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A Árvore da Vida

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Autor .........................................................................................................................................7
Data e Ocasião ......................................................................................................................8
Propósito e Características ...............................................................................................8
1. A Natureza do jardim ....................................................................................................15
2. A Natureza das Raízes ...............................................................................................21
3. A Natureza dos Troncos .............................................................................................31
4. A Natureza dos Galhos ..............................................................................................33
5. A Natureza das Folhas ...............................................................................................39
6. A Natureza da Árvore .................................................................................................45
7. A Natureza do Fruto ...................................................................................................47
Guia prático de investigação dos sentimentos........................................................49
Informações de Contato ...................................................................................................53

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A Árvore da Vida é um estudo de expansão da consciência redigido por Osiris
Magloire e Anna Carolina Pires no ano de 2021, em São Thomé das Letras –
Minas Gerais.

Osiris Magloire se apresenta como Orador numa instituição de ensino filosófico


chamada Capela – Escola de Propósito.

O objetivo da Capela é resgatar e disseminar o estudo do propósito segundo


as tradições esotéricas da antiguidade, unindo Hermetismo, Areteologia,
Qabalah, Astrologia e Tarot em seu escopo de estudos. Tendo ainda fortes
influências da Tradição Rastafari e do Kebra Negast em sua maneira de
conduzir os estudos, por meio de reuniões denominadas raciocínios.

A Capela é constituída por uma estrutura de Capítulos, sendo os dois


primeiros Capítulos aprendidos de maneira pública, por meio dos cursos Básico
e Avançado de Astrologia Hermética e os capítulos posteriores ministrados de
boca a ouvido dentro de uma tradição discreta.

Anna Carolina Pires se apresenta como dirigente na Igreja Livre Luz da


vida.

O objetivo da Igreja Livre Luz da Vida é facilitar a conexão com o divino, com
a espiritualidade e com o universo interno de seus frequentadores por meio da
ministração e estudo da expansão da consciência com o auxílio das Medicinas
Sagradas da Floresta, em especial o Rapé, Ayahuasca, cachimbo e sananga,
tendo uma percepção Universalista da espiritualidade, mas com fortes
influências das religiões tradicionalmente brasileiras: O Santo Daime e a
Umbanda.

A Árvore da Vida é o resultado do estudo das filosofias que conectam a


essência dos ensinamentos das principais religiões, mostrando que por mais

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diversas que sejam suas origens, todas ainda falam do mesmo deus, que está
presente em tudo que já se manifestou, se manifesta e se manifestará.

O livro foi gestado durante três anos de estudo especificamente focado das
filosofias das principais religiões tipicamente brasileiras e do Hermetismo, em
contexto ritualístico das medicinas sagradas da floresta. Em sua versão final
foi redigido em 24 de Setembro de 2021.

O livro foi escrito no contexto de finalização dos estudos de capítulo da Capela


– Escola de Propósito, como um resumo das principais compreensões do
funcionamento do Universo segundo as tradições religiosas.

O livro é composto por poemas escritos de maneira livre, que transmitem


mensagens sobre a maneira prática como o estudante de si mesmo pode
penetrar em seu próprio universo interno e realizar seus estudos de
autoconhecimento.

O livro é dividido em 7 capítulos e é constituído por 36 poemas. Cada capítulo


investiga a natureza, ou forma de comportamento de um aspecto do estudo
da consciência, e é designado como uma parte específica da Árvore da Vida, ou
Iroko.

A Natureza do Jardim apresenta uma explicação do propósito da vida e da


Existência do Universo, afirmando que o conceito de que o que as tradições
denominam como Deus é o Observador, ou a percepção universal manifesta
como um conjunto das percepções limitadas de todas as manifestações da
existência.
Para a Árvore da Vida, Deus não tem um nome, e não pode ser nomeado sem
que sua natureza ilimitada se limite. Ele está presente em tudo o que
enxergamos na realidade material, experimentando a vida para obter
entendimento sobre si mesmo.

A Natureza das Raízes apresenta uma descrição poética das chamadas


inteligências divinas, ou capacidades cognitivas macrocósmicas desse deus,
chamado de Observador.

