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ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR

CURSO SUPERIOR DE BOMBEIRO MILITAR
(CSBM/2021-2022)

Luciano Franco Fernandes

COMBATE A INCÊNDIOS EM VEÍCULOS ELÉTRICOS

E HÍBRIDOS

PORTO ALEGRE
2021
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COMBATE A INCÊNDIOS EM VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Luciano Franco Fernandes *

Sérgio Pastl**

RESUMO: Este artigo tem como finalidade abordar a forma que deve ser realizado o combate a
incêndios em veículos elétricos e híbridos. Com o aumento desse tipo de veículo transitando no
Brasil, assim como no Rio Grande do Sul, surge a necessidade de conhecimento, por parte dos
bombeiros militares do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS), das
peculiaridades destes veículos, bem como da forma de combater os incêndios, enfoque do presente
trabalho.
PALAVRAS-CHAVE: Veículo elétrico, Veículo Híbrido, Incêndio, Corpo de Bombeiros, Combate a
Incêndio, Procedimentos, CBMRS.

ABSTRACT: This article aims to address the way in which firefighting in electric and hybrid vehicles
should be carried out. With the increase of this type of vehicle transiting in Brazil, as well as in Rio
Grande do Sul, there is a need for knowledge, by the military firefighters of the Military Fire Brigade of
Rio Grande do Sul (CBMRS), of the peculiarities of these vehicles, as well as well as the way of
fighting fires, the focus of the present work..
KEY-WORDS: Electric Vehicle, Hybrid Vehicle, Fire, Fire Department, Fire Fighting, Procedures,
CBMRS.

1. INTRODUÇÃO

Com a crescente presença de veículos elétricos (VE) e principalmente

veículos híbridos (VH), circulando em todo o país, faz-se necessário que os Corpos
de Bombeiros dirijam atenção às peculiaridades deste tipo de automóvel,
principalmente, quanto aos procedimentos a serem adotados na hipótese de
acidentes.
Sendo assim, o Corpo de Bombeiros Militar do RS (CBMRS) deve estar
preocupado em preparar o seu efetivo de Bombeiros Militares para atuarem em
ocorrências em que tais veículos estejam envolvidos.
Este tema é extenso e envolve um conhecimento profundo e detalhado,
motivo pelo qual, diante de todas as possibilidades e riscos em caso de acidentes,
envolvendo veículos elétricos e híbridos, tais orientações devem ser abordados em
obra específica, como Manuais Temáticos, etc.

* Aluno-Oficial do CSBM – Escola Superior de Bombeiro Militar - ABM - CBMRS

** Coronel RR da Brigada Militar, Tutor da Disciplina de Metodologia Científica I do CSBM
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Este trabalho visa esclarecer aos Alunos-Oficiais do CSBM, bem como os

demais Bombeiros Militares, as peculiaridades destes veículos, em casos de
acidentes, bem como da forma de combater os incêndios, visando fomentar o estudo
e preparação para o enfrentamento desse novo risco.
No entanto, o presente estudo, por sua natureza introdutória e informativa,
voltada principalmente, aos Alunos-Oficiais do Curso Superior de Bombeiro Militar
(CSBM) do CBMRS, abordará o comportamento dos veículos elétricos e híbridos em
caso de incêndios, bem como os cuidados que devem ser observados pelos
Bombeiros Militares, para realizarem o combate a incêndio com segurança.

2. VEÍCULOS ELÉTRICOS (VE) E HÍBRIDOS (VH)

As principais peculiaridades dos veículos elétricos (VE) que os diferem dos

veículos tradicionais são que não possuem motor a combustão, a sua força de
propulsão vem de um motor elétrico e as baterias são recarregadas na tomada
(chamado sistema plug-in), e em alguns modelos além da tomada, contam com um
tanque de gasolina reserva que ajuda a manter o nível da bateria se a carga acabar.
Já os veículos híbridos (VH) funcionam com dois motores, um elétrico e um
movido à combustão, seja etanol ou gasolina. Existem 3 tipos de veículos híbridos:
os híbridos paralelos, nos quais os motores elétricos e a combustão movimentam
as rodas do carro; os híbridos em série, em que somente o motor elétrico acelera o
carro e o motor a combustão apenas carrega a bateria; e os híbridos mistos que
combinam os outros dois sistemas decidindo quando usar cada um. (PROMOB-E,
2019).
Como bem assevera Castro e Ferreira (2010), a bateria é o componente
central dos veículos elétricos, devido à função de armazenagem de energia,
destinando-se à tração do veículo. As baterias são dispostas em módulos (mais de
uma célula de bateria) ou em packs (mais de um módulo).

