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Maio/2011
2
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho é uma reedição do Texto Didático nº 3, editado pelo Departamento de Teoria
Econômica, da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Ceará, de maio de 1996.
Dado que desde aquele ano até agora nenhum texto veio aprimorar ou substituir o que escrevi em 1996,
torno-o público com a esperança que venha aprimorar os conhecimentos dos alunos de economia sobre
o tema.
Como o conceito de elasticidade é um dos mais usados instrumentos de análise que o economista dispõe
para efetuar seus estudos, vale congregar em um único texto os diversos teoremas e algumas aplicações
desse conceito tão importante.
Vale a princípio salientar que como é um conceito matemático, sua aplicação é universal e, em
economia, pode ser usado em qualquer situação onde haja a interação entre duas ou mais variáveis.
Por este motivo, neste trabalho resolvi reunir uma série de informações sobre o Conceito de Elasticidade
e suas aplicações.
O primeiro Item deste trabalho traz para o aluno quinze teoremas envolvendo o conceito de elasticidade,
mormente no campo de Microeconomia.
Os treze primeiros teoremas dizem respeito à função demanda; o Teorema 12 está vinculado à função
procura do trabalhador por hora trabalhada; os Teoremas 13 e 14 referem-se à função produção; e, o
Teorema 15 relaciona-se com a função utilidade.
Após a apresentação desses quinze teoremas, mostro no Item 2 algumas aplicações do Conceito de
Elasticidade ainda no campo da Microeconomia: a primeira diz respeito à relação curva de
oferta/utilização da capacidade produtiva no curto prazo. A segunda trata da relação curva de oferta da
indústria de longo prazo e o problema dos custos de escala. A terceira relaciona-se com a incidência do
imposto sobre consumidores e/ou vendedores.
No Item 3 apresento uma discussão sobre a Elasticidade de Substituição. Aqui são apresentados não só
o Conceito de Elasticidade de Substituição, como algumas características dessa elasticidade, e sua
importância para a Teoria Econômica.
Espero que o presente texto seja de alguma valia para os estudantes de Ciência Econômica.
Como já frizamos anteriormente, um dos conceitos mais utilizados em Teoria Econômica é o conceito
de elasticidade. Tomado emprestado à Física, o conceito de elasticidade é utilizado para medir a
variação relativa de uma variável, quando há uma variação relativa em uma variável que influencia a
variável que se está analisando.
Y = F(x)
%∆Y
__________
E Y,X =
%∆X
ou
∆Y
Y ∆Y ∆X ∆Y X
EY ,X = = . = .
∆X Y X ∆X Y
X
ou
dY X
EY ,X = .
dX Y
As três fórmulas medem a mesma coisa: a variação percentual na variável Y, quando há uma variação
percentual em X. As duas últimas expressões, se referem, respectivamente, ao caso onde temos
variações finitas e ao caso onde temos variações infinitesimais.
4
No presente trabalho apresentamos os mais conhecidos teoremas de aplicação do conceito de
Elasticidade em Teoria Econômica.
TEOREMA 1:
N P = a - bq
R E
α β = 180 - α
0 S M q
Então,
ME
Eq,p , no ponto E , é igual a
EN
DEMONSTRAÇÃO:
ME MS
=
EN 0S
ES SM
= tg (180 - α) ⇒ = Cotg (180 - α )
SM ES
SM
= cotg (180 - α ) = - cotg α
ES
Logo,
SM = - ES . Cotg α
ES = P e 0S = q
logo,
ME MS − ES .cot gα − P.cot gα
= = =
EN 0S q q
Entretanto
dq dP
Cotg α = , porque tg α =
dP dq
Logo,
dq
ME − P . dP P dq
= =− . = Eq ,P E
EN q q dP
COROLÁRIO
N
E > 1 ME = EN
B
E = 1
A E < 1
M q
6
Então:
MA
Eq,pA < 1 =
ME
ME
Eq,pE = 1 =
ME
Eq,pB > 1 =
MB
ME
TEOREMA 2 :
Então Eq,p = 1
DEMONSTRAÇÃO
Dado que
7
dq P
E q,P = .
dP q
1
e que q=
P
1 P
⇒ E q , P = − − 2 .
P q
1 P
E q , P = − − 2 .
P 1
P
Logo
1
Eq,p = - − 2 . P 2 = 1
P
Então
Eq,p = 1
DEMONSTRAÇÃO
Como
dq P
E q ,P = − .
dP q
1 P
= − R − 2 .