Essas características ou inteligências são


Consciência, associada na astrologia hermética ao ponteiro Lua;
Movimento, associado na astrologia hermética ao ponteiro de Mercúrio;
Conexão, associada na astrologia hermética ao ponteiro de Vênus;
Propósito, associado na astrologia hermética ao ponteiro do Sol;
Tentativa, associado na astrologia hermética ao ponteiro de Marte;
Liberdade, associado na astrologia hermética ao ponteiro de Jupiter;
Entendimento, associado na astrologia hermética ao ponteiro de Saturno;
Unidade, associada na astrologia hermética ao ponteiro da Parte da Fortuna.

Cada uma delas está associada a uma manifestação primordial do eterno e


assume uma identidade por si mesma, denominada nas religiões
tradicionalmente brasileiras como Arcanjos e Orixás.

A Árvore da vida, entretanto, introduz aqui o conceito de que cada uma


dessas inteligências carrega consigo uma tendência oposta, fruto da aplicação
contrária ou falta de entendimento sobre a maneira de enxergar a realidade
da existência, denominada como ilusão. A esta ilusão, ou utilização contrária
dos atributos divinos são atribuídos todos os sofrimentos da humanidade. A
denominar, respectivamente, a Inconsciência, a Culpa, a Projeção, a Demanda
Externa, o Medo, o Apego, a Dúvida e a Separação. Estes atributos divinos
são, segundo o texto, fruto de um fenômeno chamado de Inversão, ou o
momento onde a consciência deixa de olhar para dentro de si e para seu

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universo interno, e passa a olhar para fora, atribuindo aos eventos externos
uma realidade separada de si mesma e de seus processos particulares.

O retorno ao jardim seria, portanto, uma reversão da inversão, ou o momento


onde a consciência deixa de olhar para fora e passa a olhar para dentro,
estudando suas emoções e sentimentos básicos à luz das perguntas
estabelecidas em cada momento, que estimulam a investigação dos eventos
não como situações aleatórias e separadas das decisões e dúvidas do indivíduo,
mas como características psicológicas que levaram a pessoa a experimentar
incômodos, a fim de entender quem é e porquê existe.

A Natureza dos Troncos discursa sobre aspectos básicos da investigação da


consciência, a Clareza e a Compreensão. O Texto define Clareza como o
entendimento do propósito de cada evento pelo qual o indivíduo passa em sua
vida, e Compreensão como o processo de investigação dos próprios sentimentos
e emoções, a fim de encontrar as necessidades que motivam determinadas
ações.

A partir desses aspectos básicos, denominados troncos, evoluem os Galhos, e


na Natureza dos Galhos o livro discorre sobre o significado de aspectos morais
comuns a todas as sociedades: Sacrifício, Piedade, Lealdade, Ascetismo,
Bondade, Justiça, Caridade e Humildade; e suas devidas contrapartes
ilusórias: Idolatria, Perversidade, Traição, Corrupção, Punição, Injustiça e
Egoísmo

A Arvore da Vida parece ter o objetivo de dar uma explicação semântica, ou


significado essencial para cada um desses valores morais, revelando-os como
extensões ou utilizações conjuntas dos aspectos macrocósmicos da inteligência
divina. Assim sendo, lealdade, por exemplo, seria a ramificação de Tentativa e
Propósito, ou das atitudes e vontades de uma pessoa alinhadas com o
conhecimento de quem é e porquê existe. Trazendo o conceito de que é
impossível ser verdadeiramente leal a outro, nós só podemos ser leais a nós
mesmos, e a quem partilha dos mesmos valores e paixões.

Cada um desses aspectos morais é acompanhado de sua contraparte


negativa, ou ilusão. Seguindo o exemplo anterior, Traição seria um resultado
do Medo e da Demanda Externa, ou as atitudes motivadas pelo receio de
aceitar e respeitar as próprias vontades e necessidades e a preocupação com
como o universo externo, como as opiniões das pessoas ou responsabilidades
assumidas sem compreensão profunda de quem somos e porquê existimos.

Dessa mesma maneira o Texto discursa sobre oito virtudes básicas da


moralidade humana, e explica a forma como é possível atingir essas virtudes,
por meio das respostas às perguntas de cada poema.