Figura 1 - Disposição das baterias em células, módulos e packs.

Fonte: Gaines e Couenca apud Calstart (2010).

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Não existe um padrão de baterias utilizadas, sendo utilizados nos veículos

elétricos os seguintes tipos de baterias: íons de lítio, polímero de lítio, lítio de fosfato
de ferro e níquel-hidreto metálico. (BATTERY UNIVERSITY, 2012).

3. RISCOS ENVOLVENDO VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍDRIDOS E ITENS DE

SEGURANÇA

Como se trata de novidade no mercado, os VH e VE requerem uma maior

atenção em caso de acidentes. Um relatório da Sociedade de Engenheiros
Automotivos (SAE) destacou os riscos para os bombeiros e socorristas contra
possíveis choques elétricos causados por sistemas danificados que não sejam
desativados durante ou imediatamente após um acidente. (SPERRY, 2012).
Os choques elétricos podem variar com correntes de 1mA à correntes
superiores a 1 A, sendo que a partir de 9 mA existe um grande risco de morte.
(PROMOB-E, 2019).
Estes veículos possuem componentes de alta tensão elétrica, como a
bateria de alta tensão, inversor/conversor, transmissão (motor elétrico), carregador,
bem como, cabos de alta tensão. Os componentes de alta tensão são indicados por
marcas em suas respectivas carcaças/tampas e os cabos de alimentação de alta
tensão são indicados pela cor laranja. (TOYOTA e LEXUS, 2021, p. 20).
As carcaças/coberturas dos componentes elétricos de alta tensão são
isoladas dos condutores de alta tensão dentro dos componentes e a carroçaria do
veículo é isolada dos componentes elétricos de alta tensão, sendo seguro tocá-la em
condições de funcionamento normais. (TOYOTA e LEXUS, 2021, p. 20).
Como bem destaca Frison (2019, p. 29) os riscos mais importantes
envolvendo os veículos elétricos são os choques elétricos, gases tóxicos ou
inflamáveis, incêndios e reignição. Assim, para o Bombeiro realizar um trabalho com
segurança, deve utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI`s) apropriados
para a sua proteção.
Os equipamentos indicados nos sinistros envolvendo veículos elétricos são:
1. Luvas para alta tensão de 1000 V a 1500 V; 2. Capa e calça de combate a
Incêndios; 3. Capacete de Combate a Incêndio; 4. Bota para trabalho em alta tensão
(isolação 35kV); 5. Alicate para cortar os cabos; 6. Hot Sticks; e 7. Equipamento de
Proteção Respiratório Autônomo (EPRA). (FRISON, 2019, p. 29).
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Estes equipamentos já são de uso comum do CBMRS, com exceção dos

Hot Sticks, que não são muito comuns. O Hot Stick é um bastão de material feito em
fibra de vidro que impede a passagem de corrente. Além de isolar eletricamente o
bombeiro do condutor energizado, ele também proporciona uma separação física do
dispositivo que está sendo operado, reduzindo as chances de queimaduras que
podem resultar de arco elétrico em caso de um mau funcionamento das baterias
elétricas. (FRISON, 2019, p. 30).

O hot stick deve estar na área de operação, para que se ocorrer alguma
descarga em que o bombeiro fique preso à estrutura do veículo, outro militar possa
puxá-lo. (FRISON, 2019, p. 30).

Figura 2 – Hot Sticks

Fonte: Promob-e, 2019.

4. COMBATE A INCÊNDIOS EM VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Os incêndios podem ocorrer em decorrência de uma colisão, ou de forma

espontânea, como no caso de um veículo estacionado, por exemplo, tanto no caso
de VE, VH ou veículo comum.
Sendo assim, a medida inicial a ser realizada pelos bombeiros no
atendimento de ocorrências de incêndios em veículos é a identificação quanto ao
tipo (veículo comum, elétrico ou híbrido). Essa verificação deve ser realizada através
das características externas e logotipos na carroçaria. As logomarcas representam o
fabricante, modelo, classe e tipo de veículo (híbrido/elétrico/célula de combustível)
no caso de utilizar um sistema elétrico de alta tensão. As logomarcas ficam na tampa
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do porta-malas, tampa traseira, painéis da soleira, grade e para-lamas (TOYOTA e

