Você está na página 1de 8

ÍNDICE

INTRODUÇÃO.................................................................................................................2

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................................3

REPÚBLICA POPULAR..................................................................................................4

Conceito.............................................................................................................................4

PRIMEIROS HABITANTES............................................................................................4

REPÚBLICA POPULAR DE ANGOLA.........................................................................5

Historia..............................................................................................................................5

Educação............................................................................................................................5

Acordo...............................................................................................................................5

CONCLUSÃO...................................................................................................................7

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................8
INTRODUÇÃO

O tema escolhido para objecto desta dissertação é “Republica Popular de


Angola” O nome Angola é uma derivação portuguesa do termo banto n'gola, título dos
reis do Reino do Dongo existente na altura em que os portugueses se estabeleceram em
Luanda, no século XVI. O termo tem raízes no termo ngolo que significa "força" em
Kimbundo e em Kicongo, línguas dos povos ambundos e congos respectivamente.
República Popular de Angola foi o autodeclarado estado socialista que governou
Angola desde a sua independência em 1975 até 25 de agosto de 1992, durante a Guerra
Civil Angolana.

2
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O início da primeira República em Angola correspondeu, segundo Raul Araújo,


com a primeira fase da então República Popular de Angola, onde dominou o sistema de
governo do tipo socialista, em que predominava a democracia popular. Esta definição
preenchia assim, no contexto angolano, as fragilidades do aparelho governativo do
Estado que optara por aplicar, o que Claude Ake considerou a nível africano, uma
«implicit indifference to democracy» Significava que o sistema político em Angola,
definido pelo Partido-Estado do MPLA não se mostrou com a força suficiente para
desde o início, proclamada a independência nacional, pautar pelos princípios
democráticos de uma sociedade aberta e liberal. Mas o Estado actuou e foi cimentando a
sua legitimidade soberana de jogar a favor do seu interesse na comunidade
internacional.

Se de acordo com Albino Soares, «o Estado é hoje a forma política essencial por
meio da qual toda a colectividade tem acesso à vida internacional» este horizonte é
também hoje o fim de todas as formações que pretendem erguer um poder político
estadual, quer pela primeira vez, na sua constituição e constitucionalização, quer na sua
afirmação e continuidade como pessoa jurídica e actor na arena internacional. Estes
princípios foram levados à letra pelo Estado em Angola para conseguir credibilidade
internacional numa conjuntura em que tudo jogava a seu desfavor.

Assim, enquanto unidade politicamente constituída, Angola passava a figurar na


ordem internacional como um Estado com personalidade jurídica própria de Estado
soberano, em pleno exercício do poder político, preenchendo, desta forma, os elementos
doutrinalmente constitutivos e institucionais, dentro do quadro conceptual da teoria do
Estado: um povo soberano, um território nacional e poder político efectivado à luz de
um sistema considerado adequado às estruturas políticas do Estado.

Assim, para afirmar a soberania do país e as suas opções políticas, o Presidente


Angolano viria a defender a autonomia soberana da opção do Estado por um modelo de
governo: «acreditamos que esse é o modelo mais adequado às condições presentes no
nosso país, e não aceitamos que outros países nos exijam seguir ou adoptar os seus
padrões de democracia e de legalidade.

3
REPÚBLICA POPULAR

Conceito

República popular é o título frequentemente utilizado por governos socialistas,


em sua maioria de orientação marxista-leninista, para designar um tipo de Estado
republicano.

PRIMEIROS HABITANTES

Os habitantes originais de Angola foram caçadores-colectores coissã, dispersos e


pouco numerosos. A expansão dos povos bantos, chegando do norte a partir do segundo
milénio, forçou os coissã (quando não eram absorvidos) a recuar para o sul onde grupos
residuais existem até hoje, em Angola na Namíbia e no Botsuana.

Os bantos eram agricultores e caçadores. A sua expansão, a partir da África


Centro-Ocidental, se deu em grupos menores, que se relocalizaram de acordo com as
circunstâncias político-económicas e ecológicas. Entre os séculos XIV e XVII, uma
série de reinos foi estabelecida, sendo o principal o Reino do Congo que abrangeu o
Noroeste da Angola de hoje e uma faixa adjacente da hoje República Democrática do
Congo, da República do Congo e do Gabão; a sua capital situava-se em Mabanza Congo
e o seu apogeu se deu durante os séculos XIII e XIV.

Outro reino importante foi o Reino do Dongo, constituído naquela altura a


Sul/Sudeste do Reino do Congo. No Nordeste da Angola actual, mas com o seu centro
no Sul da actual República Democrática do Congo, constituiu-se, sem contacto com os
reinos atrás referidos, o Reino de Lunda.

Em 1482 chegou na foz do rio Congo uma frota portuguesa, comandada pelo
navegador Diogo Cão que de imediato estabeleceu relações com o Reino do Congo.
Este foi o primeiro contacto de europeus com habitantes do território hoje abrangido por

4
Angola, contacto este que viria a ser determinante para o futuro deste território e das
suas populações.

REPÚBLICA POPULAR DE ANGOLA

Historia

A República Popular de Angola foi um auto-declarado estado socialista que foi


estabelecido em 1975 depois que obteve a independência de Portugal, semelhante à
situação em Moçambique. O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de
Angola, em 11 de novembro de 1975. A nação recém-fundada desfrutou relações
amigáveis com a União Soviética, Cuba e República Popular de Moçambique. O país
era governado pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que foi
responsável pela sua adoção do comunismo. Um grupo de oposição, conhecido como
União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), provocou uma guerra
civil com o MPLA, com o apoio da África do Sul e dos Estados Unidos.

