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OUT 1999 NBR 5314

Carretéis plásticos para


acondicionamento de fios para
enrolamentos - Especificação

Origem: Projeto NBR 5314:1997


ABNT/CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
Exemplar para uso exclusivo - SENAI DN - SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAIDN - 33.564.543/0001-90

CE-03:020.12 - Comissão de Estudo de Fios para Enrolamentos


NBR 5314 - Packaging of winding wires - Specification
Descriptors: Spool. Packaging. Winding wire
Esta Norma substitui a NBR 5314:1982
Esta Norma foi baseada nas IEC 60264-2:1989, IEC 60264-3:1989,
IEC 60264-4:1989, DIN 46.399:1982 e DIN 46.383:1972
© ABNT 1999
Válida a partir de 29.11.1999
Todos os direitos reservados
Palavras-chave: Carretel. Acondicionamento. Fio para 10 páginas
enrolamento

Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referência normativa
3 Definições
4 Requisitos gerais
5 Requisitos específicos
6 Inspeção, aceitação e rejeição
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS),
são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo
parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS, circulam para Consulta Pública entre os
associados da ABNT e demais interessados.
Esta Norma, elaborada pela CE-03:020.12 - Comissão de Estudo de Fios para Enrolamentos, do Comitê Brasileiro de
Eletricidade, é uma revisão e simplificação da norma relativa a acondicionamento de fios para enrolamentos, agrupando
especificações similares e respectivos métodos de ensaio, e atualizando tecnicamente os requisitos exigidos destes
acondicionamentos.
1 Objetivo
Esta Norma fixa as características exigíveis no recebimento de carretéis plásticos novos, cilíndricos, tronco-cônicos e
bicônicos, para acondicionamento de fios nus e isolados, para enrolamentos.
2 Referência normativa
A norma relacionada a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usar a edição mais
recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 5426:1985 - Planos de amostragem e procedimento na inspeção por atributos - Procedimento


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3 Definições

Para os efeitos desta Norma, são adotadas as seguintes definições.

3.1 lote: Conjunto de carretéis do mesmo tipo, produzidos essencialmente nas mesmas condições e oferecidos pelo
fornecedor para inspeção de uma só vez.

3.2 ensaios de rotina: Todos os ensaios, conforme especificação aplicável, necessários para deliberar (aceitar ou rejeitar)
sobre um lote de fornecimento.

3.3 ensaios periódicos: Todos os ensaios destinados a assegurar que certas características dos produtos sejam mantidas
ao longo do tempo. Estes ensaios não são destinados a verificação lote por lote, mas a uma confirmação periódica da
qualidade dos produtos.

4 Requisitos gerais

4.1 Características do material


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O material que constitui o carretel deve ser poliestireno alto impacto ou ABS, desde que seja acordado entre fornecedor e
comprador.

4.2 Fabricação

A tecnologia de fabricação dos carretéis é de responsabilidade do fornecedor, bem como a aplicação de todos os ensaios
previstos.

4.3 Acabamento

Os carretéis devem ter a sua superfície lisa, sem rebarbas, sulcos ou emendas salientes, e sua coloração uniforme, de
acordo com padrões de referência previamente acordados entre fornecedor e o comprador.

4.4 Identificação

Os carretéis devem ter indicados, na parte externa do flange, os seguintes dados:

- identificação: os carretéis devem ser identificados pela dimensão “A” das tabelas 1, 2 e 3 e o número desta Norma;
exemplo: 125 NBR 5314;

- tara, em gramas;

- logotipo: apresentar o logotipo do fabricante de carretel em pequenas dimensões, podendo ser um símbolo próprio e
conhecido, para que seja possível identificar a origem, não devendo posicionar-se de modo que prejudique a colocação
de etiquetas;

- identificação do lote: para efeito de rastreabilidade, de modo que, quando da ocorrência de alguma falha em uso, seja
possível segregar todo o lote;

- Indústria Brasileira.

4.5 Fornecimento

Os carretéis devem ser fornecidos em caixas de papelão, ou outro tipo de embalagem, com cobertura que ofereça proteção
para evitar o empoeiramento e outros danos como batimentos, etc.