LEXUS, 2021, p. 50).
A estabilização e desarme do veículo também são importantes, sempre que
possíveis. Esse tipo de veículo tem a peculiaridade de ser silencioso, podendo
aparentar estar desligado, configurando um risco adicional para o bombeiro no
combate ao incêndio. (FRISON, 2019, p. 44).
Como destaca Frison (2019, p. 43), dentre as preocupações para os
bombeiros, além do local em que se localiza o veículo, se está em área aberta sem
exposições (ruas ou estradas) ou dentro ou perto de alguma estrutura com risco de
exposição (dentro de uma garagem residencial), está a alta tensão, no caso de a
bateria sofrer danos diretos pelo fogo e calor, e nesta situação, a forma de controlar
esse incêndio.
Sendo assim, o combate a um incêndio em que as baterias estejam
envolvidas, requer algumas medidas específicas. As baterias estão localizadas no
porta-malas ou no assoalho dos veículos, e caso estejam envolvidas no incêndio,
faz-se necessário a aplicação de água diretamente nas mesmas, a fim de resfriá-las.
(FRISON, 2019, p. 44).
Equipamentos que têm se mostrado eficiente para verificar se a bateria está
ou não envolvida no incêndio, são as câmeras térmicas. Com o seu auxílio, o
bombeiro pode verificar se a bateria está aquecida e decidir com qual técnica e tática
de combate atuará. Se constatado que as baterias estejam superaquecidas, o seu
resfriamento deverá ser realizado com grande quantidade de água. (FRISON, 2019,
p. 44).
Nesta situação, o incêndio deve ser combatido com grande quantidade de
água. Testes indicaram que pode ser preciso cerca de 10.000 litros de água para
extinguir totalmente um incêndio envolvendo a bateria dos veículos elétricos,
dependendo do tipo e tamanho da bateria (Frison, 2019, p. 45). Este conhecimento
torna-se fundamental, para a articulação rápida de apoio de água para o controle
desse tipo de incêndio.
Quando o incêndio estiver em sua fase inicial, com poucas chamas, pode
ser utilizado pó seco, CO2, spray de água ou espuma. No entanto, como já
salientado, em incêndios maiores, deverá se utilizar água em grande volume devido
a grande quantidade de energia envolvida. A utilização de água não representa um
risco de choque elétrico para o bombeiro (Frison, 2019, p. 45).
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Segundo recomendações dos fabricantes, se o incêndio for contido com

pouca água, um curto circuito pode acontecer na bateria de alta tensão, fazendo
com que o fogo volte a se propagar, sendo recomendável deixar a bateria de alta
tensão queimar totalmente, caso seja difícil a aplicação de grande quantidade de
água à bateria de alta tensão. (TOYOTA e LEXUS, 2021, p. 64).
As baterias de Li-íon quando em chamas, emitem uma fumaça que pode
irritar os olhos, o nariz ou a garganta. Sendo assim, para evitar ferimentos devido ao
contato com o eletrólito ou seu vapor, o bombeiro deverá utilizar o equipamento de
proteção adequado, como óculos de proteção, luvas de borracha, máscara de
proteção ou máscara autônoma para evitar risco de contato com o eletrólito
(TOYOTA e LEXUS, 2021, p. 64).
Os bombeiros, na falta de câmeras térmicas, devem ter atenção em alguns
sinais, que indicam que a bateria ainda esteja aquecendo, e por consequência,
apresente risco de uma reignição. Os sinais que indicam o aquecimento são:
barulhos do tipo estalo, fumaça branca saindo diretamente do local e vazamento de
líquido. (WILSON, 2015).
Como bem observado por Frison (2019, p. 46), outra medida de grande
importância depois de realizado o controle e combate do incêndio, trata-se do
armazenamento desse veículo. As empresas responsáveis pela remoção e
armazenamento de veículos elétricos sinistrados devem ter o conhecimento de que
o veículo ainda apresenta risco de uma reignição. Segundo estudos, uma reignição
pode acontecer após minutos, horas ou até dias, e assim, a recomendação é de que
esse veículo fique a pelo menos 15 metros de distância de qualquer objeto, para
evitar que ocorra um incêndio de maiores proporções. (FRISON, 2019, p. 46).
De forma sintética, quanto aos incêndios envolvendo veículos elétricos e
híbridos, as medidas a serem adotadas pelos bombeiros, como bem sintetizou
Frison (2019, p. 47), são: 1. Identificar corretamente o veículo; 2. Estabilizar; 3.
Desenergizar; 4. Se o fogo for inicial, poderá aplicar extintores, espuma e água; 5.
Para fogo desenvolvido, aplicar água diretamente no foco e caso a bateria esteja
envolvida, aplicar diretamente na bateria; 6. Monitorar o aquecimento da bateria
através da utilização de câmera térmica; e 7. Orientar o armazenamento do veículo
após o incêndio.
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Portanto, podemos verificar que acidentes envolvendo veículos elétricos e

