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Materiais de Construção

Prof. Aline Fernandes de Oliveira, Arquiteta Urbanista


2010
AGLOMERANTES
AGLOMERANTES

O QUE SÃO?

- Material ativo e ligante

- Em geral pulverulento (que se reduz a pó ou se apresenta em estado de pó)

- PRINCIPAL FUNÇÃO: formar uma pasta que promove a união entre os grãos do
agregado.

- Utilizados na obtenção das argamassas e concretos, na forma da própria pasta


e também na confecção de natas – usadas para:
. Revestimento de pisos e paredes
. Obtenção e união de componentes de Const. Civil
. Construção de elementos e componentes estruturais
. Estabilização de solos.

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- PASTAS = aglomerante + água

Utilização: Pouco usadas – efeitos secundários por causa da retração.


Quando usadas – rejuntamento de azulejos e ladrilhos

- NATAS = pastas + excesso de água

Utilização: Natas de cal : pintura


Natas de cimento : utilizadas sobre argamassas para obtenção de
superfícies lisas.

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Pasta – aglomerante + água

Nata – pasta muito fluída

Argamassa – pasta + agregado miúdo

Concreto – argamassa + agregado graúdo

Aglomerantes – materiais ativos (pulverulentos)

Agregados – materiais inertes (granulosos)

Aglomerados – argamassas e concretos

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CLASSIFICAÇÃO – quanto ao princípio ativo (pega):

- Aéreos: Endurecem expostos ao ar e não resistem a ação da água, como por


exemplo a cal aérea e gesso.

- Hidráulicos: são os aglomerantes que endurecem pela ação exclusiva da água,


como por exemplo a cal hidráulica, o cimento Portland, etc. Este fenômeno
recebe o nome de hidratação.

- Poliméricos: são os aglomerantes que tem reação devido a polimerização de


uma matriz.

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CLASSIFICAÇÃO – quanto a atividade química:

-Aglomerante quimicamente inerte:


O processo de endurecimento ao ambiente é consequência da evaporação da
água de emassamento.
. Baixa resistência mecânica
. Reversibilidade do processo
Ex. argila.

-Aglomerante quimicamente ativo:


O processo de endurecimento ao ambiente é decorrência de uma reação
química.
. Maior resistência físico-mecânica
. Irreversibilidade do processo
Ex. cimento, cal e gesso.
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EXEMPLOS:

- Cal – aérea e hidráulica

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EXEMPLOS:

- Cimento – natural, artificial e aluminoso

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EXEMPLOS:

- Argilas

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EXEMPLOS:

- Gesso – comum, anidro e hidráulico

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EXEMPLOS:

- Betume – asfalto ou alcatrão

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CONCEITO DE PEGA

- Perda da fluidez da pasta.

- Como acontece?
Ao se adicionar, por exemplo, água a um aglomerante hidráulico, depois de certo
tempo, começam a ocorrer reações químicas de hidratação, que dão origem à
formação de compostos, que aos poucos, vão fazendo com que a pasta perca
sua fluidez, até que deixe de ser deformável para pequenas cargas e se torne
rígida.

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CONCEITO DE PEGA

- INÍCIO DE PEGA de um aglomerante hidráulico:


Período inicial de solidificação da pasta.
Contado a partir do lançamento da água no aglomerante, até ao início das
reações químicas com os compostos do aglomerante.
Esse fenômeno é caracterizado pelo aumento brusco da viscosidade e pela
elevação da temperatura da pasta.

- FIM DE PEGA de um aglomerante hidráulico:


Quando a pasta se solidifica completamente, não significando, entretanto, que
ela tenha adquirido toda sua resistência, o que só será conseguido após anos.

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CONCEITO DE PEGA

A determinação dos tempos de início de e de fim de pega do aglomerante são


importantes, pois através deles pode-se ter idéia do tempo disponível para
trabalhar, transportar, lançar e adensar argamassas e concertos, regá-los para
execução da cura, bem como transitar sobre a peça.

Com relação ao tempo de início de pega os cimentos brasileiros se classificam em:


• cimentos de pega normal tempo > 60 minutos
• cimentos de pega semi-rápida 30 minutos < tempo < 60 minutos
• cimentos de pega rápida tempo < 30 minutos

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CONCEITO DE PEGA

No caso dos cimentos de pega normal, o fim da pega se dá, de cinco a dez horas
depois do lançamento da água ao aglomerante.
Nos cimentos de pega rápida, o fim da pega se verifica poucos minutos após o seu
início.

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AGLOMERANTES AÉREOS

CAL E GESSO
CAL
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CAL

O QUE É?

- É o produto obtido pela calcinação de rochas calcárias a temperaturas elevadas.

- Pode ser considerada o produto manufaturado mais antigo da humanidade. Há


registros do uso deste produto que datam de antes de Cristo.
Um exemplo disto é a muralha da China, onde pode-se encontrar, em alguns
trechos da obra, uma mistura bem compactada de terra argilosa e cal.

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CAL

- Pela diversidade de aplicações, a cal está entre os dez produtos de origem mineral
de maior consumo no planeta.

- Na construção civil: elaboração das argamassas de assentamento e de


revestimento e na pintura de alvenarias

- Na indústria cerâmica, indústria siderúrgica (obtenção do ferro), na indústria


farmacêutica (como agente branqueador ou desodorizador), no setor ambiental, no
tratamento de resíduos industriais e na indústria de papel.

- Atualmente, o uso da cal está cada vez mais difundido para restauração de prédios
históricos.
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CAL

- Estima-se que sua produção mundial esteja em torno de 145 milhões de toneladas
por ano. O Brasil produz cerca de 6 milhões de toneladas por ano, o que significa um
consumo "per capita" de 36 kg por ano.

-Podem ser classificadas:

. Conforme o óxido predominante (cal virgem cálcica – cal virgem magnesiana – cal
virgem dolomítica)

. Conforme teor de componentes argilosos (cal aérea e cal hidráulica)

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CONFORME ÓXIDO PREDOMINANTE:


.Cal virgem cálcica – com óxido de cálcio entre 100% e 90% do óxido total presente;
.Cal virgem magnesiana – com óxido de cálcio entre 90% e 65% do óxido total
presente;
.Cal virgem dolomítica – com óxido de cálcio entre 65% e 58% do óxido total
presente.

- No mercado global da cal, a cal virgem cálcica predomina, particularmente, pela sua
aplicação nas áreas das indústrias siderúrgicas, de açúcar e de celulose.

