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Refrigeração industrial

Dimensionamento das
tubulações frigoríficas

Tubulação é conjunto de tubos que interligam os vários componentes de uma


instalação frigorífica e por onde circula o fluido refrigerante.

As tubulações frigoríficas de um sistema de refrigeração industrial possuem


características relevantes ao bom funcionamento do sistema, pois as mesmas devem
garantir o escoamento do fluido refrigerante saturado em seu estado físico que se
encontra, garantindo a energia do fluido nas trocas de calor, bem como o escoamento
de óleo que migra no interior do equipamento.

Características das linhas de refrigerante

Problemas de ineficiência encontrados em condensadores ocorrem muitas vezes por


causa de interligações mal projetadas entre eles e os compressores (linha de
descarga) e entre eles e o recipiente de líquido. A seguir, algumas recomendações de
projetos para estas interligações:
• A conexão da linha de descarga dos compressores no coletor principal da descarga
deve ser feita com inclinação máxima de 45°. Este deve ser o ponto mais alto da
instalação;
• As válvulas de retenção nas saídas dos compressores, após os separadores de
óleo, devem ser instaladas no topo de cada linha de descarga antes do coletor
principal;
• É necessária uma pequena inclinação (2%) na linha de descarga entre os
compressores e os condensadores. O encaminhamento da linha de descarga deve
ser sempre um plano descendente (nunca se deve criar “sifões” na linha os quais
provocam o acúmulo de óleo), e a alimentação para os condensadores deve ser
sempre de cima para baixo, com a conexão de alimentação para os condensadores
conectados no fundo do coletor principal. A mesma inclinação é necessária na linha
de líquido condensado entre os condensadores e recipiente. Uma vez equalizada a

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pressão no sistema essa inclinação é importante para garantir o fluxo por


gravidade;
• É absolutamente necessária uma linha de equalização entre a linha de descarga e
o recipiente de líquido para se garantir um fluxo por gravidade entre condensadores
e recipiente e evitar acumulo de condensado nas linhas de vapor quando da parada
do sistema ou contra-fluxo de vapor nas linhas de condensado;
• As válvulas localizadas na saída dos condensadores devem estar instaladas na
direção do fluxo vertical e num nível 300 mm abaixo da conexão de saída dos
condensadores. De outra forma (instalação no fluxo horizontal), caso haja presença
de vapor, muitas válvulas devido à sua forma construtiva permitem a formatação de
um bolsão de vapor que provoca uma redução da seção de passagem do fluxo. A
altura é necessária de forma a garantir um ganho de pressão do líquido
condensado a fim de vencer a perda de pressão na válvula;
• As linhas de saída de líquido do compressor devem ter uma altura mínima de 1500
mm até o coletor condensado, e a interligação de cada linha com o coletor de
condensado de ser feita através de sifão, caso a alimentação junto ao recipiente
seja feita acima do mesmo.

Todas estas recomendações visam evitar o acumulo de líquido/ ou contra-fluxo de


vapor nas serpentinas dos condensadores, os quais geram uma grande ineficiência
nos condensadores. A seguir alguns esquemas de interligações nos condensadores
retirados do livro “ASHRAE Refrigeration Handbook – 1998” (15), o qual trata das
recomendações fornecidas para as instalações de refrigeração acima mencionada.

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Esquema de interligação entre condensador evaporativo e recipiente

Outro detalhe importante é o sub-dimensionameto nas linhas de refrigeração que


podem provocar os seguintes problemas:
• Linha de Descarga: aumenta a pressão de descarga e conseqüentemente o
consumo de potência, mas a conseqüência operacional mais séria é o aumento
da temperatura de descarga que provoca um maior arraste de óleo;
• Linha de Sucção: provoca a diminuição da pressão de sucção, o aumento do
volume específico do vapor da sucção e a diminuição da capacidade efetiva do
compressor. Principalmente em baixas temperaturas, pequenas perdas de
pressão podem significar perdas sensíveis de capacidade;
• Linha de Líquido: pode provocar a formação de “flash-gas”*( evaporação do
líquido) antes da válvula de expansão, o que reduz sensivelmente a capacidade
da válvula, reduzindo também a capacidade efetiva do sistema.