híbridos possuem grande complexidade e demandam conhecimento específico, o
qual deve ser amplamente difundido aos Bombeiros Militares do CBMRS.

5. CONSIDERAÇÔES FINAIS

O presente trabalho teve o objetivo de abordar o comportamento dos

veículos elétricos e híbridos em caso de incêndios, bem como os cuidados que
devem ser observados pelos Bombeiros Militares do CBMRS, para realizar o
combate a incêndio com segurança.
Através da pesquisa foi possível verificar que os veículos elétricos e híbridos
possuem as mesmas características, com a distinção de que os híbridos possuem
um motor a combustão similar aos tradicionais.
Dentre todos os riscos e consequências envolvendo acidentes com VE e VH,
delimitamos o presente estudo às ocorrências de incêndios, uma vez que
apresentam peculiaridades que são importantes de serem de conhecimento dos
bombeiros.
Verificou-se a importância da identificação do tipo de veículo, a necessidade
de grande quantidade de água para o resfriamento e extinção do incêndio em que a
bateria do veículo esteja envolvida. E ainda, a relevância de ter à disposição uma
câmera térmica, para o bombeiro monitorar o aquecimento da bateria, uma vez que
através desse monitoramento o bombeiro poderá estabelecer a tática correta para a
extinção do incêndio.
Portanto, podemos concluir, que diante das peculiaridades o CBMRS deve
se preocupar com a capacitação de seus Bombeiros Militares, bem como na
aquisição de equipamentos para o atendimento com segurança e eficácia de
ocorrências que envolvam esse tipo de veículo.

6. REFERÊNCIAS

BATTERY UNIVERSITY. Basics about Discharging. Disponível em:

<https://batteryuniversity.com/learn/article/discharge_methods>. Acesso em 01 mai.
2019.

CALSTART. Energy storage compendium: batteries for electric and hybrid

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heavy duty vehicles. Pasadena, CA: Calstart, mar. 2010. Disponível em:
<https://calstart.org/wp-content/uploads/2018/10/Energy-Storage-
Compendium_Batteries-for-Electric-and-Heavy-Duty-Hybrid-Vehicles.pdf> Acesso
em 01 mai. 2021

CASTRO, Bernardo Hauch Ribeiro de; FERREIRA, Tiago Toledo. Veículos

elétricos: aspectos básicos, perspectivas e oportunidades. BNDES Setorial, n.
32, set. 2010, p. 267-310, 2010. Disponível em:
<https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/1764/2/BS
%2032%20Ve%c3%adculos%20el%c3%a9tricos%20aspectos%20b%c3%a1sicos%
2c%20perspectivas_P.pdf> Acesso em 30 abr.2021.

FRISON, Américo Blasi. Análise dos riscos em acidentes envolvendo veículos

elétricos e suas peculiaridades. Monografia apresentada como pré-requisito para
conclusão do Curso de Formação de Oficiais. CBMSC, Florianópolis, 2019.
Disponível em:
<https://biblioteca.cbm.sc.gov.br/biblioteca/index.php/component/docman/doc_downl
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PROMOB-E. Seguranca em Veículos Elétricos e Híbridos. Manutenção e

Prevenção de Acidentes. Disponível em:
<http://www.promobe.com.Getrotech_2203_Alberto-Meyer incendio em veiculo
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SPERRY,Todd. Electric car crashes could pose new risk for first responders.
Disponível em: https://edition.cnn.com/2012/12/28/us/electric-car-safety/index.html.
Acesso em 30 abr.2021.

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Disponível em: <https://www.toyota.com.br/wp-content/uploads/2018/02/Manual-de-
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WILSON, Keith. SAE J2990 HYBRID & EV FIRST AND SECOND RESPONDER
RECOMMENDED PRACTICE OVERVIEW. SAE International, 2015. Disponível em:
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fwiki.unece.org%2fdownload%2fattachments%2f25265483%2fEVS-07-
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