4.6 Ensaios e certificados comprobatórios

Os fabricantes de carretéis devem fornecer, sempre que solicitado, certificados de ensaios por lote de fabricação, relativos
a todos os requisitos desta Norma. Para os ensaios de rotina, a freqüência exigida é a cada lote de fabricação; para os
ensaios considerados periódicos, a freqüência exigida é de pelo menos um certificado a cada seis meses.

O fornecedor deve efetuar os ensaios previstos com instrumentação adequada e aferida.

5 Requisitos específicos

5.1 Dimensões

5.1.1 A tabela 1 fixa as dimensões dos carretéis cilíndricos representados na figura 1.

5.1.2 A tabela 2 fixa as dimensões dos carretéis tronco-cônicos representados na figura 2.

5.1.3 A tabela 3 fixa as dimensões dos carretéis bicônicos representados na figura 3.

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5.2 Tolerância sobre a tara

Sobre a tara nominal gravada no flange dos carretéis é admitida uma tolerância de  2%.
5.3 Planicidade interna dos flanges

A figura 4 mostra o arranjo experimental utilizado para medição da planicidade interna dos flanges nos carretéis cilíndricos
e tronco-cônicos.

A diferença entre a leitura máxima e a mínima sobre uma circunferência qualquer em cada um dos flanges não deve
exceder os valores da tabela 4.

5.4 Perpendicularidade do tambor em relação aos flanges

A figura 5 mostra o arranjo experimental utilizado para medição de perpendicularidade do tambor em relação aos flanges
nos carretéis cilíndricos.

A diferença entre a leitura máxima e a mínima, medida em relação a cada um dos flanges, não deve exceder os valores
da tabela 4.
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5.5 Resistência ao tracionamento da alça

Aplicável aos carretéis tronco-cônicos, a alça deve suportar uma força mínima de tração equivalente a três vezes o peso
máximo de acondicionamento do carretel. A tabela 5 define a força mínima para os carretéis tipo 260 e 280.

5.6 Resistência ao impacto sobre o flange

O ensaio de resistência ao impacto sobre o flange pode ser realizado com auxílio do arranjo experimental esquematizado
na figura 6, ou outro modelo que reflita o mesmo resultado exigido.
o
O carretel é apoiado e fixado sobre uma base disposta a 45 . Uma massa de valor prefixado e forma definida é levantada
até uma altura especificada e deixada cair em queda livre, de forma que o choque seja exercido sobre o ponto mais alto
da borda superior do flange. O carretel deve ser posicionado de forma que seu ponto mais alto coincida com uma nervura
do flange.

A queda da massa sobre o flange não deve causar danos sobre ele.

O ensaio deve ser efetuado pelo menos uma vez em cada flange e devem ser ensaiados no mínimo três carretéis de
cada lote inspecionado.

A tabela 6 define os parâmetros de ensaio.

Figura 1 - Carretéis cilíndricos

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Tabela 1 - Carretéis cilíndricos - Dimensões

Dimensões em milímetros

Tipo A*) B*) C D E*) F G H*) I*)

80 80 50 16 002 64  0,50 80 20 002 7 002 2 24

100 100 63 16 002 80  0,20 100 20 002 7 002 2 24


02
125 125 80 16 0 100  0,20 125 20 002 7 002 3 24
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160 160 100 36 005 120  0,20 160 40 005 13 0,


0
5
3 60

200 200 125 36 005 160  0,30 200 40 005 13 0,


0
5
3 60

250 250 160 36 005 160  0,40 200 40 005 13 0,


0
5
4 60

355 355 224 36 005 160  0,40 200 80 005 26 0,


0
5
5 60
)
* Dimensões orientativas e que, portanto, não requerem tolerâncias.

Dimensões em milímetros

Figura 2a) - Carretel tronco-cônico - Tipo 260/280

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Dimensões em milímetros
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Figura 2b) - Carretel tronco-cônico - Tipo 315/400/500

Figura 2 - Carretéis tronco-cônicos

Tabela 2 - Carretéis tronco-cônicos - Dimensões

Dimensões em milímetros
E
Tipo A*
)
B*) C D J*) G*) I*)
máx.

260 260 180 36 00,5 280 00,5 320 160 230 50

280 280 180 36 00,5 320 00,5 360 157 250 50

315 315 200 100 00,5 425 00,5 500 180 300 106

400 400 250 100 00,5 530 100 630 224 375 106

500 500 315 100 00,5 670 105 800 280 475 106

*) Dimensões orientativas e que, portanto, não requerem tolerâncias.