P 1
R
P
1 P2
= − R − 2 . =1
P R
TEOREMA 3:
Se q = constante, ou seja
8
p
qo q
⇒ Eq,p = 0
DEMONSTRAÇÃO:
Dado que
dq P
Eq , P = − .
dP q
⇒ E q,p = - 0 x P = 0 ⇒ Eq,p = 0
q
TEOREMA 4:
Po
⇒ Eq,p = ∞
9
DEMONSTRAÇÃO:
dq P
Eq , P = .
dP q
Sabemos que
dq = 1___
dP dP/dq
Então
Eq,p = 1 P = 1 P = P
dP/dq q 0 q 0
⇒ Eq,p = ∞
TEOREMA 5:
Dada a função
q = f(P)
então
nq,p = d (ln q)_
d (ln P)
DEMONSTRAÇÃO:
ln q = ln [ f(P) ] = f [ ln P ]
Façamos
ln q = u
ln P = v
Então
P = ev
10
Temos então
d (lln q ) = du
d (lln P ) dv
Mas
u = ln q = f [ ln P ] = f [ ln e v ]
Logo
u = f { q [ P (v)] }
Assim
du du dq dP
= . .
dv dq dP dv
1 dq v
= . .e
q dP
1 dq
= . .P
q dP
P dq
= .
q dP
ou seja
d ( lnq ) P dq
= .
d ( lnP ) q dP
TEOREMA 6 :
Se q = F(R) e R = f (Ed)
DEMONSTRAÇÃO
11
Sabemos que
Eq,Ed = dq . Ed
dEd q
e que
dq dq dR
= .
dEd dR dEd
Logo
dq dR Ed
Eq,Ed = . .
dR dEd q
dq dR Ed R
Eq,Ed = . . .
dR dEd q R
dq R dR Ed
Eq,Ed = . . .
dR q dEd R
Ou seja
TEOREMA 7 :
Dada a função
q = F ( x, y, z )
Onde
F ( x , y , z ) = f ( x, y , z ) + g ( x , y , z ) + h ( x , y , z )
Então
12
DEMONSTRAÇÃO:
E q,x = dq x_
dx q
Mas
dq df dq dh
= + +
dx dx dx dx
dq x df x dg x dh x
. = . + . + .
dx q dx q dx q dx q
df dg dh
.x + .x + .x
= dx dx dx
q
f df g dg h dh
x+ x+ x
dq x f dx g dx h dx
=
dx q q
df x dg x dh x
f. + g. + h.
dx f dx g dx h
=
q
Sabemos que
13
df x
E f ,x =
dx f
dg x
E g ,x =
dx g
dh x
E h ,x =
dx h
Logo
dq x f . E f , x + g. E g , x + h. E h , x
≡ Eq ,x =
dx q f + g+h
TEOREMA 8:
Se q = F ( x, y, z ) = f ( x, y, z ) . g ( x, y, z ) . h ( x, y, z )
Então
DEMONSTRAÇÃO:
Temos
dq = df . g . h + f . dg . h + f . g . dh
Logo,
dq df dg dh
= . g. h + f . . h + f . g.
dx dx dx dx
dq x df x dg x dh x
= . g. h. + f . . h. + f . g.
dx q dx f . g. h dx f . g. h dx f . g. h
df x dg x dh x
= + +
dx f dx g dx h
Logo
14
dq x
= Eq,x = Ef,x + Eg,x + Eh,x
dx q
COROLÁRIO:
f ( x, y, z)
g( x, y , z)
Se q = F (x, y, z ) =
Então
TEOREMA 9 :
DEMONSTRAÇÃO:
∂ x i P1 ∂ x i P2 ∂ x Pj ∂x P ∂x R
+ + ...+ i + ...+ i n + i =0
∂ P1 x i ∂ P2 x i ∂ Pj x i ∂ Pn x i ∂ R x i
Temos, então
ou
15
n
∑E xi , Pj + E xi , R = 0
j =1
TEOREMA 10 :
’ ’
x = f ( P, P ) , onde P = g (P)
onde
Então
E x,(p,p’) = E x,p + E x,p’ . E p’,p
DEMONSTRAÇÃO:
dx P
E x, (P,P’) =
dP x
Mas
dx = ∂x + ∂x . dP’
dP ∂P ∂P’ dP
Logo
E x,(p,P’) = ∂x P + ∂x dP’ P
∂P x ∂P’ dP x
∂x P ∂x P ' P dP '
E x ,( P , P ') = +
∂P x ∂P ' P ' x dP
∂x P ∂x P ' dP ' P
= +
∂P x ∂P ' x dP P '
mas, sabemos que
16
Ex,p = ∂x x_
∂P P
Ex,p’ = ∂x P’
∂P’ x
E p’,p = dP’ P_
dP P’
Então, teremos
TEOREMA 11:
RM e
E q,p =
RM e − RM a
DEMONSTRAÇÃO:
Sabemos que
R = P.q
dR = P . dq + g . dP
Então
dR dP
=q +P
dq dq
dR P dP q dP q dP
=q +P= P + P = P1 +
dq P dq P dq P dq
Mas
dP q 1 1
= =
dq P dq P − E
dP q
17
Logo
dR
dR 1 dq 1
= P 1 − ⇒ = 1−
dq E P E
dR dR
−P
dq 1 dq 1
−1= − ⇒ =−
P E P E
como
P P
E = ⇒E =
dR dR
− +P P−
dq dq
Logo
RM e
Eq,P =