O governo angolano está a gerir eficazmente as suas receitas petrolíferas. A


balança comercial manteve-se rentável e a dívida externa foi mantida dentro de limites
razoáveis. Em 1985, o serviço da dívida atingiu 324 milhões de dólares, ou cerca de
15% das exportações.

Educação

Foi feito um grande esforço no domínio da educação de adultos e da


alfabetização, em especial nos centros urbanos. Em 1986, o número de alunos do ensino
primário ultrapassou um milhão e meio e quase meio milhão de adultos aprenderam a
ler e escrever. A língua de ensino continua a ser principalmente o português, mas estão
a ser feitas experiências para introduzir o estudo das línguas africanas locais desde os
primeiros anos de escolaridade. As relações entre as igrejas e o partido no poder têm-se
mantido relativamente calmas.

5
Acordo

Em Janeiro de 1984, foi negociado um acordo. A África do Sul obtém de Angola


a promessa de retirar o seu apoio à SWAPO (Movimento independentista namibiano
estabelecido em Angola desde 1975) em troca da evacuação das tropas sul-africanas de
Angola. Apesar deste acordo, a África do Sul, sob o pretexto de perseguir guerrilheiros
da SWAPO, conduz operações em larga escala em solo angolano sempre que a UNITA
estava sob ataque das forças governamentais angolanas. Paralelamente, a África do Sul
está a organizar ataques em Angola. Em Maio de 1985, uma patrulha angolana
interceptou um comando sul-africano em Malongo que estava prestes a sabotar
instalações petrolíferas. Os Estados Unidos fornecem mísseis Stinger terra-ar aos
rebeldes através da base de Kamina no sul do Zaire, uma base que os Estados Unidos
considerariam permanentemente reactivada. A assistência dos EUA também incluiria
armas anti-tanque para permitir à UNITA resistir melhor às ofensivas cada vez mais
ameaçadoras do Exército de Luanda contra áreas ainda sob o seu controlo no leste e
sudeste do país.

Na década de 1980, a África do Sul continuou a apoiar a UNITA, e o governo de


Luanda perdeu a esperança de uma vitória militar a curto prazo. Em 1988, a Batalha de
Cuito Cuanavale, onde as forças do MPLA apoiadas por Cuba derrotaram a
superioridade aérea sul-africana, marcou um ponto de viragem decisivo para a região: a
independência da Namíbia, o declínio inexorável do regime segregacionista.

Isto levou o Presidente do Congresso Nacional Africano, Jacob Zuma, que foi
convidado para as celebrações do 20º aniversário da Batalha de Cuito, a 23 de Março de
2008, a afirmar que "a contribuição do MPLA e do povo angolano para a luta pela
abolição do apartheid na África do Sul não tem igual em nenhum país do continente".
Em 1991, o MPLA e a UNITA assinaram um acordo de paz, o que permitiria eleições
multipartidárias em Angola. Apesar dos duros conflitos ainda seguirem-se, a República
Popular de Angola foi transformada em 1992, na atual República de Angola.

6
CONCLUSÃO

O tema escolhido para esta dissertação julga-se interessante, oportuno e actual


porque em 11 de novembro de 1975 Angola torna-se independente, contudo, de forma
unilateral (proclamada pelo MPLA). A FNLA e a UNITA proclamaram no Huambo a
República Democrática de Angola. Assim, das duas repúblicas proclamadas prevalecera
a República Popular de Angola, a proclamada em Luanda pelo MPLA. No dia seguinte,
isto é 12 de 1975, entra em funções o governo da República Popular de Angola, e
Agostinho Neto, presidente do MPLA, foi nomeado ao cargo de presidente da nova
República Popular. No mesmo dia em que o novo governo entra em funções, vários
estados da comunidade internacional, incluindo o Brasil, emitiram o comunicado de
reconhecimento da nova república, e Portugal, país com outras responsabilidades
históricas precisou de 101 dias para legitimar o governo angolano formado pelo MPLA.

7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Avillez, Maria João (1996), Soares, Democracia, Portugal, Vl.2 Sociedade


Industrial Gráfica, Lda Castaño, David (2013), Mário Soares e a Revolução,
Lisboa, Dom Quixote, 1ª ed, Correia, Pedro Pezarat (1991), Descolonização de
Angola. A Joia da Coroa do Império Português, Lisboa, Editorial Inquérito, Lda,
Chabal, Patrick et. al (2002) (orgs), A History of Postcolonial Lusophone Africa,
Hurst & company, London Cruzeiro, Maria Manuela (2005), Melo Antunes: o
sonhador pragmático. Lisboa: Notícias, Fernando, Emídio., (2005), O último adeus
português. História das Relações entre Portugal e Angola – do Início da Guerra
Colonial até à Independência. Lisboa, Oficina do Livro – Sociedade Editora Lda.
Ferreira, José de Medeiros (1985), Portugal em Transe. Notas da Política
Internacional e Política de Defesa, Lisboa, Pandora Edições. Ferreira, José
Medeiros (…), Portugal em Transe (1974-1985),Lisboa, ed. Tal Vol 8, Frazão,
António e Maria do Céu Barata Filipe (1999), “Arquivo do Conselho da
Revolução” in Farinha, Maria do Carmo Jasmins Dias (org.), Lisboa, Guide –
Artes Gráficas, Lda,

Você também pode gostar