- Em geral, na região sul-sudeste predominam as cales provenientes de dolomitos e


de calcáreos magnesianos e na região nordeste-norte-centro, as resultantes de
calcáreos cálcicos.
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CONFORME TEOR DE COMPONENTES ARGILOSOS:


. Cal aérea – necessita do ar para endurecer. O teor de componentes argilosos (SiO2
+ Al2O3) é pequeno;
. Cal hidráulica – endurecem pela ação da água, sem intervenção do ar e resistem à
água depois de endurecidas. O teor de componentes argilosos (SiO2 + Al2O3) é alto.

-A cal hidráulica é obtida pelo aquecimento de calcários com impurezas


silicoaluminosas, formando silicatos, aluminatos e ferritas de cálcio.

- Por causa de seu alto grau de hidraulicidade - propriedade da cal de fazer pega sob
excesso de água - solidifica-se e endurece quando imersa em água.

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NORMAS PARA DETERMINAR QUALIDADE DA CAL:

. NBR 6453 - Cal virgem para construção civil – Requisitos;


. NBR 7175 - Cal hidratada para argamassas;
. NBR 9289 - Cal hidratada para argamassas - Determinação da finura;
. NBR 9205 - Cal hidratada para argamassas - Determinação da estabilidade;
. NBR 9206 - Cal hidratada para argamassas - Determinação da plasticidade;
. NBR 9206 - Cal hidratada para argamassas - Determinação da capacidade de
incorporação de areia no plastômero de Voss;
. NBR 9290 - Cal hidratada para argamassas - Determinação de retenção de água;
. NBR 6473 - Cal virgem e cal hidratada - Análise química;
. Dentre outras.

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CAL

ENSAIOS FÍSICOS E QUÍMICOS:


- De extrema importância para determinar várias características do material.

- QUÍMICOS: Esta categoria de ensaios tem por objetivo verificar a "pureza" da cal
hidratada, avaliando o processo de fabricação do produto e a qualidade da sua
matéria prima. Os ensaios químicos têm influência direta sobre o desempenho do
produto.
Além disso, a partir desses ensaios, pode-se verificar a existência de impurezas na
matéria prima da cal hidratada. Quanto maior a porcentagem de impurezas, menor
será a quantidade de cal que o consumidor estará efetivamente comprando.

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CAL

- FÍSICOS : Os ensaios que pertencem a esta categoria verificam se a cal foi bem
moída no processo de fabricação, se é econômica, se a argamassa desta cal é de boa
trabalhabilidade e se a argamassa retém a água da mistura ou a perde para a
alvenaria onde a argamassa foi assentada.

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CAL VIRGEM OU CAL VIVA

O QUE É?
- É o aglomerante resultante da calcinação de rochas calcárias (CaCO3) numa
temperatura inferior a de fusão do material (850 a 900 0C).

- A cal virgem é comercializada em forma de blocos (como sai do forno), britada


(partículas com diâmetro variando de 1 a 6 cm), moída e pulverizada (85% a
95% passando na peneira 0,15 mm).

- A proporção de produção é de 1,7 a 1,8 t de rocha calcárea para 1 t de cal


Virgem.

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CAL VIRGEM OU CAL VIVA

CALCINAÇÃO – O QUE É?

É o processo onde oxida-se as substâncias presentes em uma dada amostra à forma


de óxidos usando calor. Faz-se isso no laboratório com uso de um forno elétrico
chamado mufla, e na industria em fornos aquecidos por óleo, como na produção de
cimento.
Normalmente, as calcinações ocorrem em temperaturas da ordem de 1000°C.

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CAL VIRGEM

COMO É OBTIDO?
- Além das rochas calcárias, a cal também é obtida de resíduos de ossos e conchas
de animais.
- O fenômeno ocorrido na calcinação do calcário é o seguinte:
Ca CO3 + calor (900 0C) ⇒ Ca O + CO2
Calcário + calor ⇒ cal virgem + gás carbônico
O produto que se obtém com a calcinação do carbonato de cálcio recebe o nome de
cal virgem, ou cal viva (CaO), que ainda não é o aglomerante usado em construção.
O óxido deve ser hidratado para virar hidróxido de cálcio Ca(OH)2 denominado de cal
extinta ou cal queimada.
CaO + H2O => Ca (OH)2
Cal virgem + água => Cal extinta + calor
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HIDRATAÇÃO DO CAL VIRGEM

- O processo de hidratação da cal virgem é executado no canteiro de obras.

- As pedras são colocadas em tanques onde ocorre a sua extinção ao se misturarem


com a água. O fenômeno de transformação de cal virgem em cal extinta é
exotérmico, isto é, se dá com grande desprendimento de calor (250 cal/g, podendo
em alguns casos a temperatura atingir 400 0C), o que torna o processo altamente
perigoso.

- Após a hidratação das pedras, o material deverá descansar por 48 horas no


mínimo, antes de ser utilizado na obra.

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HIDRATAÇÃO DO CAL VIRGEM

As argamassas de cal, inicialmente, têm consistência plástica, mas endurecem por


recombinação do hidróxido com o gás carbônico, presente na atmosfera (daí o nome
cal aérea), voltando ao seu estado inicial de carbonato de cálcio.
Ca (OH)2 + CO2 ⇒ CaCO3 + H2O
Cal extinta + gás carbônico ⇒ Carbonato de cálcio + água

A cal viva ou cal virgem é distribuída no comércio em forma de pedras, como saem
do forno ou mesmo moídas e ensacadas.

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CAL HIDRATADA

O QUE É?
- Cal hidratada é um produto manufaturado que sofreu em usina o processo de
hidratação.
- A cal hidratada resulta da clássica reação de fases sólida-líquida. Dependendo
do volume de água utilizada para a reação, o produto final pode ser seco ou
com aspectos de creme, lama, leite ou solução saturada.
- É apresentada como um produto seco, na forma de um pó branco de elevada
finura. A cal é encontrada no mercado em sacos de 20 kg.
- A cal hidratada tem características aglomerantes como o cimento, sendo que,
enquanto o cimento reage com água (reação de hidratação do cimento), o
endurecimento da cal aérea ocorre pelo contato com o ar.

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CAL HIDRATADA

VANTAGENS CAL HIDRATADA X CAL VIRGEM:

• maior facilidade de manuseio, por ser um produto pronto, eliminando do canteiro


de obras a operação de extinção;

• maior facilidade de transporte e armazenamento.

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Cal Virgem ou Hidratada?

Algumas vezes, a qualidade das argamassas utilizadas na construção civil deixa a


desejar pelo uso do tipo errado da cal.

Créditos: Engº. Jorge Aoki - Gerente de Assessoria Técnica Itambé

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Qual o tipo de cal que devemos usar quando preparamos uma argamassa?

- A resposta é simples em um primeiro momento: podemos utilizar os dois tipos.

