da demanda de energia elétrica;
 ·Aumento do tráfego de veículos, com conseqüência redução da qualidade do ar;

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 ·Assoreamento da costa, devido às ações humanas, com destruições de corais;
 ·Aumento da utilização e da necessidade de abastecimento de água potável;

2.4.Medidas para minimizar os impactos do turismo

As medidas para minimizar os impactos causados pela atividade turística devem estar
inseridas num planejamento integrado de todas as ações. Começam pelos cuidados dos
impactos ambientais sobre a arquitetura e o planejamento, construção e operação dos
equipamentos turísticos. Estes equipamentos, bem como as construções de recreação e
lazer, devem estar integrados nas paisagens, tanto no estilo, como nos materiais e nas
cores.

Instituir serviços de zeladoria para garantir a preservação da fauna e flora. Implantar


programas de coleta seletiva eficientes, associados a programas de gestão de resíduos
sólidos que incluam minimização na geração dos resíduos e reciclagem.
Devem ser implantados controles sobre as águas naturais e procedimentos para tratamento
mínimo das águas servidas. Para isto usar instrumentos como a regulamentação legal de
parques e áreas turísticas e implantar vigilância adequada para evitar que se infrinjam
regulamentos legais.

Implantar programas de eficiência energética nos equipamentos turísticos, que podem


também estar incluídos nas regulamentações e normas a serem seguidas.
Instituir programas permanentes de educação ambiental de turistas e moradores das
regiões turísticas, enfocando também as ações de respeito e proteção aos sítios históricos
e de representatividade local. É necessário também implantar projetos de sinalização
turística e de comportamentos ambientais.

A preocupação em diminuir eventuais impactos de sazonalidade, com programas de


viabilização dos espaços para atividades múltiplas são providências muito adequadas para
toda a cadeia turística.

As áreas devem ser cercadas para controle do fluxo de pessoas. A delimitação da área
evitará também invasões de animais de propriedades vizinhas e danos aos equipamentos
e instalações. As propriedades vizinhas devem estar incluídas nos programas de
preservação e valorização

O turismo deve ser compatibilizado com as atividades originais da localidade, que


geralmente são uma motivação adicional. As ações devem estimular o turismo não

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tecnicista, como caminhadas, passeios de bicicleta, charrete ou animais de tração. Este é
o chamado lazer silencioso, que além de repousante para o turista, ajuda na proteção do
meio ambiente receptor.

Todas as pessoas envolvidas nos processos de transporte, recepção, prestação de serviços


e outros devem passar por processos permanentes de capacitação, atualização e melhoria.
Não adianta apenas fazer um treinamento sem manter a atualização dos recursos humanos
com as novas tecnologias e novas demandas que se apresentam.

2.5.Importância do turismo

O turismo é uma atividade econômica que tem ganhado mais espaço na economia
internacional e doméstica dos países de todo o mundo, contabilizando uma participação
cada vez maior na arrecadação de receitas e na composição do Produto Interno Bruto
(PIB).

É importante lembrar que o turismo está inserido no setor terciário da economia e não
compreende somente o translado propriamente dito, mas também o preparo para a viagem
e as atividades desempenhadas no local de destino, como a hospedagem, a alimentação,
o transporte local e o comércio. Dessa forma, existe todo um circuito econômico e cadeias
produtivas que giram em torno dessa prática e são por ela beneficiadas, direta ou
indiretamente. Além disso, o turismo é importante para a criação de emprego e geração
de renda para a população local.

A importância do turismo está atrelada ainda à preservação do espaço urbano e do


patrimônio cultural e natural de uma determinada localidade. Em muitos casos, como os
de cidades em que a movimentação de visitantes é intensa, a criação de infraestrutura
urbana ou a renovação e manutenção daquela já existente podem representar melhorias
diretas à população.

Para além disso, o turismo permite o conhecimento de novos espaços e vivências,


proporcionando maior contato com outras culturas e o desenvolvimento de novas relações
sociais.

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3. Conclusão

São cada vez mais pertinentes as preocupações locais e globais com a qualidade do meio
ambiente. Todos os segmentos produtivos da sociedade atual buscam atingir o que se
chama de “desenvolvimento sustentável”. As relações entre a atividade turística e o meio
ambiente, seus impactos e efeitos no patrimônio natural e construído, assim como na
sociedade, determinam a prosperidade da atividade turística e seu desenvolvimento sem
danos. O planejamento turístico deve ser direcionado de uma maneira ambientalista,
assegurando que a sociedade garanta sua sobrevivência sem exceder a capacidade de seu
meio ambiente, pois é deste que provêem os recursos e o contexto para a economia e o
desenvolvimento social. Sua proteção e sua melhoria devem ser os principais objetivos
de qualquer política de planejamento.

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4. Bibliografia

Lickorish, L.J. e Jenkins, C.L., 2000. Introdução ao turismo. Campus, p.87- 103.

Lickorish, L.J. e Jenkins, C.L., 2000. Introdução ao turismo. Campus, p.117- 131.

BARTHOLO JUNIOR, R; DELMARO, M; BADIN, L (Orgs). Turismo e


sustentabilidade no Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Garamond, 2005.

BELTRÃO, O. di. Turismo: a indústria do século XXI. Osasco: Novo Século, 2001.

CASASOLA, L. Turismo e ambiente. Tradução de Waldelina Rezende. São Paulo: Roca,


2003.

DIAS, R. Introdução ao turismo. São Paulo: Atlas, 2005.

FERRETTI, E. R. Turismo e meio ambiente: uma abordagem integrada. São Paulo: Roca,
2002.

MILLER JR, G. T. Ciência Ambiental. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

PARATY (Município). Secretaria de Turismo e Cultura. Plano diretor de


desenvolvimento turístico do Município de Paraty, 2003.

Becker, Dinizar Fermiano (Org.). Desenvolvimento sustentável: necessidade e/ou


possibilidade? 2. ed. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 1999.

Droulers, Martine e Milani, Carlos R. S. Desenvolvimento local e turismo em Tarrafal -


Cabo Verde. Paris: UNESCO, 2002

França, Sarah Lúcia Alves. Condomínios horizontais na zona urbana de Aracaju: uma
nova modalidade de segregação. In: Falcón, M. L. de O.; França, V. L. A. Aracaju: 150
anos de vida urbana. Aracaju: PMA/SEPLAN, 2005.

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e erosão costeira. In Anais do III Congresso da Associação Brasileira de Estudos do
Quaternário - ABEGUA, vol. 1, número 1, 9-14 de outubro de 2011, Armação de Búzios
– Rio de Janeiro.

Fonseca, V.; Vilar, J. W. C.; Santos, M. A. N.. Reestruturação territorial do litoral de


Sergipe. In: Vilar, J. W. C.; Araújo, H. M. de (Org.). Turismo, meio ambiente e turismo
no litoral sergipano. São Cristóvão: Editora UFS, 2010, 40-61.

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