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Material Instrucional especialmente elaborado

pelo Prof. Antônio Francisco para uso exclusivo


do CETEB-CA.

Curso: Processos Industriais Módulo: Básico Carga Horária: 30h


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Discente:
3
SUMÁRIO

Conjunto dos Números Naturais 4


Conjunto dos Números Inteiros 7
Conjunto dos Números Racionais 10
Potenciação 18
Notação científica, 21
Radiciação 22
Expressões numéricas 24
Unidade de medidas 24
Razão 27
Proporção 29
Grandezas proporcionais 32
Regra de três simples 34
Porcentagem 36
Cálculo algébrico 37
Produtos notáveis 39
Fatoração 40
Equação do 1º grau 42
Equação do 2º grau 46
Função do 1º grau 51
Função do 2º grau 52
Função exponencial 57
Logaritmos 58
Função logarítmica 61
Exercícios 63
Referência Consultada 66

4
O CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS
Em matemática, usamos com muita freqüência alguns conjuntos de números e, entre eles, o conjunto dos
números naturais.
Iniciando pelo zero e acrescentando sempre uma unidade, teremos os chamados números naturais: 0, 1, 2, 3,
4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12,...
Os números naturais constituem um conjunto numérico denominado conjunto dos números naturais, que se
indica pela letra N .
N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,...}
Quando se exclui o 0 deste conjunto, temos o conjunto indicado por N * .
N * = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,...} → conjunto dos números naturais não-nulos.
Considerando a sucessão dos números naturais, podemos observar o que se segue.

 Todo número natural tem um sucessivo.

Exemplos:

 O sucessivo de 0 é 0 + 1 = 1
 O sucessivo de 1 é 1 + 1 = 2
 O sucessivo de 2 é 2 + 1 = 3
 O sucessivo de 37 é 37 + 1 = 38
 O sucessivo de 199 é 199 + 1 = 200

De uma maneira geral, dado um número natural n o seu sucessivo é (n + 1) .


Zero é o menor dos números naturais e não é sucessivo de nenhum outro número natural.
Todo número natural, com exceção do zero, tem um antecessor.

Exemplos:

 O antecessor de 1 é 1-1 = 0
 O antecessor de 2 é 2 – 1 = 1
 O antecessor de 3 é 3 – 1 = 2
 O antecessor de 26 é 26 – 1 = 25
 O antecessor de 500 é 500 – 1 = 499

De uma forma geral, dado um número natural n (n ≠ 0) o seu antecessor é (n − 1) .


Qualquer número natural, a partir do 1, é maior que todos os números que o procedem e é menor que o
seguem.

Exemplos:

4 > 3, 4 > 2, 4 > 1, 4 < 8 4 < 5, 4 < 6, 4 < 7, 4 < 8,...

Não existe o maior dos números naturais, isto é, existem infinitos números naturais. Dois ou mais números
que se seguem na sucessão dos números naturais são denominados consecutivos.

5
Igualdade e desigualdade

A relação a = b é uma relação de igualdade as relações a ≠ b, a > b e a < b são relações de


desigualdades.

 Propriedades da igualdade

a) Reflexiva: a = a
b) Simétrica: se a = b , então b = a
c) Transitiva: se a = b e b = c , então a = c

 Propriedades da desigualdade

Transitiva: se a > b e b > c, então a > c


se a < b e b < c, então a < c

Adição de números naturais


A operação da adição é usada quando devemos juntar duas ou mais quantidades.
Consideremos, então, a seguinte situação em que empregaremos a operação da adição: Uma empresa tem
1748 pessoas trabalhando na sua fábrica e 566 pessoas trabalhando no seu escritório. Quantas pessoas
trabalham ao todo nessa empresa?

Exercício

1º) Um automóvel passou pelo Km 435 de uma rodovia. Ele ainda deverá percorrer 298 km até chegar ao seu
destino. Em qual Km dessa estrada está o ponto de destino desse automóvel?
2º) O odômetro é um aparelho usado nos veículos para marcar o número de quilômetros percorridos. Um
carro sai de São Paulo com o odômetro marcando 28596 km e vai até Rio Claro, uma cidade distante 175 km
de São Paulo. Ao chegar a Rio Claro, qual a quilometragem que o odômetro desse carro estará marcando?
3º) A produção de uma indústria foi de 105 780 peças em janeiro, 93 968 em fevereiro e 119 498 peças em
março. Quantas peças essa indústria produziu nesse trimestre?

Subtração de números naturais

A operação da subtração é empregada quando devemos tirar uma quantidade de outra quantidade. Exemplo:

Uma imobiliária anunciou um apartamento por R$ 38.650,00 e outro imóvel, menor por R$ 27.930,00. Qual a
diferença de preço entre os dois imóveis?

Solução 38 650 minuendo


- 27 930 subtraendo
10 720 diferença ou resto

6
Exercício

1º) Hidrômetro é um aparelho semelhante a um relógio: marca o consumo de água de uma casa em
centímetros cúbicos. A leitura de um hidrômetro feita no dia 20 de março indicava 2 568 metros cúbicos e
uma nova leitura feita um mês depois, indicava 2 727 metros cúbicos. Quantos metros cúbicos de água foram
consumidos nesse período?
2º) Você sabe que o odômetro é um aparelho usado nos veículos para marcar o número de quilômetros
percorridos. Ao sair de uma cidade A, uma moto tinha seu odômetro marcando 18.602 quilômetros, ao
chegar a uma cidade B , o odômetro marcava 19.110 quilômetros. Quantos quilômetros separam a cidade A
da cidade B ?
3º) Sabe-se que a profundidade média do oceano Pacífico é de 4.188 metros e a profundidade média do
oceano Atlântico é de 3.736 metros. Qual é a diferença entre essas duas profundidades?

Multiplicação de números naturais


A operação de multiplicação é empregada quando adicionamos a mesma quantidade muitas vezes. Exemplo:

Um edifício de apartamentos tem 6 andares. Em cada andar há 4 apartamentos. Quantos apartamentos têm o
edifício todo?

Solução: Para resolver esse problema, podemos fazer: 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 = 24


Essa mesma igualdade pode ser representada por: 6 x 4 = 24

Exercício:

1º) Três cidades, A, B e C são ligadas por uma rodovia. Sabe-se que de A até B são 275 km e que de B até C
a distância corresponde ao triplo da distância de A até B. Quantos quilômetros são de B até C?
2º) Você sabe que o dobro significa duas vezes, o triplo três vezes, o quádruplo significa quatro vezes e o
quíntuplo significa cinco vezes. Nessas condições, e sabendo que o número natural n vale 495, determine:

a) O dobro número n
b) O triplo do número n
c) 6 x n
d) O quádruplo do número n
e) O quíntuplo do número n
f) 12 x n

Divisão de números naturais


A operação da divisão é empregada quando queremos dividir uma quantidade em partes iguais.

Exemplo:

Uma indústria produziu 183 peças e quer colocá-las em 12 caixas, de modo que todas as caixas tenham o
mesmo número de peças. Quantas peças serão colocadas em cada caixa?

Solução:

Para resolver esse problema, devemos fazer 183 ÷ 12.


Como o resto é 3, dizemos que esta é uma divisão com resto ou uma divisão não exata. Logo, podemos dizer
que em cada caixa serão colocadas 15 peças, sobrando ainda 3 peças.
Exercício
7
1º) Uma tonelada de cana–de–açúcar produz aproximadamente 85 litros de álcool. Quantas toneladas de
álcool são necessárias para produzir 6 970 litros de álcool?
2º) Para verificar se um automóvel está bem regulado, procura-se calcular o consumo de combustível
dividindo-se a distância que o automóvel percorre pela quantidade de combustível gasta. Sabendo que para
percorrer 444 km um carro consome 37 litros de combustível, determine o consumo desse carro.
3º) Um pedaço de madeira tem 340 centímetros de comprimento e foi dividido em 3 partes. A primeira parte
tem 78 centímetros de comprimento, enquanto as duas outras têm o mesmo comprimento. Quantos
centímetros têm cada uma dessas partes?
4º) O número atômico (Z) é o número de prótons presentes no núcleo de um átomo. O número de massa
(A) é a soma do número de prótons (Z) e de nêutrons (N) presentes no núcleo de um átomo. Calcule o
número de elétrons de um átomo de Carbono sabendo-se seu número atômico é 6 e seu número de massa é
12.

O CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS


Os números + 1,+2,+3,+4...,+10...,+25...,+100,... são chamados números inteiros positivos. Os números
inteiros positivos são identificados com os números naturais maiores que 0 .
+1 = 1 +2 = 2... +10 = 10... +25 = 25... +100 = 100...
Os números − 1,−2,−3,−4,−5,...,−10,...,−25,...,−100,... são chamados números inteiros negativos.
O conjunto formado pelos números inteiros com o sinal de mais (+) positivos, pelos números inteiros com o
sinal de menos (-) negativos e pelo zero é chamado conjunto dos números inteiros e é representado pela
letra Z .
Z = (...,−5,−4,−3,−2,−1, 0,+ 1, + 2, + 3, + 4, + 5,...)

Exercícios:

1º) Tomando como referência o nível do mar, use números inteiros positivos ou negativos para indicar os
valores expressos nas frases:

a) O mergulhador só desce ao mar para fazer reparos a até 300m de profundidade.


b) Na fronteira do estado do amazonas com a Venezuela estão os dois pontos mais elevados do
território brasileiro: Pico 31 de março, com 2992 metros, e o Pico da Neblina, com 3014 metros.
c) A Petrobrás é a única empresa no mundo capaz de explorar poços localizados a até 2000 metros abaixo
da superfície do mar.

Comparação de números inteiros

 Qualquer número inteiro positivo é maior que zero.


Exemplo: +15 > 0
 Qualquer número inteiro positivo é maior que qualquer número inteiro negativo.
Exemplo: +19 > - 28
 Qualquer número inteiro negativo é menor que zero.
Exemplo: - 1256 < 0
 Entre dois números inteiros negativos, o maior é aquele que tem o menor módulo.
Exemplo: -6 > -10, pois − 6 < − 10
Generalizando o que vimos: Entre dois números inteiros quaisquer, o maior é aquele que está mais à direita
na reta numérica inteira.
Exercícios:

8
1º) Compare os dois números inteiros que estão envolvidos no seguinte fato: Uma temperatura de 2 graus
abaixo de zero é mais alta que uma temperatura de 6 graus abaixo de zero.
2º) Usando os símbolos > e <, compare os números inteiros:

a) 0 e +7 f) -30 e +6
b) +11 e 0 g) +7 e +20
c) 0 e -9 h) -11 e -30
d) -13 e 0 i) -1 e +5
e) +2 e -19 j) -20 e -3

Adição de números inteiros

(+)+(+)=(+)
( + ) + ( - ) = ( +/- )
( - ) + ( + ) = ( -/+ )
( - ) + ( -) = ( - )
 Quando os dois números são positivos, a soma é um número positivo.
Exemplo: (+6) + (+17) = +23
 Quando os dois números são negativos, a soma é um número negativo.
Exemplo: (- 6) + (- 17) = - 23

Adição de três ou mais números inteiros


Acompanhe a situação a seguir: Uma loja de calçados tem quatro departamentos: um de calçados
masculinos, um de calçados femininos, um terceiro de calçados infantis e um quarto de calçados esportivos.

O quadro seguinte mostra a venda de cada departamento no mês de março em relação ao mês anterior:

60 pares a mais → (+60)


45 pares a menos → (-45)
18 pares a menos → (-18)
30 pares a mais → (+30)

Vamos verificar o resultado final da loja no mês de março, em relação a fevereiro:

= (+60) + (-45) + (-18) + (+30)


= +90 + (-63)
= +27

Adicionando as quantidades positivas: (+60) + (+30) = (+90)


Adicionando as quantidades negativas: (-45) + (-18) = (-63)
Adicionando os resultados obtidos: (+90) + (-63) = +27

Exercícios

1º) Na atmosfera, a temperatura diminui cerca de 1 grau a cada 200m de afastamento da superfície terrestre.
Se a temperatura na superfície é de +20 graus, qual será a temperatura na atmosfera a uma altura de 10 km?
2º) Calcule:

a) – 92 + 17 + 34 + 20 c) 17 – 40 – 30 – 60 + 100
9
b) 76 + 92 – 104 – 101 + 94 d) 81 + 19 – 95 – 105 + 260 – 110

Subtração de números inteiros


Subtrair dois números inteiros é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do segundo.
Veja estes exemplos:

( + ) – ( + ) = ( + ) + ( - ) = ( +/ - )
(+)–(-)=(+)+(+)=(+)
(-)–(+)=(-)+(-)=(-)
(-) -(-)=(-)+(+)=(-/+)

(+13) – (+2) = (+13) + (-2) = +11


(+7) – (+15) = (+7) + (-15) = -8

Exercício:

1º) Numa cidade a temperatura mínima foi de -1 grau, enquanto a temperatura máxima foi de +10 graus. Para
determinar a variação de temperatura, efetuamos a subtração “temperatura máxima – temperatura mínima”.
Qual a variação da temperatura nessa cidade?

Multiplicação de números inteiros


( + ) . ( +) = ( +)
(+).(-)= (-)
(-). (-)= ( +)
(-).(+)= (-)

A multiplicação de dois números inteiros positivos dá um número inteiro positivo:

(+8) . (+12) = + 96
(+20) . (+13) = +260

 A multiplicação de um número inteiro positivo por um número inteiro negativo, em qualquer ordem resulta
em um número inteiro negativo:
Exemplo: (-6) . (+4) = - 24
 A multiplicação de dois números inteiros negativos resulta em um número inteiro positivo:
Exemplo: (-6) . 9-20 = + 12
 Se os dois fatores têm sinais diferentes, o produto é um número negativo.
Exemplos: (+9) . (-2) = -18 e (-13) . (+6) = - 78

Divisão de números inteiros

A divisão com números inteiros obedecem aos mesmos critérios da multiplicação.

CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS

10
Chama-se conjunto dos números racionais - símbolo Q - o conjunto formado por todos os números que
p
podem ser colocados na forma fracionária onde p ∈ Z e q ∈ Z * . Então:
q
p
Q={ / p ∈ Z , q ∈ Z * } Note que: Ν ⊂ Ζ ⊂ Q
q
Assim o resultado da divisão de p por q , no caso em que p não é múltiplo de q , dá origem aos números
racionais decimais.