RM e − RM a
TEOREMA 12:
Dada a função procura do trabalhador pela renda, R = f (S), e dado que o número de horas de trabalho
é H = R/S
Então
S dH
EH,S = = ER,S - 1
R dS
DEMONSTRAÇÃO:
Sabemos que
H = R_
S
Então
dR R dR
dH S dS − R dH R
S
dS
−R
= ou =
dS S2 dS S2
Então
S dR S dR
R − R R − 1
dH R dS R dS
= 2 = 2
dS S S
18
Mas
dH S R S dR S R S dR S 2
EH , S = = −1 = −1
dS H S 2 R dS R S S 2 R dS R
[
∴ EH , S = ER , S − 1 ]
TEOREMA 13:
Q = F ( K, L )
Então
∂ (lln Q) + ∂ (lln Q) = 1
∂ (lln K) ∂ (lln L)
Sabemos que
∂ (lln Q) = ∂ Q K
∂ (lln L) ∂K Q
e
∂ (lln Q) = ∂Q L
∂ (lln L) ∂L Q
Então, teremos
∂Q K ∂ Q L 1 ∂ Q ∂Q
+ = K+ L
∂K Q ∂L Q Q ∂K ∂L
∂Q K + ∂Q L = Q
∂K ∂L
Logo
∂(lln Q) + ∂(lln Q) = 1 Q = 1
19
∂(lln K) ∂(lln L) Q
TEOREMA 14:
Então
q = ∝ k + βl + ρ
Onde
∝ = EQ,K
β = EQ,L
DEMONSTRAÇÃO
∂Q ∂Q ∂Q
dQ = dL + dK + dT
∂L ∂K ∂T
dQ ∂ Q dL ∂ Q dK ∂ Q dT
= + +
Q ∂L Q ∂K Q ∂T Q
Logo
20
∂Q
dQ dL dK ∂ T dT
= EQ, L + EQ ,K +
Q L K Q
ou
q = l . EQ,L + K . EQ,K + ρ
TEOREMA 15 :
Dado
n
b) A Função de Restrição Orçamentária ∑PX
i −1
i i =R
Pi X i
d) As Proporções Orçamentárias : αi =
R
Então
n
i) ∑α E
i =1
i i = 1 (Agregação de Engel ou condição de aditividade)
obs: A agregação de Engel não pode ser obtida para a demanda compensada porque a renda não é
argumento da Função.
ii) ∑α e
i =1
i iR = −αR , k = 1,2,..., n (TEOREMA DE COURNOT)
n
obs: ∑ i =1
∝i eik = 0 , se for demanda compensada
DEMONSTRAÇÃO
i) Sabemos que
∂X i R
Ei =
∂R X i
21
logo, poderemos fazer
P1 X 1 ∂ X 1 R P X ∂X 2 R P X ∂X n R
α 1 E 1 + α 2 E 2 +...+α n E n = + 2 2 +...+ n n =
R ∂R X 1 R ∂R X 2 R ∂R X n
∂X 1 ∂X 2 ∂X n
= P1 + P2 +...+ Pn
∂R ∂R ∂R
∂X 1 ∂X 2 ∂X n
dR = P1 dR + P2 dR +...+ Pn dR
∂R ∂R ∂R
ou
∂X 1 ∂X 2 ∂X n
dR = dR P1 + P2 +...+ Pn
∂R ∂R ∂ R
∂X 1 ∂X 2 ∂ X n dR
⇒ P1 + P2 +...+ Pn = =1
∂R ∂R ∂R dR
n
⇒ ∑α
i =1
i Ei = 1
DEMONSTRAÇÃO
Pi X i
αi =
R
∂ X i PR
eiR =
∂ PR X i
n
R= ∑PX i i
i =1
∂X 1 ∂X 2 ∂X R ∂X n
⇒ X R = − P1 − P2 − ....− PR − ....− Pn
∂ PR ∂ PR ∂ PR ∂ PR
PK ∂ X 1 ∂X 2 ∂X R ∂X n
= P1 + P2 +....+ PR + ....+ Pn
R ∂ PR ∂ PR ∂ PR ∂ PR
n
∂X i
X R = − ∑ Pi , logo a expressão entre colchetes é igual a - Xk
i =1 ∂ PR
Logo,
( −Xk ) = − k k
n
Pk PX
∑α e i i =
R R
i =1
n
⇒ ∑e α ik i = −α k
i =1
23
2 - APLICAÇÕES DO CONCEITO DE ELASTICIDADE NA MICROECONOMIA
Sabemos que no curto prazo a curva de oferta da firma é a curva de Cma para P > P*, como no gráfico
abaixo
P* RMe = RMa
0 Q* Q
Entretanto, nem sempre a curva de CMa se apresenta como a do gráfico ora apresentado. Desta forma,
podemos ter os seguintes casos:
dQ P
ES = =0 ⇒ dQ = 0
dP Q
1
dQ P >
ES =
dP Q =< 1
1
P
CMa
CMe
P* = S
b) EQ , P = ∞
S
25
b) E QS , P > 0
b) E Q , P < 0
S
26
2. 3 - A ALASTICIDADE-PREÇO E A INCIDÊNCIA DE UM IMPOSTO SOBRE A
QUANTIDADE
Uma das questões mais discutidas em finanças públicas é a questão sobre quem recai um imposto
indireto: se sobre o vendedor ou se sobre o comprador.