- Em determinadas regiões do Brasil, a utilização da cal virgem para argamassas de


assentamento e revestimento é bem intensa. Em uma primeira etapa, são
misturadas a cal, areia fina e água. Essa mistura fica “descansando” por alguns dias,
perde trabalhabilidade e depois é adicionada a uma pequena parte de cimento e
mais água.

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Qual o tipo de cal que devemos usar quando preparamos uma argamassa?

- Na realidade, portanto, ninguém usa cal virgem. Podemos comprar uma cal virgem
e quando preparamos a argamassa, seja na obra ou em central, estamos hidratando
a cal no exato momento da adição de areia e água.

- Esta reação libera muito calor e uma boa cal, bem calcinada, demora
aproximadamente 48 horas para hidratar bem.

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Qual o tipo de cal que devemos usar quando preparamos uma argamassa?

- Uma grande vantagem quando se compra a cal já hidratada no produtor é


justamente a garantia de uma boa e completa hidratação.

- Além disso, a argamassa preparada com cal hidratada pode ser utilizada logo após
a sua mistura. O que pode ocorrer, quando se faz a argamassa com a cal virgem, é
fazer a aplicação na obra sem a completa hidratação.

- As conseqüências são trincas e quedas do material, com muito desperdício.

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Qual o tipo de cal que devemos usar quando preparamos uma argamassa?

- Uma grande vantagem quando se compra a cal já hidratada no produtor é


justamente a garantia de uma boa e completa hidratação.

- Além disso, a argamassa preparada com cal hidratada pode ser utilizada logo após
a sua mistura. O que pode ocorrer, quando se faz a argamassa com a cal virgem, é
fazer a aplicação na obra sem a completa hidratação. As conseqüências são trincas e
quedas do material, com muito desperdício.

- Qualquer que seja o tipo de argamassa (mista, industrializada ou estabilizada), a


escolha correta dos materiais componentes fará a diferença para se obter um
produto final de boa qualidade. Prof. Aline Fernandes
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CAL – ALGUMAS CARACTERÍSTICAS

- Elevada finura de seus grãos (2 μm de diâmetro):


. Capacidade de proporcionar fluidez, coesão (menor suscetibilidade à fissuração) e
retenção de água = melhora na qualidade das argamassas.

- Maior plasticidade às pastas e argamassas:


. Permite que elas tenham maiores deformações, sem fissuração, do que teriam com
cimento Portland somente.

- As argamassas de cimento, contendo cal, retêm mais água de amassamento e


assim permitem uma melhor aderência.

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CAL HIDRÁULICA

O QUE É?
- É um aglomerante hidráulico, ou seja endurece pela ação da água, e foi muito
utilizado nas construções mais antigas, sendo posteriormente, substituído pelo
cimento Portland.

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GESSO
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GESSO

O QUE É?

- Matéria prima = Gipsita (rocha)


- Dos aglomerantes utilizados na C. Civil, este é o menos utilizado no Brasil.

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GESSO

PROPRIEDADES INTERESSANTES:

- Endurecimento rápido (permite a produção de componentes sem tratamento de


aceleração de endurecimento )

- A plasticidade da pasta fresca e a lisura da superfície endurecida

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GESSO

- Aglomerante de pega rápida

- Obtido pela desidratação total ou parcial da gipsita, seguido de moagem e seleção


em frações granulométricas em conformidade com sua utilização

- A gipsita é constituída de sulfato de cálcio mais ou menos impuro, hidratado com


duas moléculas de água. As rochas são extraídas das jazidas, britadas, trituradas e
queimadas em fornos.

- O gesso é um aglomerante de baixo consumo energético. Enquanto a


temperatura para processamento do cimento Portland é da ordem de 1450 0C, a da
cal entre 800 e 1000 0C, a do gesso não ultrapassa 300 0C.

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GESSO

- Propriedades aglomerantes :
. Hidratação do sulfato de cálcio semi-hidratado e do sulfato de cálcio solúvel que
reconstituem o sulfato de cálcio bi-hidratado.

-Aplicações do gesso:
Devido ao rápido endurecimento – aplica-se a moldagem:
. material de revestimento (estuque);
. placas para rebaixamento de teto (forro);
. painéis para divisórias;
. elementos de ornamentação, como: sancas,etc.

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PROPRIEDADES FÍSICO QUÍMICAS E MECÂNICAS DO GESSO:

-As propriedades específicas do gesso são:

. Elevada plasticidade da pasta;


. Pega e endurecimento rápido;
. Finura equivalente ao cimento;
. Absorção e liberação de umidade ao ambiente;
. Alta solubilidade em água;
. Pequeno poder de retração na secagem e estabilidade volumétrica.

Estas propriedades garantem desempenho satisfatório do gesso, quando


utilizado como aglomerante na fabricação de pré-moldados ou aplicado como
revestimento. Prof. Aline Fernandes
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PROPRIEDADES FÍSICO QUÍMICAS E MECÂNICAS DO GESSO:

- A propriedade de absorver e liberar umidade ao ambiente confere aos


revestimentos em gesso um elevado poder de equilíbrio higroscópico, além de
funcionar como inibidor de propagação de chamas, liberando moléculas d’água
quando em contato com o fogo, resiste até 120º C de temperatura.

- Por outro lado, devido à solubilidade dos produtos em gesso, a utilização


destes fica restrito a ambientes interiores e onde não haja contato direto e
constante com água (áreas molhadas).

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NORMAS DE ESPECIFICAÇÃO E ENSAIOS - ABNT:

. NBR 12127 – Gesso para construção – Determinação das propriedades físicas do


pó;
. NBR 12128 – Gesso para construção – Determinação das propriedades físicas da
pasta;
. NBR 12129 – Gesso para construção – Determinação das propriedades mecânicas;
. NBR 12130 – Gesso para construção – Determinação da água livre e de
cristalização e teores de óxido de cálcio e anidrido sulfúrico;
. NBR 13207 – Gesso para construção civil – Especificações;
. NBR 13867 – Revestimento interno de paredes e tetos com pastas de gesso –
Materiais, preparo, aplicação e acabamento.

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FATORES QUE INFLUENCIAM NAS PROPRIEDADES DO GESSO:

- GRAU DE CRISTALIZAÇÃO:

. Dependendo da calcinação ocorrem 2 cristalizações distintas:


1. Alfa – cristais bem formados e homogêneos
Consequência: produtos com maior tempo de pega, maior resistência (por ser menos
solúvel), e que necessitam de menos água de emassamento.
2. Beta – cristais mal formados e heterogêneos
Consequência: produtos com menor tempo de pega, menor resistência, e que
necessitam de menos água de emassamento.