Termos de uma fração


p
Em toda fração o número p é chamado de numerador e o número q é chamado denominador. Juntos
q
constituem os termos de uma fração.
O numerador indica quantas partes foram tomadas do inteiro.
O denominador indica em quantas partes foi dividido o inteiro.
Assim na figura ao lado, que foi dividida em oito partes iguais, temos:
5 3
A parte Colorida é representada por: e a parte branca por:
8 8
8
O todo (a figura inteira) é representado por: = 1
8
Observação: O denominador nunca pode ser igual a zero.
Em todo número decimal, a vírgula separa a parte inteira da parte decimal.
Vejamos:
15, 631 0 , 03
Parte inteira↑ ↓ Parte decimal Parte inteira ↑ ↓ Parte decimal
Na parte decimal, cada número ocupa uma CASA DECIMAL.

Transformação de fração decimal em um número decimal


No caso de fração decimal, para transformá-la em número decimal, basta deslocar a vírgula
(imaginária) para a esquerda, tantas casas quanto for o número de zeros do denominador.

32
Exemplo: A fração é igual a 3,2. A vírgula imaginária encontra-se à direita do último algarismo do
10
numerador, isto é, (32,) deslocando-a uma casa para a esquerda (pois o denominador apresenta 1 zero)
encontramos o decimal procurado.

435 75 2 5
Outros exemplos: a) = 4,35 b) = −0,75 c) = 0,2 d) = 0,005
100 100 10 1000
Quando, ao deslocar a vírgula, o numerador não apresentar algarismos suficientes, acrescentamos zeros à
esquerda do numero. (veja exemplos b, c e d).

Transformação de um número decimal em uma fração decimal


A fração procurada terá como numerador, o decimal dado sem a vírgula e sem o(s) zero(s) à
esquerda, enquanto que o denominador terá o número 1, seguido de tantos zeros quanto o número
que
Para casas decimais
transformar do decimal
um número dado.
decimal em fração decimal, devemos observar que:
8 634 2 13456
Exemplos: a) 0, 8 = b) 6, 34 = c) 0,002 = d) 1,3456 =
10 100 1000 10000
11
Exercícios:

1º) Transformar em decimal


3 328 5114
a) = b) − = c) = d) 32 =
10 1000 1000

2º) Transformar em fração, os decimais abaixo:

a) 7, 4 = b) 0, 467 = c) 0, 01 = d) 0, 023 =

Número misto
Extrair os inteiros da fração imprópria, o que pode ser feito dividindo-se o numerador pelo denominador. O
número misto terá mesmo denominador, a parte inteira é o quociente da divisão e o numerador é o resto.
r
Isto é: em D d temos assim a fração: q
d
r q
Exemplos:
7 1 17 2
a) = 3 7 2 b) =5 17 3
2 2 1 3 3 3 2 5

Exercícios:

1º) Transformar os números mistos em fração imprópria.


2 2 1
a) 1 = b) 2 = c) 4 =
3 5 7

2º) Transformar em número misto:


23 10 3
a) = b) = c) =
5 4 2
Frações equivalentes
São frações que representam a mesma parte do inteiro. Um mesmo número racional pode ser representado
por vários outros.
1
=
2
1 2 4
2
Note que: = =
= 2 4 8
4
4
=
8

Como obter frações equivalentes.

Para obter frações equivalentes a certa fração, basta multiplicar os seus termos (numerador e denominador),
por um mesmo número natural diferente de zero.
Este procedimento é chamado de Propriedade Fundamental das Frações. Exemplos:

1 2 1 3 1 4 1 5 1 2 3 4 5 6 80
= ; = ; = ; = ; Logo, = = = = = = ... = = ...
2 4 2 6 2 8 2 10 2 4 6 8 10 12 160

12
Simplificação de frações
Sempre que os termos de uma fração admitir divisores comuns, pode-se simplificá-la tornando-a irredutível
(quando seus termos não admite mais simplificação). Para tanto, basta dividir o numerador e o denominador
da fração por um mesmo número natural, exceto por 0 e 1. vejamos:
36 18 36 9 36 3 36 18 9 3
= ; = ; = Isto é: = = =
24 12 24 6 24 2 24 12 6 2

Observação: Se numa fração o numerador e o denominador terminam em zero(s), podemos eliminar o


mesmo número de zeros em ambos os termos.
30 3 1 600 −6 1 300 3
Exemplos: a) = = b) − = =− c) =
60 6 2 3000 30 5 200 2

Mínimo múltiplo comum (mmc)


Números primos
São denominados números primos, aqueles que apresentam dois divisores apenas ele mesmo é a unidade
(1). Quando um número apresenta mais de dois divisores ele é chamado de número composto.

Segue o conjunto dos números primos, abaixo:

P = {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47...}

Regra prática para determinar o mmc entre dois ou mais números.

Vejamos como calcular o mmc de 14, 45 e 6.

(1º passo) Escrevemos os números dados, separando-os por vírgula e colocamos um traço ao lado
do último número. No lado direito do traço, colocamos o menor dos fatores primos que se pode
dividir pelo menos um deles.

(2º passo) Abaixo dos números que forem divisíveis pelo fator primo, colocamos o quociente
(resultado da divisão). Os números que não são divisíveis pelo fator primo devem ser repetidos.
(3o passo) Repetimos os passos 1 e 2 até chegar ao quociente 1, abaixo de todos os números. O
mmc é o produtos dos fatores primos, colocados à direita do traço

Logo, mmc (14, 45, 6) = 2 . 3² . 5 . 7 = 2 . 9 . 5 . 7 = 630

Veja o mmc (12, 30) 12, 30 2


6, 15 2
3, 15 3 Logo, mmc (12, 30) = 2² . 3 . 5 = 4 . 3 . 5 = 60
1, 5 5
1, 1
Exercícios

13
500 10
5º) Simplifique as frações, até obter a fração irredutível:a) = b) = c)
600 15
2004 50
= d) − =
4000 100

6º) Calcule:
a) mmc (12,16) = b) mmc (150,50) = c) mmc (10,12,15) =

Redução de frações ao mesmo denominador


Reduzir frações ao mesmo denominador comum é encontrar frações equivalentes com denominadores iguais.
Este procedimento pode ser feito pelo método do mmc (mínimo múltiplo comum) dos denominadores
das frações dadas. 3 5
Exemplo: Reduzir ao mesmo denominador, as frações e
4 6
1º) calculamos o mmc dos denominadores das frações dadas: mmc ( 4, 6 ) = 12
2º) Dividimos o mmc (12), pelo denominador de cada fração e multiplicamos cada resultado pelo seu
respectivo numerador.
12 : 4 = 3 → 3 x 3 = 9
12 : 6 = 2 → 2 x 5 = 10
3 9 5 10
Logo: = e = .
4 12 6 12
Note que as frações têm mesmo denominador
4,6 2
2,3 2
1,3 3
1,1 2 x 2 x 3 = 12

7º) Reduzir, ao mesmo denominador comum, as frações:

1 5 4 1 5
a) e = b) , e =
4 6 3 2 9

Operações com números racionais


Adição e subtração de números racionais fracionários

Toda expressão numérica que contém somente as operações de adição e subtração representa uma adição
algébrica.
Quando uma adição algébrica contém parênteses antecedido do sinal + podemos eliminar esses parênteses,
bem como o sinal que os antecede, escrevendo apenas o número que está no interior dos parênteses com
 2  3 2 3
seu próprio sinal Exemplos: a) (+5) + (–7) + (+8) + (–3) = 5 –7 + 8 – 3 b) +  + −  = −
 3  5 3 5
Quando uma adição algébrica contém parênteses antecedidos do sinal – podemos eliminar esses parênteses,
bem como o sinal que os antecede, escrevendo cada número que está no interior dos parênteses com sinal
trocado
 3  1 3 1
Exemplos: a) – (+2) – (+ 4) = –2 – 4 b)  −  −  −  = − +
 4  6 4 6

14
Para adicionarmos e/ou subtrairmos frações, é necessário que elas possuam denominadores iguais.
Nos casos em que as frações têm denominadores diferentes, devemos reduzi-las ao mesmo
denominador comum. Estando estas com denominadores iguais, a soma, será uma fração de mesmo
denominador comum, cujo numerador é a soma dos numeradores das frações anteriores.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

1ª) A operação envolve apenas dois números:

a) Se os números têm sinais iguais, conservamos o sinal e somamos os módulos.


b) Se os números têm sinais diferentes, subtraímos seus módulos e damos ao resultado o sinal do número
de maior módulo.

2ª) A operação envolve mais de dois números


Neste caso devemos, somar todas as parcelas positivas, em seguida somar todas as parcelas negativas.
Assim, recaímos em um dos casos anteriores:

Exemplos:
a) (+4) + (+ 2) = 4 + 2 = 6 7 9 20 − 14 − 45 20 − 59 39
d) 2 − − = = =− mmc(2,5) = 10
5 2 10 10 10
b) (– 4) + (– 2) = – 4 – 2 = –6 1 2 7 7 35 + 14 49 9
e) 3 +1 = + = = = 4 mmc (2,5) = 10
2 5 2 5 10 10 10
c) (–10) – (– 3) = –10 + 3 = –7 1 9 5 1 9 5
f) − + − + = Propriedade do cancelamento
3 7 4 3 7 4

Adição de números racionais decimais


Para adicionarmos ou subtrairmos números decimais, devemos colocar vírgula debaixo de vírgula e
efetuar a operação normalmente, como se fossem números inteiros, antes, porém, será melhor se
todos decimais tiverem igual número de casas decimais (acrescenta-se zero(s) à direita).
Exemplos:

1) Calcular:

a) 3,25 + 4,16 b) 5,61 – 8,42 c) 2,7 + 6 + 10,254


3, 25 8, 42 2, 700
+ 4, 16 - 5, 61 + 6, 000
7, 41 2,81 10, 254
18,954
Exercícios:

8ª) Calcule:

1 5 3 1 3
a) – (–3) – (–8) – (+10) = c) 2+ + −1 = e) − =
2 16 4 2 8

5 3 7
9º) + a soma:
b) Calcule + =  3  5
16 16 16 d)  +  + − +2=
 2  4
a) 12,568
b) 101,002 + 63,012

15
c) 25,123-23,18

Multiplicação de números racionais fracionários


Na matemática “de” significa vezes (×)
Exemplos: 3 1 11 7 77 5
c) 2 ⋅ 3 = ⋅ = =9
a) (–8). (–5) = 40 4 2 4 2 8 8

 2  1 2 2 2 50
b)  − ⋅+  = − d) de 25 = ⋅ 25 = = 10
 3  5 15 5 5 5

O Sinal do resultado pode também, ser obtido aplicando (+) . (+) = (+)
(–) . (–) = (+)
a regra de sinal, ao lado, para o produto de dois ⇒ (+) . (–) = (–)
números, ou sucessivamente para o produto de mais de
dois números. (–) . (+) = (–)

Multiplicação de números racionais decimais


Para multiplicar números decimais, devemos:
Multiplicar os números como se fossem inteiros. O produto terá um número de casas decimais igual
à soma do número de casas dos decimais dados.
Exemplos: Calcular o produto:

a) 3,26 x 2,4 b) (-0,27) x 0,003


3, 2 6 → 2 casas decimais 0, 2 7 → 2 casas decimais
2,4 → 1 casa decimal 0,0 0 3 → 3 casas decimais
1304 ↓ 0,000 81 → 2+3 = 5 casas decimais
652
7, 8 2 4 → 2+1 = 3 casas decimais

OBSERVAÇÃO:

 Na multiplicação não é necessário colocar vírgula embaixo de vírgula.


 Lembre-se que a multiplicação dispõe da propriedade comutativa que nos garante que: “ a ordem dos
fatores, não altera o produto ”, isto é: ab = ba .
 A multiplicação de números inteiros é feita multiplicando-se os números naturalmente, dando ao
resultado: O sinal ( + ), se o número de fatores negativos for PAR.
O sinal (– ), se o número de fatores negativos for IMPAR
 A multiplicação de números fracionários é feita multiplicando-se os numeradores entre si e também os
denominadores, dando ao resultado o sinal conforme regra acima.

Multiplicação e divisão por 10, 100, 1000, ...

Para multiplicar um número decimal por 10, 100, 1000, etc., basta deslocar a vírgula para a direita, tantas
casas conforme o número de zeros da potência de dez, isto é: 1, 2, 3, etc. respectivamente.

16
Para dividir um número decimal por 10, 100, 1000, etc.; basta deslocarmos a vírgula para a
esquerda, tantas casas quanto o número de zero(s) da potência de dez, isto é,1, 2, 3, etc.
respectivamente..

Exemplos: a) 6,587 x 10 = 65,87 b) 2,725 x 1000 = 2725 c) 0,0287 x 100 = 002,87 = 2,87

Exemplos: a) 379,4 : 10 = 37,94 b) 42,5 : 1000 = 0,0425 c) (–379,4 ) : 100 = –3,794


d) 23,56 . 1000 = 23560 e) 126,598 . 100 = 12659,8

Exercícios:

10. Calcule os produtos:


a) (– 8 ).( –2 ) = 11 3
d) 16 ⋅ ⋅1 =
16 4
 2  7
b)  −⋅+  =
 5  4
3 1
 35  e) de 1 =
c)  − (− 123) ⋅ 0 = 4 2
 47 
11. Calcule o produto:
c) 8,296 . 100 = f) 0,07 ÷ 10 =
a) (+0,7) . (–1,2) =
d) 0,06 . 10 = g) 2000 ÷ 1000 =
b) 4 . 2,5 =
e) 4,723 . 10 = h) 347,2 ÷ 100 =

Divisão de números racionais por números fracionários


A divisão é indicada por:
D é o dividendo
D = Qd + r , onde
d é o divisor
Q é o quociente (resultado)
r é o resto (quando houver)
Para dividirmos dois números inteiros, devemos:
Dividir o 1º pelo 2º número e aplicar a mesma regra de sinais da multiplicação:

Exemplos: a) (+32) : (+ 8) = 4 c) (–18) : (– 2) = 9


b) (+ 15) : (–3) = – 5 d) (– 25) : ( + 5) = – 5

Para dividirmos dois números racionais fracionários devemos:

Conservar o primeiro e multiplicar pelo inverso do segundo e aplicar a regra de sinais anterior, isto e:

a c a d
÷ = ⋅
b d b c

17
 3  2  3  3 9  3  3  1 3
Exemplos: a)  −  ÷  −  =  −  ⋅  −  = b)  +  ÷ (− 5) =  +  ⋅  −  = −
 5   3   5   2  10  4  4  5 20

Observações importantes:

1- numa divisão o divisor deve ser diferente de zero: ( + 5) : 0; (–2) : 0: ; 0 : 0


Essas expressões não têm significado. Elas não representam números.