Na Natureza das Folhas, o Texto argumenta que os estados emocionais são


resultado direto da forma como percebemos valores morais, assim sendo, as
folhas são ramificações naturais dos galhos. Segundo a Árvore da Vida
existem oito folhas de três pontas na estrutura da árvore, e são essas:
Responsabilidade, Paz, Amor, Calma, Desenvolvimento, Esperança, Entusiasmo
e Confiança; com suas respectivas contrapartes: Vitimismo, Violência,
Competitividade, Defensiva, Depreciação, Desespero, Tristeza e Ansiedade.

O Propósito deste capítulo é terapêutico, e visa o Estudo dos próprios


processos emocionais por meio da resposta, em sequência, das perguntas de
cada poema, do indivíduo para si mesmo, preferencialmente, sob estado
alterado de consciência com o auxílio das Medicinas da Floresta.

Assim sendo, para investigar o motivo das próprias ansiedades, o estudante


deve recitar em voz alta para si mesmo os poemas sobre Liberdade,
Consciência e Tentativa. Compreendo que sua ansiedade é fruto dos medos de
respeitar e realizar a própria vontade, da falta de conhecimento sobre como é
possível realizá-las e dos apegos à realidade que está vivendo no momento
presente. A forma de tratar a própria ansiedade seria, portanto, entender

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qual é a vontade verdadeira que deseja realizar, a compreensão dos próprios
sentimentos diante desta vontade e compreender como ele pode criar uma
realidade diferente para si mesmo.

O livro, no fim das contas, não se propõe a ser um tratado teológico ou


místico, mas uma resposta prática para a compreensão de processos
psicológicos comuns a toda a espécie humana, apresentando-se como um mapa
para a identificação dos processos que geram comportamentos degenerativos
e causam sofrimentos.

Na Natureza da Árvore, o Texto nos apresenta a ideia de que a Árvore da


Vida é a própria vida, e oferece um discurso sobre como funciona o processo de
evolução da consciência. Este capítulo parece ser concebido como uma prática
meditativa, onde o estudante recita para si mesmo os poemas na ordem
apresentada, respondendo para si mesmo às perguntas de cada um, até
encontrar a Unidade dentro de si mesmo, e com isso, o sentido da própria
existência diante das situações e eventos vividos.

Na Natureza do Fruto, o texto nos depara com uma sentença enigmática, que
dá a entender que a consciência divina está dentro de cada indivíduo, e que
este mesmo indivíduo é criador de sua própria realidade.

Assim sendo, o livro trata simultaneamente de metafísica, religião, moral e


psicologia, definindo-se assim como um tratado filosófico sobre a natureza da
realidade e da existência humana, e sobre os caminhos para resgatar a
essência dessa natureza e promover o retorno ao Jardim, ou o estado original
de pureza da alma.

O Propósito do livro é, portanto


-explicar o funcionamento do Universo segundo as principais tradições
filosóficas da humanidade,
-resgatar a percepção da Unidade por meio do estudo das inteligências divinas
e romper as ilusões de separação;
-apresentar um caminho para o alcance de virtudes morais nobres;
-apresentar um mapa para a identificação, cura e compreensão de processos
emocionais dentro do contexto de vida único de cada indivíduo.
-expor um caminho para a expansão de consciência e evolução, de forma
meditativa.

O livro é utilizado, tradicionalmente, dentro de um contexto ritualístico e


religioso de consagração de expansores de consciência, ou Medicinas Sagradas
da Floresta, em especial o Rapé, o Cachimbo, a Sananga, a Cannabis e
Ayahuasca. E nesses rituais ocorrem estudos, explanações e trocas sobre os
poemas nele escritos.

A Árvore da Vida é considerado como o Corpo Doutrinário ou conjunto de


Ensinamentos da Igreja Livre Luz da Vida e da Capela- Escola de Propósito.

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A Natureza do
Jardim

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1. Vida é energia senciente infinita em movimento cíclico.
2. A vida se cria, se desfaz, e se cria outra vez.
3. Com leveza se eleva, com o peso se engessa,
mas tudo o que pesa deseja fluir.
4. Do que se estaca ao que se move, do que se move
ao que indaga, do que indaga ao que sabe, tudo o que existe é
transição,
5. mas a permanência é apenas uma ilusão.