Na construção, o gesso empregado é o gesso tipo beta.

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FATORES QUE INFLUENCIAM NAS PROPRIEDADES DO GESSO:

- HOMOGENEIDADE:
. Gessos com grau de cristalização ou de desidratação diferentes aceleram o tempo de
pega e diminuem a resistência mecânica do produto final.

- FINURA:
. Quanto menores forem as partículas de gesso mais rápido será a pega, pois a
superfície de contato será maior e, consequentemente, mais saturada será a mistura,
favorecendo a cristalização, diminuindo o tempo de pega e aumentando a resistência
final.

- CONSISTÊNCIA (FATOR ÁGUA GESSO):


. Quanto maior for este fator, maior quantidade d’água em relação à massa de gesso,
maior o tempo de pega e menor será sua resistência final. Prof. Aline Fernandes
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FATORES QUE INFLUENCIAM NAS PROPRIEDADES DO GESSO:

- INFLUÊNCIA DA MISTURA COM AREIA:


. A mistura de gesso com areia para formar argamassa é possível, porém as
propriedades físico-mecânicas diminuem sensivelmente: a consistência, o tempo
de pega e a resistência mecânica decrescem proporcionalmente com o
acréscimo da proporção de areia.

- TEMPERATURA:
. O aumento da temperatura favorece as reações de cristalização, diminuindo
sensivelmente o tempo de pega.

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UTILIZAÇÃO DO GESSO:

1. REVESTIMENTOS:
. Como revestimento de paredes, no lugar da massa fina;
. Não pode haver contato com a água
. Necessidade de superfície regular
. Não há retração

2. PRÉ MOLDADOS:
. Chapas de Dry Wall (gesso entre 2 folhas de papelão)
. Placas para forro (60x60cm)
. Molduras
. Blocos para alvenaria (para áreas internas secas – isolamento termo acústico)
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UTILIZAÇÃO DO GESSO:

1. FIBROGESSO:
Pasta de gesso (frágil)
+
Fibras (ductilidade)

. As fibras ajudam a ter resistência à flexão adequada a painéis do edifício


. As fibras são: Fibras de Vidro, Fibras de Celulose e Fibras Plásticas

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OUTRAS CARACTERÍSTICAS DO GESSO

. Leveza: paredes, divisórias e peças de gesso são mais leves do que peças feitas
de outro material e podendo serem usadas em apartamentos, sem alterar a
estrutura;
. Facilidade de manuseio para execução de detalhes;
. Apesar da inevitável sujeira - seu ponto fraco, não há como evitá-la -, muitos
preferem ter uma parede de gesso no apartamento à sujeira de cimento, pedra, cal
e água;
. Rapidez de aplicação;
. Recebe bem todos os tipos de pintura e acabamento;
. Sua manutenção é simples: basta pano úmido e sabão de coco;

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OUTRAS CARACTERÍSTICAS DO GESSO

. Saiba que o gesso não suporta água. Por isso os profissionais recomendam sua
aplicação apenas em ambientes internos ou protegidos da chuva. Porém, existem
placas Resistentes à Umidade (RU), produzidas especialmente para utilização em
áreas molhadas. Possuem na composição do gesso, aditivos especiais que as
tornam mais resistentes aos vapores e aos fungos resultantes da ação da umidade.
Para as áreas constantemente molhadas (ex. Box de chuveiros) é indispensável a
impermeabilização.
. Por suas propriedades físico-químicas, o gesso é considerado isolante térmico e
acústico natural; É possível fazer uma parede de gesso acartonado com um
isolamento acústico muito superior ao de paredes de tijolos.

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ISOLAMENTO ACÚSTICO

- As formas conhecidas de se obter isolamento acústico são:


. Lei da massa - quanto mais pesada a barreira acústica maior o impedimento para
o som passar de um lado para o outro desta barreira;
. Lei da massa + mola + massa - quanto mais alternância de materiais com
espessuras e densidades diferentes, maior o isolamento acústico.

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ISOLAMENTO ACÚSTICO

. Com uma simples parede de gesso acartonado com 16cm de espessura, com lã de
vidro no interior, conforme mostra a Figura, pode-se obter o mesmo isolamento
acústico do que um muro de concreto de 18cm de espessura, ou seja, isolamento
de 60dB, com a grande vantagem da parede de gesso pesar apenas 40 Kg/m²,
contra os 414 Kg/m² do muro de concreto.

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CIMENTO
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CIMENTO - CURIOSIDADE:
- A arquitetura monumental do Egito Antigo já usava uma liga constituída por uma
mistura de gesso calcinado que, de certa forma, é a origem do cimento. As grandes
obras gregas ou romanas, como o Panteão e o Coliseu, foram construídas com o
uso de certas terras de origem vulcânicas, com propriedades de endurecimento sob
a ação da água.

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CIMENTO

CURIOSIDADE:
- A palavra CIMENTO é originada do latim CAEMENTU,que designava na velha Roma
espécie de pedra natural de rochedos e não esquadrejada.

- A origem do cimento remonta há cerca de 4.500 anos. Os imponentes


monumentos do Egito antigo já utilizavam uma liga constituída por uma mistura de
gesso calcinado.

- Tecnicamente, podemos definir cimento como um pó fino, com propriedades


aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, que endurece sob a ação de água.
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CIMENTO - TIPOS:

-Cimento Aluminoso
-Cimento Pozolânico
-Cimento Natural
-Cimento Portland

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CIMENTO ALUMINOSO

- São ligantes hidráulicos, cujo componente principal é o aluminato de cálcio.

- São fabricados a partir de misturas de calcários com bauxitos ou com alumina, de


forma a se obter cimentos com teores de óxido de alumínio na faixa de 40% a 80%.

-Estes produtos podem ser obtidos por dois processos:


1.Fusão;
2.Sinterização;

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CIMENTO ALUMINOSO

1. Fusão;
. As matérias-primas são moídas, dosadas e levadas ao forno para fusão.
O material fundido é descarregado e resfriado

2. Sinterização;
. As matérias-primas são secas, dosadas e moídas em moinho de bolas até uma
granulometria próxima a do cimento.
Em seguida este pó é pelotizado, calcinado em fornos rotativos e resfriado, obtendo-
se o clinquer.