Divisão de números racionais decimais


Para dividir dois números decimais devemos:

1º) Igualar o número de casas decimais


2º) Eliminar a vírgula (obtendo, assim, números inteiros)
3º) Efetuar a divisão e aplicar a regra de sinais.

Exemplos: Calcular o quociente: a) (–0,81) : (+0,27)

1º) Note que os decimais já têm o mesmo número de casas decimais


2º) Eliminando a vírgula e os zeros à esquerda têm: (–0,81) : (+0,27) = –81:27
3º) Calculando: –81 : 27 = –3
Logo, (–0,81 ) : ( +0,27 ) = –3

b) (–12,27 ) : (–3 )

1º) Igualando o número de casas decimais → (– 12, 27 ) : (–3,00 )


2º) Eliminado a vírgula → (–1227) : (–300 )
3º) Efetuando a divisão → 1 2 2 7 3 0 0
2700
0 4, 09
Logo, (–12,27 ) : (–3 ) = 4, 09

A divisão de números decimais também pode ser feita, transformando-os em fração, sendo que o resultado
obtido pode ser novamente convertido em decimal, caso seja conveniente.
Vejamos os mesmos exemplos anteriores:

 81   27   81   100  81
a) (-0,81) : (+0,27) =  −  ÷ +  = − ⋅+ =− = −3
 100   100   100   27  27
 1227   1  1227
b) (-12,27) : (-3) =  − ×−  = = 4,09
 100   3  300

Exercícios

12. Calcule o quociente:


15
a) (+ 15 ) : ( + 3 ) = c) :8 = e) 1,25 : 0,25 =
16
1 3 d) 16,23 : 0,4 =
b) 3 :2 =
2 5
18
POTENCIAÇÃO
Neste item, estudaremos a operação de Potenciação de números reais.
Potenciação é a operação que tem por finalidade obter o produto de fatores iguais e simplificar a escrita.
Vejamos:
EXPOENTE
 2
3
 2  2  2 8 POTÊNCIA
BASE +  = +  • +  • +  =
 3  3   3   3  27

a = BASE é o fator que se repete.


a = b ⇔ a × a × a × ... × a = b
n n = EXPOENTE indica quantas
vezes a base se repetirá.
n vezes b = POTÊNCIA é o resultado da
operação

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

De um modo geral, para calcular potência de uma fração, elevamos ambos os termos ao expoente da
n
a an
potência dada, isto é.   = n
b b
3 2
 2 2  1 12
3
8 1
Exemplo: a)  +  = 3 = b)  +  = 2 =
 3 3 27  5 5 25

LEITURA

A leitura de potências faz-se de acordo com o seu expoente.

 Quando o expoente é 2, lê-se: quadrado


 Quando o expoente é 3, lê-se: cubo
 Quando o expoente é 4, 5,..., lê-se: quarta potência, quinta potência,,...

Exercícios

13. Calcule as potências:


a) 24 =
b) 06 =
c) (–6) 2 =
d) (–7) 3 =
e) (+1)30 =
Potência
f) (-10)3 = de um número real com expoente natural

Dado um número real a e um número natural n , n ≠ 0 , a expressão a n , denominada potência representa


um produto de n fatores igual ao número real a .
Assim, por exemplo:

1) 3 4 = 3 . 3 . 3 . 3 = 81
2) (-2) 5 = (-2) . (-2). (-2) . (-2) = -32
19
3
 1  1  1  1 1
3)  −  =  −  .  −  .  −  = −
 6  6  6  6 216
4) (-1, 4) = (-1, 4) . (-1, 4) = +1,96
2

5) 10 1 = 10

Observe que:
-2 2 = - (2 . 2) = - 4 e (-2) . (-2) = + 4
Assim, - 2 2 ≠ (- 2) 2 .

Propriedades

Dado um número real a , não nulo, e sendo m e n dois números naturais, então, a m . a n = a m + n .
Exemplo:
3 4 1+ 3
2 2 2 2
 .  =  ou   .
3 3 3 3

Dado um número real a não nulo, e sendo m e n dois números naturais, então a m ÷ a n = a m − n
Exemplos:
3 2 3 −1
2 2 2 2
  ÷  =   ou  
3 3 3 3

Dado um número real a , não nulo, e sendo m e n dois números naturais, então (a m ) n = a m . n .
Exemplos:
(25 ) 2 = 210 ou 25 . 2
3
 3 4   3 12 3
4.3

   =   ou  
 4    4  4

Dada a potência (a . b) n ou (a ÷ b) n , sendo a e b dois números reais não-nulos e n um número natural


diferente de 0, temos:
( a . b) n = a n . b n ou ( a ÷ b) n = a n ÷ b n

Expoente zero

Para todo número real a , com a ≠ 0, temos a 0 = 1.

Exercícios

1º) Determine o valor de:

a) 50 b) − 50 c) (−5) 0 d) − (−5) 0

2º) Qual é o valor numérico da expressão - 50 + 30 − (−4)0 ?


1
3º) Qual é o valor numérico da expressão + (0,17)0 ?
25
20
Potência de um número real com expoente inteiro negativo

1
Para todo número real a, com a ≠ 0 , temos a −1 = .
a
n
1 1
Para todo número real a, com a ≠ 0 , temos a − n = =   , sendo n um número natural diferente de
an  a 
zero.

Exemplos:
2 4 −3 3
−2 1 1 −4  1 1  4  7 343
1) 5 =  = 2) (−2) = −  = 3)  −  = −  = −
5 25  2 16  7  4 64

Propriedades das potências com expoente inteiro


As mesmas propriedades estudadas para as potências com expoentes naturais valem também para as
potências com expoentes inteiros e base real não-nula.

Exercício

1º) Transforme numa só potência:

a) 79 . 7 −6 b) 10 −9 . 10 . 105 c) 83 . 8−6 d) x 3 . x −5 . x 4 e) a 8 . a −8 . a −1

2º) Transforme numa só potência:

a) (6 −1 ) 4 b) (106 ) −2 c) (5−1 ) −3 d) ( x 6 ) −2

3º) Transforme em um produto de potências:

a) (5 . 11) −2 b) (3 . 10 2 ) −1 c) (2−4 . 54 ) −2 d) ( x 6 ) −2

4º) Qual é a forma mais simples de escrever cada uma das seguintes expressões, sendo x um número real
não-nulo?
2
 x2 
a)  − 3  b) ( x −3 . x) −1 c) ( x n +1 . x 2 − n ) −2
x 

Potência com expoentes racionais


m m

A expressão a , com a ∈ R+ , m ∈ Z , n ∈ Z + , que representa


n * n
a , ou seja: a n = n a m .
m

Exemplos:
5 1
3
2 =2
5 3
5 =5 2

5
3
102 8
35 = 38

Propriedades das potências com expoentes racionais

21
As mesmas propriedades que já estudamos para expoentes inteiros valem para as potências com expoentes
fracionários.
Exercício:

1º) Escreva na forma de potência com expoente fracionário os seguintes radicais:


a) 7 23 b) 5 104 c) 3
72 d) 25
e) 6
2 f) 9
5 g) 11 h) 4
23

Potência de base 10
Escrever o número 0, 0000001 na forma de potência de 10.
1 1
0, 0000001 = = 7 = 10− 7
10 000 000 10
Exercício

1º) Escrever os números como potência de base 10.

a) 0,001 b) 10000 c) 0,00001 d) 1000000

12 . 10 −3 . 10 −4 . 109
2º) Simplificar a expressão .
3 . 10 −1 . 10 4
Exercício

1º) Escreva cada um dos seguintes números na forma de um produto de dois fatores, sendo um dos fatores
um número inteiro maior que 1 e menor que 10, e o outro uma potência de 10:

a) 700 b) 0,06 c) 0,00007 d) 0,002


e) 0,000009 f) 0,5

2º) Calcule o que se pede.


a) (3/4)3 = b) (3/4 ) -3 = c) 120 = d) (- 12 )0 = e) ( 3,2 ) 5 . ( 3,2 ) -4 =

NOTAÇÃO CIENTÍFICA
A distância média da Terra ao sol é de 150.000.000Km. Como escrever essa distância usando a notação
científica?
Na notação científica, um dos fatores deve ser maior que 1 e menor que 10, enquanto o outro fator deve ser
uma potência de 10.
No caso, 15 foi dividido por 10 e, ao mesmo tempo, multiplicamos 10.000.000 por 10, para não alterar o
número.
150.000.000 = 15 x 10.000.000 =
= 1,5 . 100.000.000 = 1,5 . 10 8
Então a distância média da Terra ao sol é 1,5 . 10 8 Km.

Exercícios

Observe o texto:

22
“Rutherford imaginou o diâmetro do átomo estabelecendo relação com o diâmetro do núcleo. O diâmetro do
átomo proposto seria 0, 00000001cm enquanto que o núcleo seria da ordem de 0, 000000000001 cm”.
De acordo com o texto lido, responda:

a) Como escrevemos o diâmetro do átomo em notação científica?


b) como escrevemos o diâmetro do núcleo do átomo em notação científica?
c) Quantas vezes o diâmetro do átomo é maior que o diâmetro do núcleo?

01) Coloque os números abaixo na forma de notação científica

a) 0,00000126
b) 198,236
c) 0,0000050069 Nota: Quando o índice do
d) 165987564891,235674 9 (aproxime para duas casas decimais) radical é 2, não é necessário
escrevê-lo.
RADICIAÇÃO
Neste item, estudaremos a operação de radiciação de números reais.
A operação pela qual calculamos a raiz quadrada, a raiz cúbica, a raiz quarta, etc., de um número racional é
chamada RADICIAÇÃO, que indicamos por:
n é chamado de ÍNDICE.
a é o RADICANDO.
n
a =b b é a RAIZ.
e o símbolo é o RADICAL.

OBS.: Não existe raiz de índice menor que dois, isto é, o índice só pode ser um inteiro positivo maior ou igual
a dois ( n ≥ 2 ).
A radiciação é a operação inversa da potenciação.
Observe:

Potenciação → Radiciação
72 = 49 ....................
2
49 = 7
23 = 8 .....................
3
8 =2
34 = 8l .....................
4
81 = 3
LEITURA
n
O símbolo a é lido de acordo com o índice (n) vejamos:
 Índice 2 → lê-se: raiz quadrada
 Índice 3 → lê-se: raiz cúbica
 Índice 4, 5, 6 → lê-se: raiz Quarta, raiz Quinta, raiz sexta, etc.
Exemplos:

a)
2
49= 49 Lê-se: raiz quadrada de 49.

b)
3
8 Lê-se: raiz cúbica de 8.
4
c) 81 Lê-se: raiz quarta de 3.
23
Em geral, temos que

Extrair a raiz de um número a é encontrar a base b para a potência, cujo expoente é o índice
n da raiz e o resultado é igual ao radicando( a ), isto é n a = b ⇔ b = a
n

(*) Note que: Em R, só é possível calcular raízes de índice par se, e somente se o número dado(radicando) é
não negativo(positivo ou nulo).

Exemplos:
a) 49=7, pois 7 = 49
2
e) − 49 ∉ R, pois (*)
− 8 = −2, pois (− 2) = −8
3
b) 8 = 2, pois 2 = 8
3 3 3
f)
5
c) 4 81 = 3, pois 3 = 81
4
1 1  1 1
2 g) 5 − = − , pois  −  = −
81 9  9  81 32 2  2 32
d) = , pois   =
h) 0,04 = 0,2; pois (0,2) = 0,04
2
49 7  7  49

Observe que:

Para calcular a raiz de números fracionários, extraímos a raiz do numerador e também a raiz do
n
a a
denominador, isto é: n =
b n
b

Exercícios
14. Determine o valor de a ∈ Q , se possível, de modo que as igualdades abaixo sejam verdadeiras.
9 1 8
a) a 2 = b) a 5 = − c) a 3 = −
4 32 27

15. Calcule a raiz, se possível:

36 1 125
a) = c) 3 − = e) 3 − =
49 8 64

64 16 81
EXPRESSÕES
b) 3 −
27
= NUMÉRICASd) −
81
= f) 4
16
=

01) O valor da expressão: (-2 + 3) . (-3 -1)2 - [(-4 -3)2 : (-6 -1)] é :

(a) 12
(b) 23
(c) 32
(d) 14
(e) 8

02) O valor da expressão: { (- 1) 3 + 2 x [ 2 5 + 6: (- 3) ] } : (2) – 2 é:

a) 14,75
b) -120
24
c) -236
d) 120
e) 236

03) O valor da expressão: { (- 2) 3 + 4 x [ 3 2 + 8: (- 2) ] } : (- 1) 5

a) - 12
b) - 9
c) 13
d) 11
e) 10

UNIDADE DE MEDIDAS
Unidades de Medida de Comprimento
A unidade fundamental de comprimento é o metro.
Vejamos, no quadro abaixo, tabela com os múltiplos e submúltiplos do metro, com seus respectivos símbolos
e equivalência em relação a unidade fundamental.

MÚLTIPLOS UNID. FUND. SUBMÚLTIPLOS


quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
km hm dam M dm cm mm
1000 m 100 m 10 m 1 0,1 m 0,01 m 0,001 m

 Note que, cada unidade de medida de comprimento é 10 vezes maior que a unidade imediatamente
inferior.

Mudança de Unidade

Multiplica por 10

Km hm dam m dm cm mm

Divide por 10
Exemplos:

Converter:

a) 12,35 m em km = 12,35: 1000 = 0,01235 km


b) 6,25 km em hm = 6,25 x 10 = 62,5 hm
c) 0,23 hm em cm = 0,23 x 10.000 = 2300 cm
d) 0,125 m em dam = 0,125: 10 = 0,0125 dam

Unidades de Medida de Superfície


A unidade fundamental de comprimento é o metro quadrado.

MÚLTIPLOS UNID. FUND. SUBMÚLTIPLOS


quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro

25
quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
1000000 m2 10000 m2 100 m2 1 0,01 m2 0,0001 m2 0,000001 m2

 Note que, cada unidade de medida de comprimento é 100 ou (102) vezes maior que a unidade
imediatamente inferior.

