Você está na página 1de 3

Diálogo

socrático

Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não
são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das Saiba mais

Diálogo socrático (em grego: Σωκρατικός λόγος, transl. Sokratikós lógos, ou


Σωκρατικός διάλογος, Sokratikós diálogos) é um gênero literário em prosa
desenvolvido na Grécia Antiga, por volta do século IV a.C., e preservado
atualmente nos diálogos de Platão e nas obras socráticas de Xenofonte, tanto
dramáticas quanto narrativas, nas quais os personagens discutem problemas
morais e filosóficos, ilustrando alguma versão do método socrático. Sócrates,
tutor do próprio Platão, frequentemente é o personagem principal destas obras.

O termo pode se referir mais especificamente às obras nas quais Sócrates é


um personagem, embora outros textos sejam incluídos: as Leis, de Platão, e
Hierão, de Xenofonte, por exemplo, são diálogos socráticos nos quais um
sábio, que não é Sócrates, conduz a discussão (o Estranho Ateniense e
Simônides, respectivamente). Da mesma maneira, o formato estilístico dos
diálogos pode variar: os diálogos de Platão contêm geralmente a transcrição
direta de cada um dos falantes, enquanto os diálogos de Xenofonte são
escritos na forma de uma história contínua, que contém, juntamente com a
narrativa das circunstâncias do diálogo, as "citações" dos seus participantes.

Sócrates costumava iniciar uma discussão sobre algo com uma pergunta,
buscando obter as opiniões de seu interlocutor, as quais ele, a princípio, não
refutava. Depois, por meio de novas perguntas e respostas, mostrava a
contradição ou o absurdo das opiniões iniciais do interlocutor, levando-o a
reconhecer, ele próprio, seu erro ou desconhecimento sobre o assunto. Essa
primeira parte do método de Sócrates, destinada a levar o indivíduo à
convicção do erro, é a ironia. Depois, continuando o diálogo, e retomando as
respostas equivocadas do interlocutor, constrói, com o ele, o conhecimento
daquilo que se discute. Sócrates deu a esta última parte o nome de maiêutica -
a arte de fazer nascer as ideias. É esse o método que encontramos
amplamente desenvolvido nos diálogos socráticos de Platão, onde a verdade
nasce da discussão e não de uma "verdade" anterior afirmada.

De acordo com um fragmento de Aristóteles, o primeiro autor do diálogo


socrático teria sido Alexameno de Teos, porém nada se conhece a respeito do
autor, se o próprio Sócrates aparecia em suas obras, ou quão preciso
Aristóteles era em seu julgamento desfavorável a seu respeito. Além de Platão
e Xenofonte, Antístenes, Ésquines de Esfeto, Fédon de Élis, Euclides de Megara,
Simão, o Sapateiro, Teócrito, Tissafernes e Aristóteles teriam todos escrito
diálogos socráticos, e o romano Cícero também teria escrito obras
semelhantes, em latim, sobre temas filosóficos e retóricos (por exemplo, De re
publica).

Ver também

Diálogo platônico

Método socrático

Maiêutica

Bibliografia

Bakhtin, M (1981). Problemas da Poética de Dostoiévski. Rio de Janeiro:


Forense, 1981.

Jowett, B. M.A. (1911). The Dialogues of Plato: Translated into English, with
analyses and Introductions Vol.I. Charles Scribner's Sons, Nova York
Obtida de
"https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Diálogo_socrático&oldid=59892506"

Última modificação há 1 ano por Yone Fernandes

Você também pode gostar