Para que isso possa ser amenizado a tubulação é estudada sob vários aspectos: perda
de pressão, dimensionamento, materiais utilizados e traçados geométricos.

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Perda de pressão

A perda de pressão (∆p) provocada por ficção no interior de um tubo cilíndrico, para
fluidos homogêneos, traduz-se pela equação de Darcy-Weisbach:

L V2
∆P = f × ×ρ× , onde;
D 2
∆p = perda de pressão (Pa)
f = fator de fricção (ábaco de Moody)
L = comprimento de tubo (m)
D = diâmetro interno do tubo (m)
ρ = peso especifico do fluido á temperatura média do escoamento (kg/m3)
V = velocidade média do fluido (m/s)

O fator de fricção (f) é função da rugosidade do tubo e das características do


escoamento.
As características do escoamento são definidas pelo número de Reynolds (Re).

VD
Re = ρ × (µ = Viscosidade dinâmica em Pa. s)
µ
Então:

Re, ε
f =f× com ε = rugosidade absoluta
D

Normalmente, os valores de f se apresentam no diagrama de Moody.

Em refrigeração quase todos os escoamentos são turbulentos e a rugosidade da


parede interna dos tubos é expressa em tabelas específicas.

Tabela: Rugosidade de tubo


Rugosidade absoluta da superfície
Material µm
Tubo comercial de latão, chumbo, cobre ou plástico 1,5
Tubo de aço e ferro 45
Tubo de aço e ferro galvanizado 150
Tubo de ferro fundido 250

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Exemplo de cálculo

Calcular a perda de pressão por metro de comprimento de tubo de aço para uma
vazão de 0,12kg/s de NH3 no estado de vapor saturado a –10ºC.
Diâmetro nominal do tubo = 3”
Solução:
VD
Re = ρ ×
µ
ρ = 2,398kg/m3
D = 0,0748m
S1 = 0,00439m2 (área interna transversal do tubo)
V = 11,43m/s
µ = 8,79 . 10-6 Pa.s

(11,43 x 0,0748)
Re = 2,398 × = 2,33.105
0,00000879

ε 45 × 10 −6
= = 6,02.10 − 4
D 0,0748

Do gráfico de moody f = 0,019

A perda de pressão para 1,0m, será:

L V2 1,0 11,43 22
∆P = f × ×ρ× = 0,019 × × 2,398 × = 39,8Pa
D 2 0,0748 2
∆p = (0,000398 bar)

Dimensionamento

Dimensionar tubulação em refrigeração consiste em otimizar os aspectos técnicos e


aspectos econômicos.

Aspectos técnicos:
• A perda de pressão é o fator fundamental no dimensionamento de tubulação.
Conforme a localização da tubulação no sistema frigorífico, assim as
conseqüências;

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• Na tubulação de sucção a perda de pressão reduz a eficiência do ciclo frigorífico;


• Na tubulação de descarga a perda de pressão reduz a eficiência do ciclo frigorífico
(influência menor que na sucção);
• Na tubulação de líquido a perda de pressão pode originar evaporação de líquido
(liquid flashing) reduzindo o fluxo de fluído refrigerante através da válvula
expansora;
• Para frigorígenos miscíveis com óleo, a velocidade deve ser suficientemente
elevada para provocar arraste do óleo.

2'
3 2 ∆p desc.
∆p liq. 2"
3"

4 1 ∆p suc.
1'

h4 h 1 = h1' h 2 h 2' h

Influência da perda de pressão da tubulação no ciclo frigorífico

Ciclo ideal: 1 – 2 – 3 – 4 – 1
COP + (h1 - h4) / (h2 - h1)

Ciclo com perda de pressão nas tubulações: 1 - 1’ - 2’ - 2” - 3 - 3’ - 4 -1


COP = (h1 - h4) / (h2 - h1)

Aspectos econômicos:
• Excluindo os tubos elevadores para frigorígenos miscíveis com óleo, num raciocínio
puramente técnico seriamos induzidos a usar bitolas o maior possível para reduzir
as perdas de pressão. Esta solução nos levaria a tubulações de preço muito
elevado;
• A otimização considera aspectos técnicos e econômicos. Nos aspectos econômicos
considera-se o custo inicial (investimento) e o custo operacional (amortização,
operação e manutenção);
• O estudo conduz a curvas como as representadas na figura.