Mudança de Unidade

Multiplica por 102

km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

Divide por 102


Exemplos:

Converter:

a) 12,35 m2 em km2 = 12,35: 1.000.000 = 0,00001235 km


b) 6,25 km2 em hm 2 = 6,25 x 100 = 625 hm
c) 0,23 dam2 em cm 2 = 0,23 x 1.000.000 = 230000 cm 2
d) 0,125 m2 em dam 2 = 0,125 : 10 = 0,0125 dam2

Unidades de Medida de Volume


A unidade fundamental de comprimento é o metro cúbico

MÚLTIPLOS UNID. FUND. SUBMÚLTIPLOS


quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
10 m
9 3 10 m
6 3 10 m
3 3 1 10 m
-3 3 10 m
-6 3 10 -9 0

Multiplica por 103 Divide por 103

 Cada unidade de medida de comprimento é 1000 ou (103) vezes maior que a unidade imediatamente
inferior.

Exemplos:

Converter:

a) 12,35 m3 em km3 = 12,35 : 1.000.000.000 = 0,00000001235 km3


b) 6,25 km3em hm 3 = 6,25 x 1000 = 6250 hm3
c ) 0,23 dam3 em cm 3 = 0,23 x 1.000.000.000 = 230000000 cm 3
d) 0,125 m 3 em dam 3 = 0,125 : 1000 = 0,000125 dam3

Unidades de Medida de Massa


A unidade fundamental de massa é o grama

26
MÚLTIPLOS UNID. FUND. SUBMÚLTIPLOS
quilograma Hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama
kg Hg dag g dg cg mg
1000 g 100 g 10 g 1 0,1 g 0,01 g 0,001 g

 Note que, cada unidade de medida de comprimento é 10 vezes maior que a unidade imediatamente
inferior.
 A conversão entre as unidades de medidas é feita de maneira idêntica às unidades de comprimento.

Exercícios:

a) 12549g em dag
b) 3289456mg em Hg
c) 12Kg em cg
d) 12000 dag em g

Unidades de Medida de Capacidade


A unidade fundamental de comprimento é o litro.

MÚLTIPLOS UNID. FUND. SUBMÚLTIPLOS


quilolitro hectolitro decalitro litro decilitro centilitro mililitro
Kl hl dal l dl cl ml
1000 l 100 l 10 l 1 0,1 l 0,01 l 0,001 l

 Cada unidade de medida de comprimento é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.
 A conversão entre as unidades de medidas é feita de maneira idêntica às unidades de comprimento.

Exercícios

a) 45,63 hl em dl
b) 1,5698Kl em cl
c) 985467,236dl em dal

SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI)


Grandeza Nome Símbolo
Comprimento Metro m
Massa Quilograma Kg
Tempo Segundo s
Corrente elétrica Ampére A
Temperatura termodinâmica Kelvin K
Quantidade de uma substância Mol Mol
RAZÃO
Chama-se razão entre dois números, ao quociente do primeiro pelo segundo, sendo o segundo diferente de
zero.
Exemplos: a) A razão entre 5 e 10 é 5 / 10 que é igual a 1 ( simplificando a razão)
2
b) A razão entre 3 e 2 é 3/2.

27
Em toda razão o 1º número é chamado ANTECEDENTE e o 2º número, CONSEQUENTE. Assim, na razão
3 / 2 , o número 3 é o antecedente e o número 2 é o conseqüente. A razão 3 / 2 lê-se ”3 está para 2” ou “3
para 2”
Note que a fração 3 / 2 (lê-se: “três meios”), enquanto que a razão 3/2 lê-se:
(“3 está para 2” ou “ 3 para 2”).
Não confunda!

Razão entre duas grandezas de mesma espécie

É o quociente dos números que medem essas grandezas, numa mesma unidade.

Exemplos:

a) A razão entre 2 cm e 5cm é: 2cm / 5cm = 2/5


b) A razão entre a altura do triângulo A e a do triângulo B é 7 cm/5cm = 7/5
Note que a ordem da razão é importante!

Se numa razão entre duas grandezas as unidades forem diferentes, devemos transformar uma delas, de
modo que fiquem iguais.

Exemplo:

A razão entre 1200 cm e 5 m é 1200 cm / 5 m


Note que as grandezas (comprimento) não estão na mesma unidade de medida. Sendo assim devemos
transformar uma delas, veja: 1200 cm = 12 m, logo 1200 cm / 5 m =
= 12 m / 5m = 12 / 5

Razão entre duas grandezas de espécies diferentes


A razão entre duas grandezas de espécies diferentes é obtida, calculando-se o quociente dos números que
medem essas grandezas, conservando as unidades de medidas.

Exemplo 01

Um carro percorre 140 km em 2 horas(h). Calcule a razão entre a distância percorrida e o tempo.
Solução: 140 km / 2 h = 70 km/h. Esse tipo de razão dá-se o nome de velocidade média.

Exemplo 02

A densidade de uma solução é a relação entre a massa e o volume ocupado por ela. Calcula-se a densidade
de uma solução dividindo-se sua massa por seu volume. As unidades mais utilizadas são:
g / cm3 = g / mL ; g / dm3 = g / L ; Kg / dm3 = Kg / L

IMPORTANTE:

1L = 1000 mL
1L = 1 dm3 = 1000 cm3

Assim, por exemplo:


28
1º) Preparou-se uma solução de massa igual a 240g, resultando em uma solução com o volume igual a 205
mL. Determine a densidade da solução preparada em g/L e em g/ mL.

Resolução:

d=m/v
d = 240 / 205
d = 1,171g/mL

Observação: Para calcular a densidade em gramas por litro, deve-se fazer a conversão da unidade de
volume:
1 L ─ 1000 mL
x ── 205 Ml
x = 205/1000
x = 0,205 L

Assim:

d=m/v
d = 240 / 0,205
d = 1.171 g / L

2º) Qual é a massa de 2L de solução de ácido clorídrico (HCl) de densidade igual a 1, 198 Kg / L ?

Resolução:

d=m/ v OBS.: Como a densidade está em Quilogramas por Litro, a massa encontrada será em
1,198 = m / 2 quilogramas.
m = 1,198 x 2
m = 2,4 Kg

Exercícios

18. Determine a razão:

a) 10 m e 15 m =
b) 15 kg e 35 kg=
c) 20 cm e 30 m =
d) 5 kg e 2000 g =
e) 160 km e 2 hm =

PROPORÇÃO
Proporção é uma igualdade entre duas ou mais razões. Vejamos:
Observe as razões 5 / 10 e 3 / 6 note que: 5 / 10 = 1 e 3 / 6 = 1 logo, as razões 5 / 10 e 3 / 6
2 2
são iguais.
Dizemos então que as razões 5 / 10 e 3 / 6 formam, nessa ordem, uma proporção que indicamos por:

5 / 10 = 3 / 6 - Lê-se: 5 está para 10 assim como 3 está para 6


29
De um modo geral, representamos uma proporção por

Lê-se: a está para b assim como ou c está


a c para d.
= a : b = c : d
b d
Em toda proporção a e d são chamados EXTREMOS e b e c são chamados MEIOS

Meios

a c
= a : b = c : d
b d
Meios Extremos Extremos

Propriedade fundamental das proporções

Em toda proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos (e vice-versa)

a c
= a⋅d = b⋅c
b d
Meios Extremos

Exemplos:

a) 4 / 3 e 12 / 9 formam uma proporção, pois 4 x 9 = 3 x 12


b) 5 / 10 e 3 / 6 formam uma proporção, pois 5 x 6 = 10 x 3
c) 2 / 4 e 5 / 3 não formam uma proporção, pois 2 x 3 = 4 x 5

Exercícios

20. Utilizando a propriedade fundamental, verifique se as razões formam uma proporção.


a) 5 10 b) 12 20
e e
2 4 3 5

Cálculo do termo desconhecido de uma proporção

Para descobrir (calcular) o valor do termo desconhecido numa proporção, aplicamos a propriedade
fundamental, em seguida resolvemos a equação. Vejamos:

Calcular o valor de x nas proporções abaixo:


Aplicando a propriedade fundamental 10.x = 5 . 6

30
x 6
a) e 10 x = 30
5 10
x = 30 / 10
x=3

Aplicando a propriedade fundamental 14.x = 35 . 6


x 35
b) e 14 x = 110
6 14
x = 210 / 14
x = 15
Exercícios

21. Calcular o valor do termo desconhecido, nas proporções abaixo:

a) 5 / 8 = 15 / x
b) 3 / 7 = 60 / z
c) 7/ w = 42 / 36
d) 6/k=3/5

Propriedades das proporções


Primeira propriedade

Em toda proporção, a soma ou a diferença dos dois primeiros termos está para o primeiro (ou para o
segundo), assim como a soma ou a diferença dos dois últimos termos está para o terceiro (ou para o quarto).

a c a+b c+d a+b c+d


= ⇒ = ou =
b d a c b d

a c a−b c−d a−b c−d


= ⇒ = ou =
b d a c b d
Segunda propriedade

Em toda proporção, a soma (ou a diferença) dos antecedentes está para a soma (ou a diferença) dos
conseqüentes, assim como cada antecedente está para o seu conseqüente.
a c a+c a a+c c
= ⇒ = ou =
b d b+d b b+d d

a c a−c a a−c c
= ⇒ = ou =
b d b−d b b−d d

Vamos aplicar essas propriedades na resolução de problemas, observando os seguintes exemplos:


x 3
1º) Determinar x e y na proporção = , sabendo-se que x + y = 28
y 4
x 3
=
y 4

Aplicando a primeira propriedade vem;


x + y 3+ 4 x+ y 7
= ⇒ =
x 3 x 3
31
28 7
como x + y = 28 , logo =
x 3
Aplicando a propriedade fundamental

7 ⋅ x = 3 ⋅ 28
7 x = 84
84
x= = 12
7
x + y = 28
12 + y = 28
y = 28 − 12
y = 16

Logo, x = 12 e y = 16 .

2º) A diferença entre dois números é 20. Sabendo-se que eles são proporcionais aos números 4 e 3,
determinar esses números.
Vamos indicar por x e y os dois números.
A diferença entre os números x e y indicamos por x − y = 20
x 4
x e y são proporcionais a 4 e 3 ⇒ =
y 3
Aplicando a primeira propriedade vem;

x− y 4−3 x− y 1 20 1
= ⇒ = como x − y = 20 , logo =
x 4 x 3 x 3
Aplicando a propriedade fundamental
1 ⋅ x = 4 ⋅ 20
1x = 80
x = 80
x − y = 20
80 − y = 20
− y = 20 − 80
− y = −60
y = 60

Logo, x = 80 e y = 60 .

3º) Para pintar uma parede, um pintor deve misturar tinta branca com tinta cinza na razão 5 para 3. Se ele
precisar de 24 λ dessa mistura, quantos litros de cada cor irá utilizar?
Vamos indicar a quantidade de tinta branca por x e a quantidade de tinta cinza por y .
Quantidade total de tinta: x + y = 24
x 5
Razão 5 para 3: =
y 3
32
x+ y 5+3 x+ y 8
= ⇒ =
x 5 x 5

x + y = 24 x + y = 24
24 8
= ⇒ 8 ⋅ x = 5 ⋅ 24 15 + y = 24 ⇒ y = 24 − 15
x 5
8 x = 120 y = 9 (tinta cinza)
120
x=
8
x = 15 ( tinta branca )

Ele irá utilizar 15 λ de tinta branca e 9 λ de tinta cinza.

Exercícios:
x 5
1º) Determine x e y na proporção = , sabendo que x + y = 32 .
y 3
2º) Para fazer limonada, misturamos suco de limão com água na proporção de 2 para 9. Quantos litros de
suco de limão e de água serão necessários para fazer 5,5 litros de limonada?

GRANDEZAS PROPORCIONAIS
 O tempo que se gasta numa viagem depende da velocidade do veículo.
 A nota que um aluno tira numa prova depende do número de questões que ele acerta.
 A quantidade de tinta que se gasta para fazer uma pintura depende da área a ser pintada.

Em todas essas situações, você observa que existem grandezas que variam, uma dependendo da outra.
Essas grandezas, que se relacionam entre si, são chamadas grandezas variáveis dependentes.
Grandezas diretamente proporcionais
Consideremos a seguinte situação:
Numa mola presa a um teto por uma de suas extremidades, são pendurados corpos de massas diferentes. A
seguir, medindo o comprimento da mola, que se modifica com a massa do corpo nela colocado, pode-se
organizar a seguinte tabela:
Massa do corpo (em kg) Comprimento da mola (em cm)
10 50
20 100
30 150
Pela tabela você pode notar que:

 Se a massa do corpo duplica, o comprimento da mola também duplica.


 Se a massa do corpo triplica, o comprimento da mola também triplica.

Duas grandezas são diretamente proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra também dobra;
triplicando uma delas, a outra também triplica... e assim por diante.
Quando duas grandezas variam sempre na mesma razão, dizemos que essas grandezas são diretamente
proporcionais.

Grandezas inversamente proporcionais

33
Consideremos a seguinte situação:

Uma professora tem 48 livros para distribuir igualmente entre seus alunos.
Se ela distribuir entre apenas dois alunos, cada um deles receberá 12 livros.
Se ela distribuir igualmente entre quatro alunos, cada um deles receberá 8 livros.

Vamos observar esses dados no quadro seguinte:

Número de alunos escolhidos Número de livros distribuídos a cada aluno


2 24
4 12
6 8

Pela tabela você pode notar que:

 Se o número de alunos duplica, o número de alunos cai para a metade.


 Se o número de alunos triplica, o número de livros cai para a terça parte.

Nessas condições, as duas grandezas envolvidas (quantidade de alunos escolhidos e a quantidade de livros
que serão distribuídos a cada aluno) são chamadas grandezas inversamente proporcionais.

Dai temos:

Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra se reduz para a
metade; triplicando uma delas, a outra se reduz para a terça parte... e assim por diante.
Quando duas grandezas são inversamente proporcionais, os números que expressam essas grandezas
variam um na razão inversa do outro.