Imaginemos o caso de um imposto sobre a quantidade. Imaginemos que o Governo estabeleça o imposto
de t reais sobre cada unidade vendida de um determinado produto. Quem arcará com este imposto?
A resposta depende das elasticidades-preço das curvas de oferta e demanda. Nos gráficos a seguir
mostramos essa dependência.
CASO A CASO B
P P
PC B
S
B’
PE E PC E
PV PE
A
D
PV
D A’
0 qt qE q 0 qt qE q
CASO A
t = AB = PC − PV
Como a curva de demanda é muito inelástica em relação à curva de oferta, então o imposto incidirá
quase totalmente sobre o comprador.
CASO B
t = A' B ' = PC − PV
27
Como a curva de demanda é muito elástica em relação à curva de oferta, então o imposto incidirá
principalmente sobre o vendedor.
ES ED
α = ou β =−
ES − ED ES − ED
Onde,
ED = Elasticidade-Preço da Demanda
ES = Elasticidade-Preço da Oferta
Dadas, por exemplo, duas diferentes curvas de demanda (em termos gráficos) será possível dizer qual
delas é a mais elástica?
Para responder a esta pergunta tomemos duas curvas de demanda retilíneas e paralelas (o caso mais
simples) :
28
P
D1 D0 = a0 + b0 P
D1 = a1 + b0 P
P1 D0 C
P0
D0 D1
q0 q1 q
Pode-se, então, concluir que E0 > E1 para qualquer nível de preço ? A resposta é não. E isto se pode
explicar por dois caminhos:
1) De acordo com o Teorema 1 nos pontos em que as curvas cortarem os eixos (vertical e
horizontal) as elasticidades seriam iguais ( E0 = E1 = ∞ e E0 = E1 = 0 )
2) No lugar de começarmos a discussão fixando o nível inicial dos preços, suponha que fixemos as
quantidades iniciais, digamos, no ponto q0. Dada uma variação qualquer de preços, teríamos.
29
dq P0 dq P0
E0 = . e E1 = .
dP D0 q0 dP D1 q1
Como
dq dq
=
dP D0 dP D1
teríamos
E0 < E1 , já que P1 > P0. Vale salientar que, novamente, nos pontos em que as curvas de
demanda cortassem os eixos, teríamos:
E0 = E1 = ∞ e E0 = E1 = 0
Para os outros casos especiais ( Teorema 2, 3 e 4), dados duas curvas de demandas paralelas, suas
elasticidades seriam sempre iguais entre si.
Suponhamos agora que temos duas curvas de demanda, retilíneas, porém não paralelas, como no gráfico
abaixo.
p
D
MA = AN
M D1
DB = BE
D0
C
Po A
D0 D1
qo q1 n E q
30
Se raciocinarmos em termos dos casos dos Teoremas 3 e 4, seriamos tentados a afirmar que D1
seria mais elástica que D0 . Esta afirmação seria verdadeira?
Com o auxílio do que foi exposto no Teorema 1 será fácil mostrar que para o nível de preço P0,
a curva de demanda D0 é mais elástica que a curva de demanda D1 , pois, naquele ponto,
teremos:
EDO = 1 e ED1 < 1
E, novamente, nos pontos em que as curvas de demanda cortassem os eixos, ter-se-ia.
Desta forma, a análise gráfica da demanda é bastante frágil no que diz respeito à comparação de
elasticidades entre duas curvas, razão por que tais comparações devem ser analisadas com
bastante cuidado. Assim, deve-se tomar as explicações, por exemplo, sobre as consequências
das desvalorizações cambiais apresentadas nos livros-textos de Economia Internacional apenas
como um expediente didático do qual o autor lança mão para facilitar sua explanação. Uma
análise mais rigorosa exige o conhecimento das curvas de demanda a serem comparadas.
31
3 - A ELASTICIDADE DE SUBSTITUIÇÃO
3. 1 - CONCEITO
Denomina-se “Elasticidade de Substituição” entre dois bens à relação entre a variação percentual da
relação entre as suas quantidades consumidas, quando a taxa marginal de substituição entre eles varia de
1%.
A análise do gráfico abaixo permite-nos dizer que a Elasticidade de Substituição mede de quantos por
y dy
cento varia a tgα = quando a tgβ = − varia de 1%.
x dx
α β
A expressão analítica para a Elasticidade de Substituição pode ser escrita da seguinte maneira:
d(y/x)
y/x
ES = ____________
d ( dy / dx )
dy / dx
onde:
dy
x, y são as quantidades consumidas, é a Taxa Marginal de Substituição entre x e y.
dx
32
Podemos fazer
y
xd
x dy dx
ES = .
y d ( dy dx )
dy
x − y
x dx 2
x
dy dx
= . 2
y d y dx 2
x dy - y
dx
__________________
x
_____________________________
= . _ dy / dx__
2 2
y d y / dx
dy ( x dy - y )
dx dx
________________________
=
2
xy d y
2
dx
ou seja
dy ( x dy - y )
dx dx
_____________________
ES =
2
xy d y
2
dx
33
Temos que
dy ( x dy - y )
dx dx
________________________
ES =
2
xy d y
2
dx
ii. A Proposição da Taxa Marginal de Substituição ser decrescente (Teoria do Consumidor) ou TMST
decrescente (Teoria da Produção).