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Figura 3 - Carretéis bicônicos

Tabela 3 - Carretéis bicônicos - Dimensões

Dimensões em milímetros
) ) )
Tipo A* B* C D* E*) I*)

63 C 63 44,5 16 0,2
0 61 86 -

125 C 125 71 16 0,2


0 65 125 24

160 C 160 90 220,2


0 85 160 34

200 C 200 112 220,2


0 105 200 34

*) Dimensões orientativas e que, portanto, não requerem tolerâncias.

Figura 4 - Esquema para determinação da planicidade interna dos flanges

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Tabela 4 - Máxima diferença entre a leitura para planicidade interna dos


flanges e perpendicularidade do tambor em relação aos flanges

Modelo Tipo mm

80 0,600
100 0,600
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125 0,600
Cilíndricos 160 0,800
200 0,800
250 1,000
355 1,200
260 0,400
280 0,500
Tronco-cônicos 315 1,600
400 1,600
500 1,600
63 C 0,400
Bicônicos 125 C 0,600
160 C 0,800
200 C 0,800

Figura 5 - Esquema para determinação da perpendicularidade do tambor em relação aos flanges

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Tabela 5 - Força mínima de resistência à tração das alças

Força mínima
Carretéis
daN

260 75

280 150

NOTA - 1 daN = 10 N  1 kgf.

Dimensões em milímetros
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Figura 6 - Esquema para determinação da resistência ao impacto sobre o flange

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Tabela 6 - Valores para o ensaio de resistência ao impacto sobre o flange

Massa atuante Trabalho Altura de queda


Modelo Tipo
g N.m mm

80 500 2,0 400

100 500 3,0 600

125 500 4,5 900

Cilíndricos 160 500 5,5 1 100

200 1 000 7,0 700

250 1 000 10,0 1 000

355 1 000 15,0 1 500


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260 1 000 15,0 1 500

280 1 000 15,0 1 500

Tronco-cônicos 315 1 000 15,0 1 500

400 1 000 15,0 1 500

500 1 000 15,0 1 500

63 C 500 1,5 300

Bicônicos 125 C 500 4,5 900

160 C 500 5,5 1 100

200 C 1 000 7,0 700

6 Inspeção, aceitação e rejeição

6.1 Ensaios de rotina a serem efetuados pelo fabricante:

Subseção da Norma Título

4.1 Material

4.3 Acabamento

4.4 Identificação

4.5 Embalagem

5.1 Dimensões

5.2 Tara

5.3 Planicidade interna dos flanges

5.4 Perpendicularidade do tambor

6.2 Ensaios periódicos a serem efetuados pelo fabricante:

Subseção da Norma Título

5.5 Resistência ao tracionamento da alça

5.6 Resistência ao impacto sobre o flange

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6.3 O plano de amostragem sugerido é o NI (nível de inspeção) II, com NQA 2,5 (nível de qualidade aceitável); porém,
conforme acordado entre fornecedor e comprador, o plano de amostragem pode ser outro em fornecimentos com quali-
dade assegurada.

6.4 Fornecimento com qualidade assegurada

6.4.1 Para o fornecimento com qualidade assegurada, o fornecedor deve adequar seus produtos aos requisitos
estabelecidos pelo comprador em seu plano da qualidade ou em outro contrato da qualidade estabelecido entre as partes, a
esta Norma e as normas específicas pertinentes ao produto.

6.4.2 É facultada ao comprador a realização de auditorias da qualidade no fornecedor, dentro da política de seu sistema da
qualidade assegurada.

6.4.3 Certificações realizadas por órgãos reconhecidos nacional ou internacionalmente podem substituir, a critério do
comprador, auditorias próprias da qualidade no fornecedor.

6.4.4 É facultado ao comprador o direito de receber relatórios de ensaios, assegurando a manutenção das características
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de aprovação. O conteúdo encontra-se descrito nesta Norma e a periodicidade deve ser:

a) relatórios com inspeção de rotina: a cada lote de fornecimento;

b) relatórios com inspeção periódica: no mínimo a cada seis meses.

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