Exercício:

1º) A tabela abaixo relaciona a produção (em unidades) de uma máquina com o tempo de funcionamento
dessa máquina. Observando a tabela, responda:

Tempo Produção
4 horas 600
10 horas 1 500

a) Quando o tempo passa de 4 horas, ele varia em que razão?


b) Quando a produção passa de 600 unidades para 1 500 unidades, ela varia em que razão?
c) As razões são iguais ou inversas?
d) A produção e o tempo de funcionamento de uma máquina são grandezas diretamente ou inversamente
proporcionais?

2º) Um ônibus faz o percurso da praça Central até a praça de um bairro . Um fiscal anotou a velocidade do
ônibus e o tempo que ele gastou no percurso de ida e volta. A tabela seguinte mostra esses dados:

Velocidade Tempo
60 km / h 80 min
50 km / h 96 min
Nessas condições, responda:

34
a) Quando a Velocidade passou de 60 km / h para 50 km / h, ela variou em que razão?
b) Quando o tempo gasto no percurso passou de 80 min, ele variou em que razão?
c) As razões são iguais ou inversas?
d) A velocidade do ônibus e o tempo que lê gastou para fazer o percurso são grandezas diretamente ou
inversamente proporcionais?
3º) Verifique se as grandezas envolvidas nos seguintes itens são diretamente ou inversamente proporcionais:
a) A medida do lado e o perímetro de um quadrado.
b) A distância percorrida e o tempo gasto para percorrer essa distância, com a mesma velocidade.
c) A vazão de uma torneira e o tempo necessário para encher um tanque de água.
d) O número de tijolos e a área de um muro que se quer levantar.

REGRA DE TRÊS SIMPLES


Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro valores dos quais
conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos.
Passos utilizados numa regra de três simples:

1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo na
mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.

Exemplos:

1) Com uma área de absorção de raios solares de 1,2m2, uma lancha com motor movido a energia
solar consegue produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5m2, qual será a
energia produzida?

Solução: montando a tabela:


Área (m2) Energia (Wh)
1,2 400
1,5 x
Identificação do tipo de relação:
Área (m2) Energia (Wh)
1,2 400
1,5 x

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são
diretamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª
coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
1,2 400 400 ⋅ 1,5 400 ⋅ 15
= ⇒ 1,2 x = 400 ⋅ 1,5 ⇒ x = ⇒x= ⇒ x = 500
1,5 x 1,2 12
Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora.
35
2) Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400 km/h, faz um determinado percurso em 3 horas.
Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480 km/h?

Solução: montando a tabela:


Velocidade (Km/h) Tempo (h)
400 3
480 x
Identificação do tipo de relação:
Velocidade (Km/h) Tempo (h)
400 3
480 x

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui.
Como as palavras são contrárias (aumentando - diminui), podemos afirmar que as grandezas são
inversamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª
coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Velocidade (Km/h) Tempo (h)
400 3
480 x
3 480 1200
= ⇒ 480 x = 3 ⋅ 400 ⇒ x = ⇒ x = 2,5
x 400 480
Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos.

PORCENTAGEM
Porcentagem é uma fração centesimal representada pelo símbolo % (por cento)

Fração centesimal
Uma fração cujo denominador é 100 é denominada fração centesimal.
7 32 40 201
Exemplos: , , , , etc.
100 100 100 100
É claro que as frações centesimais (como qualquer fração) podem ser representadas por numerais decimais,
7 32 40 201
assim: Exemplos: = 0,07 ; = 0,32 ; = 0,40 ; = 2,01 etc.
100 100 100 100

Taxa porcentual
Toda fração centesimal pode ser representada na forma percentual, isto é, usando o símbolo % (lê-se: por
cento), denominado taxa porcentual.
7 32 40 201
Exemplos: = 7% ; = 32% ; = 40% ; = 201% etc.
100 100 100 100

Exercícios:

22. Represente as frações na forma de taxa porcentual:

30 150 100 4 6
a) b) c) d) e)
100 100 100 25 8
36
23. Represente na forma de fração centesimal, em seguida, obter a fração irredutível:

a) 25% b) 75% d) 50% e) 250% f) 2,3%

Exemplos

Para resolver problemas que envolvem porcentagem, duas formas podem ser utilizadas. Uma é
transformando a taxa porcentual em fração centesimal, a outra é por uma regra de três simples e direta.

Exemplo 1: Calcular 20% de R$: 800,00

Transformando a taxa percentual em fração (lembre-se "de" = × )


20 1600
20% de 800 = × 800 = = 160 ⇒ R$: 160,00
100 10

Logo, 20% de R$ 800,00 é igual a R$: 160,00.

Exemplo 2: Numa turma de informática, há 18 homens que representam 40% do total de alunos. Quantos
alunos têm essa turma?

(1a forma): Representando o número de alunos da turma por x , e montando a equação, temos:
40 180
40% de x =18 ⇒ ⋅ x = 18 ⇒ 4 x = 180 ⇒ x = ⇒ x = 45 alunos.
100 4

(2a forma): Utilizando uma regra de três simples e direta x representa 100% dos alunos, isto é, o total de
alunos, então:
Taxa Alunos
40 18
100 x

40 18 180
= ⇒ 4 x = 180 ⇒ x = ⇒ x = 45 alunos
100 x 4
Exercícios:

24. Uma peça cujo peso é 36,5kg deve ser feita de uma liga de cobre, estanho e zinco. Quanto de cada metal
será preciso, se a liga deve conter 96% de cobre, 3% de estanho e 1% de zinco?

25. Uma peça teve seu preço aumentado em 10% e assim passou a custar R$ 1.320,00. Qual era o preço da
peça?

26. Calcule:

a) 8% de 500 b) 15% de 240 c) 20% de R$ 350,00

CÁLCULO ALGÉBRICO
Expressões algébricas
Uma expressão matemática que contém números e letras, ou somente letras é chamada de expressão
algébrica. Assim, são exemplos de expressões algébricas:
37
4a − 3b x5 + 4y

Numa expressão algébrica, as letras que geralmente representam números reais são chamadas de variáveis.

Valor numérico
O valor de uma expressão algébrica é o número real que obtemos quando:

 Substituímos todas as variáveis da expressão pelos seus respectivos valores dados.


 Efetuamos as operações indicadas na expressão.

Exemplos:

1) Calcular o valor numérico da expressão 3a − 2b, quando a = 5 e b = −3.


3a − 2b → 3 ⋅ 5 − 2 ⋅ (−3) = 15 + 6 = 21
5 x3 − 2 x 2 + 5
2) Determinar o valor numérico da expressão algébrica , quando x = −1 .
x −1
5 x3 − 2 x 2 + 5 5 ⋅ (−1)3 − 2 ⋅ (−1) 2 + 5 5 ⋅ (−1) − 2 ⋅ 1 + 5 − 5 − 2 + 5 − 2
→ = = = =1
x −1 (−1) − 1 −1−1 −1−1 −2

Observação

Como não existe divisão por zero, é impossível encontrar o valor numérico de uma expressão algébrica nas
quais os valores atribuídos à variável anulam o denominador da expressão. Assim:
x
 Não é possível calcular o valor numérico da expressão , quando y = 0.
y
3
 Não é possível encontrar o valor numérico da expressão a + , quando a = 2
a−2
5
 Não é possível encontrar o valor numérico da expressão toda vez que a = b
a−b
Exercício:

1º) Usando as letras a e b para indicar dois números reais, represente algebricamente cada uma das frases
seguintes.

a) A soma de dois números reais


b) A diferença entre dois números reais
c) O produto de dois números reais
d) O quadrado da soma de dois números reais
e) O cubo da diferença entre dois números reais
f) A diferença entre dois números reais

2º) Calcule o valor numérico de:

a) 2 + 5a, quando a = 3 b) 1 − 3 x, quando x = −1

38
3º) Quanto tempo leva um objeto abandonado de certa altura para atingir o solo? Conhecendo-se a altura h
em que se encontra esse objeto em relação ao solo, podemos encontrar o tempo t procurado usando a
h
fórmula: t =
4,9
A altura h é dada em metros e o tempo t , em segundos. Use essa fórmula para calcular o tempo que leva
para chegar ao solo uma pedra que cai de uma altura de 19,6 m.

4º) Para calcular a média bimestral de seus alunos, um professor adota os seguintes critérios: multiplica o
resultado da nota da prova 3, soma esse resultado com a nota de um trabalho multiplicada por 2 e divide a
soma encontrada por 5. Representando a média bimestral por M , a nota da prova por P e a nota do
trabalho por T , encontre:
a) A fórmula matemática que permite encontrar a média bimestral de cada aluno.
b) A média bimestral de um aluno que tirou 7 na prova e 5 no trabalho.

5º) A remuneração mensal M de cada vendedor de certa empresa é composta por um salário fixo de R$
350,00 e mais 4% do valor das vendas realizadas pelo vendedor durante o mês x.

a) Qual a fórmula matemática que expressa o ganho mensal de cada vendedor dessa empresa?
b) Quanto vai receber um vendedor que realizou vendas de R$ 40 000,00 num certo mês?

PRODUTOS NOTÁVEIS
O quadrado da soma de dois termos

O quadrado da soma de dois termos a e b , é indicado por (a + b) 2 .


Como (a + b) 2 = (a + b) ⋅ (a + b), temos:
(a + b) 2 = a 2 + ab + ab + b 2
Então:
(a + b) 2 = a 2 + 2ab + b 2

Exemplos:
1) ( x + 3) 2 = x 2 + 2 ⋅ x ⋅ 3 + 32 = x 2 + 6 x + 9
2 2 2
1 1  1  1  1  1  1 1 1
2)  p + q  =  p  + 2 ⋅  p  ⋅  q  +  q  = p 2 + pq + q 2
2 3  2  2  3  3  4 3 9

O quadrado da diferença de dois termos

O quadrado da diferença de dois termos , a e b é indicado por (a − b) 2 .


Como (a − b) 2 = (a − b) ⋅ (a − b), temos:
(a − b) 2 = a 2 − ab − ab + b 2
Então:
(a − b) 2 = a 2 − 2ab + b 2

Exemplos:
39
1) ( x − 5) 2 = x 2 − 2 ⋅ x ⋅ 5 + 52 = x 2 − 10 x + 25
2 2
 1  1  1  2 1
2)  a 3 − b  = (a 3 ) 2 − 2 ⋅ a 3 ⋅  b  +  b  = a 6 − a 3b + b 2
 3  3  3  3 9

O produto da soma pela diferença

O produto da soma pela diferença de dois termos, a e b , é indicado por (a + b) ⋅ (a − b).


Vamos desenvolver essa expressão:
Então: (a + b) ⋅ (a − b) = a 2 − ab + ab − b 2
( a + b) ⋅ ( a − b) = a 2 − b 2
Exemplos:
1) ( x + 4) ⋅ ( x − 4) = x 2 − 4 2 = x 2 − 16
2) (1 − x 4 ) ⋅ (1 + x 4 ) = 12 − ( x 4 ) 2 = 1 − x8

FATORAÇÃO
Fatorar um número significa escrevê-lo como uma multiplicação de dois ou mais fatores. Se todos os fatores
são números primos, temos a forma mais completa do número.

Exemplo:

Fatorar o número 462.


462 2 Então:
231 3 462=2 . 3 . 7 . 11
77 7
11 11
1

Analogamente, podemos dizer que fatorar um polinômio significa escrevê-lo como uma multiplicação de
polinômios, o mais simples possível.

Fator comum
Alguns polinômios apresentam um ou mais fatores comuns a todos os seus termos. Veja os exemplos:

1) 4 x + 4 y → fator comum: 4
2) 20a + 40b = 5 ⋅ 4 ⋅ a + 2 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ b → fatores comuns: 5 e 4

Fatoração pela colocação do fator comum em evidência

Quando todos os termos de uma expressão têm um fator em comum, podemos colocá-lo em evidência.

40
A forma fatorada é o produto do fator comum pela expressão que se obtém dividindo cada termo da
expressão pelo fator comum.

Exemplos:

1) Fatorar o polinômio 15ax + 20ay = 5 ⋅ 3 ⋅ a ⋅ x + 5 ⋅ 4 ⋅ a ⋅ y


O fator comum é 5a. Daí:
15ax : 5a = 3 x; 20ay : 5a = 4 y
2) Fatorar x( y + 4) − 2( y + 4)
O fator comum é y + 4. Então:
x( y + 4) − 2( y + 4) = ( y + 4) ⋅ ( x − 2)

Fatoração por agrupamento

Vamos considerar a expressão 2 x + 2 y + bx + by.


Observamos que não há fator comum aos quatro termos. No entanto:

 2 é o fator comum aos dois primeiros termos.


 b é fator comum aos dois últimos termos.