Temos, então:
dy
Axioma da Não-Saciedade ⇒ < 0 , porque UX , UY > 0 no caso da Teoria do Consumidor
dx
dK
ou < 0
dL
d 2y d 2K
Taxa Marginal de Substituição Decrescente ⇒ > 0 ou > 0
dx 2 d L2
ES > 0
a) Se a função é da forma
34
x1 x 2 xn
q = min , , ... ,
x2 x2 x2
ou seja, apresenta proporções fixas, o que implica não haver substituição possível entre as variáveis,
então, teremos:
x2
dx 2
e ES = 0 porque =0
dx1
x1
x2
d 2 x2
e E S = ∝ , porque =0
dx12
x1
35
3. 3. 1 - TEORIA DO CONSUMIDOR
U = u ( x,y )
0
U = u ( x,y )
0
dU = Ux + Uy dy = 0
dx
dy = - Ux
dx Uy
2 0 2 2
d U = Uxx + 2U xy ( dy ) + U yy ( dy ) + Uy d y = 0
2
dx dx dx
2
d y =- 1 [ Uxx + 2U xy ( dy ) + U yy ( dy )
2
]
2
dx Uy dx dx
ou
2
d y = - 1 [ Uxx + 2U xx ( - Ux ) + Uyy Ux
2
]
2 2
dx Uy Uy Uy
36
1 U xx U y2 − 2U x U y U xy + U yy U x2
=− 2
Uy U y
=−
1
U y3
[U xx U y2 − 2U x U y U xy U x2 ]
dy ( x dy - y )
dx dx
________________________
ES =
2
xy d y
2
dx
2
Podemos substituir dy e d y pelos seus valores, obtendo
2
dx dx
Ux .Uy [ x Ux + yUy ]
_____________________________________________________
ES =
[ Uxx U2y - 2Uxy Ux Uy + Uyy U2x ]
3. 3. 2 - TEORIA DA PRODUÇÃO
Q = q (K, L)
Q K Q L ( K.Q K + L Q L )
________________________________________________________________
ES = -
K.L ( Q Q2 - 2Q Q Q + Q Q2 )
KK L KL K L LL K
A propriedade que apresentarei abaixo é válida para qualquer tipo de função homogênea linear.
Entretanto, como ela é mais universalmente aplicada para as funções de produção, restringir-me-ei a
esse tipo de função.
TEOREMA:
Q = q (K,L)
QK . QL
______________________
ES =
Q.Q
KL
Demonstração:
2 2
∂ Q = L . ∂ Q
2
∂K K ∂K ∂L
〉 ( 4a Propriedade)
2 2
∂ Q = - K . ∂ Q
2
∂L L ∂L ∂K
Sabemos que
Q K Q L (K Q K + L Q L )
______________________________________________________________
ES =
2 2
K.L ( Q Q - 2Q Q Q + Q Q )
KK L KL K L LL K
K QK + L QL ; Q KK e QL
obteremos
QK QL . Q
______________________________________________________________________
ES =
K.L [ - L Q ]
2 2
Q - 2Q Q Q - K Q Q
KL L KL K L KL K
K L
QK QL .Q
______________________________________________________________
ES = -
Q [ - L 2 Q 2 - 2KL Q Q - K 2 Q 2 ]
39
KL L K L K
QK QL .Q
____________________________________________________________
=
Q [ L 2 Q 2 + 2KL Q Q + K
2
Q
2
]
KL K L K
QK QL .Q
________________________________________
=
Q [(LQ + KQ )2 ]
KL L K
QK QL . Q
_______________________
=
2
Q Q
KL
Assim,
QK.QL
_______________
ES =
Q.Q
KL
a) COBB - DOUGLAS
β 1- β
Q= α K L , 0< β <1
Então,
ES = 1
Demonstração:
Q . Q
K L
40
_________________
ES =
Q . Q
KL
Temos, então:
β -1 1- β
∂Q = α β K L
∂K
β -β
∂Q = α (1 - β) K L
∂L
β -1 -β
2
∂ Q = α β (1 - β) K L
∂K ∂L
Então
β -1 1- β β -β
αβK L α (1 - β ) K L
___________________________________________________
ES =
β 1- β β -1 -β
αK L α β (1 - β ) K L
donde
ES = 1
b) C.E.S.