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VALOR
PRESENTE

C CT

CE

D optimo D

Diâmetro otimizado em estudo técnico-econômico

Dimensionamento prático

Na prática não se faz o estudo de otimização para todos os projetos, existem várias
tabelas e gráficos baseados nos métodos já referidos.

Usam-se estudos genéricos para casos padrão dentro de certos limites. Os valores
destes estudos são normalmente apresentados em gráficos ou tabelas.

Como regra básica de estimativa de checagem usa-se as velocidades padrões:


• Tubulação de líquido: 1m/s
• Tubulação de gás: 10m/s

Esta regra não pode aplicar-se para a sucção das bombas de líquido, alimentação de
evaporadores inundados por gravidade, tubo de ligação do condensador ao
reservatório e tubos elevadores de fluidos refrigerantes miscíveis com óleo.

Dimensionamento por velocidade

São definidas faixas de velocidade para cada setor da instalação frigorífica e para cada
fluido refrigerante. Para diâmetros maiores usam-se as velocidades maiores da faixa.

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Tabela: Velocidades usuais de fluído refrigerante nas tubulações


Velocidade m/s
TUBULAÇÃO
NH3 R22
Líquido 0,8 – 1,5 0,6 – 1,2
Sucção 8,0 – 15,0 8,0 – 12,0
Descarga 6,0 – 10,0 6,0 – 8,0

Exemplo de cálculo

Usando a velocidade V = 10m/s, calcular o diâmetro da tubulação de descarga de um


compressor de 130 000kcal/h, funcionando com amônia no regime -10ºC / +40ºC, em
um estágio de compressão e sem subresfriamento de líquido.

Solução:
h4 (40) = 93,43kcal/kg (391,11kj/kg)
h1 (-10) = 346,49kcal/kg (1450,42kj/kg)
Peso específico no ponto de descarga: ρ = 9kg/m3
∆h = 346,49 – 93,43 = 253,06kcal/kg
G = 130 000 / 253,06 = 513,71kg/h
G’ = 513,71 / 9 = 57,08m3/h
V = 10m/s ⇒ D = 0,045m = 45mm (2”)

Dimensionamento por queda de pressão equivalente a ∆t de saturação

Neste método usam-se valores do aumento das temperaturas de saturação. Estes


valores, obtidos da experiência, não devem ser ultrapassados. Os valores
considerados contemplam apenas as perdas por fricção:
• Linha de líquido: Amônia 0,6ºC
Halogenados 0,6 a 1,0ºC
• Linha de sucção: Amônia 0,6 a 1,0ºC
Halogenados 1,0 a 2,0ºC
• Linha de descarga: Qualquer fluido refrigerante 1,0 a 3,0ºC

Este método é usado como verificação e os valores vão sendo ajustados de modo a
ficarem dentro das faixas selecionadas.

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Como as tubulações incluem outros elementos (curvas, registros e outras


singularidades), usa-se incluir estes elementos pelo método da equivalência de tubo
reto.

Tabela: Comprimento equivalente em m de tubo


Diâmetro
10 15 20 25 32 40 50 60 65 80 100 125 150
mm
Válv. Globo
4,0 5,2 7,0 8,5 11,0 13,5 17,0 20,0 22,0 27,0 34,0 42,0 50,0
reta
Válv. Globo
2,0 3,0 3,8 4,5 5,5 7,0 8,5 10,0 11,0 13,5 17,0 21,0 25,0
ângulo
Curva
0,4 0,6 0,75 0,9 1,1 1,4 1,7 2,0 2,2 2,6 3,2 4,0 4,8
90º

Líquido acumulado em linhas/componentes (líquido enclausurado)

Enclausuramento de líquido em trechos de linhas (normalmente na linha de líquido), ou


em algum equipamento (ex. serpentinas dos evaporadores), ocorre normalmente
devido a manobras erradas durante o fechamento de válvulas para um serviço de
manutenção. Com o aumento da temperatura ocorre expansão térmica do líquido
enclausurado, criando um aumento da pressão e finalmente causando o aumento do
volume, ou até o rompimento do trecho isolado.