Daí, podemos fazer:

2 x + 2 y + bx + by = 2( x + y ) + b( x + y ) =→ colocando o 2 em evidência nos dois primeiros termos e b


nos dois últimos.
( x + y ) ⋅ (2 + b) → colocando ( x + y ) em evidência
Assim, 2 x + 2 y + bx + by = ( x + y ) ⋅ (2 + b)
Agora, vamos fatorar 6 p 2 − 4 pq − 9rp + 6rq
6 p 2 − 4 pq − 9rp + 6rq = 2 p (3 p − 2Q) − 3r (3 p − 2q ) =
= (3 p − 2q ) ⋅ (2 p − 3r )
Então: 6 p 2 − 4 pq − 9rp + 6rq = (−3 p − 2q ) ⋅ (2 p − 3r )

Fatoração da diferença entre o quadrado de dois termos

Acompanhe os exemplos:

1) Fatorar os polinômios:
1
a) x 2 − 16 b) − a 2b 2
25
1 1
Como 16 = 4, temos: Como = , temos:
25 5
1 1  1 
( x 2 − 16) = ( x + 4) ⋅ ( x − 4) − a 2b 2 =  + ab  ⋅  − ab 
25 5  5 
2) Fatorar a expressão 25 − ( x − 2) 2
Como 25 = 5, temos:
25 − ( x − 2) 2 = [5 + ( x − 2)] ⋅ [5 − ( x − 2)] = (3 + x) ⋅ (7 − x)
41
Então, 25 − ( x − 2) 2 = (3 + x) ⋅ (7 − x)

Fatoração do trinômio quadrado perfeito


Veja os exemplos:
1) 1x 2 4+26 x4+3 9 = ( x + 3) 2 2) 1x 24−26 x4+3 9 = ( x − 3) 2

trinômio quadrado trinômio quadrado


perfeito perfeito
Nem todo trinômio é um quadrado perfeito.
Para que um trinômio seja quadrado perfeito ele deve obedecer a certas condições:
1ª) ( x + 3) 2 = x 2 + 6 x + 9 → dois termos são quadrados perfeitos x 2 e 9 = 32 e o termo de meio deve ser
o dobro do produto das raízes dos extremos 6 x = 2 ⋅ 3 ⋅ x

Exemplos:

1) Fatorar o trinômio quadrado perfeito x 2 + 14 x + 49


Como 49 = 7 2 , temos:
x 2 + 14 x + 49 = ( x + 7) 2 - forma fatorada
14 2 43

2) Fatorar o trinômio quadrado perfeito 4 y 2 − 12 y + 9


Como 4 y 2 = (2 y ) 2 e 9 = 32 , temos:
4 y 2 − 12 y + 9 = (2 y − 3) 2 - forma fatorada
14 2 43
Exercício

1º) Aplicando a regra do quadrado da soma e quadrado da diferença, desenvolva as expressões:

a) ( x + 2) 2 b) ( x 4 + 0,4) 2 c) (1 − xy 2 ) 2 d) (a 3 − 0,5) 2

2º) Aplicando a regra do produto da soma pela diferença, desenvolva:

 3x 2 y   3x 2 y 
a) ( x + 5) ⋅ ( x − 5) b)  + ⋅ − 
 2 5   2 5 
3º) Fatore:

a) 4 x − 4 y b) 40 x − 32 y c) 18 x 2 y − 4 x 2 y 3
d) 2 x 3 y − xy 2 + 3 x 2 y e) 121a 4 + 11a 2b 2 − 33a 2 f) abc + abd + abe + abf

4º) Fatore os polinômios:

42
a) x 2 − 25 b) 81 − p 2
9 2 x 2 b2
c) 1 − x d) −
4 4 9

EQUAÇÃO DE 1º GRAU COM UMA INCÓGNITA


Toda equação que, reduzida à sua forma mais simples, assume a forma ax = b, onde x representa a
incógnita e a e b são números racionais, com a ≠ 0 , é denominada equação do 1º grau com uma incógnita.
Os números a e b são denominados coeficientes da equação.

Exemplos:

 x=6 Equação do 1º grau na incógnita x


 3 x = 12 Equação do 1º grau na incógnita x
 − 2 y = 10 Equação do 1º grau na incógnita y
 3t = −5 Equação do 1º grau na incógnita t

Entretanto, existem outras equações do 1º grau com uma incógnita que não são escritas na forma ax = b.

Exemplos:

 2x + 5 = x − 4 Equação do 1º grau na incógnita x


2
 y+ y =5 Equação do 1º grau na incógnita x
3
 3( x − 1) = 6 Equação do 1º grau na incógnita x
t t −1
 + =1 Equação do 1º grau na incógnita t
2 3

Solução de uma equação do 1º grau

Resolver uma equação do 1º grau com uma incógnita, dentro de um conjunto universo, significa determinar a
solução ou raiz dessa equação, caso exista.
Resolver a equação 5 x + 1 = 36, sendo U = Q .

5 x + 1 = 36
5 x = 36 − 1 Aplicamos o princípio aditivo
5 x + 1 = 35
35
x= Aplicamos o princípio multiplicativo
5
x=7

Como 7 ∈ Q , temos S = (7)


Resolver a equação 7 x = 4 x + 5, sendo U = Q .

7x = 4x + 5
7x − 4x = 5 Aplicamos o princípio aditivo
3x = 5

43
5
x= Aplicamos o princípio multiplicativo
3
5 5 
Como ∈ Q, , temos S =  .
3 3

Resolver a equação 9 x − 7 = 5 x + 13, sendo que U ∈ Q .

9 x − 7 = 5 x + 13
9 x = 5 x + 13 + 7 Pelo princípio aditivo
9 x = 5 x + 20
9 x − 5 x = 20 Pelo princípio aditivo
4 x = 20
20
x= Pelo princípio multiplicativo
4
x=5

Vamos resolver a equação 2 ⋅ (2 x − 1) − 6 ⋅ (1 − 2 x) = 2 ⋅ (4 x − 5), sendo U = Q.

2 ⋅ (2 x − 1) − 6 ⋅ (1 − 2 x) = 2 ⋅ (4 x − 5)
4 x − 2 − 6 + 12 x = 8 x − 10 Pela propriedade distributiva
4 x + 12 x − 2 − 2 = 8 x + 10
16 x − 8 = 8 x − 10 Pelo princípio aditivo
16 x = 8 x − 2
16 x − 8 x = −2 Pelo princípio aditivo
8 x = −2
2 1
x=− =− Pelo princípio multiplicativo
8 4
1  1
Como − ∈ Q, temos S = −  .
4  4

3x 2 5
Vamos resolver a equação − = x − , sendo U = Q.
4 3 2
9 x 8 12 x 30
− = − Reduzimos ao mesmo denominador
12 12 12 12

9 x − 8 = 12 x − 30 Cancelamos os denominadores
9 x = 12 x − 30 + 8 Aplicamos o princípio aditivo
9 x = 12 x − 22
9 x − 12 x = −22 Aplicamos o princípio aditivo
− 3 x = −22
3 x = 22
22
x= Pelo princípio multiplicativo
3

44
2x + 5 4x − 9 3 − 4x
Vamos resolver a equação − = , sendo U = Q.
3 6 2
2x + 5 4x − 9 3 − 4x
− =
3 6 2
2 ⋅ (2 x + 5) 1 ⋅ (4 x − 9) 3 ⋅ (3 − 4 x)
− = Reduzimos ao mesmo denominador
6 6 6

2 ⋅ (2 x + 5) − 1 ⋅ (4 x − 9) = 3 ⋅ (3 − 4 x) Cancelamos os denominadores
4 x + 10 − 4 x + 9 = 9 − 12 x
19 = 9 − 12 x
19 + 12 x = 9 Princípio aditivo
12 x = 9 − 19 Princípio aditivo
12 x = −10
10
x=− Princípio multiplicativo
12
5
x=−
5
5  5
Como − ∈ Q, temos S = −  .
6  6
Vamos resolver a equação 7 x + 6 = 7 x + 10, sendo U = R.
7 x − 7 x = 10 − 6
0x = 4
Como não existe nenhum número racional que multiplicando por zero dá resultado 4, dizemos que a equação
é impossível e S = ∅
Vamos resolver a equação 5 − 2 x = 5 − 2 x, sendo U = R.
− 2x + 2x = 5 − 5
0x = 0
Como todo número racional verifica essa igualdade, dizemos que a equação é uma identidade e S = R .

Exercício

1º) Resolva as seguintes equações do 1º grau com uma incógnita, sendo U = Q :

a) 20 = −6 x + 32 b) 17 x − 1 = 15 x + 3

2º) Dadas as seguintes equações do 1º grau com uma incógnita, determine o conjunto solução S de cada
equação, sendo U = Q .
1 x 2x 1 3y 5 y 5
a) − = − + b) − = −
6 2 3 4 8 6 3 2

Problemas do 1º grau
Uma tábua de comprimento 100 cm deve ser repartida em duas partes. O comprimento da parte maior é igual
ao triplo do comprimento da menor. Determinar o comprimento de cada uma das partes.
O problema nos pede para encontrar dois números que representem os comprimentos de cada parte da
tábua que foi repartida, sendo um o triplo do outro. Logo;
100
3 x + x = 100 ⇒ 4 x = 100 ⇒ x = ⇒ x = 25
4
45
Portanto uma parte mede 25m a e outra o triplo, ou seja, 75 m.

Exercício:

1º) A soma do quádruplo de um número com 63 é igual a 211. Qual é esse número?
5 9
2º) A diferença entre e a metade de um mesmo número é igual a . Qual é esse número?
4 2
1
3º) Um reservatório estava totalmente cheio de água. Inicialmente, esvaziou-se da capacidade desse
3
reservatório, e a seguir, retirados 400 λ de água. O volume de água que restou no reservatório, após essas
3
operações corresponde a da capacidade total do reservatório.
5
a) Quantos litros de água cabem nesse reservatório?
b) Quantos litros de água restaram no reservatório?

4º) Em uma caixa cabem 24 garrafas. Se você colocar 1 520 garrafas em caixas como essa, vai obter x
caixas completas e uma incompleta, com 8 garrafas. Quantas caixas completas você vai obter?
5º) Um tanque está completamente cheio de água. Deixando-se escoar 68 litros de água, o tanque fica ainda
com a terça parte de sua capacidade total. Qual é a capacidade desse tanque?
EQUAÇÃO DO 2º GRAU COM UMA INCÓGNITA
Denomina-se equação do 2º grau com uma incógnita x toda equação da forma ax 2 + bx + c = 0, onde
a, b, c são números reais e a = 0.

Exemplos:
2 x 2 + 2 x − 40 = 0 É uma equação do 2º grau com uma incógnita, onde a = 2, b = 2 e c = −40.
6x2 − 9x = 0 É uma equação do 2º grau com uma incógnita, onde a = 6, b = −9 e c = 0 .
x − 25 = 0
2
É uma equação do 2º grau com uma incógnita, onde a = 1 b = 0 e c = −25.

Nas equações de 2º grau com uma incógnita, os números reais a, b e c são chamados coeficientes da
equação. Assim, se a equação for na incógnita x, temos:

 a é sempre o coeficiente do termo em x 2


 b é sempre o coeficiente do termo em x
 c é sempre o coeficiente do termo independente de x

Equação completa e equação incompleta

Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação de 2º grau se diz completa.

Exemplos:
5 x 2 − 8 x + 3 = 0 É uma equação completa (a = 5, b = −8 e c = 3).
y 2 + 12 y + 20 = 0 É uma equação do 2º grau completa (a = 1, b = 12 e c = 20).
Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se diz incompleta.

Exemplos:
x 2 − 81 = 0 É uma equação incompleta (a = 1, b = 0 e c = −81).
46
10t 2 + 2t = 0 É uma equação incompleta ( a = 10, b = 2 e c = 0).
5 y 2 = 0 É uma equação incompleta (a = 5, b = 0 e c = 0).

Solução de uma equação do 2º grau

Forma ax 2 + bx = 0

Observe os exemplos:
Resolver a equação x 2 − 9 x = 0 no conjunto R
x2 − 9x = 0
x ⋅ ( x − 9) = 0 Colocamos x em evidência

Pelas propriedades dos números reais, temos:


x=0 Uma raiz da equação
ou
x−9 = 0 x=9 Outra raiz da equação
Logo, S = {0,9} e os números 0 e 9 são as raízes da equação.
No conjunto R, determinar o conjunto solução da equação ( x − 2) 2 = 4 − x ⋅ ( x + 3).
Vamos, inicialmente, escrever a equação na sua forma normal:
x 2 − 4 x + 4 = 4 − x 2 − 3x
x 2 + x 2 − 4 x + 3x + 4 − 4 = 0
2x2 − x = 0 Forma normal
x ⋅ (2 x − 1) = 0 Colocamos x em evidência
x=0 Uma raiz
ou
1
2x − 1 = 0 2x = 1 x= São as raízes da equação.
2
Forma ax 2 + c = 0
Observe os exemplos:
Resolver a equação x 2 − 49 = 0 no conjunto R
x 2 − 49 = 0
x 2 = 49 Pelo princípio aditivo

Pela propriedade dos números reais, temos:


x = + 49 ou x = − 49
x = +7 ou x = −7 podemos escrever x = ±7
Logo, S = {− 7, 7} e os números 7 e -7 são as raízes da equação.

Qual é a solução da equação 16 x 2 − 1 = 0, no conjunto R ?


16 x 2 − 1 = 0
16 x 2 = 1 Pelo princípio aditivo
1
x2 = Pelo princípio multiplicativo
16
1
x=± Pela propriedade dos números reais
16

47
1
x=±
4
 1 1 1 1
Logo, S = − ,  e os números − , são as raízes da equação.
 4 4 4 4
Determinar a solução da equação x + 4 = 0 no conjunto R .
2

x2 + 4 = 0
x 2 = −4 ⇒ x = ± − 4
Como − 4 não existe no conjunto não existe no conjunto R , não temos valores reais para x.
Vamos resolver no conjunto R , a equação (2 y + 1) 2 = 8 + 2 ⋅ (2 y + 1).
Inicialmente, vamos escrever a equação dada na sua forma normal:
(2 y + 1) 2 = 8 + 2 ⋅ (2 y + 1)
4 y2 + 4 y + 1 = 8 + 4 y + 2
4 y 2 + 4 y + 1 = 10 + 4 y
4 y 2 + 4 y − 4 y + 1 − 10 = 0
4 y2 − 9 = 0 Forma normal
4y = 9
2
Pelo princípio aditivo
9
y2 = Pelo princípio multiplicativo
4
9 3
y=± ⇒ y=±
4 2
 3 3 3 3
Logo, S = − ,  e os números − , são as raízes da equação.
 2 2 2 2
Exercício

1º) Determine o conjunto solução das equações de 2º grau, sendo U = R :

a) ( x − 6) ( x + 5) + x = 51 b) x 2 + 3 x ⋅ ( x − 12) = 0
x 8 x
c) 2 x( x + 1) − x( x + 5) = 3(12 − x) d) = + , (com x ≠ −1 e x ≠ 1)
x +1 3 1− x

Veja como chegar a fórmula resolutiva ou fórmula de Bhaskara para resolver uma equação do 2º grau
completa ou incompleta
Considere a equação ax 2 + bx + c = 0, com a, b, c ∈ R e a ≠ 0.
Vamos dividir todos os termos da equação pelo coeficiente a pois a ≠ 0 :
ax 2 bx c 0
+ + =
a a a a

b c
x2 + x+ =0
a a
c
Usando o princípio aditivo, vamos adicionar o termo − aos dois membros da equação.
a
b c c c
x2 + x+ − = 0−
a a a a

48
b c
x2 + x=−
a a
2
b
  2
 a   b  b2
Para que o primeiro membro se torne um trinômio quadrado perfeito, adicionamos =   = 2 ao
2  2a  4a
 
 
primeiro membro, fazendo o mesmo com o segundo membro. Com isso obtemos uma equação equivalente.