-δ -δ - 1
δ
Q = α [ βK + (1 - β ) L ]
Então
1
41
___________
ES =
1 + δ
Demonstração:
Q Q
K L
_______________
ES =
Q.Q
KL
Temos
-δ -δ - 1 -1
δ
∂Q = α (-1 ) [ βK + (1 - β) L ] x
δ
∂K
- δ -1
x β(-δ)K
( - δ -1) -δ -δ -1-δ
δ
∂Q = α β K [βK + (1 - β ) L ]
∂K
-δ -δ -1-δ -δ -1
δ
∂Q = α(-1 )[βK + (1 - β ) L ] . (1 - β ) ( - δ) L
∂L δ
-δ -1 -δ -δ -1-δ
δ
= α (1 - β ) L [βK + (1 - β) L ]
- δ -1 -δ -δ -1 -δ -1
2 δ
∂ Q = α (1 - β) L ( -1 - δ ) [ β K + (1 - β ) L ] x
∂K ∂L δ
42
-δ -1
x β(- δ)K
-δ -1 -δ -1 -δ -δ -1-δ-δ
δ
= α (1 - β ) (1 + δ) β L K [βK + (1 - β) L ]
Temos então
-δ -1 -δ -δ -1-δ -δ -1 -δ -δ -1-δ
δ δ
αβK [βK + (1 - β) L ] α (1 - β)L [βK + (1 - β) L ]
________________________________________________________________________________________________________
ES=
-δ -δ -1 -δ -1 -δ -1 -δ -δ -1-δ-δ
δ δ
α [β K + (1- β) L ] α (1 - β)(1+ δ)β L K [β K + (1 - β) L ]
Assim,
-δ -δ -1-δ-1-δ
δ
[βK + (1 - β) L ]
___________________________________________________
ES =
-δ -δ -1-δ-1-δ
δ
(1 + δ) [ β K + (1- β ) L ]
E, portanto.
1
________
ES =
1+δ
3. 4 - IMPORTÂNCIA
Sabemos que
43
Px + d = R → equação de orçamento
ux Px
_____
= _____
= P → condição de equilíbrio
ud 1
P(xu x + dud) - Pu d R
______________________________________ _______________________________________
ES = - =
2 2
x d ( u xx - 2 Pu xd + P u dd ) xd ( u xx - 2Pu xd + P u dd )
R ∂x
_______ . _________
E =
R
x ∂R
Mas o efeito-renda,
Pu dd - u xd
∂x ___________________________________
=
2
∂R u xx - 2 u xd + P u dd
Logo
R Pu dd - u xd
_____ . __________________________________
ER =
2
x u xx - 2u xd + P u dd
44
Sabemos também que
Ep = -P ∂x_
x ∂P
ud Pu dd u xd
∂x __________________________________ __________________________________
= - x
2 2
∂P u xx - 2Pu xd + P u dd u xx - 2Pu xd + P u dd
Assim, teremos:
Pu dd - u xd P ud
E p = P ________________________ - ____ _______________________
x
2 2
u xx - 2Pu xd + P u dd u xx - 2Pu xd + P u dd
Assim teremos
ud Pu dd - u xd
R E p = -R _P_ ______________________ + R P ______________________
x
2 2
u xx - 2Pu xd + P u dd u xx - 2 Pu xd + P u dd
45
-Pu d R
d E S = d ___________________________
xd ( u xx - 2Pu xd + P2 u dd )
Pu dd - u xd
Px E R = Px _R_ ______________________
x
2
u xx - 2u xd + P u dd
donde
REP = dES + Px E R
Isso significa que a procura de um bem é tanto menos elástica (com relação ao preço)
quanto mais essencial for o bem.
Isso significa que a procura de um bem é tanto mais elástica, em relaçào ao seu preço,
quanto maior for a substitutibilidade do bem.
d Px
⇒ ES + E <0
R R R
como E S > 0 então E R deverá ser negativa e a elasticidade de substituição deve ser muito baixa
ou o bem deve pesar muito no orçamento do consumidor.
Suponha que tenhamos uma função de produção que apresente rendimentos constantes de escala.
Q = F (K,L)
sabemos que
FK FL
εS =
QFKL
Façamos
k = K
L
Então
∂Q = L df dk = L f ’ (k) 1 = f ’(k)
∂K dk dk L
47
= - k f ’(k) + f(k)
Sabemos que
b) por definição
E S = d(ln k)
d(ln R)
mas
donde
1 1
d [ln R ] = [f ’(k) - k f ”(k)-f ’(k) ] - f ”(k)
dk f(k) - kf ’(k) f ’(k)
= -k f ”(k) - f ”(k)
f(k) - kf ’(k) f ’(k)
= - f ”(k) f(k)______
f ’(k) [ f(k) - kf ’(k) ]
então:
_1_
k f ’(k) [ f(k) - kf (k) ]
______________________________ _____________________________
ES = d (ln k) = =
d (ln R) f ”(k) f(k) k f ”(k) f(k)
________________________
sabemos que
⇒ E S > 0.