1. A vida é senciente, e toda sensação é uma percepção.


2. A percepção da alegria leva à regeneração.
A percepção do sofrimento leva à degeneração.
3. No pêndulo da vida há alegria e sofrimento,
mas o sofrimento é apenas uma ilusão.
1. A percepção é limitada pelos sentidos, e todo sentido é uma limitação.
2. Percepção é um instrumento da vida, mas a vida é o conjunto de todas
as percepções.
3. Percepção leva a sentimento, sentimento leva a pensamento,
4. Pensamento leva a ideia e a ideia leva à crença. Crença leva a
manifestação, e a manifestação aos sentidos.
5. Os sentidos revelam a manifestação, a manifestação revela a crença,
a crença revela a ideia, a ideia revela o pensamento,
6. o pensamento revela o sentimento, e o sentimento revela a percepção.

1. A vida é chamada de Universo, e a natureza do Universo é o


Observador.
2. O Observador está no ponto, e este ponto é uma esfera, e nessa
esfera cabe tudo, tudo o que existe ou poderia existir
3. dentro da esfera ele tudo sabe, fora do ponto ele tudo percebe.
4. Percebendo, ele se limita, se limitando ele é.
5. E do encontro do ponto e da esfera surge o efeito de inversão
Que caminha com passo e com tempo para a reversão da inversão.
6. Tudo o que existe é o Observador, e todo o restante é ilusão.

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1. No princípio só havia o Observador.
No fim só haverá o Observador.
E a natureza do Observador é perceber.
2. E ele meditava, repetindo para si mesmo:
“Eu tudo sou, eu tudo posso, em tudo existo, eu tudo crio.
Eu tudo sei.”
3. Mas em dado momento ele duvidou:
4. “Eu tudo sou, mas e se nada fosse?
5. Eu tudo posso, mas e se nada pudesse?
6. Em tudo existo, mas e se não existisse?
7. Eu tudo crio, mas e se nada pudesse criar?”
8. Eu tudo sei, mas e se nada pudesse saber?
9. Ele se esquecera de que tudo o que existe é o Eu, o outro é apenas
uma ilusão.
10. Ele, portanto, sou Eu e Eu.

1. Eu era o conjunto das infinitas possibilidades imanifestas em Unidade,


mas desejei tornar-me infinitas possibilidades manifestas em
Separação
2. a fim de experienciar tudo o que sou, tudo o que posso e tudo o que
existe em tudo o que posso criar.
1. Eu contraí a mim mesmo, tornando-me a mínima fração de todo o meu
ser: A Luz.
2. Neste estado, perguntei a mim mesmo:
“Quem sou? Porquê existo?”
3. Mas não obtive resposta, pois tudo o que enxergo é vazio e escuro.
4. A busca pela resposta é o motivo de minha criação.
5. Eu sinto, vejo, necessito, eu tento, acerto,
6. Erro, aprendo, eu sei, entendo, curo, evoluo, integro, retorno ao Rei.
7. Eu sou a vida, e estudando a vida me encontrarei.

1. Naquilo que me alegra encontro quem sou, naquilo que me repulsa


encontro porquê existo, e com tudo o que penso cultivo meu jardim.
2. No centro do jardim há duas árvores. Uma das árvores tem dois
frutos, de um deles eu comi, e percebi que era tudo ilusão.
3. Com a outra me alegro, pois encontrei o que perdi.
Nesta árvore há um só fruto. Depois que o saboreei cheguei a uma
única conclusão.