(Princípio aditivo):
b b2 b2 c
x2 + x + 2 = 2 −
a 4a 4a a

b b2 b 2 − 4ac
x2 + x+ 2 =
a 4a 4a 2
A expressão b − 4ac (que é um número real) é usualmente representada pela letra grega ∆ (delta) e é
2

chamada discriminante da equação:


b b2 ∆
x2 + x + 2 = 2
a 4a 4a
Fatorando o primeiro membro, temos:

2
 b  ∆ b ± ∆
x+  = 2 x+ =
 2a  4a 2a 2a

b ∆ b ∆
x+ =± x=− ±
2a 4a 2 2a 2 a
b ∆ −b± ∆
x+ =± x= Fórmula resolutiva ou de Bhaskara
2a 4a 2 2a

Nesta fórmula, o fato de x ser ou não um número real vai depender do discriminante ∆ .

 Quando ∆ ≥ 0, a equação tem raízes reais


 Quando ∆ < 0, a equação não tem raízes reais.

Vamos, agora, resolver algumas equações de 2º grau usando a fórmula resolutiva o e de Bhaskara:

1) x 2 + 2 x − 8 = 0 no conjunto R .

Nessa equação, temos:


a =1 b=2 c = −8
∆ = b − 4ac = (2) − 4((1)(8) = 4 + 32 = 36 > 0
2 2

Como ∆ > 0, a equação tem duas raízes reais diferentes, dadas por:

49
 −2+6 4
− b ± ∆ − (2) ± 36 − 2 ± 6  x´= 2 = 2 = 2
x= = = 
2a 2(1) 2  x" = − 2 − 6 = − 8 = −4
 2 2
Então: S = {− 4,2}

2) x 2 − 14 x + 49 = 0 no conjunto R .

Nessa equação, temos:


a =1 b = −14 c = 49
∆ = b − 4ac = (−14) − 4(1)(49) = 196 − 196 = 0
2 2

Como ∆ = 0, a equação tem uma única raiz real dada por:


− b − (−14) 14
x= = = = 7 ⇒ Então: S = {7} .
2a 2(1) 2

3) x 2 − 5 x + 8 = 0 no conjunto R .

Nessa equação, temos:


a =1 b = −5 c=8
∆ = b − 4ac = (−5) − 4(1)(8) = 25 − 32 = −7
2 2

Como ∆ < 0, a equação dada não tem raízes reais.


Neste caso, S = ∅

Determinar no conjunto R , a solução da equação 3 x( x + 1) − x = 33 − ( x − 3) 2 .


Vamos, inicialmente, escrever a equação dada na sua forma normal:
3 x( x + 1) − x = 33 − ( x − 3) 2
3 x 2 + 3 x − x = 33 − ( x 2 − 6 x + 9)
3 x 2 + 3 x − x = 33 − x 2 + 6 x − 9
3 x 2 + 2 x = − x 2 + 6 x + 24
3 x 2 + x 2 + 2 x − 6 x − 24 = 0
4 x 2 − 4 x − 24 = 0
x2 − x − 6 = 0 Dividimos todos os termos por 4 para simplificar a equação
Nesta equação, temos:
a =1 b = −1 c = −6
∆ = b − 4ac = (−1) − 4(1)(−6) = 1 + 24 = 25
2 2

Como ∆ > 0, a equação tem duas raízes dadas por:


 1+ 5 6
 x´= = =3
− b ± ∆ − ( −1) ± 25 1 ± 5  2 12
x= = = 
2a 2(1) 2  1− 5 − 4
x" = = = −2
 2 2
Logo, S = {− 2,3} .

Exercício:

50
1º) As equações a seguir estão escritas na forma ax 2 + bx + c = 0 . Determine o valor do discriminante ∆
em cada uma e diga se a equação tem raízes reais.

a) x 2 − 3 x − 4 = 0 b) 4 x 2 − 2 x + 1 = 0
x 2 x + 12
2º) Determine o conjunto solução da equação de 2º grau, sendo U = R − = 2x .
2 3

Problemas do 2º grau

1) A soma do quadrado com o quíntuplo de um mesmo número real x é igual a 36. Qual é esse número x ?
10
2) A soma de um número real inteiro diferente de zero com o seu inverso dá . Qual é o número inteiro
3
considerado?
3º) Um pedaço de arame de 40 cm de comprimento foi cortado em dois pedaços de comprimentos diferentes.
Os pedaços foram usados para fazer dois quadrados que, juntos formam uma área de 58 cm . Determine o
comprimento em que cada pedaço foi cortado.

FUNÇÃO DE 1º GRAU
Definição: Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de IR em IR dada por
uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e a ≠ 0.
Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x e o número b é chamado termo constante.
Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau:

f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3
f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7
f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0

Tipos de funções do 1º grau

 Função Afim ( f ( x) = ax + b )
 Função Linear ( f ( x) = ax )
 Função Identidade ( f ( x) = x )
 Função Constante ( f ( x) = k , k ∈ R )

Gráfico
O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a ≠ 0, é uma reta.

Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função y = 3x - 1:
Como o gráfico é uma reta, basta obter dois de seus pontos e ligá-los com o auxílio de uma régua:
a) Para x = 0, temos y = 3 · 0 - 1 = -1; portanto, um ponto é (0, -1).
1 1 
b) Para y = 0, temos 0 = 3x - 1; portanto, x = e outro ponto é  ;0  .
3 3 
1 
Marcamos os pontos (0, -1) e  ;0  no plano cartesiano e ligamos os dois com uma reta.
3 
51
x Y
0 -1
0

Já vimos que o gráfico da função afim y = ax + b é uma reta.


O coeficiente de x (a) é chamado coeficiente angular da reta e, como veremos adiante, a está ligado à
inclinação da reta em relação ao eixo Ox.
O termo constante (b) é chamado coeficiente linear da reta. Para x = 0, temos y = a · 0 + b = b. Assim, o
coeficiente linear é a ordenada do ponto em que a reta corta o eixo Oy.
FUNÇÃO DO 2º GRAU
Definição

Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função f de IR em IR dada por uma
lei da forma f(x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são números reais e a ≠ 0.
Vejamos alguns exemplos de função quadrática:

1. f(x) = 3x2 - 4x + 1, onde a = 3, b = - 4 e c = 1


2. f(x) = x2 -1, onde a = 1, b = 0 e c = -1
3. f(x) = 2x2 + 3x + 5, onde a = 2, b = 3 e c = 5
4. f(x) = - x2 + 8x, onde a = 1, b = 8 e c = 0
5. f(x) = -4x2, onde a = - 4, b = 0 e c = 0

Gráfico

O gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a 0, é uma curva chamada parábola.
Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função y = x2 + x:
Primeiro atribuímos a x alguns valores, depois calculamos o valor correspondente de y e, em seguida,
ligamos os pontos assim obtidos.

52
x y
-3 6
-2 2
-1 0

0 0
1 2
2 6

Observação:
Ao construir o gráfico de uma função quadrática y = ax2 + bx + c, notaremos sempre que:

 se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima;


 se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo;

Zeros ou raízes da função do 2º grau


Chamam-se zeros ou raízes da função polinomial do 2º grau f(x) = ax2 + bx + c, a ≠ 0, os números reais x tais
que f(x) = 0.
Então as raízes da função f(x) = ax2 + bx + c são as soluções da equação do 2º grau ax2 + bx + c = 0, as
quais são dadas pela chamada fórmula de Bhaskara.

Coordenadas do vértice da parábola


Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo V; quando a < 0, a
parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo V.
 b ∆
Em qualquer caso, as coordenadas de V são  − ;−  . Veja os gráficos:
 2a 4a 

53
Imagem

O conjunto-imagem Im da função y = ax2 + bx + c, a 0, é o conjunto dos valores que y pode assumir. Há


duas possibilidades:
1ª - quando a > 0,
 ∆ a>0
Im =  y ∈ R / y ≥ − 
 4a 

2ª quando a < 0
 ∆
Im =  y ∈ R / y ≤ − 
 4a 
Construção da Parábola

É possível construir o gráfico de uma função do 2º grau sem montar a tabela de pares (x, y), mas seguindo
apenas o roteiro de observação seguinte:
O valor do coeficiente a define a concavidade da parábola;

1. Os zeros definem os pontos em que a parábola intercepta o eixo dos x;

54
 b ∆
2. O vértice V  − ;−  indica o ponto de mínimo (se a > 0), ou máximo (se a< 0);
 2a 4a 
3. A reta que passa por V e é paralela ao eixo dos y é o eixo de simetria da parábola;
4. Para x = 0 , temos y = a · 02 + b · 0 + c = c; então (0, c) é o ponto em que a parábola corta o eixo dos
y.

Sinal

Consideramos uma função quadrática y = f(x) = ax2 + bx + c e determinemos os valores de x para os quais y
é negativo e os valores de x para os quais y é positivo.
Conforme o sinal do discriminante ∆ = b2 - 4ac, podemos ocorrer os seguintes casos:
1º caso - ∆ > 0
Nesse caso a função quadrática admite dois zeros reais distintos (x 1 ≠ x 2 ). A parábola intercepta o eixo Ox
em dois pontos e o sinal da função é o indicado nos gráficos abaixo:

quando a > 0
(
y > 0 ⇔ x < x1 ou x > x2 )
y < 0 ⇔ x1 < x < x2

quando a < 0
(
y < 0 ⇔ x < x1 ou x > x2 e) y > 0 ⇔ x1 < x < x2

55
2º - ∆ = 0

quando a > 0
y > 0, ∀x ≠ x1
não existe x tal que y > 0
y = 0 para x1 = x

quando a < 0

y < 0, ∀x ≠ x1
não existe x tal que y > 0
y = 0 para x1 = x

2º - ∆< 0

56
quando a > 0
y > 0, ∀x

y < 0, ∀x
quando a < 0

FUNÇÃO EXPONENCIAL
Definição de uma função exponencial

Uma função f : R → R+* é chamada de função exponencial quando existe um número real a , com a > 0 e
a ≠ 1 , tal que f ( x ) = a x , para todo x ∈ R .
Se a > 1 ,dizemos que f é crescente. Se 0 < a < 1 , dizemos que f é decrescente.

57
Exemplos:
x
1
g ( x) =   h( x) = (0,4) x y = ( 3) x
5

Gráfico da função exponencial


Vamos construir os gráficos de algumas funções exponenciais.
Exemplos:
x
1
f ( x) = 2 x
g ( x) =  
2
1º caso 2º caso

x f ( x) x g ( x)
1 −3 8
−2
4 −2 4
1 −1 2
−1 0 1
2
0 1 1
1
1 2 2
2 4 1
2
3 8 4

No primeiro caso, a base a é 2 (a > 1) , então a função exponencial é crescente. D( f ) = R e


Im( f ) = R*+
1
No segundo caso, a base a é (0 < a < 1) , então a função exponencial é decrescente. D( g ) = R e
2
Im( g ) = R +
*

Observe que os gráficos das funções exponenciais passam pelo ponto (0, 1) e só ocupam o 1º e o 2º
quadrantes.
Há ainda funções que podem ser obtidas a partir da função exponencial.

Exemplos:

f ( x) = 2 x +1 G ( x ) = 5 .3 x h( x ) = 3x − 2

Exercício

Certa substância se decompõe segundo a lei m(t ) = k .2 −0,5t em que k é uma constante, t indica o tempo
em minutos e m(t ) , a massa da substância em gramas. No instante inicial 2,048 gramas. Essa quantidade

58
decai para 512 gramas após t minutos. Com base nessas informações, determine os valores de k e de t .
k = 2.048 e t = 4 min

LOGARITMOS
Definição de Logaritmos

Dados a e b números reais positivos, com a ≠ 1 , o logaritmo de b na base a é o número real x tal que:
log a b = x ⇔ a x = b . O número b é chamado logaritmando. Dizemos também que co log a b = − log a b
nas mesmas condições para a e b .

Exemplos:
log 6 36 = 2 ⇔ 62 = 36 log 2 0,5 = −1 ⇔ 2 −1 = 0,5 log10 1 = 0 ⇔ 100 = 1
Em particular, log10 = 0 pode ser escrito também como log1 = 0.
Sempre que a base for omitida, entende-se que o logaritmo tem 10 por base.

Exercícios resolvidos

1º) Determinar o valor de x sabendo que x = log 1 ( 2 )3 .


8
x 3 3
1
solução: log 1 ( 2 ) = x ⇒   = 23 ⇒ 2 −3
3
( ) x
=2 ⇒2
2 −3x
= 2 ⇒ − 3x =
2
3
⇒x=−
1
8 8 2 2
2º) Quanto vale k , se log k 81 = 4 ?
solução: log k 81 = 4 ⇒ k 4 = 81 e k > 0 ⇒ k = 4 81 ⇒ k = 3 (−3 não serve, pois k > 0)

Exercício

1º) Calcule:
a) log 2 2 b) log 0,1 c) log 1 16
4

Conseqüências da definição de logaritmos

1º Conseqüência: log a 1 = 0, pois a 0 = 1


2ª Conseqüência: log a a = 1, pois a1 = a
3ª Conseqüência: log a a n = n, pois a n = a n
4ª Conseqüência: a log a n = n, pois log a n = m ⇒ a m = n ⇒ a log a n = n
5ª Conseqüência: log a m = log a n ⇒ m = n, pois a log a m = n ⇒ m = n

59
Exemplos:

a) (log 3
3 ).(3log 3 8 ) = 1.8 = 8 b) log3 x = log3 29 ⇒ x = 29

Logaritmo de um produto

O logaritmo de um produto de dois números positivos, em uma base a, com 0 < a ≠ 1, é igual à soma dos
logaritmos de cada um desses números na base a .
log a (b.c) = log a b + log a c
Exemplos:

a) log5 (25.625) = log 5 25 + log 5 625 = log5 52 + log5 54 = 2 + 4 = 6


b) log 500 = log(100.5) = log100 + log 5 = 2 + log 5

Logaritmo de um quociente

O logaritmo do quociente de dois números positivos, em uma base a, com 0 < a ≠ 1, é igual à diferença
dos logaritmos de cada um desses números na base a .
b
log a = log a b − log a c
c
Exemplos:
 125 
a) log5   = log5 125 − log 5 625 = log5 5 − log 5 5 = 3 − 4 = −1
3 4

 625 

1
b) log 4   = log 4 1 − log 4 16 = 0 − 2 = −2
 16 

Logaritmo de uma potência

O logaritmo de uma potência em uma base a, com 0 < a ≠ 1, é igual ao produto do expoente da potência
pelo logaritmo da base da potência.
log a b n = n.. log a b
Exemplos:
1
1
a) log5 5 = 8. log 5 5 = 8.1 = 8
8
b) log 2 3 = log 2 3 =2
log 2 3
2
Mudança de base