* O clinquer de ambos os processos é britado e moído até a granulometria desejada,


obtendo-se dessa forma o cimento.
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CIMENTO ALUMINOSO - PROPRIEDADES

- Resistência ao calor dos concretos ou argamassas prontas até 1200°C

- Alta resistência a abrasão e corrosão

- Endurecimento normal a baixas temperaturas

- Pega lenta

- Cura rápida

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CIMENTO ALUMINOSO - APLICAÇÕES

- Usado principalmente para concretos refratários nos altos fornos em geral, fornos
industriais, lareiras e em substituição ao cimento Portland comum, sempre quando
se deseja uma rápida cura e altas resistências iniciais e finais, tanto em concretos
armados ou não.
- Concretagem junto ao mar aproveitando-se a maré baixa.
- Fabricação de pré moldados para uso imediato.
- Rejuntamento e assentamento de tijolos refratários.
- Chumbamento e fundações para maquinas pesadas que poderão entrar em
funcionamento após 24horas.

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CIMENTO POZOLÂNICO
POZOLANA

- Substâncias silicosas e aluminosas que reagem com a cal hidratada na presença de


água, resultando em compostos cimentícios

- Os materiais pozolânicos mais comuns são: a pozolana original (pumicita), as


calcedônias e as opalas, terras diatomáceas calcinadas, argilas calcinadas e as cinzas
volantes

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CIMENTO POZOLÂNICO

Os modernos cimentos pozolânicos são uma mistura de pozolanas naturais e


industriais com cimento Portland.

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CIMENTO POZOLÂNICO – VANTAGENS:

- Trabalhabilidade
- Diminuição do calor de hidratação
- Aumento da impermeabilidade
- Custos
- Resistência ao ataque da água
- OBS: Com a substituição de parte do cimento por pozolana, os concretos passam a
ter menores resistências iniciais, só desaparecendo essa desvantagem após cerca de
3 meses, a partir de onde suas resistências são cerca de 10 a 15% superiores aos
dos concretos comuns.

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CIMENTO POZOLÂNICO – VANTAGENS:

O concreto feito com este


produto se torna mais
impermeável, mais durável,
apresentando resistência
mecânica à compressão
superior à do concreto feito
com Cimento Portland
APLICAÇÕES
Comum, a idades É especialmente indicado em obras
avançadas. expostas à ação de água corrente e
ambientes agressivos.

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CIMENTO POZOLÂNICO – COMPOSIÇÃO:

O cimento Portland pozolânico (conforme norma ABNT NBR 5736), em geral


conhecido pela sigla CP IV, é constituído por:

Clínquer e gesso 45 a 85%

Escórias 0 a 5%

Pozolanas 15 a 50%

Material carbonatado 0 a 5%

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CIMENTO NATURAL

É obtido através da calcinação da pedra calcária argilosa natural ou pedra calcária


magnésia natural, sem sofrer processo de pulverização ou misturas de outros
materiais.

PROCESSO
A pedra é quebrada e queimada em fornalha.
O cimento queimado é então britado em pequenos fragmentos, pulverizado,
adicionado e empacotado para o transporte ao mercado.

UTILIZAÇÃO
É usado quando se tem esforços menores e se precisa de uma pega mais rápida

OBS: O cimento natural nos dias de hoje, deu lugar ao Cimento Portland. Pois o
mesmo possui um tempo de pega mais lento, o que é vantajoso na aplicação.

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CIMENTO PORTLAND - DESENVOLVIMENTO:


- 1756 – Jonh Smeaton (inglês), obteve um produto de alta resistência por meio de
calcinação de calcários moles e argilosos.
-1818 – Vicat (francês), obteve resultados semelhantes aos de Smeaton, pela
mistura de componentes argilosos e calcários. Ele é considerado o inventor do
cimento artificial.
- 1824 - Joseph Aspdin (construtor inglês), queimou conjuntamente pedras calcárias
e argila, transformando-as num pó fino. Percebeu que obtinha uma mistura que,
após secar, tornava-se tão dura quanto as pedras empregadas nas construções. A
mistura não se dissolvia em água e foi patenteada pelo construtor no mesmo ano,
com o nome de cimento Portland, que recebeu esse nome por apresentar cor e
propriedades de durabilidade e solidez semelhantes às rochas da ilha britânica de
Portland.
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CIMENTO PORTLAND - DESENVOLVIMENTO:

- Hoje, o cimento Portland é um material rigorosamente definido, e sua fabricação


segue princípios bem estabelecidos.

- A grande versatilidade de emprego e notáveis qualidade de adaptação a novos


produtos e métodos construtivos aumentam, a cada dia, sua ampla gama de
aplicações.

- No Brasil foram feitas várias tentativas para desenvolver o cimento Portland, e em


1924 foi implantada a Companhia Brasileira de Cimento Portland de uma fábrica em
Perus, Estado de São Paulo

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CIMENTO PORTLAND

TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO

- O cimento é um dos materiais de construção mais utilizados na construção civil,


por conta da sua larga utilização em diversas fases da construção.
- O cimento pertence à classe dos materiais classificados como aglomerantes
hidráulicos, esse tipo de material em contato com a água entra em processo
físico-químico, tornando-se um elemento sólido com grande resistência à
compressão e resistente à água e a sulfatos.
- O cimento Portland é um material em forma de pó, constituído de silicatos e
aluminatos de cálcio. Estes materiais ao serem misturados com água hidratam-se,
endurecendo a massa e tendo por conseqüência uma elevada resistência mecânica.

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CIMENTO PORTLAND

TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO

- O cimento : basicamente de argila, calcário, areia e uma pequena quantidade de


compostos contendo ferro que são aquecidos num forno robusto e de grande porte,
a altas temperaturas, durante tempo suficiente para reagirem quimicamente e se
transformarem em pequenas bolas chamadas clínquer.

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CIMENTO PORTLAND

TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO

- O clínquer é então misturado com gesso e moído formando um pó bastante fino


chamado cimento. O cimento por seu lado, é o ingrediente chave na produção do
concreto, componente vital dos edifícios, estradas, casas e escritórios.

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CIMENTO PORTLAND

TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO

FLUXOGRAMA DA FABRICAÇÃO DO CIMENTO


http://www.abcp.org.br/basico_sobre_cimento/flashs/fabricacao/flash_fabricacao.swf

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CIMENTO PORTLAND

PROCESSO DE FABRICAÇÃO

Cimento - é uma pequena porcentagem de argila, queimada juntamente com o


calcário e que endurece na presença de água.

O cimento é normalmente utilizado sob a forma de concreto. O concreto é uma


mistura de cimento, areia e pedra e normalmente utilizado para preencher formas na
moldagem de vigas e estruturas.

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CIMENTO PORTLAND

PROCESSO DE FABRICAÇÃO

O cimento é preparado com 75-80% de calcário e 20-25% de argila. A matéria prima


é extraída das minas, britada e misturada nas proporções corretas. Esta mistura é
colocada em um moinho de matéria prima (moinho de cru) e posteriormente cozidas
em um forno rotativo a temperatura de 1450ºc.