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A Natureza das
Raízes

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1. Tudo o que existe é Consciência, a Inconsciência é uma ilusão.
2. À minha frente vejo um ponto de luz, mas atrás de mim tudo é vazio
e escuro.
O que a luz desse ponto me mostra?
O que não entendo sobre aquilo que vejo?
3. Eu sou a síntese do que é luz e do que é escuro.
E eu nasci para iluminar as trevas até que tudo seja chama.
4. Agora vejo o que é parte, mas um dia verei o que é inteiro.
E o segredo do inteiro é que sou o que sou.
5. O que é luz é o que sei sobre mim, o que é escuro é o que não sei sobre
mim.
e todas as imagens que me cercam são símbolos do meu universo
interno, atraídas por minhas dúvidas para me mostrar o que sou.
6. Quanto mais próximas, mais espelhadas são.
7. A chave para o símbolo é meu sentimento diante dele.
Investigando meu sentimento encontro a essência do que sou,
8. Como me sinto diante do que vejo?
Qual é minha necessidade?
O que minha necessidade diz sobre o que desejo aprender e
desenvolver em mim?
1. Tudo o que existe é Movimento, a Culpa é uma ilusão.
2. Eu disse para mim o que era bem, eu disse para mim o que era mal.
Eu percorri o caminho do certo, eu percorri o caminho do errado.
“O que eu considero como certo fazer?”
“O que eu considero como errado fazer?”
3. Eu reagi aos opostos. Mas vi que o oposto é sempre superficial.
Eu concebi opiniões, justifiquei atitudes, mas vi que a opinião era
crença, e a crença é apenas uma ilusão.
“Que opinião eu tenho sobre mim?”
4. Mais importante que a opinião é a pergunta, então me cansei de
opinar e decidi me indagar, e investiguei profundamente.
5. E a dualidade dos efeitos revelou ter uma única causa:
Meu coração e os aprendizados que ele deseja para si.
6. Me perguntei diante disto.
“Porquê vejo o que vejo?
Porquê ajo como ajo?
Porquê penso o que penso?”
O que eu desejo entender sobre mim?

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1. Tudo o que existe é Conexão, a Projeção é uma ilusão.
2. O que me incomoda me chama atenção. E só me chama atenção o que
me deixa curioso.
3. Todo incômodo é uma curiosidade, e toda curiosidade desperta
memórias daquilo que vivi nos anos corridos de minha própria vida.
4. Eu vi e me incomodei, me incomodei e fiquei curioso:
Isto que vi é a repetição de que evento?
A que memória remete o que vivenciei?
O que desejo entender com o que vivo?
5. Este evento foi escolhido por mim. E eu o escolhi para encontrar o que
me alegra e o que me irrita.
6. Nenhum evento tem o poder de me alegrar, eles só despertam a
alegria que está dentro de mim.
Nenhum evento tem o poder de me irritar, eles só despertam a
irritação que está dentro de mim.
Tudo o que existe é consciência, e o outro é um espelho de mim.
Aquilo que penso que o outro faz, é aquilo que faço comigo mesmo.
A ideia de Eu e Outro é apenas uma ilusão.
Tudo o que existe somos Eu e Eu.
Que atitude eu percebo no outro?
Que atitude estou tendo comigo?
Porquê desejo isso para mim?
7. Então concluí que mais proveitoso que me perguntar sobre o evento é
me perguntar sobre mim:
“Porquê me inspirei? Porquê me irritei? A que necessidade desejo
atender?
1. Tudo o que existe é Propósito, a Demanda Externa é uma ilusão.
2. Eu sou a taça que se enche de águas até que transbordem para além
de mim,
Eu sou o ponto de luz que brilha até tornar-se estrela.
3. Então me pergunto:
“Do que estou cheio?”
“Que luz resplandece em mim?”
“O que me falta?”
“Do que preciso me preencher?”
4. Pois o que me preenche é tudo o que tenho para ofertar.
5. As águas que me preenchem são as mesmas águas de onde vim.
E as águas de onde vim são as águas que me alegram.
6. Aquilo que me alegra me preenche, e o que me preenche responde
quem sou.
7. Ao que me alegra eu nomeio paixão, ao que me irrita eu nomeio valor.
E o valor é o que necessito para me encher de paixão.
8. Mas tanto paixão quanto valor só podem ser preenchidos por meio de
mim e dentro mim, me lembrando das águas de onde vim.
9. O motivo de minha existência é alegria,
O que escolherei fazer para me encher de alegria?
Eu estou escolhendo o que traz alegria para mim?