Antes de realizar a manutenção em um componente na linha de líquido, todo o líquido


do trecho a ser isolado precisa ser retirado. Primeiro fecha-se a válvula na entrada do
trecho, depois se recolhe todo o líquido. Somente após isto é que a válvula ajusante
deve ser fechada.

Como prevenir um enclausuramento

Válvulas de retenção instaladas na linha de líquido devem ser colocadas após a


válvula solenóide e não antes. De outra forma, quando a solenóide for desenergizada,
o líquido ficará enclausurado entre a solenóide e a retenção.

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Válvulas de ajuste de vazão, ou de expansão manual em sistemas de recirculação de


líquido nunca devem ser fechadas, mesmo durante o “star-up”. Normalmente existem
válvulas de retenção a montante destas válvulas.

Caso ocorra uma queda de energia, ocorrerá enclausuramento de líquido na linha, por
causa do fechamento da válvula solenóide (NF). Neste caso, abra manualmente a
válvula solenóide para o alívio da pressão, senão pode ser que a válvula não abra
quando re-energizada (devido à alta pressão). Além disso, a bobina pode queimar se a
situação persistir por um tempo.

Linhas de recalque de bombas de amônia devem possuir válvula de alívio direcionada


para a sucção das bombas, a ser instaladas após a válvula de retenção, para evitar o
enclausuramento quando todas as solenóides dos evaporadores estiverem fechadas,
este trecho deveria ser equipado com manômetro.

Também no caso de evaporadores, é necessário o recolhimento de todo o líquido


antes do isolamento, mas deve-se ter atenção quando se desligar os compressores e
os ventiladores de algum evaporador que estiver ligado, pois, pode-se ocorrer por
migração, o enchimento de líquido nesta serpentina.

Nunca se deve fazer degelo em um evaporador cheio de líquido, é necessário fazer o


recolhimento antes do início do degelo.

Materiais utilizados

Vários fatores condicionam os materiais possíveis de utilização nas tubulações de


instalações frigoríficas. Os principais são:
• Fluido conduzido;
• Pressão de trabalho;
• Temperatura de trabalho;
• Custo do material.

Com amônia não devem ser utilizados o cobre e suas ligas. Neste caso usa-se,
normalmente, aço carbono e aço carbono de baixa liga, usando o aço de alta liga em
casos especiais de alta pressão, baixa temperatura ou fluidos corrosivos.

O cobre, usado com os fluidos halogenados, deve ser isento de oxigênio (chamado
cobre de refrigeração).
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Materiais plásticos são usados em mangueiras flexíveis. É necessário exigir garantias


de compatibilidade com o fluido, óleo, temperatura e pressão.

Para cada aplicação há sempre vários materiais possíveis. A escolha considera


também os aspectos econômicos.

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DIMENSIONAMENTO DE TUBULAÇÃO
Fluido: Amônia
Tabela: Linhas de Líquido e Gás Quente (Descarga)
Linha de descarga Linha de liq. entre condensador e reservatório Linha de liq. entre reserv. e valv. expansora
D (mm) Q (kcal/h) D (mm) Q (kcal/h) D (mm) Q (kcal/h)
20 20.000 20 45.000 10 32.000
25 30.000 25 80.000 13 60.000
32 50.000 32 130.000 20 180.000
40 110.000 40 230.000 25 280.000
50 180.000 50 400.000 32 450.000
70 300.000 70 700.000 40 750.000
80 400.000 80 1.000.000 50 1.100.000
100 700.000