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CIMENTO PORTLAND

PROCESSO DE FABRICAÇÃO

Finalmente o clinquer é reduzido a pó em um moinho (moinho de cimento) juntamente


com 3-4% de gesso. O gesso tem a função de retardar o endurecimento do cliquer
pois este processo seria muito rápido se água fosse adicionada ao cliquer puro.

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CIMENTO PORTLAND

PROCESSO DE FABRICAÇÃO

- Dois métodos utilizados : processo seco e o processo úmido;

- Nos dois métodos os materiais são extraídos das minas e britados de forma mais ou
menos parecidas, a diferença porém é grande no processo de moagem, mistura e
queima.

- Dos dois métodos produz-se clinquer e o cimento final é idêntico nos dois casos.

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CIMENTO PORTLAND

PROCESSO ÚMIDO

A mistura é moída com a


adição de aproximadamente
40% de água, entra no
forno rotativo sob a forma
de uma pasta de lama.

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CIMENTO PORTLAND

PROCESSO ÚMIDO

Este foi o originalmente utilizado para o inicio de fabricação industrial de cimento


e é caracterizado pela simplicidade da instalação e da operação dos moinhos e
fornos. Além disso consegue-se uma excelente mistura e produz muito pouca
sujeira necessitando de sistemas bem primitivos de despoeiramento.

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CIMENTO PORTLAND

PROCESSO SECO

A mistura é moída totalmente seca e alimenta o forno em forma de pó. Para secar a
mistura no moinho aproveita-se os gases quentes do forno ou de gerador de calor.

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CIMENTO PORTLAND
TIPOS

- Originalmente, os cimentos foram fabricados segundo as especificações dos


consumidores que encomendavam, das fábricas, o produto com certas
características convenientes ao trabalho.

- Só a partir de 1904 que a ASTM começou a especificar o cimento e a industria


começou a produzir apenas alguns tipos de cimentos.

- Hoje, a industria produz o cimento padronizados pelo órgão responsável pelas


normas de cada pais, mas sempre em números limitados de tipos.

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CIMENTO PORTLAND
TIPOS

- Em casos especiais, onde se necessite de cimentos com características diferentes


das que são produzidas, se faz o pedido por encomenda.

- No mercado existem diversos tipos de cimento. A diferença entre eles está na


composição, mas todos atendem as exigências das normas técnicas brasileiras.

- Cada tipo tem o nome e a sigla correspondente estampada na embalagem, para


facilitar a identificação. Os tipos de cimento adequado aos usos gerais no meio rural
encontram-se na tabela a seguir.

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CIMENTO

TIPOS DE CIMENTO
NOME SIGLA

Cimento Portland comum CP I

Cimento Portland comum com adição CP I – S – 32

Cimento Portland composto com escória CP II – E – 32

Cimento Portland composto com pozolana CP II – Z – 32

Cimento Portland composto com filer CP II – F – 32

Cimento Portland de alto forno CP III – 32

Cimento Portland pozolânico CP IV– 32


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CIMENTO

- Existem outros tipos de cimento para usos específicos:


. CP V-ARI – Cimento portland de alta resistência inicial
. RS – Cimento Portland Resistente a Sulfatos
. BC – Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação
. CPB – Cimento Portland Branco

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CIMENTO PORTLAND COMUM

- CP I
. Tipo mais básico
. Uso em construções que não requeiram condições especiais e não apresentem
ambientes desfavoráveis como exposição às águas subterrâneas, esgotos,
água do mar ou qualquer outro meio com presença de sulfatos.
. A única adição presente no CP-I é o gesso (cerca de 3%, que também está
presente nos demais tipos de cimento Portland). O gesso atua como um retardador
de pega, evitando a reação imediata da hidratação do cimento.
. Este tipo de cimento é constituído por somente clinquer e gesso, sem adições.
. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5732.

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Tabela 01 - Teores dos Componentes de Cimento Portland Comum

Componentes, % em massa
Sigla Classe de Cliquer + sulfato Escória granulada Material Material
resistênci de cálcio de alto-forno Pozolânico Carbonático
a
CP I 25;32;40 100 0 - -
CPI – S 25;32;40 99 – 95 1–5 - -

Tabela 02 - Exigências Químicas


Limites, % em massa
Determinações Químicas
CP I CP I – S
Resíduo Insolúvel (RI)  1,0  5,0
Perda de fogo (PF)  2,0  4,5
Óxido de magnésio (MgO)  6,5  6,5
Trióxido de Enxofre (SO3)  4,0  4,0
Anidrido Carbônico (CO2)  1,0  3,0
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Tabela 03 - Exigências Físicas e Mecânicas


Limites de Classe
Características e Propriedades Unidades
25 32 40
Finura %  12,0  12,0  10,0
Tempo de início de Pega h 1 1 1
Expansibilidade à quente mm 5 5 5
3 dias Mpa  8,0  10,0  15,0
Resistência à 7 dias Mpa  15,0  20,0  25,0
compressão 28 dias Mpa  25,0  32,0  40,0

Tabela 04 - As Classe de Resistência à Compressão dos Cimentos Portland Comum

Classe Limite Inferior (MPa) Limite Superior (MPa)


25 25,0 42,0
32 32,0 49,0
40 40,0 -
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CIMENTO PORTLAND COMUM COM ADIÇÃO

- CP I S
. Mesma composição do CP I (clínquer+gesso), porém com adição reduzida de
material pozolânico (de 1 a 5% em massa)
. Menor permeabilidade devido à adição de pozolana
. O teor de clinquer + gesso neste tipo de cimento deve estar entre 99% e 95%.
. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5732.

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CIMENTO PORTLAND COMPOSTO


. São cimentos comuns onde existe a adição preponderante de escória, pozolana ou
filler calcáreo.