Se você observar com atenção, algumas calculadoras científicas têm uma tecla em que você lê log . Essa
tecla calcula logaritmos na base 10 . Se digitarmos o número 100 e, em seguida, log , aparecerá o número
2 , que é o resultado de log100 . Em calculadoras como essa, se quisermos calcular logaritmos em bases
diferentes de 10 , teremos que usar a propriedade de mudança de base, como veremos a seguir.
Se a, b e c são números reais positivos, e a e c são ambos diferentes de 1 , então:
log c b
log a b =
log c a
60
Exemplos:

Sabendo-se que log11 ≈ 1,04, determinar um valor aproximado de log11 1.000. Para isso, transforma-se o
logaritmo dado para a base 10 , porque o dado fornecido é um logaritmo nessa base:
log1.000 log103 3. log10
log11 1.000 = = = ≈ 2,88
log11 log11 log11

Cálculo de logaritmos usando calculadora

Determinação do valor de um logaritmo

Além da base 10, há outra base muito usada em problemas científicos, conhecida como base e , em que e
representa um número irracional, cujo valor aproximado é 2,718. O logaritmo de um número x na base e é
indicado usualmente por ln x , em vez de log e x, e chama-se logaritmo natural de x , ou logaritmo neperiano
de x, em homenagem ao escocês John Napler (1550-1617).
Para efetuar cálculos que envolvem logaritmos, podemos utilizar uma calculadora científica. Observe algumas
teclas:

 A tecla log serve para calcular o logaritmo na base 10. Como já vimos anteriormente, digita-se o número e
aperta-se a tecla log. Se o logaritmo estiver na base e , utilizamos a tecla ln .
 A tecla 10 x serve para calcular o logaritmando de um logaritmo de base 10 . Digita-se o valor x do
logaritmo e aperta-se a tecla 10 x . Se o logaritmando se refere a u logaritmo neperiano, utilizamos a tecla e x .
Exemplos:

a) Para calcular log 47, digita-se 47 e aperta-se a tecla log . Assim, obteremos log 47 ≈ 1,6720978 .
b) Para calcular o valor de b na expressão log b = 1,4624 , teclamos 1,4624 e depois 10 x . Logo b ≈ 0,29 .
c) Para calcular ln 9, digitamos 9 e apertamos a tecla ln na calculadora. Dessa forma, ln 9 ≈ 2,197224 .
d) Para calcular o valor de b na expressão ln b = 2,0794, teclamos 2,0794 e depois e x . Logo,
b ≈ 7,9997.

Exercício resolvido

1º)Indicar os passos para efetuar os cálculos pedidos, supondo o uso da calculadora científica.

a) Determinar o valor de b em ln b = 1,6094 b) Calcular ln 10

Solução:

a) Digita-se 1,6094 e aperta-se a tecla e x . Assim, obtemos b ≈ 5


b) Digita-se 10 e aperta-se a tecla ln . Dessa forma, obtemos ln 10 ≈ 2,3026

Exercício
61
  1 
1º) O pH de uma solução é dado pela fórmula pH = log  . Qual é o pH de uma substância que
+ 
  H 3O 
tem por concentração de H 3O + a quantidade de 3,8.10 −5 mol / λ ?
2º) Se o pH de uma substância é 100, qual deve ser a concentração de H 3O + ?
3º) Por definição, pOH duma solução é o cologarítmo na base 10 de sua concentração hidroxiliônica em íons-
[ ]
grama/litro ou moles/litro OH − . Sendo assim escreva o pOH em função do logaritmo na base 10.

FUNÇÃO LOGARITMICA
Definição de uma função logarítmica

Já vimos funções exponenciais. Agora, vamos estudar funções logarítmicas.

Uma função f : R*+ → R é chamada de função logarítmica quando existe um número real a , com a > 0 e
a ≠ 1, tal que f ( x) = log a x, para todo x ∈ R*+

Se a > 1, dizemos que f é crescente. Se 0 < a < 1, dizemos que f é decrescente.

Exemplos:

a) g ( x) = log 2 x b) h( x) = log8 x c) y = log 1 x


5

Gráfico da função logarítmica


Vamos construir os gráficos de algumas funções logarítmicas.

f ( x) = log 3 x 1 0 g ( x ) = log 1 x
3 −1 3

x f ( x) 9x −
h(2x)
1 1
−2 2
9 9
1 1
−1 1
3 3

62
1 0
3 1
9 2

No primeiro caso, a base a é 3 (a > 1) , então a função logarítmica é crescente. D( f ) = R*+ e I m ( f ) = R .


1
No segundo caso, a base a é (0 < a < 1), então a função logarítmica é decrescente. D(h) = R*+ e
3
I m ( h) = R .

EXERCÍCIOS
Simplificação
105
01) Simplificando a fração , obtêm-se um valor equivalente a:
21
1
a)
5
63
b) – 5
2
c)
5
5
d)
5
20
e) 1
5

02) Simplificando a fração 132 / 22 obtêm-se um valor equivalente a:

1
a)
5
b) 6
2
c)
5
5
d)
5
20
e) 1
5

Expressões
0,5 × 0,2 − 0,4 : 0,2
03) Calculando-se o valor da expressão , obtêm-se:
0,8 × 0,1
a) 17,315
b) 1,7315
c) - 23,75
d) 2,375
e) 23,75

Razão e proporção

4) Uma mercadoria acondicionada numa embalagem de plástico possui 200g de peso líquido e 250g de peso
bruto. Qual é a razão do peso líquido para o peso bruto?
5) A razão entre a quantia que gasto e quantia que recebo como salário pôr mês é de 4 / 5. O que resta
coloco na caderneta de poupança. Se neste mês meu salário foi de R$840,00, qual a quantia que aplicarei na
caderneta de poupança?
6) Na prova de Química, a razão do número de questões que Maria acertou para o número total de questões
foi de 3 para 4. Sabendo-se que a prova era composta de 16 questões, quantas questões Maria acertou?
7) A razão entre as idades de um filho e seu pai é de 2 / 5. Se o filho tem 24 anos, qual a idade do pai?
8) Em um mapa a distância entre duas cidades é de 3 cm . Sabendo-se que a distância real entre as cidades
é de 30 km, qual a escala utilizada no mapa?
9) Sabendo-se que 6, 24, 5 e x formam nessa ordem, uma proporção, determine o valor de x.
10) Determine a quarta proporcional dos números 2 / 3, 5 e 1 / 4.
11) Numa maquete a altura de um edifício é de 80 cm. Qual a altura real do prédio, sabendo-se que a
maquete foi construída na escala de 1: 40?
12) Para ser aprovado no Vestibular da UFBA, Mônica tem que acertar 70%. Sabendo-se que a prova tem 20
questões, quantas questões ela terá que acertar?
13) Para fazer um refresco, misturamos suco concentrado com água na razão de 3 para 5. Nessas condições,
9 copos de suco concentrado devem ser misturados com quantos copos de água?
64
Regra de três simples e porcentagem
14) Ao participar de um treino Barrichello imprimiu velocidade de 200 km/h, fez o percurso em 18 segundos.
Se sua velocidade fosse de 240 km/h, qual seria o tempo gasto no percurso?
15) Para transportar material bruto para uma construtora foram usados 16 caminhões com capacidade de 5
metros cúbicos cada um. Se a capacidade de cada caminhão fosse de 4 metros cúbicos, quantos caminhões
seriam necessários para fazer o mesmo serviço?
16) Para construir uma quadra de basquete, 25 operários levaram 48 dias. Se fossem contratados 30
operários de mesma capacidade que os outros, para construir uma outra quadra igual à anterior, em quantos
dias a quadra estaria pronta?
17) Em um banco um caixa leva, em média, 5 minutos para atender 3 clientes. Qual seria o tempo gasto para
atender 36 clientes?
18) Para pintar um barco, 12 pessoas levaram 8 dias. Quantas pessoas, de mesma capacidade de trabalho
que as primeiras, são necessárias para pintar o mesmo barco em 6 dias?
19) Uma rua tem 600 m de comprimento e está sendo asfaltada. Em seis dias foram asfaltados 180 m da rua.
Supondo-se que o ritmo de trabalho continue o mesmo, em quantos dias o trabalho estará terminado?
20) Em 30 dias, uma frota de 25 carros consome 100.000 litros de combustível. Em quantos dias uma frota de
30 carros consumiria 240.000 litros de combustível?*
21) Em uma partida de basquete, Gilmar cobrou 20 lances livres, dos quais acertou 65%. Quantos lances
livres ele acertou? E quantos errou?
22) Durante o ano de 2003 o Camaçariense disputou 75 jogos, dos quais venceu 63. Qual a taxa de
porcentagem em relação aos jogos que a equipe venceu?
23) Comprei 60 peças de montar e aproveitei apenas 45. As restantes estavam com defeito. Qual a taxa de
porcentagem das peças com defeito?
24) Na compra de um objeto, obtive um desconto de 15%. Paguei então, R$76,50 pelo objeto. Qual era o
preço original do objeto?
25) Sabe-se que 37,5% de uma distância x correspondem a 600 metros. Qual é a distância x?
26) Uma mercadoria é vendida em duas lojas nas seguintes condições:
Loja 1 – preço R$ 120,00, com 20% de desconto.
Loja 2 – preço R$ 140,00, com 30% de desconto.
Em qual das lojas a mercadoria pode ser comprada pelo preço mais baixo?
27) Em uma sala de aula há 15 meninas e 10 meninos. Dê a porcentagem de meninos e meninas dessa
classe?
28) Numa cidade a população é de 55.000 habitantes. Desses, 18% tem mais de 50 anos. Nessas condições,
quantos habitantes dessa cidade têm:
a) Mais de 50 anos?
b) Menos de 50 anos?

Sistema de equação, equação do 1º grau, equação do 2º grau, função do 1º grau e


função do 2º grau.
29) (UNIFOR) As idades de dois irmãos somam, hoje, 30 anos. Se, há 8 anos, o produto de suas idades era
48, a idade atual do mais velho é
a) 20 b) 19 c) 18 d) 17 e) 16
30) (UFD) - Um aluno ganha 5 pontos por exercícios que acerta e perde 3 por exercícios que erra. Ao fim de
50 exercícios tinha 130 pontos. Quantos exercícios ele acertou?
a) 35 b) 34 c) 33 d) 55 d) n.d.a
31) (PUC-Campinas-SP) Um artesão está vendendo pulseiras (a x reais a unidade) e colares (a y a unidade).
Se 3 pulseiras e 2 colares custam R$ 17,50 e 2 pulseiras e 3 colares custam R$ 20,00, calcule o preço de
cada pulseira.

65
32) Em um playground há 10 veículos, entre karts e bicicletas. Sabendo-se que o número
total de rodas é 34, vamos descobrir quantos karts e quantas bicicletas há nesse playground.
33) Marta e Ana realizaram um trabalho, pelo qual receberam juntas R$ 3200 reais. Ana recebeu 60% da
quantia recebida por Marta. Use as incógnitas x e y e estabeleça um sistema de equações do 1 grau
associado a essa situação .
34) A diferença entre dois números reais é 3. multiplicando o maior numero pôr 5 e o menor pôr 2 , a soma
desses produtos é igual a 43.
35) A soma de dois números reais é 125 e o maior desses números é igual ao triplo do menor aumentado de
5 unidade.
36) Dê um livro com 160 páginas, li o correspondente aos 3/2 do número de páginas que ainda faltam para eu
ler. Usando as incógnitas x e y, escrava um sistema de equações associado a essa situação.
37) Resolva as seguintes equações:
a) 8x – 2 = 5x
b) 5 ( x + 2) – 3 ( x + 6) = 40
38) Sendo ƒ: R  IR, esboçar o gráfico das funções do 1º grau, determinar suas raízes e classificar a função
em crescente e decrescente e fazer o estudo da função:
a) ƒ (x) = −3x + 1 b) ƒ (x) = 2x – 4
39) A função n: A R. Definida por n( T) = 6 T + T2, expressa o número de colônias de bactérias em uma
placa, onde n é o número de colônia, T é o tempo em horas e A = {1, 2, 3, 4, 5, 6} tem seus elementos
representando os instantes em que as colônias foram contadas. Com esses dados determine:
a) O número de colônias para T = 3h
b) O conjunto contradomínio CD(n)
40) Na função ƒ : R R definida por f ( x ) = 7 x + 6 , para que valor de x tem – se f ( x ) = 20 ?
41) A meia-vida de uma substância radioativa é o tempo necessário para que sua massa se reduza à metade.
Se 16 gramas de uma substância, cuja meia-vida é de 5 anos, se reduzir daqui a n vidas mais-vidas a
2 −20 gramas, qual o valor de n ?

66
REFERÊNCIA CONSULTADA
 MARCONDES gentil e Sergio - Matemática novo ensino médio, Ática. São Paulo.
 BIACHINI, Edivaldo - Matemática: 1o grau. 3edição. São Paulo, Moderna, 1991.
 IMENES, Luiz Márcio Pereira - Matemática: idéias e desafios, Saraiva, 1999.
 Barreto filho, Benigno - Matemática Aula por Aula 1a edição. São Paulo, FTD 2003.
 GIOVANNI, José Ruy. Matemática (pensar e descobrir), 8a séries. São Paulo, FTD, 2000.
 VIVEIROS, Tânia Cristina Neto. Mini manual de Matemática. Ensino Médio. Ed. Rideel
 SMOLE, Kátia Cristina Stocco. Matemática 2: 2o grau. São Paulo, Saraiva, 1998.
 GENTIL, Nelson. Matemática para o 2o grau 1 e 2. 6 ed. São Paulo, Ática, 1997.
 IEZZI, Gelson. Matemática Elementar. 3.ed. São Paulo, Atual, 1998
 GIOVANNI, CASTRUCCI, GIOVANNI JR. – A Conquista da Matemática, 5, 6, 7e 8. FTD
 Manual didático de ensino – Editora Didática Paulista
 Matemática: construção e significado – volume único, Moderna.
 TITO e CANTO – QUÍMICA: Na abordagem do cotidiano. Volume único
 CARVALHO, Geraldo Camargo – Química Moderna. Volume 3. Livraria Nobel
 RESNICK, HALLIDAY, KRANE – Física 2, 4ª edição. LTC

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