chamemos agora
w = ∂Q = [f(k) - k f ’(k)]
∂L
ρ = ∂Q = F’(k)
∂K
então teremos
q = f(k) ⇒ dq = f ’(k)
dk
dq = - f ’(k)_
dw kf ”(k)
w ↑ ⇒ k ↑ porque w ↑ ⇒ q ↑ ⇔ k ↑
Teorema:
Então:
iii) se E S = 1 ⇒ dπ = 0, dπ = 0
dk dw
Prova:
50
kf ( k )
,
d
f (k) f ( k ) [ k f ,, ( k ) + f , ( k ) ] − k ( f , ( k ) )
2
dπ
= =
dk dk ( f ( k )) 2
=
1
( f ( k )) 2 [kf ( k ) f ,,
( k ) + f ( k ) f , ( k ) − k ( f ' ( k ))
2
]
[ f ' ( k )( f ( k ) − k f ( k ) ) + k f ( k ) f ,, ( k ) ]
1
= = ,
( f ( k )) 2
1 f ( k )( f ( k ) − k f ( k ) ) k f ( k ) f ,, ( k )
, ,
= +
f (k) f (k) f (k)
1 f ( k )( f ( k ) − k f ( k ) )
, ,
= + k f ,, ( k )
f (k) f (k)
ou
d π kf ( k ) f
,, ,
( k )[ f ( k ) − kf , ( k )]
= + 1
dk f (k ) kf ( k ) f ,, ( k )
então
dπ
=
k
dk f ( k)
[
− f ,, ( k) (ε S − 1) ]
As invenções são ditas Solow-neutras se o produto por trabalhador é invariante a uma constante taxa de
salário.
1a Definição: Invenções são neutras no sentido de que a elasticidade de substituição dos fatores é
não-afetada a uma razão constante capital-trabalho.
ou seja
y x ( y - xy x )
σ (x) = _____________
, ∂σ(x)/ ∂t = 0
-x yy xx
A condição Hicks neutralidade é condição suficiente, mas não necessária a fim de que a elasticidade de
substituição seja constante a uma razão constante capital - trabalho.
∫ dy
∫ σ ( y )∂lny
x = A ( t )e y − B (t )e
Período de 1940 a 1959 : a) emprego no setor manufatureiro, como uma percentagem do emprego
real, caiu de 9.4% para 8.9%.
b) Produto manufaturado subiu em 144%, e o setor industrial teve um
aumento na sua participação relativa do produto total de 23,4% para
25,4%.
De acordo com a “escola estruturalista” esse fenômeno é determinado pela limitada possibilidade de
substituição de fatores, pela importância de firmas estrangeiras que utilizam a tecnologia de seus países
de origem (“labor-saving” , na maioria dos casos) etc. Nesse caso os preços relativos dos fatores são de
pouca importância.
A escola “mercantilista” argumenta sobre a importância dos preços relativos dos fatores em determinar
as quantidades dos diferentes fatores empregados. Para essa escola as distorções introduzidas nos
mercados de fatores pelas políticas governamentais são as causas principais para esse declínio da
absorção de mão-de-obra.
O autor se propõe estimar diferentes elasticidades de substituição, para avaliar o argumento da escola
estruturalista.
Em termos empíricos, que tipo de função de produção podemos assumir para um estudo dessa natureza?
Pode-se trabalhar, por exemplo, com duas funções bastante conhecidas na literatura econômica.
α 1- α
Q = AK N
Ou
53
A Função de Leontief:
x1 x 2 xn
q = min , , ... ,
x2 x2 x2
No caso da Função Cobb-Douglas, temos que ES = 1. Assim, esta função pressupõe ilimitadas
possibilidades de substituição.
Quanto à Função de Leontief, temos que ES = 0. Portanto não existe substituição possível, quando
há somente um processo produtivo.
Nesse caso os preços dos fatores são irrelevantes para o emprego dos fatores produtivos. O emprego
desses fatores é determinado exclusivamente pela tecnologia.
No entanto, na medida em que ES > 0 , os preços relativos dos fatores são determinantes do emprego
dos fatores.
Uma outra possibilidade de se trabalhar seria com uma função que não é tão conhecida como as duas
acima mencionadas.