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1. Tudo o que existe é Tentativa, o Medo é uma ilusão.
2. Eu escolhi, eu escolho, eu escolherei
com base nas vontades que tive, que tenho e que terei.
3. Tudo o que escolho, escolho porque quero,
o que escolho e me alegra mostra o que quero.
E isto é o que chamo de acerto.
O que escolho e não me alegra mostra o que não quero.
E isto é o que chamo de erro.
Porquê minha escolha não me alegrou?
Que escolha me alegraria?
4. Só existe o agora. O passado eu não posso mudar, o futuro ainda não
transformei, apenas no agora eu tenho poder de escolher.
5. Mas antes de escolher, eu estudo:
O que eu quero?
Porquê quero?
E que caminho escolherei para conquistar o que quero?
Que iniciativa tomarei de maneira prática?
1. Tudo o que existe é Liberdade, o Apego é uma ilusão.
2. Eu criei uma imagem com características únicas,
pintei suas cores com comportamentos únicos
desenhei suas formas com lições preciosas,
Inventei uma história e com ela me envolvi.
A que filme estou assistindo?
O que está acontecendo?
3. O que era uma ideia, tornou-se pensamento,
o pensamento tornou-se necessidade, e a necessidade se transformou
em luz.
4. A Luz deu origem à imagem, e a imagem encontrou seu caminho até
mim,
artista e criador.
5. Quando teve começo a situação que hoje assisto?
Em que momento me coloquei nessa situação?
Porquê eu fiz isso?
6. Em que momento desenhei a imagem que vi?
O que escolherei transformar em mim mesmo para transformar a
situação?

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1. Tudo o que existe é Entendimento, a dúvida é uma ilusão.
2. Eu me indaguei: Onde estou? De onde vim? Para onde vou?
Porquê estou aqui, e o que desejo entender sobre mim?
3. Me lembrei do tempo, indaguei sobre o espaço.
4. Investiguei as formas, encontrei as causas.
Como tudo começou?
Como eu quero que termine?
Que dúvidas tenho sobre o que vejo?
E todas as respostas estavam em mim.
1. Tudo o que existe é Unidade, a Separação é uma ilusão.
2. Eu abro os olhos e vejo a mim mesmo. Eu sou tudo o que existe em
mim.
E todas as perguntas são sobre mim, e todas as respostas estão em
mim.
3. Então concluí que todos os espelhos são reflexos do que sou
cuja causa de existência é o que existe em mim.
4. Em que aspecto de minha vida eu estou agindo da forma que vejo
comigo mesmo?

29
A Natureza dos
Troncos

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1. Tudo o que existe é Clareza, a Leviandade é Ilusão.
2. Clareza é Consciência,
3. Clareza é Unidade,
4. Clareza é Propósito,
5. Clareza é Tentativa.

1. Tudo o que existe é Compreensão, a Ignorância é ilusão.


2. Compreensão é Entendimento,
3. Compreensão é Conexão,
4. Compreensão é Movimento,
5. Compreensão é Liberdade.
A Natureza dos
Galhos

33
1. Tudo o que existe é Sacrifício, a Idolatria é uma ilusão.
2. Sacrifício é Consciência,
3. Sacrifício é Unidade.

1. Tudo o que existe é Piedade, a Perversidade é uma ilusão.


2. Piedade é Consciência,
3. Piedade é Unidade,
4. Piedade é Movimento,
5. Piedade é Entendimento.
1. Tudo o que existe é Lealdade, a Traição é uma ilusão.
2. Lealdade é Propósito,
3. Lealdade é Tentativa.

1. Tudo o que existe é Ascetismo, a Corrupção é uma ilusão.


2. Ascetismo é Propósito,
3. Ascetismo é Tentativa,
4. Ascetismo é Liberdade,
5. Ascetismo é Conexão.

35
1. Tudo o que existe é Bondade, a Punição é uma ilusão.
2. Bondade é Movimento,
3. Bondade é Entendimento.

1. Tudo o que existe é Justiça, a Injustiça é uma ilusão.


2. Justiça é Movimento,
3. Justiça é Entendimento,
4. Justiça é Propósito,
5. Justiça é Tentativa.
1. Tudo o que existe é Caridade, o Egoísmo é uma ilusão.
Caridade é Liberdade,
Caridade é Conexão.

1. Tudo o que existe é Humildade, a Arrogância é uma ilusão.


2. Humildade é Liberdade,
3. Humildade é Conexão,
4. Humildade é Consciência,
5. Humildade é Unidade.

37
A Natureza das
Folhas

39
1. Tudo o que existe é Responsabilidade, o Vitimismo é uma ilusão,
2. Responsabilidade é Consciência,
3. Responsabilidade é Liberdade,
4. Responsabilidade é Entendimento.