Tabela 01 - Teores dos Componentes de Cimento Portland Composto


Sigla Classe de Componentes, % em massa
Resistência Escória (%) Material pozolânico (%) Material Carbonático (%)
CP II – E 25, 32, 40 6 – 34 - 0 – 10
CP II – Z 25, 32, 40 - 6 – 14 0 – 10
CP II – F 25, 32, 40 - - 6 – 10
Tabela 02 - Exigências Químicas
Limites, % em massa
Determinações Químicas (%)
CP II –E CP II – Z CP II –F
Resíduo Insolúvel (RI)  2,5  16,0  2,5
Perda ao Fogo (PF)  6,5  6,5  6,5
Óxido de Magnésio (MgO)  6,5  6,5  6,5
Trióxido de Enxofre (SO3)  4,0  4,0  4,0
Anidrido Carbônico (CO2)  5,0  5,0  5,0
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CIMENTO PORTLAND COMPOSTO

Tabela 03 - Exigências Físicas e Mecânicas


Características e Unidades Limites de Classe

Propriedades 25 32 40

Finura %  12,0  12,0  10,0


Tempo de início de Pega h - 1 -
Expansibilidade à quente mm - 5 -
3 dias Mpa  8,0  10,0  15,0
Resistência à 7 dias Mpa  15,0  20,0  25,0
compressão 28 dias Mpa  25,0  32,0  40,0

Tabela 04 - As Classe de Resistência à Compressão dos Cimentos Portland Composto


Classe de Resistência Limite Inferior (MPa) Limite Superior (MPa)
25 25,0 42,0
32 32,0 49,0
40 40,0 -

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CIMENTO PORTLAND COMPOSTO

- CP II-E
. Contém adição de escória granulada de alto-forno, consequentemente propriedade
de baixo calor de hidratação
. Composto de 94% a 56% de clínquer+gesso e 6% a 34% de escória, podendo ou
não ter adição de material carbonático no limite máximo de 10% em massa.
. Recomendado para estruturas que exijam um desprendimento de calor
moderadamente lento.
. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 11578.

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CIMENTO PORTLAND COMPOSTO

- CP II-Z
. Contém adição de material pozolânico que varia de 6% a 14% em massa, que
confere ao cimento menor permeabilidade.
. Ideal para obras subterrâneas, principalmente com presença de água, inclusive
marítimas.
. Pode conter adição de material carbonático (fíler) no limite máximo de 10% em
massa.
. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 11578.

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CIMENTO PORTLAND COMPOSTO

- CP II-F
. Composto de 90% a 94% de clínquer+gesso com adição de 6% a 10% de material
carbonático (fíller) em massa.
. Recomendado desde estruturas em concreto armado até argamassas de
assentamento e revestimento, porém não é indicado para aplicação em meios
muito agressivos.
. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 11578.

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CIMENTO PORTLAND DE ALTO FORNO

- CP III
. Contém adição de escória no teor de 35% a 70% em massa
. Baixo calor de hidratação, maior impermeabilidade e durabilidade
. Recomendado tanto para obras de grande porte e agressividade (barragens,
fundações de máquinas, obras em ambientes agressivos, tubos e canaletas para
condução de líquidos agressivos, esgotos e efluentes industriais, concretos com
agregados reativos, obras submersas, pavimentação de estradas, pistas de
aeroportos, etc.) como também para aplicação geral em argamassas de
assentamento e revestimento, estruturas de concreto simples, armado ou
protendido, etc.
. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5735.
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CIMENTO PORTLAND DE ALTO FORNO

Tabela 01 - Teores Dos Componentes Do Cimento Portland De Alto-Forno

Componentes, % em massa

Sigla Classe Clíquer + sulfanato de Escória granulada de Material


cálcio alto-forno carbonático

CPIII 25, 32, 40 65 - 25 35 - 70 0-5

Tabela 02 - Exigências Químicas


Determinações Químicas Limites, % em massa

Perda ao Fogo (PF)  4,5


Resíduo Insolúvel (RI)  1,5
Trióxido de Enxofre (SO3)  4,0
Anidrido Carbônico (CO2)  3,0
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CIMENTO PORTLAND DE ALTO FORNO

Tabela 03 - Exigência Físicas e Mecânicas


Características e Limites
Unidades
Propriedades CP III -25 CP III-32 CP III-40
Finura %  8,0  8,0  8,0
Tempo de início de Pega h  1,0  1,0  1,0
Expansibilidade à quente mm  5,0  5,0  5,0
3 dias Mpa  8,0  10,0  12,0
Resistência à 7 dias Mpa  15,0  20,0  23,0
compressão 28 dias Mpa  25,0  32,0  40,0

Tabela 04 - Classe de resistência dos Cimentos Portland de Alto-Forno


Classe de Resistência Limite Inferior (MPa) Limite Superior (MPa)

25 25,0 42,0
32 32,0 49,0
40 40,0 -
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CIMENTO PORTLAND POZOLÂNICO

- CP IV
. Contém adição de pozolana no teor que varia de 15% a 50% em massa
. Alta impermeabilidade e, consequentemente, maior durabilidade
. O concreto confeccionado com o CP IV apresenta resistência mecânica à
compressão superior ao concreto de cimento Portland comum a longo prazo
. Especialmente indicado em obras expostas à ação de água corrente e ambientes
agressivos
. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5736.

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CIMENTO PORTLAND DE ALTA RESISTÊNCIA INICIAL

- CP V - ARI
. assim como o CP-I não contém adições (porém pode conter até 5% em massa de
material carbonático)
. O que o diferencia deste último é processo de dosagem e produção do clínquer.
. O CP V-ARI é produzido com um clínquer de dosagem diferenciada de calcário e
argila se comparado aos demais tipos de cimento e com moagem mais fina –
CONSEQUENTEMENTE este tipo de cimento tem uma alta resistência inicial do
concreto em suas primeiras idades, podendo atingir 26MPa de resistência à
compressão em apenas 1 dia de idade
. recomendado o seu uso, em obras onde seja necessário a desforma rápida de
peças de concreto armado
. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5733.
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CIMENTO PORTLAND DE ALTA RESISTÊNCIA INICIAL

Tabela 01 - Teores dos Compostos do Cimento Portland


de Alta Resistência Inicial
Tabela 03 - Exigências Físicas e Mecânicas
Componentes, % em massa
Sigla Clíquer + Material Características e Propriedades CPV - ARI

sulfato de Carbonático Finura Max 6,0 %

cálcio Estabilidade de volume

CP V-ARI 100-95 0–5  A frio Max. 5,0 mm


 A quente Max 5,0 mm
Tabela 02 - Exigências Químicas
Tempo de Pega
Determinações Químicas Teores (%)
 Início de pega Min. 1 h
Perda ao fogo Max. 4,0
 Fim de pega Max. 10 h
Resíduo Insolúvel Max. 1,0
Resistência à compressão, em MPa
Trióxido de Enxofre (SO3)
 24 horas Min. 11
 Quando C3A  8,0 % Max. 3,5
 3 dias Max. 22
 Quando C3A > 8,0 % Max. 4,5
 7 dias Min. 31
Óxido de Magnésio Max. 6,5

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CIMENTO PORTLAND RESISTENTE A SULFATOS

. É recomendado para meios agressivos sulfatados, como redes de esgotos de


águas servidas ou industriais, água do mar e em alguns tipos de solos.

CIMENTO PORTLAND DE BAIXO CALOR DE HIDRATAÇÃO

. É o cimento Portland de alto forno com baixo calor de hidratação, tendo como
sigla – CP-III-BC.