Tabela: Linha de Sucção


Temperatura de evaporação (ºC)
D (mm)
+5 0 -5 -10 -15 -20 -25 -30 -35 -40 -45
20 12.000 10.000 8.400 6.900 5.700 4.600 3.700 2.900 2.300 1.800 1.300
25 23.000 19.500 16.200 13.400 10.900 8.900 7.100 5.600 4.400 3.400 2.600
32 44.000 37.500 30.000 25.000 20.500 16.500 13.500 10.500 8.400 6.500 5.000
40 68.000 57.000 47.000 39.000 31.500 24.500 20.500 16.500 13.000 10.000 7.700
50 120.000 100.000 85.000 70.000 57.000 47.000 37.000 30.000 23.000 18.000 14.000
70 250.000 210.000 170.000 140.000 115.000 94.000 75.000 60.000 47.000 37.000 29.000
80 360.000 300.000 250.000 204.000 168.000 135.000 110.000 87.000 68.000 53.000 41.000
100 550.000 460.000 385.000 315.000 260.000 210.000 170.000 135.000 105.000 82.000 63.000
125 900.000 750.000 620.000 510.000 420.000 340.000 270.000 215.000 170.000 130.000 100.000
150 1.300.000 1.100.000 930.000 760.000 620.000 510.000 400.000 320.000 250.000 195.000 150.000
175 1.900.000 1.580.000 1.300.000 1.080.000 880.000 710.000 570.000 460.000 360.000 280.000 210.000
200 2.500.000 2.100.000 1.750.000 1.450.000 1.180.000 950.000 770.000 620.000 480.000 370.000 290.000
Dimensionamento de tubulação para amônia

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Traçado geométrico

O traçado geométrico é muito importante sob vários aspectos: retorno de óleo,


dilatações e contrações, vibração, formação de vapor nas tubulações de líquido (liquid
flashing), identificação, etc, para assegurar os seguintes aspectos:
• Retorno de óleo. Com amônia é usual montar as instalações de sucção com um
leve declive no sentido do fluxo; facilita o escoamento do óleo. Com os frigorígenos
miscíveis com o óleo, as subidas verticais de sucção e descarga devem ser
dimensionadas com velocidades adequadas e ser provida de sifão e contra sifão;
• Dilatações e contrações. Especialmente em tubulações longas deve-se ter cuidado
com as ancoragens e sistema de absorção das variações de comprimento;
• Vibração. O traçado das tubulações deverá evitar que as vibrações dos
compressores ou outras possam transmitir-se ao edifício ou outros locais, ou
provocar danos mecânicos à tubulação ou outros componentes. Quando não for
possível eliminar as vibrações só pelo traçado, outras ações deverão ser tomadas;
• “Liquid flashing”. Subidas seguidas de decidas imediatas (pescoço de cavalo), nas
tubulações de líquido podem provocar evaporação pela brusca diminuição da
pressão;
• Identificação. Os traçados devem ser tais que possibilite a visão e identificação de
todas as tubulações e componentes.

Suportes / Apoios

Os suportes e apoios devem ser adequados aos esforços estáticos e dinâmicos da


tubulação.

Tratando-se de tubulações com variação de temperatura, os suportes e apoios não


devem ser rígidos.

Para tubos retos horizontais, existem valores padronizados que servem como
orientação.

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Tabela: Afastamento e diâmetro de suportes de tubulação


Distancia em metros Diâmetro
Diâmetro do
Tubo de aço (dimensão comum) do
Tubo Tubo de cobre
Linha líquido Linha sucção Suporte
1/2 2,1 2,4 1,5 1/4
3/4 2,1 2,7 1,5 1/4
1 2,1 2,7 1,8 1/4
11/2 2,7 3,6 2,4 3/8
2 3,0 3,9 2,4 3/8
21/2 3,3 4,2 2,7 3/8
3 3,6 4,5 3,0 3/8
4 4,2 5,1 3,6 1/2
6 5,1 6,3 1/2
8 5,7 7,2 5/8
10 6,0 7,8 3/4
12 7,0 9,0 7/8
14 7,5 9,6 1
16 8,0 10,5 1
18 8,5 11,1 11/4
20 9,0 11,7 11/4

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