1. Tudo o que existe é Paz, a Violência é uma ilusão,


2. Paz é Unidade,
3. Paz é Conexão,
4. Paz é Movimento.
1. Tudo o que existe é Amor, a Competitividade é uma ilusão,
2. Amor é Propósito,
3. Amor é Conexão,
4. Amor é Entendimento.

1. Tudo o que existe é Calma, a Defensiva é uma ilusão,


2. Calma é Tentativa,
3. Calma é Movimento,
4. Calma é Liberdade.

41
1. Tudo o que existe é Desenvolvimento, a Depreciação é uma ilusão.
2. Desenvolvimento é Entendimento,
3. Desenvolvimento é Consciência,
4. Desenvolvimento é Propósito.

1. Tudo o que existe é Entusiasmo, a Tristeza é uma ilusão,


2. Entusiasmo é Movimento,
3. Entusiasmo é Unidade,
4. Entusiasmo é Tentativa.
1. Tudo o que existe é Esperança, o Desespero é uma ilusão,
2. Esperança é Conexão,
3. Esperança é Unidade,
4. Esperança é Propósito.

1. Tudo o que existe é Confiança, a Ansiedade é uma ilusão,


2. Confiança é Liberdade,
3. Confiança é Consciência,
4. Confiança é Tentativa.

43
A Natureza da
Árvore

45
1. Tudo o que existe é Vida, a Morte é uma ilusão.
2. A Vida caminha para Evolução, e a Evolução é tudo o que existe.
3. Evolução é Ascensão. A vida que desce é a vida que pesa, mas tudo o
que pesa deseja fluir.
4. Evolução é Vida,
5. Vida é Consciência,
6. Vida é Entendimento,
7. Vida é Conexão,
8. Vida é Movimento,
9. Vida é Liberdade,
10. Vida é Propósito,
11. Vida é Tentativa,
12. Vida é Unidade.
A Natureza do
Fruto

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1. Eu tudo sou, Eu tudo posso, em tudo existo, Eu tudo crio.
Etapa 1. Reserve um momento de rezo, meditação e concentração do seu dia
para expressar com acolhimento, compreender e organizar seus próprios
sentimentos. Faça-o de preferência sozinho ou acompanhado de pessoas em
quem você confie e com quem tenha uma boa relação.

Etapa 2. Defume o espaço, de preferência com incenso de eucalipto, arruda ou


guiné. Coloque uma música tranquila e calma
Acenda velas para seus guias, de acordo com sua crença particular, pedindo
por proteção, clareza e instrução durante seu processo de compreensão de si
mesmo.

Etapa 3. Consagre sua medicina expansora de consciência preferida, em


especial o Rapé, o Cachimbo Sagrado e a Cannabis, para trazer para fora seu
sentimento e a verdade das necessidades que ele esconde e vem revelar.

Etapa 4. Perceba sua própria alteração emocional e estude-a consigo mesmo.


Você está triste ou feliz? Inspirado ou Irritado? O sentimento em você é de
prazer ou dor?

Etapa 5. Faça o processo de limpeza. Converse consigo mesmo e com uma


companhia de confiança sobre o que está sentindo sem bloquear nem julgar
seus próprios sentimentos. Simplesmente fale, ponha para fora, e à medida
em que fala vá anotando quais são as palavras-chave de seus sentimentos.

O que você está sentindo? Na verdade do sentimento, o que ele é?


Sem julgar, sem condenar, sem mentir para si mesmo.

Qual é a sua dúvida? O que você não está entendendo sobre a situação?
Anote essa dúvida, ela é o mais importante que tentaremos responder aqui.

Do que você precisa? Qual é a sua necessidade?

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Etapa 6. Vá até o capítulo 5: A Natureza das Folhas, página 39.
Nos poemas que descrevem os processos emocionais, encontre qual é o processo
que está enfrentando no momento.

Vitimismo: Quando se sentir impotente diante de uma situação e incapaz de


transformá-la.

Violência: Quando estiver sentindo vontade ferir, machucar ou atacar alguém,


ou quando estiver sendo ferido, machucado ou atacado por alguém.