CIMENTO PORTLAND BRANCO

. Mistura de calcário e caulim, que é uma argila branca, pois não possui óxido de
ferro. Alta temperatura de cozimento torna-o mais caro. Existe o estrutural e
não estrutural. Prof. Aline Fernandes
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CIMENTO PORTLAND ALUMINOSO

. Cimento obtido a partir de uma mistura de calcário e bauxita, possui cor negra.
Usado em argamassas refratárias, resistem aos sulfatos.
Deterioração com areia granítica, sem pega com temperatura superior a 30 °C, alto
calor de hidratação. Umidade e alta temperatura podem levar ao colapso.

CIMENTO PORTLAND DE EXPANSÃO CONTROLADA

. Concreto sem expansão a partir do controle de CaO e MgO. Uso restrito a


alguns países.

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CIMENTO PORTLAND DE ESCÓRIA

. Moagem da escória sem adições. Usa-se um catalisador para iniciar as reações,


pois sua reação de hidratação é lenta. Usado em obras com problemas potenciais de
reação álcali-agregado, tem um pH alto.

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CIMENTO PORTLAND

REQUISITOS EXIGIDOS:

- Índices químicos: perda ao fogo, resíduo insolúvel

- Índices físicos: Finura na peneira 0,075 mm (nº 200), Área específica pelo
permeabilímetro de Blaine, Tempo de início e fim de pega, Expansibilidade a quente
e a frio, Resistência à compressão

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CIMENTO PORTLAND

DIRETRIZES PARA EMPREGO DO CIMENTO:

- Resistência média do cimento e sua uniformidade - Devem ser selecionados


cimentos que apresentem pequenas variações nas resistências, ou seja, maior
uniformidade de produção.
Isto impedirá que devam ser adotados altos desvios padrão quando da fixação da
resistência de dosagem do concreto, o que implica altos consumos de cimento.
Para expressar esta situação existe o conceito de eficiência do cimento, que
é a relação entre a resistência que ele confere ao concreto e o consumo
necessário para tanto;

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CIMENTO PORTLAND

DIRETRIZES PARA EMPREGO DO CIMENTO:

- Resistência química do cimento - No caso de obras sujeitas à ação de meios


agressivos ou nas quais serão usados agregados reativos, a escolha do tipo
adequado de cimento evitará problemas de durabilidade nestas obras;

- Calor de hidratação - Nas obras onde existir problemas de origem térmica


provocados pelo calor de hidratação do cimento, o uso de cimentos com menor
liberação de calor minimizará ou neutralizará a necessidade de adoção de artifícios
como refrigeração dos agregados, da água, dentre outros.

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CIMENTO PORTLAND

ALGUMAS ORIENTAÇÕES PARA EMPREGO DO CIMENTO:

. O CP–V - ARI libera grande calor de hidratação, isto faz com que seu uso em
pavimentações, obras de saneamento e concreto massa não seja adequado. O seu
uso deve se restringir à fabricação de pré-moldados e em edificações onde se deseja
uma desforma mais rápida;
. O CP-I e CP-I-S podem ser usados em qualquer obra, mas para aquelas obras ditas
especiais, com problemas de origem térmica ou sujeita a meios agressivos, é
necessário maior consumo deste cimento para minimizar os problemas citados;
. Nas obras de saneamento, em meios agressivos e de concreto massa, os cimentos
mais adequados são o CP-III e o CP-IV.

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CIMENTO - TRANSPORTE

- A maior parte do cimento consumido em obras é transportado, ensacado por via


ferroviário ou rodoviário. Envolve tal operação perda por sacos rasgados , que
alcança até 2%.

- Resulta daí a necessidade de processar os transportes com utilização plena dos


veículos, operando-se com partidas que ocupem a carga total de um vagão ou de
um caminhão, conforme seja o caso.

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CIMENTO - TRANSPORTE

- Como o preço do saco de papel contribui de maneira apreciável na formação do


custo de cimento, procede-se, sempre que possível, ao seu transporte a granel. Há
diversos sistemas apropriados para o transporte do cimento a granel, feito sempre
em reservatórios metálicos estanques, quer sobre gôndola ferroviária que sobre
chassis de caminhões.

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CIMENTO - TRANSPORTE

- Tais sistemas de transporte a granel são econômicos e se impõe no caso de


grande consumo.

- A quantidade mínima de consumo de cimento que permite a instalação de uma


frota para transporte a granel é da ordem de 200 toneladas por mês ou seja 10000
sacos por mês. O problema econômico e resolvido por uma análise dos custos de
investimento e operação dos equipamentos de transportes em face da economia
resultante da eliminação dos sacos de papel.

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CIMENTO - TRANSPORTE

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CIMENTO – ARMAZENAMENTO

O cimento Portland ao sair da fábrica acondicionado em sacos de papel kraft,


apresenta-se finamente pulverizado e praticamente seco, devendo permanecer
nestas condições até o momento da sua utilização.

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CIMENTO – ARMAZENAMENTO

DICAS!

- Quando a quantidade de sacos armazenados for pequena podem ser tomadas


algumas medidas que contribuem para conservar a integridade do cimento, tais
como:

- Envolver a embalagem original com um saco plástico, mantido bem fechado;

- Utilizar os sacos de cimento obedecendo a ordem de sua entrada no depósito;

- Evitar a formação de pilhas com mais de 10 sacos superpostos, salvo se o tempo de


armazenamento não superar a 15 dias.

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CIMENTO – ARMAZENAMENTO
São sugeridos, a seguir, alguns dados para construção de um depósito de cimento
para 1200 sacos (pilhas de 10) ou 1800 sacos (pilhas de 15):

a) Área coberta de 58 m2 (7,50 m x 7,70 m).


b) Sacos de 50 kg, com dimensões aproximadas de: 0,66 m x 0,42 m x 0,16 m.
c) Previsão de um corredor de acesso às pilhas com largura de 1,20 m e um
afastamento mínimo das paredes de 0,30 m.
d) Piso de concreto com 0,10 m de espessura, sobre base de 0,15 m de brita.
Cobertura em telhas de fibrocimento. Paredes de blocos de concreto de 0,20 m de
espessura.
e) Prever um empilhamento normal de 10 sacos e, excepcionalmente, de 15 sacos.

NOTA: As alturas máximas das pilhas deverão ser identificadas ao longo das paredes
com a pintura de uma faixa verde para 10 sacos e uma faixa vermelha para 15 sacos.
f) O estoque máximo de 1800 sacos deverá ficar disposto metade de cada lado do
corredor com um carregamento previsto de até 45 t.
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CIMENTO – ARMAZENAMENTO

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