A Função CES
-1
ρ
V= σ[ δK
-ρ -ρ
+ (1- δ) L ]
σ = coeficiente de eficiência
ρ = coeficiente de substituição
δ = coeficiente de distribuição
Hipóteses:
1 − δ (V )
ρ +1
∂V
ρ +1
dK ∂ L σρ ( L) 1− δ K
= = ρ +1 =
dL ∂V δ V δ L
∂K σρ K
ou
K
ln ( dK ) = ln ( 1- δ ) + ( ρ + 1) ln ( )
dL δ L
1
ES = _ __
1+ ρ
como dK = w
dL r
podemos fazer
ln ( w ) = ln ( 1 - δ ) + ( ρ + 1) ln ( K )
r δ L
onde
ES = 1__
ρ +1
podemos fazer
55
ρ +1
1 − δ V 1− δ V
= w ⇒ l nw = l n ρ + ( ρ + 1) l n
σ ρ L σ L
1 1− δ 1 V
⇒ l nw = l n ρ + l n
ρ +1 σ ρ + 1 L
V 1 1− δ 1
⇒ l n = − l n ρ + l nw
L ρ + 1 σ ρ + 1
ou
ln ( V ) = ln a + b ln w
L
onde
1 1 − δ
l na = − l n
ρ + 1 σ ρ
1
b= = ES
ρ +1
HIPÓTESE PRINCIPAL:
B ≡ SBPC/C = 0 = πX X - πM M
onde
DEFINIÇÕES:
dX PX
1. εX = , Elasticidade-Preço da Oferta de exportações do País
dPX X
dX π X
2. ηX = − , Elasticidade-Preço da Demanda pelas exportações do País
dπ X X
dM π M
3. εM = , Elasticidade-Preço da Oferta das importações do País
dπ M M
dM π M
4. ηM = − , Elasticidade-Preço da Demanda por impotações pelo País
dπ M M
5. PX = tπ M
PM = tπ X
57
onde
t = Taxa Cambial
PERGUNTA:
TESE:
DEMONSTRAÇÃO:
Dado que
B ≡ SBPC/C = πX X - πM M = 0
Teremos
dB = d πX .X + πX dX - d πM .M - πM dM = 0 (1)
PX = t. πX e PM = t. πM ,
ln PX = ln t + ln πX
ln PX = ln t + ln πM
poderemos fazer
1 1 1
dPX = dt + dπ
PX t πX X
1 1 1
dPM = dt + dπ
PM t πM M
Ou seja
58
P$ X = t$ + π$ X (2)
P$ M = t$ + π$ M ( 3)
Mas
dX π X 1 η 1
ηX = − = − X$ ⇒ − $X =
X dπ X π$ X X π$ X
X$
⇒ π$ X = − (4 )
ηX
dM π M 1 ε 1
εX = = M$ ⇒ $M =
M dπ M π$ M M π$ M
M$
⇒ π$ M = ( 5)
εM
dX PX 1 ε 1
εX = = X$ $ ⇒ $X = $
X dPX PX X PX
X$ X$
⇒ P$X = ⇒ X$ = P$X ε X ⇒ P$X = ( 6)
εX εX
dM PM 1 η 1
ηM = − = M$ $ ⇒ − $M = $
M dPM PM M PM
M$ M$
⇒ P$M = − ⇒ M$ = − P$M η M ⇒ P$M = − (7 )
ηM ηM
ε X PX η M P$M
π$ X = − e π$ M = −
ηX εM
Logo,
59
ε X ( t$ + π$ X ) η M ( t$ + π$ M )
π$ X = − e π$ M = −
ηX εM
Desta forma
π$ X η X = − ε X t$ − π$ X ε X ⇒ π$ X η X + π$ X ε X = − ε X t$
⇒ π$ X (η X + ε X ) = − ε X t$
ε X t$
⇒ π$ X = − (8)
ηX + εX
π$ M ε M = −η M t$ − π$ M η M ⇒ π$ M ε M + π$ M η M = −η M t$
⇒ π$ M ( η M + ε M ) = −η M t$
ηM
⇒ π$ M = − t$ ( 9)
ηM +εM
como, entretanto,
P$ X = t$ + π$ X e P$ M = t$ + π$ M
Poderemos fazer
dB = d πX .X + πX dX - d πM .M - πM dM = 0
Poderemos fazer
π π
DB = dπ X + π X dX − dπ M −π dM = 0
X M
π X
X
π M
M M
dX π
= π$ X . π X +π − π$ M . π .M − MdM = 0
M
X X .X M
X M
= π$ X . π X X +π X X . X$ − π$ M . π M .M −π M . M . M$ = 0
=π X . X [π$ X + X$ ] − π M . M [π$ M + M$ ] = 0
εX ηM
DB = π X . X − t$ + ε X P$ X − π M . M − t$ − P$ M η M = 0
ε X +η X ε M +η M
ε X t$ ε X η X t$ η M t$ ε M η M t$
DB = π X . X − + − π M . M − −
εX +ηX εX +ηX ε M +ηM εM +ηM
ε X (η X − 1) −η M ( ε M + 1)
= π X . X . t$ − π M . M . t$
ε X + η X ε M + η M
ε (η − 1) −η M ( ε M + 1)
DB = π X . X . t −
X X
$
εX +ηX εM +ηM
Podemos fazer
lim ε (η − 1) −η M ( ε M + 1)
− =
X X
ε X ,ε M → ∞ ε X + η X ε M + η M
ε ε M
( η X − 1) η M
1
X
+
lim εX ε M ε M
+ =
ε X ,ε M → ∞ ε X η X εM ηM
ε +ε εM εM
+
X X
1
η M 1 +
lim ηX − 1 + εM
= η X − 1+ η M
ε X ,ε M → ∞ ηX ηM
1 + 1 +
εX εM
ε X (η X − 1) η M ( ε M + 1)
+ > 0
εX +ηX εM +ηM
⇒ ηX + ηM - 1 > 0
Isto é, para que uma desvalorização cambial seja benéfica (no sentido de aumentar o saldo do Balanço
de Pagamentos) para um país, necessário se faz que a soma das Elasticidades-Preço das demandas no
Comércio Internacional seja maior do que um !
62
Observações:
Notemos, entretanto, que esta condição é baseada em hipóteses que nem sempre serão verdadeiras, tais
como:
πX X = πM M
εM = ∝ e εX = ∝
Observação final