Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A AI não tem uma data clara e definida de inicio, sendo uma atividade
que se perde na noite dos tempos. De fato muito antiga quanto a
essência, não tanto quanto a forma. No formato mais familiar aos
procedimentos atuais podemos citar o ano de 1559 quando William
Cécil, primeiro-secretário da Coroa e conselheiro de Elizabeth I, cria o
"State Defense”, centralizando todas as atividades de inteligência. Em
1573, Sir Francis Walsingham, ministro do Exterior de Elizabeth I, cria o
"Serviço Secreto da Coroa da Inglaterra", com os primeiros prontuários
individuais de agentes, relatórios sistemáticos, verbas secretas e
contabilidade especial. Walsingham organizou, na verdade, o primeiro
serviço de inteligência profissional do mundo, pelo menos da forma
como o entendemos hoje.
Não fosse o bastante até o arcabouço jurídico é deficiente; uma vez que
o Projeto de Lei 728/2011 não foi ainda aprovado, logo não temos uma
legislação que tipifique o crime de terrorismo. Adicionalmente, vaidades
e a cultura organizacional de uma série de órgãos de inteligência,
prejudica decididamente qualquer tentativa verdadeira e sincera de
integração. São feitos lindos discursos, politicamente corretos, mas
vazios. Não existe um banco de dados único e muitas vezes, para obter
um elenco mais completo de informações, é necessário digitar 13 senhas
diferentes em ambientes cibernéticos distintos. Para um trabalho mais
completo tem de se chegar a 33!
Neste último artigo desta série desejo fazer uma breve reflexão sobre a
abordagem do problema, realizada no transcorrer deste processo de
“desmonte” do Poder Nacional, notadamente na sua expressão militar.
A História cobrará seu preço, pois quando meu filho chega em casa
contando as barbaridades que os professores da escola falam dos
militares, eu percebo claramente que toda a trajetória desta expressão
do Poder Nacional esta por virar pó. Que cada oficial general lembre-se
do legado que deixará e como será lembrado.
O grande jogo mundial foi feito para se jogar. Este é seu proposito e
razão de existir. Mesmo quem não o compreende, quem não sabe jogar,
acaba jogando ainda que de forma inconsciente. A omissão é uma ação
ou decisão em si, devidamente respaldada pelo livre arbítrio.
China, Rússia e Índia tem hoje uma economia forte, mas o mais
importante, capacidade bélica de dissuasão às pretensões contrárias,
capazes de defender seus interesses estratégicos e ter sua opinião
ouvida e respeitada nos fóruns internacionais. Não estão de joelhos,
submissos. E o Brasil, como está?
A defesa dos interesses nacionais passa por uma expansão de visão, por
uma compreensão mais acurada da atualidade, por fazer alianças, por
ouvir mais e gabar-se menos, por ceder agora para conquistar depois.
Aquilo que alguns chamam de Mal, sob outro ponto de vista, pode ser o
Bem.
“O grande jogo mundial foi feito para se jogar”. Com esta frase iniciei
um artigo intitulado “Limitações de visão estratégica” publicado aqui
em 06 de março de 2014. E com esta frase: “Jogando ou não o jogo
continua”, conclui o artigo. Nada mudou. Se os “estrategistas”
brasileiros entenderam ou não o recado, não alterou os passos do
jogo. A julgar pelas sucessivas derrotas que sofreram, não
entenderam nada.
Todos têm lido sobre os vários ataques cibernéticos que a China tem
empreendido em relação às instalações estratégicas ocidentais.
Entende-se hoje que o ataque cibernético precede o ataque com
armas nucleares ou convencionais. A capacidade militar chinesa é
complementada e aprimorada pela excelência da tecnologia russa
nestas áreas, seja no campo nuclear, químico, biológico, espacial,
psíquico ou escalar. O resultado é uma combinação de forças e
recursos que não podem ser ignorados. Se somarmos a isso o ódio
que parte do mundo alimenta em relação aos EUA, em particular
alguns países árabes, teremos um cenário explosivo.
Cada dia haverá mais pobres, e sempre haverá a quem culpar pela
pobreza deles. O aparelhamento do Estado caminha para a
hegemonia sonhada pelo PT. O Executivo e o legislativo são
apêndices do partido e o Judiciário segue o mesmo rumo (em 2018
dez dos onze ministros serão petistas). Os movimentos sociais serão
cada dia mais partidários e a mídia estará completamente controlada
e dependente das verbas governamentais.
Existe uma máxima que diz que a árvore se conhece pelos seus
frutos. Os frutos estão aí. Não reconhecer isso é demonstração de
grave miopia. Usaram com as FFAA a estratégia de cozinhar o sapo,
aumentando a temperatura devagar até que ele não percebesse sua
morte se aproximando. A continuar chegarão a um ponto de onde
não há volta, se é que não chegaram ainda.