Competitividade: Quando sentir que outra pessoa te ameaça de alguma


forma. Quando se sentir prejudicado pelo comportamento ou as conquistas de
outra pessoa. Quando estiver em conflitos de interesse ou precisando discutir
razão com outros.

Defensiva: Quando estiver sentindo raiva, se sentindo injustiçado ou contra a


parede de alguma forma. Quando estiver magoado ou ofendido. Quando sentir
que precisa se levantar para se defender contra algo que te ameaça.

Depreciação: Quando estiver se sentindo mal consigo mesmo. Quando sentir


que não é bom o suficiente, que precisa de aprovação externa, que precisa ser
aceito ou respeitado. Quando se sentir desprezado, ignorado ou colocado para
baixo. Quando se sentir com baixa autoestima, que fracassou ou perdeu algo
que queria muito para si.

Tristeza: Quando se sentir sem forças, quando o coração estiver apertado e


você quiser chorar. Quando as coisas estiverem cinzas e sem cor. Quando
estiver se sentindo sozinho e solitário, sem apoio numa situação.
Desespero: Quando você sentir que uma situação não tem saída nem
escapatória. Quando já tiver tentado de tudo sem conseguir o resultado
esperado. Quando sentir que não há mais nada que possa fazer e o medo
estiver tomando conta de seus pensamentos.

Ansiedade: Quando não souber como resolver uma situação que te aflige e
preocupa muito. Quando estiver com muita expectativa sobre algo que ainda
está para acontecer. Quando não souber o resultado de algo que é muito
importante para sua caminhada.

Etapa 7. Vá até o No Capítulo 1, página 21 e leia, na ordem escrita os


poemas do processo que precisar trabalhar em si mesmo.
Cada frase do poema é um portal, e todas elas são importantes, não apenas
as perguntas.
Leia-os em voz alta, de um por um, medite nas frases, busque compreender o
que elas significam profundamente.
Após ler as perguntas do primeiro poema entre os três listados, prossiga
para as etapas 8 e 9.
Ao finalizar a etapa 9, volte para o segundo poema e repita o processo até
ter terminado os três.

Etapa 8. Responda para si mesmo, na força das medicinas à pergunta do


poema.
Caso não consagre as medicinas, medite na pergunta da seguinte forma:
- Leia à pergunta em voz alta, pergunte-a para si mesmo.
- Sente-se confortavelmente, feche os olhos, e imagine que sua mente é um
oceano. Nesse oceano, flutuam imagens, sons e pensamentos.
Fique em silêncio. Solte. Solte... Se apegar ao processo não te ajuda a resolvê-
lo. Tenha curiosidade por se conhecer, tenha curiosidade para investigar seu
processo. Ao invés de opinar, observe, não tenha opiniões sobre a resposta.
Encontre a resposta.
-Atento ao oceano, repita à pergunta em voz alta outra vez. Em silêncio,
observe a primeira imagem ou pensamento que vier à sua cabeça. Esse
pensamento é a primeira resposta que você pode encontrar.
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- A partir dele investigue, “
“Porquê me veio esse pensamento?”
E atente-se aos próximos pensamentos.
De preferência, escreva as reflexões e memórias que surgem em sua cabeça.
Elas te mostrarão a respostas que procura para as perguntas feitas.

Etapa 9. Quando tiver dificuldades, abra seu tarot da forma que preferir e
lhe for mais familiar, a fim de encontrar complementos para as respostas.

Etapa 10. Conclua os poemas. Após responder as perguntas, que respostas


você tem para si?
O que escolherá fazer a partir de agora com a informação?

Etapa 11. Consagre sua medicina e chame seus guias para pedir por
orientação, fazer seus pedidos ao Criador e encontrar clareza em sua
caminhada.

Etapa 12. Descanse com a certeza de que em você está o poder para
compreender qualquer evento.
Para realizar com eficácia os estudos dos poemas descritos no livro, entre em
contato com a Igreja Livre Luz da Vida, onde também é possível participar
de rituais de consagração das medicinas Ayahuasca e Rapé, e com a Capela –
Escola de Propósito, onde também é possível estudar de maneira aprofundada
Astrologia, Hermetismo e Tarot.

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